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Unidade 7 Engrenagens - Geral Projetista de Máquinas Projetos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Introdução ❑ Engrenagens são utilizadas para transmitir movimento de um eixo rotativo para outro com razão de velocidade angular constante. ❑ Elemento de Máquinas mais utilizado em equipamentos mecânicos (𝟖𝟑%) ❑ acionam eixos paralelos, concorrentes ou reversos Introdução à potência,❑ grande faixa de uso quanto rotação e relação de transmissão ➢ de brinquedos a transmissão de navios ❑ transmissão de potência sem escorregamento ❑ alto rendimento ❑ dimensões reduzidas para distância entre centros pequena Introdução ❑ vida útil elevada ❑ pouca manutenção ❑ rigidez na transmissão ❑ alto custo ❑ alto nível de ruído Tipos de Engrenagens ❑ Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos ➢ Possuem dentes paralelos ao eixo de rotação e são utilizadas para transmitir movimento entre dois eixos paralelos Tipos de Engrenagens ❑ Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos ➢ São as mais simples e utilizadas ➢ O rendimento é alto, podendo chegar a 𝟗𝟗% ➢ Em altas velocidades apresentam problemas de ruído Tipos de Engrenagens ❑ Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos ➢ Quando um par de engrenagens tem rodas de tamanhos diferentes, a engrenagem maior chama-se coroa e a menor chama-se pinhão Tipos de Engrenagens ❑ Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos ➢ Exemplo de Aplicação: Redutores de velocidades Tipos de Engrenagens ❑ Engrenagens Cilíndricas de Dentes Helicoidais ➢ Possuem os dentes inclinados em relação ao eixo de rotação ➢ Podem ser utilizadas nas mesmas aplicações que as engrenagens de dentes retos Tipos de Engrenagens ❑ Engrenagens Cilíndricas de Dentes Helicoidais ➢ São mais silenciosas devido ao maior contato entre os dentes durante o engrenamento ➢ São mais caras em relação as engrenagens de dentes retos ➢ O dente inclinado também cria forças axiais e momentos flexores, os quais não estão presentes em se tratando de dentes retos. Tipos de Engrenagens ❑ Engrenagens Cilíndricas de Dentes Helicoidais ➢ Algumas vezes, as engrenagens helicoidais são empregadas para transmitir movimento entre eixos não-paralelos Tipos de Engrenagens ❑ Engrenagens Cilíndricas de Dentes Helicoidais ➢ Exemplo de Aplicação: Cambio de marchas Tipos de Engrenagens ❑ Engrenagens Cônicas ➢ Possuem a forma de tronco de cones. ➢ Os dentes podem ser retos ou inclinados em relação ao eixo de rotação da engrenagem Tipos de Engrenagens ❑ Engrenagens Cônicas ➢ São utilizadas principalmente em aplicações que exigem eixos que se cruzam (concorrentes) Tipos de Engrenagens ❑ Engrenagens Cônicas ➢ Exemplo de Aplicação: Diferencial Tipos de Engrenagens ❑ Parafuso sem fim ➢ O sem fim é um parafuso acoplado com uma engrenagem coroa, geralmente do tipo helicoidal Tipos de Engrenagens ❑ Parafuso sem fim ➢ Este tipo de engrenagem é bastante usado quando a relação de transmissão de velocidades é bastante elevada Tipos de Engrenagens ❑ Pinhão-Cremalheira ➢ Neste sistema, a coroa tem um diâmetro infinito, tornando-se reta. Os dentes podem ser retos ou inclinados Tipos de Engrenagens ❑ Pinhão-Cremalheira ➢ O dimensionamento é semelhante às engrenagens cilíndricas retas ou helicoidais através deste sistema movimento de rotação em ➢ Consegue-se transformar translação ❑Nomenclatura Nomenclatura ❑ Círculo Primitivo ➢ O círculo primitivo, ou de passo, é um círculo teórico sobre o qual todos os cálculos são geralmente baseados ➢ O seu diâmetro é o diâmetro primitivo ➢ Os círculos primitivos de um par de engrenagens engrenados são tangentes entre si ❑Nomenclatura Nomenclatura ❑ Passo Circular 𝒑 ➢ é a distância, medida no círculo primitivo, de um ponto de um dente ao correspondente ponto no dente adjacente. circular é igual dente e da à soma da largura do ➢ Assim, o passo espessura de espaçamento. ➢ Ou ainda: 𝒑 = 𝝅 ∙ 𝒎 ❑Nomenclatura INICIO DO PASSO CIRCULAR FIM DO PASSO CIRCULAR Nomenclatura ❑ Módulo 𝒎 ➢ é a razão entre o diâmetro primitivo e o número de dentes. 