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NOVAS TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO: desafio contemporâneo para as
escolas
Jeisielle Rodrigues dos Santos
Lorrany Alves da Cunha
RESUMO: O presente artigo tem como objeto o uso da tecnologia da informação como ferramenta no processo de ensino-aprendizagem por compreender que os recursos tecnológicos devem ser utilizados como mais uma ferramenta na construção de conhecimentos. Tem-se por objetivo geral verificar quais as mudanças na metodologia e na dinâmica adotada em sala de aula, a tecnologia pode trazer e como objetivos específicos, compreender os impactos da utilização da tecnologia nas atividades de professores e na apropriação pelos alunos; refletir sobre a importância de o professor de hoje ter o domínio das tecnologias digitais para que possa desenvolver em sala de aula um trabalho mais coerente e condizente com os novos tempos; compreender os benefícios de seu uso a ser implementados na sala de aula. Por meio de revisão teórica, cuja fundamentação se alicerça nos autores Freitas (2012), Brito (2008), Castells (2005), entre outros, este estudo procura responder ao seguinte problema: As escolas utilizam as tecnologias eficientemente para contribuir com o processo de ensino-aprendizagem? Concluiu-se que as novas tecnologias exigem grandes transformações na educação e que é preciso que os docentes estejam capacitados para usarem os recursos tecnológicos em sala de aula.
Palavras-chave: Tecnologias. Educação. Ferramenta.
Introdução
A sala de aula é um grande espaço de aprendizagem, professores buscam significar, tornando-o mais prazerosa e eficiente a aquisição de conhecimentos. Mas porque não ampliar este espaço? Com o uso das tecnologias podemos ampliar este espaço, conhecendo não apenas o pequeno mundo em que se vive, mas buscando novos conceitos, linguagens, expressões. Trazendo novas metodologias de ensino, as tecnologias oferecem ferramentas que geram maneiras diferentes de ensinar. O uso das tecnologias assume uma função importante na educação, sendo necessária também uma análise dessa nova ferramenta de ensino com planejamento e controle.
O presente trabalho tem como tema as novas tecnologias e educação: desafio contemporâneo para as escolas e apresenta a seguinte problemática: As escolas utilizam as tecnologias eficientemente para contribuir com o processo de ensino-aprendizagem? Aventa-se a hipótese de que o aluno ainda não vê a tecnologia como uma ferramenta de acesso ao conhecimento, não utilizando essa tecnologia a seu favor. Defende-se, também, a hipótese de que, muitas vezes nem os próprios professores sabem como usar a tecnologia de forma a instigar o aluno para a aprendizagem. Assim, mudanças na atitude dos professores são necessárias quando se referem à otimização do processo de aprendizagem, sendo o saber próprio enfatizado e autovalorizado, permitindo apropriação da tecnologia.
Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo geral: verificar quais as mudanças na metodologia e na dinâmica adotada em sala de aula, a tecnologia pode trazer? E como objetivos específicos: compreender os impactos da utilização da tecnologia nas atividades de professores e na apropriação pelos alunos; refletir sobre a importância de o professor de hoje ter o domínio das tecnologias digitais para que possa desenvolver em sala de aula um trabalho mais coerente e condizente com os novos tempos; compreender os benefícios de seu uso a ser implementados na sala de aula.
A relevância da pesquisa possui tripla dimensão: científica, social e pessoal. A pesquisa possui relevância científica, dado que os profissionais da área educacional necessitam de uma capacitação especifica para saber manusear e repassar aos alunos em sala de aula de forma que possa facilitar o ensino-aprendizagem, e é de extrema importância que estes profissionais tenham competência, habilidade e autonomia para enfrentar desafios postos pela tecnologia.
No que concerne à relevância social, presenciamos uma sociedade totalmente globalizada e digital. De acordo com as evoluções que vem ocorrendo, o mercado de trabalho tornou-se mais exigente, buscando pessoas com uma melhor qualificação profissional. Quanto à relevância pessoal, a presente pesquisa contribui para o crescimento e amadurecimento no campo acadêmico.
