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Avaliação Empresarial – Valuation PERÍCIA CONTÁBIL Prof. Marco Antonio Pereira 2021 Prof. MSc Marco Antonio Pereira Celular – 31 984176427 Marco Antonio Pereira é Sócio Diretor da Consultar Soluções, bacharel em Ciências Contábeis, Mestre em Finanças, especialista em Controladoria. Professor e coordenador de MBAs na PUCMinas, professor na Fundação Dom Cabral-FDC, Newton, Universidade FENABRAVE, ABRACAF e Universidade Corporativa ISVOR e VLI. Atua como Consultor e Coaching Financeiro em empresas de grande, médio e pequeno portes, com destaque para Grupo Simões - Brasil Norte Bebidas Fabricante de Refrigerantes Cocacola e FCA Fiat Chrysler Automobiles, CaseNewHolland CNH e Iveco, Tabocas, Rodap. Atua como Presidente do Conselho Fiscal do Instituto Hermes Pardini no mandato 2021/2022. Atua como membro do Conselho Fiscal do Ouro Minas Palace Hotel mandato 2021/2022 Atua como suplente do Conselho Fiscal da Localiza Rent a Car mandato 2021/2022 Atuou com o assessor de Conselho de Administração Grupo Simões - Brasil Norte Bebidas fabricante de refrigerantes Coca Cola de 2016 a 2019. Atuou como Diretor financeiro e industrial da Sevenboys, Controller Tributário Telemig Celular. Participações em feiras com experiência em negócios internacionais Minibio 2 Conteúdo: • Revisão Conceitual • Introdução a Análise de Investimentos • Estrutura de Capital WACC e CAPM • Revisão SFA, SAC, TIR, VPL E PAYBACK • Fluxos de Caixa Preliminares FCD • Montagem Fluxo de Caixa Descontado Avançado • Perpetuidade • Fluxo de Caixa Final Plano de Ensino A avaliação de empresas, segundo DAMODARAN (1997), desempenha um papel-chave nas áreas de finanças corporativas, na avaliação e gestão de carteiras (principalmente para os analistas fundamentalistas e "compradores de franquias") e na análise de fusões e de aquisições. Valuation Conceito 4 Avaliar significa apurar ou estimar o valor de alguma coisa. Este valor é relativo e depende de vários fatores: quem está avaliando (se sob a ótica do comprador, vendedor ou de um analista "neutro"), suas preferências, valores, interesses, objetivos pessoais, o contexto em que avaliação está sendo feita (momento histórico, econômico, político, social, pessoal, etc.). Portanto, uma das dificuldades em se medir o valor é seu caráter subjetivo: "quaisquer preconcepções ou preconceitos que o analista trouxer para o processo de avaliação acabarão por se incorporar ao valor" (DAMODARAN, 1997). Conceito de Avaliar 5 “Tipos" de valor atribuídos a uma empresa a) Valor Contábil (ou Book Value) b) Valor de Mercado dos Ativos c) Valor de Bolsa d) Valor de Substituição e) Valor Patrimonial f) Valor de Liquidação g) Valor de Utilização h) Valor Potencial ou Dinâmico i) Valor Presente dos Rendimentos Futuros - (Fluxo de Caixa Descontado) 6 “Tipos" de valor atribuídos a uma empresa a) Valor Contábil (ou Book Value) É o valor do patrimônio líquido da empresa calculado a partir dos registros contábeis originais ou históricos e é um valor conhecido; porém, devido às complexidades dos métodos contábeis (depreciação dos ativos permanentes, amortização, correção monetária, mudanças na legislação, etc.), pode induzir a grandes erros de interpretação. O valor contábil, portanto, é um mero valor matemático e não apresenta o valor econômico da empresa. b) Valor de Mercado dos Ativos É a estimativa do preço possível da venda dos bens e direitos no mercado, no estado em que se encontram. Representa um valor de troca perfeitamente realizável em termos reais. 