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PROCESSOS GRUPAIS

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PROCESSOS GRUPAIS
PROFESSORA: KARLA JÉSSYKA M. O. TAVARES
EMAIL.: KARLA.JESSYMELLOLIV@PROFESSORES.ESTACIO.BR
CALENDÁRIO 2022.2 
	DATA 	CONTEÚDO
	08/08	APRESENTAÇÃO DA EMENTA, AVALIAÇÕES E FREQUÊNCIA
	15/08	FERIADO
	22/08	ASPECTOS EPISTEMOLÓGICOS E HISTÓRICOS
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE GRUPOS E PROCESSOS GRUPAIS
	29/08	FUNÇÕES E OBJETIVOS DOS GRUPOS
FORÇAS PSICOLÓGICAS E SOCIAIS 
	05/09	APORTES TEÓRICOS E DIFERENÇAS ENTRE PSICOTERAPIA DE GRUPO E DINÂMICA DE GRUPO
	12/09	O PSICODRAMA DE JACOB L. MORENO E 
OS PROCESSOS DE MAIORIA E MINORIA DE KURT LEWIN 
	19/09	O PROCESSO GRUPAL E SUAS FASES PARA W. SCHUTZ 
E O GRUPO DE ENCONTRO E WORKSHOP VIVENCIAL DE CARL ROGERS 
CALENDÁRIO 2022.2 
	DATA 	CONTEÚDO
	26/09	O GRUPO OPERATIVO DE PICHON RIVIÈRE 
	03/10	AV1
	10/10	NOVA CHANCE
	17/10	PRÍNCIPIOS BÁSICOS PARA SE TRABALHAR EM GRUPOS
	24/10	FENÔMENOS GRUPAIS 
	31/10	GRUPOS EM ORGANIZAÇÕES E INSTITUIÇÕES 
	07/11	O PAPEL DO COORDENADOR DO GRUPO 
	14/11	ESPECIFICIDADES EM GRUPOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
A ÉTICA NO TRABALHO EM GRUPO
	21/11	AV2
	28/11	NOVA CHANCE
	05/12	AV3
AULA 1
PROFESSORA: KARLA JÉSSYKA M. O. TAVARES
EMAIL.: KARLA.JESSYMELLOLIV@PROFESSORES.ESTACIO.BR
LINHA DO TEMPO – DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DOS PROCESSOS GRUPAIS
Karla (K) - O que Pratt fez depois seria o chamado grupo de auto ajuda
*Quando pensamos nos seres primevos intercambiando cuidados
*Arcaicos clãs (ordem social)
*Linguagem não verbal para comunicar emoções, pensamentos e necessidades uns aos outros
Grupo como um espaço terapêutico remonta a tempos imemoriais
BASES HISTÓRICAS, EPISTEMOLÓGICAS E CONCEITUAIS 
O processo histórico decorrente da Revolução Industrial acelerou o ritmo das atividades sociais entre os séculos XVII e XIX
A higiene e medicina urbana, que surgem no final do século XIX em países europeus, se desenvolveram a partir de preocupações com a eclosão de movimentos sociais disruptivos e propagação hereditária de doenças mentais. Desse cenário, surgiu objeto que viria a ser estudado por sociólogos, psicólogos e psicanalistas: as massas ou multidões, grandes aglomerados que eram considerados periculosos, imprevisíveis e hostis.
BASES HISTÓRICAS, EPISTEMOLÓGICAS E CONCEITUAIS 
No Brasil, ao final do século XIX, a medicina desempenhou importante papel na organização dos grupos sociais, especialmente em centros urbanos, como o Rio de Janeiro, então capital.
As Práticas médicas francesas que encampavam um programa eugenista de melhoria da raça.
LINHA DO TEMPO – DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DOS PROCESSOS GRUPAIS
Karla (K) - O que Pratt fez depois seria o chamado grupo de auto ajuda
Os primeiros estudos que tratam sobre questões
relacionadas aos grupos humanos. Nesse período,
em que a Psicologia Social ainda não tinha se firmado
como disciplina e especialidade, a polêmica se centrava no debate entre o sociologismo de Emile Durkheim (afirmando que fatos sociais são irredutíveis à análise psicológica) e o psicologismo de Gabriel Tarde e Gustave Le Bon (afirmando que a imitação e o contágio são a base da vida social).
Final século XIX
Psicologia das
massas ou psicologia das multidões
BASES HISTÓRICAS, EPISTEMOLÓGICAS E CONCEITUAIS 
Durante o século XIX, a psicologia das massas, proposta por autores como Gustave Le Bon e Gabriel Tarde, considerava as aglomerações urbanas como sintoma de decadência irremediável do processo civilizatório. 
Emile Durkheim- a existência da sociedade e a coesão grupal, só se torna possível quando os indivíduos se adaptam ao processo de socialização.
“A consciência coletiva constitui o conjunto de crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade, formando um sistema determinado com a vida própria.”
A consciência coletiva está acima dos indivíduos e externa a eles.
coletividade > indivíduos
BASES HISTÓRICAS, EPISTEMOLÓGICAS E CONCEITUAIS 
Floyd Henrry Allport- as representações eram fenômenos ou processos mentais. Mente coletiva não poderia existir, somente individualmente.
A noção de grupo se consolidou 1930-1940, com os estudos de Kurt Lewin.
	SOCIOLOGIA	PSICOLOGIA
	Tratava de representações sociais 	Representações individuais
LINHA DO TEMPO – DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DOS PROCESSOS GRUPAIS
Karla (K) - O que Pratt fez depois seria o chamado grupo de auto ajuda
Reunidos na sala de espera interagiam e estabeleciam relações emocionais que melhoravam seu estado de ânimo.
1º momento- reuniu para curso de higiene pessoal.
2º momento-reuniu para trocarem experiências sobre o enfrentamento da enfermidade.
3º momento –grupo de testemunho de pacientes curados.
Século XX
Pratt- pacientes tuberculosos 
Ele estabeleceu um setting grupal
Reuniões semanais: 1:30h com 20 pacientes
Sentava ao seu lado aqueles que mostravam progressos e constituíam um exemplo a seguir
Pratt foi o primeiro a usar de forma sistemática e intencional as emoções suscitadas nas interações ocorridas em um espaço grupal para obtenção de resultados terapêuticos 
O método descrito por ele pode ser entendido como psicoterapia pelo grupo.
Pratt não era psicanalítico – apenas percussor das grupoterapias. 
QUANDO ENTROU EM CENA A PSICANÁLISE E SUAS APLICAÇÕES A TERAPIA GRUPAL?
Karla (K) - ainda não estava em mente a abordagem psicanalitica dos grupos
Freud previa a possibilidade de adaptar a técnica analítica às demandas criadas pela enorme carga de sofrimento neurótico existente no mundo. 
1918
Congresso psicanalítico de Budapeste
LINHA DO TEMPO – DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DOS PROCESSOS GRUPAIS
Karla (K) - ainda não estava em mente a abordagem psicanalitica dos grupos
Privilegia o enfoque individual. Seu método preconizava a realização de entrevistas preparatórias ao ingresso no grupo, além da coleta da história pessoal dos participantes. 
Pouca atenção era dada à relação dos paciente entre si, pois a tônica recaía sobre a relação transferencial com o terapeuta.
1930
Schilder introdutor
Acreditava que os pacientes podiam resolver seus conflitos individuais quando discutiam livremente em grupo. 
Não considerou o grupo como uma unidade terapêutica. 
Tratava seus pacientes coletivamente, simultaneamente, mas individualmente.
Atualmente consideramos tratar o paciente em grupo e não pelo grupo
Sua técnica não pode ser considerada psicoterapia de ou do grupo.
LINHA DO TEMPO – DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DOS PROCESSOS GRUPAIS
Karla (K) - ainda não estava em mente a abordagem psicanalitica dos grupos
*Fundador da Sociometria
*A expressão “psicoterapia de grupo” foi utilizada pela
primeira vez por Moreno
*Passagem do Teatro da espontaneidade para o Teatro terapêutico 
1935
Jacob Levy Moreno
LINHA DO TEMPO – DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DOS PROCESSOS GRUPAIS
Karla (K) - ainda não estava em mente a abordagem psicanalitica dos grupos
Desde o início se preocupou em descrever as peculiaridades da abordagem grupal, e estabelecer as fronteiras com a análise individual.
Marco referencial teórico é a noção de Matriz (trama/rede), tudo que ocorre no grupo depende dela.
O método Foulkes serviu de referencia para todos os desdobramentos da grupo análise.
1940
Foulks 
LINHA DO TEMPO – DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DOS PROCESSOS GRUPAIS
Karla (K) - ainda não estava em mente a abordagem psicanalitica dos grupos
Oriundo da clínica Tavistock, de Londres, trouxe contribuições mais significativas ao delineamento de uma teoria psicanalítica: conceito de supostos básicos (estados mentais)
1940
Bion
LINHA DO TEMPO – DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DOS PROCESSOS GRUPAIS
Karla (K) - ainda não estava em mente a abordagem psicanalitica dos grupos
Foi para os EUA em 1933, onde se refugiou antes da 2ª Guerra Mundial (1939-1945), pois era judeu. Não voltou mais para a Alemanha. Fundou o Centro de Pesquisa de Dinâmica de Grupo no Instituto de Tecnologia de Massachusetts
em 1945. Junto com seus colaboradores descobriram o potencial dos trabalhosem grupo para a melhora nas relações nas empresas.
