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2 - APOSTILA LOMBAR OSTEOPATIA

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1 
 
COLUNA LOMBAR 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
1 Sumário 
2 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................................. 4 
3 ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL E COLUNA LOMBAR ......................................................................................................... 4 
3.1 COLUNA VERTEBRAL E GENERALDADES ............................................................................................................................ 4 
3.1.1 ASPECTO ANTERIOR ...................................................................................................................................................... 6 
3.1.2 ASPECTO LATERAL ......................................................................................................................................................... 6 
3.1.3 ASPECTO POSTERIOR .................................................................................................................................................... 7 
3.1.4 CURVATURAS EMBRIONÁRIAS E FETAIS ....................................................................................................................... 7 
3.1.5 CURVATURAS NEONATAIS ............................................................................................................................................ 8 
3.1.6 CURVATURAS ADULTAS ................................................................................................................................................ 8 
3.1.7 COLUNA VERTEBRAL NOS IDOSOS ................................................................................................................................ 9 
3.1.8 CANAL VERTEBRAL ...................................................................................................................................................... 12 
3.1.9 VÉRTEBRAS LOMBARES EM GERAL ............................................................................................................................. 13 
3.1.10 FIXAÇÕES MUSCULARES E FASCIAIS ....................................................................................................................... 14 
3.2 LIGAMENTOS ................................................................................................................................................................... 14 
3.2.1 LIGAMENTO LONGITUDINAL ANTERIOR ..................................................................................................................... 14 
3.2.2 LIGAMENTO LONGITUDINAL POSTERIOR .................................................................................................................... 15 
3.2.3 LIGAMENTOS AMARELOS ............................................................................................................................................ 15 
3.2.4 LIGAMENTOS INTERESPINAIS ...................................................................................................................................... 15 
3.2.5 LIGAMENTO ILIOLOMBAR ........................................................................................................................................... 16 
3.2.6 RESUMO DOS LIGAMENTOS........................................................................................................................................ 16 
3.3 INERVAÇÃO DA COLUNA LOMBAR .................................................................................................................................. 18 
3.3.1 NERVOS DA COLUNA VERTEBRAL ............................................................................................................................... 19 
3.3.2 PLEXO LOMBAR ........................................................................................................................................................... 23 
3.3.3 PLEXO SACRAL ............................................................................................................................................................. 24 
3.3.4 MIÓTOMOS ................................................................................................................................................................. 25 
3.3.5 DERMÁTOMOS ............................................................................................................................................................ 26 
3.4 VASCULATURA DA COLUNA VERTEBRAL ......................................................................................................................... 27 
3.5 MÚSCULOS E PONTOS-GATILHO ..................................................................................................................................... 29 
3.5.1 MÚSCULOS PARAVERTEBRAIS..................................................................................................................................... 31 
3.5.2 MÚSCULO SEMI-ESPINAL ............................................................................................................................................ 32 
3.5.3 MÚSCULO MULTÍFIDO ................................................................................................................................................ 32 
3.5.4 MÚSCULO QUADRADO LOMBAR ................................................................................................................................ 33 
3.5.5 MÚCULO ILIOPSOAS .................................................................................................................................................... 34 
2 
 
COLUNA LOMBAR 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
3.5.6 MÚSCULO GRANDE DORSAL (LONGUÍSSIMO DO DORSO) .......................................................................................... 35 
4 RELAÇÃO VÍSCERAS E SNA SIMPÁTICO ..................................................................................................................................... 36 
5 FISIOLOGIA ARTICULAR ............................................................................................................................................................ 37 
6 PRINCÍPIOS DE FRYETTE - COLUNA LOMBAR ........................................................................................................................... 39 
7 DISFUNÇÕES SOMÁTICAS LOMBARES ...................................................................................................................................... 42 
8 AVALIAÇÃO OSTEOPÁTICA ....................................................................................................................................................... 45 
8.1 ANAMNESE ...................................................................................................................................................................... 45 
8.2 INSPEÇÃO ESTÁTICA ........................................................................................................................................................ 46 
8.3 INSPEÇÃO DINÂMICA ...................................................................................................................................................... 47 
8.3.1 MOVIMENTOS ATIVOS - ESTRELA DA DOR E ADM: ..................................................................................................... 47 
8.3.2 TESTES DE MOBILIDADE ANALÍTICA ............................................................................................................................ 48 
8.3.3 QUICK SCANNING ........................................................................................................................................................ 52 
8.3.4 TESTE DE MOBILIDADE GERAL EM DV (SPRINGTEST)................................................................................................. 52 
8.4 TESTE DE MITCHELL ......................................................................................................................................................... 53 
8.5 TESTES DE CONFIRMAÇÃO DA DISFUNÇÃO SOMÁTICA VERTEBRAL - TRÍADE METAMÉRICA......................................... 56 
8.5.1 DERMÁTOMOS ............................................................................................................................................................ 56 
8.5.2 MIÓTOMO ................................................................................................................................................................... 56 
8.6 ESCLERÓTOMO ................................................................................................................................................................ 57 
9 TRATAMENTO OSTEOPÁTICO ................................................................................................................................................... 57 
10 TRATAMENTO OSTEOPÁTICO PARA A COLUNA LOMBAR ........................................................................................................ 57 
10.1 TÉCNICA DE THRUST PARA ERSd - LUMBAR ROLL – DISFUNÇÃO EM IMBRICAÇÃO ........................................................ 57 
10.2 TÉCNICA DE THRUST PARA FRSe - LUMBAR ROLL - DISFUNÇÃO EM DESIMBRICAÇÃO.................................................. 58 
10.3 TÉCNICA DE THRUST PARA NSRd - LUMBAR ROLL – DISFUNÇÃO ESCOLIÓTICA ............................................................. 59 
10.4 ENERGIA MUSCULAR PARA ERSd .................................................................................................................................... 60 
10.5 ENERGIA MUSCULAR PARA FRSd .................................................................................................................................... 61 
10.6 ENERGIA MUSCULAR PARA NSRe .................................................................................................................................... 62 
10.7 STRETCHING QUADRADO LOMBAR – LONGITUDINAL .................................................................................................... 63 
10.8 STRETCHING QUADRADO LOMBAR – TRANSVERSAL ...................................................................................................... 63 
10.9 ALONGAMENTO DA FÁSCIA DO QUADRADO LOMBAR ................................................................................................... 64 
10.10 STRETCHING DE ILIOPSOAS ......................................................................................................................................... 65 
10.11 ENERGIA MUSCULAR DE ILIOPSOAS............................................................................................................................ 65 
10.12 JONES EM ILIOPSOAS .................................................................................................................................................. 66 
10.13 JONES EM PARAVERTEBRAIS ....................................................................................................................................... 66 
10.14 NEUROMUSCULAR EM PARAVERTEBRAIS................................................................................................................... 67 
10.15 STRETCHING EM PARAVERTEBRAIS – TRANSVERSAL .................................................................................................. 67 
10.16 STRETCHING EM PARAVERTEBRAIS – LONGITUDINAL ................................................................................................ 68 
3 
 
COLUNA LOMBAR 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
10.17 STRECTHING PARA LIGAMENTOS SUPRAESPINAIS ..................................................................................................... 68 
10.18 STRETCHING PARA LIGAMENTOS ILIOLOMBARES ...................................................................................................... 69 
10.19 BOMBEO DE CATHIE PARA LIGAMENTOS ILIOLOMBARES .......................................................................................... 70 
10.20 INDUÇÃO MIOFASCIAL DA CADEIA POSTERIOR (FÁSCIA TÓRACO-LOMBAR, ERETOR DA ESPINHA, SERRÁTIL 
PÓSTERO-INFERIOR, MULTÍFIDOS, QUADRADO LOMBAR, ROTADOR LONGO E CURTO) – transversal e longitudinal ................ 70 
10.21 TÉCNICA DE TENSÃO MANTIDA PARA FÁSCIA TÓRACOLOMBAR – RELAXAMENTO MIOFASCIAL LOMBAR ............... 71 
10.22 INDUÇÃO MIOFASCIAL ILIOPSOAS .............................................................................................................................. 72 
10.23 INDUÇÃO MIOFASCIAL DO DIAFRAGMA / INIBIÇÃO DO TENDÃO CENTRAL .............................................................. 73 
11. REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................................................... 74 
 
 
 