Como metodologia, adotou-se a pesquisa bibliográfica e procedeu-se à leitura crítica e ao fichamento das obras pertinentes ao enfrentamento do tema e à comprovação das hipóteses. Além da leitura de livros pertinentes ao objeto de pesquisa, foram consultados documentos disponíveis online, devidamente consignados nas citações e Referências.
1 Tecnologia e aprendizado
A educação pode ser um fator de coesão, se procurar ter em conta a diversidade dos indivíduos e dos grupos humanos, evitando tornar-se um fator de exclusão social, pois o respeito pela diversidade e pela especificidade dos indivíduos constitui, de fato, um princípio fundamental. (DELORS, 2001).
O nosso mundo está em processo de transformação estrutural desde a década de 1980 do Século XX. Tal transformação é um processo multidimensional, mas está associado à emergência de um novo paradigma tecnológico, baseado nas tecnologias de comunicação e informação, que teve início nos anos 1960 e que se difundiram de forma desigual por todo o mundo. (CASTELLS, 2006).
Dentro de uma nova pedagogia que acolha metodologias de ensino com o uso das tecnologias da informação, além da facilidade e da qualidade de informações que se tornam disponíveis e das inúmeras possibilidades de um processo de aprendizagem interativo/construtivo, espera-se contribuir para a autonomia intelectual do aluno. Ao adaptar-se ao uso das tecnologias, ela poderá buscar respostas às suas próprias inquietações, e essa busca – incluindo-se aí a seleção e análise das informações, é uma das maiores contribuições que a aprendizagem pela tecnologia pode dar ao aluno. (FREITAS; ALMEIDA, 2012).
Segundo Valente (1999) a internet, por proporcionar o acesso instantâneo à informação permite que o aluno tenha mais facilidade para buscar conhecimento. Tal inovação adquirida através dos recursos da informática levará o educador a ter muito mais oportunidade de compreender os processos mentais, os conceitos e as estratégias utilizadas pelo aluno e, com esse conhecimento, mediar e contribuir de maneira mais efetiva nesse processo de construção do conhecimento (VALENTE,1999). De acordo com Pretto (2000), o computador deve ser percebido como um poderoso instrumento de aprendizagem, auxiliando o desenvolvimento cognitivo do estudante, num ambiente de trabalho propício para que o professor e os alunos possam desenvolver aprendizagens colaborativas, organizando as informações para fins da construção de determinado conhecimento.
Conforme afirma Rezende (2000) a necessidade da informática na escola e na educação já era percebida na década de 1980, visto que tais ambientes seriam inevitavelmente invadidos por tais tecnologias assim como fora toda a sociedade. O professor, para fins de transmissão do conhecimento, além dos livros e textos, pode lançar mão das ferramentas tecnológicas que forem disponibilizadas para fins de transmissão do conhecimento.
Obviamente não deve se considerar que os meios são capazes, por si só, de se traduzirem como o único item do processo educativo. Tais recursos devem ser utilizados com uma reflexão humana quanto à importância da tecnologia educacional, inserida num
projeto pedagógico eficiente.
As inovações tecnológicas podem modificar a maneira de vida e por consequente a cultura de um sistema social. Razão pela qual, toda inovação tecnológica é precedida de expectativas e de debates, algumas das quais se transformam apenas em mitos e outras se concretizam. Assim, há vários conceitos de inovação tecnológica deparadas na arte literária, a exemplo, dos conceitos achados nos manuais de Oslo (1996) e de Frascati (1993) da OECD (1996). Todavia, o conceito utilizado por Sánchez e Paula (2001) – inovação tecnológica é o início de uma tecnologia na prática social – assemelha abundantemente apropriada e oportunana atualidade.
As tecnologias digitais possibilitaram uma nova dimensão dos produtos, da transmissão, arquivo e acesso à informação alterando o cenário econômico, político e social. Porém, a dimensão mais importante do computador não é ele em si mesmo, mas a capacidade de interligação, de formação de rede. Assim, com o surgimento da internet no final dos anos 1960, as ideias de liberdade, imaterialidade passam a revolucionar a leitura e a comunicação em rede, possibilitando arquivar, copiar, desmembrar, recompor, deslocar e construir textos, exibi-los e ter acesso a todo tipo de informação, de qualquer variedade, a todo instante. (KOHN; MORAIS, 2007).