1945
Kurt Lewin 
A situação tomou rumo bastante diferente a partir dos estudos de Kurt Lewin no século XX sobre dinâmica de grupo, priorizando modificações das relações de poder e liderança em prol da democracia.
LINHA DO TEMPO – DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DOS PROCESSOS GRUPAIS
Karla (K) - ainda não estava em mente a abordagem psicanalitica dos grupos
Carl Rogers - precursor da Psicologia Humanista e criador da Terapia Centrada no Cliente - buscou aplicar seus conhecimentos oriundos das pesquisas sobre psicoterapia individual e desenvolvimento humano no trabalho com grupos.
Rogers descobriu que as mesmas atitudes do terapeuta que favoreciam o desenvolvimento e crescimento do cliente em terapia individual, também eram favorecedoras do desenvolvimento dos participantes em um contexto grupal.
1945
Carls Rogers
LINHA DO TEMPO – DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DOS PROCESSOS GRUPAIS
Karla (K) - ainda não estava em mente a abordagem psicanalitica dos grupos
Foi para os EUA em 1933, onde se refugiou antes da 2ª Guerra Mundial (1939-1945), pois era judeu. Não voltou mais para a Alemanha. Fundou o Centro de Pesquisa de Dinâmica de Grupo no Instituto de Tecnologia de Massachusetts
em 1945.
1950/60
Pichon- Rivière
LINHA DO TEMPO – DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DOS PROCESSOS GRUPAIS
Karla (K) - ainda não estava em mente a abordagem psicanalitica dos grupos
Teoria das relações pessoais(FIRO)
1958
William Schutz
BASES HISTÓRICAS, EPISTEMOLÓGICAS E CONCEITUAIS 
QUAL É A DIFERENÇA ENTRE GRUPO, COMUNIDADE E SOCIEDADE?
O ser humano é gregário, e ele só existe, ou subsiste, em função de seus
inter-relacionamentos grupais. Sempre, desde o nascimento, ele participa de diferentes grupos, numa constante dialética entre a sua identidade individual e a necessidade de uma identidade grupal e social
Um conjunto de pessoas constitui um grupo, um conjunto de grupos e sua relação com os respectivos subgrupos se constitui em um a comunidade e um conjunto interativo das comunidades configura um a sociedade.
BASES HISTÓRICAS, EPISTEMOLÓGICAS E CONCEITUAIS 
Existem, grupos de todos os tipos, e uma primeira subdivisão que se
faz necessária é a que diferencie os grandes grupos (pertencem á área da macrosociologia) dos pequenos grupos (micropsicologia). Em relação a estes últimos, também se impõe a distinção entre grupo propriamente dito e agrupamento.
Por agrupamento entendemos um conjunto de pessoas que convivem, partilhando de um mesmo espaço e que guarda entre si uma certa valência de inter-relacionamento e uma potencialidade em virem a se constituir como um grupo propriamente dito.
Ex.: fila à espera de um ônibus.
BASES HISTÓRICAS, EPISTEMOLÓGICAS E CONCEITUAIS 
A psicologia grupal é resultante da confluência das contribuições provindas da teoria psicanalítica e das Ciências Sociais, através dos ramos da Sociologia, Antropologia Social e da Psicologia Social.
Zimerman (1993) apresenta a evolução dos grupos pequenos sob a perspectiva da visão panorâmica, tendo múltiplas vertentes como seus principais autores: empírica, psicodramática, sociológica, filosófica, operativa, institucional, comunitária, comunicacional, gestáltica, sistêmica, comportamentalista e psicanalítica.
Como os grupos sociais funcionam?
(2) COMO GRUPOS SOCIAIS FUNCIONAM? - YouTube
EMPÍRICA 
Por contribuição de natureza empírica designam os aquela que é mais fruto de uma intuição e experimentação do que, propriamente, de bases científicas. 
Dessa forma, atribui-se a inauguração do recurso grupoterápico a J. Pratt, um tisiologista americano que, a partir de 1905, em um a enfermaria com mais de 50 pacientes tuberculosos, criou, intuitivamente, o método de “classes coletivas”
Pode-se dizer que tal sistema empírico foi o modelo de outras organizações similares, como por exemplo, a dos “Alcoolistas Anônimos”. iniciada em 1935, e que ainda se mantém com um a popularidade crescente. 
 
PSICODRAMÁTICA
Este método foi criado pelo médico romeno Jacob Levy Moreno, que em 1930, introduziu a expressão "terapia de grupo". O seu amor pelo teatro, desde a infância, propiciou a utilização de uma importante técnica grupal. 
SOCIOLÓGICA
A vertente sociológica é fortemente inspirada em Kurt Lewin. O criador do termo "dinâmica de grupo", que substitui o conceito de "classe” pelo de “campo". Este autor, a partir de 1936, concentra todos os seus esforços no sentido de integrar as experiências do campo das ciências sociais ao dos grupos. Para tanto, criou “laboratórios" sociais com a finalidade de descobrir as leis grupais gerais que regem a vida dos grupos humanos e a de diagnosticar uma situação grupal específica. São relevantes os seus estudos sobre a estrutura psicológica das maiorias e minorias, espacialmente as judaicas. Da mesma forma são importantes suas concepções sobre o “campo grupal" e a formação de papéis.
 Para K. Lewin qualquer indivíduo, por m ais ignorado que seja, faz parte‘ do contexto do seu grupo social, o influencia e é por este fortemente influenciado e modelado.
FILOSÓFICO-EXISTENCIAL
A contribuição dos filósofos e literatos à compreensão da dinâmica grupai, pode ser sintetizada na obra de J. P. Sartre. Esse autor, em seu último escrito filosófico-existencialista, Crítica da razão dialética, em 1960, ocupa-se basicamente com as questões da liberdade e com a das
responsabilidades individuais e coletivas, bem como do jogo dialético entre ambas. Para tanto, ele estudou o processo de formação dos grupos, em especial no que diz respeito à formação da “totalidade grupal", a qual se comporta como uma nova unidade, ainda que jamais totalmente absoluta. 
Ademais, Sartre em Hui-Clos (na versão brasileira: Entre quatro paredes) ilustra,
de forma magnífica, como os três personagens interagem de acordo com as leis
grupais e com as leis do mundo interior de cada, aos quais eles estão irreversivelmente presos.
GRUPOS OPERATIVOS
O grande nome dessa área é o do psicanalista argentino Pichon Riviere que, partindo de seu “Esquema conceitual referencial operativo” aprofundou o estudo dos fenômenos que surgem no campo dos grupos que se instituem para a finalidade não de terapia, mas, sim, a de operar numa determinada tarefa objetiva, como por exemplo de ensino-aprendizagem.
INSTITUCIONAL
O autor que mais estudou as organizações institucionais
foi Elliot Jacques, psicanalista inglês de formação Kleiniana. Ele concebe que as instituições, da mesma forma que os sistemas sociais, se estruturam como defesas contra a ansiedades persecutórias e depressivas. Partindo desse enfoque e de novos referenciais teóricos de outros autores, a moderna psicologia organizacional vem adquirindo uma sólida ideologia específica e uma crescente aceitação.
COMUNICACIONAL-INTERACIONAL 
 Esta vertente vem ganhando um a importância cada vez maior entre todos os interessados em grupos. Muitos são os estudiosos que têm esclarecido a semiótica, a sintaxe e a semântica da normalidade e da patologia da comunicação, tanto a verbal como a não-verbal. É justo, no entanto, destacar os trabalhos de D. Liberman, psicanalista argentino, nos quais ele estuda os diferentes estilos linguísticos que permeiam as inter-relações humanas.
GESTÁLTICA
 O fundador da Gestalt terapia é o Frederick Perls, que se baseia no fato de que um grupo se comporta como catalisador: a emoção de um desencadeia a emoção de outros, a emoção de cada um é amplificada pela presença dos outros. A gestalterapia empresta grande importância à tomada de consciência do comportamento não verbal dos elementos de grupo e dai eles utilizam um elevado número de exercícios que possibilitam a melhora da percepção e da comunicação interacional.
TEORIA SISTÊMICA
Base da moderna terapia da família, essa teoria, como o nome sugere, concebe a família como um sistema em que os seus diversos componentes se dispõem numa combinação e hierarquização de papéis que visa, sobretudo, mantero equilíbrio do grupo. 
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
A corrente comportamentalista parte do princípio de que o importante não é o acesso e a abordagem da conflitiva inconsciente profunda dos pacientes; antes, ela preconiza a relevância de que o paciente deva tornar um claro conhecimento da sua conduta consciente, em relação ao seu grupo social. A partir dai, são utilizadas as variadas técnicas de reeducação.
TEORIA PSICANALÍTICA
De forma direta ou indireta, inúmeros psicanalistas pertencentes a diferentes correntes e gerações têm contribuído decisivamente para a compreensão e utilização da técnica grupal. No entanto, é de justiça destacar três deles-Freud, Bion e Foulkes.
INDICAÇÃO DE LEITURA
Artigo: A Dimensão Social das Atribuições: uma análise teórica
AULA 2
PROFESSORA: KARLA JÉSSYKA M. O. TAVARES
EMAIL.: KARLA.JESSYMELLOLIV@PROFESSORES.ESTACIO.BR
FORMULAÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS
DOS PROCESSO GRUPAIS
Homem é um ser relacional.