4 
 
COLUNA LOMBAR 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
2 INTRODUÇÃO 
A coluna lombar é uma região que apresenta frequentemente dores, patologias e disfunções. 
Além de ser uma região sobrecarregada pelo peso das estruturas acima dela, com grande 
frequência encontra-se hipermóvel, sedo fonte de diversos sintomas. Além disso, é uma região 
que apresenta contato e relação com diversas vísceras abdominais, podendo ser local de dores 
referidas viscerais. 
As dores lombares podem ter origem em diversas regiões do corpo, como a região lombar, a 
região cervical, osso occipital, crânio, tornozelo e vísceras abdominais. Dessa forma, torna-se 
importante que o terapeuta avalie todas as estruturas e tecidos do corpo humano para chegar a 
um diagnóstico osteopático preciso. 
3 ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL E COLUNA LOMBAR 
3.1 COLUNA VERTEBRAL E GENERALDADES 
A coluna vertebral é uma ligação curva de ossos individuais ou vértebras. Uma série contínua de 
forames vertebrais passa pelas vértebras articuladas posteriormente a seus corpos e constitui 
coletivamente o canal vertebral, que aloja e protege a medula espinal e as raízes nervosas, suas 
coberturas e sua vascularização. Uma série de forames intervertebrais laterais pareados 
transmite os nervos espinais e os vasos a eles associados entre vértebras adjacentes. As 
ligações entre as vértebras incluem articulações cartilaginosas entre os corpos vertebrais e 
articulações sinoviais pareadas entre os processos articulares (zigapofisárias), juntamente com 
um complexo de ligamentos e músculos e fáscias sobrejacentes. 
A coluna vertebral adulta consiste habitualmente em 33 segmentos vertebrais. Cada segmento 
pré-sacro (exceto os dois primeiros cervicais, C0-C1, C1-C2) é separado de seu vizinho por um 
disco intervertebral fibrocartilaginoso. As funções da coluna consistem em sustentar o tronco, 
proteger a medula espinal e os nervos espinais e proporcionar fixação para músculos. Ela é 
também um local importante de hematopoese durante toda a vida. Seu comprimento total em 
homens é de cerca de 70 cm e em mulheres de cerca de 60 cm. Os discos intervertebrais 
constituem cerca de um quarto desse comprimento em adultos jovens, embora haja alguma 
variação diurna nessa contribuição. Do comprimento total do corpo, aproximadamente 8% é 
representado pela coluna cervical, 20% pela região torácica, 12% pela lombar e 8% pela 
sacrococcígea. Embora o número total de vértebras seja de sete cervicais, 12 torácicas, cinco 
lombares, cinco sacrais e quatro coccígeas, esse total está sujeito a variabilidade frequente e 
houve relatos de variações entre 32 e 35 ossos. A demarcação dos grupos por suas 
características morfológicas pode serobscurecida; assim, pode haver facetas costais torácicas na 
sétima vértebra cervical, dando a ela a aparência de uma vértebra torácica extra; processos 
articulares semelhantes aos lombares podem ser encontrados na vértebra torácica mais inferior; a 
quinta vértebra lombar pode ser total ou parcialmente incorporada ao sacro. Em consequência 
dessas alterações na transição entre os tipos vertebrais, pode haver 23-25 vértebras pré- sacrais 
móveis. 
5 
 
COLUNA LOMBAR 
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Os músculos diretamente ligados aos movimentos vertebrais e fixados à coluna se situam, em 
sua maior parte, posteriormente. Vários grandes músculos que produzem grandes movimentos 
espinais se situam distantes da coluna e não se fixam diretamente a ela, como, por exemplo, os 
músculos anterolaterais da parede abdominal. A morfologia da coluna vertebral é influenciada 
externamente por fatores mecânicos e ambientais, e internamente por fatores genéticos, 
metabólicos e hormonais. Todos esses fatores afetam sua capacidade de reagir às forças 
dinâmicas da vida cotidiana, como compressão, tração e cisalhamento. Essas forças dinâmicas 
podem variar quanto à magnitude e são muito influenciadas pela ocupação, a locomoção e a 
postura. 
 
 
6 
 
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3.1.1 ASPECTO ANTERIOR 
O aspecto anterior da coluna é formado pelas superfícies anteriores dos corpos vertebrais e dos 
discos intervertebrais. Ela tem relações anatômicas importantes em todos os níveis e deve ser 
considerada em continuidade. Ela faz parte de várias zonas de junção ou de transição 
clinicamente significativas, incluindo a zona pré-vertebral/retrofaríngea do pescoço, o desfiladeiro 
torácico, o diafragma e a abertura pélvica. O aspecto anterior da coluna é coberto centralmente 
pelo ligamento longitudinal anterior, que forma um plano fascial juntamente com a fáscia pré-
vertebral e endotorácica e com o tecido areolar subperitoneal da parede abdominal posterior. 
Infecções e outros processos patológicos podem se disseminar ao longo desse plano fascial. 
3.1.2 ASPECTO LATERAL 
O aspecto lateral da coluna vertebral é arbitrariamente separado do posterior por processos 
articulares nas regiões cervical e lombar e por processos transversos na região torácica. Ele é 
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formado anteriormente pelas laterais dos corpos vertebrais e discos intervertebrais. Os forames 
intervertebrais ovais, atrás dos corpos e entre os pedículos, são menores nos níveis cervical e 
torácico superior e aumentam progressivamente de tamanho nas regiões torácica e lombar 
superior. O forame intervertebral lombossacro (L5/S1) é o menor dos forames lombares. Os 
forames permitem a comunicação entre a luz do canal vertebral e os tecidos moles paravertebrais 
(é por vezes descrito um “espaço paravertebral”), o que pode ser importante para a disseminação 
de tumores e outros processos patológicos. Os aspectos laterais da coluna têm relações 
anatômicas importantes, algumas das quais podem variar consideravelmente entre os dois lados. 
3.1.3 ASPECTO POSTERIOR 
O aspecto posterior da coluna é formado pelas superfícies posteriores das lâminas e dos 
processos espinhosos, os ligamentos a eles associados e as articulações dos processos 
articulares. Ele é coberto pelos músculos profundos das costas. 
 
 
3.1.4 CURVATURAS EMBRIONÁRIAS E FETAIS 
O corpo embrionário parece flexionado. Ele tem curvas torácica e pélvica primárias, que são 
convexas dorsalmente. O desenvolvimento dos músculos funcionais leva ao aparecimento 
precoce de curvaturas secundárias na coluna cervical e lombar no plano sagital. A curvatura 
cervical aparece ao final do período embrionário e reflete o desenvolvimento da função nos 
músculos responsáveis pela extensão da cabeça, um componente importante do “reflexo de 
preensão”. O exame radiográfico de fetos humanos com idade de 8 a 23 semanas mostra que a 
curvatura cervical secundária está quase sempre presente. O achatamento lombar também foi 
8 
 