Castells (1999) afirma que as novas tecnologias da informação não são simplesmente ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos. Este desenvolvimento se dá, pois, na sociedade.
Conforme D’Ambrósio (2001) é preciso substituir os processos de ensino que priorizam a exposição, que leva a um receber passivo do conteúdo, através de processos que estimulem os alunos à participação. Para tanto existem inúmeras ferramentas disponíveis, ferramentas essas tecnológicas que contribuem na participação do educando no processo de aprender. Atualmente podemos utilizar redes sociais, blogs, fóruns de debate criados em ambientes virtuais. O educando passa de simples receptor para construtor coletivo do conhecimento.
A importância da tecnologia em sala de aula
A utilização pedagógica da tecnologia é um desafio que os professores e as escolas estão enfrentando nos últimos anos, pois ela apresenta uma concepção socializadora da informação. O setor público começou a investir na informática educacional, elaborando alguns projetos pioneiros que passaram a contribuir para o fortalecimento da informática nas escolas.
Segundo Tavares (2013):
O projeto EDUCOM é o primeiro projeto público a tratar da informática educacional, agregou diversos pesquisadores da área e teve por princípio o investimento em pesquisas educacionais. Este projeto forneceu as bases para a estruturação de outro projeto, mais completo e amplo, o PRONINFE. O PROINFO, praticamente uma releitura do projeto PRONINFE, teve maior incentivo financeiro e está sendo, até o momento, o mais abrangente no território nacional entre todos os projetos, através de seus Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE). (2013, p.1).
De acordo com o autor, os Núcleos de Tecnologia Educacional – NTE foram criados em todos os estados do país, dispondo de projetos educacionais que trabalhavam a informática. Foram distribuídos computadores com acesso à Internet em escolas públicas estaduais e municipais, com o intuito inicial de capacitar os professores na área tecnológica. Com esses equipamentos as escolas públicas passaram a dispor de um aparato tecnológico, embora ainda limitado, passando a ter condições reais de trabalharem com a informática na área educacional, tendo a Internet como uma ferramenta de apoio diferenciada.
A partir de então, o uso da Internet nas escolas marca uma nova era na educação, caracterizada por novas possibilidades e desafios dentro do processo de ensino e aprendizagem. As mudanças são muitas, as metodologias e práticas pedagógicas podem agora contar com tecnologias cada vez mais sofisticadas. Atualmente o uso da Internet pode ser visto em todas as modalidades de ensino, seja o ensino presencial ou o ensino à distância, oferecendo ferramentas que proporcionam interatividade e dinamicidade, facilitando a troca de conhecimento, experiências, dúvidas e divulgação de materiais
didáticos.
Moran (2001) afirma que:
Hoje, começam a se aproximar metodologias, programas, tecnologias e gerenciamento, tanto dos cursos presenciais como dos cursos à distância ou virtuais. Aos poucos a educação vai-se tornando uma mistura de cursos, de sala de aula física e de intercâmbio virtual. (2001, p.2).
Nesse sentido, não há mais uma separação entre modalidade de ensino presencial e à distância, passou a existir uma mistura dos dois modelos. Por mais que um curso seja presencial, ele pode utilizar muitas vezes de elementos que constituem um ensino virtual. Dessa maneira, o conceito de aula presencial vai se ampliando diante de tantas possibilidades que a internet proporciona a professores e alunos.
A escola, incorporando os recursos tecnológicos, passará a ser um lugar mais atraente para os alunos, não havendo o distanciamento entre as aulas e a realidade vivida pelos educandos, pois eles têm intimidade com os computadores e, principalmente, um
grande interesse em navegar pela Internet.
Moran (2004, p. 252) declara que:
É fundamental hoje planejar e flexibilizar, no currículo de cada curso, o tempo e as atividades de presença física na sala de aula e o tempo e as aprendizagens conectadas, à distância. Só assim, avançaremos de verdade e poderemos falar de qualidade na educação e de uma nova didática.