𝑑𝑝 𝑚 = 𝑁 ➢ A unidade habitual de comprimento é o milímetro. ➢ O módulo é o índice de tamanho de dente no Sistema Internacional (SI). Nomenclatura ❑ Módulo 𝒎 ➢ Relação entre módulo e tamanho de dente (para um mesmo diâmetro) Nomenclatura ❑ Adendo 𝒂 ➢ é a distância radial entre o topo do dente e o círculo primitivo ❑ Dedendo 𝒃 ➢ é a distância radial entre o fundo do dente e o círculo primitivo ❑ Altura do Dente 𝒉𝒕 ➢ é a soma do adendo e do dedendo 𝒉𝒕 = 𝒂 + 𝒃 ❑Nomenclatura ❑Nomenclatura ❑Nomenclatura 𝒅𝒑𝟐 𝒅𝒊𝟐 𝒅𝒆𝟐 𝒅𝒑𝟏 𝒅𝒆𝟏 𝒅𝒊𝟏 𝒇𝒐𝒍𝒈𝒂 𝒅𝒐𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆 Ponto Primitivo Distância entre eixos Nomenclatura ❑ Ângulo de Pressão 𝝓 ➢ É o ângulo que define a direção da força que a engrenagem motora exerce sobre a engrenagem movida. ➢ 𝝓 pequeno gera topo de dente largo ➢ 𝝓 grande gera topo de dente estreito ➢ 𝝓 pequeno aumenta a resistência do topo do dente, porém aumenta a possibilidade de engripamento da engrenagem ❑Ângulo de Pressão 𝝓 Ponto Primitivo *** Círculo de base: Círculo do qual é gerado o perfil de evolvente ❑Ângulo de Pressão 𝝓 Pontos tangentes aos círculos de base ❑Ângulo de Pressão 𝝓 𝝓 Nomenclatura ❑ Ângulo de Pressão 𝝓 ➢ É o ângulo que define a direção da força que a engrenagem motora exerce sobre a engrenagem movida. ➢ Valores recomendados: ✓ 𝝓 = 𝟏𝟒°𝟑𝟎′ (antigamente) ✓ 𝝓 = 𝟐𝟎° (atualmente) ❖ (material utilizado é mais resistente, portanto o topo do dente pode ser menor) Nomenclatura número de dentes e o ❑ Passo diametral 𝑷 ➢ é a razão entre o diâmetro primitivo. 𝑃 = 𝑁 𝑑𝑝 ➢ O passo diametral é o inverso do módulo. ➢ Uma vez que o passo diametral é utilizado somente com unidades americanas, é expresso como dentes por polegada. Nomenclatura ❑ Relação entre raios e velocidades angulares ➢ Quando duas engrenagens estão engrenadas, seus círculos primitivos rolam uns sobre os outros, sem escorregamento (ponto Primitivo) ➢ Nesse instante, ambas engrenagens possuem a mesma velocidade tangencial, ou seja: 𝑽𝟏 = 𝑽𝟐 = 𝑽 ❑Nomenclatura 𝒅𝒑𝟐 𝒅𝒊𝟐 𝒅𝒆𝟐 𝒅𝒑𝟏 𝒅𝒆𝟏 𝒅𝒊𝟏 𝒇𝒐𝒍𝒈𝒂 𝒅𝒐𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆 Ponto Primitivo Distância entre eixos 𝑽 Nomenclatura ❑ Relação entre raios e velocidades angulares ➢ Designe os raios primitivos como 𝒓𝒑𝟏 e 𝒓𝒑𝟐 e as velocidades angulares como 𝝎𝟏 e 𝝎𝟐 , respectivamente. ➢ Desse modo, a velocidade no círculo primitivo vale: 𝑽 = 𝒓𝒑𝟏 ∙ 𝝎𝟏 = 𝒓𝒑𝟐 ∙𝝎𝟐 Nomenclatura ❑ Relação entre raios e velocidades angulares ➢ Logo, a relação entre raios e velocidades angulares é: 𝝎𝟏 𝝎𝟐 𝒓𝒑𝟐 = 𝒓𝒑𝟏 Nomenclatura ❑ Raio do circulo de base ➢ O raio do círculo de base é determinado função do ângulo de pressão, ou seja: 𝒓𝒃 = 𝒓𝒑 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝝓 Nomenclatura ❑ Adendo 𝒂 ➢ é a distância radial entre o topo do dente e o círculo primitivo e, pode ser determinado por: 𝒂 = 𝟏 𝑷 𝒂 = 𝟏 𝒑 𝑵 𝒅 𝒅𝒑 ⟹ 𝒂 = 𝑵 𝒂 = 𝒎 Nomenclatura ❑ Dedendo 𝒃 ➢ é a distância radial entre o fundo do dente e o círculo primitivo e, pode ser determinado por: 𝒃 = 𝟏, 𝟐𝟓 𝑷 𝒃 = 𝟏,𝟐𝟓 𝒑 𝑵 𝒅 𝒅𝒑 ⟹ 𝒃 = 𝟏, 𝟐𝟓 ∙ 𝑵 𝒃 = 𝟏, 𝟐𝟓 ∙ 𝒎 Nomenclatura sendo a metade do ❑ Espessura do dente 𝒕 ➢ é determinada como passo circular, ou seja: 𝑡 =𝑝 2 de raio do filete, é ❑ Raio do pé do dente 𝒄 ➢ Também chamado determinado por: 𝒄 = 𝒃 − 𝒂 𝒄 = 𝟏, 𝟐𝟓 ∙ 𝒎 − 𝒎 𝒄 = 𝟏, 𝟐𝟓− 𝟏 ∙ 𝒎 𝒄 = 𝟎, 𝟐𝟓 ∙ 𝒎 Nomenclatura ❑ Diâmetro externo 𝒅𝒆 ➢ é determinado por: 𝒅𝒆= 𝒅𝒑+ 𝟐 ∙ 𝒂 ou 𝒅𝒆= 𝒅𝒊+ 𝟐 ∙ 𝒉𝒕 Nomenclatura ❑Nomenclatura 𝒅𝒑𝟐 𝒅𝒊𝟐 𝒅𝒆𝟐 𝒅𝒑𝟏 𝒅𝒆𝟏 𝒅𝒊𝟏 𝒇𝒐𝒍𝒈𝒂 𝒅𝒐𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆 Distância entre eixos ❑ Diâmetro interno 𝒅𝒊 ➢ é determinado por: 𝒅𝒊= 𝒅𝒑− 𝟐 ∙ 𝒃 ou 𝒅𝒊= 𝒅𝒆− 𝟐 ∙ 𝒉𝒕 NomenclaturaNomenclatura 𝒓𝒑𝟏 𝒇𝒐𝒍𝒈𝒂 𝒅𝒐𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆 ❑ Distância entre centros 𝒅 ➢ é determinado por: 𝒅 = 𝒓𝒑𝟏+ 𝒓𝒑𝟐 𝒓𝒑𝟐 Distância entre eixos Nomenclatura ❑ Número de dentes 𝑵 ➢ deve ser o menor possível, para que a engrenagem seja a menor possível ✓ economia de espaço e peso ➢ Para não haver “engripamento”, 𝑵𝒎𝒊𝒏 é dado