COLUNA LOMBAR 
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identificado já na oitava semana. Investigações ultrassonográficas apoiam o papel do movimento 
no desenvolvimento dessas curvaturas. O aparecimento precoce das curvas secundárias é 
provavelmente acentuado pelo desenvolvimento pós-natal dos músculos e do sistema nervoso 
numa ocasião em que a coluna vertebral está muito flexível e é capaz de assumir praticamente 
qualquer curvatura. 
3.1.5 CURVATURAS NEONATAIS 
A coluna vertebral em neonatos não tem curvaturas fixas. Ela é particularmente flexível e, se 
liberada do corpo por dissecação, pode ser facilmente dobrada (flexionada ou estendida) num 
semicírculo perfeito. Pode-se ver uma ligeira curvatura sacra, que se desenvolve enquanto as 
vértebras sacras se ossificam e se fundem. A parte torácica da coluna é a primeira a apresentar 
uma curvatura relativamente fixa, que é côncava anteriormente. O lactente geralmente consegue 
sustentar a cabeça entre 3 e 4 meses, sentar-se ereto por volta dos 9 meses e começar a andar 
entre 12 e 15 meses. Essas alterações funcionais exercem grande influência sobre o 
desenvolvimento das curvaturas secundárias na coluna vertebral e nas alterações no tamanho 
proporcional das vértebras, especialmente na região lombar. A curvatura lombar secundária se 
torna importante para a manutenção do centro de gravidade do tronco sobre as pernas quando o 
neonato começa a andar e, portanto, alterações nas proporções corporais exercem grande 
influência sobre a forma posterior das curvaturas na coluna vertebral. 
3.1.6 CURVATURAS ADULTAS 
Em adultos, a curva cervical é uma lordose (convexa anteriormente), sendo a menos acentuada 
delas. Ela se estende do atlas à segunda vértebra torácica, com ápice entre a quarta e a quinta 
vértebras cervicais. O dimorfismo sexual foi descrito nas curvaturas cervicais. A curva torácica é 
uma cifose (convexa dorsalmente). Ela se estende entre a segunda e a 11a e 12a vértebras 
torácicas e seu ápice se situa entre a sexta e a nona vértebras torácicas. Essa curvatura é 
causada pela altura posterior aumentada dos corpos vertebrais torácicos. A curva lombar também 
é uma lordose. Ela tem maior magnitude nas mulheres e se estende da 12a vértebra torácica até 
o ângulo lombossacro; há uma convexidade aumentada dos três últimos segmentos, em 
consequência da maior altura anterior dos discos intervertebrais e de uma certa formação de 
cunha posterior dos corpos vertebrais. Seu ápice está no nível da terceira vértebra lombar. A 
curva pélvica é côncava anteroinferiormente e envolve o sacro e as vértebras coccígeas. Ela se 
estende da junção lombossacra até o ápice do cóccix. A presença dessas curvaturas significa que 
o perfil do tronco ao corte transversal se modifica com o nível espinal. O diâmetro anteroposterior 
do tórax é muito maior do que aquele da região inferior do abdome. Na coluna vertebral normal há 
curvaturas bem marcadas no plano lateral e não há outra curvatura lateral além daquela na região 
torácica superior, na qual há com frequência uma ligeira curvatura lateral, convexa para a direita 
nas pessoas destras e para a esquerda nas canhotas. Uma curvatura lateral compensatória 
também pode se desenvolver para lidar com a obliquidade pélvica, como aquela imposta pela 
desigualdade do comprimento das pernas. As curvaturas sagitais estão presentes nas regiões 
cervical, torácica, lombar e pélvica. Essas curvas se desenvolveram ao arredondamento do tórax 
e da pelve como uma adaptação à marcha bípede. 
9 
 
COLUNA LOMBAR 
_______________________________________________________________________________________________3.1.7 COLUNA VERTEBRAL NOS IDOSOS 
Em pessoas de idade mais avançada, alterações relacionadas à idade na estrutura dos ossos 
ocasionam o alargamento e a perda da altura dos corpos vertebrais. Essas alterações são mais 
acentuadas nas mulheres. As alterações ósseas na coluna vertebral se acompanham de 
alterações no conteúdo de colágeno dos discos e pelo declínio na atividade dos músculos 
espinais. Isso acarreta um declínio progressivo na mobilidade da coluna vertebral, especialmente 
na coluna lombar. O desenvolvimento de uma “corcova de viúva” na região torácica média nas 
mulheres, causada pela osteoporose relacionada à idade, aumenta a cifose torácica e a lordose 
cervical. Conjuntamente, essas alterações na coluna vertebral levam diretamente à diminuição da 
altura total do indivíduo. Nas vértebras lombares médias a largura do corpo vertebral aumenta 
com a idade. Nos homens há uma diminuição relativa da altura posterior para a anterior do corpo 
vertebral, enquanto em ambos os gêneros a altura anterior diminui relativamente à largura. 
Twomey et al., (1983) observaram uma redução na densidade óssea dos corpos vertebrais 
lombares com a idade, devido principalmente à redução nas trabéculas transversas (mais 
acentuada nas mulheres em consequência da osteoporose pós-menopausa), que se associou a 
um aumento do diâmetro e a uma concavidade crescente de suas superfícies justadiscais 
(lâminas terminais). Outras alterações afetam os corpos vertebrais. Osteófitos (esporões ósseos) 
podem se formar a partir do osso compacto cortical sobre as superfícies anterior e lateral dos 
corpos vertebrais. Embora haja variações individuais, essas alterações aparecem em muitos 
indivíduos dos 20 anos em diante. Elas são mais comuns no aspecto anterior do corpo e nunca 
envolvem as epífises anulares. 
 
10 
 
COLUNA LOMBAR 
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Uma vértebra típica tem um corpo ventral, um arco vertebral (neural) dorsal, estendido por 
processos semelhantes a alavancas, e um forame vertebral, que é ocupado em vida pela medula 
espinal, as meninges e seus vasos. 
Superfícies opostas de corpos adjacentes são unidas por discos intervertebrais de 
fibrocartilagem. A coluna completa de corpos e discos forma o eixo central do corpo, forte, porém 
flexível, e sustenta o peso total da cabeça e do tronco. Ela transmite também as forças ainda 
maiores geradas pelos músculos a ela fixados direta ou indiretamente. Os forames formam um 
canal vertebral para a medula espinal e, entre arcos neurais adjacentes, próximo a sua junção 
com corpos vertebrais, os forames intervertebrais transmitem nervos espinais mistos, nervos 
recorrentes menores e vasos sanguíneos e linfáticos. O corpo vertebral cilindroide varia quanto 
ao tamanho, forma e proporções em diferentes regiões da coluna vertebral. Suas superfícies 
superior e inferior (discais) variam entre uma forma aproximadamente plana (porém não paralela) 
à forma selar, com uma zona lisa periférica elevada, formada por um disco epifiseal “anular” cuja 
superfície interna é áspera. 
Essas diferenças de textura refletem variações na estrutura inicial dos discos intervertebrais. No 
plano horizontal o perfil de muitos corpos vertebrais é convexo anteriormente, porém côncavo 
posteriormente no ponto em que eles completam o forame vertebral. Muitos perfis sagitais são 
côncavos anteriormente, porém achatados posteriormente. Pequenos forames vasculares 
aparecem na anteriormente e lateralmente, e posteriormente há pequenos forames arteriais e um 
grande orifício irregular (por vezes duplo) para a saída das veias basivertebrais. O corpo vertebral 
adulto não é coextenso com o centro de desenvolvimento, mas inclui partes do arco neural 
póstero-lateralmente. Visto anteriormente, há um aumento cefalocaudal na largura do corpo 
vertebral da segunda vértebra cervical à terceira vértebra lombar, que se associa à sua função de 
sustentação de peso aumentada. O aumento é linear no pescoço, mas não nas regiões torácica e 
lombar. Há alguma variação no tamanho dos dois últimos corpos vertebrais lombares, mas daí 
em diante a largura diminui rapidamente até o ápice coccígeo. Nas duas vértebras lombares mais 
11 
 
