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Resistência Microbiana - Microbiologia

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Amanda L. Schell Flandoli – TXXI 
 
 
 
 
 
A resistência a antibacteriano, apesar de ser um assunto antigo, 
permanece sendo muito atual. 
Quando colocado em contato com um antibiótico uma parcela 
do microrganismo sobrevive, esses apresentam alguma 
característica que possibilita a sua sobrevivência, uma forma de 
denominar essas bactérias é células persistentes. 
A resistência antibacteriana pode ser classificada da seguinte 
forma: 
 Simples – bactérias que são resistente frente a, apenas, um 
mecanismo 
 Múltipla – bactérias que são resistente a mais de um 
mecanismo; sendo a forma mais corriqueira dos dias de 
hoje; esse possibilita o surgimento da bactérias conhecidas 
com pan resistentes. 
 Cruzada – ocorre quando uma bactéria é resistente a um 
único mecanismo, no entanto não está suscetível a 
diferentes drogas, mas que apresentam o mesmo 
mecanismo de ação. 
 Natural – naturalmente a bactéria já apresentava resistência 
à droga; estando presente no cromossomo 
 Adquirida – diferente da 
natural essa resistência não 
está no cromossomo. Sendo 
o plasmídeo o responsável 
extra cromossômico por 
conferir resistência a bactéria. 
A mais comum na atualidade. 
Vale ressaltar que as bactérias 
gram negativas são, naturalmente, 
mais resistentes, visto a presença 
de uma membrana externa na 
composição da parede celular. 
Existem apenas alguns mecanismos pelos quais as bactérias se 
tornam resistentes a um agente quimioterápico. 
 Alteração de permeabilidade – também conhecido como 
bloqueio de 
entrada. Tal 
mecanismo 
depende da 
membrana 
externa, logo sua ação ocorre exclusivamente nas bactérias 
gram negativas. Essa alteração da permeabilidade ocorre 
pela modificação do canal de porina que impedirá que o 
antibiótico seja capa de adentrar no espaço periplasmático. 
 Destruição ou inativação enzimática da droga – afetam, 
principalmente, antibióticos que são produtos naturais. Sua ação 
ocorre pela hiperprodução de uma enzima que promove a 
quebra do antibiótico e consequentemente sua falência 
terapêutica. 
Apesar, de ocorrer 
em ambos os tipos 
de bactérias, esse 
mecanismo é mais 
eficientes nas 
gram negativas.., 
pois a membrana 
externa retém a enzima no espaço periplasmático, local no 
qual o antibiótico tinha como alvo para sua entrada. 
 Alteração no sítio-alvo da droga – a bactéria altera onde a 
droga se liga, mas a perda de função celulares. Muito comum 
em antibacterianos que tem como alvo o ribossomo. São 
antibacterianos que 
apresentam essa 
mecanismos de 
ação os 
medicamentos 
pertencentes aos 
grupos: 
Aminoglicosídeos, 
Tetraciclinas e Macrolídeos. 
 Efluxo rápido do antibiótico – a bactéria apresenta proteínas 
que agem como 
bombas nas quais 
expelem o 
antibiótico, dessa 
forma impedindo que 
ele alcance uma 
concentração 
necessária para sua 
atuação. No entanto, há uma forma de prevenção que é o uso 
de um antibiótico juntamente com um inibidor da bomba de 
efluxo. 
 
 
 
 
Microbiologia 
Introdução 
Mecanismos de resistência 
 Amanda L. Schell Flandoli – TXXI 
Os mecanismos citados acima podem também apresentar 
variações. 
Um exemplo dessa variação é o mecanismo encontrado por 
certas bactérias para evitar a atuação do trimetoprim. Esses 
mecanismo é caracterizado pelo aumento da concentração da 
enzima sem alterar sua afinidade, ao contrário do que ocorria 
no 
mecanismo 
de inativação 
enzimática. 
Isso é 
geralmente 
uma das explicações usadas para justificar o aumento de dose 
de um determinado antibacteriano. 
Outro mecanismo variante, porém restrito à fungos, leva a 
redução do alvo da droga. Um exemplo é a redução da 
produção de ergosterol, componente presente na membrana 
plasmática, na 
região onde ficaria 
mais fácil o contato 
com o 
antibacteriano, com 
a finalidade de 
evitar a atuação da Anfotericina B 
A resistência aos antibióticos representa um alto custo em vários 
aspectos, além das altas taxas de mortalidade. 
Existem inúmeras estratégias para prevenir o desenvolvimento 
de resistência antimicrobiana. Atitudes que podem ser tomadas 
são: 
 Manter a continuidade do tratamento – desestimula a 
sobrevivência e a proliferação de microrganismo resistentes 
ao antibiótico. 
 Evitar prescrições desnecessárias 
 Escolha de antibiótico mais adequado ao invés de 
antimicrobianos de amplo espectro 
 Microbiologia. 10ª edição. Gerard J. TORTORA, Berdell R. FUNKE, 
Christine L. CASE. Artmed. 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mecanismos de resistência 
CUSTO E PREVENÇÃO DA RESISTÊNCIA 
Referências

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