Desse modo, as mídias apresentam uma responsabilidade social específica, de informar os indivíduos e a sociedade para assumirem novos papéis, devendo ser trabalhada na sala de aula, integrada às propostas pedagógicas desenvolvidas pelos professores. Os processos de construção do conhecimento ocorrerão de maneira a se construir, cooperativamente, melhores condições de aprendizagem para os alunos, ao mesmo tempo em que, propicia maior gratificação para o trabalho docente. Portanto, um indivíduo que seja instruído a utilizar a Internet como um meio de acesso à educação, ao trabalho, às relações sociais, à comunicação e ao exercício de sua cidadania, desenvolverá ações que lhe ofereçam condições de autonomia e habilidade cognitiva para compreender e atuar na sociedade informacional.
De acordo com a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), "os alunos de hoje são cada vez mais requisitados não apenas a usar aplicações tecnológicas, mas a criar, entender e administrar tecnologias digitais, e por isso é importante incluir Computação na avaliação das habilidades dos estudantes.”.
Segundo Perrenoud (2000):
As novas tecnologias podem reforçar a contribuição dos trabalhos pedagógicos e didáticos contemporâneos, pois permitem que sejam criadas situações de aprendizagem ricas, complexas, diversificadas, por meio de uma divisão de trabalho que não faz mais com que todo investimento repouse sobre o professor, uma vez que tanto a informação quanto a dimensão interativa são assumidas pelos produtores dos instrumentos. (PERRENOUD, 2000, p.139):
O incremento de tecnologias de comunicação e informação no contexto da educação deve acompanhar os avanços e trabalhar para diminuir as desigualdades que se originam em função da revolução tecnológica.
Moran (2007) afirma que, a propósito da utilização das tecnologias no ambiente escolar com caráter educativo, é fundamental formação técnica para o domínio dos programas e recursos e pedagógica, para possibilitar a articulação e integração das tecnologias ao trabalho com as diferentes áreas do conhecimento.
Entre os principais benefícios dos meios digitais nas escolas estão o aumento do diálogo entre professores e alunos e a ampliação do espaço da sala de aula, já que o contato passa a ser também fora do horário escolar. Além disso, os recursos disponíveis nos computadores e na internet fazem com que os estudantes tenham mais prazer em
assistir às aulas e interajam de modo mais efetivo.
Inovação das práticas pedagógicas
A inovação no âmbito pedagógico pode ser entendida como uma mudança deliberada e conscientemente assumida, visando uma melhoria da qualidade do ensino. Para Cunha (2016, p. 92), “muitas vezes a inovação é compreendida como a inclusão de aparatos digitais e tecnológicos nas instituições de ensino. Entretanto, essa é uma forma reducionista de abordar o tema”. Nesse sentido, são necessárias mudanças nas metodologias tradicionais, para planejar metodologias inovadoras e ativas para o ensino, de acordo com o avanço da tecnologia e da modernidade, pensando nas possibilidades de estratégias para ensinar o conhecimento.
Tidd, Bessant e Pavitt (2008) apontam queao se falar em práticas inovadoras, deve-se considerar que estas passam pelo repensar a forma como se olha para o que se apresenta na realidade atual, para o novo, e, principalmente, para o que ainda não foi pensado.
Considerando que a prática educativa se sustenta na “combinação” entre reprodução do que realiza em sua atuação profissional específica; as experiências pregressas, vividas enquanto aluno; e aquilo que vem sendo sedimentado por meio da própria atuação enquanto professor (ALMEIDA; PIMENTA, 2011), a inovação assume um caráter de processo que urge nos sistemas educacionais com o objetivo de romper
com essa reprodução da prática de ensino.
Nesse sentido, se em nenhum dos pontos desse tripé houver uma ruptura paradigmática, há tendência dos/as docentes continuarem reproduzindo processos de ensino-aprendizagem tradicionais, sustentando currículos petrificados que não acompanham as mudanças sociais, políticas, tecnológicas e econômicas e as demandas
da geração de estudantes ciborgues.