COLUNA LOMBAR 
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inferiores há uma relação inversa entre as áreas das superfícies superior e inferior dos corpos 
vertebrais e o tamanho dos pedículos e dos processos transversos. O arco vertebral de cada lado 
tem uma parte ventral verticalmente mais estreita, o pedículo e uma lâmina mais larga 
dorsalmente. 
Processos articulares superiores, transversos e inferiores pareados se projetam a partir de suas 
junções. Há um processo espinhoso dorsal mediano. Os pedículos são projeções dorsais curtas, 
espessas e arredondadas da parte superior do corpo, na junção de suas superfícies lateral e 
dorsal: a concavidade formada pela borda superior curva do pedículo é mais rasa que a inferior. 
Quando as vértebras se articulam pelo disco intervertebral e as articulações dos processos 
articulares, essas incisuras vertebrais adjacentes contribuem para um forame intervertebral. O 
perímetro completo de um forame intervertebral consiste nas incisuras, nos aspectos 
dorsolaterais de partes de corpos vertebrais adjacentes e no disco interveniente e na cápsula da 
articulação sinovial dos processos articulares. As lâminas são diretamente contínuas com os 
pedículos. Elas são achatadas verticalmente e se curvam dorsal e medialmente. Lateralmente 
aos processos espinhosos, sulcos vertebrais contêm os músculos dorsais profundos. Nos níveis 
cervicais e lombares esses sulcos são rasos e formados principalmente por lâminas. Na região 
torácica eles são mais profundos, mais largos e formados pelas lâminas e pelos processos 
transversos. As lâminas são largas na primeira vértebra torácica, estreitas da segunda à sétima, 
alargam-se novamente da oitava à 11a, mas daí em diante se tornam estreitas até a terceira 
vértebra lombar. 
Os processos espinhosos (espinha vertebral) se projetam dorsalmente e com frequência 
caudalmente a partir da junção das lâminas. Os processos espinhosos variam consideravelmente 
quanto ao tamanho, à forma e à direção. Elas se situam aproximadamente no plano mediano e se 
projetam posteriormente, embora em alguns indivíduos possa ser vista uma pequena deflexão 
dos processos para um dos lados. Os processos espinhosos agem como alavancas para os 
músculos que controlam a postura e os movimentos ativos (flexão/extensão, flexão lateral e 
rotação) da coluna vertebral. Os processos articulares superiores e inferiores pareados 
(zigapófises) se originam do arco vertebral nas junções pediculolaminares. Os processos 
superiores se projetam em sentido craniano, portando facetas dorsais que também podem ter 
inclinação lateral ou medial, dependendo do nível. Os processos inferiores se voltam caudalmente 
e têm facetas articulares dirigidas ventralmente, e também têm inclinação medial ou lateral que 
depende do nível vertebral. Portanto, os processos articulares de vértebras adjacentes 
contribuem para as articulações sinoviais zigapofisárias ou dos processos articulares e fazem 
parte dos limites posteriores dos forames intervertebrais. 
Essas articulações permitem movimentos limitados entre as vértebras: a mobilidade varia 
consideravelmente com o nível vertebral. Os processos transversos se projetam lateralmente das 
junções pediculolaminares como alavancas para músculos e ligamentos, especialmente aqueles 
envolvidos na rotação e na flexão lateral. Na região cervical os processos transversos são 
anteriores aos processos articulares, laterais aos pedículos e ficam entre os forames 
intervertebrais. Na região torácica eles são posteriores aos pedículos, ficando consideravelmente 
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atrás daqueles dos processos cervicais e lombares. Na região lombar os processos transversos 
são anteriores aos processos articulares, porém posteriores aos forames intervertebrais. Há 
considerável variação regional na estrutura e no comprimento dos processos transversos. Na 
região cervical o processo transverso do atlas é longo e largo, o que possibilita uma vantagem 
mecânica máxima aos músculos rotadores. A largura varia pouco da segunda à sexta vértebra 
cervical, mas aumenta na sétima. Nas vértebras torácicas, a primeira é a mais larga e a largura 
diminui até a 12a, na qual os elementos transversos são comumente vestigiais. Os processos 
transversos se tornam mais largos nas três vértebras lombares superiores e diminuem na quarta 
e quinta. O processo transverso da quinta vértebra lombar é o mais robusto. Ele se origina 
diretamente do corpo e do pedículo para permitir a transmissão de força à pele pelo ligamento 
iliolombar. 
Os processos transversos torácicos se articulam com as costelas, mas em outros níveis o 
processo transverso maduro é uma combinação de processos transversos “verdadeiros” e um 
elemento costal incorporado. Os elementos costais se desenvolvem como partes básicas de 
arcos neurais em embriões mamíferos, mas se tornam independentes somente como costelas 
torácicas. Em outros pontos eles permanecem menos desenvolvidos e se fundem ao “processo 
transverso” da anatomia descritiva. As vértebras são internamente trabeculadas e têm uma capa 
externa de osso compacto perfurado por forames vasculares. A capa é fina nas superfícies 
superiores e inferiores do corpo vertebral, mas é mais espessa no arco e em seus processos. A 
parte interna trabeculada contém medula óssea vermelha e um ou dois grandes canais 
ventrodorsais, que contém as veias basivertebrais. O dimorfismo sexual nas vértebras tem 
recebido pouca atenção, mas Taylor e Twomey (1984) descreveram diferenças radiológicas em 
seres humanos adolescentes e relataram que os corpos vertebrais das mulheres têm uma razão 
menor entre largura e profundidade. O diâmetro dos corpos vertebrais também foi usado para a 
predição do gênero na análise de material ósseo (MacLaughlin e Oldale 1992). 
3.1.8 CANAL VERTEBRAL 
O canal vertebral se estende do forame magno ao hiato sacral e acompanha as curvas vertebrais. 
Nas regiões cervical e lombar, que têm mobilidade livre, ele é grande e triangular, mas na região 
torácica, cujo movimento é menor, ele é pequeno e circular. Essas diferenças correspondem às 
variações no diâmetro da medula espinal e a suas dilatações. Na região lombar o canal vertebral 
diminui gradativamente de tamanho entre L1 e L5, com maior largura relativa nas mulheres. Para 
fins clínicos, é útil considerar que o canal vertebral tem três zonas. 
Há uma zona central, entre as margens mediais das articulações dos processos articulares, e 
duas zonas laterais, por sob as articulações dos processos articulares e entrando nos forames 
intervertebrais. Cada zona lateral, que entra no forame intervertebral e vai um pouco além dele, 
pode ser subdividida ainda em regiões subarticular (recesso lateral), foraminal e extraforaminal 
(Macnab e McCulloch 1990). Assim, a zona lateral descrita forma o canal do nervo espinal (o anal 
radicular ou da raiz). A zona central do canal é um pouco mais estreita que a distância 
interpedicular radiológica se o recesso lateral for considerado parte do canal radicular e não como 
parte da zona central. 
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COLUNA LOMBAR 
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3.1.9 VÉRTEBRAS LOMBARES EM GERAL 
As cinco vértebras lombares se distinguem por seu grande tamanho e pela ausência de fóveas 
costais e de forames transversos. O corpo vertebral é mais largo transversalmente. O forame 
vertebral é triangular e é maior que nos níveis torácicos, porém, menor que nos níveis cervicais. 
Os pedículos são curtos. O processo espinhoso é praticamente horizontal, quadrangular e mais 
espesso ao longo de suas bordas posterior e inferior. Os processos articulares superiores 
apresentam faces articulares verticais côncavas voltadas posteromedialmente, com um processo 
mamilar áspero em suas bordas posteriores. Os processos articulares inferiores têm faces 
articulares convexas voltadas anterolateralmente 
Os processos transversos são finos e longos, exceto pelo quinto par, que é mais substancial. Um 
pequeno processo acessório marca o aspecto posteroinferior da raiz de cada processo 
transverso. O processo acessório e o mamilar estão ligados por um fino ligamento, o ligamento 
mamiloacessório, que por vezes se ossifica, e sob o qual o ramo medial do ramo dorsal primário 
do nervo espinal passa. Fortes pedículos pareados se originam posterolateralmente de cada 
corpo vertebral próximo a sua borda superior. As incisuras vertebrais superiores são rasas e as 
inferiores são profundas. As lâminas são largas e curtas, mas não se superpõem tanto quanto 
aquelas das vértebras torácicas. A quinta espinha é a menor e seu ápice é frequentemente 
arredondado e virado para baixo. Os processos articulares superiores das vértebras lombares 
superiores são mais separados que os inferiores, mas a diferença é pequena na quarta vértebra e 
desprezível na quinta. As faces articulares são reciprocamente côncava (superior) e convexa 
(inferior), o que possibilita flexão, extensão, inclinação lateral e algum grau de rotação. Há 
diferenças entre os sexos quanto ao ângulo de inclinação e à profundidade de curvatura das 
faces articulares. As faces por vezes são assimétricas. Os processos transversos, exceto pelo 
quinto, são comprimidos anteroposteriormente e se projetam posterolateralmente. A borda inferior 
