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Necessidades e Cuidados em Saúde 2 Docente: Danilo Abreu Discente: Camila Ferreira Data: 10/04/2021 Medicina: 2º período NOVA SÍNTESE SP2.2- “Mãos de costureira” Termos desconhecidos: ● Nódulos reumatóides: correspondem à manifestação extra-articular mais comum da artrite reumatoide, ocorrendo em cerca de 20-25% dos pacientes. A etiologia é desconhecida. Apesar de os nódulos poderem apresentar remissão espontânea durante o tratamento, eles, em geral, representam um desafio terapêutico; ● Artrite reumatoide; ● Deformação pescoço de cisne e botoeira: ● Rigidez matinal; ● Tromboangeíte obliterante: também conhecida como doença de Buerger, é uma doença vascular inflamatória oclusiva. Caracterizada pela inflamação e trombose das artérias e veias de pequeno e médio calibre, geralmente dos pés ou das mãos. Atinge mais homens, menores de 40 anos e tem uma forte relação com o tabagismo; ● Diabetes tipo 1: O diabetes mellitus tipo 1, assim como o tipo 2, é caracterizado pelo excesso de glicose no sangue, o que desencadeia uma série de complicações no organismo. Mas, nesse caso, a doença surge em geral na infância e na adolescência, traz sintomas como vontade urinar e perda de peso e tem origem autoimune (devido a destruição das células receptoras de insulina); ● Miastenia grave: uma rara doença autoimune que afeta a comunicação entre o sistema nervoso e os músculos (causa fraqueza muscular, dificuldade de engolir e mastigar, queda das pálpebras, etc.) ● Esclerose múltipla: Doença em que o sistema imunológico destrói a cobertura protetora de nervos. Na esclerose múltipla, as lesões nos nervos causam distúrbios na comunicação entre o cérebro e o corpo. A esclerose múltipla causa muitos sintomas diferentes, entre eles perda da visão, dor, fadiga e comprometimento da coordenação motora. Os sintomas, sua gravidade e duração variam conforme a pessoa. Alguns indivíduos podem não apresentar sintomas por quase toda a vida, enquanto outros têm sintomas crônicos graves que nunca desaparecem. Fisioterapia e medicamentos que suprimem o sistema imunológico podem ajudar a combater os sintomas e retardar a progressão da doença. Problemas encontrados ● Dores nas juntas e mãos; ● Endurecimento nas mãos; ● Dificuldade de realizar atividades cotidianas; ● Sensação de febre Hipóteses ● Lúpus Eritematoso; Questões de aprendizagem: 1) Conceituar e caracterizar as doenças autoimunes no contexto da perda da tolerância imunológica. A tolerância imunológica é a “não responsividade” a um antígeno, ou seja, quando os linfócitos não respondem à infecção ou alteração, porque foram inativados ou destruídos. O sistema imunológico normal funciona por meio da autotolerância, que seria tolerância aos auto antígenos - antígenos presentes no próprio organismo. Indivíduos normais são tolerantes aos seus próprios antígenos - não os atacam - porque os linfócitos T e B responsáveis pelo reconhecimento e ataque a esses antígenos estão inativados, eliminados ou reprogramados - especificidade alterada. Dessa forma, o organismo tem a capacidade de distinguir entre o que é próprio e não próprio. A tolerância central assegura que os linfócitos maduros sejam incapazes de responder a auto antígenos presentes nos órgãos linfáticos centrais (timo - para as células T - e medula óssea, para as células B). Dessa forma, quando os linfócitos imaturos específicos para auto antígenos encontram esses antígenos nos órgãos linfóides centrais, eles recebem uma sinalização por meio de uma seleção negativa/deleção em que sofrem apoptose ou se desenvolvem em células T regulatórias. O timo possui células epiteliais medulares tímicas que são controladas por proteínas reguladoras autoimunes (AIRE). O gene AIRE controla a expressão de milhares de auto antígenos, pois funciona como regulador transcricional. Dessa forma, essa proteína apresenta aos linfócitos T imaturos ainda dentro do timo quais são os antígenos do próprio corpo. E quando há alguma falha, a AIRE atua atacando esses antígenos e os eliminando dentro do timo para que não consigam sair para a periferia. Assim, quando a célula T autorreativa reconhece algum auto antígeno, as células epiteliais tímicas medulares (que contém AIRE), são induzidas a se ligarem a célula T autorreativa - por meio de receptores - provocando sua apoptose, por meio da seleção negativa ou deleção. Na ausência de AIRE funcional, os auto antígenos não são expressos no timo, assim as células T escapam do processo de deleção, pois não se ligam às células epiteliais tímicas e assim não são induzidas pela AIRE a provocar apoptose. Destarte, as células T autorreativas sofrem maturação, saem do timo e vão para a periferia atacar tecidos alvos - visto que, nesses locais, os antígenos são expressos independente da AIRE. Além disso, algumas células T CD4+ autorreativas que encontram auto antígenos no timo não são deletadas, passam por um processo de