Comenta Masetto (2003), que a escola não pode ficar alheia à importância da tecnologia, no cotidiano dos indivíduos, ignorando a facilidade do jovem educando em absorver e lidar com as novas tecnologias, sob pena de contribuir para o agravamento da exclusão de milhões de indivíduos das camadas mais populares, pelo acesso limitado a tais tecnologias educacionais, criando uma nova classe de analfabetismo representado pelo analfabetismo tecnológico. Nesse contexto tem-se a tecnologia na educação como meio, como instrumento para colaborar no desenvolvimento do processo de
aprendizagem.
Pretto (2000), destaca a importância do papel da escola no sentido de viabilizar uma política que posicione a escola como um novo espaço, um espaço aberto às interações, só que agora, análogo ao conceito da Física, um espaço aberto de interações não lineares. Portanto, a escola passa a ter um papel muito mais forte, um papel significativo na formação das novas competências.
Competências que não sejam necessariamente competências vinculadas à perspectiva de mercado que domina hoje toda a sociedade. Que não seja, enfim, uma simples preparação para o mercado, mas que sejam capazes de produzir uma sinergia entre competências, informações e novos saberes (PRETTO, 2000, p.21).
Para Masetto (2003) essa ferramenta tem sua importância como instrumento significativo para favorecer a aprendizagem de alguém, não sendo o que vai resolver ou solucionar o problema educacional do Brasil, mas se usada adequadamente, colaborará enormemente para o desenvolvimento educacional dos indivíduos.
Tolêdo e Lopéz (2006) consideram o educador com o agente responsável do processo educativo, sendo desafiado a adequar-se às mudanças ocorridas na sociedade, no sentido da utilização da informática, com softwares educacionais, internet, e os recursos nessa área, para fins de criar situações favoráveis à aprendizagem dos conceitos e a superação das dificuldades dos alunos.
De acordo com Moran (2003) o professor tendo uma visão pedagógica, inovadora, aberta, que pressupõe a participação dos alunos, pode utilizar algumas ferramentas simples da internet para melhorar a interação presencial-virtual entre todos.
As Tecnologias da Informação e Comunicação são ferramentas importantes que permitem ao professor promover a interação entre os conteúdos trabalhados em sala e as outras formas de conhecimentos que podem ser estendidas, além do espaço de sala de aula. Lamenta-se que uma boa parte dos educadores adote as tecnologias apenas em algumas partes de sua carreira, não as incorporando de ofício a televisão, rádio, slides e mais recentemente o computador, com aulas fora da sala, como chats, vídeo conferência.
Para atualizar e qualificar os processos educativos é necessário capacitar os professores, buscando conhecer e discutir formas de utilização de tecnologias no campo educacional Valente (2011) nos diz que:
"a questão da aprendizagem efetiva, relevante e condizente com a realidade atual configuração social se resume na composição de duas concepções: a informação que deve ser acessada e o conhecimento que deve ser construído pelo aprendiz” (VALENTE, 2011, p. 14)
A postura do professor frente aos alunos e tecnologias deve ser respeitada, de forma organizada e com limites, os alunos devem prestar atenção, para conseguirem realizar as tarefas de forma correta e buscando ampliar os conhecimentos, ou aplicar esses conhecimentos fazendo uso das tecnologias.
Pedroso (2002, p. 10) apresenta o seguinte argumento: “Essas novas tecnologias têm sido utilizadas para a instrumentalização do ensino-aprendizagem sem mudar, substancialmente, a estrutura do ensino”. Não cumprem com a função pedagógica.
Conforme Moran (2007), bons professores são as peças-chave na mudança educacional.
Os professores têm muito mais liberdade e opções do que parece. A educação não evolui com professores mal preparados. Muitos começam a lecionar sem uma formação adequada, principalmente do ponto de vista pedagógico.
Conhecem o conteúdo, mas não sabem como gerenciar uma classe, como ativar diferentes alunos, que dinâmicas utilizar para facilitar a aprendizagem, como avaliar o processo ensino aprendizagem, além das tradicionais provas. (MORAN, 2007, p.18)
Segundo Levy (2000, p. 79) O professor torna-se o ponto de referência para orientar seus alunos no processo individualizado de aquisição de conhecimentos e, ao mesmo tempo, oferece oportunidades para o desenvolvimento do processo de construção coletiva do saber através da aprendizagem coorporativa. Sua competência deve deslocar se, no sentido de incentivar a aprendizagem e o pensamento, sua atividade será centrada
no acompanhamento e na gestão da aprendizagem.