7 c) Valor de Bolsa É o valor de mercado de empresas de capital aberto com ações negociadas na Bolsa de Valores. Resulta da multiplicação do preço de suas ações no mercado bursátil pela quantidade de ações que compõem seu capital social. Entretanto, pelas próprias características das PMEs (capital fechado), este valor não tem utilidade neste trabalho. d) Valor de Substituição É o valor do total de capital que seria necessário para constituir uma empresa nova, idêntica à existente (excluem-se, entretanto, valores de ativos intangíveis como marcas estabelecidas, carteiras de clientes, etc.). “Tipos" de valor atribuídos a uma empresa 8 e) Valor Patrimonial É o valor do patrimônio líquido da empresa após uma reavaliação de seus ativos e passivos, porém sem a perspectiva de alienação. Este valor se situa entre o Valor de Substituição e o de Liquidação. f) Valor de Liquidação É valor que o empreendimento teria se tivesse que ser liquidado. Como os recursos podem perder valor numa situação como esta (perdem a utilidade para o adquirente), normalmente é uma avaliação do valor mínimo da empresa. “Tipos" de valor atribuídos a uma empresa 9 g) Valor de Utilização É o que a empresa representa para os proprietários atuais ou futuros tanto em ativos materiais quanto em potencialidades de negócio, ramo de atuação, prazer pessoal, etc.; tem um componente objetivo (que pode ser o Valor de Substituição e de Rendimentos Futuros) e um componente subjetivo (percepções e expectativas dos envolvidos). h) Valor Potencial ou Dinâmico Leva em consideração que os resultados futuros do negócio baseiam-se nas estratégias e decisões táticas presentes, não se limitando apenas aos dados financeiros. É o valor mais relevante e baseia-se numa combinação do Valor de Mercado e do Valor de Rendimentos Futuros. “Tipos" de valor atribuídos a uma empresa 10 i) Valor Presente dos Rendimentos Futuros (Fluxo de Caixa Descontado) Representa o valor presente dos benefícios futuros que podem ser gerados pelo empreendimento, descontados a uma taxa apropriada. “Tipos" de valor atribuídos a uma empresa 11 Enterprise Value and Fair Value O que é Enterprise Value (EV)? Enterprise Value (EV) é a medida do valor total de uma empresa. Ele analisa todo o valor de mercado em vez de apenas o valor patrimonial, portanto, todas as participações e reivindicações de ativos de dívida e patrimônio estão incluídas. EV pode ser considerado o custo efetivo de comprar uma empresa ou o preço teórico de uma empresa-alvo (antes que um prêmio de aquisição seja considerado). corporatefinanceinstitute 12 Enterprise Value é o valor obtido no VPL = Valor Justos do Ativo Econômico (VJAE) Enterprise Value – Dívidas Bancárias Líquidas = Valor Justo do Patrimônio Líquido (VJPL) Dívidas Financeiras Líquidas = Dívidas Bancárias – Caixa e Equivalente de Caixa 13 Valuation Análise de Investimentos 14 Conceito Análise de Investimento É o processo de avaliar e selecionar investimentos consistentes com a meta da empresa, de médio e longo prazos, de maximização da riqueza dos proprietários. Custo de Oportunidade O custo de oportunidade representa o valor associado a melhor alternativa não escolhida. Ao se tomar determinada escolha, deixa-se de lado as demais possibilidade, pois excludentes. À alternativa escolhida, associa-se como "custo de oportunidade" o maior benefício NÃO obtido das possibilidades NÃO escolhidas, isto é, "a escolha de determinada opção impede o usufruto dos benefícios que as outras opções poderiam proporcionar". O mais alto valor associado aos benefícios não escolhidos, pode ser entendido como um custo da opção escolhida, custo chamado "de oportunidade". 