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Revisão de conteúdo
Fechando a disciplina de Política Ambiental Global, vimos a influência da questão ambiental na formação e andamento da agenda política internacional, sobretudo no que tange às mudanças no modo de produção industrial, as adaptações do capitalismo aos novos hábitos e exigências de consumo e, finalmente, os grandes “vilões” na degradação dos ecossistemas na atualidade.
Como não poderia deixar de ser, a participação do Brasil e a contextualização interna do tema ambiental se tornaram elementos fundamentais na compreensão ampla da questão ambiental. Tal fundamento se dá pela posição privilegiada que o país exibe com seus imensos e diversos ecossistemas, a grande biodiversidade e o papel no combate ao aquecimento global.
Nesta última aula faremos uma revisão de todos os principais itens estudados a partir da aula 6, abordando o que se compreende por “capitalismo verde”, a situação dos novos hábitos de consumo no Brasil e no mundo, as contínuas e novas ameaças ao meio ambiente e o cenário político da questão ambiental no Brasil após a redemocratização.
O capitalismo “verde”
Para entendermos aquilo que ficou conhecido como capitalismo ou produtos “verdes”, é importante relembrarmos a conscientização do tema ambiental que se dá a partir da década de 1970 e, em consequência, as mudanças nos comportamentos políticos, sociais e, inclusive, da mídia. Nesse contexto, condicionados à necessidade de manter ou ampliar suas vendas junto a um mercado de consumo cada vez mais exigente e consciente, há uma contínua transformação nos meios empresarias no sentido de inferir sustentabilidade à produção e à criação de certificados que garantisse a responsabilidade ambiental em seus produtos.
Dessa forma, podemos dizer que os produtos “verdes” exibem características próprias de sustentabilidade na sua produção global, ou seja, desde a extração de matérias-primas para sua produção até o momento de descarte final da embalagem onde ele é armazenado para a venda ao consumidor.
Um dos mais importantes e populares “produtos verdes” na atualidade é o papel reciclado, utilizado na sua forma final – para impressão de documentos e fabricação de cadernos – como para embalagens em geral. Não deixe de olhar na aula 6 os 19 itens que, segundo autores, caracterizam um produto verde.
Embora, hoje, seja uma realidade ampla no Brasil, a concepção e lançamento de produtos ambientalmente sustentáveis teve início nos países desenvolvidos em meados da década de 1980, sobretudo nos Estados Unidos, Canadá e Europa Ocidental.
Além das novas exigências de consumo, também é preciso considerar a legislação em muitos países que obrigava as fábricas a adotar novos métodos tecnológicos de menor impacto no meio ambiente.
Nesse contexto, inclusive, também podemos citar a expansão de novas indústrias voltadas para a produção de tecnologias “limpas”, cujo impacto ambiental fosse menor do que as tecnologias tradicionais.
No Brasil, como vimos, a conscientização ambiental teve um papel importante no trabalho da mídia televisa nas décadas de 1970 e 1980, quando são criados programas que têm nos temas “verdes” seu mote central.
A partir disso, e sob pressão dos consumidores principalmente da Europa que exporta produtos brasileiros, o meio empresarial nacional ultrapassa uma perspectiva antiga – de que a questão ambiental era um entrave à produção – e passa a incorporar a sustentabilidade como fator diferenciado em seus produtos, agregando, assim, competitividade no âmbito do comércio internacional.
Também no âmbito das mudanças tecnológicas, é preciso dar destaque às inovações nas áreas energéticas, onde o Brasil tem destaque mundial por conta do nosso programa de biocombustíveis e uso extensivo de energia hidrelétrica, que têm impacto substancialmente menor no meio ambiente e são renováveis.
As chamadas “tecnologias limpas” por sinal, estão ganhando cada vez mais espaço no mercado mundial, se tornando o terceiro setor mais rentável na economia global. As chamadas “tecnologias limpas” por sinal, estão ganhando cada vez mais espaço no mercado mundial, se tornando o terceiro setor mais rentável na economia global.