Charles Fourier (primeiro pesquisador da psicologia de grupo) “ o homem, pela sua natureza psicológica, é um ser social, mais exatamente um ser grupal.” 
Surgimento dos fenomênos de grupo: pessoas que se juntam, com objetivos definidos ou não, defendendo causas, criando projetos, desenvolvendo ações sociais, cumprindo ordens, “jogando conversa fora”, enfim buscando ou desenvolvendo os mais variados fins.
Há grupos que todos os homens passam ao longo da vida :
GRUPOS FAMILIARES, GRUPOS DA ESCOLA, GRUPOS DE TRABALHO, GRUPOS RELIGIOSOS, GRUPOS FILANTRÓPICOS, GRUPOS DE LAZER.
GRUPO FAMILIAR
A família se constitui em um campo dinâmico, no qual agem tanto os fatores conscientes como os inconscientes, sendo que a criança, desde o nascimento, não apenas sofre passivamente a influência dos outros, como, reciprocamente, é também um poderoso agente ativo de modificação nos demais e na estrutura da totalidade familiar.
FORMULAÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS
DOS PROCESSO GRUPAIS
Os homens são seres sociais, portanto, necessitam viver em grupo, estão inseridos nesse contexto social. 
O primeiro grupo a que pertencemos é a família, e aos poucos vamos estendendo a participação no ambiente em que vivemos, como a escola, grupos religiosos e na vida adulta a admissão ao grupo organizacional. 
Por que fazer parte de um grupo é importante para o indivíduo? 
Mesmo para aquele que nega isso.
https://www.youtube.com/watch?v=vb-3NdH75d0
https://www.youtube.com/watch?v=gcFlEw-Ux-E
FORMULAÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS
DOS PROCESSO GRUPAIS
O que é um grupo?
Um conjunto de pessoas num processo de relação mútua e organizado com o propósito de atingir um objetivo imediato ou mais a longo prazo. O imediato pode ser, por exemplo, fazer um trabalho escolar e, mais a longo prazo, editar um jornal impresso para a turma. 
A realização do objetivo impõe tarefas, regras que regulem as relações entre as pessoas (normas), num processo de comunicação entre todos os participantes e o próprio desenvolvimento do grupo em direção ao seu objetivo.
PARA SER CARACTERIZADO UM GRUPO É PRECISO QUE:
Os integrantes estejam reunidos em torno de um interesse comum; 
No grupo, o "todo é maior do que as partes" se constituindo como uma nova identidade sendo mais do que apenas o somatório dos seus membros;
É preciso que se mantenham discriminadas as identidades individuais, de forma que as pessoas mantenham a sua individualidade e não virem uma massa indiscriminada;
É preciso que haja alguma forma de interação afetiva entre os membros do grupo, e seja estabelecido algum tipo de vínculo entre os integrantes; 
FORMULAÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS
DOS PROCESSO GRUPAIS
FORMULAÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS
DOS PROCESSO GRUPAIS
Assim, Grupo tanto define, concretamente, um conjunto de três pessoas (para muitos autores, uma relação bi pessoal, já configura um grupo), como também pode conceituar uma família, uma turminha ou gangue de formação espontânea, uma composição artificial de grupos como, por exemplo, o de uma classe de escola ou um grupo terapêutico; uma fila de ônibus; um auditório; uma torcida num estádio; uma multidão reunida num comício.
FORMULAÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS
DOS PROCESSO GRUPAIS
Grupos formais: criados a partir de pressupostos como autoridade, hierarquia, normas e tarefas específicas, como em empresas e escolas.
Grupos informais: se constituem de relações mais flexíveis, com o papel de proporcionar satisfação emocional aos seus membros, como nas amizades e na família.
Grupos ideológicos: criados por vínculos que têm o objetivo de defender ideias acerca de questões fundamentais da humanidade, em torno de temas como sustentabilidade, família, política etc. 
FORMULAÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS
DOS PROCESSO GRUPAIS
Os objetivos de um grupo podem ser implícitos ou explícitos. 
Um coordenador deve conhecer e saber motivar as dinâmicas individuais e grupais, para que as forças se integrem, harmonizem e dirijam aos objetivos do grupo.
FORMULAÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS
DOS PROCESSO GRUPAIS
Pichon-Rivière e os grupos operativos, focados na realização de tarefas.
Lewin, que metaforizou a partir da física sobre os campos psicológicos constituídos relacionalmente; e as articulações entre minorias e maiorias psicológicas – grupos que se distinguem em termos de autonomia e dignidade grupal. 
A fundamentação e metodologia psicodramática de Moreno, que teorizou sobre a formação de papéis complementares e revivência dramática e terapêutica de conflitos internos.
Os grupos vivenciam ciclicamente fases motivadas pelas necessidades interpessoais de cada membro – modelo sistematizado por Schutz. 
A promoção terapêutica de autoconhecimento, espontaneidade e autenticidade dos grupos de encontro, teorizados por Rogers. 
FORMULAÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS
DOS PROCESSO GRUPAIS
O processo de desenvolvimento do grupo proporciona a seus integrantes condição de evolução e crescimento pessoal. Participar de um grupo significa partilhar representações, crenças, informações, pontos de vista, emoções, aprender a desempenhar papéis de filho, estudante, profissional.
Existem vários aspectos que formam os processos grupais:
Papel social
 Em quase todos os grupos sociais é possível se estabelecer o status de cada integrante bem como o papel que lhe cabe desempenhar. 
PROCESSOS GRUPAIS
Papel seria a totalidade de modos de conduta que um indivíduo aguarda numa determinada posição no interior de um grupo. 
O papel social é um modelo de comportamento definido pelo grupo. 
Nenhum grupo social pode ter bom funcionamento sem estabelecer papéis para seus integrantes. 
É certo que a diversidade de papéis a serem desempenhados pelos participantes de um grupo frequentemente causam tensão e conflitos entre seus membros. 
Tal situação pode ocasionar o abandono ou a expulsão do integrante do grupo. 
PROCESSOS GRUPAIS
As normas sociais, assim como o status subjetivo e social, influenciam no papel a ser desempenhado pelos integrantes de um grupo. 
Os indivíduos desempenham o mesmo papel quando um mesmo conjunto de normas dirigem o seu comportamento.
 Para o funcionamento harmonioso do grupo é necessário que o papel subjetivo do indivíduo (atribuído pelo próprio) seja coerente com o que dele esperam os demais participantes. 
Vários são os aspectos que influenciam no estabelecimento de papéis, entre eles: normas culturais, idade, sexo, status, nível educacional... As expectativas dos papéis a serem desenvolvidos pelos membros de um grupo variam à medida que o grupo se desenvolve. Os papéis são desempenhados pelos integrantes de acordo com as peculiaridades do grupo a que pertencem.
PROCESSOS GRUPAIS
Formação de normas
De um modo geral podemos conceituar normas sociais como sendo padrões ou expectativas de comportamento partilhados pelos integrantes de um grupo, que utilizam estes padrões para julgar a propriedade ou adequação de suas análises, sentimentos e comportamentos.
 Todo grupo, não importa o tamanho, necessita estabelecer normas para poder funcionar adequadamente.Por exemplo, um casal estabelece normas a serem cumpridas por ambos, no propósito de evitar atritos e gerar uma convivência mais harmoniosa.
PROCESSOS GRUPAIS
Em grupos de pouca coesão pode haver dificuldade no estabelecimento de normas, devido à multiplicidade de interesses. 
As normas grupais são um excelente substituto para o uso do poder que, quase sempre, provoca tensão nos integrantes do grupo. Em vez de o líder estar constantemente utilizando sua capacidade de influenciar seus liderados, a existência de normas facilita seu trabalho e dispensa o constante exercício e demonstração de poder.
 As normas sociais facilitam a vida dos membros de um grupo. Elas não são necessariamente explícitas, mas partilhadas, conhecidas e seguidas pelos integrantes do grupo. Geralmente, quem não aceita as normas é isolado pelos demais participantes do grupo. O convívio em sociedade necessita da existência de normas sociais.
PROCESSOS GRUPAIS
Coesão 
Pode ser definida como a quantidade de pressão exercida sobre os integrantes de um grupo a fim de que continuem nele. É a resultante das forças que agem sobre um membro para que ele permaneça no grupo.
 Inúmeras são as razões que podem levar uma pessoa a fazer parte de um grupo. Uma delas pode ser a atração pelo grupo ou por seus integrantes. 
Outra seria a forma de obter algum interesse através da filiação ao grupo. 
PROCESSOS GRUPAIS
Quanto maior a coesão do grupo:
 
maior a satisfação experimentada por seus membros; 
maior a quantidade de influência exercida pelo grupo em seus membros;
 maior a quantidade de comunicação entre os membros; 
maior a produtividade do grupo. 
A coesão grupal não gera apenas vantagens, pois os grupos altamente coesos estão sujeitos ao pensamento grupal , o que pode fazer com que o grupo tome decisões desastradas. A união entre os participantes é tamanha que eles se tornam pouco críticos, podendo apresentar distorções da realidade social.
PROCESSOS GRUPAIS
Coalizão 
Membros de um grupo formam coalizões quando isto lhes parece oportuno, quando os resultados podem ser mais compensadores. 
Esta estratégia permite que diferenças iniciais de poder entre os membros de um grupo venham a ser anuladas. 
PROCESSOS GRUPAIS
Cooperação
Associação de pessoas trabalhando juntas em prol de um ou mais objetivos.
