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Mascaramento é uma técnica que vai utilizar um ruído mascarante, um som mascarante que vai piorar limiares auditivos em uma orelha que não tem problemas auditivas ou que tem um problema auditivo menor do que a orelha contralateral. Na avaliação audiologica pode ocorrer a audição cruzada, na qual a orelha que não está sendo testada responderá para o som apresentado na orelha testa devido à capacidade do crânio de vibrar frente à estimulação sonora, ocasionando, assim, a curva sombra. M.a.s.c.a.r.a.m.e.n.t.o O mascaramento só é necessário quando uma das audições do paciente existe uma diferença de limiar em relação à outra orelha. Por exemplo: Um paciente tem a orelha esquerda limiares auditivos dentro do padrão de normalidade e na orelha direita ele possui uma perda auditiva moderada ou severa. Quando vai avaliar esse ouvido para se ter certeza dos limiares em cada orelha é preciso utilizar o mascaranento pra avaliar a orelha com maior perda auditiva. O que é mascaramento? É o fenômeno no qual o som deixa de ser percebido quando outro som é apresentado simultaneamente na orelha contralater e em intensidade superior. Clinicamente, utilizamos um som chamado ruído tem o objetivo de elevar o limiar da orelha que não está sendo testada para que essa orelha não interfira ou influencie nos resultados auditivos da orelha que está sob teste. O nível de intensidade do sinal na orelha testada Os valores da atenuação interaural Limiares auditivos na ONT, tanto na via aérea quanto na via óssea Quando será necessário o mascaramento? 3 fatores Nível de apresentação do sinal de teste Diferença de via área via óssea em cada orelha Efeito da oclusão(se presente) Atenuação interaural para sinais de via aérea e via óssea entre as orelhas Efetividade do ruído mascarante Variáveis que afetam o mascaramento: Atenuação interaural Quando um tom é apresentado à uma orelha ela pode atingir também a orelha oposta. Se põe um som intenso na orelha esquerda, dependendo da intensidade que ele tem ele vai afetar a outra orelha, pois é uma onda sonora e o som intenso vai se propagar no meio ambiente e chegar a outra orelha. Porém, ele não vai chegar na outra orelha com a mesma intensidade que ele foi colocado na orelha que está recebendo esse som existe uma perda de energia entre esse som de uma para a outra que vai ser influenciado pela frequência que está sendo avaliada, normalmente a quantidade de perda de energia que sofre esse som é que aproximadamente 40dB de uma orelha para a outra. Essa perda de energia é a chamada Atenuação interaural, ou seja é a quantidade de energia que um som perde para passar de uma orelha pra a outra. E isso vai influenciar na quantidade de mascararamento que nos vamos colocar na orelha que não está sendo testada Valores de atenuação interaural Goldstein e Newman 1994 através de pesquisas conseguiram dar valores de atenuação interaural para via áerea em todas as frequências que são avaliadas no audiograma. Ele observou que na presença de 250 HZ para atravessar de uma orelha pra outra ele perde em média 40 dB. HZ dB 125 35 250 40 500 40 1000 40 2000 45 3000 45 4000 50 6000 50 8000 50 Valores de atenuação interaural para via óssea Eles falam que não existe uma atenuação para via óssea, pois o mesmo som que é estimulado através do vibrador ósseo que é colocado na mastóide ele vai estimular igualmente e simultaneamente as duas cócleas. Essa vibração faz com que os líquidos da orelha interna vibrem em decorrência da estimulação sonora e subentende-se para esses autores que não existe perda de energia quando se coloca em uma das mastoides um som intenso chegando em ambas as orelhas na mesma intensidade. Valores de atenuação para a fala Existe também valores de atenuação para o som da fala, então nós também precisaremos mascarar a logoaudiometria nas perdas assimétricas ou unilaterais para que o som não influencie nos limiares auditivos da orelha com