do quinto processo transverso é angulada, dirige-se lateralmente e depois superolateralmente até 
uma extremidade rombuda, e o processo inteiro se mostra mais inclinado para cima que o quarto. 
O ângulo sobre a borda inferior pode constituir a extremidade do elemento costal e a extremidade 
lateral do processo transverso verdadeiro 
Os processos transversos lombares aumentam em comprimento do primeiro ao terceiro e depois 
diminuem. O quinto par se inclina tanto para cima como posteromedialmente. O elemento costal é 
incorporado ao processo transverso maduro. O primeiro forame vertebral lombar contém o cone 
medular da medula espinal, enquanto forames inferiores contêm a cauda equina e as meninges 
espinais. Há variações nas dimensões sagitais e coronais do canal vertebral lombar, tanto dentro 
como entre populações normais. 
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3.1.10 FIXAÇÕES MUSCULARES E FASCIAIS 
As bordas superior e inferior dos corpos vertebrais lombares dão fixação aos ligamentos 
longitudinais anterior e posterior. Os corpos superiores (três à direita, dois à esquerda) 
proporcionam fixações aos pilares do diafragma lateralmente ao ligamento longitudinal anterior. 
Posterolateralmente o psoas maior se fixa às margens superior e inferior de todos os corpos 
vertebrais lombares e arcos tendinosos entre eles levam essas fixações através de seus lados 
côncavos (Fig. 62.5). As lamelas posteriores da fáscia toracolombar, eretores da espinha, 
espinais torácicos, músculos multífidos, e ligamentos interespinais e ligamentos supraespinais se 
fixam, todos, aos processos espinhosos. Todos os processos transversos lombares apresentam 
uma saliência vertical na superfície anterior, mais próximo da extremidade, que marca a fixação 
da camada anterior da fáscia toracolombar e separa a superfície em áreas medial e lateral para o 
psoas maior e o quadrado lombar, respectivamente. A camada média da fáscia se fixa aos ápices 
dos processos transversos; os ligamentos arqueadosmedial e lateral se fixam à saliência vertical 
sobre o aspecto anterior do primeiro par e o ligamento iliolombar se fixa aos ápices do quinto par. 
Posteriormente, os processos transversos são cobertos por músculos dorsais profundos e fibras 
do longuíssimo torácico se fixam a eles e a seus processos acessórios. Os músculos 
intertransversos ventrais laterais se fixam a suas bordas superior e inferior, enquanto os dorsais 
se fixam cranialmente aos processos acessórios e caudalmente à borda superior do processo 
transverso. O processo mamilar, homólogo ao tubérculo superior da 12a vértebra torácica, dá 
fixação ao multífido e ao músculo intertransverso medial. Esse último também se insere no 
processo acessório, que algumas vezes é difícil de identificar. 
3.2 LIGAMENTOS 
3.2.1 LIGAMENTO LONGITUDINAL ANTERIOR 
O ligamento longitudinal anterior é uma faixa resistente que se estende ao longo das superfícies 
anteriores dos corpos vertebrais. Ele é mais largo caudalmente, mais grosso e mais estreito na 
região torácica que na cervical ou na lombar, e é também relativamente mais grosso e mais 
estreito em oposição aos corpos vertebrais que nos níveis de sínfises intervertebrais. Estende-se 
da parte basilar do osso occipital até o tubérculo anterior de C1 e à parte anterior do corpo de C2, 
continuando então caudalmente até a parte anterior e superior do sacro. Suas fibras longitudinais 
aderem fortemente aos discos intervertebrais, às lâminas terminais de cartilagem hialina e às 
margens de corpos vertebrais adjacentes, e se fixam frouxamente nos níveis intermediários dos 
corpos vertebrais, nos quais o ligamento enche suas concavidades anteriores, achatando o perfil 
vertebral. Nesses diversos níveis, as fibras do ligamento se misturam ao periósteo subjacente, ao 
pericôndrio e à periferia do anel fibroso. O ligamento longitudinal anterior tem várias camadas. As 
fibras mais superficiais são as mais longas e se estendem sobre três ou quatro vértebras, as 
intermediárias se estendem entre duas ou três e as mais profundas de um corpo vertebral ao 
posterior. Lateralmente, fibras curtas ligam vértebras adjacentes. 
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3.2.2 LIGAMENTO LONGITUDINAL POSTERIOR 
O ligamento longitudinal posterior se situa sobre as superfícies posteriores dos corpos vertebrais 
no canal vertebral, sendo fixo entre o corpo de C2 e o sacro e contínuo com a membrana tectória 
superiormente. Suas fibras lisas e brilhantes, fixadas a discos intervertebrais, lâminas terminais 
de cartilagem hialina e margens de corpos vertebrais adjacentes são separadas entre as fixações 
por veias basivertebrais e pelos canais venosos que as drenam para plexos venosos internos 
anteriores. Nos níveis cervicais e torácicos superiores, o ligamento é largo e de diâmetro 
uniforme, mas nas regiões torácica inferior e lombar ele é denticulado, estreito sobre corpos 
vertebrais e largo sobre discos. Suas fibras superficiais cobrem três ou quatro vértebras, 
enquanto as fibras mais profundas se estendem entre vértebras adjacentes como ligamentos 
perivertebrais, que estão próximos do anel fibroso do disco intervertebral e, em adultos, se 
fundem a ele. 
3.2.3 LIGAMENTOS AMARELOS 
Os ligamentos amarelos ligam lâminas de vértebras adjacentes no canal vertebral. Suas fixações 
se estendem de cápsulas de articulações de processos articulares ao ponto em que as lâminas 
se fundem para formar espinhas. Aqui, suas margens posteriores se encontram e se unem 
parcialmente; os intervalos entre elas admitem veias que ligam os plexos venosos vertebrais 
externo posterior e interno. Seu tecido predominante é o tecido elástico amarelo, cujas fibras 
praticamente perpendiculares descem da superfície articular inferior de uma lâmina à superfície 
posterior e à margem superior da lâmina abaixo. A superfície anterior dos ligamentos é coberta 
por uma membrana de revestimento fina, lisa e contínua. Os ligamentos são finos, largos e longos 
na região cervical, mais grossos no nível torácico e ainda mais grossos nos níveis lombares. Eles 
interrompem a separação das lâminas na flexão espinal, impedindo uma limitação abrupta, e 
também auxiliam na restauração à postura ereta após a flexão, talvez protegendo os discos de 
lesão. 
3.2.4 LIGAMENTOS INTERESPINAIS 
Os ligamentos interespinais ligam as bordas opostas de processos espinhosos consecutivos e se 
estendem ventralmente até o ligamento amarelo e dorsalmente até o ligamento supraespinal, 
quando este ligamento está presente (mais adiante). Eles diferem estruturalmente nos níveis 
torácico, lombar e cervical. Os ligamentos interespinais torácicos são estreitos e alongados, 
enquanto aqueles nos níveis lombares são grossos e quadriláteros e ocorrem como pares 
estreitamente justapostos, sendo o ligamento esquerdo e o direito separados por uma fenda 
estreita. Nos ligamentos lombares as fibras de colágeno seguem obliquamente em sentido inferior 
e ventral, e somente as fibras mais profundas são verdadeiramente ligamentosas. As fibras mais 
dorsais derivam de tendões do longuíssimo torácico, que mergulham no espaço interespinal para 
se fixar à margem superior do processo espinhoso e não à sua extremidade. Ligamentos 
interespinais característicos não se evidenciam nos níveis cervicais, sendo representados aí pelo 
septo mediano do ligamento nucal em sua passagem entre os processos espinhosos cervicais. 
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3.2.5 LIGAMENTO ILIOLOMBAR 
O ligamento iliolombar se fixa à extremidade e ao aspecto anteroinferior do quinto processo 
transverso lombar e, por vezes, tem uma fixação fraca ao quarto processo transverso. Ele se 
irradia lateralmente e se fixa à pelve por duas faixas principais. Uma faixa inferior passa do 
aspecto inferior do quinto processo transverso lombar e do corpo da quinta vértebra lombar pelo 
ligamento sacroilíaco anterior, e chega até a margem posterior da fossa ilíaca. Uma faixa 
superior, parte da fixação do quadrado lombar, passa à crista ilíaca anteriormente à articulação 
sacroilíaca e é contínua superiormente com a camada anterior da fáscia toracolombar. O 
ligamento inferior tem um componente mais vertical, que chega até a linha terminal (linha 
arqueada) da pelve posterior; esse componente tem uma relação lateral com o ramo ventral L5. 
Um componente posterior do ligamento iliolombar passa por trás do quadrado lombar e se fixa ao 
ílio. Em neonatos e crianças, o “ligamento” iliolombar é muscular: o músculo é gradualmente 
substituído pelo ligamento até a quinta década de vida. 
3.2.6 RESUMO DOS LIGAMENTOS 
Ligamento longitudinal anterior: com formato laminar, inicia-se na base do crânio até o sacro. 
Reforça a estabilidade da coluna na sua porção anterior e encontra-se na linha média do corpo 
vertebral. Estabiliza a coluna desde a articulação atlantoccipital até a transição lombossacra. 
Ligamento interespinal: localiza-se na região espinhosa e se inicia pelo ligamento da nuca, porção 
estabilizadora entre o osso occipital e as apófises cervicais, estendendo-se até as apófises 
sacras. 
Ligamentos amarelos: expansões ligamentares que conectam a face anterior da lâmina superior 
com a face posterior da lâmina vertebral adjacente inferior. 
Ligamento supraespinal: conecta as pontas dos processos espinhosos de C7 até o sacro. E um 
forte cordão fibroso cujas fibras, dependendo da localização, podem transpor até quatro 
vértebras. 
 