É a ação conjunta de dois ou mais indivíduos a fim de influir nos resultados de uma ou mais pessoas. 
PROCESSOS GRUPAIS
Liderança
Durante décadas acreditou-se na figura do líder nato, que apresentava as seguintes características: inteligência, criatividade, persistência, autoconfiança e sociabilidade. 
É certo que muitas destas características ajudam o indivíduo a desenvolver o potencial de liderança, mas não se pode afirmar que um indivíduo será líder por apresentar estas credenciais. 
É fundamental que estes e outros aspectos sejam harmonizados com os objetivos perseguidos pelo grupo. Os ídolos de ontem não despertam mais o mesmo interesse nas novas gerações, como faziam com o público nas décadas passadas, pois os padrões de beleza e comportamento já não são os mesmos. 
Atualmente verificamos uma forte inclinação em não aceitar as teorias baseadas nas características de liderança enumeradas acima. Hoje em dia é mais aceita a posição da liderança como fenômeno decorrente da interação entre os participantes, com acentuada dependência dos objetivos e clima do grupo. 
PROCESSOS GRUPAIS
Status
 É o prestígio desfrutado por um membro do grupo. Pode ser como o indivíduo o percebe, status subjetivo; ou pode ser o resultado do consenso do grupo sobre este indivíduo, o chamado status social. 
O primeiro pode ou não corresponder ao segundo. Caso, em comparação aos resultados obtidos pelos demais participantes do grupo, um dos membros se considera recebedor de resultados mais gratificantes, isto produzirá nele a sensação de status subjetivo elevado, pois se destaca dos demais no que diz respeito às gratificações recebidas em seu grupo.
 Se os demais participantes consideram essa pessoa como necessária ao grupo, capaz de gerar benefícios que agradem a maioria, ela terá status social elevado neste grupo.
PROCESSOS GRUPAIS
Status
 Vejamos: se num grupo de jornalistas econômicos um deles joga basquete muito bem, tal qualidade terá pouca importância para a sua performance de status social no grupo. Mas, se ele possui uma coluna em um jornal diário de grande circulação, diversas obras sobre economia publicadas, títulos acadêmicos, isto certamente irá conferir um alto grau de status subjetivo e social junto aos leitores do veículo e do público em geral.
A falta de equilíbrio entre os status pode causar problemas de adaptação do indivíduo no grupo. Se ele possui status subjetivo elevado e baixo status social, deverá sentir-se desconfortável no grupo, sendo provável ocorrer um desligamento. 
Se o caso for ao contrário, status subjetivo baixo e alto status social, ele poderá permanecer no grupo, devido ao tratamento amistoso por parte dos integrantes, mas isto poderá causar dificuldades de funcionamento no grupo.
PROCESSOS GRUPAIS
O status subjetivo faz com que a pessoa espere receber do grupo determinadas recompensas. Quando não há harmonia entre as expectativas e a realidade, surgem os problemas de adaptação do indivíduo ao grupo. 
É o caso das mulheres executivas que ganham mais do que seus maridos. Elas passaram a esperar, devido ao aumento do status subjetivo, outras recompensas do grupo familiar. Sendo uma situação nova, esta incongruência entre status subjetivo e status social da mulher no grupo familiar tem suscitado conflitos e problemas que, não raro, terminam com a dissolução do vínculo matrimonial.
PROCESSOS GRUPAIS
Reconhecimento
O reconhecimento é uma necessidade humana na qual nosso valor pessoal é afirmado mediante nossa relação com o outro.
Poder
O poder é a faculdade de exercer a autoridade ou o direito de deliberar 
O que faz com que cada grupo tenha uma dinâmica própria? O que diferencia um
grupo de outro grupo? 
Elaborar um contrato de convivência com o que é necessário para que a turma tenha êxito no semestre. Cada aluno deverá resumir em uma palavra o que considere importante para um bom relacionamento aluno­aluno, aluno­professor e/ ou professor­aluno .
AULA 3
PROFESSORA: KARLA JÉSSYKA M. O. TAVARES
EMAIL.: KARLA.JESSYMELLOLIV@PROFESSORES.ESTACIO.BR
FORMULAÇÕES 
TEÓRICO-METODOLÓGICAS
Jacob Levy Moreno (1889-1974)
Desenvolveu, a partir de 1936, estudos no ramo da sociometria dos
pequenos grupos e psicoterapia grupal. O psicodrama conta com dois
pilares essenciais: a espontaneidade e a criatividade. Essa concepção foi
importante para humanizar a Psiquiatria, pois esses aspectos também
podem existir no universo da loucura. Esse trabalho permite a revivência dramática de situações em grupo, superando os limites da interação
verbal. 
FORMULAÇÕES 
TEÓRICO-METODOLÓGICAS
O psicodrama de grupo é marcado por uma questão que emerge em uma pessoa, mas que ecoa em todos.
O nosso “eu” é desenvolvido a partir do desempenho de papéis. A formação de um papel envolve três fases. 
Tomada de papel (role-taking)
É natural que esse processo ocorra com base em uma aprendizagem mimética. É desempenhando, na prática, que se formam novos papéis.
É a adoção de um papel já existente, pronto. 
FORMULAÇÕES 
TEÓRICO-METODOLÓGICAS
Jogo de papéis (role-playing)
Avança com mais liberdade, permitindo variações por meio de atos espontâneos. 
Criação de papéis (role-creating)
Fase em que há possibilidade de uma livre expressão da espontaneidade e criatividade.
FORMULAÇÕES 
TEÓRICO-METODOLÓGICAS
Entre os instrumentos da metodologia psicodramática, temos o palco, que é um espaço vivo e multidimensional, além de ser flexível para a construção conjunta da cena. Local onde será representado o mundo intersubjetivo.
DIRETOR- Coordena todo o movimento dramático grupal, ele é o psicodramatista, é o agente terapêutico, com a função de dirigir, analisar, ampliar e incrementar a cena. Também encaminha os participantes a alcançaremuma espontaneidade máxima. É o indivíduo que representa o drama. É o ator central, aquele que se ofereceu à ação primeiramente, doou o seu íntimo, e se ofereceu para representar seu mundo privado.
FORMULAÇÕES 
TEÓRICO-METODOLÓGICAS
PROTAGONISTA- É o indivíduo que representa o drama. É o ator central, aquele que se ofereceu à ação primeiramente, doou o seu íntimo, e se ofereceu para representar seu mundo privado. 
EGOS-AUXILIARES- São os atores coadjuvantes. São os veículos que compõem o cenário e contracenam com o protagonista. Representam personagens reais ou imaginários do mundo interno do protagonista e mantêm o protagonista aquecido na produção da cena.
PLATÉIA- É composta pelos demais participantes. São beneficiados pela entrega do protagonista, tendo seus conflitos internos trabalhados e ajudam o protagonista especialmente na etapa de compartilhamento.
FORMULAÇÕES 
TEÓRICO-METODOLÓGICAS
Um processo psicodramático é organizado e coordenado por meio de três
situações, que perpassam um começo (aquecimento), meio (ação ou
dramatização) e final (compartilhamento). 
Aquecimento- É um momento verbal ou corporal, que visa incentivar a espontaneidade, diminuir a tensão e propiciar um ambiente de a colhimento. 
O coordenador conscientiza sobre a importância da disponibilidade para conviver naquele espaço e momento. Reforça a dedicação de todos àquele contexto e àquelas pessoas, para evitar desvios relacionados ao mundo externo. As pessoas se preparam para um clima de proximidade que facilita a encenação conjunta. 
O aquecimento específico começa no momento da construção da cena, projetando os personagens, o tema e o cenário. Atinge-se o objetivo dessa fase quando as pessoas se apresentam confortáveis, tranquilas e atentas, bem como envolvidas com a temática ou proposta daquele encontro.
FORMULAÇÕES 
TEÓRICO-METODOLÓGICAS
Ação ou dramatização - o tema do encontro é abordado e focalizado. É o momento ápice do encontro, porque permite um envolvimento emocional com a ação dramática, construída pela participação de todos. É a grande obra grupal. 
O coordenador vai convidando as pessoas a participarem da cena. Assim, os pensamentos e as fantasias vão se concretizando em atos. De fato, o protagonista presentifica suas questões internas, representando as no contexto dramático. Não há script. Tudo é criado espontaneamente. 
FORMULAÇÕES 
TEÓRICO-METODOLÓGICAS
Compartilhamento- Na terceira etapa, o grupo volta ao verbal. Um momento de comentários para compartilhar sobre o acontecimento dramatizado. Aqui, compartilhar significa uma abertura para que cada membro relate como foi tocado ou como se sentiu durante esse processo dramático, pois consideramos que a plateia não está fora do palco. Ela está dentro da cena dramatizada. E isso pode ter ativado outras lembranças que podem ser relatadas. Além disso, abordar se a cena foi resolutiva ou não. 
É muito importante evitar críticas, julgamentos e conselhos para não gerar resistência ao compartilhamento livre. Os membros precisam ficar em condição de igualdade.
Essa fase consiste em uma catarse grupal.
 O coordenador encaminha os participantes para uma reflexão cognitiva sobre os procedimentos e mudanças para novos papéis. É uma etapa pedagógica que visa a ações
posteriores.
Ocorre um esfriamento das emoções para processamento de novas visões. Também é a hora de uma despedida afetiva, preparando os participantes para um retorno ao mundo externo, com novas aquisições. 
