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Embriologia oral Vitória Caroline - @opsvitoriacaroline Estudante de odontologia - UFPE Revisando conceitos importantes Final da segunda semana: No final da segunda semana de desenvolvimento após a formação do disco bilaminar, ocorre a formação da placa pré- cordal ou membrana bucofaríngea. Região que indica o futuro local da boca do embrião, sendo a região cefálica. Também surge a membrana clocal que será o futuro local da região caudal. Na terceira semana: Ocorre a gastrulação, formação do disco trilaminar. Essas camadas irão dar origem a todos os tecidos e órgãos do corpo. O hipoblasto irá virar : O endoderma Células do hipoblasto irão invaginar e formar: O mesoderma As células do epiblasto irão virar: O ectoderma Também irá ocorrer a formação da notocorda, que definirá o eixo do embrião e o local das futuras vértebras. Ocorrerá o processo de Neurulação, a formação do tubo neural que posteriormente dará origem ao SNC do embrião e o surgimento do sistema cardiovascular primitivo. Na quarta semana: Os acontecimentos mais importantes são, o dobramento do embrião do disco trilaminar, formando as pregas cefálica que irá dar origem ao intestino anterior: a faringe, laringe e etc. O intestino médio e posterior. Ainda na 4ª semana, o embrião possuirá os somitos e surge o 1° arco faríngeo que dará origem a maxila e mandíbula. No final da 4° semana já terá os 2° e 3° arcos faríngeos e mais somitos. Aparecimento do 1° e 2° arco faringeo Aparecimentos dos 4º pares de arcos faríngeos A membrana bucofaringea é rompida, surge o estomodeu. Embriologia oral - Aparelho faríngeo Formação do aparelho faríngeo Os arcos faríngeos começam a se desenvolver no início da quarta semana, quando as células da crista neural migram para as futuras regiões da cabeça e do pescoço. Está relacionado com o intestino primitivo, em consequência dos dobramentos do corpo do embrião. Ocorre a incorporação do saco vitelino. A parte cranial no intestino anterior se chamará estomodeu. O sistema faríngeo irá formar as estruturas da cabeça e pescoço, antigamente chamava-se de sistema branquial por ser semelhante ao embrião de um peixe. O sistema faríngeo é constituído por - Arcos branquiais, - Bolsas branquiais, - Sulcos branquiais, - Membranas faringeas. Os sulcos e bolsas são estruturas que formarão estruturas mais internas da cavidade oral. Os arcos faríngeos são separados pelos sulcos faríngeos. As membranas faríngeas separam o que é sulco e o que é bolsa, forma a membrana do tímpano. Os arcos faríngeos O 1° par de arcos faríngeos são importantes no desenvolvimento da face, irá estar próximo ao estomodeu. O 2° par de arcos faríngeos (arco híodeo) origina o osso hióide. 3° e 4° par contribuem com estruturas do pescoço. Acontece que na verdade são 6 pares de arcos, porém o 5° e 6° par irão ser rudimentares que são invisíveis na superfície do embrião. Os arcos faríngeos contribuem para a formação da face, cavidades nasais, boca laringe, faringe e pescoço. No final da 7° semana desaparecem as irregularidades dos arcos f. e irão dar ao pescoço contorno liso, aspecto liso. Os arcos sustentam as paredes laterais da faringe primitiva, que se derivam da parte cranial do intestino anterior. Estrutura de um arco faríngeo Um arco faríngeo típico contém: - Arco aórtico - Haste cartilaginosa - Componente muscular - Nervo Um arco faríngeo típico contém diversas estruturas: • Uma artéria que se origina do tronco arterioso do coração primitivo e passa ao redor da faringe primitiva para entrar na aorta dorsal. • Uma haste cartilaginosa que forma o esqueleto do arco. • Um componente muscular que se diferencia nos músculos da cabeça e do pescoço. • Nervos sensoriais e motores que suprem a mucosa (tecido de revestimento) e os músculos derivados de cada arco. Os nervos que crescem nos arcos são derivados do neuroectoderma do encéfalo primitivo. O 1° arco faríngeo O 1° arco faríngeo - Arco mandibular Se surge de forma única e se subdivide em 2 proeminencias. São laterais e depois se unem: - A proeminência maxilar Responsável pela origem do osso maxilar, osso zigomático e uma porção do osso temporal. - A proeminência mandibular Origina a mandídula. Com 24 dias de formação do processo maxilar e com 26 dias o processo mandibular. Cartilagens: Nos arcos faríngeos vão