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Como trabalhamos com grupos

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NOME: Ísis Mangilli Ayello do Nascimento
RA: N233EA-1
Psicologia – Matutino
DISCIPLINA: Psicodiagnóstico
RESUMO: ZIMERMAN, David E. Fundamentos teóricos. In: ZIMERMAN, D.E.; OSORIO, L.C.; & Col. Como trabalhamos com grupos – Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. Caps 1, p. 23-31.
O presente capítulo se organiza de forma simplificada para tratar dos assuntos pertinentes aos grupos, citando seus autores e aspectos que fundamentam a teoria fazendo referência aos autores mais citados e os que mais contribuíram para o movimento grupalista.
J Pratt: Primeiros 100 anos da existência da grupoterapia. Inaugurada por J Pratt que a partir de 1905 criou o método de ‘’classes coletivas’’. Consistia-se em uma aula conjunta ministrada pelo mesmo sobre a tuberculose e a higiene e posteriormente perguntas dos pacientes e discussão com o médico. Esse método se mostra eficiente já que os paciente se recuperavam mais rápido e se baseia na identificação deles com o médico, uma estrutura familiar-fraternal (função continente). Essa ‘’grupoterapia’’ serve de modelo para outras organizações como por exemplo os Alcoólicos Anônimos que ainda se mantém até os dias de hoje com uma popularidade crescente. 
Freud: Freud trouxe contribuições específicas à psicologia dos grupos humanos. Em 1910 marca ‘’o êxito que a terapia passa a ter no indivíduo haverá de obtê-la na coletividade’’. Em Totem e Tabu nos mostra que a humanidade transmite suas leis sociais por meio do inconsciente e as mesmas produzem a cultura. Em 1921 o mais importante trabalho para a compreensão da psicodinâmica das multidões, utiliza a metáfora do porco espinho para elucidar a dinâmica das massas, que se separam e se juntam em um vai e vem. 
J. Moreno: Introduz a expressão ‘’terapia de grupo’’, propicia a utilização do psicodrama por conta de seu amor pelo teatro.
K. Lewin: Criador da expressão ‘’dinâmica de grupo’’ substitui o conceito de ‘’classe’’ pelo de ‘’campo’’. Tem estudos relevantes sobre a estrutura das minorias e maiorias. ‘’Campo grupal’’ e a formação dos papéis, onde o indivíduo influencia o meio e também é influenciado pelo mesmo.
S.H. Foulkes: Psicanalista britânico que inaugura a prática psicanalítica  em grupos com o enfoque gestáltico. Cada grupo se organiza como uma nova entidade e por isso devem ser interpretados voltados à totalidade grupal. 
Pichon Rivière: Psicanalista argentino, se aprofunda no estudo dos fenômenos que surgem nos grupos. A partir de suas postulações abre-se um leque de aplicações de grupos operativos. 
W.R.Bion: psicanalista influenciado pelas ideias de Melanie Klein parte de suas experiências realizadas em um hospital durante a Segunda Guerra Mundial onde cria e difunde conceitos originais sobre a dinâmica de grupos. 	
Qualquer grupo se movimenta entre grupo de trabalho que opera no campo consciente e grupo de pressupostos básicos radicado no inconsciente. As manifestações clínicas desse segundo são atos de pulsões e fantasias inconscientes. 3 tipos de pressupostos básicos: dependência - exige um líder carismático que inspire e promova as necessidades básicas; luta e fuga - natureza paranóide, requer uma liderança tirânica para enfrentar o inimigo; apareamento - formação de pares nos grupos para gerar Messias salvador. 
Aspectos postulados por Bion: 
· O grupo antecede o indivíduo, como na horda selvagem de Freud.
· Os supostos básicos representam um atavismo do grupo primitivo que se insere na mentalidade e na cultura geral
· A cultura grupal é uma permanência na interação entre indivíduo e grupo (narcisismo e socialismo)
· No plano transubjetivo o ativismo grupal vem em forma de mitos grupais (ex: Éden, Babel, Esfinge, etc).
· A cultura se organiza através de normas, leis, dogmas, valores morais e éticos.
· Relação continente-conteúdo: parasitário, comensal e simbiótico.
· Establishment - mantém com o indivíduo místico como um ameaçador e portador de ideias novas, o expulsam e ignoram, podem até adotar suas ideias mas não divulgam como advindas do mesmo.
· A estruturação do indivíduo requer participação em grupo.
Escola Francesa - Aparelho Psíquico grupal denota as mesmas instâncias do psiquismo inconsciente individual, porém não os mesmos princípios de funcionamento. A partir dessas referências teóricas há uma tentativa de que as grupoterapias adquiram uma identidade própria.