JACOB MORENO
Entre as técnicas incluídas no processo psicodramático destacamos:
Inversão dos papéis – considerada a técnica básica do psicodrama. O protagonista é “convidado” a trocar de lugar com o personagem que com ele contracena e assumir seu papel na situação interativa que está sendo representada. Colocar-se no lugar do outro, ou fazer o jogo psicodramático do que em linguagem psicanalítica chamamos “identificação projetiva”, visaria proporcionar uma quebra do hábito ou estereótipo de visualizar o conflito sempre do mesmo ponto de vista, qual seja, o do paciente.
Essa situação está aludida na célebre frase de Moreno: “...e quando estejas comigo eu tirarei teus olhos de seus côncavos e os colocarei no lugar dos meus e tu arrancarás os meus e os colocarás no lugar dos teus para eu te olhar com teus olhos e tu me olhares com os meus”.
Espelho – o protagonista sai de cena e passa a ser espectador da representação que um ego auxiliar faz de sua intervenção anterior, para que possa identificar como próprios os aspetos ou as condutas que não está conseguindo reconhecer como suas.
JACOB MORENO
O Duplo – o coordenador ou um ego auxiliar põe-se ao lado do protagonista e expressa gestualmente ou verbalmente o que lhe parece que
não está conseguindo transmitir, por inibições ou repressão.
Alter-ego – o coordenador ou um ego auxiliar diz ao ouvido do protagonista o que acha que está oculto em sua mente para que este “tome consciência” do material reprimido ou escotomizado ( supressão de momentos desagradáveis ou situações traumáticas da memória), com o que geralmente ocorre uma quebra na comunicação estereotipada do protagonista. Esta técnica, bem como a anterior, é de particular valia em psicoterapias de casais com o método psicodramático.
JACOB MORENO
Solilóquio – o protagonista é estimulado a dizer em voz alta, como se falasse consigo mesmo, sentimentos e pensamentos evocados durante a cena dramática.
Prospecção ao futuro – o protagonista é convidado a imaginar-se em um tempo futuro e a visualizar os conteúdos da situação conflitiva trabalhada neste momento vindouro.
Escultura – em que se convida o grupo para expressar sob a forma de uma escultura, utilizando seus próprios corpos, o estado relacional do grupo em um dado momento de sua vivência psicodramática.
JACOB MORENO
https://www.youtube.com/watch?v=taQtJ807ou8
https://revbraspsicodrama.org.br/rbp/issue/archive
KURT LEWIN
Liderança
Kurt Lewin identificou três tipos de liderança:
autocrática - onde ocorre a total centralização do poder, exercido através da coerção; 
democrática - as decisões são tomadas por maioria, o líder é apenas um representante da vontade de seus liderados; 
permissiva - onde é permitido a cada integrante do grupo agir como deseja, não há efetivamente uma ação de liderança.
KURT LEWIN
Liderança
Estudos realizados por diversos psicólogos, levando em conta estes três tipos de classificação, demonstraram que a liderança democrática torna os integrantes do grupo menos dependentes do líder. 
Já a classificação autocrática gera maior produtividade, elevando o grau de dependência dos integrantes do grupo em relação ao líder, chegando ao ponto de não saberem produzir sem a sua presença. 
A liderança permissiva (laissez-faire) gerou os piores resultados. 
Hoje sabemos que a liderança é um processo interacional, com características próprias, sendo impossível estabelecer, a princípio, com certeza absoluta, qual a pessoa mais preparada para comandar determinado grupo. O líder deverá surgir durante o processo de interação dos participantes.
KURT LEWIN
O espaço vital psicológico ou espaço de vida do indivíduo é um conceito criado por Kurt Lewin, e é definido como a totalidade de fatos que determinam o comportamento de um indivíduo em certo momento. Assim, a estrutura do meio tal qual é percebida por um indivíduo depende de seus desejos, de suas necessidades, de suas expectativas, de suas aspirações, enfim de suas atitudes, enquanto o conteúdo ideativo do ambiente coloca o indivíduo em um determinado estado de espírito.
A inter-relação entre os fatos e eventos cria um campo dinâmico. Os indivíduos participam de uma série de espaços vitais (família, escola, trabalho, igreja, etc.), que foram construídos sob a influência de inúmeros vetores de força.
O modelo de comportamento humano proposto pela teoria de campo pode ser representado pela equação: C= f (P, M). Na qual, comportamento (C) resulta da função (f) interação entre pessoa (P) e seu meio externo (M).
KURT LEWIN
A partir dessa teoria, entende-se que,o indivíduo comporta-se de acordo com suas percepções e não conforme a realidade. Assim, entende-se que o ambiente pode agir como fonte de atuais necessidades ou como de frustrações e gratificações, isso dependerá da perspectiva de cada um do que é bom ou ruim.
Objetos, pessoas e situações possuem ressonância no ambiente psicológico, ao proporcionar um campo dinâmico de mobilização de forças psicológicas. Os objetos, pessoas ou situações adquirem para o indivíduo uma valência positiva quando simbolizam gratificação ou valência negativa quando representam ou ameaçam causar frustrações. 
KURT LEWIN
No princípio da teoria de campo existem forças psicológicas:
Princípio da existência- os fatos devem existir para o indivíduo.
Contemporaneidade- esse princípio diz que o comportamento em determinado momento somente pode ser influenciado pelos fatos que existem nesse momento. Os fatos passados e até futuros, como expectativas, esperanças e aspirações, podem ser incluídos no espaço vital desde que existam para o indivíduo no mesmo momento do comportamento estudado.
a interdependência das partes do espaço vital. O significado de um fato (uma parte) e, portanto, sua influência sobre um comportamento depende, em certa medida, de sua relação com os outros fatos do espaço vital.
MAIORIA E MINORIAS PSICOLÓGICAS
A demografia utiliza os termos minoria e maioria em sentidos diferentes da psicologia. Um grupo se constitui uma maioria desde que a porcentagem de seus membros ultrapasse de um a metade da população em que esta inserido, por outro lado todo grupo constituído de menos de 50% da população dada é considerado como uma minoria.
Em psicologia, um grupo é considerado fundamentalmente como maioria psicológica quando dispõe de estruturas, de um estatuto e de direitos que lhe permitam autodeterminar-se no plano do seu destino coletivo, independente do número ou da porcentagem de seus membros. Assim, minoria demográficas podem constituir maiorias psicológicas. Um grupo deve ser classificado como uma minoria psicológica desde que seu destino coletivo dependa da boa vontade de um outro grupo. Este grupo, mais ou menos conscientemente, percebe-se como menor, isto é, como não possuindo direitos totais ou um estatuto completo que lhe permitam optar ou orientar-se nos sentidos mais favoráveis a seu futuro.
MAIORIA E MINORIAS PSICOLÓGICAS
Kurt Lewin ainda utiliza os termos minoria discriminada e minoria privilegiada. 
Toda minoria psicológica, é sempre considerada uma minoria discriminada ou suscetível de sê-lo pelo fato de sua sorte e seu destino estarem na dependência do grupo majoritário.
Por outro lado, toda maioria psicológica tende a tornar-se um grupo privilegiado. A minoria privilegiada é uma minoria demográfica no seio de uma maioria psicológica que ela controla e manipula a seu favor.
Kurt lewin publicou 4 estudos sobre a psicologia dos Judeus 
1935- psychosociological problem of aminority group
1939- When facing danger
1940 e 1941- Bringing up a the Jewsh Child e Self-hatred among jews
MAIORIA E MINORIAS PSICOLÓGICAS
1935- psychosociological problem of aminority group (Problema psicossociológico do grupo minoritário)
Esses estudos são de caráter fenotípico ou sintomático. E se aplica a apresentar uma caracterológica étnica de seu povo e um psicodiagnóstico.
1939- When facing danger (Enfrentar o perigo)
Países que sofreram a dominação nazista. Trata-se do futuro ou das possibilidades de sobrevivência das minoria judias no ocidente. Trata a perseguição em massa aos judeus nos países que sofriam a dominação nazista. 
Uma minoria pode sobreviver em um contexto de perseguição como aquele?
Estudos sociológicos demonstram que em todas as guerras europeias dos últimos séculos os judeus tiveram que lutar e morrer por seus pais de adoção.
MAIORIA E MINORIAS PSICOLÓGICAS
Os regimes políticos que perseguiam os judeus nestes últimos tempos tentaram sempre fazer prevalecer a teoria da inferioridade de certas raças e a superioridade da sua.
Somente a partir das ideias das revolução francesa e americana fizeram deles seres humanos iguais em direitos e em privilégios.
Para Lewin o problema Judeu é um problema essencialmente social, um caso típico de minoria não privilegiada ou discriminada.
O que as minorias psicológicas tem em comum é: não existem senão porque são tolerados. Sua sobrevivência coletiva depende da boa vontade das classes privilegiadas.
MAIORIA E MINORIAS PSICOLÓGICAS
1940 e 1941- Bringing up a the Jewsh Child (criando uma criança judia) e
 Self-hatred among jews (auto-ódio entre os judeus)
O grupo ao qual um indivíduo pertence pode comparar-se ao terreno sobre o qual ele se mantém e que lhe dá ou nega seu status . 
Segundo Lewin isto é verdadeiro sobretudo quando se trata do meio familiar. A instabilidade ou estabilidade no meio familiar determina a estabilidade ou instabilidade emotiva da criança.