15 Custo de Oportunidade Custo de oportunidade é o custo de algo em termos de uma oportunidade não exercida. Traduz o valor associado à melhor alternativa não escolhida. Num processo produtivo, o custo de oportunidade de um fator correspondente ao melhor ganho que se poderia obter utilizando esse fator em vez de outra atividade que não a produção da firma Outsourcing Make or buy 16 Dinâmica de Investimentos ATIVOS PASSIVOS Dívidas Acionistas DEMONSTRAÇÃO RESULTADO Lucro Operacional Geração Payback 17 18 Projetos Independentes X Projetos Mutuamente Excludentes • Projetos independentes são aqueles cujos fluxos de caixa não são relacionados ou são independentes uns dos outros. A aceitação de um nãoelimina os outros de consideração futura. • Projetos mutuamente excludentes são aqueles que têm a mesma função e, por conseguinte, competem uns com os outros. Exemplo: para aumentar a capacidade de produção a empresa pode: (a) expandir sua planta; ou (b) adquirir outra empresa. Iniciativa: ➢ Justificativa: necessidade x oportunidade ➢ Viabilidade mercadológica: estratégias, cenários e perspectivas, Análise de escopo e características do projeto ➢ Investimentos (Make or Buy, R&D) Definição do Modelo a ser utilizado na análise econômica ➢ Recebimento dos dados de entrada “Inputs” ▪ Informações estratégicas, comerciais, operacionais e financeiras ➢ Análise crítica dos dados Técnicas financeiras para auxilio na tomada de decisões ➢ Fluxo de caixa ➢ Métodos de avaliação VPL / TIR / PAY BACK ➢ Indicadores econômico-financeiros ➢ Recomendação Coerência transversal (entre os diversos inputs) Coerência com orçamentos (budget/forecast) Estrutura de um plano de investimento Margens, Ebitda .... Working Capital Estrutura de capital Preço, Custos e efeitos de impostos 19 20 Fatores que influenciam no processo tomada de decisão • Premissas • Tipos de fluxos • Posição frente a tomada de decisão Valor Futuro Prestações Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 Valor Presente Direcionamento dos FluxosFluxo de Caixa de Retorno 21 Direcionamento dos Fluxos Valor Futuro Prestações Tempo1 2 3 4 5 6 7 8 Valor Presente Fluxo de Caixa de Desembolso 22 Métodos de Orçamento de Capital • CAPM • Risco Beta • WACC 23 24 Estrutura de Capital-alvo Representa a combinação de financiamento ótima desejada entre capital de terceiros e capital próprio, que a maioria das empresas tentam obter. Capital Investido & Estrutura de Capital Capital de Giro Líquido Ativo Permanente Capital de Terceiros Capital de Acionistas = Aplicações Origens Capital Operacional Estrutura de Capital 25 26 Financiamento Híbrido 27 Estrutura de Capital Estrutura Patrimonial Capital Investido Dívida a Curto Prazo Dívida a Longo Prazo Patrimônio Líquido Ações Preferenciais Ações ordinárias Lucros retidos Capital total Capital Próprio Capital de terceiros Origens de recursos de Longo prazo Estrutura Patrimonial Capital Investido Dívida a Curto Prazo Dívida a Longo Prazo Patrimônio Líquido Ações Preferenciais Ações ordinárias Lucros retidos Dividendos e JCP Remuneração Financeira Estrutura de Capital 28 29 Modelo CAPM – Capital Assets Pricing of Model • O Modelo de Precificação de Ativos de Capital une o risco não- diversificável e o retorno para todos os ativos. • Foi desenvolvido para explicar o comportamento dos preços de títulos e fornecer um mecanismo através do qual investidores pudessem avaliar o impacto de um investimento em títulos proposto sobre o risco e o retorno global de seu portfólio. O risco diversificável, também conhecido como risco não