Escola Argentina - Na atualidade se destacam: Geraldo Stein - psicanálise compartida; Ruben Zukckerfeld - técnicas grupais no atendimento de pacientes portadores de transtornos alimentares; Janine Puget - psicanálise das configurações vinculares com casais, famílias e grupos.
Brasil - A psicoterapia de grupo teve início com Alcion B. Bahia. Na atualidade há uma busca por novos caminhos e uma assistência mais ampla com a aplicação dos recursos da dinâmica grupal.
Conceituação de Grupo
O ser humano somente existe em função de seus inter-relacionamentos grupais, desde o nascimento o indivíduo participa de diferentes grupos onde busca sua identidade individual, grupal e social. Um conjunto de pessoas constitui um grupo, um conjunto de grupos uma comunidade e um conjunto de comunidades configuram uma sociedade.
A psicologia grupal é importante justamente porque o indivíduo está ativamente participando de grupos durante toda sua vida, interagindo com diferentes grupos e convivendo com os mesmos. 
O indivíduo depende de ser reconhecido pelos outros e o mundo interior e exterior são a continuidade um do outro, da mesma forma que o ser e o social não existem independentemente, se diluem e se complementam. Todo indivíduo é um grupo, e o grupo também é capaz de se comportar como um indivíduo.  
A conceituação de grupo é muito vaga e abrangente, existem autores que consideram uma relação de duas pessoas como um grupo, outros um conjunto concreto de três pessoas, como também uma família, uma turma, uma sala de aula, etc.  Ou seja, pode abranger vários aspectos de uma sociedade e portanto existem grupos de vários tipos. Ainda assim se faz necessária uma divisão entre os grandes grupos e pequenos grupos, onde o grupo terapêutico tenta reproduzir em pequena escala as características sócio-econômicas e a dinâmica dos grandes grupos. 
Grupo x Agrupamento: por agrupamento podemos entender como um conjunto de pessoas que estão ocupando o mesmo espaço onde há uma potencialidade de construção de um grupo propriamente dito, ex numa fila de ônibus onde as pessoas da fila possuem o mesmo interesse (de pegar o ônibus) para outros fins, sem algum vínculo emocional entre essas pessoas. Sendo assim: um grupo é uma nova entidade que possui leis com mecanismos próprios e específicos, onde os integrantes desse grupo estão reunidos em torno de um objetivo comum. O tamanho desse grupo não deve exceder o limite que coloque em risco a boa comunicação entre os participantes. Deve haver um enquadre e o cumprimento das combinações feitas no mesmo para as atividades grupais serem delimitadas. O grupo se comporta como uma totalidade de modo que está a serviço dos membros e vice-versa (quebra-cabeças). É importante uma identidade grupal própria que seja preservada separando das identidades dos membros do grupo. Dinâmica grupal por Bion: intencionalidade consciente (grupo de trabalho) e interferência de fatores inconscientes (grupo de supostos básicos). Nos grupos sempre há uma distribuição hierárquica de posições, papéis e modalidades.  É inevitável que se forme um campo grupal dinâmico onde as fantasias, ansiedades, mecanismos defensivos permeiam sob o grupo.
O campo grupal
O campo grupal dinâmico vai além da soma de seus componentes e sim se cria à partir de uma combinação e arranjo entre os mesmos. Como se trata de uma estrutura, é composto por vários fenômenos psíquicos que estão articulados entre si, onde a alteração dos mesmos cairá sobre os demais ocorrendo uma interação entre todos. As leis da dinâmica psicológica são as mesmas em todos os grupos. 
No campo grupal estão presentes os seguintes aspectos: oscilação entre grupo de trabalho e supostos básicos; presença de pulsõesque se manifestam sob as demandas e desejos; ansiedades que podem ser de natureza persecutória, confusional, aniquilamento, engolfamento, perda de amor ou castração; mecanismos defensivos afim de controlar as ansiedades, principalmente a de negação; surgimento de identificações; desempenho de papeis; ressonância; o campo grupal é como uma galeria de espelhos onde cada um se reflete uns nos outros e essa possibilidade leva à discriminação entre o self de um indivíduo e nos outros, consilidando a identidade; continente das angústias; essa ciência ainda não encontrou sua identidade, leis referenciais e exclusivas portanto continua preso ao que empresou da psicanálise individual; em termos macroscópicos a relação do sujeito com a cultura em que ele está inserido, muda seu modo de agir mas não a natureza de reagir. Conflito entre o Ego individual e o Ideal de Ego coletivo; a teoria sem a técnica culmina em uma prática abstrata.

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