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ECONOMIA Profª Sandra Faria PARTE II – Microeconomia https://www.google.com.br/imgres?imgurl&imgrefurl=http://www.bahiamercantil.com.br/?attachment_id%3D4743&h=0&w=0&tbnid=WSWgJBpJmzd5fM&zoom=1&tbnh=183&tbnw=275&docid=2f0fUpXFhc7XpM&hl=pt-BR&tbm=isch&ei=yuclVPuJOJa1ggS79oGwDw&ved=0CAcQsCUoAQ https://www.google.com.br/imgres?imgurl&imgrefurl=http://www.bahiamercantil.com.br/?attachment_id%3D4743&h=0&w=0&tbnid=WSWgJBpJmzd5fM&zoom=1&tbnh=183&tbnw=275&docid=2f0fUpXFhc7XpM&hl=pt-BR&tbm=isch&ei=yuclVPuJOJa1ggS79oGwDw&ved=0CAcQsCUoAQ MICROECONOMIA • A microeconomia ou teoria dos preços é a parte da teoria econômica que estuda o comportamento das famílias e das empresas e os mercados nos quais operam. • Os preços são formados com base em dois mercados: Mercado de bens e serviços (preços de bens e serviços) Mercado dos serviços dos fatores de produção( salários, juros, aluguéis e lucros). MICROECONOMIA Pressuposto básico da análise microeconômica • A condição coeteris paribus: é uma expressão latina que significa tudo o mais constante. • Essa condição serve para verificarmos o efeito de variáveis isoladas, independente dos efeitos de outras variáveis; ou seja, quando queremos, por exemplo, saber o efeito isolado de uma variação de preço sobre a procura de determinado bem, independente do efeito de outras variáveis que afetam a procura, como a renda do consumidor, gostos e preferências etc. DEMANDA Demanda de Mercado • A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo. • A procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor. São elas: o preço do bem ou serviço, o preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. DEMANDA • Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem, coeteris paribus. É chamada lei geral da demanda. • Essa relação quantidade procurada/preço do bem pode ser representada por uma escala de procura, curva de procura ou função demanda. OBS: Quando o preço de um bem sobe, o poder de compra geral diminui (efeito renda) e os consumidores mudam para bens mais baratos (efeito substituição). https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_de_compra https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_renda https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_substitui%C3%A7%C3%A3o DEMANDA A Curva de Demanda A curva de demanda mostra a quantidade de uma mercadoria que os consumidores estão dispostos a comprar para cada preço unitário, considerando constantes outros fatores que não sejam o preço. Essa relação entre preço e quantidade pode ser representada pela equação: Qd = f(P) Sendo: Qd = quantidade procurada de determinado bem ou serviço, num dado período de tempo P = Preço do bem ou serviço A expressão Qd = f(P) significa que a quantidade demanda Qd é uma função f do preço P, isto é, depende do Preço P. A equação pode ser também representada da seguinte forma: Demanda do bem X = f(preço de X, preços dos bens substitutos do bem X, preço dos bens complementares ao bem X, renda dos consumidores, preferências dos consumidores DEMANDA Quantidade O eixo horizontal mede a quantidade (Q) demandada em número de unidades por período de tempo O eixo vertical mede o preço (P) pago por unidade em reais Preço (R$ por unidade) DEMANDA D A curva de demanda tem inclinação negativa, demonstrando que os consumidores estão dispostos a comprar mais a um preço mais baixo, à medida que o produto se torna relativamente mais barato e a renda real do consumidor aumenta. Quantidade Preço (R$ por unidade) DEMANDA • Exceções à lei da demanda – o bem de Giffen uma queda de preço desse bem leva à queda em seu consumo, contrariando a lei da demanda. Outro bem que contraria a Lei são os bens de Veblen, que são bens de consumo ostentatório, tais como obras de arte, jóias, tapeçarias e automóveis de luxo, nos quais um aumento de preço pode fazer até aumentar a quantidade procurada. DEMANDA EQUAÇÃO DA DEMANDA • Dx = a – bPx (linear) ou Qx = a – bPx Sendo: • Dx = Quantidade demandada do bem x • Px = Preço do bem x • a = intercepto da