Ligamento longitudinal posterior: ligamento laminar que se localiza dentro do canal vertebral 
justaposto à porção posterior dos corpos vertebrais. 
Ligamentos intertransversos: interligam as apófises transversais. Encontram-se lateralmente à 
coluna vertebral. 
Ligamentos iliolombares: conjunto de ligamentos fortes, dispostosde maneira a contribuir para a 
estabilidade lombossacral. Incluem: ligamento iliolombar superior (processo transverso de L4 até 
a crista ilíaca) e ligamento iliolombar inferior que é dividido em iliotransverso inferior (processo 
transverso de L5 a crista ilíaca) e sacroiliotransverso (processo transverso de L5 a articulação 
sacroilíaca). 
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3.3 INERVAÇÃO DA COLUNA LOMBAR 
A inervação da coluna lombar em si é dada pelos nervos sinuverterbais que saem de suas 
vértebras correspondentes, inervando todas as estruturas vertebrais e perivertebrais. 
 
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3.3.1 NERVOS DA COLUNA VERTEBRAL 
Além das articulações dos processos articulares (inervadas por ramos articulares dos ramos 
mediais dos ramos posteriores), a coluna vertebral é inervada por ramos recorrentes 
meníngeos dos nervos espinais. Esses ramos são os únicos oriundos do nervo espinal misto, 
originando-se imediatamente após sua formação e antes de sua divisão em ramos anterior e 
posterior, ou do ramo anterior logo após sua formação. 
Dois a quatro desses ramos finos originam-se de cada lado em todos os níveis vertebrais. Perto 
de sua origem, os ramos meníngeos recebem ramos comunicantes dos ramos comunicantes 
cinzentos próximos. 
Quando os nervos espinais saem dos forames intervertebrais, a maioria dos ramos meníngeos 
retorna através dos forames para o canal vertebral (daí o nome recorrente). Entretanto, alguns 
ramos permanecem fora do canal e são distribuídos para a face anterolateral dos corpos 
vertebrais e discos intervertebrais. Eles também inervam o periósteo e principalmente os anéis 
fibrosos e o ligamento longitudinal anterior. No interior do canal vertebral, ramos transversos, 
ascendentes e descendentes distribuem fibras nervosas para: 
 Periósteo (que recobre a face dos corpos vertebrais posteriores, pedículos e lâminas) 
 Ligamentos amarelos 
 Anéis fibrosos da face posterior e posterolateral dos discos intervertebrais 
 Ligamento longitudinal posterior 
 Dura-máter espinal 
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 Vasos sanguíneos no canal vertebral. 
 
As fibras nervosas para o periósteo, anéis fibrosos e ligamentos proveem receptores de dor. As 
fibras para os anéis fibrosos e ligamentos também suprem os receptores de propriocepção 
(sensibilidade sobre a própria posição). As fibras simpáticas para os vasos sanguíneos estimulam 
a vasoconstrição. 
Ramos espinais dorsais lombares 
Após deixar seu nervo espinal, cada um dos ramos posteriores lombares do primeiro ao quarto 
passa através de uma abertura na lâmina dorsal do ligamento intertransversário logo acima de 
um processo transverso. Cada ramo dorsal supre o músculo intertransversário medial 
sobrejacente antes de se dividir em ramos lateral e medial. Os ramos laterais suprem os 
músculos longuíssimo e iliocostal, componentes do músculo eretor da espinha. Os três ramos 
lombares laterais superiores emergem da margem lateral do músculo iliocostal do lombo e 
perfuram a aponeurose do músculo latíssimo do dorso para tornar-se cutâneo. Eles cruzam a 
crista ilíaca para chegar à pele da região glútea, e alguns chegam até o nível do trocânter maior. 
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Ramos mediais cruzam a junção do processo articular superior e o processo transverso e se 
enrolam medialmente entre os processos mamilar e acessório, profundamente ao ligamento 
mamilo-acessório. 
 
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Medial ao ligamento, cada ramo medial envia ramos articulares para as faces articulares acima e 
abaixo de seu curso, antes de entrar nos músculos multífidos, os quais ele supre. Ramos 
terminais chegam aos interespinais a cada segmento. 
O quinto ramo dorsal possui um curso mais longo do que os outros ramos dorsais. Ele arqueia-se 
sobre a asa do sacro, localizando-se contra a raiz do primeiro processo articular superior do 
sacro. Em frente à base da articulação lombossacral ele envia um ramo na direção das fibras 
mais inferiores do músculo longuíssimo do tórax, e um ramo comunicante para o primeiro ramo 
dorsal sacral, antes de terminar como o ramo medial que se envolve ao redor da articulação 
lombossacral para terminar nos músculos multífidos. 
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3.3.2 PLEXO LOMBAR 
O plexo lombar é formado pelos ramos anteriores das raízes de L1 a L4 e formam os nervos: 
Nervo Raiz Sensitivo Motor 
Ilioinguinal L1 Região superior 
medial da coxa, 
escroto, raiz do 
pênis e lábios 
maiores 
Músculos 
abdominais 
Ílio-hipogástrico T12 a L1 Região inferior do 
abdômen e glúteo 
Músculos 
abdominais 
Genitofemoral L1 a L2 Região ântero-
medial da coxa, 
escroto e lábios 
maiores 
 
Cutâneo femoral lateral da 
coxa 
L2 a L3 Região anterior, 
lateral e posterior 
da coxa 
 
Femoral L2 a L4 Região anterior e Músculos 
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COLUNA LOMBAR 
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medial da coxa, 
medial da perna e 
pé 
anteriores da coxa 
Obturatório L2 a L4 Medial da coxa Músculos adutores 
Safeno L2a L4 Região medial do 
membro inferior 
 
Tronco lombossacral L4 a L5 Forma o plexo 
sacral 
 
3.3.3 PLEXO SACRAL 
Formado e os ramos anteriores de L4 a S4. 
Glúteo superior L4 a S1 Abdutores tensor da 
fáscia lata 
Glúteo inferior L5 a S2 Extensores do quadril 
Cutâneo posterior da coxa S1 a S3 Região lateral do 
glúteo, ânus, 
posterior da coxa, 
escroto e lábios 
maiores 
 
Isquiático L4 a S3 Isquiotibiais e adutor 
magno 
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Tibial L4 a S3 Região posterior 
da perna, planta 
do pé 
Gastrocnêmio, sóleo, 
flexor longo dos 
dedos, flexor longo do 
hálux, tibial posterior, 
poplíteo e intrínsecos 
do pé 
Fibular comum L4 a S2 Região anterior da 
perna e dorso do 
pé 
Fibulares, tibial 
anterior, extensor 
longo do hálux, 
extensor longo e curto 
dos dedos 
Pudendo S2 a S4 Órgãos genitais Períneo 
 
3.3.4 MIÓTOMOS 
A imagem abaixo mostra uma relação geral de miótomos do corpo. 
26 
 
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Para fins de testes de miótomos da coluna lombar, podemos seguir a tabela abaixo, utilizando os 
movimentos e músculos citados para observar a resposta da raiz nervosa. 
 
3.3.5 DERMÁTOMOS 
Abaixo segue imagem com as regiões sensitivas comandadas pelas raízes do plexo 
lombossacral. 
27 
 
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3.4 VASCULATURA DA COLUNA VERTEBRAL 
As vértebras são irrigadas por ramos periosteais e equatoriais das principais artérias cervicais e 
segmentares e por seus ramos espinais. As artérias que dão origem aos ramos periosteais, 
equatoriais e espinais ocorrem em todos os níveis da coluna vertebral, em íntima associação a 
ela, e incluem as seguintes artérias: 
• Artérias vertebrais e cervicais ascendentes no pescoço. 
• As principais artérias segmentares do tronco: 
• Artérias intercostais posteriores na regiãotorácica 
• Artérias subcostais e lombares no abdome 
• Artérias iliolombar e sacrais lateral e mediana na pelve 
Os ramos periosteais e equatoriais originam-se dessas artérias enquanto cruzam as faces 
externas (anterolaterais) das vértebras. Os ramos espinais entram nos forames intervertebrais e 
se dividem. Os ramos anteriores e posteriores do canal vertebral, menores, seguem até o corpo 
vertebral e arco vertebral, respectivamente, e dão origem aos ramos ascendentes e 
descendentes que se anastomosam com os ramos do canal vertebral de níveis adjacentes. 
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Os ramos anteriores do canal vertebral enviam artérias nutrícias anteriormente para os corpos 
vertebrais que suprem a maior parte da medula óssea vermelha do corpo vertebral central. Os 
ramos maiores dos ramos espinais continuam como artérias medulares radiculares ou 
segmentares terminais distribuídas para as raízes posteriores e anteriores dos nervos espinais e 
seus revestimentos e para a medula espinal, respectivamente. 
As veias espinais formam plexos venosos ao longo da coluna vertebral dentro e fora do canal 
vertebral. Esses plexos são os plexos venosos vertebrais internos (plexos venosos peridurais) e 
plexos venosos vertebrais externos, respectivamente. 
 