sistemático, representa a parcela do risco de um ativo que pode ser eliminada pela diversificação. Esse risco decorre de eventos que afetam cada empresa de maneira específica, tais como greves, ações judiciais, alterações na legislação perda de clientes importantes etc. O risco não diversificável ou risco sistemático decorre de fatores que afetam todas as empresas, tais como inflação, incidentes internacionais e eventos políticos. Esse risco pode ser avaliado em relação ao risco de uma carteira diversificada de todos os ativos financeiros, comumente chamados de carteira do mercado ou simplesmente o mercado. Desvio Padrão Médio (%) Número de Ações no Portfolio 50 45 40 35 30 25 20 1 5 10 15 Risco de Mercado Risco Específico 30 31 Equação do modelo CAPM Onde: Ke= retorno exigido sobre o ativo. Rf= taxa de retorno livre de risco. = coeficiente de beta ou índice de risco não-diversificáveis para o ativo . Rm= retorno sobre o portfólio de ativos do mercado. Ke = rf + x (rm – rf) E= Equity Spread Prêmio de Risco Retorno Método de Precificação de Ativos de Capital Beta () Através da diversificação podemos reduzir o risco total, mas apenas a parte não sistemática do risco pode ser eliminada. O modelo do CAPM somente leva em consideração a remuneração pelo risco sistemático (não diversificável). Esta mensuração do risco sistemático se dará através do coeficiente beta (). 32 Um beta positivo indica que seu retorno caminha na mesma direção do retorno da carteira do mercado. Se as ações da carteira de mercado valorizarem, a ação também valorizará e vice-versa. Um beta negativo indica que a ação reage na direção oposta à do mercado. Se as ações da carteira do mercado valorizar, a ação sofrerá desvalorização e vice-versa Beta () 33 34 • Mensura o risco do negócio • É um índice do grau de movimento do retorno de um ativo em resposta a uma mudança no retorno do mercado. Coeficiente Beta () http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/New_Home_Page/datafile/Betas.html http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/New_Home_Page/datafile/Betas.html 35 Custo Médio Ponderado de Capital (WACC) Reflete o custo futuro médio esperado de fundos a longo prazo. Ele é encontrado pela ponderação do custo de cada tipo específico de capital por sua proporção na estrutura de capital da empresa. (Wacc - Weighted Average Cost Of Capital) 36 • Wacc = kd x (1-t) x E + ke x PL E + PL E + PL • kd = custo do capital de terceiros • ke = custo do capital próprio • ke = rf + ( rm - rf) • E = Dívidas (Capital de terceiros) • PL = Patrimônio Líquido rf = risk free - taxa livre de risco rm = retorno esperado = risco da operação ( Padrão) Custo Médio Ponderado de Capital (WACC) (Wacc - Weighted Average Cost Of Capital) C INVESTE CAPITALDebt = dívidas com terceiros BANCO 40% kd% = 15% aa INV 4.000 SÓCIOS Equity = patrimônio Líquido 60% ke% = 20% aa 10.000 6.000 10.000 10.000 Wacc = Weighted Average Cost of Capital Wacc = kd% x (1 - IR) x ( Banco / Banco + Sócios) + ke% x ( Sócios / Banco + Sócios) Wacc = 0,15 x ( 1 - 0,34) x (4.000/(4.000+6.000)) + 0,20 x (6.000/(4.000+6.000)) Wacc = 15,96% Custo Médio Ponderado de Capital (WACC) 37 Métodos de Orçamento de Capital Com Risco • Comparação dos métodos do VPL e da TIR • Período de recuperação de um investimento (PAYBACK). 