MAIORIA E MINORIAS PSICOLÓGICAS
Lewin é o primeiro a afirmar que o meio familiar no qual a criança cresce e evolui forma um único campo de forças. Então o meio familiar, ou qualquer grupo ao qual pertence um indivíduo, não é para ele somente uma fonte de proteção e segurança.
Todo grupo, inclusive o grupo familiar desenvolve leis, tabus, proibições coletivas. E segundos esses processos que prevalecem em um grupo a criança ou o indivíduo que pertence a este grupo disporá de um espaço de movimento livre mais ou menos extenso. Ou seja, conforme seja largo ou restrito o espaço de movimento livre, o indivíduo terá maior ou menos facilidade de se adaptar a vida social ou no caso da criança socializar-se.
MAIORIA E MINORIAS PSICOLÓGICAS
Lewin conclui que não é o fato de pertencer a vários grupos que constitui a origem dos conflitos mas a incerteza sobre a sua própria participação num grupo determinado.
O último estudo, o mais importante dos 4 trata dos mecanismos de autodepreciarão que Kurt Lewin observava repetidas vezes em seu próprio grupo. O fenômeno do ódio de si entre os judeus pode ser encarado como um fenômeno individual, de grupo e sobretudo social.
MAIORIA E MINORIAS PSICOLÓGICAS
Fenômeno de grupo- afeta as relações intergrupais no interior da Grande família judia. O judeus alemães acusavam os judeus eslavos de serem responsáveis pela perseguição nazista de que eram vítimas.
Fenômeno individual- rejeitar a sua próprio, recusam a aceitar-se como judeus e cedem periodicamente a mecanismos de auto acusação e de auto punição. Alguns dirigiram o doido de si exclusivamente contra as instituições, os costumes, a língua judia, ou ainda o sistema de valores próprios da raça ou da cultura judia.
Fenômeno social- este ódio se si depende muito mais das atitudes que cada indivíduo adota em relação ao problema judeu do que das estruturas mentais ou emotiva se sua personalidade. É um fenômeno observado em todas as minorias discriminadas.
MAIORIA E MINORIAS PSICOLÓGICAS
Quando os judeus tornam-se o objeto sistemático de discriminação, seu único meio de não ceder ao ódio de si é intensificar entre eles as tendências de atração e de coesão pela causa judia.
Para Lewin toda minoria psicológica tem suas dimensões antes de tudo sociais. 
Com isto não opõe social a psíquico, mas dissocia o social do individual. 
As minorias psicológicas são sociais em sua origem, em suas estruturas e em sua evolução. Sua dinâmica é essencialmente social. Deste modo, a sobrevivência dos grupos minoritários não pode ser asseguradas senão a partir do momento em que eles tomam consciência deste dado fundamental e o aceitam.
DINÂMICA DE GRUPO
A dinâmica de grupos, expressão criada por Kurt Lewin para o estudo
dos fenômenos grupais a partir da teoria da Gestalt, não se constitui em uma
proposta de abordagem terapêutica para os grupos; no entanto, por ter sido
seu autor quem primeiro estudou o grupo como tendo sua própria identidade
como sistema, com fenômenos que lhe são peculiares e princípios gerais que
regem seu funcionamento, é imperioso que se considere a dinâmica de grupo
como um dos pilares das terapias grupais.Para Lewin os fenômenos grupais só se tornam inteligíveis ao observador
que consente em participar da vivência grupal. Segundo ele, tais fenômenos
não podem ser observados “do exterior”, assim como também não podem ser
estudados como fragmentos para ser examinados a posteriori. Isto o levou a formular a aproximação metodológica denominada pesquisa-ação, em que não só o observador era incluído no grupo como não se escotomizava o fato de que tal inclusão o modificava, o que, no entanto, não invalidava a proposta investigatória. 
DINÂMICA DE GRUPO
Observe-se que essa formulação da pesquisa-ação, ainda na década de
1940, corresponde a uma visão antecipatória do que muitos anos depois definiria a cibernética de segunda ordem, para muitos um dos pilares epistemológicos sobre o qual se sustenta a terapia familiar sistêmica. 
Lewin observou que a integração no interior de um grupo só se dará
quando as relações interpessoais estiverem baseadas na autenticidade de suas
comunicações e que essa autenticidade é uma atitude passível de aprendizado no e pelo próprio grupo. 
Lewin observou que a integração no interior de um grupo só se dará
quando as relações interpessoais estiverem baseadas na autenticidade de suas
comunicações e que essa autenticidade é uma atitude passível de aprendizado no e pelo próprio grupo. 
JACOB MORENO
Entre as técnicas incluídas no processo psicodramático destacamos:
Inversão dos papéis – considerada a técnica básica do psicodrama. O protagonista é “convidado” a trocar de lugar com o personagem que com ele contracena e assumir seu papel na situação interativa que está sendo representada. Colocar-se no lugar do outro, ou fazer o jogo psicodramático do que em linguagem psicanalítica chamamos “identificação projetiva”, visaria proporcionar uma quebra do hábito ou estereótipo de visualizar o conflito sempre do mesmo ponto de vista, qual seja, o do paciente.
Essa situação está aludida na célebre frase de Moreno: “...e quando estejas comigo eu tirarei teus olhos de seus côncavos e os colocarei no lugar dos meus e tu arrancarás os meus e os colocarás no lugar dos teus para eu te olhar com teus olhos e tu me olhares com os meus”.
Espelho – o protagonista sai de cena e passa a ser espectador da representação que um ego auxiliar faz de sua intervenção anterior, para que possa identificar como próprios os aspetos ou as condutas que não está conseguindo reconhecer como suas.
JACOB MORENO
Duplo – o coordenador ou um ego auxiliar põe-se ao lado do protagonista e expressa gestualmente ou verbalmente o que lhe parece que
não está conseguindo transmitir, por inibições ou repressão.
Alter-ego – o coordenador ou um ego auxiliar diz ao ouvido do protagonista o que acha que está oculto em sua mente para que este “tome consciência” do material reprimido ou escotomizado ( supressão de momentos desagradáveis ou situações traumáticas da memória), com o que geralmente ocorre uma quebra na comunicação estereotipada do protagonista. Esta técnica, bem como a anterior, é de particular valia em psicoterapias de casais com o método psicodramático.
Solilóquio – o protagonista é estimulado a dizer em voz alta, como se falasse consigo mesmo, sentimentos e pensamentos evocados durante a cena dramática.
Prospecção ao futuro – o protagonista é convidado a imaginar-se em um tempo futuro e a visualizar os conteúdos da situação conflitiva trabalhada neste momento vindouro.
Escultura – em que se convida o grupo para expressar sob a forma de uma escultura, utilizando seus próprios corpos, o estado relacional do grupo em um dado momento de sua vivência psicodramática.
CARLS ROGERS
A ACP de Rogers tem como principal pressuposto o fato de que o ser humano é um organismo vivo, global, com capacidade de crescimento e desenvolvimento em direção às suas potencialidades intrínsecas, tendência do desenvolvimento pleno que reverbera em maturidade psicológica. Consequentemente, a teoria rogeriana focaliza em três atitudes que devem ser tomadas por parte do terapeuta como indispensáveis e suficientes para que ocorra uma atenção psicológica eficaz. São elas: a congruência, a empatia e a capacidade de aceitação positiva incondicional 
Rogers (1983) também afirmou que o ser humano possui duas tendências potenciais em relação ao seu crescimento psicológico que se constituem como o núcleo da ACP. 
São elas: a tendência à atualização e a tendência formativa. 
A primeira se refere a uma característica da vida biológica que gerencia o desenvolvimento psíquico. Já a segunda determina o desenvolvimento do ambiente como um todo.
O ponto de partida foi seu trabalho clínico com crianças, publicado em 1939 no livro O tratamento clínico da criança problema, em que observa nelas o potencial positivo de desenvolvimento, que o levará a propor o conceito de tendência atualizante, definido como uma tendência inerente, presente em todos os seres humanos, a desenvolver-se em uma direção positiva
CARLS ROGERS
De um modo geral os estudiosos da teoria de Rogers dividem-na em quatro fases. 
A primeira estava fundamentada nas respostas reiterativas e reflexos de sentimentos, ficando conhecida como etapa não-diretiva. Teve como marco principal a obra Aconselhamento e Psicoterapia, no ano de 1942. 
A Psicoterapia Não-Diretiva parte de conceitos que têm como base o impulso individual para o crescimento e para a saúde. Dá maior ênfase aos aspectos de sentimento do que aos intelectuais, enfatiza o presente do indivíduo em vez de seu passado, tem como maior foco de interesse o indivíduo e não o problema, e toma a própria relação terapêutica como uma experiência de crescimento. Essas ideias, por sua vez, eram provenientes de sua prática clínica com crianças no final da década de 1930.
CARLS ROGERS
Nessa fase, as atitudes do terapeuta privilegiam a técnica da permissividade, através de uma postura de neutralidade em que o profissional deveria intervir o mínimo possível.
Rogers e Kinget (1977) propõem a terminologia “cliente” ao invés de paciente, tendo em vista que a terapia deve levar a pessoa a clarear as nuances de seus sofrimentos e o terapeuta deverá se posicionar de forma não-diretiva, como se fosse um espelho (metaforicamente falando). 
Dessa forma, Rogers (1997) substitui a figura do paciente pela do cliente uma vez que não visualizava os sujeitos que buscavam terapia como seres que reagiam passivamente às recomendações diretivas de um “especialista sabe tudo”.
