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O filme traz de maneira divertida e leve, alguns tipos de transtornos obsessivos compulsivos, convidando à reflexão sobre o dia a dia e os desafios que sofrem os indivíduos que têm essa patologia.
Um grupo de pacientes coincide na consulta de um eminente psicólogo, todos sofrendo de TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) tipo de perturbação mental, provocada por impulsos que nos geram ansiedade ou mal-estar, a obsessão ocorre em nível de pensamento que se instala fazendo com que os personagens tenham repetidas compulsões. Essa patologia pode ser desenvolvida a partir de um fato ou gatilho em uma fase da vida, e criar uma rotina exaustiva e muitas vezes solitária, fazendo-o viver em função do seu transtorno compulsivo obsessivo. 
Na trama, conta-se a vida de seis pessoas que procuram um psicólogo em busca de um tratamento, vendo isso como a melhor alternativa para resolver seus problemas, logo ao chegar no consultório são instruídos a esperarem o Dr. Palomero na sala de espera, sendo assim eles começam a interagir uns com os outros, expondo seus TOC’s e falando um pouco sobre como o transtorno afeta suas relações interpessoais.
Federico que se revela o Dr. Palomero no final da trama foi diagnosticado, aos 11 anos, com Síndrome de Tourette, que o faz soltar palavrões e palavras ofensivas involuntariamente, constrangendo todos ao seu redor. Além de cacoete em um dos olhos.
Ao final da trama, Frederico se revela o Dr. Palomero, percebemos então que ele se disfarça de paciente não só pra mostrar as pessoas que qualquer um pode ter TOC, mas também, porque os pacientes não teria empatia por ele e não entenderiam que ele tinha um transtorno.ele usou essa estratégia de observador participante, para que os pacientes se sentirem confortáveis, perceberem que não é só eles que tem essas "manias" evitando também a inibição de comportamento dos pacientes diante de um profissional, se ele fizesse de outra forma poderia perder a neutralidade que deve existir entre paciente e terapeuta.
Emilio é um taxista que tem transtorno aritmomaníaco, sendo um dos personagens que desenvolveu mais de um tipo de transtorno, calcula tudo, desde minutos e segundos até a quantidade de vezes que um determinado modelo de carro passa por ele pelas ruas. Além disso, é acumulador, sendo incapaz de se desfazer dos itens que “coleciona”.
Ana María tem toc de verificação, é uma senhora viciada em conferir várias vezes a mesma coisa. Como perde muitas horas do seu dia checando tudo, nunca consegue chegar a tempo aos seus compromissos. Também faz o sinal da cruz repetidamente, de forma impensada.
Otto, é um jovem que não consegue pisar na junção entre listras. Anda desviando de todas elas, quase como numa dança. É metódico e não consegue ver nada “fora do lugar”, arrumando tudo de forma simétrica.
Blanca tem pânico de micróbios, bactérias, fungos e quaisquer outros microrganismos que possam transmitir doenças.
Lili repete involuntariamente tudo o que fala das frases mais curtas às mais extensas. Em alguns momentos, repete incessantemente uma determinada sílaba, dita em algum momento por outra pessoa.
O interessante dessa abordagem cinematográfica é justamente o desejo que cada personagem apresentou em buscar auxílio, que é o primeiro passo para a cura, e também aproximar o telespectador para compreender melhor a realidade que acomete dois e meio por cento da população mundial e um pouco mais de quatro milhões de brasileiros atualmente.
Indepedente do toc, percebe-se que é muito difícil para quem tem, traz sofrimento, atrapalha extremamente as vidas interpessoais. E, quando colocamos nossa empatia em prática, vemos o quanto deve ser difícil conviver com o transtorno. Diversas pessoas consegue ver um pouco de si próprio em alguns desses personagens podendo então perceber, através do filme, que também possuem o transtorno, mesmo que manifestado de forma diferente.
Em alguns momentos, no ambiente terapêutico, a partir da proposta do relato de cada patologia através da terapia em grupo, cada um pôde deixar de olhar para si e sua compulsão e desviar esse olhar para o outro. Essa dinâmica mostrou que, ao tirar o foco da sua obsessão e acolher o outro nas suas dificuldades, os seus próprios sintomas eram amenizados e se tornavam quase nulos naquele momento. Isso demonstra que, as pessoas que desenvolvem essa patologia, vivem em uma realidade apenas voltada para seus impulsos, alimentando e criando um ciclo vicioso que os tornam reféns deles mesmos e os impedem de conviver socialmente..
 A abordagem divertida e lúdica do filme foi de extrema importância para sensibilização e convite à reflexão sobre a dificuldade que o indivíduo que desenvolveu o TOC apresenta em seu cotidiano, coisas até mesmo que eles não percebem por se tornar algo já repetido, um próprio transtorno obsessivo compulsivo e sobre a importância da compreensão, acolhimento e apoio dos que são espectadores e compartilham dessa realidade em seu cotidiano.
 
No final do filme, ao observarem que era possível controlar esses impulsos comportamentais, perceberam que eles mesmos eram capazes de se curarem ou iniciar esse processo. Mostrando que quando conseguimos superar nossas dificuldades deixamos de nos ‘’ensimesmar’’ e temos despertado pelo outro os sentimentos de proteção e de cumplicidade.

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