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Estudo dirigido - Arcos Faríngeos

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FACULDADE ESTÁCIO DE JUAZEIRO BAHIA 
COLEGIADO DE MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO DE EMBRIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
Aluna: Héllen Vivianny Barros da Silva Sá 
Matrícula: 202101062434 
Professora: Maria da Conceição Aquino de Sá 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juazeiro-BA 
2021 
QUESTÕES 
 
 
1- Faça uma síntese da importância dos arcos faríngeos, destacando a 
sua importância para o desenvolvimento das estruturas da face e do 
sistema respiratório superior (mínimo de 100 palavras e máximo de 200 
palavras). 
 
 A faringe primitiva é limitada lateralmente pelos arcos faríngeos. Cada 
arco consiste em um núcleo de mesênquima coberto externamente pelo 
ectoderma e internamente pelo endoderma. O mesênquima original de cada 
arco é derivado do mesoderma. Mais tarde, células da crista neural migram 
para os arcos e são a principal fonte de componentes de tecido conjuntivo, 
incluindo cartilagem, osso e ligamentos das regiões oral e facial. Cada arco 
contém uma artéria, uma haste cartilaginosa, nervos e componente muscular. 
Externamente, os arcos faríngeos são separados pelos sulcos faríngeos. 
Internamente, os arcos são separados por evaginações da faringe (bolsas 
faríngeas). Em que o ectoderma de um sulco entra em contato com o 
endoderma de uma bolsa, as membranas faríngeas são formadas. 
Os arcos faríngeos são estruturas presentes na vida embrionária que são 
os precursores da face e do pescoço. As primeiras estruturas relacionadas com 
os arcos faríngeos surgem no embrião humano na quarta semana de 
desenvolvimento embrionário, através da formação de regiões salientes 
semelhantes a arcos. Cada arco tem componentes cartilaginosos, musculares, 
nervosos e artérias próprios, que vão colaborar para o desenvolvimento das 
estruturas que são formadas no desenvolvimento da cabeça e do pescoço. 
 
2- Descreva com detalhes sobre os componentes dos arcos faríngeos. 
 
Os arcos faríngeos começam a se desenvolver no início da quarta 
semana, quando as células da crista neural migram para as futuras regiões da 
cabeça e do pescoço. A sinalização Sonic hedgehog desempenha um papel 
importante na formação dos primeiros arcos faríngeos. O primeiro par de arcos, 
as mandíbulas primordiais, aparece como elevações superficiais laterais à 
faringe em desenvolvimento. Outros arcos logo aparecem como cristas em 
cada lado das futuras regiões da cabeça e pescoço. Ao final da quarta semana, 
quatro pares de arcos são visíveis externamente. O quinto e o sexto arco são 
rudimentares e não são visíveis na superfície do embrião. Os arcos faríngeos 
são separados pelos sulcos faríngeos (fendas). Como os arcos, os sulcos são 
numerados em uma sequência craniocaudal. O primeiro arco separa-se nas 
proeminências maxilar e mandibular. A proeminência maxilar forma a maxila, o 
osso zigomático e uma porção do osso vômer. A proeminência mandibular 
forma a mandíbula e o osso temporal escamoso. Juntamente com o terceiro 
arco, o segundo arco (arco hioide) contribui para a formação do osso hioide. 
Cada arco consiste em um centro de mesênquima (tecido conjuntivo 
embrionário) e é recoberto externamente por ectoderma e internamente por 
endoderma. Originalmente, o mesênquima é derivado do mesoderma, durante 
a terceira semana; durante a quarta semana, a maior parte do mesênquima é 
derivada das células da crista neural, que migram para os arcos. A migração 
das células da crista neural para os arcos e sua diferenciação em mesênquima 
produz as prominências maxilar e mandibular, além de todo o tecido conjuntivo, 
incluindo a derme (camada da pele) e o músculo liso. Coincidindo com a 
migração das células da crista neural, o mesoderma miogênico das regiões 
paraxiais movem-se para cada arco, formando um núcleo central do primórdio 
do músculo. As células endoteliais nos arcos são derivadas do mesoderma 
lateral e de angioblastos invasivos (células que se diferenciam em endotélio 
dos vasos sanguíneos) que se movem para dentro dos arcos. O endoderma 
faríngeo desempenha um papel fundamental na regulação do desenvolvimento 
dos arcos. 
Um arco faríngeo típico contém diversas estruturas: 
• Uma artéria que se origina do tronco arterioso do coração primitivo e 
passa ao redor da faringe primitiva para entrar na aorta dorsal; 
• Uma haste cartilaginosa que forma o esqueleto do arco; 
• Um componente muscular que se diferencia nos músculos da cabeça e 
do pescoço; 
• Nervos sensoriais e motores que suprem a mucosa (tecido de 
revestimento) e os músculos derivados de cada arco. Os nervos que 
crescem nos arcos são derivados do neuroectoderma do encéfalo 
primitivo. 
 