CARLS ROGERS
A segunda fase estava balizada na compreensão empática, aceitação e autenticidade, sendo denominada de etapa das atitudes terapêuticas. A principal publicação dessa fase foi Terapia Centrada no Cliente, em 1951.
Nesta fase, entre 1950 e 1957, o reflexo de sentimentos é muito utilizado, daí sua denominação. É a fase da Terapia Centrada no Cliente, sendo a função do terapeuta promover o desenvolvimento do cliente em uma atmosfera desprovida de ameaça, isto é, sob condições facilitadoras (Gobbi & Missel, 1998). 
A noção de "não-direção" é substituída pela de "centramento no cliente", sugerindo um papel mais ativo por parte do terapeuta e transformando o cliente no foco maior de sua atenção, enquanto na fase anterior a ênfase recaía sobre a não-direção do processo, com um psicoterapeuta mais passivo.
CARLS ROGERS
Rogers (1994) desenvolve a teoria das atitudes facilitadoras do processo terapêutico, assim resumindo o que, para ele, são as condições necessárias e suficientes para que ocorra uma mudança construtiva de personalidade:
Que duas pessoas estejam em contato psicológico;
Que a primeira, a quem chamaremos cliente, esteja num estado de incongruência, estando vulnerável ou ansiosa; 
Que a segunda pessoa, a quem chamaremos de terapeuta, esteja congruente ou integrada na relação;
Que o terapeuta experiencie consideração positiva incondicional pelo cliente;
Que o terapeuta experiencie uma compreensão empática do esquema de referência interno do cliente e se esforce por comunicar esta experiência ao cliente; 
6) Que a comunicação ao cliente da compreensão empática do terapeutae da consideração positiva incondicional seja efetivada, pelo menos num grau mínimo.
CARLS ROGERS
A terceira caracterizou-se por uma aproximação ao Existencialismo, ficando conhecida como etapa da investigação do processo terapêutico. O principal texto dessa fase foi Tornar-se Pessoa, de 1961.
Foi classificada como experiencial devido à mudança da conduta rogeriana que, influenciada pelo conceito de experienciação, de Eugene Gendlin, passou a focalizar a experiência vivida do cliente, do psicoterapeuta e entre ambos. A partir dessa influência, que priorizou o foco do processo terapêutico na experiência, a intervenção do profissional passa a ter lugar no espaço da relação intersubjetiva terapeuta �cliente, ainda que Rogers, em sua prática clínica, em muitos momentos voltasse a colocar como centro o cliente, em lugar da experiência intersubjetiva.
CARLS ROGERS
Nessa fase, o objetivo da psicoterapia é ajudar o cliente a usar plenamente sua experiência no sentido de promover uma maior congruência do self e do desenvolvimento relacional. Ou seja, a ênfase recai sobre a vida inter e intrapessoal, e a relação terapêutica passa a adquirir significado enquanto encontro existencial.
Aqui é enfatizada a autenticidade do terapeuta enquanto atitude facilitadora. O psicoterapeuta deve confiar em seus próprios sentimentos, sendo congruente com a própria experiência; ou seja, a sua experiência passa a ser entendida como parte da relação terapeutacliente. É nesse sentido que a relação deixa de ser entendida como centrada no cliente, para ser compreendida como bicentrada, visto que consiste em um esforço para explorar dois mundos fenomênicos, fazendo-os interatuar em benefício do cliente através da criação de novos significados a partir do espaço experienciado por ambos. 
CARLS ROGERS
Finalmente, a quarta e última etapa caracterizou-se como Psicoterapia Centrada na Pessoa, quando Rogers passou a fazer uso de um modo mais fenomenológico de refletir a respeito da Psicoterapia. Ele retira então o foco do cliente e amplia a Terapia Centrada no Cliente para a Abordagem Centrada na Pessoa.
Nos últimos 15 anos de sua vida Rogers voltou seu interesse para questões mais amplas, concernentes às atividades de grupo e à relação humana coletiva, abandonando definitivamente a atividade de terapia individual no consultório e assumindo em seu trabalho a definição de abordagem, em vez de psicoterapia 
Rogers trabalha com conceitos que coexistem em outras áreas da ciência, tais como a física, a química ou a biologia, expressando sua preocupação com o futuro do homem e do mundo. "Seria uma fase mais mística, holística em seu sentido amplo, em que Rogers se voltaria para a consideração de uma relação mais transcendental, ou para a transcendência da existência humana" 
CARL ROGERS
"Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele";
"Não podemos mudar, não nos podemos afastar do que somos enquanto não aceitarmos profundamente o que somos";
 "Aceitar-­se a si mesmo é um pré-­requisito para uma aceitação mais fácil
e genuína dos outros". 
GRUPOS TERAPEUTICO- QUANTO A TÉCNICA EMPREGADA 
Muitos autores costumam catalogar os grupos de acordo com a técnica empregada pelo coordenador do grupo, e com o tipo de vínculo que ele estabeleceu com os indivíduos integrantes. 
Há quatro classificações para os quatro tipos de grupo:
Pelo grupo (o qual, segundo um modelo exortativo, funciona gravitando
em torno do líder, através do recurso da sugestão ou de uma identifica­ção com ele, como nos grupos “Pratt", ou no dos Alcoólicos Anônimos, etc.). 
Em grupo (as interpretações são dirigidas ao indivíduo. De certa forma,
é um tratamento individual de cada membro na presença dos demais). 
Do grupo (o enfoque interpretativo está sempre dirigido ao grupo como uma totalidade gestáltica). 
De grupo (a atividade interpretativa parte das individualidades para a generalidade e desta para os indivíduos).
QUANTO AO CRITÉRIO DAS FINALIDADES:
GRUPOS
OPERATIVOS
Ensino-aprendizagem (através da técnica de “Grupos de Reflexão")
Institucionais (empresas; escolas; igreja; exército; associações;
etc.)
TERAPÊUTICOS
De autoajuda
Comunitários (programas de saúde mental)
Psicoterápicos p. d.
na área médica em geral (diabéticos; reumáticos; idosos, etc.)
na área psiquiátrica (alcoolicos anô-
. nimos; pacientes borderline, etc.)
base psicanalítica;
 psicodrama;
 teoria sistêmica;
cognitivo-comportamental e
abordagem múltipla
PICHON RIVIÈRE- GRUPOS OPERATIVOS 
A conceituação e a aplicação dos grupos operativos, como foi dito antes, devem muito a Pichon Rivière que, desde 1945, os introduziu, sistematizou e divulgou. Pichon Riviére definiu grupo operativo como "um conjunto de pessoas com um objetivo em comum". 
Este autor construiu o seu "esquema conceitual referencial operativo“(ECRO), considerando um a série de fatores, tanto conscientes como inconscientes, que regem a dinâmica de qualquer campo grupal, e que se manifestam em
três áreas: mente, corpo e mundo externo. 
Os grupos operativos trabalham na dialética do ensinar-aprender; o trabalho em grupo proporciona uma interação entre as pessoas, onde elas tanto aprendem como também são sujeitos do saber, mesmo que seja apenas pelo fato da sua experiência de vida; dessa forma, ao mesmo tempo que aprendem, ensinam também. 
PICHON RIVIÈRE- GRUPOS OPERATIVOS 
Pichon Riviere
1. Teoria dos vínculos : Todo vínculo bi-corporal é tri-pessoal, tendo-se em vista os personagens parentais que são introjetados em cada indivíduo.
2. Formação de papéis (porta-voz; bode expiatório; sabotador; e o de líder
que, por sua vez, pode ser do tipo autoritário-democrático, laissez-faire
e demagógico). 
3. Esquema corporal (tem muita semelhança com a concepção do “estágio
do espelho de Lacan) 
4. Modelo do “cone invertido" (leva em conta os seguintes sete vetores: aflição, pertencência, pertinência, comunicação, aprendizagem, cooperação e tele sendo que esse ultimo designa o clima emocional do grupo
PICHON RIVIÈRE- GRUPOS OPERATIVOS 
5. Conceito de verticalidade (a história de cada individuo e de horizontalidade (o aqui e agora da totalidade grupal
6. Conceito de “pré-tarefa" (movimentos grupais que impedem a realização de uma ação de real transformação) 
7. A noção dos três “D” ( o depositante, depositado e o depositário das ansiedades básicas que, inevitavelmente, surgem no campo grupal. 
 A atividade do coordenador dos grupos operativos deve ficar centralizada unicamente na tarefa proposta, sendo somente nas situações que os fatores inconscientes e inter-relacionais venham ameaçar a integração ou a evolução exitosa do grupo que cabem eventuais intervenções de ordem interpretativa.
PICHON RIVIÈRE- GRUPOS OPERATIVOS 
Princípios organizadores de um grupo operativo: o Vínculo e a Tarefa.
Vínculo
O vínculo é um processo motivado que tem direção e sentido, isto é, tem um porquê é um para quê .
Identificamos se o vínculo foi estabelecido, quando ocorre uma mútua representação interna. Cada pessoa se relaciona de acordo com seus modelos inaugurais de vinculação, de acordo com suas matrizes de aprendizagem, e tende a reeditar esse modelo em outras circunstâncias, sem levar em conta a
realidade externa, o inusitado, repetindo padrões estereotipados, resistindo que algo, verdadeiramente, novo aconteça.