na tabela 1 Nomenclatura ❑ Número de dentes 𝑵 Tabela 1 - Número mínimo de dentes 𝑵𝒎𝒊𝒏 𝑵𝒎𝒊𝒏 Tipo de transmissão 𝜙 = 20° 𝜙 = 14°30′ Pequenas velocidades e/ou pequenas cargas 10 18 Velocidades médias 6 𝑎 9 𝑚 𝑠 12 24 Cargas e velocidades elevadas 16 30 Engrenamento Externo 𝑁1 + 𝑁2 ≥ 24 Engrenamento Interno 𝑁1 + 𝑁2 ≥ 10 Classe 𝐼 0,3 0,4 0,5 0,6 − − 0,8 1 1,25 1,50 𝐼𝐼 0,35 0,45 0,55 − − 0,7 0,9 1,125 1,375 1,75 𝐼𝐼𝐼 − − − − 0,65 − − − − − − − − − − − − 𝐼 2 2,5 3 − − 4 5 6 − − 8 𝐼𝐼 2,25 2,75 − − 3,5 4,5 5,5 − − 7 9 𝐼𝐼𝐼 − − − − 3,25 20 − − − − 6,5 − − − − 𝐼 10 12 16 22 25 32 40 50 − − 𝐼𝐼 11 14 18 − − 28 36 45 − − − − 𝐼𝐼𝐼 − − − − − − − − − − − − − − − − − − Nomenclatura ❑ Módulos Normalizados 𝒎 ➢ Disponibilizados pela tabela 2 Tabela 2 – Módulos Normalizados𝒎 Nomenclatura ❑ Largura do dente 𝒍 ➢ é determinada em função do tipo de fabricação, ou seja, quanto pior a fabricação, menor deve ser a largura da engrenagem 𝑙 = 𝜆 ∙𝑚 ✓ 𝜆 é dado na tabela 3 Tipo de construção 𝝀 = 𝒍 𝒎 Dentes brutos de fundição limpa 6 Dentes bem acabados Suporte comum e saliente Suportes em vigas de aço Bons suportes em caixas de engrenagens Suportes rígidos de melhor qualidade 10 15 25 30 𝑎 45 Engrenagens de construção de elevada precisão 𝐴𝑡é 200 Nomenclatura ❑ Largura do dente 𝒍 Tabela 3 – Relação 𝝀 = 𝒍 𝒎 ❑ Passo de base 𝒑𝒃 ➢ Cremalheira 𝒑𝒃= 𝒑 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝝓 Nomenclatura ❑ Um par de engrenagens consiste em um pinhão de 𝟏𝟔 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔movendo uma coroa de 𝟒𝟎 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔. ❑ As engrenagens possuem um módulo 𝑪𝑳𝑨𝑺𝑺𝑬 𝑰 de 𝟏𝟐𝒎𝒎 e foram cortadas com um ângulo de pressão de 𝟐𝟎° ❑ Adote: 𝝀 = 𝟏𝟓 𝝎𝟏= − 𝟔𝟎 𝒓𝒂𝒅 𝒔 ❑ Determine: Exercícios - 1 a) As informações construtivas: ➢ Passo circular ➢ Adendo ➢ Dedendo ➢ Altura do dente ➢ Folga no dente ➢ Raio do filete ➢ Espessura do dente ➢ Largura do dente ➢ Passo diametral ➢ Distância entre centros Exercícios - 1 ➢ Raio da base ✓ Pinhão e Coroa ➢ Diâmetro externo ✓ Pinhão e Coroa ➢ Diâmetro Interno ✓ Pinhão e Coroa b) A velocidade angular da Coroa c)Ao montar essas engrenagens, a distância entre os centros foi, incorretamente, aumentada em 𝟒𝒎𝒎. ➢ Calcule os novos valores do ângulo de pressão e os diâmetros primitivos Exercícios - 1 ❑ As engrenagens helicoidais, utilizadas para transmitir movimento entre eixos paralelos, são mostradas na figura abaixo: Introdução ❑ Na montagem de um par de engrenagens helicoidais, uma deve ter uma hélice destra (mão direita), ao passo que a outra, uma hélice sestra (mão esquerda) Montagem ❑ O ângulo de hélice (ou inclinação do dente) é o mesmo em cada engrenagem Ângulo de Hélice 𝝍 𝝍 E. C. Dentes Retos E. C. Dentes Helicoidais Comprimento do Dente ❑ A largura da engrenagem helicoidal é a mesma de uma engrenagem de dentes retos 𝒍 𝒍𝒉 𝝍 𝑙 = 𝜆 ∙𝑚 𝒍𝒉→ comprimento do dente Comprimento do Dente 𝝍 ❑ Por possuir um dente “mais comprido”, a engrenagem helicoidal tem como característica um engrenamento gradual dos dentes e a transferência suave de carga de um dente para o outro que confere às ECDH a habilidade de transmitir grandes cargas a altas velocidades. 𝝍 ECDR ECDH ❑ As engrenagens helicoidais submetem os mancais de eixo a ambas as cargas, radial e axial. ❑ Quando as cargas axiais tornam-se elevadas, pode ser desejável utilizar E.H. Duplas ❑ As engrenagens “espinha-de-peixe” é equivalente a duas engrenagens helicoidais de mãos opostas, montadas lado a lado no mesmo eixo. ❑ Elas desenvolvem reações axiais opostas e, assim, cancelam a carga axial. Forças Axiais ❑ E.H. Duplas ✓ espinha-de-peixe Forças Axiais ❑ Quando duas ou mais engrenagens helicoidais simples são montadas no mesmo eixo, a mão das engrenagens deve ser selecionada de modo a produzir uma carga axial mínima. Montagem ❑ Na prática → 𝝍 = 𝟓° 𝒂 𝟑𝟓° ❑ Explicação 𝝍 grande aumenta o comprimento aumenta a resistência do dente, do dente, o que mas aumenta a componente axial da força sobre a engrenagem, o que sobrecarrega os mancais e