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ANATOMIA INDIVIDUAL DOS DENTES DESCRIÇÃO DOS DENTES Nayara lima | Odontologia UNICID | 2019 PÁGINA 1 ASPECTOS GERAIS DAS DENTIÇÕES DENTIÇÕES: O termo dentição é usado para designar o conjunto de dentes naturais nos arcos. O indivíduo apresenta duas dentições durante a sua vida: decídua e permanente. A primeira dentição presente é a dentição decídua. Desse modo, a dentição permanente é a segunda dentição a se desenvolver, os dentes permanentes são chamados de dentes adultos. A dentição permanente também é por vezes considerada a dentição sucedânea, uma vez que a maioria dos dentes permanentes sucede os dentes decíduos antecessores. TIPOS DE DENTES DENTIÇÃO DECÍDUA Incluem 8 incisivos, 4 caninos e 8 molares, totalizando 20 dentes. DENTIÇÃO PERMANENTE Os tipos de dentes de ambos os arcos na dentição permanente incluem 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré- molares e 12 molares, totalizando 32 dentes. Note que somente a dentição permanente apresenta pré- molares; por sua vez, a dentição decídua não os possui. PÁGINA 2 TERMOS GERAIS Os dentes situados na maxila são os dentes superiores, e na mandíbula, os dentes inferiores. Em cada arco, há uma linha mediana imaginária e vertical que o divide em duas metades, direita e esquerda, aproximadamente iguais. PÁGINA 3 TERMOS DA ANATOMIA DENTAL Cada dente é constituído por uma coroa e uma ou mais raízes. A coroa possui dentina coberta por esmalte, e cada raiz, dentina recoberta por cemento. A face interna da dentina, tanto da coroa quanto da raiz, recobre a cavidade pulpar do dente, dividida em câmara pulpar, canal(is) radicular(es), forame apical, e, possivelmente, corno(s) pulpar(es). A coroa anatômica é a parte coberta pelo esmalte que permanece constante por toda vida do dente, exceto em casos de atrição ou outro tipo de desgaste físico. A coroa clínica é a parte da coroa anatômica visível na cavidade oral, não coberta pela gengiva, e sua altura é determinada pela localização da gengiva marginal. PÁGINA 4 CARACTERISTICAS DE DENTES ANTERIORES PERMANENTES CARACTERÍSTICAS DA FACE OCLUSAL DE UM DENTE POSTERIOR PERMANENTE. PÁGINA 5 TERMOS DE ORIENTAÇÃO DOS DENTES Cada dente tem cinco faces como os lados de uma caixa: vestibular, lingual, oclusal, mesial e distal. As superfícies dentais mais próximas à face do indivíduo são consideradas faces vestibulares. A superfície do dente mais próxima à língua se chama face lingual, entretanto, no arco superior recebe também o nome de face palatina. A margem incisal dos dentes anteriores e a face oclusal dos dentes posteriores constituem a superfície mastigatória dos dentes. A face mesial de um dente é aquela mais próxima da linha mediana; e a mais afastada é a face distal. Juntas, tanto a face mesial quanto a distal de dentes adjacentes são denominadas faces proximais. Em outras palavras, a face de um dente próxima a outro dente adjacente é a face proximal, que pode ser tanto a mesial como a distal. O espaço interproximal é a região compreendida entre as superfícies de dentes adjacentes. A área que corresponde à região onde as coroas de dois dentes adjacentes do mesmo arco se tocam fisicamente pelas faces proximais é a área de contato. PÁGINA 6 PÁGINA 7 PÁGINA 8 INCISIVOS CENTRAIS SUPERIORES PERMANENTES 11 E 21 Os incisivos superiores permanentes são os quatro dentes posicionados mais anteriormente no arco superior. Apresentam uma coroa que é maior em todas as dimensões, especialmente a mésio-distal, quando comparados aos incisivos inferiores. Além disso, o dente exibe faces vestibulares mais arredondadas se observadas pela margem incisal, afilando-se em direção à face lingual PÁGINA 9 INCISIVOS LATERAIS SUPERIORES PERMANENTES 12 E 22 A forma da coroa de um incisivo lateral superior apresenta maior grau de variação quando comparada a de qualquer dente permanente As faces de um incisivo lateral superior geralmente assemelham-se àquelas de um incisivo central superior, mas apresenta uma coroa menor e mais arredondada. Esse dente tem uma única raiz cônica relativamente lisa e reta, que pode curvar-se discretamente em sentido distal. Sua coroa pode estar na proporção de um para um ou ser uma vez e meia mais curta que a raiz. PÁGINA 10 INCISIVOS CENTRAIS INFERIORES PERMANENTES 31 E 41 Eles são os dentes menores