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Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS ANATOMIA PALPATÓRIA Aula 14: Coluna Cervical e áreas correlatas Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Objetivos desta aula IDENTIFICAR AS ESTRUTURAS ÓSSEAS E ARTICULARES PALPÁVEIS DA REGIÃO CERVICAL 1 IDENTIFICAR MOBILIDADE ARTICULAR 3 PRÓXIMOS PASSOS SABER DIFERENCIAR PROCESSOS ÓSSEOS E MUSCULARES ATRAVÉS DA PALPAÇÃO NA REGIÃO 2 IDENTIFICAR LIGAMENTOS, NERVOS E VASOS NA ÁREA DA COLUNA CERVICAL 4 Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Coluna cervical A coluna vertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio até a pelve. Ela é responsável por dois quintos do peso corporal total e é composta por tecido conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras, as quais estão sobrepostas em forma de uma coluna, daí o termo coluna vertebral. A coluna vertebral é constituída por 24 vértebras + sacro + cóccix e constitui, junto com a cabeça, esterno e costelas, o esqueleto axial. Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio), através da coluna cervical (Atlas), que contém 7 vértebras cervicais, sendo essas 4 vértebras típicas. O atlas, o áxis e a sétima vértebra podem ser consideradas atípicas, por terem características diferentes. As vértebras cervicais possuem um corpo pequeno, exceto a primeira vértebra. Em geral apresentam processo espinhal bífido e horizontalizado e seus processo transversos possuem forames transversos (passagem de artérias e veias vertebrais). Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Coluna cervical Coluna vertebral cervical: processos espinhosos, transversos e articulares. Para a orientação clínica, os seguintes pontos de referência podem ser utilizados para determinar a altura das vértebras específicas: C3 - nivelada com o osso hioide, que pode ser palpado anteriormente logo abaixo da mandíbula; C4 - nivelada com a proeminência da laringe; C5 - nivelada com a porção inferior da cartilagem tireoide; C6 - cartilagem crinoide. Obs.: Uma característica das vértebras cervicais muito importante para palpação é a de que seus processos transversos estão localizados ventralmente aos processos articulares. A 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª vértebras cervicais são formadas por um corpo, pelos pedículos, lâminas, processos transversos, processos articulares e pelo processo espinhoso. Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Coluna cervical - ATLAS (C1) - Processo transverso • Paciente em D.D. ou sentado; • Terapeuta sentado atrás do paciente, mãos posicionadas em cada lado da região lateral do pescoço, proximalmente: 1°ponto - polpa dos indicadores nos ângulos mandibulares; 2°ponto - os quatro dedos sobre o ápice dos processos mastoideos; 3°ponto - os três dedos cairão sobre as extremidades dos processos transversos, ligeiramente distais em relação aos outros pontos. A palpação se faz comprimindo os dedos anteriormente ao ECOM (2), posteriormente ao ramo da mandíbula. Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Coluna cervical - AXIS (C2) - Processo espinhoso É o primeiro processo espinhoso que se consegue palpar a partir do Atlas, é a primeira saliência óssea que se consegue distinguir na linha mediana após a identificação da protuberância occipital. • Paciente em D.D. ou D.L., cabeça alinhada; • Terapeuta sentado atrás do paciente; • A polpa dos dedos do terapeuta serão posicionadas da seguinte forma: 2° dedo sobre a protuberância occipital externa; 3° dedo afundará a um dedo transverso, abaixo do 2°dedo, no mesmo alinhamento; 4° dedo manterá o alinhamento longitudinal e cairá sobre o processo espinhoso de C2. Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Coluna cervical - C3 A C7 - Processo espinhoso • Paciente em D.D., com cabeça apoiada na maca ou nas mãos do terapeuta; • Terapeuta sentado atrás do paciente, mãos em berço. O terapeuta iniciará a palpação pelo processo espinhoso de C7, procurando identificá-lo com a polpa de 2°dedo de cada mão, simultaneamente; normalmente é o mais proeminente; • Após sua identificação, o terapeuta irá mobilizá-lo no sentido transverso para se certificar da palpação: Se estiver sobre C7, haverá mobilidade; Se estiver sobre T1 de uma forma geral, a mobilidade será menor. Poderá palpar os outros processos espinhosos da cervical, mantendo um de seus dedos sobre C7, e o outro dedo se deslocará no eixo longitudinal, em sentido cefálico. Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Processo espinhoso de C7 e T1 Solicitamos inicialmente uma flexão de cabeça onde identificamos 2 proeminências ósseas na região cervical baixa, com o dedo indicador palpamos a mais proeminente, supostamente C7 e com o dedo médio supostamente em T1. Em seguida, passivamente, realizamos uma extensão de cabeça, onde notamos o desaparecimento de C7 na palpação. Outra forma de palparmos essas estruturas é através dos movimentos de rotação bilateral de cabeça, onde notamos mobilidade em C7, enquanto T1 encontra-se estática. Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Coluna cervical - C3 A C7 - Processo transverso • Paciente em D.D., cabeça apoiada na maca ou nas mãos do terapeuta ou sentado; • Terapeuta sentado atrás do paciente, mãos em berço. A partir do processo transverso de C1, seguindo um sulco existente entre o trapézio superior e o ECOM; • Palpando-se esse sulco de cranial para caudal, estaremos sobre os processos transversos. Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Coluna cervical - C3 A C7 - Facetas Articulares • Identificamos essas estruturas com uma pegada bidigital e bilateral em relação aos processos espinhosos aprofundando a palpação. Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Osso temporal Processo mastoide • Quando os dedos são colocados atrás dos lóbulos das orelhas, a porção mastoide do osso temporal pode ser palpada e sua parte mais inferior é o processo mastoide, inserção proximal do músculo esternoclidomastóideo (ECOM). Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Osso occipital • Movendo-se os dedos posteriormente a partir do processo mastoide, o osso occipital com sua linha superior é alcançado; • A porção lateral dessa crista serve, em parte, como ponto de inserção para o ECOM, e sua porção medial serve em parte para a fixação do trapézio. Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Mandíbula Côndilos Imediatamente anterior aos canais auditivos externos, podemos palpar os côndilos da mandíbula; Quando o indivíduo abre a boca ou desvia a mandíbula, pode-se sentir os côndilos moverem-se sobre a fossa glenóidea e o tubérculo dos ossos temporais; Os côndilos também podem ser sentidos, colocando- se os dedos no canal auditivo e pressionando-se anteriormente. Adam Mandíbula Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Miologia • Músculo esternoclidomastoide (ECOM); • Paciente em D.D.; • Terapeuta sentado atrás do paciente, posicionará uma das suas mãos na testa do paciente e resistirá à flexão da cabeça; • Com a polpa digital do 2°dedo e o polegar da outra mão, poderá palpar, em forma de pinça, o ECOM, que estará bem evidente na região anterolateral do pescoço a cada lado ou pede-se para o paciente executar uma flexão lateral com rotação contralateralda cabeça. Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Miologia • Músculo escaleno anterior; • Paciente em D.D. ou sentado; • Terapeuta em pé atrás do paciente. Se o paciente estiver sentado, uma das mãos apoia o cotovelo flexionado do paciente, o terapeuta irá penetrar, com a polpa de seus 1°e 2°dedos, a fossa supraclavicular, dorsalmente à borda posterior da porção clavicular do ECOM. O terapeuta resistirá à flexão lateral da cabeça e perceberá a tensão do escaleno; • Se o paciente estiver em D.D., a palpação será feita de forma semelhante, fica mais fácil perceber sua contração, pois haverá mais relaxamento da musculatura cervical. Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Miologia • Músculos extensores da cabeça e do pescoço; • Vários músculos estão relacionados com extensão do pescoço e cabeça. Alguns são mais profundos outros mais superficiais; • Os músculos extensores como grupo apresentam um volume maior do que os anteriores, indicando que é necessária uma força maior na extensão do que na flexão; • Entre os músculos extensores mais profundos, existe um músculo maior que se divide em pequenos músculos, os suboccipitais, que conectam as duas vértebras cervicais superiores ao osso occipital e entre si. • Alguns desses músculos estão relacionados principalmente com a extensão, outros com a rotação. • O grande reto superior da cabeça, o transverso espinhoso da cabeça e o transverso espinhoso cervical são também músculos profundos do pescoço, agindo sobre a cabeça e pescoço; • Eles são recobertos pelo músculo esplênio, que, por sua vez, é recoberto, em parte, pelo trapézio e pela porção superior do ECOM. Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Miologia • Músculos extensores da cabeça e do pescoço; • Paciente em pé, D.D., D.L. ou D.V.; • Terapeuta atrás, a palpação desse grupo de músculos como um todo, requisitando-se a extensão da cabeça. Obs.: Muitos dos extensores do pescoço são pequenos demais e situam-se muito profundamente para serem palpados; outros podem ser palpados apenas como um grupo. • Na verdade, mais superficialmente podemos perceber com clareza a tensão aumentada do trapézio (fibras superiores) já que ele recobre posteriormente todos os outros músculos extensores. Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Nervos e vasos Artéria Carótida Externa • Paciente em D.D. ou em pé; • Terapeuta ao lado ou de frente para o paciente colocará seu dedo sensitivo à frente do ventre do ECOM, logo abaixo da mandíbula. Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Nervos e vasos Artéria Subclávia • Paciente em D.D. ou em pé; • Terapeuta ao lado ou de frente para o paciente apoiará seu dedo sensitivo em direção à primeira costela entre os músculos escaleno anterior e médio. Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS Saiba mais CAEL, Christy. Anatomia palpatória e funcional. Barueri: Editora Manole, 2013. JUNQUEIRA, Lílian. Anatomia Palpatória – pelve e membros inferiores. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Acesse: http://www.imagingonline.com.br/ Anatomia palpatória AULA 14: COLUNA CERVICAL E ÁREAS CORRELATAS VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Osteologia da coluna torácica e região; Artrologia da coluna torácica; Miologia envolvida com a coluna torácica. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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