função demanda • b = declividade da função demanda O Formato da curva de demanda pode ser apresentada por funções do tipo linear, potencial, etc e irá depender dos dados numéricos coletados. A Teoria Econômica estabelece hipóteses sobre o sentido esperado, ou seja se as variáveis são diretas ou inversamente proporcionais, mas os valores numéricos das funções são obtidos com base em dados estatísticos observados, mediante técnicas econométricas. • Ver exemplo material distribuído em sala de aula DEMANDA Fatores Determinantes da Demanda: Preço do bem; Renda; Preço dos outros bens; - Substitutos - Complementares Gostos ou preferências dos consumidores DEMANDA RENDA DO CONSUMIDOR • Se a renda dos consumidores aumenta e a demanda do produto também, temos um bem normal. Existe também uma classe de bens que são chamados bens inferiores, cuja demanda varia em sentido inverso às variações da renda; por exemplo, se o consumidor ficar mais rico, diminuirá o consumo de carne de segunda e aumentará o consumo de carne de primeira. Analogamente, tem-se a categoria de bens superiores ou de luxo: se o consumidor ficar mais rico, demandará mais produtos de maior qualidade. Tem-se ainda o caso de bens de consumo saciado, quando a demanda do bem (arroz, farinha, sal) não é influenciada pela renda dos consumidores. DEMANDA PREÇOS DOS OUTROS BENS E SERVIÇOS • Quando há uma relação direta entre preço de um bem e quantidade de outro, coeteris paribus, eles são chamados de bens substitutos ou concorrentes. Por exemplo, um aumento no preço da carne deve elevar a demanda de peixe, tudo o mais constante. Quando há relação inversa entre o preço de um bem e a demanda de outro, eles são chamados de bens complementares (por exemplo, quantidade de automóveis e preço de gasolina, quantidade de camisas sociais e preço de gravatas). DEMANDA RESUMO: • Bens substitutos : o consumo de um bem substitui o consumo do outro. Há uma relação direta entre, por exemplo uma variação no consumo de coca-cola e uma variação no preço do guaraná, coeteris paribus. • O aumento no preço do guaraná (bem concorrente ou substituto) faz a demanda de coca-cola aumentar • Exemplo de bens substitutos: Manteiga e margarina, carne de vaca, frango, peixe • Bens complementares. Há uma relação inversa • Um aumento no preço dos automóveis deverá diminuir a procura de gasolina, coeteris paribus. • Exemplos: Camisa social e gravata, pão e manteiga, sapato e meia DEMANDA GOSTOS E PREFERÊNCIAS • Os hábitos, preferências ou gostos podem ser alterados “manipulados” por propaganda e campanhas promocionais. Podemos ter campanhas para aumentar o consumo ou para diminuir o consumo de bens. Ex. Campanha do tipo “beba mais leite”, a curva de demanda deslocará para a direita devido ao aumento no consumo de leite. Outros fatores: • Condições de crédito, fatores climáticos e sazonais, perspectivas da economias, congelamento de preços e salários. DEMANDA Observações adicionais sobre a demanda: • Variações da demanda: dizem respeito ao deslocamento da curva de demanda, em virtude de alterações na renda, preços dos outros bens (substitutos e complementares), gostos. Por exemplo, supondo um aumento da renda do consumidor, sendo um bem normal, ocorrerá um aumento da demanda, aos mesmos preços anteriores, o consumidor poderá comprar mais do que comprava antes. • Variação na quantidade demandada: refere-se ao movimento ao longo da própria curva de demanda, em virtude da variação do preço do próprio bem, mantendo as demais variáveis constantes. DP QQ1 P2 Q0 P1 DEMANDA • A demanda corresponde a curva indicada pela letra D, já a quantidade procurada relacionada ao preço P1 é Q1. Caso o preço do bem aumentasse para P2 haveria uma diminuição na quantidade demandada, não na demanda. • As alterações daquantidade demandada ocorrem ao longo da própria curva de demanda DP QQ1 P D’ Q2 Deslocamento da Curva Demanda DEMANDA • Antes do aumento da Renda curva D – Ao preço P, compra-se Q1 • Após o aumento da Renda curva D’ - A curva de demanda desloca-se para a direita D’ – Ao preço P, compra-se Q2 Não há alteração