remodelagem, no qual se diferenciam em células T regulatórias específicas para esses antígenos, saem do timo e passam a inibir as respostas contra autoantígenos na periferia. Ademais, linfócitos B dentro do timo muitas vezes podem não ser destruídos e sofrer mudança de especificidade, ao ter seu receptor alterado. A tolerância periférica atua por meio da anergia (não responsividade funcional), supressão pelas células T regulatórias e deleção (morte celular). Para que um linfócito T normal seja ativado e possa responder aos antígenos, uma célula dentrítica ou apresentadora de antígeno (APC) precisa ativá-lo por meio da ligação MHC-TCR (TCR é o receptor do linfócito T) e por meio da ligação de moléculas coestimulatórias (B7 + CD 28). No entanto, quando a célula é reconhecida como autorreativa, ao chegar na região periférica ela não terá ligação de células estimulatórias (como a B7), dessa forma o linfócito não será ativado e não desenvolverá respostas imunológicas, ficando anérgica. A anergia resulta de alterações bioquímicas que reduzem a habilidade dos linfócitos em responder aos sinais de seus receptores de antígenos. Isso ocorre por dois fatores: bloqueio da sinalização do complexo TCR (e redução das moléculas B7) ou pelo recrutamento de células e receptores inibitórios, como o CTLA-4. O CTLA-4 é um membro da família de CD28 e atua ligando-se às moléculas de B7. O CTLA-4 induz a autotolerância de duas formas: impede a ativação de células T responsivas (bloqueia a sinalização) ou inibe os coestimuladores B7 de se ligar ao CD28 (reduz a disponibilidade de B7), impedindo a ativação do linfócito. Além disso, o CTLA-4 está expresso nas células T regulatórias mediando a função supressiva dessas células por meio da inibição da ativação de células imaturas. As células T regulatórias são desenvolvidas a partir do reconhecimento de autoantígenos no timo, em que linfócitos T são remodulados por meio da transcrição e passam a ser linfócitos T regulatórios. Os linfócitos T regulatórios são um subconjunto de células T CD4+ e expressam altos níveis de receptores de interleucina 2, conhecidos como CD25. Um fator de transcrição chamado FoxP3 atua induzindo o desenvolvimento e função das células T regulatórias. As células T regulatórias são geradas a partir do reconhecimento de autoantígeno no timo (às vezes chamadas de células regulatórias naturais) e (talvez em menor extensão) pelo reconhecimento de antígeno nos órgãos linfoides periféricos (chamadas de células regulatórias indutíveis ou adaptativas). O desenvolvimento e a sobrevivência dessas células T regulatórias requerem IL-2 e o fator de transcrição FoxP3. Em tecidos periféricos, as células T regulatórias suprimem a ativação e as funções efetoras de outros linfócitos autorreativos e potencialmente patogênicos. Assim, as células T regulatórias são estimuladas peloFoxP3 e suprimem a ação dos linfócitos T por meio de: produção de citocinas imunossupressoras (IL-10 e TGL beta), reduz a habilidade das APC em ativar as células T (porque o CTLA-4 nas células regulatórias se liga ao B7 na APC, no lugar do CD28) e também pelo alto consumo de IL-2, impedindo que outras células que dependem de IL-2 tenham crescimento e desenvolvimento da função. Linfócitos T que reconhecem autoantígenos com alta afinidade ou que são estimulados repetidamente por antígenos podem morrer por apoptose, por meio de duas vias principais: via mitocondrial (intrínseca) e a via de receptor de morte celular (extrínseca). A via mitocondrial (intrínseca) é regulada pela família de proteínas Bcl-2, que possui membros pró-apoptóticos e antiapoptóticos. Essa via é iniciada quando as proteínas citoplasmáticas da família Bcl-2 (que pertencem a subfamília BH3) são ativadas, devido privação de fator de crescimento (IL-2), estímulos nocivos, dano ao DNA ou certos tipos de sinalização mediada por receptor (como sinais fortes gerados por autoantígenos em linfócitos imaturos). As proteínas BH3 são sensores de estresse celular que se ligam a efetores e reguladores do processo de morte celular. O mais importante desses sensores é a proteína BIM, que se liga a duas proteínas efetoras pró-apoptóticas da família Bcl-2 (chamadas de Bax e Bak) que se inserem na membrana mitocondrial externa e aumenta a permeabilidade mitocondrial, fazendo com que muitos componentes mitocondriais (como o citocromo C) vazem da mitocondria para o citosol, ativem as enzimas caspases, que levam a fragmentação do DNA e outras alterações que culminam na morte celular por apoptose. Na via do receptor de morte celular ou extrínseca, os receptores de superfície da célula (TNF) ativam proteínas adaptadoras citoplasmáticas que recrutam enzimas caspases que vão fazer o mesmo processo que fazem na via mitocondrial e levam as células à morte por apoptose. Na tolerância central, a célula B autorreativa ao reconhecer um autoatígeno na medula óssea com alta avidez (intensidade), pode sofrer uma