PICHON RIVIÈRE- GRUPOS OPERATIVOS 
Tarefa
Tarefa é um conceito dinâmico que diz respeito ao modo pelo qual cada integrante interage a partir de suas próprias necessidades. Necessidades essas, que para Pichon-Rivière, constituem-se em um polo norteador de conduta. O processo de compartilhar necessidades em torno de objetivos comuns constitui a tarefa grupal. 
Nesse processo emergem obstáculos de várias naturezas. Diferenças e necessidades pessoais e transferenciais, diferenças de conceitos e marcos referenciais e do conhecimento formal propriamente dito. 
PICHON RIVIÈRE- GRUPOS OPERATIVOS 
A técnica de grupo operativo consiste emum trabalho com grupos, cujo objetivo é promover um processo de aprendizagem para os sujeitos envolvidos. Aprender em grupo significa uma leitura crítica da realidade, uma atitude investigadora, uma abertura para as dúvidas e para as novas inquietações.
TAREFA EXPLÍCITA:
APRENDIZAGEM, DIAGNÓSTICO OU TRATAMENTO
TAREFA IMPLÍCITA:
COMO CADA MEMBRO DO GRUPO VIVENCIA ESSE PROCESSO
ENQUADRE (tempo, duração e frequência do encontro; função do
coordenador e do observador).
PICHON RIVIÈRE- GRUPOS OPERATIVOS 
Processo Grupal é dialético: permeado por contradições (tarefa principal
do grupo é analisar essas contradições).
A análise do Processo Grupal ocorre em seis vetores que possibilitam
verificar efeitos de mudança: 
Pertença (sentir-se parte);
Cooperação (ação com o outro); 
Pertinência (eficácia das ações);
Comunicação (intercâmbio de informações); 
Aprendizagem (apropriação da realidade);
Tele (distância afetiva positiva ou negativa).
PICHON RIVIÈRE- GRUPOS OPERATIVOS 
Para tanto, realiza outra tarefa implícita, subjacente à primeira, que
aponta para a ruptura das estereotipias que dificultam o aprendizado e a
comunicação. A operatividade possibilita mudanças nos seus participantes, por mobilizar questões latentes e torná-las manifestas.
Essa explicitação do que é latente é possibilitada pelo trabalho do facilitador em manejar os processos grupais, na perspectiva de que as pessoas ali reunidas obtenham mais clareza sobre as tramas que as envolvem e reconheçam diferenças e semelhanças pessoais. A perspectiva é a construção de referências coletivas (Ecro grupal). 
ECRO- Esquema Conceitual Referencial Operativo 
Pichón-Rivière define ECRO como um conjunto organizado de conceitos gerais, teóricos, referidos a um setor do real, a um determinado universo de discurso, que permite uma aproximação instrumental ao objeto particular.
ECRO é o conjunto de experiências, conhecimentos e afetos com os quais o sujeito pensa/sente/age.
ECRO- Esquema Conceitual Referencial Operativo 
Cada pessoa que compõe o grupo traz consigo, a partir dos vínculos que forma no decorrer da vida, um Esquema Conceitual Referencial Operativo (Ecro) que a fazem pensar e agir de determinada maneira e não de outra.
Os Ecros individuais, quando no encontro grupal, entram em confronto, gerando tensões, dois medos básicos (ou ansiedades básicas) são presentes e possíveis de serem sentidos pelos participantes. 
Trata-se do medo de perda e do medo de ataque, pelo temor de perder referências pessoais e o temor de não ser aceito pelo grupo,respectivamente.
 A técnica dos Grupos Operativos possibilita uma nova condição para os seus participantes, ao se dispor a trabalhar com os medos básicos, favorecendo uma adaptação ativa à realidade.
GRUPOS OPERATIVOS VOLTADOS AO ENSINO E APRENDIZAGEM 
a fundamental desse tipo de grupo é de que o essencial é aprender a aprender e que mais importante do que encher a cabeça de conhecimentos é formar cabeças
em relação à tarefa de ensino e treinamento, são conhecidos os grupos "T" (training-groups) 
os grupos “F" (a letra é a inicial de free e de formation, o que diz tudo da característica de tais grupos)
Os grupos “Balint" (nome de um renomado psicanalista inglês 'que realizava um a
atividade sistemática com grupos de médicos não psiquiatras visando dar-lhes
condições de desenvolverem um a atitude emocional empática e para um a ação
psicoterápica, clínica) 
e os "grupos de reflexão”
GRUPOS DE AUTO-AJUDA
Esta modalidade grupal merece ser destacada, tanto pela razão de uma inequívoca comprovação de sua eficiência como pelo largo âmbito de áreas beneficiadas e a sua incrível expansão. Somente nos Estados Unidos, no campo da saúde mental, estão em pleno andamento mais de 800 programas oficiais baseados neste tipo de aplicação grupal.
São compostos por pessoas portadoras de uma mesma categoria de necessidades, as quais, em linhas gerais, especialmente no campo da Medicina. 
GRUPOS DE AUTO-AJUDA
Podem ser enquadrados nos seguintes seis tipos de objetivos da tarefa do grupo: 
Adictos (obesos, fumantes, tóxicos, alcoolistas, etc.)
 Cuidados primários de saúde (programas preventivos, diabéticos, hipertensos,etc.).
Reabilitação (infartados, espancados, colostomizados, etc.).
Sobrevivência social (estigmatizados, como os homossexuais, deficientes físicos, etc.).
Suporte (cronicidade física ou psíquica, pacientes terminais, etc.).
Problemas sexuais e conjugais 
GRUPOS PSICOTERÁPICOS PROPRIAMENTE DITOS
Ainda não há um específico corpo teórico-técnico que dê um a sólida fundamentação às terapias grupais dirigidas ao insight. Enquanto isso, elas vão se utilizando de outras fontes, das quais merecem um registro à parte as quatro seguintes: a psicanalítica, a psicodramática, a da teoria sistêmica e a da corrente cognitivo comportamentalista. Além delas, deve ser incluída uma grupoterapia de abordagem múltipla holística, a qual consiste no emprego de um a certa combinação das anteriores. 
ZIMERMAN (1993)- CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO CRITÉRIO DE FINALIDADE: OPERATIVOS E PSICOTERÁPICOS 
Os grupos operativos abrangem quatro campos:
- Ensino-aprendizagem: cuja tarefa essencial é o espaço para refletir sobre temas e discutir questões.
-Institucionais: grupos formados em escolas, igrejas, sindicatos, promovendo reuniões com vistas ao debate sobre questões de seus interesses.
-Comunitários: utilizados em programas voltados para a Promoção da Saúde, onde profissionais não médicos são treinados para a tarefa de integração e incentivo a capacidades positivas.
-Terapêuticos: objetiva a melhoria da situação patológica dos indivíduos, tanto a nível físico quanto psicológico, são os grupos de autoajuda, Alcoólicos Anônimos, etc. 
Pode-se pensar os grupos voltados para a Promoção da Saúde, como estratégias ou espaços, onde Possa se fazer uma escuta, para as necessidades das pessoas. Os grupos devem se configurar, como espaços onde as pessoas possam falar sobre seus problemas, e buscar soluções, conjuntamente com
os profissionais, de forma que a informação circule, da experiência técnica à vivência prática das pessoas que adoecem. 
WILL SCHULTZ
Embora as contribuições de Kurt Lewin tenham marcado um período de fundamental importância no estudo de grupo, quem levou mais longe a exploração e análise da Dinâmica de Grupo de trabalho foi o psicólogo americano Will Schutz, que desenvolveu a teoria dos comportamentos, permite avaliar a qualidade funcional dos grupos.
 Schutz foi escolhido oito vezes para conduzir pesquisas mediante contrato com instituições particulares e do governo (Ministérios da Educação e da marinha, Fundação Rosenberg).
 Desenvolveu, durante vinte anos, trabalho com grupos de encontro em vários países e atuou por vinte anos como consultor nos setores comercial, governamental, educacional e de organização comunitária, na qualidade de membro graduado da Associação Americana de Psicoterapia de Grupo e da Associação Americana de Psicologia.
Will Schutz
Schutz realmente traz inovação quando apresenta a sua teoria das necessidades interpessoais, fundamental porque todo ser humano, que se reúne em grupo, as experimenta ainda que em graus diversos.
 Estas necessidades, segundo eles são interpessoais, no sentido de que - somente em grupo e pelo grupo - podem ser satisfeitas adequadamente.
 
 Schutz classifica como fundamentais as três dimensões do comportamento humano, que são as necessidades interpessoais: ̇ 
WILL SCHULTZ
- A "necessidade de inclusão" é definida como a necessidade de se sentir integrado, valorizado, aceito totalmente pelos demais;
- A "necessidade de controle" pode ser entendida como a necessidade de estabelecer, para si mesmo, quais são as suas responsabilidades e as dos outros. O indivíduo precisa sentir-se totalmente responsável pelo grupo, seus objetivos, estrutura, funcionamento e progresso;
- A "necessidade de afeição", que é descrita como a necessidade que aparece depois das duas necessidades anteriores, e que representa o desejo de ser valorizado, de ser percebidocomo insubstituível pelo grupo. Seria o desejo secreto de todos os indivíduos, como participantes de um grupo. Para Schutz, a expressão desta necessidade de afeição é fortemente condicionada e determinada pelo grau de maturidade social do indivíduo. 
O indivíduo quer ser, ao mesmo tempo, valorizado por sua competência e aceito como pessoa.

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