do Preço do bem (permanece o mesmo ) - Bem normal Momento para reflexão!!! Jardim de Maitréia OFERTA OFERTA DE MERCADO • Pode-se conceituar OFERTA como as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. A oferta depende de vários fatores; dentre eles, o seu próprio preço, do preço (custo dos fatores de produção) e das metas ou objetivos dos empresários. • A função OFERTA mostra uma correlação direta entre quantidade ofertada e nível de preços, coeteris paribus. • É chamada lei geral da oferta. • Como na demanda, a oferta representa um plano de intensão, neste caso dos produtores ou vendedores e não a venda efetiva. OFERTA FATORES DETERMINANTES DA OFERTA • Preço do bem ou produto - relação direta Quanto mais alto for o preço de mercado do bem, maior será o incentivo dos produtores em aumentar sua oferta. Ou seja, um aumento no preço do bem, implica aumento da sua oferta • Preço dos fatores de produção ou custo de produção – relação inversa O preço dos fatores produtivos utilizados interfere de forma indireta na oferta do bem. Como exemplo o aumento dos salários ou dos custos de matéria-prima provocam uma retração da oferta do produto. Ou seja, um aumento nos preços dos fatores produtivo, implica diminuição da oferta de bens. • Tecnologia - relação direta Quanto maior for o avanço tecnológico, maior será o aproveitamento dos recursos disponíveis e, portanto, maior será a oferta de produtos. • Número de empresas ofertantes do produto no setor - relação direta OFERTA Oferta e quantidade ofertada • A Oferta refere-se à escala (ou toda a curva), enquanto a quantidade ofertada diz respeito a um ponto específico da curva de oferta. Assim, um aumento no preço do bem provoca um aumento da quantidade ofertada, coeteris paribus, (gráfico 1) enquanto uma alteração nas outras variáveis (como nos custos de produção, ou no nível tecnológico) desloca a oferta, isto é a curva de oferta. (gráfico 2) • OBS: A Oferta pode ser representada nos gráficos ou equações pelas letras O ou S OFERTA A Curva de Oferta A curva de oferta mostra a quantidade de uma mercadoria que os produtores estão dispostos a vender a um determinado preço, considerando constantes outros fatores que possam afetar a quantidade ofertada Essa relação entre preço e quantidade pode ser demonstrada pela equação: Qo = f(P) • Sendo: • Qo = Quantidade ofertada de um bem ou serviço, num dado período • P = preço do bem ou serviço A equação pode ser também representada da seguinte forma: • Oferta do bem ou serviço= f (preço de X, custos dos fatores de produção, nível de conhecimento tecnológico, número de empresas no mercado) O eixo horizontal mede a quantidade (Q) ofertada em número de unidades por período de tempo O eixo vertical mede o preço (P) recebido por unidade em Reais OFERTA Gráfico da Curva de Oferta Quantidade Preço (R$ por unidade) OFERTA O A curva de oferta tem inclinação positiva, demonstrando que, para preços mais elevados, as firmas produzirão mais Gráfico da Curva de Oferta Quantidade Preço (R$ por unidade) P1 Q1 P2 Q2 OFERTA EQUAÇÃO DA OFERTA • Ox = c + dPx (linear) ou Qx = c + dPx Sendo: • Ox = quantidade ofertada do bem x • Px = Preço do bem x • c = intercepto da função oferta • d = declividade da função oferta Também como a demanda, a curva de oferta pode ter um formato linear, potencial ou exponencial, dependendo de como os dados estatísticos se apresentarem. OFERTA DESLOCAMENTO DA CURVA • Por exemplo, uma diminuição no preço dos insumos, ou uma melhoria tecnologia em sua utilização, ou ainda um aumento no número de empresas no mercado, conduz a um aumento da oferta, dados os mesmos preços praticados, deslocando-se desse modo, a curva de oferta para a direita. – ver gráfico 2 • Por outro lado, um aumento no custo das matérias primas provoca uma queda na oferta: mantido o mesmo preço P0 (isto é, coeteris paribus), as empresas são obrigadas a diminuir a produção. Resumo: • O aumento no preço do bem provoca um aumento da quantidade ofertada, enquanto uma alteração nas outras variáveis desloca a curva de oferta. OFERTA Gráfico 1 – Um aumento