diminui o rendimento da engrenagem Ângulo de Hélice → Faixa de utilização ❑ Em ECDH, 𝒑𝒕 é o passo circular transversal no plano de rotação ❑ Calculado da mesma forma do passo circular de ECDR 𝒑𝒕= 𝝅 ∙ 𝒎 Passo – Engrenagem Helicoidal ❑ 𝒑𝒏 é o passo circular normal e esta relacionado com o passo circular transversal pela expressão: 𝒑𝒏= 𝒑𝒕 ∙ cos𝝍 Passo – Engrenagem Helicoidal ❑ 𝒑𝒙 é o passo axial e esta definido pela expressão: 𝒙𝒑 = 𝒑𝒕 tan𝝍 Passo – Engrenagem Helicoidal ❑ Em ECDH, 𝑷𝒕 é o passo diametral transversal no plano de rotação ❑ Calculado da mesma forma do passo diametral de ECDR ❑ ou seja: 𝒕𝑷 = 𝑵 𝒅𝒑 Passo – Engrenagem Helicoidal ❑ Uma vez que 𝒑𝒏 ∙ 𝑷𝒏=𝝅 ❑ o passo diametral normal 𝑷𝒏 é: 𝒏𝑷 = 𝑷𝒕 cos𝝍 Passo – Engrenagem Helicoidal 𝝍 𝒍 Ângulo de Pressão → Engrenagem Helicoidal ❑ Na figura abaixo, temos os planos RR e NN. RR → é o plano perpendicular ao eixo da engrenagem NN → é o plano perpendicular aos dentes 𝒑𝒕 Vista Superior de uma ECDH mostrando as designações mais importantes Ângulo de Pressão Transversal 𝝓𝒕 𝒑𝒕 𝒑𝒕 𝝍 𝒍 Seção RR (no plano de rotação) Ângulo de Pressão Transversal 𝝓𝒕 𝒑𝒕 Seção RR (no plano de rotação) ❑ Em ECDH, 𝝓𝒕é o ângulo de pressão transversal no plano de rotação, possuindo a mesma definição do ângulo de pressão de ECDR ❑ Portanto: 𝝓𝒕 = 𝝓 𝝍 𝒍 Ângulo de Pressão Normal 𝝓𝒏 𝒑𝒕 Ângulo de Pressão Normal 𝝓𝒏 ❑ 𝝓𝒏 é o ângulo de pressão normal e esta relacionado com o ângulo de pressão transversal pela expressão: cos 𝜓 = tan 𝜙𝑛 tan𝜙𝑡 Demais relações → Engrenagem Helicoidal ❑ Módulo normal 𝒎𝒏 → 𝑚𝑛 = 𝑚 ∙ cos 𝜓 ❑ Número virtual de dentes 𝑵′ → 𝑁′ = 𝑁 𝑐𝑜𝑠3𝜓 *** É necessário saber o número virtual de projeto para a resistência e também, algumas vezes, no corte de dentes helicoidais *** Demais relações → Engrenagem Helicoidal ❑ Adendo 𝒂 → 𝑎 =𝑚 ❑ Dedendo 𝒃 → 𝑏 = 1,25 ∙𝑚 𝒉𝒕❑ Altura do dente → ℎ𝑡 = 𝑎 + 𝑏 Demais relações → Engrenagem Helicoidal 𝒅𝒑𝟏❑ Diâmetro primitivo do Pinhão → 𝑑𝑝1 = 𝑁𝑃 ∙ 𝑚 𝒅𝒑𝟐❑ Diâmetro primitivo da Coroa → 𝑑𝑝2 = 𝑁𝐺 ∙𝑚 Demais relações → Engrenagem Helicoidal ❑ Diâmetro de base do Pinhão 𝒅𝒃𝟏 → 𝑑𝑏1 = 𝑑𝑝1 ∙ cos𝜙𝑡 𝒅𝒃𝟐❑ Diâmetro de base da Coroa → 𝑑𝑏2 = 𝑑𝑝2 ∙ cos𝜙𝑡 Demais relações → Engrenagem Helicoidal ✓ Engrenagens Externas ❑ Distância entre centros 𝒅 𝑑𝑝1 +𝑑𝑝2 → 𝑑 = 2 ❑ Diâmetro externo do Pinhão 𝒅𝒆𝟏 → 𝑑𝑒1 = 𝑑𝑝1 + 2 ∙ 𝑎 𝒅𝒆𝟐❑ Diâmetro externo da Coroa → 𝑑𝑒2 = 𝑑𝑝2 + 2 ∙ 𝑎 Demais relações → Engrenagem Helicoidal ✓ Engrenagens Externas ❑ Diâmetro de raiz do Pinhão 𝒅𝒓𝟏 (diâmetro interno) → 𝑑𝑟1 = 𝑑𝑝1 − 2 ∙ 𝑏 𝒅𝒓𝟐❑ Diâmetro de raiz da Coroa (diâmetro interno) → 𝑑𝑟2 = 𝑑𝑝2 − 2 ∙ 𝑏 Demais relações → Engrenagem Helicoidal ✓ Engrenagens Internas ❑ Distância entre centros 𝒅 𝑑𝑝1 −𝑑𝑝2 → 𝑑 = 2 ❑ Diâmetro interno do Pinhão 𝒅𝒊𝟏 → 𝑑𝑖1 = 𝑑𝑝1 − 2 ∙ 𝑎 𝒅𝒊𝟐❑ Diâmetro interno da Coroa → 𝑑𝑖2 = 𝑑𝑝2 − 2 ∙ 𝑎 Demais relações → Engrenagem Helicoidal ✓ Engrenagens Externas ❑ Diâmetro de raiz do Pinhão 𝒅𝒓𝟏 (diâmetro externo) → 𝑑𝑟1 = 𝑑𝑝1 + 2 ∙ 𝑏 𝒅𝒓𝟐❑ Diâmetro de raiz da Coroa (diâmetro externo) → 𝑑𝑟2 = 𝑑𝑝2 + 2 ∙ 𝑏 ❑ Uma engrenagem helicoidal de estoque tem ângulo de pressão transversal de 𝟐𝟎° , um ângulo de hélice de 𝟐𝟓°, módulo 𝑪𝑳𝑨𝑺𝑺𝑬 𝑰𝑰 de 𝟏𝟖𝒎𝒎 e possui 𝟐𝟒 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔 ❑ Adote: 𝝀= 𝟏𝟓 ❑ Determine: Exercícios - 1 a) As informações construtivas: ➢ Passo circular transversal ➢ Passo circular normal ➢ Passo axial ➢ Diâmetro Primitivo ➢ Passo diametral transversal ➢ Passo diametral normal ➢ Largura da engrenagem ➢ Comprimento do dente Exercícios - 1 ➢ Adendo ➢ Dedendo ➢ Altura do dente ➢ Raio do filete ➢ Espessura do dente b) As informações construtivas: ➢ Módulo normal ➢ Ângulo de pressão normal ➢ Número virtual de dentes Exercícios - 1 ➢ Interferência ❑ Ponto A Início do contato ❑ Ponto B Fim do contato ❑ Ponto C e D Linha perpendicular entre linha de pressão e o centro da engrenagem ➢ Interferência ❑ Quando os pontos C e D então localizados dentro do intervalo [A,B] a interferência esta presente ❑Na interferência, a cabeça do dente de uma engrenagem toca na raiz do dente da outra engrenagem, provocando