Perrenoud (2000) afirma que:
As novas tecnologias podem reforçar a contribuição dos trabalhos pedagógicos e didáticos contemporâneos, pois permitem que sejam criadas situações de aprendizagem ricas, complexas, diversificadas, por meio de uma divisão de trabalho que não faz mais com que todo investimento repouse sobre o professor, uma vez que tanto a informação quanto a dimensão interativa são assumidas pelos produtores dos instrumentos. (PERRENOUD, 2000, p. 139).
O professor tem um papel muito importante quando se utiliza das tecnologias na sala de aula, pois ele deve ter a responsabilidade de motivar e manter a atenção de todos no conteúdo discutido, pesquisado.
[…] cabe à escola, na atualidade, trabalhar os conteúdos de forma significativa, de tal modo que crie condições para que os indivíduos se tornem gestores da informação, capazes de gerenciar os conhecimentos de forma crítica e criativa, de selecioná-los e aplicá-los, conscientemente, e de pontuar, dentre o universo de informações disponíveis, as que lhe são pertinentes. (MORAES, 1997, p.12):
Ao mesmo tempo em que a escola tem uma missão de formar ela também deforma. O papel exercido pelo professor, educador em alguns momentos e repressor em outros, é cheio de tensões. A chegada do computador solapa um dos fundamentos da legitimidade, cada vez mais contestada no mundo contemporâneo, do professor – que ele sabe e o aluno não sabe. Muitas vezes os alunos sabem usar o computador melhor do que o professor, este último tem que aprender em vez de ensinar, lidar com esta inversão de papeis passa a assumir uma importância grande. (DWYER, 2003, p. 210).
O professor precisa mudar a sua postura pedagógica diante desse contexto, principalmente no que diz respeito à construção do conhecimento e democratização do conhecimento, é necessário que ele domine o uso da máquina e a sua utilização pedagógica. Há uma necessidade real de que os educadores comprometidos com o processo educativo se lancem à produção ou a assimilação crítica de inovações de caráter pedagógico, podendo assim, aproveitar o estreito espaço de movimento existente no campo educacional para gerar mudanças que não sejam simples expressões da modernidade (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2012).
Para que essa inclusão aconteça faz-se necessário que os professores se sintam confortáveis para utilizar essesnovos auxiliares didáticos. “Estar confortável significa conhecê-los, dominar os principais procedimentos técnicos para sua utilização, avaliá-los criticamente e criar novas possibilidades pedagógicas, partindo da integração desses meios com o processo de ensino.” (KENSKI, 2010, p. 77)
Pode-se dizer que não é a tecnologia em si que causa a aprendizagem, mas a maneira como o professor e os alunos interagem com ela. O professor tem um papel muito importante quando se utiliza das tecnologias na sala de aula, pois ele deve ter a responsabilidade de motivar e manter a atenção de todos no conteúdo discutido, pesquisado.
O mundo de hoje é muito ligado as tecnologias, vemos cada vez mais crianças pequenas lidando com celulares, tablets, como facilidade tamanha, mas o professor não se encontra na mesma situação. Dessa forma é preciso aprender a utilizar a tecnologia para depois conseguir auxiliar o aluno com dificuldade e até mesmo exigir resultados. A concentração é muito importante na aprendizagem, manter os alunos concentrados1 e motivados a aprender se torna uma tarefa cada vez mais difícil para o professor. “A questão da aprendizagem efetiva, relevante e condizente com a realidade atual configuração social se resume na composição de duas concepções: a informação que deve ser acessada e o conhecimento que deve ser construído pelo aprendiz". (VALENTE, 2011, p.14)
A postura do professor frente aos alunos e tecnologias deve ser respeitada, de forma organizada e com limites, os alunos devem prestar atenção, para conseguirem realizar as tarefas de forma correta e buscando ampliar os conhecimentos, ou aplicar esses conhecimentos fazendo uso das tecnologias.