e mais simples da dentição permanente; portanto, são menores que os incisivos laterais do mesmo arco. Em virtude do seu tamanho reduzido, tem apenas um antagonista no arco oposto. Entretanto, os dois incisivos centrais inferiores geralmente compartilham uma área de contato mesial. Esse dente tem uma raiz simples, com dimensão vestíbulo-lingual maior que a mésio-distal. A raiz apresenta concavidades proximais pronunciadas, que variam em extensão e profundidade, e uma depressão rasa que se estende longitudinalmente pelo terço médio da raiz. PÁGINA 11 INCISIVOS LATERAIS INFERIORES PERMANENTES 32 E 42 São discretamente maiores que os centrais e apresentam mais variações na forma. A coroa também é ligeiramente maior que a do central, mas assemelha- se a este na maioria das outras características. Ao observar esse dente pelas faces vestibular ou lingual, nota-se que a coroa possui uma inclinação ou rotação distal em relação ao longo eixo do dente; isto dá a impressão de que o dente foi torcido na JAC. A raiz única do incisivo lateral inferior é geralmente reta e um pouco mais longa e ampla que a do central, apresentando concavidades proximais acentuadas, especialmente na face distal. PÁGINA 12 CANINOS SUPERIORES PERMANENTES 13 E 23 A coroa de um canino superior é semelhante em comprimento ou é um pouco menor que a do incisivo central superior. A dimensão vestíbulo-lingual da coroa do canino superior é consideravelmente maior que a do incisivo central, porém menor no sentido mésio-distal. O cíngulo na face lingual é mais desenvolvido e mais largo que o do incisivo central do mesmo arco, tornando o dente mais forte durante a mastigação. Sua raiz é única e a mais longa do arco superior, com um ápice arredondado. PÁGINA 13 CANINOS INFERIORES PERMANENTES 33 E 43 A cúspide única não é tão desenvolvida, e seus dois declives são mais delgados no sentido vestíbulo-lingual que aqueles do canino superior. O ápice da cúspide geralmente não é tão agudo e está alinhado com o longo eixo da raiz, mas às vezes está deslocado em sentido lingual, de modo semelhante ao que ocorre com os incisivos inferiores. A face lingual da coroa de um canino inferior é mais lisa que aquela do canino superior e tem um cíngulo e duas cristas marginais menos desenvolvidos. Assim, a face lingual dessa coroa assemelha-se mais à forma da face lingual do incisivo lateral inferior adjacente, apesar da presença da crista lingual. PÁGINA 14 PRIMEIROS PRÉ-MOLARES SUPERIORES 14 E 24 A coroa do primeiro pré-molar superior apresenta um formato angular com contornos mais marcantes se comparada à do segundo pré-molar superior, mais arredondada. As duas cúspides do dente também são mais definidas, sendo a cúspide vestibular em geral 1mm mais alta que a lingual. O dente apresenta-se voltado para a mesial, em comparação ao segundo pré-molar adjacente, quando examinado pela face oclusal. O sulco central da face oclusal do primeiro pré- molar superior também é mais longo que o do segundo. PÁGINA 15 Segundos Pré-Molares Superiores 15 E 25 Um segundo pré-molar superior assemelha-se ao primeiro pré-molar, exceto pelo fato de sua coroaser menos angular e mais arredondada. Ao contrário do primeiro pré-molar superior, um segundo pré-molar normalmente possui apenas uma única raiz, porém pode ter duas. As dimensões são geralmente da mesma magnitude entre os segundos e os primeiros pré-molares superiores, exceto pelo fato de que o segundo pré molar apresenta maior comprimento radicular. A concavidade mesial da raiz não é tão pronunciada como aquela no primeiro pré- molar, e sua cavidade pulpar tem dois cornos pulpares e apenas um único canal radicular. PÁGINA 16 PRIMEIROS PRÉ-MOLARES INFERIORES 34 E 44 Um primeiro pré-molar inferior assemelha-se, mais ao canino inferior que ao segundo pré-molar inferior, apesar de o pré-molar ser em geral menor que o canino. Entretanto, a dimensão vestíbulo-lingual desse dente é semelhante à do canino inferior. O primeiro pré-molar inferior tem uma cúspide vestibular longa e bem pontiaguda, sendo a única cúspide funcional durante a oclusão, semelhante ao canino inferior. A cúspide lingual geralmente é menor e não funcional, com aparência semelhante ao cíngulo encontrado em alguns caninos superiores, porém pode variar de maneira considerável. PÁGINA 17 SEGUNDOS PRÉ-MOLARES INFERIORES 35 E 