o desgaste dos dentes ❑ A interferência deve ser evitada no dimensionamento de engrenagens. ❑ Para isso, devem ser determinados os números mínimos de dentes de acordo com o tipo de engrenamento: ➢ Pinhão/Coroa ➢ Pinhão/Cremalheira Interferência - ECDR ➢ Pinhão/Coroa 𝑵𝑷❑ O número mínimo de dentes que um pinhão pode ter para evitar a interferência é: 𝑃𝑁 = 2𝑘 1 + 2𝑚𝑅 ∙ 𝑠𝑒𝑛2𝜙 𝑅∙ 𝑚 + 𝑚𝑅2 + 1 + 2𝑚𝑅 ∙ 𝑠𝑒𝑛2𝜙 ❑ onde: → 𝒌 = 𝟏 (para engrenagens normais) → 𝒌 = 𝟎, 𝟖 (para engrenagens rebaixadas) → 𝒎𝑹 = 𝑵𝑮𝑵𝑷 (relação do nº de dentes pinhão/coroa) Interferência - ECDR ➢ Pinhão/Coroa ❑ O número máximo de dentes que uma coroa 𝑵𝑮 pode ter para se acoplar em um pinhão com número de dentes igual a 𝑵𝑷 sem que haja interferência é: 𝑁𝑃 2 ∙ 𝑠𝑒𝑛2𝜙 − 4𝑘2 𝑁𝐺 = 4𝑘 − 2𝑁𝑃 ∙ 𝑠𝑒𝑛2𝜙 ❑ onde: → 𝒌 = 𝟏 (para engrenagens normais) → 𝒌 = 𝟎, 𝟖 (para engrenagens rebaixadas) Interferência - ECDR ➢ Pinhão/Cremalheira ❑ O número mínimo de dentes que um pinhão 𝑵𝑷 pode ter para operar em uma cremalheira sem que haja interferência é: 𝑃𝑁 = 4𝑘 2 ∙ 𝑠𝑒𝑛2𝜙 ❑ onde: → 𝒌 = 𝟏 (para engrenagens normais) → 𝒌 = 𝟎, 𝟖 (para engrenagens rebaixadas) Interferência - ECDR ❑ Um par de engrenagens, construídas com ângulo de pressão de 𝟐𝟎°, possui uma relação entre o número de dentes pinhão/coroa igual a 𝟒 e dentes de altura completa. ❑ Determine para esse par de engrenagens: a) o número mínimo de dentes do pinhão b) o número de dentes da coroa ❖ lembrando que a interferência deve ser evitada ? Exercícios - 1 ❑ Considere um pinhão que possui o ângulo de pressão de 𝟐𝟎° , dentes dealtura completa e 𝟏𝟑𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔. ❑ Determine a maior coroa que pode ser acoplada a esse pinhão, sem que haja interferência. Exercícios - 2 ❑ Determine o menor pinhão que pode operar em uma cremalheira, sem que haja interferência. ❑ Considere: ângulo de pressão → 𝟐𝟎° dentes de altura completa Exercícios - 3 ❑ Da mesma forma que no caso de engrenagens de dentes retos, dentes de engrenagens helicoidais podem apresentar interferência ❑ Para isso, devem ser determinados os números mínimos de dentes de acordo com o tipo de engrenamento: ➢ Pinhão/Coroa ➢ Pinhão/Cremalheira Interferência - ECDH ❑ Relembrando: 𝝓𝒏→ é o ângulo de pressão normal 𝝓𝒕→ é o ângulo de pressão transversal tan𝜙𝑡 cos 𝜓 = tan𝜙𝑛 ⇒ 𝜙 = tan−1 tan𝜙𝑛 cos𝜓 Interferência - ECDH ➢ Pinhão/Coroa 𝑵𝑷❑ O número mínimo de dentes que um pinhão pode ter para evitar a interferência é: 𝑃𝑁 = 2𝑘 ∙ cos𝜓 1 + 2𝑚𝐻 ∙ 𝑠𝑒𝑛2𝜙𝑡 𝐻∙ 𝑚 + 𝐻𝑚 2 + 1 + 2𝑚𝐻 ∙ 𝑠𝑒𝑛2𝜙 ❑ onde: → 𝒌 = 𝟏 (para engrenagens normais) → 𝒌 = 𝟎, 𝟖 (para engrenagens rebaixadas) → 𝒎𝑯 = 𝑵𝑮𝑵𝑷 (relação do nº de dentes pinhão/coroa) Interferência - ECDH ➢ Pinhão/Coroa ❑ O número máximo de dentes que uma coroa 𝑵𝑮 pode ter para se acoplar em um pinhão com número de dentes igual a 𝑵𝑷 sem que haja interferência é: 𝑁𝑃 2 ∙ 𝑠𝑒𝑛2𝜙𝑡 − 4𝑘2 ∙𝑐𝑜𝑠2𝜓 𝑁𝐺 = 4𝑘 ∙ cos 𝜓 − 2𝑁𝑃 ∙ 𝑠𝑒𝑛2𝜙𝑡 ❑ onde: → 𝒌 = 𝟏 (para engrenagens normais) → 𝒌 = 𝟎, 𝟖 (para engrenagens rebaixadas) Interferência - ECDH ➢ Pinhão/Cremalheira ❑ O número mínimo de dentes que um pinhão 𝑵𝑷 pode ter para operar em uma cremalheira sem que haja interferência é: 𝑁𝑃 = 4𝑘 ∙ cos𝜓 2 ∙ 𝑠𝑒𝑛2𝜙𝑡 ❑ onde: → 𝒌 = 𝟏 (para engrenagens normais) → 𝒌 = 𝟎, 𝟖 (para engrenagens rebaixadas) Interferência - ECDH ❑ Um par de engrenagens helicoidais, construídas com ângulo de pressão normal de 𝟐𝟎° e ângulo de hélice de 𝟑𝟎° , possui uma relação entre o número de dentes pinhão/coroa igual a 𝟐 e dentes de altura completa. ❑ Determine para esse par de engrenagens: a) o número mínimo de dentes do pinhão b) o número de dentes da coroa ❖ lembrando que a interferência deve ser evitada ? Exercícios - 1 ❑ Considere um pinhão de uma engrenagem helicoidal que possui o ângulo de pressão normal de 𝟐𝟎°, ângulo de hélice de 𝟑𝟎° , dentes de altura completa e 𝟗 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔. ❑ Determine a maior coroa que pode ser acoplada a esse pinhão, sem que haja interferência. Exercícios - 2 ❑ Determine o menor pinhão que pode operar em uma cremalheira, sem que