O ideal e o real: o consumo, o desenvolvimento e os problemas ambientais na atualidade
Ao contrário do que possa parecer, o consumo consciente não é uma prioridade para a maioria das pessoas e, segundo dados mais otimistas, ainda é uma pequena parcela da sociedade no Brasil e no mundo que considera a responsabilidade ambiental como fator decisivo na hora da compra, sendo o preço o elemento fundamental no processo de escolha do consumidor.
Dados indicam que hoje o consumo da humanidade é 25% superior à capacidade de renovação do meio ambiental, e essa razão deverá subir com o desenvolvimento econômico e o aumento do consumo nos países emergentes em vias de desenvolvimento.
Se mantivermos esse ritmo, em cinquenta anos precisaremos de outro planeta apenas para produzir tudo o que será consumido neste planeta. Dê uma olhada na aula 6 para relembrar as 23 dicas para ser um consumidor responsável.
Teríamos, então, um “planeta produtor” (responsável por desenvolver toda espécie de produtos para consumo) e um “planeta-mercado” (onde seria consumido tudo o que é produzido no “outro planeta”).
Em consequência disso, ainda há muitas empresas e produtos danosos ao meio ambiente, gerando detritos que fomentam problemas ambientais da maior gravidade, como a poluição em rios, mares e lagos, a poluição atmosférica (causadora, entre outros, do efeito estufa e das mudanças climáticas), a poluição do solo e, também, a poluição nuclear (vista por muitos críticos como a grande ameaça à vida na Terra, embora seja defendida como uma fonte energética segura e eficiente por parte de alguns governos).
Na aula 7, você pôde encontrar maiores explicações sobre cada uma dessas ameaças poluentes, principalmente a poluição nuclear. Não deixe de ver também os dados e gráficos sobre as mudanças climáticas, nos quais podemos perceber nitidamente o papel do Brasil e de outros países na queima de combustíveis fósseis e a emissão de carbono na atmosfera.
Neste contexto, os países desenvolvidos e fortemente industrializados – como os Estados Unidos e países europeus – são responsáveis pela alta emissão de carbono decorrente da queima de combustíveis nas atividades produtivas e no transporte.
Já os países pobres e em desenvolvimento “contribuem” amplamente com a emissão de poluente no uso dos solos, principalmente com queimadas.
Além dos fatores que provocam a degradação do meio ambiente oriundos da produção industrial, é preciso levar em conta o aumento da população no planeta, gerando um impacto fulminante nas condições de renovação dos recursos naturais.
Escassez de alimentos: Somada à limitada capacidade do planeta em produzir, ainda há o aumento da desertificação – que ameaça toda a biodiversidade no continente africano e na Austrália, por exemplo – e erosão dos solos com o aquecimento global e a poluição. A água potável, por sinal, já é um recurso cada vez menos disponível em diversas regiões do globo.
Poluição decorrente do uso indiscriminado de combustíveis fósseis: Com o aumento do poder de compra das pessoas, há também um aumento na demanda por carros e transportes mais caros – como o avião –, gerando maior emissão de poluentes com a queima de combustíveis, elemento essencial para mover os transportes e a indústria propriamente dita. Em grandes cidades como Pequim, São Paulo e Detroit já se podem ver claramente a poluição no ar e os efeitos na saúde das pessoas.
Rápida expansão de epidemias: a globalização e a facilidade nos transportes internacionais fazem com que a humanidade esteja mais integrada e interagindo constantemente do que nunca. Com isso, doenças e vírus anteriormente isolados em regiões especificas, agora rapidamente tomam todos os continentes e criam pandemias globais. Gripe suína, gripe aviária, SARS e, mais recentemente (julho de 2011) o fortalecimento e expansão do “vírus do pepino” na Europa, são exemplos de “doenças globalizadas”.
Em decorrênciadas transformações que rapidamente assolam as condições de ustentabilidade ambiental do planeta, a ameaça à biodiversidade sem dúvida tem um lugar de destaque no quesito desastres ambientais.
É preciso recordar que a extinção de espécies da fauna e da flora é, também, um fenômeno natural na evolução geológica da Terra e da capacidade de adaptação das espécies.