38 Segundo Damodaran (1998), "O valor de uma empresa, na maioria dos casos, pode ser expresso como o valor presente do fluxo FCFD esperado", que podemos indicar por: VPFC = ∑ FFCD (1 + k) t Fluxo de Caixa Descontado (Free Cash Flow Discounted) 39 MOTIVAÇÃO APROVAÇÃO DA INICIATIVA LANÇAMENTO COMERCIAL CICLO DE VIDA (VENDAS) (+) ENTRADAS DE CAIXA ( - ) SAÍDAS DE CAIXA -5 -4 -2-3 -1 0 1 TEMPO 2 3 4 5 6 Diagrama de Fluxo de Caixa 40 Valor Presente Líquido • Consiste em se calcular o valor atual do fluxo de caixa projetado e deduzir o investimento líquido, que é o desembolso de caixa no momento zero. • Expressão em inglês: NPV (Net Present Value). 41 0 1 TEMPO 2 3 4 5 6 TAXA DE DESCONTO i VPL – Valor Presente Líquido INVESTIMENTO INICIAL 42 Taxa Interna de Retorno • É o processo que estabelece a rentabilidade efetiva de um projeto. • Corresponde ao cálculo da taxa de desconto que torna nulo o valor atual líquido do investimento, ou seja, que torna o VPL igual a zero. 43 0 1 TEMPO 2 3 4 5 6 TAXA DE DESCONTO iSomatório Fluxo a valor presente IGUAL A ZERO INVESTIMENTO INICIAL TIR = Valor dos Fluxos a valor presente igual ao investimento inicial Taxa Interna de Retorno 44 45 Payback Descontado • É o exato montante de tempo necessário para a empresarecuperar seu investimento inicial em um projeto calculado a partir do valor presente dos fluxos de entrada de caixa descontados a uma certa taxa. • Corresponde a uma variação do método original, como forma de considerar o valor do dinheiro no tempo. BREAK-EVEN PAY-BACK FASE DE RECEITA / VENDAS FASE DE INVESTIMENTOS LANÇAMENTO COMERCIAL Payback Descontado 46 Conceito de Fluxo de Caixa 1 - O fluxo de caixa é o instrumento de projeção que possibilita ao administrador financeiro determinar as necessidades financeiras a curto e longo prazos da empresa, permitindo de forma clara a época em que irão ocorrer as entradas e as saídas e caixa. O saldo adequado de caixa poderá representar o sucesso ou o fracasso da empresa 2- Denomina-se fluxo de caixa de uma empresa ao conjunto de ingressos e desembolsos de numerário ao longo de um período determinado. O fluxo de caixa consiste na representação dinâmica da situação financeira de uma empresa, considerando todas as fontes de recursos e todas as aplicações em itens do ativo. 47 Objetivo O principal objetivo do fluxo de caixa é dar uma visão das atividades desenvolvidas, bem como as operações financeiras que são realizadas diariamente, no grupo do ativo circulante, dentro das disponibilidades, e que representam o grau de liquidez da empresa. Visa prognosticar a necessidade de captar empréstimos ou aplicar excedentes de caixa nas operações mais rentáveis para a empresa Fluxo de Caixa 48 (=) Receita Líquida (-) Custos e Despesas Variáveis (=) Margem de Contribuição (-) Custos Fixos Desembolsáveis (-) Despesas Fixas Desembolsáveis (=) EBITDA (-) Depreciação e Amortização (=) Lucro Antes dos Juros e Impostos (EBIT ou LAJIR) (-) Despesas Financeiras (+) Receitas Financeiras (=) Lucro Antes dos Impostos (EBT ou LAIR) (-) Imposto de Renda e CSSL (=) Lucro Operacional Líquido (+) Depreciação e Amortização (+/-) Variação da NCG (Capital de Giro) (=) Fluxo de Caixa Operacional (FCO) (-) Desembolso de Capital para Aquisições de Ativos (Capex) Investimento em Ativo Fixo (+) Resultado Venda Ativos Receita Venda Ativos Custo Contábil do Ativo Lucro Venda Ativos Imposto de Renda e CSSL (=) Fluxo de Caixa Livre ou Fluxo de Caixa do Credor (FCL OU FCC) (-) Pagamento do Prinipal da Dívida Financeiras (+) Novas Captações/Empréstimos (Entradas de Caixa) (=) Fluxo de Caixa do Acionista (FCA) Fluxo de Caixa do Acionista Apresenta-se a partir uma conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa das atividades operacionais. Demonstra também as variações ocorridas nas atividades de investimentos e financiamentos. ATIVIDADES OPERACIONAIS ATIVIDADES INVESTIMENTOS