edição de receptor (que irá expressar uma nova cadeia de imunoglobinas) ou sofrer apoptose. Quando esse reconhecimento é com baixa avidez, a célula B recebem menor expressão do receptor e menor sinalização e tornam-se inativas funcionais (anérgicas). Na tolerância periférica, as células B podem sofrer anergia e deleção ou ser impedidas de atuar por meio da sinalização através de receptores inibitórios. Algumas células B autorreativas, quando estimuladas repetidamente por autoantígenos, tornam-se não responsivas a ativações subsequentes e por isso, precisam de níveis altos de fator de crescimento, no entanto, devido sua condição, não podem competir com células B imaturas normais, e acabam tendo uma menor sobrevida, sendo eliminadas depois de perder a função. Além disso, células B que reconhecem autoantígenos com baixa afinidade podem ser impedidas de responder através do acoplamento de vários receptores inibitórios. A função desses receptores inibitórios é definir um limiar para ativação da célula B, o que permite respostas a antígenos externos com ajuda da célula T, mas não respostas a autoantígenos. As doenças autoimunes se desenvolvem quando há falhas nesses mecanismos que inibem a ação das células autorreativas, provocando lesões e dano tecidual no organismo. Esse processo provoca uma desordem, na qual células do próprio organismos (linfócitos autorreativos) passam a atacar os tecidos e células do próprio organismo, por conseguir reconhecer autoantígenos, maturar e sair do órgãos linfóides para provocar danos nas áreas periféricas. As principais características das doenças autoimunes são: ● Podem ser sistêmicas - como o lúpus eritematoso sistêmico - ou específicas de algum órgão - como a miastenia grave, diabetes tipo 1 e esclerose múltipla - dependendo da distribuição dos autoantígenos que são reconhecidos. ● Vários mecanismos efetores (que incluem complexos imunológicos, autoanticorpos circulantes e linfócitos T autorreativos) são responsáveis pela lesão do tecido em diferentes doenças autoimunes. ● Doenças autoimunes tendem a ser crônicas, progressivas e de autoperpetuação. As razões para essas características são: (1) os autoantígenos que disparam essas reações são persistentes e, uma vez que a resposta imunológica se inicia, muitos mecanismos amplificadores que são ativados perpetuam essa resposta; (2) uma resposta iniciada contra um autoantígeno que lesiona tecidos pode resultar na liberação e alteração de outros antígenos teciduais, na ativação de linfócitos específicos para esses outros antígenos e na exacerbação da doença. Este fenômeno, conhecido como propagação de epítopo, pode explicar por que uma vez desenvolvida a doença autoimune, esta pode se prolongar ou se autoperpetuar. 2) Identificar os fatores desencadeantes das doenças autoimunes. Os fatores que contribuem para o desenvolvimento da autoimunidade são a suscetibilidade genética e os gatilhos ambientais, como infecções e lesão local no tecido. Genes de susceptibilidade podem provocar falhas na autotolerância, mas isso dependerá também de um fator ambiental (como lesão, trauma, infecção, dentre outros). Todavia, as infecções são os principais fatores ambientais a desencadear doenças autoimunes. O que ocorre é que, quando o microrganismo entra no tecido, as células APC são ativadas e os levam até os linfócitos. Quando se ligam aos linfócitos, as sinalizações dos microrganismos conseguem ativar as moléculas coestimuladoras (B7), que se ligam ao seu respectivo par, ativando o linfócito autorreativo e provocando lesão tecidual, por meio de uma doença autoimune. Além disso, a autoimunidade resulta da combinação de alguns dos três principais fatores: ● Tolerância ou regulação defeituosa: falha nos mecanismo de autotolerância que leva ao desequilíbrio entre ativação e controle de linfócitos. A tolerância a autoantígenos normalmente é mantida por meio de processos de seleção que previnem a maturação de alguns linfócitos específicos para autoantígenos e de mecanismos que inativam ou deletam linfócitos auto reativos que amadurecem. A perda da autotolerância pode ocorrer caso os linfócitos autorreativos não são deletados ou inativados durante ou após sua maturação; caso a APC seja ativada e possa apresentar autoantígenos ao sistema imunológico de forma imunogênica. Qualquer um dos mecanismos a seguir pode contribuir para a falência da autotolerância: defeitos da deleção (seleção negativa) de células T ou B ou na edição de receptores em célula B durante a maturação dessas células nos órgãos linfoides centrais; defeitos no número e função de linfócitos T regulatórios; apoptose defeituosa de linfócitos autorreativos maduros ou função inadequada de receptores inibitórios. ● Apresentação anormal de autoantígenos: expressão aumentada e persistência de autoantígenos que são normalmente degradados ou alterações estruturais nesses antígenos, resultantes de modificações enzimáticas ou de estresse