3- Qual a importância dos derivados dos arcos faríngeos, descreva os 
principais e sua importância na embriogênese. 
 
Os arcos faríngeos são importantes, porque contribuem extensivamente 
para a formação da face, das cavidades nasais, da boca, da laringe, da faringe 
e do pescoço. Durante a quinta semana, o segundo arco aumenta e recobre o 
terceiro e o quarto arcos, formando uma depressão ectodérmica, o seio 
cervical. Ao final da sétima semana, o segundo até o quarto sulcos faríngeos e 
o seio cervical desaparecem, dando ao pescoço um contorno liso. 
 
- Derivados das Cartilagens dos Arcos Faríngeos 
A extremidade dorsal da cartilagem do primeiro arco (cartilagem de 
Meckel) está intimamente relacionada com o desenvolvimento da orelha. No 
início do desenvolvimento, pequenos nódulos soltam-se da parte proximal da 
cartilagem e formam dois dos ossos da orelha média, o martelo e a bigorna. A 
porção média da cartilagem regride, mas seu pericôndrio (membrana de tecido 
conjuntivo em torno da cartilagem) forma o ligamento anterior do martelo e o 
ligamento esfenomandibular. 
As porções ventrais das cartilagens do primeiro arco formam o primórdio 
da mandíbula em forma de ferradura, e acompanhando seu crescimento, elas 
guiam sua morfogênese inicial. Cada metade da mandíbula forma-se 
lateralmente em estreita associação com sua cartilagem. A cartilagem 
desaparece à medida que a mandíbula se desenvolve em torno dela por 
ossificação intramembranosa. Múltiplas vias de sinalização envolvendo 
expressão de genes homeobox (BMP, PRRX1 e PRRX2) e fatores de 
crescimento de fibroblasto regulam a morfogênese da mandíbula 
Uma cartilagem primitiva independente, próxima à extremidade dorsal da 
cartilagem do segundo arco (cartilagem de Reichert), participa no 
desenvolvimento da orelha. Ela contribui para a formação do estribo da orelha 
média e o processo estiloide do osso temporal. A cartilagem entre o processo 
estiloide e o osso hioide regride; seu pericôndrio (membrana de tecido 
conjuntivo) forma o ligamento estilo-hióideo. A extremidade ventral da 
cartilagem do segundo arco ossifica-se para formar o corno menor (chifre 
menor). 
A cartilagem do terceiro arco, localizada na porção ventral do arco, 
ossifica-se para formar o corno maior do osso hioide. O corpo do osso hioide é 
formado pela eminência hipobranquial. 
As cartilagens do quarto e do sexto arcos fundem-se para formar as 
cartilagens laríngeas, exceto a epiglote. A cartilagem da epiglote desenvolve-se 
a partir do mesênquima na eminência hipofaríngea, uma saliência no assoalho 
da faringe embrionária que é derivada do terceiro e quarto arcos. O quinto arco, 
quando presente, é rudimentar e não tem derivados. 
 
- Derivados dos Músculos dos Arcos Faríngeos 
Os componentes musculares dos arcos derivam do mesoderma paraxial 
não segmentado e a placa pré-cordal forma vários músculos da cabeça e do 
pescoço. A musculatura do primeiro arco forma os músculos da mastigação e 
outros músculos. A musculatura do segundo arco forma o estapédio, o 
estilohióideo, o ventre posterior do digástrico, o auricular e os músculos da 
expressão facial. A musculatura do terceiro arco forma o estilofaríngeo. A 
musculatura do quarto arco forma o cricotireóideo, o elevador do véu palatino, 
e os constritores da faringe. A musculatura do sexto arco forma os músculos 
intrínsecos da laringe. 
 
- Derivados dosNervos dos Arcos Faríngeos 
Cada arco é suprido por seu próprio nervo craniano (NC). Os 
componentes eferentes viscerais especiais (branquiais) desses nervos suprem 
os músculos derivados dos arcos. Como o mesênquima dos arcos contribui 
para a formação da derme e das membranas mucosas da cabeça e do 
pescoço, essas áreas são supridas com nervos aferentes viscerais especiais. 
A pele facial é suprida pelo nervo trigêmeo (NC V); entretanto, apenas 
seus dois ramos caudais (maxilar a mandibular) suprem derivados do primeiro 
arco. O NC V é o principal nervo sensorial da cabeça e do pescoço e é o nervo 
motor para os músculos da mastigação. Seus ramos sensoriais inervam a face, 
os dentes e as membranas mucosas das cavidades nasais, palato, boca e 
língua. 
O nervo facial (NC VII), o nervo glossofaríngeo (NC IX) e o nervo vago 
suprem o segundo, o terceiro e do quarto ao sexto (caudal) arcos, 
respectivamente. O quarto arco é inervado pelo ramo laríngeo superior do NC 
X e pelo seu ramo laríngeo recorrente. Os nervos do segundo ao sexto arcos 
apresentam pouca distribuição cutânea, mas eles inervam as membranas 
mucosas da língua, faringe e laringe. 
 