no preço do bem provoca um aumento da quantidade ofertada – Ao preço P0, produz-se Q0 – Ao preço P1, produz-se Q1 P O Q P1 P0 Q1Q0 OFERTA • Gráfico 2 • Ex. uma diminuição no preço dos insumos ocasiona um aumento da oferta, deslocando a curva para a direita. *Quando ocorre um aumento dos custos dos insumos, haverá uma diminuição da oferta, e a curva se desloca para a esquerda, mantido o mesmo preço P. As empresas são obrigadas a diminuir a produção. P O Deslocamento da Oferta Q P Q0 O’ Q1 EQUILÍBRIO DE MERCADO O Equilíbrio de Mercado de um bem ou serviço • O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela demanda. Colocando em um único gráfico as curvas de oferta e procura de um bem ou serviço qualquer, a intersecção das curvas é o ponto de equilíbrio E, ao qual correspondem o preço p0 e a quantidade q0. EQUILÍBRIO DE MERCADO Quantidade D o As curvas se cruzam no ponto de equilíbrio. Ao preço P0 a quantidade ofertada é igual à quantidade demandada, Q0 . P0 Q0 Preço ($ por unidade) E EQUILÍBRIO DE MERCADO • Características do preço de equilíbrio: – QD = QS – Não há escassez de oferta – Não há excesso de oferta – Não há pressão para que o preço seja alterado Este ponto E é único: a quantidade que os consumidores desejam comprar é exatamente igual à quantidade que os produtores desejam vender. Ou seja, não há excesso ou escassez de oferta ou demanda. Existe coincidência de desejos. EQUILÍBRIO DE MERCADO TENDÊNCIA AO NÍVEL DE EQUILÍBRIO • No gráfico abaixo, para qualquer preço superior a p0 (como p’), a quantidade que os ofertantes desejam vender é muito maior do que a que os consumidores desejam comprar. Existe um excesso de oferta(qs’ – qd’). De outra parte, com qualquer preço inferior a p0, surgirá um excesso de demanda (qd’’ – qs’’). Em qualquer dessas situações, não existe compatibilidade de desejos entre ofertantes e consumidores. *Ver material complementar. EQUILÍBRIO DE MERCADO • Entretanto, supondo uma economia de mercado concorrencial, o mecanismo de preços leva automaticamente ao equilíbrio. Quando ocorre excesso de oferta, os vendedores acumularão estoques não planejados e terão que diminuir seus preços, concorrendo pelos escassos consumidores; no caso de excesso de demanda, os consumidores estarão dispostos a pagar mais pelos produtos escassos. EQUILÍBRIO DE MERCADO • Assim, há uma tendência normal ao equilíbrio: no ponto E (p0, q0), não existem pressões para alterar preços: os planos dos compradores são consistentes com os planos dos vendedores, e não existem filas e estoques não planejados pelas empresas. • Como se observa, os agentes do mercado, isto é, consumidores e empresas, tendem a encontrar sozinhos uma posição de equilíbrio, mediante o mecanismo de preços, ou seja, da lei da oferta e da procura. • Para que isso ocorra, é necessário que não haja interferência nem do governo nem de forças oligopólicas, que tem poder de afetar o preço de mercado. EQUILÍBRIO DE MERCADO Mudanças no Ponto de Equilíbrio, em Virtude de Deslocamentos da Oferta e da Procura • Existem vários fatores que podem provocar deslocamento das curvas de oferta e demanda que, evidentemente, provocarão mudanças do ponto de equilíbrio. Suponhamos, por exemplo, que o mercado do bem X esteja em equilíbrio, e o bem X seja um bem normal (não inferior). O preço de equilíbrio inicial é p0 e a quantidade, q0 (ponto A no próximo gráfico). EQUILÍBRIO DE MERCADO• Supondo-se agora que os consumidores tenham um aumento de renda real (aumento do poder aquisitivo). Consequentemente, coeteris paribus, a demanda do bem X, a um mesmo preço, será maior. • Isto significa um deslocamento da curva de demanda para a direita, para D1, como mostra o gráfico a seguir. Assim, ao preço p0, teremos um excesso de demanda, (escassez de produtos) que provocará gradativamente um aumento de preços. Com os preços aumentando, o excesso de demanda vai diminuindo, até acabar, no novo equilíbrio, ao preço p1 e à quantidade q1(ponto B no gráfico). EQUILÍBRIO DE MERCADO • Mudança no ponto de equilíbrio devido a deslocamento da demanda – aumento de renda