ou lesão celular. Caso essas mudanças levam à apresentação de epítopos antigênicos que normalmente não estão presentes, o sistema imunológico não pode ser tolerante com esses epítopos (menor porção do antígeno capaz de gerar resposta imune), permitindo o desenvolvimento de autorrespostas. ● Inflamação ou resposta imunológica inata inicial: a resposta imunológica inata é um forte estímulo para ativação subsequente de linfócitos e para a geração de respostas imunológicas adaptativas. Infecções ou danos à célula podem suscitar reações imunológicas inatas locais com inflamação. Essas reações podem contribuir para odesenvolvimento de doença autoimune, talvez pela ativação das APCs, que se sobrepõe aos mecanismos regulatórios, resultando emativação excessiva da célula T. 3) Descrever os fenômenos imunológicos característicos das doenças autoimunes e sua avaliação clínica e laboratorial. (critérios para o diagnóstico da doença) Infecções virais e bacterianas podem contribuir para o desenvolvimento e exacerbação da autoimunidade: o surgimento de doenças autoimunes, geralmente, está associado a infecções ou é precedido pelas mesmas. Na autotolerância, o linfócito T não é ativado e, dessa forma, não pode atuar como autorreativo. No entanto, infecções resultantes da entrada de microrganismo nos tecidos induz resposta imunológica, que atua ativando as APCs. Assim, a APC começa a expressar coestimuladores (B7 que se liga ao CD28) e a secretar citocinas ativadoras de células, resultando no colapso da tolerância da célula T e causando lesão tecidual/doença autoimune. Mimetismo molecular: existem microrganismos infecciosos que contém antígenos que possuem reatividade cruzada com autoantígenos; isso significa que os antígenos do microrganismo mimetizam os autoantígenos; dessa forma, reações imunológicas contra esses microrganismos, podem resultar em reações imunológicas contra os autoantígenos. “Um exemplo de reatividade imunológica cruzada entre antígenos microbianos e autoantígenos é a febre reumática que se desenvolve após infecções estreptocócicas, sendo causada por anticorpos anti estreptocócicos que têm reatividade cruzada com proteínas do miocárdio. Esses anticorpos são depositados no coração, causando miocardite. O sequenciamento molecular revelou numerosos trechos curtos de homologias entre proteínas miocárdicas e proteínas estreptocócicas. Contudo, a significância de homologias limitadas entre antígenos microbianos e autoantígenos em doenças autoimunes comuns ainda precisa ser estabelecida.” Microbiota intestinal e cutânea: há um grande interesse na ideia de que humanos são colonizados por microrganismos comensais que têm efeitos significativos na maturação e ativação do sistema imunológico. Não é de surpreender que alterações na microbiota também afetem a incidência e gravidade de doenças autoimunes em modelos experimentais. Alterações anatômicas em tecidos, causadas por inflamação, lesão isquêmica ou trauma, podem levar a exposição de autoantígenos que normalmente são ocultados do sistema imunológico: antígenos isolados anatomicamente podem não ter induzido respostas imunológicas. Dessa forma, caso esses antígenos ocultos sejam liberados, eles podem interagir com linfócitos imunocompetentes e induzir respostas imunológicas específicas. Um exemplo, são os antígenos isolados anatomicamente, como as proteínas intraoculares e esperma. Pensa-se que a uveíte (inflamação da camada média do olho) e a orquite (infecção dos testículos) pós-traumática se deve a respostas autoimunes contra auto antígenos que são liberados de suas localizações normais através de trauma. Influências hormonais: Muitas Doenças autoimunes têm maior incidência em mulheres do que em homens. Por exemplo, o SLE (Lúpus Eritematoso Sistêmico) afeta mulheres com 10 vezes mais frequência do que homens. Doença semelhante a lúpus em camundongos F1 (NZB x NZW) desenvolve-se apenas em fêmeas, podendo ser retardada pelo tratamento com andrógenos. Não se sabe se essa predominância em fêmeas resulta da influência dos hormônios sexuais ou de outros fatores relacionados com o gênero. O diagnóstico das doenças autoimunes é feito a partir do quadro clínico que o paciente apresenta e por meio de exames laboratoriais em que são pesquisados vários tipos de Autoanticorpos. O diagnóstico de cada doença autoimune é feito de forma distinta. O laboratório pode ser bastante útil como parte do diagnóstico ou na avaliação prognóstica de algumas doenças autoimunes, mas sempre em conjunto com avaliação do quadro clínico. A seguir serão abordadas as principais doenças autoimunes e seus respectivos exames laboratoriais. 1. LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) representa o protótipo de uma doença autoimune humana. É uma doença reumática sistêmica, caracterizada por uma inflamação crônica, marcada por períodos de piora e remissões do quadro clínico, atingindo aproximadamente 1 em cada 2.000 indivíduos. Dentre esses, o LES é mais prevalente em mulheres em idade reprodutiva, acometendo, porém indivíduos de ambos os sexos e de todas as idades (1, 2, 3). Os sinais clínicos no LES são extremamente diversos e, frequentemente, os primeiros sintomas a aparecerem são bastante inespecíficos, tais como fadiga, perda de peso, mal-estar, febre e anorexia, o que torna o diagnóstico clínico mais difícil na fase inicial da doença DIAGNÓSTICO LABORATORIAL NO LES: No LES são frequentemente encontrados auto anticorpos reativos contra antígenos nucleares. Muitos desses autoanticorpos não são específicos para LES e podem ser produzidos por ativação policlonal de linfócitos B.Para o diagnóstico de LES costuma-se utilizar a orientação do Colégio Americano de Reumatologia (CAR). São avaliados 11 critérios estabelecidos, em que a presença de pelo menos quatro deles define a patologia. Estando presente ou havendo suspeita de dois dos 11 critérios, já é recomendada a solicitação da pesquisa de anticorpos antinucleares (FAN-HEp-2). Contudo, esse teste não específico para o diagnóstico de LES, uma vez que apenas sugere a presença de autoanticorpos.Entretanto, direciona o raciocínio clínico e a investigação laboratorial para a pesquisa de autoanticorpos específicos, como, por exemplo, anti-dsDNA (anti DNA nativo ou fita dupla), anti-SSA-Ro e anti-Sm (marcadores de diagnóstico, anticorpos de alta especificidade), que poderão caracterizar melhor o quadro laboratorial. 2. SÍNDROME DE SJÖGREN: A síndrome de Sjögren é uma doença autoimune inflamatória crônica, marcada pelo ressecamento progressivo dos olhos e da boca. A doença pode evoluir, a partir das glândulas exócrinas, para uma doença sistêmica ou para um distúrbio linfoproliferativo de linfócitos B. A síndrome de Sjögren é muito mais frequentemente encontrada em mulheres, com uma prevalência crescente no decorrer da vida adulta. Outras doenças reumáticas como AR e LES sistêmico estão frequentemente associadas à síndrome de Sjögren, de forma que a utilização de exames laboratoriais pode ser de grande valia na diferenciação dessas enfermidades. Diagnóstico laboratorial: Os autoanticorpos na síndrome de Sjögren são basicamente os antígenos SS-A/Ro e SS-B/La que, embora presentes no LES, apresentam maior prevalência na Síndrome de Sjögren. 4) Discutir o modo de comunicação e orientação para os pacientes com doenças crônicas e incapacitantes. A organização da Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas tem por objetivos gerais: ● Fomentar a mudança do modelo de atenção à saúde, fortalecendo o cuidado às pessoas com doenças crônicas. ● Garantir o cuidado integral às pessoas com doenças crônicas. ● Impactar positivamente nos indicadores relacionados às doenças crônicas. ● Contribuir para a promoção da saúde da população e prevenir o desenvolvimento das doenças crônicas e suas complicações Todo esse processo é realizado por meio de um planejamento estratégico e de autocuidado realizado por profissionais capacitados, segundo diretrizes e normas do SUS. Assim, o projeto da rede de atenção às pessoas com doenças crônicas envolve: ● Acolhimento: O acolhimento é um modo de operar os processos de trabalho em saúde de forma a atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo uma postura capaz de acolher, escutar e dar respostas adequadas aos usuários. Ou seja, requer exercitar uma escuta com responsabilização e resolutividade e, quando for o caso de orientar o usuário e a família para continuidade da assistência emoutros serviços, requer o estabelecimento de articulações com esses serviços para garantir a eficácia desses encaminhamentos; ● Atenção centrada na pessoa e na família: atenção colaborativa, que enxerga o ser humano de forma holística, tratando sempre a pessoa e não a doença; baseia-se em dignidade e respeito, compartilhamento de informações completas entre os envolvidos (usuário, família e profissionais), participação, colaboração e monitoramento de todos; ● Cuidado continuado/atenção programada: Deve ser garantido o acesso em casos de urgência, de demanda espontânea não urgente e de cuidado continuado/programado, aquele ofertado a usuários que apresentam condições que exigem o seu acompanhamento pela equipe de atenção básica, como exames, consultas, pré-natal, acompanhamento de pacientes com doenças crônicas, puericultura - área que se dedica ao cuidado integral aos seres humanos em desenvolvimento (crianças) - dentre outros. ● Atenção multiprofissional: articulação de profissionais de distintos núcleos, com seus saberes e práticas específicos, no campo único de atuação para construção de estratégias conjuntas de intervenção; ● Projeto terapêutico singular: O PTS é uma ferramenta para qualificar o atendimento a pessoa com doença crônica, por meio de uma discussão coletiva da equipe multiprofissional com o usuário e sua rede de suporte social para revisão de diagnósticos, nova avaliação de riscos, redefinir