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Crimes contra a vida

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CRIMES CONTRA A VIDA 
André S Rondon 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Crimes contra a vida constituem um dos aspectos mais cruciais e sensíveis do 
direito penal. Esses delitos afetam diretamente o bem mais precioso: a vida humana. 
Neste extenso texto, explorarei os principais crimes contra a vida previstos no Código 
Penal Brasileiro, suas características, penas e nuances. 
 
Homicídio 
 
O homicídio é o ato de matar alguém. É a eliminação da vida de uma pessoa 
praticada por outra. O homicídio é classificado como um crime material, ou seja, 
consuma-se com a produção do resultado naturalístico, que é a morte da vítima. O 
agente pode ser qualquer pessoa, e tanto a vítima quanto o autor não são 
especificados. O artigo 121 do Código Penal trata do homicídio e estabelece uma 
pena de reclusão de 6 a 20 anos. 
 
Formas de Homicídio 
1. Dolo Direto: O agente tem a intenção direta de matar. Por exemplo, 
quando alguém atira contra o corpo da vítima com o desejo de tirar sua vida. 
2. Dolo Eventual: O agente prevê o resultado criminoso e assume o risco 
de que isso ocorra. Por exemplo, quando alguém dirige de forma imprudente, sabendo 
que pode causar a morte de alguém. 
Majorantes do Homicídio Doloso 
• Se o homicídio é praticado contra pessoa menor de 14 anos ou maior de 
60 anos, a pena é aumentada em 1/3. 
• As majorantes aplicam-se a todas as espécies de homicídio. Por 
exemplo, se o homicídio for por asfixia, considera-se homicídio qualificado. 
 
Induzimento, Instigação ou Auxílio ao Suicídio 
 
O artigo 122 do Código Penal trata do induzimento, instigação ou auxílio ao 
suicídio. Quem incentiva ou auxilia alguém a tirar a própria vida comete esse crime. A 
pena varia de acordo com as circunstâncias. 
O crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio é previsto no artigo 
122 do Código Penal Brasileiro. Ele consiste em ajudar alguém a tirar a própria vida. 
A pena prevista varia de acordo com o resultado: 
1. Suicídio efetivamente ocorre: Reclusão de 6 meses a 2 anos. 
2. Resultado não é a morte, mas lesão corporal de natureza grave: 
Reclusão de 1 a 3 anos. 
Os núcleos do tipo possuem os seguintes significados: 
• Induzimento: O agente cria na vítima a ideia. 
• Instigação: O agente reforça uma ideia preexistente. 
• Auxílio: O agente presta assistência material à vítima. O auxílio material 
deve ser acessório, pois, se o agente praticar atos executórios, pode-se configurar o 
crime de homicídio. Por exemplo, se o agente fornece a corda para que o sujeito se 
enforque, temos auxílio ao suicídio. Se ele empurra o sujeito para que a corda o 
enforque, o crime é o de homicídio. 
É importante ressaltar que a conduta deve se dirigir a pessoa determinada ou 
a pessoas determinadas. Caso a conduta se volte a pessoas indeterminadas, pode-
se configurar o delito de incitação ao crime (previsto no artigo 286 do Código Penal). 
Além disso, o sujeito passivo deve ser pessoa capaz de compreensão, sob pena de 
se configurar o homicídio. Por exemplo, se o agente induz uma criança de 8 anos de 
idade a beber veneno, deverá responder pela prática de homicídio, já que a vítima não 
possuía capacidade de compreender o que estava fazendo. 
Em resumo, o crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio visa 
proteger a vida alheia, não aceitando que o agente dê a ideia, reforce o projeto ou 
forneça algum auxílio material para que um terceiro se mate. 
 