haja interferência. ❑ Considere: ângulo de pressão normal → 𝟐𝟎° ângulo de hélice → 𝟑𝟎° dentes de altura completa Exercícios - 3 ❑ aço laminado ❖ (aço de baixo carbono) ❑ aço para cementação ❖ (aço de médio carbono) ❑ aço liga ❖ (maiores tensões admissíveis, mesma rigidez) ❑ aço inoxidável ❖ (aplicações especiais – custo elevado) ❑ ferro fundido ❖ (baixa solicitação, grandes dimensões) ❑ bronze ❖ (para parafuso sem fim – devido ao alto atrito) ❑ plástico ❑ material sinterizado ❑ Podem ser divididas em duas categorias: 1. Conformação ✓ Fundição ✓ Sinterização ✓ Molde de injeção ✓ Extrusão ✓ Repuxe a frio ✓ Estampagem Fabricação ❖ Todos dentes feitos ao mesmo tempo em um molde ❖ Precisão do dente dependente da qualidade da matriz ❖ Ferramentas de alto custo ❖ Produção de altas quantidades ❖ Em geral menos preciso que usinagem ❑ Podem ser divididas em duas categorias: 1. Usinagem ✓ Fresagem ✓ Geração por cremalheira por pinhão cortador por fresa caracol Fabricação ❖ Técnicas de remoção de material para cortar ou polir a forma do dente na temperatura ambiente ❖ Dentes suaves e preciso ❖ Quando requerido, alta precisão e funcionamento silencioso ❑ Podem ser divididas em duas categorias: 1. Usinagem ✓ Fresagem Fabricação ❑ Podem ser divididas em... 1. Usinagem ✓ Geração por cremalheira (2) Fabricação ❑ Podem ser divididas em duas categorias: 1. Usinagem ✓ Geração por pinhão cortador (3) Fabricação ❑ Podem ser divididas em duas categorias: 1. Usinagem ✓ Geração por fresa caracol (4) Fabricação ❑ Para evitar erros no perfil do dentes: ➢Antes do tratamento térmico ✓ Rebarbação ✓ Brunimento ➢Após o tratamento térmico ✓ Retifica ✓ Lapidação Acabamento ❑ Engrenagens cônicas são aquelas que têm forma de tronco de cone ❑ As engrenagens cônicas transmitem rotação entre eixos concorrentes. Eixos concorrentes são aqueles que vão se encontrar em um mesmo ponto, quando prolongados. Introdução ❑ Coroa é a engrenagem com maior número de dentes ❑ Pinhão É a engrenagem com menor número de dentes Introdução Introdução ❑ Embora essas engrenagens sejam geralmente construídas para um ângulo entre eixos de 90°, elas podem ser produzidas para quase qualquer ângulo ❑ Os dentes podem ser fundidos, fresados ou gerados *** Apenas os dentes gerados podem ser classificados como precisos *** ➢Nomenclatura Folga Uniforme Diâmetro Primitivo,𝒅𝒑 Cone traseiro Ângulo Primitivo 𝜸 𝚪 Ângulo Primitivo ❑ O passo de tais engrenagens é medido na extremidade maior do dente, e ambos, o passo circular 𝒑 e o passo diametral 𝑷 , são calculados da mesma maneira que para engrenagens cilíndricas de dentes retos, ou seja: 𝒑 = 𝝅 ∙ 𝒎 e 𝑷 = 𝟏 𝒎 Passo – Engrenagens Cônicas ➢ÂngulosPrimitivos Ângulo Primitivo da Coroa Ângulo Primitivo do Pinhão Folga Uniforme Cone traseiro Diâmetro Primitivo, 𝒅𝒑 𝜸 𝚪 tan 𝜸 = 𝑵𝑷 𝑵𝑮 𝒆 tan 𝚪 = 𝑵𝑮 𝑵𝑷 ❑ onde: → 𝑵𝑷 (Número de dentes do Pinhão) → 𝑵𝑮 (Número de dentes da Coroa) Ângulos Primitivos → Engrenagens Cônicas ❑ São definidos pelos cones primitivos que se encontram no ápice (como mostrado no slide anterior). Eles são relacionados ao número de dentes, como segue: ➢ Folga Uniforme Folga Uniforme Diâmetro Primitivo,𝒅𝒑 Cone traseiro Ângulo Primitivo 𝜸 𝚪 Ângulo Primitivo ❑ Deve ser observado que a folga é uniforme e, relacionada pela expressão: 𝒄 = 𝟎, 𝟏𝟖𝟖 ∙ 𝒎 + 𝟎, 𝟎𝟓𝟎𝟖 𝒎𝒎 Folga Uniforme → Engrenagens Cônicas ➢Diâmetro Primitivo Folga Uniforme Diâmetro Primitivo,𝒅𝒑 Cone traseiro Ângulo Primitivo 𝜸 𝚪 Ângulo Primitivo diâmetro ➢ Para o pinhão: 𝒅𝒑𝟏= 𝑵𝑷 ∙𝒎 ➢ Para a coroa: 𝒅𝒑𝟐= 𝑵𝑮 ∙𝒎 Diâmetro Primitivo → Engrenagens Cônicas ❑ Calculado da mesma forma do primitivo de ECDR ➢Número Virtual de Dentes Ângulo Primitivo Folga Uniforme Diâmetro Primitivo,𝒅𝒑 Cone traseiro 𝜸 𝚪 Ângulo Primitivo ❑ A figura (ao lado) mostra que a forma dos dentes, quando projetada no cone traseiro, é a mesma que em uma engrenagem cilíndrica de dentes retos com um raio igual à distância de cone traseiro 𝒓𝒕 ❑ 𝒓𝒕 é conhecido também como a aproximação de Tredgold Número Virtual de Dentes → Engrenagens