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Trabalho Psicologia Sócio histórica

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- Impacto da psicologia sócio histórica na prática profissional. Contribuição para educação e social.
A Psicologia Sócio-Histórica tem como base a teoria de Vygotsky que afirma que o desenvolvimento humano se dá por meio das relações sociais em que o indivíduo mantêm no decorrer de sua vida. Neste contexto entende-se que o processo de ensino-aprendizagem também se desenvolve por meio das interações que vão se desenrolando no decorrer no decorrer da vida. Compreende-se que desde que nascemos somos dependentes socialmente das outras pessoas, e entramos em um processo histórico, que de um lado, nos oferece o que o mundo oferece e as visões sobre ele e, de outro, permite a construção de uma visão pessoal sobre este mundo que o cerca. É importante destacarmos que Vygotsky com sua teoria trouxe muitas contribuições para a educação e a aprendizagem, pois através de seus estudos pode-se perceber como a cultura e a história de um indivíduo podem interferir no seu processo de ensino-aprendizagem.
Na concepção de educação como ensino que transmite a cultura e a aprendizagem, como elaboração do conhecimento, historicamente produzido (conhecimentos, valores, atitudes e comportamentos), a escola é uma das instâncias cujo produto da sua ação educativa não pode se restringir ao ato de aprender, pois neste o aluno apropria-se de um conhecimento e o incorpora, representando algo que permanece para além deste ato. Ou seja, o aluno não pode ser visto apenas como consumidor de aulas, mas alguém que se converte em objeto do trabalho do professor, já que sobre ele incide o trabalho pedagógico. O trabalho do estudante é uma prática social, pela qual ele se constitui como ser humano ao se apropriar da experiência sócio-histórica da humanidade, acumulada sob a forma de objetos do mundo, ao mesmo tempo em que se prepara para atuar na sociedade. O processo de apropriação das produções humanas é, ainda e ao mesmo tempo, o processo de formação das funções subjetivas específicas do homem. Segundo Leontiev (1978, p. 268),
Devemos sublinhar que este processo é sempre ativo do ponto de vista do homem. Para se apropriar dos objetos ou dos fenômenos que são o produto do desenvolvimento histórico, é necessário desenvolver em relação a eles uma atividade que reproduza, pela sua forma, os traços essenciais da atividade encarnada, acumulada no objeto.
- Principais autores da sócio histórica e seus impactos.
Na segunda metade dos anos de 1920 e início dos anos de 1930, na União Soviética, um grupo de pesquisadores formado por Alexander Romanovich Luria, Alexei Nikolaievich Leontiev, liderados por Lev Semenovich Vygotsky, constituíram o que foi chamado de “troika”, que procurou desenvolver uma teoria que descrevesse e explicasse as funções psicológicas superiores[3], uma psicologia radicalmente nova que se utilizasse “dos métodos e princípios do materialismo dialético, para compreensão dos aspecto intelectual humano. Esta aproximação inter-relacionou análises “culturais” e ”históricas", à "psicologia instrumental" usualmente conhecida, em nossos dias, como teoria histórico-cultural (ou sócio-histórica) do psiquismo. Enfatiza o papel mediador da cultura, particularmente da linguagem, no desenvolvimento das funções psicológicas superiores, de acordo com os três planos genéticos a filogênese, ontogênese e sociogênese.
Ana Bock, referindo-se a dicotomia entre o natural (biológico) e social, já presente nas proposições de Wilhelm Wundt (1832-1920) de uma psicologia experimental e uma psicologia social considera que esta, a psicologia Sócio-Histórica tem como base a psicologia Histórico-Cultural de Vigotsky que desde seus primórdios já se apresenta como uma possibilidade dessas visões dicotômicas de constituição da psicologia citando o discurso deste autor no II Congresso Pan-Russo de Psiconeurologia, em 1924, sobre o método de investigação reflexológica e psicológica criticando as tendencias reducionistas da época.
Não há, portanto, como deixar de referir-se às proposições de Lev Vygotsky tendo como base os princípios da neurociência moderna estabelecidos na teoria dos reflexos condicionados estabelecidos por I. Pavlov (1849 - 1936), prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1904; das teorias de psicologia até então constituídas das quais foi um crítico revisor e tradutor para Rússia (notavelmente as teorias da "Gestalt", da Psicanálise e o "Behaviorismo", além das ideias do educador suíço Jean Piaget) e sobretudo a partir das proposições teóricas do materialismo histórico propondo uma reorganização da Psicologia, antevendo a tendência de unificação das Ciências Humanas. Entre as referências ao materialismo histórico das teoria de Karl Marx (1818-1883), inquestionavelmente relacionado ao zeitgeist da Russia na época da revolução e Instituto de Psicologia de Moscou, onde lecionava podem ser citados os seguintes textos:
1925 - "O consciente como problema da psicologia do comportamento" In: Psicologia e marxismos. I.175-98 Moscou-Lenigrado. Casa de publicação do Governo 1925 (em russo)
1926 - Critica de A psique de crianças proletárias, de Otto Rulle (Moscou-Lenigrado, 1926) Arquivo pessoal de L. S. Vygotsky. Manuscrito, 3 pp.