O que se constata, no entanto, é que a partir da Revolução Industrial e expansão do capitalismo os processos de extinção começaram a ser provocados, ou acelerados, pela atividade predatória do homem e pelas mudanças nos habitats naturais com o crescimento das cidades e industrialização.
Como vimos, o pensamento conservacionista e preservacionista esteve presente na agenda nacional já no século XIX com a criação de áreas protegidas, como o Jardim Botânico no Rio de Janeiro.
Mas é apenas nos idos da década de 1960 que de fato acontece a expansão da consciência popular quanto aos temas ambientais através de grupos contra hegemônicos que criticavam o status quo e as condições capitalistas de exploração e uso de recursos naturais.
Estudo de Caso
Assista o vídeo: “Greenpeace Brasil - Mudanças do clima, mudanças de vidas”. Como se pode ver no início do vídeo, está amplamente autorizada sua exibição pelo Greenpeace.  
Assistindo ao vídeo produzido pelo Greenpeace – uma grande aula sobre os impactos da atividade humana no meio ambiente – identificamos uma série de elementos estudados em nossas aulas, entre os quais situações há pouco tempo desconhecidas pelo povo brasileiro que se tornam cada vez mais comuns no nosso cotidiano. À luz dos estudos na disciplina Política Ambiental Global e com as informações transmitidas pelo vídeo, vamos fazer um quiz de revisão do conteúdo. Vamos lá?
O Brasil “na foto”: o tema ambiental na agenda nacional
Com a redemocratização na década de 1980 e a ascensão dos problemas ambientais ao centro da agenda política mundial, movimentos ambientalistas e ONGs do setor se formam ou chegam ao Brasil, e a Amazônia passa a ocupar um lugar de destaque absoluto em termos de preservação de sua biodiversidade.
O fim da Guerra Fria e o esvaziamento da agenda de segurança da bipolaridade, o subdesenvolvimento e suas ramificações são incorporados na agenda ambiental, dando espaço político para os países pobres (onde estão grande parte da biodiversidade mundial e áreas preservadas). Com isso surgem as perspectivas do ambientalismo camponês ou ecologia social.
Como já comentamos nessa aula de revisão, no Brasil os temas ambientais foram bastante propagados pela mídia e pelas novas exigências e padrões de consumo nos países desenvolvidos, principalmente nos Estados Unidos e na Europa.
Ao longo dos anos, percebe-se uma mudança radical no que tange à visão brasileira sobre o desenvolvimento e o meio ambiente.
Durante a década de 1970, quando acontece a Conferência de Estocolmo, o Brasil e os países subdesenvolvidos defendiam uma agenda de industrialização como prioridade absoluta e, portanto, não viam a questão ambiental como preocupação nas condições de desenvolvimento. Lembre-se do discurso de Costa Cavalcante, representante brasileiro em Estocolmo, dando boas-vindas a poluição dos países ricos.
2. Ao longo da década de 1980 ocorre uma mudança nos padrões tecnológicos em termos mundiais, transformando em “vilões” elementos vistos como vantagens no Brasil, como grande oferta de recursos naturais a serem explorados como: farta mão-de-obra barata e não qualificada, fraquíssima legislação ambiental ou de proteção dos ecossistemas. 
Somado ao reconhecimento do subdesenvolvimento como um elemento de impacto ambiental, o Brasil passa a adotar uma postura de sustentabilidade ambiental e responsabilidade diferenciada entre as nações, mesmo reconhecendo que os subdesenvolvidos têm o seu papel na poluição e na proteção do meio ambiente. Essa postura será ratificada em definitivo na Conferência Rio-92.
Também podemos indicar diferenças no trato político da questão ambiental entre os governos brasileiros a partir da primeira eleição direta da redemocratização, no final da década de 1980.
Importante compreender que as mudanças no âmbito nacional também ocorrem pelas próprias transformações no âmbito internacional, quando a ordem bipolar dá lugar a uma ordem multipolar, as organizações internacionais e ONGs atuam como grandes espaços de debate do tema ambiental, e as sociedades estão em pleno processo de conscientização sobre consumo e sustentabilidade.