perda. LDF ou LDV 35dB SRT ou LRF 45dB Tipos de ruídos Ruídos de banda-larga: ruído branco (white noise: distribuição igual de energia em todos os comprimentos de onda)- Sinal de banda larga que contém energia acústica em todas as frequências do espectro audível em intensidades aproximadamente iguais. É considerado o mais eficiente. Ruído Rosa: (Pink noise) É uma filtragem do ruído branco, mas abrange uma largura de banda mais reduzida, alrewenra energia concentrada em uma largura de banda mais estreita de 500 a 4000 Hz. Ruído de fala (speech noise) Também é outra filtragem do ruído branco, distribuição energia na faixa de frequência de 250 a 4000 Hz. Os audiometros mais modernos possuem esse tipo de ruído mascarante. Ruídos de banda estreita (Narrow band) É atualmente visto como um ruído branco com banda de frequência limitada. Lode variar de audiometro para outro. Níveis de mascaramento Mascaramento mínimo: É a menor quantidade de mascaramento necessário para impedir a orelha não testada de responder ao sinal da orelha testada. Para isso, tem-se a fórmula Masc= VAont+10dB pordr ser apresentado à técnica de platô. Audiometria tonal por via aérea (VA) Obtenha e registre os limiares de V.A sem mascaramento da orelha testada (O.T) Compare os limiares mascarados obtidos com os limiares VA e VO da orelha não testada (ONT) Verifique se as regras pra mascaramento se aplicam: Se a diferença for igual ou maior do que o valor de atenuação interaural (AI) a decisão de mascarar é afirmativa ao se testar a orelha pior. Selecione o nível inicial de mascaramento para a ONT, isto é, limiar de via aérea da orelha não testada (LVA ONT) + 15dB de mascaramento efetivo (ME). LVA ONT + 15dB ME Restabeleça o limiares da orelha testada com nível inicial de mascaramento na orelha não testada (ONT) Cada vez que o paciente responder ao sinal apresentado à orelha testada (OT) aumenta o mascaramento na orelha não testada em 10dB. Cada vez que o paciente não responder ao tom puro apresentado à orelha testada aumenta o sinal em 10dB até que ele possa responder novamente Continue desse modo até que pelo menos dois aumentos consecutivos de 10dB no mascaramento inicial não produzam alterações do limiar na orelha testada (OT) quando isso ocorrer, o platô foi atingido. LVA ONT + 15dB ME + 10 + 10 Registre o limiar no audiograma bem como o nivel final de mascaramento. Efeito de oclusão Ocorre quando um fone de ouvido é colocado na ONT para apresentar o sinal do mascaramento, o fone produz uma melhora artificial nas respostas da via óssea Valores do efeito de oclusão 250Hz 15dB 500Hz 15dB 1000Hz 10dB 2000Hz 0dB 4000Hz 0dB O efeito da oclusão é importante clinicamente, uma vez que gera mudanças com relação à necessidade e à quantidade de mascaramento a ser empregada na ONT durante a realização do teste de VO Audiometria tonal por via óssea Obtenha e registre os limiares de V.O da orelha testada sem mascaramento com a orelha não testada não ocluida. Compare os limiares de VO e VA da orelha testada: se a diferença for igual ou maior que 10dB, em uma ou mais frequências, o mascaramento é indicado. Selecione a quantidade inicial de mascaramento para a orelha mão testada, ou seja,imiar de via aérea da orelha não testada + 15dB de ME + efeito de oclusão (EO) LVA ONT+ 15 dB ME + EO OBS: Em perdas condutivas mão considerar o efeito de oclusão. Restabeleça o limiar da OT com este nível inicial de mascaramento na ONT Cada vez que o paciente responder ao sinal apresentado à OT aumente o mascaramento na ONT em 5dB. Cada vez que o paciente não responder ao sinal de tom puro apresentado à OT aumente o sinal em 5dB até que ele responda novamente. continue desse modo até que dois aumentos consecutivos de 5dB no mascaramento inicial não produzam alteração do limiar na OT, quando isso ocorrer, o platô foi atingido. LVA ONT + 15 dB ME + EO + 5 + 5 Registre o limiar e o nível final de mascaramento.
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