linhas de intervenção terapêutica, tarefa e encargos dos profissionais envolvidos no cuidado das pessoas; ● Regulação da rede de atenção: A regulação da Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas envolve, necessariamente, a capacidade da ABS de ordenar os demais níveis da rede. O diálogo entre os serviços de atenção especializada e as equipes deve ser garantido e facilitado, com destaque para o matriciamento. Os fluxos e as condições para encaminhamentos devem ser definidos dentro da construção das linhas de cuidado. Mesmo enquanto persistir o acompanhamento na atenção especializada, a ABS deve continuar informada da situação de saúde do usuário, bem como acompanhar o desenvolvimento do plano de cuidado. Os critérios para a alta devem ser pactuados, assim como as condições para o seguimento desse usuário na ABS; ● Apoio matricial: discussão dos casos clínicos, atendimento conjunto, momentos periódicos para abordagens temáticas, dentre outros. Novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica; ● Acompanhamento não presencial: além das interações presenciais, o acompanhamento por outras formas de comunicação também é necessário e importante, como por meio de telefone; ● Atendimento coletivo: atendimentos em grupos, além dos atendimentos individuais, atuam como forte ferramenta de educação em saúde, trocas entre os usuários e destes com as equipes de saúde. A organização dos grupos possibilita integração e discussões, favorecendo a criação de redes de cuidado para além do grupo. Isso gera sujeitos ativos e espaço onde as pessoas podem superar suas dificuldades e obter maior autonomia e, também, estreitar a relação entre a equipe multiprofissional e o usuário, fortalecendo a aliança terapêutica; ● Autocuidado: Nas doenças crônicas, o sucesso do tratamento depende fortemente da participação e do envolvimento do usuário enquanto sujeito ativo de seu tratamento. Uma atitude de autocuidado que leve a estilos e práticas de vida mais saudáveis, assim como a adesão ao tratamento, não depende apenas de uma prescrição profissional, mas de uma conscientização do usuário sobre sua condição de saúde e a relação dela com suas práticas. O apoio da família, dos amigos, das organizações comunitárias e da equipe multiprofissional de saúde é essencial para que o autocuidado se dê com efetividade. ● Linhas de cuidado e diretrizes clínicas: As linhas de cuidado expressam os fluxos assistenciais que devem ser garantidos ao usuário, no sentido de atender às suas necessidades de saúde. Ela não funciona apenas por protocolos estabelecidos, mas também pelo reconhecimento de que os gestores dos serviços podem pactuar fluxos, reorganizando o processo de trabalho, a fim de facilitar o acesso do usuário às unidades e serviços dos quais necessita. As linhas de cuidado normatizam todo o processo da condição de saúde ao longo da sua história natural, incluindo ações promocionais, preventivas, curativas, cuidadoras, reabilitadoras e paliativas relativas à determinada doença. ● Estratificação de risco: A finalidade da estratificação de risco é classificar os usuários de determinado serviço de acordo com a gravidade da enfermidade. Essa classificação deve permitir a definição de uma série de ofertas que serão programadas de acordo com o nível em que se encontra o usuário. Ela serve para avaliar, organizar e garantir o atendimento a cada usuário, conforme a necessidade. ● Educação permanente: educação permanente do profissional de saúde, que supere os modelos tradicionais de ensino, que valorize o trabalhador, seu conhecimento prévio e sua experiência profissional. Deve ser realizada com base na aprendizagem por problemas, na aprendizagem significativa e organizada em pequenos grupos, sempre tendo como referência e ponto de partida as questões do mundo do trabalho que incidem sobre a produção do cuidado. 5) Caracterizar o sistema de referência e contra-referência para atenção especializada e avaliar a necessidade de medicamentos de alto custo e suas indicações. O Sistema de Referência e Contrarreferência caracteriza-se por uma tentativa de organizar os serviços de forma a possibilitar o acesso das pessoas que procuram os serviços de saúde. De acordo com tal sistema, o usuário atendido na unidade básica, quando necessário, é "referenciado" (encaminhado) para uma unidade de maior complexidade, a fim de receber o atendimento de que necessita. Quando finalizado o atendimento dessa necessidade especializada, o mesmo deve ser "contra- referenciado", ou seja, o profissional deve encaminhar o usuário para a unidade de origem para que a continuidade do atendimento seja feita. A referência e contrarreferência devem ser feitas em formulário próprio da instituição, preenchido pelo profissional de nível superior responsável. Partindo desse pressuposto, vê-se que o sistema de referência e contrarreferência deve funcionar de maneira hierarquizada, a fim de adequar o fluxo dos