surgir as cartilagens: Cartilagem de Meckel (presente no 1° arco apenas) está intimamente relacionada com o desenvolvimento da orelha, que dará origem ao ossículos do ouvido: martelo e bigorna. Já no segundo arco a cartilagem que irá surgir será a cartilagem de Reichert, ela contribui para a formação do estribo da orelha média e o processo estiloide do osso temporal também ossículo do ouvido médio. As cartilagens do 4° e 6° arco contribuem para a formação da cartilagem da laringe. O estomodeu A boca primitiva, ou estomodeu, aparece como leve depressão no ectoderma e está separada da faringe pela membrana bucofaringea, se forma na 3° semana. É composta externamente por ectoderma e internamente por endoderma. Essa membrana rompe-se com aproximadamente 26 dias, fazendo com que a faringe e o intestino anterior se comuniquem com a cavidade amniótica. E surge o estomodeu com 28 dias de formação. O revestimento ectodérmico do primeiro arco forma o epitélio oral. Derivados - origens de cada porção do arco faríngeo Derivado dos arcos aórticos: Sangue dos arcos aórticos supre os arcos e depois vai para a aorta dorsal. Derivados dos músculos: Formam músculos estriados da cabeça e pescoço. A musculatura do primeiro arco forma os músculos da mastigação e outros músculos. A musculatura do segundo arco forma o estapédio, o estilohióideo, o ventre posterior do digástrico, o auricular e os músculos da expressão facial. A musculatura do terceiro arco forma o estilofaríngeo. A musculatura do quarto arco forma o cricotireóideo, o elevador do véu palatino, e os constritores da faringe. A musculatura do sexto arco forma os músculos intrínsecos da laringe. Derivados dos nervos: 1° arco dá origem ao nervo trigêmio, o 2° arco dará origem ao nervo facial, o 3° arco ao nervo glossofaríngeo, 4° e 6° dará origem ao ramo laríngeo superior e recorrente do Nervo vago. Derivados das cartilagens: Extremidade dorsal cartilagem 1° arco Contribui no desenvolvimento do ouvido, se ossifica formando ossículos da orelha média. Porção ventral cartilagem 1° arco Forma a mandíbula Extremidade dorsal cartilagem 2° arco Se ossifica formando o estribo e processo estilóide do osso temporal. Cartilagem 3° arco - parte ventral Se ossifica formando grande corno e parte do osso hióide. Cartilagens do 4° e 6° arcos se fundem formando as cartílagens laríngeas. As bolsas faríngeas A faringe primitiva, que é derivada do intestino anterior, alarga-se cranialmente conforme se une ao estomodeu e estreita- se à medida que se une ao esôfago. O endoderma da faringe reveste as superfícies internas dos arcos e das bolsas faríngeas. As bolsas desenvolvem-se em uma sequência craniocaudal entre os arcos. O primeiro par de bolsas, por exemplo, encontra-se entre o primeiro e o segundo arcos. Quatro pares de bolsas são bem definidos; o quinto par (quando presente) é rudimentar. Derivados das bolsas faríngeas 1° Bolsa faríngea: Formação da membrana do tímpano, cvidade do tímpano e ao antro mastóideo Forma a tuba faringotimpânica - trompa auditiva, trompa de Eustáquio. 2° Bolsa faríngea: Embora a segunda bolsa seja em grande parte obliterada conforme a tonsila palatina se desenvolve, parte da cavidade dessa bolsa permanece como o seio tonsilar (fossa), a depressão entre os arcos palatoglosso e o palatofaríngeo. O endoderma dasegunda bolsa prolifera e cresce penetrando no mesênquima subjacente. As partes centrais desses brotos se rompem, formando as criptas tonsilares (depressões semelhantes a fossetas). O endoderma da bolsa forma o epitélio superficial e o revestimento das criptas tonsilares. Com aproximadamente 20 semanas, o mesênquima em torno das criptas diferencia-se em tecido linfoide, que logo se organiza em nódulos linfáticos da tonsila palatina. A infiltração inicial de células linfoides ocorre aproximadamente no sétimo mês, com centros germinativos formando-se no período neonatal e centros germinativos ativos dentro do primeiro ano de vida. 3° Bolsa faríngea Diferencia-se de glândula paratireóide inferior, forma o timo, glândula paratireóide superior. Na 7ª semana do desenvolvimento os arcos faringeos já estarão estruturados e suas derivações. Referências: MOORE, K.L. & Persaud, V. Embriologia Básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. SADLER, T.W.
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