ATIVIDADES FINANCEIRAS Estrutura do Fluxo de Caixa 49 São os fluxos de caixa – entradas e saídas – diretamente relacionados à produção e venda dos produtos, mercadorias e serviços da empresa. Esses fluxos captam o resultado do exercício e as transações das contas operacionais durante o período. Fluxo de Caixa Operacional Sua característica fundamental é a recomposição do lucro aos itens que influenciaram para aumentar ou diminuir quando a apuração do resultado contábil, mas não afetaram o caixa Estrutura do Fluxo de Caixa 50 Para obter o fluxo de caixa livre deve-se tomar o fluxo de caixa das operações da empresa, considerando para isso os gastos adicionais com a necessidade de capital de giro, em ativo imobilizado e diferido, Fluxo de Caixa Livre É o volume de fluxo de caixa disponível aos fornecedores de capital de terceiros e capital próprio, após a cobertura de todas as necessidades operacionais e o pagamento de investimentos em ativos fixos. Estrutura do Fluxo de Caixa 51 O Fluxo de Caixa do Acionista (FCA) visa avaliar os recursos aplicados pelos investidores na empresa. Segundo Damodaran o FCA é o fluxo de caixa existente após o pagamento de despesas operacionais, das obrigações tributárias, das necessidades de investimento, do principal, de juros e de quaisquer outros desembolsos de capital necessários à manutenção da taxa de crescimento dos fluxos de caixa projetados. Gerar caixa para pagamento das despesas de juros e pagamento da Dívida Nominal é a diferença básica no cálculo do FCA de uma empresa não-alavancada para uma empresa alavancada. Fluxo de Caixa do Acionista Estrutura do Fluxo de Caixa 52 Estrutura do Fluxo de Caixa 53 Fluxo de Caixa Descontado (Free Cash Flow Discounted) Consiste basicamente em trazer a valor presente (Valor Presente Líquido) os fluxos futuros (em geral 6 anos), a uma taxa de desconto tecnicamente definida. Estrutura do Fluxo de Caixa 54 Perpetuidade Perpetuidade Perpetuidade pode ser entendida como um valor que se repete indefinidamente em intervalos regulares. Pode ser um valor fixo (perpetuidade sem crescimento) ou um valor com crescimento constante (perpetuidade com crescimento). O conceito de perpetuidade é utilizado principalmente em análises de investimentos e valuation (avaliação de empresa), para conhecer a soma do valor atual dos infinitos valores futuros. Como demonstrado na figura, os fluxos de caixas são estendidos ao infinito, levando em consideração que a empresa terá vida perpétua. Formula VPP sem crescimento = Perpetuidade Taxa de desconto (wacc) Onde: Perpetuidade = Valor do último fluxo de caixa Taxa de Desconto (i) = É a taxa de oportunidade, normalmente é usado o valor de WACC calculado Taxa de Crescimento (g) = É a taxa determinada de crescimento anual da empresa nos anos futuros N = Número de anos do fluxo projetado 58 Montagem do Modelo Fluxo de Caixa Descontado 59 Empresa Brighram Soya Fluxo de Caixa Descontado 60 61 Revisão Série de Pagamentos Uniformes Sistema de amortização de financiamentos cujas prestações são iguais e uniformes ao longo do faturamento. Conhecido como Sistema Francês de Amortização – “Tabela Price” SACSistema de Amortização Constante Neste sistema, o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta forma, no sistema SAC o valor das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada prestação. O valor da amortização é calculado dividindo-se o valor do principal pelo número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas. Muito utilizado em operações de financiamento a longo prazo do tipo FINAME. Comparativo SAC TABELA