usuários aos níveis de complexidade de atendimento, tendo o setor primário como a porta de entrada no sistema e sucessivamente o secundário e terciário, quando necessário ao usuário.7 E, desta maneira, o paciente grave deve procurar como porta de entrada o setor terciário, adequado ao seu estado de saúde. O SUS tem uma lista de mais de 147 remédios classificados como de “alto custo” que são ofertados aos pacientes por meio do RENAME - Relação Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica. Essa lista inclui remédios para tratamentos e prevenções de diversas doenças como, esclerose múltipla, colangite biliar (doença hepática autoimune que provoca cansaço, coceira, secura nos olhos e na boca, dor, inchaço, diarréia, dentre outros sintomas), diabetes mellitus, profilaxia pré-exposição para população de maior risco para HIV, doenças crônicas, alzheimer, parkinson (distúrbio do sistema nervoso, que ataca as células nervosas, causando movimento lento e tremor), tuberculose, fibrose cística (doença genética que compromete o funcionamento das glândulas exócrinas, desencadeando produção excessiva de muco, suor e enzimas pancreáticas), psoríase (doença que causa descamação da pele), dentre outras centenas de doenças. O paciente necessita de medicamentos de alto custo quandopossui qualquer uma dessas doenças, doença crônica ou de alta complexidade em que seja necessário acompanhamento e tratamento contínuo. O laudo médico que solicita, avalia e autoriza os Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, em geral, é fornecido e preenchido pelo médico. Se ele não o fornecer, o formulário deve ser solicitado na unidade de saúde próxima ao local onde o paciente mora para que o médico preencha as informações necessárias. O laudo detalha a doença e seu tratamento, comprovando a necessidade em usar o medicamento prescrito. No relatório LME (com original e cópia), o médico informará o código da enfermidade que consta na Classificação Internacional de Doenças, indicará o número de cadastro no Conselho Regional de Medicina, carimbará e assinará o nome completo. O remédio de alto custo deve ser retirado mensalmente por três meses e sempre com uma nova receita médica. Após esse período, é necessário refazer a solicitação por mais três meses, repetindo todo o processo. Para medicamentos muito caros — alguns chegam a custar R$ 15 mil — e para doenças raras, os pacientes passam por consultas, exames, confirmação da enfermidade e verificação de documentos pessoais. Os medicamentos de alto custo e também de uso contínuo devem ser cadastrados no Programa de Medicamentos Excepcionais. Por causa do custo elevado e por precisar ser usado por muito tempo, sua dispensação segue regras e critérios específicos, como diagnóstico, monitorização/ acompanhamento, esquemas terapêuticos, entre outros. Todos os medicamentos constam nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas. Para a dispensação destes medicamentos é necessário, além dos critérios já mencionados, que o medicamento conste no Programa de Medicamentos Excepcionais, que atenda o Protocolo Clínico do Ministério da Saúde e Termo de consentimento. Depois o usuário é cadastrado no Programa de Medicamentos Excepcionais para receber os medicamentos. Em São Paulo, por exemplo, 30 Unidades de Saúde dispensam medicamentos excepcionais. Esse processo é realizado por meio do cadastramento no CEAF (Componente especializado da assistência farmacêutica) e por meio de análises e comprovações do PCDT - Protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas do Ministério da Saúde. No âmbito do Ceaf, os medicamentos devem ser dispensados para os pacientes que se enquadrarem nos critérios estabelecidos no respectivo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Os PCDT têm o objetivo de estabelecer claramente os critérios de diagnóstico de cada doença, o algoritmo de tratamento das doenças com as respectivas doses adequadas e os mecanismos para o monitoramento clínico em relação à efetividade do tratamento e a supervisão de possíveis efeitos adversos. Observando ética e tecnicamente a prescrição médica, os PCDT, também, objetivam criar mecanismos para a garantia da prescrição segura e eficaz. O processo será encaminhado a um profissional avaliador que poderá autorizar a dispensação do(s) medicamento(s) solicitado(s) após verificar o cumprimento dos critérios de inclusão do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde. 6) Qual a relação entre a idade do paciente e a artrite reumatoide? E quais outros órgãos essa patologia pode atingir? A artrite reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por inflamação das articulações, erosões progressivas e destruição da cartilagem. AR é a doença sistêmica de caráter autoimune mais frequente, afetando cerca de 1% da população. Contudo, seu diagnóstico permanece principalmente clínico. O principal desafio no diagnóstico da AR consiste em diferenciá-la das