1930 - "A reconstrução comunista do homem". Varnitso, 1930 nº 9 e 10 pp. 36-44
Observe-se que o conceito de cultura, apesar de diversidade de significados que possui hoje também corresponde às noções de "modo de vida" (way of life) utilizado por Marx e Engels (1820-1895) por influência de Lewis Morgan (1818-1881), um dos precursores da antropologia no século passado, cuja obra inspirou obras A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado (Engels, 1883) e Marx em diversas instâncias da principal obra de Marx O capital (iniciado em 1867). [6]
- Sócio Histórica no Brasil, contribuições de Silvia Lane, Ana Bock entre outros autores.
São diversas(os) autoras(es), entre eles, as mais importante e com mais relevância foram, Silvia Lane e Ana bock. Paralelo a estas autoras, podemos ver alguns autores que são importantes e que também tiveram importância na sociohitoria brasileira e escreveram artigos e realizaram estudos juntos (Bernardes, 2001; Bock & Furtado, 2007; Cordeiro, 2013; Ferreira, 2011; Mancebo, Jacó-Vilela & Rocha, 2003; Tittoni & Jacques, 2001) dividem a história da Psicologia Social brasileira em dois grandes momentos: um anterior e o outro posterior à chamada crise de referência, que assolou essa área do conhecimento na década de 1970. Sustentam que, antes de tal crise, a Psicologia Social brasileira era marcada pela hegemonia do modelo norte-americano, tinha uma base positivista e defendia a neutralidade da ciência, passando, após a crise, a fazer uma severa crítica ao modelo biologicista e, principalmente, a defender uma ciência comprometida com a transformação social.
Mas é importante pontuarmos que essa crise de referência não aconteceu somente no Brasil e nem foi um fenômeno restrito à Psicologia Social. Pelo contrário, este movimento de questionamento – ou, como diria Lallement (2008), de "pulverização metodológica" e "abalo teórico" – afetou também outras áreas do conhecimento, tal como a Sociologia.
Nesse período que, no Brasil, começaram a ganhar força as críticas ao conceito de doença mental e ao modelo hegemônico de intervenção psiquiátrica. O foco é deslocado da patologia para a saúde e se enfatiza a importância de ações preventivas junto a populações pobres e desatendidas pelo Estado. Ganhou força, também, a preocupação com a educação popular. Fundamentada nas ideias de Paulo Freire, a alfabetização de adultos passa a ser vista como uma ferramenta de conscientização e resistência contra a opressão do regime militar (Lane, 1996).
No caso específico do Brasil, essas insatisfações levaram ao desenvolvimento e/ou à adoção de diferentes teorias e metodologias: um grupo de pesquisadores, liderado por Georges Lapassade, Osvaldo Saidon e Gregorio Baremblitt, desenvolveu a Análise Institucional; já Silvia Lane coordenou o grupo que estabeleceu os fundamentos do que mais tarde viria a ser conhecidocomo a Escola Sócio-Histórica; outro grupo, liderado por Ângela Arruda e Celso Sá, começou a realizar trabalhos a partir de teorias europeias, especialmente a das Representações Sociais (Jacó-Vilela, 2007). Poderíamos acrescentar a essa lista várias outras abordagens, tais como: as (pós)construcionistas, a Psicanálise Social, a Psicologia da Libertação e a Escola de Frankfurt.
- Por que a psicologia sócio histórica é critica as perspectiva da psicologia.
A Psicologia Sócio-Histórica não trabalha com a concepção liberal de homem e de fenômeno psicológico. Acredita que o fenômeno psicológico se desenvolve ao longo do tempo. O fenômeno psicológico reflete a condição social, econômica e cultural em que vivem os homens. Para tanto, as principais indicações e críticas que a Psicologia Social de base materialista-histórica seguia buscava superar a individualização desmedida e a divisão dicotômica entre indivíduo e sociedade. A psicologia social aborda as relações entre os membros de um grupo social, portanto se encontra na fronteira entre a psicologia e a sociologia. Há, portanto, uma distância considerável entre as duas, porque enquanto a psicologia destaca o aspecto individual, a sociologia se atém à esfera social.

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