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JURISPRUDÊNCIA - PRINCÍPIO DA INSIGNIFICANCIA

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Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul TJ-RS – Embargos Infringentes e de Nulidade : El 0168174-98.2019.8.21.7000 RS
Ementa
EMBARGOS INFRINGENTES. CRIMES CONTRA O PATRÍMÔNIO. FURTO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICANCIA. INAPLICABILIDADE. Para a configuração do indiferente penal é preciso verificar a mínima ofensividade da conduta do agente a nenhuma periculosidade social da ação o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica provocada \ (STF, HC 84412, Relator Min. CELSO DE MELLO). E no presente caso não se verificam todos esses valores simultaneamente Res furtivae Que totaliza 109 BRL montante que à época do fato representava 15% do salário mínimo vigente histórico criminal incompatível com a conclusão do que a presente ocorrência não justifica a pronta relação estatal
EXPLICAÇÃO:
Nota-se que e a presente ementa da jurisprudência do tribunal de justiça do Rio Grande do Sul TJ-RS, à época do fato ocorrido, não verificou a aplicação do princípio constitucional da insignificância, visto que o furto ocorrido aquela época totalizava o montante de R$109, que representava 15% do salário mínimo vigente. E para a aplicabilidade do princípio da insignificância, que é um princípio do direito penal moderno que determina a não punição de crimes que geram uma ofensa irrelevante ao bem jurídico protegido pelo tipo penal, o que não ocorreu com a ementa acima supracitada, este princípio decorre do entendimento de que o direito penal não deve se preocupar com condutas em que o resultado não é suficientemente grave a ponto de não haver necessidade de punir o agente nem de se recorrer aos meios judiciais. O que não ocorre com a ementa acima, pois como a conduta do agente foi furtar o valor equivalente ao montante de R$ 109, visto que esse valor decorria de 15% do valor do salário mínimo um valor bem acima para a aplicabilidade do princípio supracitado.

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