muitas outras formas de atrite que compartilham sintomas clínicos, mas variam enormemente no prognóstico e opções terapêuticas. Várias evidências têm indicado que a destruição das articulações e o declínio funcional do paciente com AR são minimizados por uma intervenção terapêutica precoce e agressiva, tornando crítica a necessidade de um diagnóstico preciso na fase inicial da doença. Diagnóstico laboratorial: os dois mais importantes sistemas de auto-anticorpos descritos para o diagnóstico laboratorial da AR são o Fator Reumatóide (FR) e os Anticorpos Anti-Peptídeos Cíclicos Citrulinados (anti-CPP). A AR pode acometer outros órgãos ou tecidos como a pele, unhas, músculos, rins, coração, pulmão, sistema nervoso, olhos e sangue podem apresentar alterações. A chamada Síndrome de Felty (aumento do baço, dos gânglios linfáticos e queda dos glóbulos brancos em paciente com a forma crônica da AR) também pode ocorrer. A causa é desconhecida e acomete as mulheres duas vezes mais do que os homens. Inicia-se geralmente entre 30 e 40 anos e sua incidência aumenta com a idade. Segundo o Colégio Americano de Reumatologia, o diagnóstico de artrite reumatóide é feito quando pelo menos 4 dos seguintes critérios estão presentes por pelo menos 6 semanas: ● Rigidez articular matinal durando pelo menos 1 hora ● Artrite em pelo menos três áreas articulares ● Artrite de articulações das mãos: punhos, interfalangeanas proximais (articulação do meio dos dedos) e metacarpofalangeanas (entre os dedos e mão) ● Artrite simétrica (por exemplo no punho esquerdo e no direito) ● Presença de nódulos reumatóides ● Presença de Fator Reumatóide no sangue ● Alterações radiográficas: erosões articulares ou descalcificações localizadas em radiografias de mãos e punhos. O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são fundamentais para o controle da atividade da doença, prevenção da incapacidade funcional e lesão articular e o retorno ao estilo de vida normal do paciente o mais rapidamente possível. A osteoartrite, como também é chamada, pode ser causada por um traumatismo, excesso de peso, alimentação, desgaste natural da articulação ou devido a uma alteração no sistema imune de indivíduos com pré-disposição genética para isso. Referências: ABBAS, Abul. Imunologia Celular e Molecular. 8º edição. Amsterdã: Elsevier, 2015. Diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritárias. Ministério da Saúde, Brasília, 2013. REDE DE REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA. Revista Médica de Minas Gerais. Disponível em: <http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/1859>. Acesso em 11/04/2021. RENAME. Ministério da Saúde. Brasília, 2020. http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/1859 O SUS E OS MEDICAMENTOS DE ALTO CUSTO. Portal do Envelhecimento e Longeviver. Disponível em: <https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/o-sus-e-os-medicamentos-de-alto- custo/>. Acesso em 11/04/2021. MEDICAMENTOS ESPECIALIZADOS. Secretaria da Saúde. Disponível em: <http://www.saude.ba.gov.br/atencao-a- saude/comofuncionaosus/medicamentos/medicamentos-especializados/>. Acesso em 11/04/2021. COMO DIAGNOSTICAR UMA DOENÇA AUTOIMUNE. Beatriz Godinho. Disponível em: <https://www.beatrizgodinho.pt/guia-do-utente-3/autoimunidade-9/como-diagnosticar-uma- doenca-autoimune-57/>. Acesso em 13/04/2021. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DE DOENÇAS AUTOIMUNES. PDF. Disponível em: <https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved= 2ahUKEwj_n7LN1fzvAhUqGLkGHfHuDu0QFjAAegQIAhAD&url=https%3A%2F%2Fcsvlab.com. br%2FDoencas-autoimunes-LES-e-AR.pdf&usg=AOvVaw1pMAio0cbmBqPPbrf9qe-7>. Acesso em 13/04/2021. https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/o-sus-e-os-medicamentos-de-alto-custo/ https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/o-sus-e-os-medicamentos-de-alto-custo/ http://www.saude.ba.gov.br/atencao-a-saude/comofuncionaosus/medicamentos/medicamentos-especializados/ http://www.saude.ba.gov.br/atencao-a-saude/comofuncionaosus/medicamentos/medicamentos-especializados/ https://www.beatrizgodinho.pt/guia-do-utente-3/autoimunidade-9/como-diagnosticar-uma-doenca-autoimune-57/https://www.beatrizgodinho.pt/guia-do-utente-3/autoimunidade-9/como-diagnosticar-uma-doenca-autoimune-57/ https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj_n7LN1fzvAhUqGLkGHfHuDu0QFjAAegQIAhAD&url=https%3A%2F%2Fcsvlab.com.br%2FDoencas-autoimunes-LES-e-AR.pdf&usg=AOvVaw1pMAio0cbmBqPPbrf9qe-7 https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj_n7LN1fzvAhUqGLkGHfHuDu0QFjAAegQIAhAD&url=https%3A%2F%2Fcsvlab.com.br%2FDoencas-autoimunes-LES-e-AR.pdf&usg=AOvVaw1pMAio0cbmBqPPbrf9qe-7 https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj_n7LN1fzvAhUqGLkGHfHuDu0QFjAAegQIAhAD&url=https%3A%2F%2Fcsvlab.com.br%2FDoencas-autoimunes-LES-e-AR.pdf&usg=AOvVaw1pMAio0cbmBqPPbrf9qe-7
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