EQUILÍBRIO DE MERCADO Da mesma forma, um deslocamento da curva de oferta afeta a quantidade e os preços de equilíbrio. • Supondo, para exemplificar, uma diminuição dos preços das matérias primas usadas na produção do bem X, faz a curva de oferta desse bem se deslocar para a direita, provocando assim um excesso de oferta, (acúmulo de estoques) ao mesmo preço P0 e gradativamente uma redução nos preços. Com o diminuição dos preços, o excesso de oferta também diminuirá, até acabar, no novo equilíbrio, ao preço p1 e à quantidade q1 (ponto B). • o preço de equilíbrio se tornará menor, e a quantidade, maior. EQUILÍBRIO DE MERCADO • Mudança no ponto de equilíbrio, devido ao deslocamento da oferta – diminuição nos preços das matéria primas ELASTICIDADE • Cada produto tem uma sensibilidade específica com relação às variações dos preços e da renda. Essa sensibilidade ou reação pode ser medida por meio do conceito de elasticidade. Genericamente, a elasticidade reflete o grau de reação ou sensibilidade de uma variável quando ocorrem alterações em outra variável, coeteris paribus. • Trata-se de um conceito econômico que pode ser objeto de cálculo a partir de dados do mundo real, permitindo-se, desse modo, o confronto das proposições da teoria econômica com os dados da realidade. ELASTICIDADE Elasticidade preço da demanda • É a resposta da quantidade demandada de um bem X às variações de seu preço, ou de outra forma, é a variação percentual na quantidade procurada do bem X em relação a uma variação percentual em seu preço, coeteris paribus. • Epd = variação percentual em Qd Variação percentual em P ELASTICIDADE • Como a correlação entre preço e quantidade demandada é inversa, ou seja, a uma alteração positiva de preços corresponderá a uma variação negativa da quantidade demandada, o valor encontrado da elasticidade-preço da demanda será negativo. Para evitar problemas com o sinal, o valor da elasticidade normalmente é colocado em módulo. ELASTICIDADE Exemplo: • P0 = preço inicial = R$ 20,00 • P1 = preço final = R$ 16,00 • Q0 = quantidade demandada = 30 • Q1 = quantidade demandada = 39 A variação percentual da quantidade demandada é dada por: • Q1-Q0 = 39-30 = 9 = 0,3 x 100 ou 30% • Q0 30 30 A variação percentual do preço, é dada por: • P1-P0 = 16-20 = - 4 = - 0,2 x 100 ou - 20% • P0 20 20 O valor da elasticidade-preço da demanda é dado por: • Epd = Δ%Q = + 30% = -1,5 ou IEpdI = 1,5 ou Epd = ΔQ x P Δ%P -20% ΔP x Q Significa que, dada uma queda de 20% no preço, a quantidade demandada aumenta em 1,5 vez os 20%, ou seja 30%. Trata-se de um produto cuja demanda tem grande sensibilidade a variação de preço. ELASTICIDADE • Demanda elástica: a variação da quantidade demandada supera a variação do preço ou |Epd| >1 No exemplo anterior Epd = -1,5 ou IEpdI = 1,5 • Os consumidores desse produto têm grande reação ou resposta, nas quantidades, a eventuais variações de preços. Em caso de aumentos de preços, diminui drasticamente o consumo; quando há quedas do preço do mercado, aumenta o consumo em uma vez e meia a variação do preço. ELASTICIDADE • Demanda Inelástica: ocorre quando uma variação percentual no preço provoca uma variação percentual relativamente menor nas quantidades procuradas, coeteris paribus, ou |Epd| < 1 • Exemplo: Epd = - 0,5 ou |Epd| = 0,5 • Nesse caso, uma redução, suponhamos de 10% nos preços provoca um aumento de 5% nas quantidades procuradas. Os consumidores desse produto reagem pouco a variações dos preços, isto é, possuem baixa sensibilidade ao que aconteceu com os preços de mercado. • Quanto mais essencial o bem, mais inelástica sua procura. Esse tipo de bem não traz muitas opções para o consumidor “fugir” o aumento de preços. Ex. sal e açúcar. ELASTICIDADE • Demanda de elasticidade-preço unitária: as variações percentuais no preço e na quantidade são de mesma magnitude, porém em sentido inverso, ou seja: • Epd = - 1 ou |Epd| = 1 • OBS: O conceito de elasticidade fornece um número puro, pois independe das unidades de medida consideradas, já que se refere a uma razão entre duas percentagens (variação percentual