➔ Importância dos derivados dos músculos dos arcos faríngeos: 
 
- Derivam do mesoderma paraxial e placa pré-cordal e forma vários músculos 
da cabeça e do pescoço; 
- A musculatura do 1° arco forma os músculos da mastigação; 
- O 2°arco forma o estapédio, o esilo-hióideo, o ventre posterior do digástrico, o 
auricular e os músculos da expressão facial. 
- O 3° arco forma o estiolofaríngeo; 
- O 4° arco forma o cricotireóide, o elevador do véu palatino e os constritores 
da faringe; 
- O 6° arco forma os músculos intrínseco da laringe. 
 
➔ Importância dos derivados dos músculos dos arcos faríngeos: 
- Cada arco é suprido por seu próprio nervo craniano; 
- Os componentes eferentes viscerais especiais(brânquias) suprem os 
músculos derivados dos arcos; 
- A pele facial é suprida pelo nervo trigêmeo (NC V); 
- O Nervo craniano V é o principal nervo sensorial da cabeça e pescoço; 
- O nervo facial (NC VII), o nervo glossofarígeo (NC IX) e o nervo vago suprem 
do 2 o ao 6o arco; 
- O 4o arco é inervado pelo ramo laríngeo superior do NC X e pelo seu ramo 
laríngeo recorrente. 
 
4- Descreva um relato de caso de malformação envolvendo o 
desenvolvimento anormal dos arcos faríngeos. 
 
Paciente feminina, 3 anos, encaminhada hospital terciário devido à o6te 
supurada à direita e febre há 20 dias. Ao exame, evidenciou-se malformação 
de pavilhão auditivo com saída de secreção hematopurulenta com 
abaulamento de 7cm em região posteroinferior da orelha direita, e sinais 
flogísticos. À TC contrastada de mastoide encontrou-se formações hipodensas 
ovalóides estendendo-se para o conduto auditivo externo, obliterando-o. Optou-
se pela abordagem cirúrgica com drenagem e terapia antibiótica e corticoide. 
Após nove dias, a paciente retornou com manutenção de otorreia a direita. 
Decidiu-se pela reabordagem cirúrgica e coleta de amostra para análise 
anatomopatológica e microbiológica, onde constatou-se E. Coli multissensível e 
materiais compatíveis com cisto branquial. Posteriormente, efetuou-se a 
ressecção do cisto sem intercorrências. 
 
Discussão: 
Essas malformações são o segundo tipo mais frequente de anomalia 
congênita craniofacial em crianças, e resultam em uma série de manifestações 
otológicas. As manifestações clínicas encontradas são pequenas depressões 
em ângulo mandibular, tumores limitados em área de parótida e em região 
auricular. O exame de imagem da lesão é importante para o diagnóstico. O 
tratamento definitivo consiste na ressecção cirúrgica, visto que estas lesões 
podem resultar em quadros de infecções recorrentes. 
A anomalia de primeira fenda branquial é uma das mais raras descritas na 
otologia. A apresentação morfológica se dá em três após, sendo o cisto 
branquial o mais frequente. O tratamento é cirúrgico, evitando recorrências e 
complicações. 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
1. Keith L. Moore, T.V.N. (Vid) Persaud, Mark G. Torchia, Embriologia 
Clínica, tradução da 10ª edição, cap 9: 205-211. 
2. SILVA ÍCB, ANDRADE FBCD, SANTOS DBN, AZEVEDO DC, FALCÃO 
ACSLA. Desenvolvimento do sistema estomatognático durante a vida 
intrauterina – revisão de literatura. Rev. Odontol. Univ. Cid. São Paulo 
2019 jan-mar; 31(1): 47-56. 
3. José Fernando Polanski; Beatriz Silva Lemes; Deborah Kureski; Giovanna 
Pelinski Honesko; Maria Clara Mendes Maranhão; Nicole Cardozo Munhoz de 
Oliveira, RELATO DE CASO: MAL FORMAÇÃO DE PRIMEIRO ARCO 
FARÍNGEO, 1º congresso Brasileiro das Ligas de Otorrinolaringologia.

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