PRICE Prestações = Amortização + Juros Decrescentes Constantes Amortizações Constantes Crescentes Juros Decrescentes Decrescentes Vantagem Saldo devedor diminui mais rapidamente em relação ao TP Prestação inicial menor em relação a calculada pelo SAC Desvantagem Prestação inicial maior Saldo devedor diminui mais lentamente em relação ao SAC COMPARATIVO: SAC e PRICE ATIVO PASSIVO Passivo Circulante Fornecedores Empréstimos Salários Impostos Passivo não Circulante Exigível a Longo Prazo Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Capital Reservas de Lucros Prejuízos Acumulados Ativo Circulante Caixa Bancos Aplicações Financeiras Clientes Estoques Ativo não Circulante Realizável a Longo Período Investimentos Imobilizado Líquido Intangível / Diferido Curto Prazo Giro dos negócios Estabilidade do Negócio Longo Prazo INVESTIMENTOS FINANCIAMENTOS Bens e Direitos Obrigações Balanço Patrimonial – Visão Patrimonial e Financeira Capital Próprio Capital de Terceiros Estrutura de Capital É a demonstração contábil que tem por finalidade apresentar a situação patrimonial e financeira da empresa num determinado momento. Apresenta de forma ordenada os três elementos do Patrimônio. Curto Prazo Longo Prazo ORIGENSAPLICAÇÕES 65 Estática de Longo Prazo Estática Operacional Estática Financeira Ativo a Longo Prazo Realizável Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Passivo a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo Patrimônio Líquido Ativo Operacional Clientes Estoques Outros Ativos Operacionais Passivo OperacionalFornecedores Impostos a pagar Salários a pagar Outros Passivos Operacionais Ativo Financeiro Caixa Bancos Aplicações Financeiras Passivo Financeiro Empréstimos e Financiamentos Leasing, Finame, Desconto de Duplicatas Dividendos a Pagar 66 Gestão do Capital de Giro Ativo Passivo Receitas com Vendas ( - ) Deduções de Vendas ( = ) Receita Líquida com Vendas ( - ) Custos Operacionais ( = ) Lucro Bruto ( - ) Despesas Operacionais ( = ) Lucro operacional antes do resultado financeiro ( - ) Despesas Financeiras ( + ) Receitas Financeiras ( = ) Lucro Antes dos Impostos ( - ) Impostos (IRPJ/CSLL) ( = ) Lucro Líquido Visão Econômica Demonstração do Resultado A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses. perdas lucros 67 O EBITDA é a sigla inglesa de Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization e que em português significa, literalmente, Resultados antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. O EBITDA é também muitas vezes designado por cash-flow operacional, e representa o dinheiro gerado pela empresa e disponível para: ✓. Financiar os investimentos em bens de capital (capex) ✓. Financiar as necessidades de fundo das operações ✓. Cumprir os encargos com a dívida ✓. Efetuar o pagamento de impostos ✓. Remunerar os acionistas através de dividendos Conceito de EBITDA 68 RECEITAS DE VENDAS LIQUIDAS (-) Custos dos Produtos/Mercadorias/Serviços Vendidos (-) Despesas Operacionais (Administrativas, gerais e com vendas) (=) EBITDA (Ganho) (-) Depreciação (Continuidade dos Investimentos) (=) EBIT/LAJIR (-) Despesas Financeiras (Pagamento das Instituições Financeiras) (=) LAIR (-) Impostos Diretos (IR e CS) (Pagamento ao Governo) (=) LUCRO APÓS IMPOSTOS (-) Dividendos (Pagamento dos Dividendos aos Sócios) (=) LUCROS RETIDOS Distribuição do EBITDA Distribuições do EBITDA destinadas a continuidade dos ativos, pagamento das despesas financeiras, governo e sócios. 