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Esses plexos comunicam-se através dos forames intervertebrais. Ambos os plexos são mais 
densos nas porções anterior e posterior, e são relativamente esparsos lateralmente. As veias 
basivertebrais, grandes e tortuosas, formam-se nos corpos vertebrais. Elas emergem dos forames 
nas faces dos corpos vertebrais (principalmente na face posterior) e drenam para os plexos 
venosos vertebrais externos anteriores e principalmente para os plexos venosos vertebrais 
internos anteriores, que podem formar grandes seios longitudinais. As veias intervertebrais 
recebem veias da medula espinal e dos plexos venosos vertebrais enquanto acompanham os 
nervos espinais através dos forames intervertebrais para drenar nas veias vertebrais do pescoço 
e veias segmentares (intercostais, lombares e sacrais) do tronco. 
3.5 MÚSCULOS E PONTOS-GATILHO 
O sistema muscular é uma grande fonte de sintomas na região lombar, podendo gerar confusão e 
tratamento inadequado ou sem necessidade. Os pontos-gatilho musculares podem gerar a dor 
referida, um sintoma que se manifesta em outros locais além dos limites musculares, podendo 
atingir regiões distantes do local de origem. Abaixo, citamos os principais músculos que 
produzem dor lombar ou nas regiões próximas. 
 
 
https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjH5r330traAhVBgpAKHWTcBnAQjRx6BAgBEAU&url=https://sites.google.com/site/jcptagd1518/m2-em/organizacao-e-caracterizacao-dos-musculos-do-tronco&psig=AOvVaw0PGqKNX_sboe1mN-kxjten&ust=1524925131103105
30 
 
COLUNA LOMBAR 
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https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiax-uo09raAhUCf5AKHWwTDs0QjRx6BAgBEAU&url=https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-muscular/musculos-do-dorso/&psig=AOvVaw2qDyq2hBi-EE1mqg9b7ofj&ust=1524925234559850
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3.5.1 MÚSCULOS PARAVERTEBRAIS 
Músculo Iliocostal (Porção lateral do m. eretor da espinha) 
• Divisões: parte lombar; parte torácica; parte cervical 
• Origem: Origem comum - parte posterior da crista ilíaca. 
• Inserção: Ângulos das costelas 
• Função: Unilateral: Flete lateralmente a cabeça ou a coluna. Bilateral: estendem a cabeça 
e parte ou toda a coluna. 
Músculo Longuíssimo (Porção intermédia do m. eretor da espinha) 
• Divisões: torácico; do pescoço; da cabeça 
• Origem: Origem comum 
• Inserção: Processos transversos das vértebras torácicas e cervicais além do processo 
mastóide 
• Função: Unilateral: Flete lateralmente a cabeça ou a coluna. Bilateral: estendem a cabeça 
e parte ou toda a coluna. 
Músculo Espinal (Porção medial do m. eretor da espinha) 
https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjfrdWs09raAhUHIpAKHeZOB2QQjRx6BAgBEAU&url=https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-muscular/musculos-do-abdome/&psig=AOvVaw0aI3G4ascPpox9gobbS7PD&ust=1524925242585568
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• Divisões: do tórax; do pescoço; da cabeça 
• Origem: Origem comum 
• Inserção: Processos espinhosos da região lombar superior e torácica inferior 
• Função: Unilateral: Flete lateralmente a cabeça ou a coluna. Bilateral: estendem a cabeça 
e parte ou toda a coluna. 
 
 
3.5.2 MÚSCULO SEMI-ESPINAL 
• Divisões: do tórax; do pescoço; da cabeça 
• Origem: Processos transversos de T1 a T6 
• Inserção: Metade medial da área entre as linhas nucais superior e inferior do osso occipital 
• Função: Bilateralmente: estendem as regiões cervical e torácica da coluna. Unilateralmente 
rodam essas regiões para o lado oposto 
3.5.3 MÚSCULO MULTÍFIDO 
• Origem: Arcos vertebrais 
• Inserção: Processos transversos 
• Função: Bilateralmente: estendem o tronco e estabilizam a coluna. Unilateralmente: flete o 
tronco lateralmente rodando-o para o lado oposto. Anatomia de Superfície 
33 
 
COLUNA LOMBAR 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
3.5.4 MÚSCULO QUADRADO LOMBAR 
• Inserção Superior: 12ª costela e processo transverso da 1ª a 4ª vértebras lombares 
• Inserção Inferior: Crista Ilíaca e ligamento ílio lombar 
• Inervação: 12º nervo intercostal 
• Ação: Inclinação lateral do tronco e baixa a 12ª costela 
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COLUNA LOMBAR 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
3.5.5 MÚCULO ILIOPSOAS 
• Inserção Superior: Psoas Maior: Corpos vertebrais de T12 à L4, processos transversos de 
L1 à L4. Ilíaco: Fossa ilíaca, crista ilíaca, linha arqueada e sacro. 
• Inserção Inferior: Os dois ventres se unem formando um único tendão que se insere no 
trocânter Menor do fêmur 
• Inervação: Nervo Femoral (L1, L2 e L3) 
• Ação: Fixo no Tronco: Flexão da coxa, rotação lateral da coxa. Fixo no Fêmur: Flexão de 
tronco 
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COLUNA LOMBAR 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
3.5.6 MÚSCULO GRANDE DORSAL (LONGUÍSSIMO DO DORSO) 
• Inserção Medial: Processos espinhosos das 7 últimas vértebras dorsais e todas as 
lombares, crista do sacro, crista ilíaca e 4 últimas costelas 
• Inserção Lateral: Sulco intertubercular do úmero 
• Inervação: Nervo Toracodorsal (C6, C7 e C8) 
• Ação: Adução, extensão e rotação medial do braço, baixa o ombro e auxilia na inspiração 
forçada 
 
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COLUNA LOMBAR 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
4 RELAÇÃO VÍSCERAS E SNA SIMPÁTICO 
Assim como os músculos, as vísceras também produzem sintomas dolorosos na região lombar. 
Esse assunto será abordado com maiores detalhes em momentos futuros. Abaixo, segue lista da 
localização do gânglio simpático e suas vísceras correspondentes: 
Gânglios simpáticos Vísceras 
T12/L1 Rim 
L1 Válvula ileocecal 
L2 Ceco e cólon ascendente 
L3 Ovários e testículos 
L4 Sigmoide 
L5 Útero e próstata 
 
Essa tabela é um resumo, pois como pode ser observado na imagem são muitos gânglios que 
auxiliam no controle de uma mesma víscera. 
37 
 
COLUNA LOMBAR 
_______________________________________________________________________________________________5 FISIOLOGIA ARTICULAR 
Durante os movimentos da coluna vertebral, as vértebras respondem com certos comportamento 
em relação às estruturas adjacentes. O conhecimento desses movimentos é importante para o 
entendimento das disfunções somáticas que estão ocorrendo. 
http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjk2N2L19raAhWFGpAKHdG9A6AQjRx6BAgBEAU&url=http://bio-neuro-psicologia.usuarios.rdc.puc-rio.br/sistema-nervoso-aut%C3%B4nomo-e-som%C3%A1tico.html&psig=AOvVaw2IHVeyge3rW1St6hjj2rko&ust=1524926247310350
38 
 