45 Existem duas formas de segundos pré-molares inferiores: do tipo com três cúspides (forma tricuspidada) e com duas cúspides (forma bicuspidada) . Ao contrário dos primeiros pré-molares inferiores, o tipo mais comum de segundo pré-molar inferior apresenta-se com três cúspides: uma cúspide vestibular grande, formada por três lobos, e duas cúspides linguais pequenas, compostas de dois lobos linguais. Assim, o segundo pré-molar inferior com três cúspides é formado por cinco lobos de desenvolvimento: três vestibulares e dois linguais. PÁGINA 18 PRIMEIROS MOLARES SUPERIORES PERMANENTES 16 E 26 O primeiro molar superior é o maior dente no arco superior e também o que apresenta a maior coroa da dentição permanente. Ele possui uma coroa com formato bem mais complexo que a dos pré-molares vizinhos. Esse dente é composto por cinco lobos de desenvolvimento, sendo dois vestibulares e três linguais. Tais lobos são denominados da mesma forma que suas cúspides: mésio-vestibular, disto-vestibular, mésio-lingual, disto-lingual e uma cúspide adicional pequena, no lado lingual. A evidência da separação entre os lobos pode ser observada pelos sulcos de desenvolvimento presentes na face oclusal. PÁGINA 19 SEGUNDOS MOLARES SUPERIORES PERMANENTES 17 E 27 A coroa geralmente possui quatro cúspides semelhantes às quatro cúspides principais do primeiro molar superior, porém esse dente pode apresentar três cúspides. O segundo molar superior é composto por quatro lobos de desenvolvimento, que recebem a mesma denominação que as cúspides associadas. A evidência da separação dos lobos pode ser observada pela presença dos sulcos de desenvolvimento na face oclusal. As três raízes desses molares são menores que as dos primeiros molares superiores, e também menos divergentes e mais paralelas. A raiz lingual ou palatina é ainda a maior e mais longa das três e estende-se além do contorno da coroa. PÁGINA 20 TERCEIROS MOLARES SUPERIORES 18 E 28 Esse dente é o menor molar e apresenta as maiores variações de forma na dentição permanente. Como o terceiro molar superior não apresenta nenhuma forma padrão, descrever um típico exemplo é, portanto, complexo. Geralmente, esse dente possui todas as dimensões menores que as do segundo molar superior, e sua coroa apresenta-se pouco desenvolvida quando comparada aos outros molares superiores. O terceiro molar superior é composto por quatro lobos de desenvolvimento, apresenta apenas três cúspides: mésio-vestibular, disto-vestibular e mésio-lingual, portanto, sem a cúspide disto-lingual. PÁGINA 21 PRIMEIROS MOLARES INFERIORES 36 E 46 Normalmente, a coroa do primeiro molar inferior apresenta cinco cúspides: três vestibulares e duas linguais. Assim, esses dentes geralmente são compostos por cinco lobos de desenvolvimento, como nos primeiros molares superiores, porém diferentemente dos outros molares inferiores, que possuem quatro lobos. As duas raízes, mesial e distal, de um primeiro molar inferior são maiores e mais divergentes que as dos segundos molares, ficando amplamente separadas em vista vestibular. PÁGINA 22 SEGUNDOS MOLARES INFERIORES 37 E 47 As quatro cúspides são, aproximadamente, de mesmo tamanho, os segundos molares inferiores são geralmente compostos de quatro lobos de desenvolvimento. Os lobos são denominados de acordo com as cúspides associadas, e os sulcos de desenvolvimento na face oclusal evidenciam a separação dos lobos. As duas raízes de um segundo molar inferior são menores, mais curtas e menos divergentes em comparação às de um primeiro molar inferior. A ausência de separação delas, por sua vez, torna difícil a detecção e a remoção de depósitos, caso sejam expostas. PÁGINA 23 TERCEIROS MOLARES INFERIORES 38 E 48 Como os segundos molares do mesmo arco, os terceiros molares inferiores são em geral compostos por quatro lobos de desenvolvimento, diferentemente dos primeiros molares inferiores, que apresentam cinco lobos. Esses lobos são denominados de acordo com as cúspides associadas, e os sulcos de desenvolvimento na face oclusal evidenciam a separação dos lobos. Quando observada por vista mesial, a coroa desse dente afila-se em sentido distal. Esse fato pode ser explicado pelo fato de o terceiro molar inferior possuir maior dimensão vestíbulo-lingual na face mesial do que na distal.
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