Considerações Finais
O presente trabalho buscou analisar a importância das tecnologias como ferramenta pedagógica na sociedade e discutir a dificuldade em integrar as novas tecnologias na educação, constatou-se que é de extrema importância a aplicação desses recursos na sala de aula, pois eles irão contribuir para que os alunos se interessem pelos conteúdos, facilitando o entendimento sobre os assuntos das disciplinas contribuindo para o processo de ensino aprendizagem, que irá garantir uma sala de aula dinâmica, contribuindo para mudanças significativas na prática pedagógica. Percebeu-se também que o grande desafio da atualidade consiste em trazer essa nova realidade para dentro da sala de aula, o que implica em mudar, de maneira significativa, o processo educacional como um todo.
Os recursos tecnológicos de um modo geral provocam grande preocupação para a maioria dos professores. O grande desafio dos professores, mais do que utilizar os recursos tecnológicos é pautar-se em princípios que privilegiam a construção de conhecimentos, o aprendizado significativo, interdisciplinar e integrador. A escola precisa deixar de ser apenas transmissora de informação e intensificar a aprendizagem de fato. O objetivo é a busca da informação significativa, da pesquisa, o desenvolvimento de projetos e não transmissora de conteúdo específicos.
Os professores muitas vezes não estão preparados ou dispostos a ressignificar sua ação pedagógica, e outros ligam a TV e o vídeo, afirmando que já faz uso das tecnologias. É necessário muito mais que isso, integrar as tecnologias de modo que os objetivos educacionais sejam motivacionais, inspiradores, que contribuem para a aprendizagem de forma significativa.
Assim	a educação sofre com	as dificuldades de recursos tecnológicos atualizados, mas, a escola em parceria com professores, pais e empresas com o objetivo de equipar tecnologicamente a escola contribui adquirindo esses equipamentos.
Enfim, concluindo esta pesquisa e apontando caminhos para futuros pesquisadores, esta pesquisa deixa claro que as tecnologias educacionais, são ferramentas positivas para auxiliar no processo de ensino aprendizagem e os professores devem estar capacitados para lidar com essas tecnologias.
Referências
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caminhos para a formação de professores. São Paulo: Cortez, 2011.
BRITO G. da S; PURIFICAÇÃO, I. da. Educação e novas tecnologias: um repensar. Curitiba – PR: Ipbex, 2008.
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CASTELLS, M. A sociedade em Rede. A era da informação: economia, sociedade e cultura.V. 2 3 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
CASTELLS, M.; CARDOSO, G. DEBATE: A Sociedade em rede - Do conhecimento à ação política. 2005 Centros Cultura de Belém. Disponível
em:<http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/a_sociedade_em_rede__do_conhecimento_a_acao_politica.pdf >. Acesso em: 15 Jun. 2021.
CUNHA, Maria Isabel da. Inovações na educação superior: impactos na prática pedagógica e nos saberes da docência. Em Aberto, Brasília, v. 29, n. 97, p. 87-101, 2016
DELORS, J. Educação: Um tesouro a descobrir. 6 ed., São Paulo: Cortez: Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2001.
DWYER, T.; RUBEN, G.: WAINER, J. (Org.) Informática, Organizações e Sociedade no Brasil. São Paulo: Cortez, 2003.
FREITAS, M. C. D., ALMEIDA, M. G. Docentes e discentes na sociedade da informação (A escola no Século XXI; v.2). Rio de Janeiro: Brasport, 2012. p. 32.
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VALENTE, J. A. Educação a distância: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus,
2011
¹Acadêmica Jeisielle Rodrigues dos Santos do Curso de Pedagogia do Câmpus Nordeste-Sede formosa da Universidade Estadual de Goiás – UEG. Email: jeisiellejj@gmail.com.
² Acadêmica Lorrany Alves da Cunha do Curso de Pedagogia do Câmpus Nordeste-Sede formosa da Universidade Estadual de Goiás – UEG. Email: lorranyalves005@gmail.com.

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