Infanticídio 
 
O infanticídio (artigo 123) ocorre quando a mãe mata o próprio filho durante o 
parto ou logo após o nascimento, sob a influência do estado puerperal (alterações 
psicológicas pós-parto). A pena é reduzida em relação ao homicídio. 
O infanticídio é um conceito do Direito Penal que merece nossa atenção. Ele 
se diferencia do homicídio comum e está previsto no artigo 123 do Código Penal 
Brasileiro. Vamos explorar os detalhes: 
1. Definição e Contexto: 
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/o-crime-de-induzimento-instigacao-ou-auxilio-ao-suicidio-ou-a-automutilacao-a-inovacao-da-lei-13-968-2019/
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/o-crime-de-induzimento-instigacao-ou-auxilio-ao-suicidio-ou-a-automutilacao-a-inovacao-da-lei-13-968-2019/
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https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/o-crime-de-induzimento-instigacao-ou-auxilio-ao-suicidio-ou-a-automutilacao-a-inovacao-da-lei-13-968-2019/
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/o-crime-de-induzimento-instigacao-ou-auxilio-ao-suicidio-ou-a-automutilacao-a-inovacao-da-lei-13-968-2019/
o O infanticídio é uma norma especial em relação ao homicídio. 
o É uma espécie de homicídio, mas praticado pela mãe durante o estado 
puerperal (logo após o parto) contra o recém-nascido. 
o O artigo 123 do Código Penal dispõe sobre o infanticídio: “Matar, sob a 
influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após”. 
o A pena para o infanticídio é de detenção, variando de 2 a 6 anos. 
2. Estado Puerperal e Puerpério: 
o O puerpério é o período que começa com o parto e vai até o retorno da 
gestante à condição anterior à gravidez. 
o O estado puerperal é a diminuição da capacidade psíquica que afeta 
algumas gestantes. 
o O infanticídio ocorre durante o parto ou logo após, quando a mãe está 
sob influência desse estado. 
3. Diferença entre Infanticídio e Homicídio: 
o Após o parto, não há mais crime de aborto. Fala-se em infanticídio ou 
homicídio, dependendo do caso concreto. 
o Se a mãe mata o recém-nascido sem estar sob influência do estado 
puerperal, é considerado homicídio. 
o O infanticídio é um crime material, exigindo o resultado material (morte 
do neonato ou nascente). 
o A tentativa de infanticídio também é possível, com redução de pena. 
4. Inimputabilidade por Doença Mental: 
o Em algumas situações, o estado puerperal pode causar transtornos 
psíquicos que tornam a mãe incapaz de entender o caráter ilícito do ato. 
o Nesse caso, há inimputabilidade por doença mental, conforme o artigo 
26 do CP. 
Em resumo, o infanticídio é uma figura jurídica específica, aplicada à mãe que, 
sob influência do estado puerperal, tira a vida do próprio filho recém-nascido. É 
importante compreender essas nuances para uma análise precisa no âmbito do Direito 
Penal brasileiro. 
 
 
 
 
https://direitodesenhado.com.br/infanticidio/
https://direitodesenhado.com.br/infanticidio/
https://direitodesenhado.com.br/infanticidio/
https://direitodesenhado.com.br/infanticidio/
Aborto 
 
Aborto é um tema complexo e controverso, que envolve questões legais, éticas, 
morais e de saúde pública. No Brasil, a legislação permite o aborto em três situações 
específicas: 
1. Gravidez decorrente de estupro: Quando a gestação é resultado de 
abuso sexual, a mulher tem o direito de interrompê-la legalmente. Isso visa proteger 
a vítima e evitar que ela seja forçada a manter uma gravidez indesejada. 
2. Risco à vida da gestante: Se a continuidade da gravidez coloca em 
perigo a saúde ou a vida da mulher, o aborto é autorizado. Nesse caso, a decisão é 
baseada na preservação da vida da gestante. 
3. Anencefalia do feto: Quando o feto é diagnosticado com anencefalia 
(ausência total ou parcial do cérebro), a interrupção da gravidez é permitida. Essa 
condição inviabiliza a sobrevivência do bebê após o parto. 
O que diz a regra atual sobre o tema? 
O Código Penal Brasileiro, em seus artigos 124 a 128, trata do aborto. 
Atualmente, a lei considera o aborto voluntário (não espontâneo) como crime, exceto 
nos casos mencionados acima. Fora dessas situações, a prática do aborto é ilegal e 
sujeita a penalidades. 
Dados e considerações 
• Pesquisa Nacional de Aborto (PNA) de 2021 revela que uma em cada 
sete mulheres com idade próxima de 40 anos já realizou pelo menos um aborto. Cercade 43% delas precisaram ser hospitalizadas para finalizar o procedimento. 
• O aborto espontâneo (natural) ocorre em 10% a 25% das gestações e 
pode ser classificado como precoce (até a 13ª semana) ou tardio (entre a 13ª e a 22ª 
semana). Suas causas incluem alterações cromossômicas, mudanças no útero, 
quedas nos níveis hormonais e outras condições. 
• O debate sobre a descriminalização do aborto no Supremo Tribunal 
Federal (STF) continua. A ministra Rosa Weber defendeu a descriminalização do 
aborto até a 12ª semana de gestação, mas ainda não há maioria entre os ministros 
para manter ou alterar a regra atual. 
Em resumo, o aborto legal no Brasil está restrito a essas três situações 
específicas, e sua discussão envolve aspectos médicos, sociais e jurídicos. 
 
Tribunal do Júri 
 
Os crimes contra a vida são julgados pelo Tribunal do Júri, composto por 7 
jurados do povo. Esse julgamento é reservado para crimes dolosos contra a vida, 
consumados ou tentados. 
Em resumo, os crimes contra a vida são complexos, envolvendo questões 
morais, legais e sociais. A legislação busca equilibrar a proteção da vida com a justiça 
diante das circunstâncias específicas de cada caso.

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