69 Lucro Operacional Líquido (NOPAT) O NOPAT (Net operating profit after taxes) representa o lucro operacional antes de juros e impostos, ajustado pela deduções dos impostos diretos. Portanto, pode ser mensurado através da relação entre o EBIT ou LAJIR menos a alíquota dos impostos IRPJ e CSLL O NOPAT é o resultado líquido da operação deduzidos dos impostos sobre os lucros. O importante é observar que é necessário um ajuste, para manter a consistência com o resultado global da organização, quanto ao aproveitamento de benefícios fiscais, planejamentos tributários e diferimentos de pagamentos. Esse ajuste consiste em se apurar a taxa efetiva de IR e CS paga pela empresa, considerando a estratégia fiscal. 70 NOPAT RECEITAS LIQUIDAS (-) Custos dos Produtos/Mercadorias (-) Despesas Operacionais (=) EBITDA (-) Depreciação (=) EBIT/LAJIR (-) Impostos Diretos (IR e CS) (=) NOPAT Comparativo das Estruturas EBITDA - NOPAT EBITDA RECEITAS LIQUIDAS (-) Custos dos Produtos/Mercadorias (-) Despesas Operacionais (=) EBITDA (-) Depreciação (=) EBIT/LAJIR (-) Despesas Financeiras (=) LAIR (-) Impostos Diretos (IR e CS) (=) LUCRO APÓS IMPOSTOS (-) Dividendos (=) LUCROS RETIDOS ( - ) Despesas Financeiras APLICAÇÃO DE RECURSOS FONTES DE RECURSOS Bancos Acionistas ( - ) Dividendos (=) FLUXO PARA EMPRESA 71 Capital Investido Estrutura (+) Caixa e Equivalência de Caixa (+) Clientes (+) Estoques (+) Outros Ativos Operacionais (-) Fornecedores (-) Outros Passivos Operacionais = Necessidade de Capital de Giro (NCG) (+) Realizável a Longo Prazo (-) Passivo não Circulante Operacional (+) Ativos Fixos (Investimentos, Imobilizado, Intangível) = Capital Investido O capital investido são os recursos aplicados em ativos operacionais deduzidos dos passivos operacionais que seguem um processo cíclico de curto e longo prazos, compreendendo o conjunto de operações destinadas à formação dos resultados, sejam elas de produção, comercialização ou serviços e sua distribuição. 72 (-) Passivo Financeiro (-) Passivo não Circulante Financeiro (-) Patrimônio Liquido = Posição Financeira Líquida Estrutura de Capital Aponta a composição do endividamento da empresa captado entre o capital de terceiros e o capital próprio, deduzidos das disponibilidades de caixa e equivalentes de caixa. Estrutura de Capital Estrutura 73 74 • AZEVEDO, M, COSTA, H. Métodos para Avaliação de Postura Estratégica. Caderno de Pesquisas em Administração. São Paulo, 18p. abril 2001. • COSTA, L. G. T. A; COSTA L. R. T. A; ALVIM, M. A, Valuation: manual de avaliação e reestruturação econômica de empresas. São Paulo: Atlas 2010. • COUTO JUNIOR, Clovis Grimaldo; GALDI, Fernando Caio. Avaliação de Empresas por Múltiplos Aplicados em Empresas Agrupadas com Análise de Cluster. RAM, Revista de Administração. Mackenzie, São Paulo, V. 13, n. 5, p. 135-170, set./out. 2012. • DAMODARAN, Aswath. Avaliação de Empresas. 2. ed. Brasil: Pearson, 2007. • SOUTE, Dione Olesczuk. et al. Métodos de avaliação utilizados pelos profissionais de investimento. Revista UnB Contábil, Brasília, v. 11, n 1-2, p. 1-17, jan./dez. 2008. • DAMODARAN, Aswath. Avaliação de Investimentos. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. • KASSAI, José Roberto; KASSAI, Sílvia; ASSAF NETO, Alexandre. Índice de especulação de valor agregado – IEVA. Revista Contabilidade & Finanças, São Paulo, v. 13, n. 30, Sept./Dec. 2002. • MARTELANC, Roy; PASIN, Rodrigo Maimone; CAVALCANTE, Francisco. Avaliação de empresas: Um guia para Fusões e Aquisições e gestão de valor. 1. ed. São Paulo: Pearson, 2010. • MARTINS, Eliseu. Avaliação de Empresas: da mensuração contábil à econômica. São Paulo: Atlas, 2001. ‘41 BIBLIOGRAFIA:
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