da quantidade sobre variação percentual do preço). ELASTICIDADE Fatores que influenciam o grau de elasticidade-preço da demanda: • Existência de bens substitutos: quanto mais substitutos houver para um bem, mais elástica será sua demanda, pois pequenas variações em seu preço, para cima por exemplo, farão com que o consumidor passe a adquirir seu substituto, provocando queda em sua demanda mais que proporcional à variação do preço; • Essencialidade do bem: se o bem é essencial, sua demanda será pouco sensível à variação de preço, portanto, demanda inelástica; • Importância do bem quanto a seu gasto, no orçamento do consumidor: quanto maior o gasto referente a determinado bem(maior ponderação) em relação ao gasto total (orçamento) do consumidor, mais sensível torna-se o consumidor a alterações em seu preço (ou seja a demanda é mais elástica. Por exemplo, a elasticidade-preço da demanda da carne tende a ser mais elevada que a de fósforos, já que o consumidor gasta uma parcela maior de seu orçamento com carne do que com fósforos. ELASTICIDADE • Elasticidade-preço cruzada da demanda mede a mudança percentual na quantidade demandada do bem X quando se modifica percentualmente o preço de outro bem. Desse modo, a elasticidade-preço cruzada da demanda (Exy) mede a variação percentual na quantidade procurada do bem X com relação à variação percentual do preço do bem Y, coeteris paribus. • Exy = variação percentual na quantidade demanda de um bem x variação percentual no preço de um bem Y Se x e y forem bens substitutos, Exy será positiva: um aumento no preço do guaraná deve provocar uma elevação do consumo de soda, coeteris paribus Se x e y forem bens complementares, Exy será negativa: um aumento no preço da camisa social levará a uma queda na demanda de gravatas, coeteris paribus ELASTICIDADE • Elasticidade-renda da demanda: o coeficiente de elasticidade-renda da demanda (Erd) mede a sensibilidade da demanda em relação à renda, ou seja, a variação percentual da quantidade do bem ou serviço adquirido resultante de uma variação percentual na renda do consumidor, coeteris paribus. Erd = variação percentual na quantidade demandada Variação percentual na renda do consumidor Se a elasticidade-renda da demanda (Erd) é negativa, o bem é inferior, ou seja, aumentos da renda levam a quedas no consumo desse bem, coeteris paribus Se a elasticidade-renda da demanda (Erd) é positiva, temos dois casos possíveis: - Se a elasticidade é positiva, mas menor ou igual a 1 (logo, 0<Erd≤ 1), o bem é classificado como normal, isto é, a quantidade consumida varia em proporção menor ou igual à variação de renda; e - Se a elasticidade é positiva e maior que 1, o bem é classificado como bem superior ou bem de luxo, ou seja, aumentos na renda dos consumidores levam a um aumento mais que proporcional no consumo dos bens ELASTICIDADE • Elasticidade-preço da oferta: • O mesmo raciocínio utilizado para a demanda também se aplica à oferta, observando-se, no entanto, que o resultado da elasticidade será positivo, pois a correlação entrepreço e quantidade ofertada é direta. Quanto maior o preço, maior a quantidade que o empresário estará disposto a ofertar, coeteris paribus. Epo = variação percentual na quantidade ofertada variação percentual do preço do bem Epo > 1: Oferta elástica Epo < 1: Oferta inelástica Epo = 1: Elasticidade-preço da oferta unitária BIBLIOGRAFIA • PINDYCK. Robert S; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. São Paulo: Prentice Hall, 2002 – (gráficos com adaptações) • PINHO, Diva Benevides, Vasconcellos; Marco Antonio Sandoval de; TONETO JUNIOR, Rudinei. Introdução à Economia. São Paulo: Saraiva, 2011 • SILVA, César Roberto Leite da; Sinclayr Luiz. Economia e Mercados: Introdução à Economia - 19ª ed, São Paulo: Saraiva,2010 • VASCONCELOS, Marco Antonio Sandoval de; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva, 2008 • VASCONCELOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia micro e macro, 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2002
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