A sociedade brasileira, naturalmente, não poderia passar à margem dessas transformações globais, e a valorização da Amazônia como “pulmão do mundo” trouxe a ecologia, o desenvolvimento sustentável na região e o preservacionismo para os debates civis, da mídia e nas esferas políticas.
Governo Collor: com uma visão estratégica de dar visibilidade internacional ao Brasil e nos mostrar como um país compatível com as novas exigências de consumo e tecnologias do mundo desenvolvido, o governo Collor age diplomaticamente para que aconteça um grande encontro internacional de líderes em torno da questão ambiental, a Eco-92. Para garantir a legitimidade de suas ações, o governo adota uma agenda de preservação ambiental, interrompendo o programa nuclear brasileiro e todos os mecanismos de incentivo à atividade agropecuária na Amazônia, monitoramento florestal e zoneamento de áreas cujo desenvolvimento deveria respeitar limites ecológicos. Há também o reconhecimento do papel das nações do Conesul quanto à questão ambiental e a demarcação de reservas indígenas. As condições políticas nacionais que levaram o presidente ao impeachment, no entanto, acabaram por enfraquecer a agenda ambiental e redirecionar as preocupações e prioridades da sociedade brasileira.
Governo Itamar Franco: com um curto mandato em substituição ao presidente Collor, o governo Itamar privilegia a questão econômica e a adoção de medidas com vistas a estabilizar a moeda nacional. Em termos ambientais é criado o Ministério do Meio Ambiente, que não apresenta grandes atuações no período por conta da sufocada agenda nacional. É criado o Sistema de Vigilância da Amazônia; importante projeto para monitoramento de atividades ilegais como o narcotráfico, a atividade de madeireiros ilegais, entre outros. Em termos gerais o ambientalismo enfraquece no Brasil, e não há ascensão de qualquer nome ou grupo político voltado para a questão, anulando a entrada do meio ambiente no processo político que elegeria Fernando Henrique Cardoso.
Governo Fernando Henrique Cardoso: inicialmente volta suas ações majoritariamente para a construção de um ambiente de governabilidade no país, fortemente impactado pelo período da redemocratização e impeachment do presidente Collor. Já no segundo mandato, o Ministério do Meio Ambiente toma uma série de medidas no sentido de descentralizar a administração e gestão dos temas ambientais e ampliação da agenda de conservação de áreas. A adoção da Agenda 21, no entanto, não ganha o destaque que teria quando de sua criação na Eco-92, sendo mencionada apenas na formação da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional, dentro do Ministério do Meio Ambiente, cujo trabalho mais importante é a publicação de estudos que tiveram pouca ou nenhuma utilização no fomento de políticas públicas. Ascensão do tema ambiental nas áreas empresarias e acadêmicas nacionais.
Governo Lula: a indicação do nome de Marina Silva para dirigir o Ministério do Meio Ambiente parecia indicar grandes mudanças na área. Ao longo do tempo, no entanto, questões econômicas e estratégias políticas regionais colocaram a ministra “contra a parede”, o que acarretou sua saída e o enfraquecimento da pasta no segundo mandato. Alguns debates importantes acontecem durante os oito anos de governo, entre eles a utilização de transgênicos, a transposição do Rio São Francisco – vista como elemento fundamental para o desenvolvimento da região Nordeste –, a retomada do programa nuclear e a instalação de hidrelétricas na Amazônia.
Com isso fechamosnosso conteúdo de revisão. Lembre-se que a leitura dessa aula não é suficiente para preparar você para a prova de AV2 ou AV3, mas deve ser vista como um grande resumo das aulas anteriores, podendo ser usada como guia de leitura e ordenação cronológica do tema ambiental no Brasil e compreensão dos principais temas agenda ambiental internacional. Não deixe de rever, também, os textos de cada aula anterior e reler os textos indicados, principalmente aqueles presentes na sala de aula virtual. Boas provas e até a próxima disciplina online.

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