Cônicas *** É necessário saber o número virtual de projeto para a resistência *** Número Virtual de Dentes → Engrenagens Cônicas ❑ O Número virtual de dentes 𝑵′ é: 𝑁′ = 2𝜋𝑟𝑡 𝑝 ❑ onde: → 𝒑 (passo circular) Fonte: Shigley ➢Demais Relações Engrenagens Cônicas Tabela 13-3. Proporções de dimensões de dentes para dentes de engrenagens cônicas de dentes retos de 20° ❑ Um par de engrenagens cônicas de dentes retos, construídas com ângulo de pressão de 𝟐𝟎° e módulo 𝑪𝑳𝑨𝑺𝑺𝑬 𝑰 de 𝟒𝒎𝒎 , possuem respectivamente 𝟑𝟎 e 𝟏𝟐𝟎 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔 e ângulo entre eixos de 𝟗𝟎° ❑ Determine para esse par de engrenagens: a) os ângulos primitivos b) o passo circular e diametral c) os diâmetros primitivos d) largura da face do dente Exercícios - 1 Introdução ❑ O par [sem-fim/coroa] consiste do acoplamento de um parafuso com uma engrenagem (a coroa) ❑ Consegue-se através deste par grandes reduções (𝟏𝟎𝟎:𝟏) coroa parafuso com rosca sem-fim ➢Nomenclatura Diâmetro de raiz Diâmetro Primitivo, 𝒅𝒘 D iâ m e tr o P ri m it iv o , 𝒅 𝑮 Cilindro Primitivo Hélice Parafuso sem-fim Passo axial, 𝒑𝒙 Coroa sem-fim Ângulo de Avanço, 𝝀 Avanço, 𝑳 Ângulo de Hélice,𝝍𝒘 ❑ Para que haja engrenamento, o passo axial do sem-fim 𝒑𝒙 deve ser igual ao passo circular transversal da coroa 𝒑𝒕 (engrenagem helicoidal), ou seja: 𝒑𝒙= 𝒑𝒕 Passos → Parafuso Sem-Fim 𝒑𝒙 𝒑𝒕 coroa parafuso com rosca sem-fim ❑ Relembrando: 𝒑𝒕→ passo circular transversal (ECDH) 𝑝𝑡= 𝜋 ∙ 𝑚 𝒑𝒙→ passo axial (parafuso Sem-Fim) 𝑝𝑥= 𝑝𝑡 Passos → Parafuso Sem-Fim ❑ Atenção: 𝝍𝒘 é→ o ângulo de hélice do parafuso normalmente muito grande → o ângulo de hélice da coroa 𝝍𝑮 é muito pequeno Ângulo de Hélice → Parafuso Sem-Fim Ângulo de Avanço → Parafuso Sem-Fim ❑ Por causa disso, é comum especificar o ângulo de avanço 𝝀 no sem-fim e o ângulo de hélice 𝝍𝑮 na coroa Cilindro Primitivo Hélice Ângulo de Hélice,𝝍𝒘 𝝍𝒘 + 𝝀 = 𝟗𝟎° Ângulo de Avanço, 𝝀 Avanço, 𝑳 ❑ 𝒅𝑮→ diâmetro primitivo da coroa 𝑑𝐺 = 𝑁𝐺 ∙ 𝑝𝑡 𝜋 ❑ onde: → 𝒑𝒕 (passo circular transversal da Coroa) → 𝑵𝑮 (Número de dentes da Coroa) Diâmetro Primitivo → Parafuso Sem-Fim Diâmetro Primitivo, 𝒅𝒘 D iâ m e tr o P ri m it iv o , 𝒅 𝑮 ❑ 𝒅𝒘→ diâmetro primitivo do sem-fim 𝐶0,875 3,0 ≤ 𝑑𝑤 ≤ 𝐶0,875 1,7 ❑ onde: → 𝑪 (distância entre centros) → diâmetro primitivo = diâmetro de passo Diâmetro Primitivo → Parafuso Sem-Fim Diâmetro Primitivo, 𝒅𝒘 D iâ m e tr o P ri m it iv o , 𝒅 𝑮 (𝝀) , 𝐿 = 𝑝𝑥 ∙ 𝑁𝑤 e tan 𝜆 = 𝐿 𝜋 ∙ 𝑑𝑊 ❑ onde: → 𝑵𝒘 (número de entradas do parafuso) Avanço e Ângulo de Avanço → Parafuso Sem-Fim ❑ O Avanço (𝑳) e o Ângulo de Avanço obedecem as seguintes relações Adendo e Dedendo → Parafuso Sem-Fim Fonte: Shigley ❑ A tabela 13-5 (Shigley), resume o que pode ser considerado como boa prática para profundidade do dente Tabela 13-5. Ângulos de pressão recomendados e profundidades de dentes para engrenagens sem-fim ❑ A largura de face 𝑭𝑮 de um parafuso sem-fim deve ser feita igual ao comprimento de uma tangente ao círculo primitivo do sem-fim, entre seus pontos de intersecção com o círculo de adendo, como mostrado abaixo: Largura da Face → Parafuso Sem-Fim → 𝐹𝐺≤ 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 ❑ Dimensione uma parafuso sem-fim que se acople a uma engrenagem helicoidal de 𝟔𝟎 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔 , construídas com ângulo de pressão normal de 𝟐𝟎° e ângulo de hélice de 𝟑𝟎° ❑ Adote: módulo 𝑪𝑳𝑨𝑺𝑺𝑬 𝑰 de 𝟔 𝒎𝒎 ângulo entre eixos de 𝟗𝟎° Número de entradas do parafuso → 𝟒 Distância entre centros → 𝟐𝟏𝟎𝒎𝒎 Exercícios - 1 ❑ Considere o pinhão 1 (engrenagem motora) movendo uma coroa 2 (engrenagem movida). Trem de Engrenagens 𝝎𝟏 𝝎𝟐+ − 𝒓𝟏 𝒓𝟐 Pinhão 1 -𝑵𝟏 Coroa 2 -𝑵𝟐 ❑ Da relação entre raios e velocidades angulares, temos: Trem de Engrenagens 𝝎𝟏 = 𝒓𝟐 𝝎𝟐 𝒓𝟏 𝒏𝟏 = 𝒅𝟐 𝒏𝟐 𝒅𝟏 𝝎𝟏 = 𝒅𝟐 𝝎𝟐 𝒅𝟏 𝒏𝟏 = 𝑵𝟐 𝒏𝟐 𝑵𝟏 𝒏𝟏 = 𝑵𝟐 𝑵𝟏 𝒏𝟐 ❑ Portanto, a velocidade da engrenagem acionada (movida) é: ❑ Portanto, a velocidade da engrenagem acionada (movida) é: Trem de Engrenagens 𝒏𝟏 = 𝑵𝟐 𝑵𝟏 𝒏𝟐 ❑ em que: → 𝒏 (revoluções em [rpm]) → 𝑵 (número de dentes da engrenagem) ❑ Essa expressão é aplicada para qualquer par de engrenagem (ECDR, ECDH, Cônicas e Sem-Fim) ❑ Sentido de rotação: → + (anti-horário) → − (horário) ➢ Dentes Retos e Dentes Helicoidais (eixos paralelos) → regra da mão direita (inverte a rotação) ➢ Cônicas → (mantém a rotação) ➢ Dentes Helicoidais (eixos cruzados) e Sem-fim → Figura 13.26 (Shigley) (próximo slide) Trem de Engrenagens ➢ Figura 13.26 (Shigley) ❑ O trem de engrenagem mostrado abaixo, possui 5 engrenagens Trem de Engrenagens ❑ a velocidade da engrenagem de saída (última engrenagem – 6) será: Trem de Engrenagens 𝒏𝑳 = 𝒆 ∙ 𝒏𝑭 ❑ Onde: → 𝒏𝑳 (velocidade da última engrenagem) → 𝒏𝑭 (velocidade da primeira engrenagem) → 𝒆 (valor do trem) Trem de Engrenagens ❑ Onde: → 𝒆 (valor do trem) 𝒆 = 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝒏𝒖𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔𝒎𝒐𝒕𝒐𝒓𝒆𝒔 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝒏𝒖𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔𝒎𝒐𝒗𝒊𝒅𝒐𝒔 ❑ Para o exemplo abaixo: → engrenagens motoras [𝟐, 𝟑,𝟓] → engrenagens movidas [𝟑, 𝟒,𝟔] Trem de Engrenagens Trem de Engrenagens ❑ Para o exemplo abaixo: → engrenagens motoras [𝟐, 𝟑,𝟓] → engrenagens movidas [𝟑, 𝟒,𝟔] ➢ Portanto: 𝒆 = 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝒏𝒖𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔𝒎𝒐𝒕𝒐𝒓𝒆𝒔 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝒏𝒖𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔𝒎𝒐𝒗𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒆 = 𝑵𝟐 ∙ 𝑵𝟑 ∙𝑵𝟓 𝑵𝟑 ∙ 𝑵𝟒 ∙𝑵𝟔 ❑ Trens planetários sempre incluem uma engrenagem sol (2), um carregador de planeta ou braço (3) e uma ou mais engrenagens planetas (4) Trem de Engrenagem → Planetário Trem de Engrenagem → Planetário ❑ Trens de engrenagens planetárias são mecanismos incomuns, uma vez que têm dois graus de liberdade; isto é, para um movimento restringido, um trem planetário deve dispor de duas entradas ❑ Nesse exemplo: → Entradas Engrenagem sol (2) Engrenagem anular (5) → Saída Braço (3) ❑ Outro exemplo: → Entradas Engrenagem sol (2) Engrenagem planeta (5) → Saída Braço (3) Trem de Engrenagem → Planetário ❑ A velocidade angular de uma (entrada ou intermediária) em engrenagem relação à Trem de Engrenagem → Planetário velocidade ao braço em [𝒓𝒑𝒎] é: 𝒏𝒙𝑩 = 𝒏𝒙 − 𝒏𝑩 ❑ Onde:→ 𝒏𝒙 (velocidade da engrenagem em questão) → 𝒏𝑩 (velocidade do braço) Trem de Engrenagem → Planetário 𝒏𝑳𝑩 𝒏𝑭𝑩❑ A razão expressa o valor do trem, ou seja: ❑ (2) Entradas Engrenagem de entrada (1) → sol → 𝒏𝑭 Engrenagem de entrada (2) → 𝒏𝑳 𝒏𝑳𝑩 = 𝒏𝑳 −𝒏𝑩 𝒏𝑭𝑩 = 𝒏𝑭 −𝒏𝑩 𝒆 = 𝒏𝑳𝑩 𝒏𝑭𝑩 𝒆 é determinado❑ Portanto, o valor do trem através da seguinte relação: Trem de Engrenagem → Planetário 𝒆 = 𝒏𝑳 − 𝒏𝑩 𝒏𝑭 −𝒏𝑩 ❑ Onde: → 𝒏𝑳 (velocidade da última engrenagem) → 𝒏𝑭 (velocidade da primeira engrenagem) → 𝒏𝑩 (velocidade do braço) ❑ Dado o trem de engrenagem abaixo, determine a rotação e o sentido de 𝒏𝟔 Exercícios - 1 (𝟏𝟐𝟎) (𝟗𝟎) (𝟓𝟎) (𝟑𝟓) (𝟏𝟎𝟎) [𝟔𝟎𝟎 𝒓𝒑𝒎] Exercícios - 2 ❑ Na figura abaixo, a engrenagem sol é a engrenagem de entrada, sendo movida, em sentido horário, a 𝟏𝟎𝟎 𝒓𝒑𝒎. A engrenagem anular é mantida estacionária por meio de fixação à estrutura. ❑ Encontre a velocidade em [𝒓𝒑𝒎], bem como a direção de rotação do braço e da engrenagem 𝟒. ❑ Repita o Exemplo 2, mas desta vez permita a rotação anti-horária da engrenagem anular a 𝟒𝟎 𝒓𝒑𝒎 Exercícios - 3 ❑ A figura abaixo apresenta um trem de engrenagens consistindo em um par de engrenagens mitrais (do mesmo tamanho que as engrenagens cônicas), com 𝟏𝟔 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔 cada, um pinhão sem-fim destro de 𝟒 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔 e uma coroa sem-fim de 𝟒𝟎𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔. ❑ A velocidade da engrenagem 2 é fornecida por 𝒏𝟐 = +𝟐𝟎𝟎 𝒓𝒑𝒎 , o que corresponde à rotação anti- horária em relação ao eixo y. ❑ Qual é a velocidade e a direção de rotação da coroa sem-fim? Exercícios - 4 ❑ Qual é a velocidade e a direção de rotação da coroa sem-fim? Exercícios - 4