COLUNA LOMBAR 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
FLEXÃO 
Vértebra suprajacente desliza anteriormente, processos espinhosos se afastam, facetas 
articulares se afastam e núcleo pulposo migra para posterior. 
EXTENSÃO 
Vértebra suprajacente desliza posteriormente, processos espinhosos se aproximam, facetas 
articulares se aproximam e núcleo pulposo migra para anterior. 
INCLINAÇÃO 
Vértebra suprajacente inclina lateral, o processo transverso do lado da inclinação se aproxima do 
processo transverso infrajacente, as facetas articulares homolaterais à inclinação se aproximam e 
o núcleo migra para a convexidade (contralateral à inclinação). 
ROTAÇÃO 
A vértebra suprajacente gira sobre a inferior, o processo transverso e a faceta articular do lado da 
rotação migram para posterior e os contralaterais anteriorizam, processo espinhoso migra para o 
lado contralateral à rotação, 
 
39 
 
COLUNA LOMBAR 
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6 PRINCÍPIOS DE FRYETTE - COLUNA LOMBAR 
A coluna lombar apresenta movimentos influenciados pelos dois princípios de FRYETTE. 
Princípio I de Fryette – NSR 
Sempre que uma vértebra ou um grupo delas estiver em posição neutra, o movimento de 
inclinação lateral sempre será acompanhado de uma rotação vertebral CONTRALATERAL à 
inclinação. Os dois movimentos sempre ocorrerão nessas condições. 
Princípio aplicado à coluna lombar e torácica, não se aplica à cervical inferior, mas será abordada 
na cervical superior. 
N = vértebra em posição neutra para flexão e extensão 
S = side bend – vértebra em inclinação 
R = vértebra em rotação 
 
Exemplo da imagem: NSR esquerda (NSRe) 
 Vértebras em posição neutra (sem flexão e sem extensão) e rodadas para a esquerda - o 
nome da disfunção sempre é dado pela rotação – se a rotação é esquerda, a inclinação da 
http://pbrunfreetherapy.com/wp-content/uploads/2015/12/FryettesLaw.jpg
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COLUNA LOMBAR 
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vértebra é direita. A rotação ocorre para o lado da convexidade da curva formada pela 
inclinação. 
 Corpo vertebral roda para esquerda e processo espinhoso desvia para direita 
 Processo transverso esquerdo está posterior (por causa da rotação) e alto (pelainclinação) 
e a direita está anterior e baixo 
 Disco intervertebral comprimido do lado direito e estirado do lado direito 
 Facetas articulares do lado direito estão aproximadas e as do lado oposto estão afastadas. 
 
NSRdireita: 
 Vértebras em posição neutra (sem flexão e sem extensão) e rodadas para a direita - o 
nome da disfunção sempre é dado pela rotação – se a rotação é direita, a inclinação da 
vértebra é esquerda. A rotação ocorre para o lado da convexidade da curva formada pela 
inclinação. 
 Corpo vertebral roda para direita e processo espinhoso desvia para esquerda 
 Processo transverso direito está posterior e alto e a esquerda está anterior e baixa (por 
causa da inclinação esquerda) 
 Disco intervertebral comprimido do lado esquerdo e estirado do lado direito 
 Facetas articulares do lado esquerdo estão aproximadas e as do lado oposto estão 
afastadas. 
Princípio II de Fryette – ERS e FRS 
Sempre que uma vértebra ou grupo de vértebras estiverem em posição NÃO neutra (em flexão ou 
em extensão), o movimento de inclinação lateral será acompanhado de uma rotação vertebral 
HOMOLATERAL à inclinação. Os dois movimentos sempre ocorrerão nessas condições. 
Princípio aplicável à coluna lombar e torácica quando estão em situação não neutra. Já na 
cervical inferior a segunda lei de Fryette é aplicado para situações neutras e não neutras. 
E = extensão 
F = flexão 
R = rotação 
S = side bend – inclinação 
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COLUNA LOMBAR 
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Exemplo: 
ERSd 
 Vértebras em extensão, inclinadas para direita e rodadas para direita 
 Deslizamento lateral das vertebras para o lado esquerdo (convexidade) 
 O corpo vertebral roda para direita e o processo espinhoso desvia para esquerda 
 Processo transverso direito está posterior e baixo e o esquerdo anterior e alto 
 Discos comprimidos do lado direito e estirados do lado esquerdo 
 Facetas articulares do lado direito estão aproximadas e as do lado oposto estão livres. 
 
FRSd 
 Vértebras em flexão, inclinadas para direita e rodadas para direita 
 Deslizamento lateral das vertebras para o lado esquerdo (convexidade) 
 O corpo vertebral roda para direita e o processo espinhoso desvia para esquerda 
 Processo transverso direito está posterior e baixo e o esquerdo anterior e alto 
 Discos comprimidos do lado direito e estirados do lado esquerdo 
 Facetas articulares do lado esquerdo estão afastadas e as do lado oposto estão livres. 
http://pbrunfreetherapy.com/wp-content/uploads/2015/12/FryettesLaw.jpg
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COLUNA LOMBAR 
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7 DISFUNÇÕES SOMÁTICAS LOMBARES 
As disfunções somáticas que acometem a coluna lombar apresentam certas características 
importantes para o desenvolvimento de uma avaliação palpatória e por meio de testes com a 
região acometida. As disfunções podem ser do tipo ERS, FRS ou NSR, dependendo do seu 
posicionamento. 
Disfunção do tipo ERS 
 Disfunção que respeita a segunda lei de FRYETTE, ou seja, rotação e inclinação 
homolaterais. 
 Nessa disfunção a vértebra isolada encontra-se em EXTENSÃO (E), ROTAÇÃO (R) e 
INCLINAÇÃO HOMOLATERAL (S). 
 O que ocorre nas facetas articulares: imbricação do lado da concavidade (mesmo lado da 
rotação) – facetas articulares ficam aproximadas e fixas nessa posição. 
 Posterioridade do processo: do mesmo lado da disfunção (rotação) e que, ao realizar o 
Teste de Mitchell para diagnosticar qual é o tipo de disfunção que a vértebra apresenta, 
ocorre aumento da posterioridade do processo transverso quando a vértebra está na 
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COLUNA LOMBAR 
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posição de flexão e diminuição quando na posição de extensão. 
 Processo espinhoso: desviado para a convexidade (lado contrário à rotação) 
 Espaço interespinal diminuído 
 Fixação da disfunção: espasmo do músculo transverso espinhoso homolateral 
 Movimentos vertebrais limitados: flexão, rotação e inclinação contralaterais 
 Objetivo do Tratamento por meio da manipulação: abrir faceta articular imbricada 
 
FRS 
 Disfunção que respeita a segunda lei de FRYETTE, ou seja, rotação e inclinação 
homolaterais. 
 Nessa disfunção a vértebra isolada encontra-se em FLEXÃO (F), ROTAÇÃO (R) e 
INCLINAÇÃO HOMOLATERAL (S). 
 O que ocorre nas facetas articulares: desimbricação do lado contralateral à posterioridade 
da transversa (na convexidade) – facetas articulares ficam afastadas e fixas nessa posição 
 Posterioridade do processo transverso: do lado contralateral à disfunção e que diminui na 
flexão e aumenta na extensão (teste de Mitchell) 
 Processo espinhoso: desviado para a convexidade (lado contrário à rotação) 
 Espaço interespinal aumentado 
 Fixação da disfunção: espasmo do músculointertransverso da concavidade e pelo 
deslocamento posterolateral do núcleo pulposo no sentido da convexidade 
 Movimentos limitados: extensão, rotação e inclinação contralaterais 
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COLUNA LOMBAR 
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 Objetivo do Tratamento por meio da manipulação: fechar faceta articular desimbricada 
 
NSR 
 Disfunção de um grupo de vértebras que respeita a primeira lei de FRYETTE. 
 Vértebras em posição neutra, rotação para um lado e inclinação contralateral 
 Posterioridade do lado da convexidade 
 Movimento limitado: inclinação homolateral à disfunção 
 Objetivo do tratamento: tratar vértebra ápice e diminuir convexidade 
 Gera atitude escoliótica 
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COLUNA LOMBAR 
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Resumo: 
ERS – Extensão, rotação e inclinação do mesmo lado – D ou E 
FRS – Flexão, rotação e inclinação do mesmo lado – D ou E 
NSR – Flexoextensão neutra, inclinação de um lado e rotação do lado oposto – D ou E (para 
onde ela roda recebe o nome D ou E) 
8 AVALIAÇÃO OSTEOPÁTICA 
Inicialmente, cabe ao fisioterapeuta realizar toda a anamnese, realizar exames clínicos 
ortopédicos e neurológicos pertinentes e avaliar exames complementares para auxiliar na 
definição do diagnóstico osteopático e eliminar as contraindicações ao tratamento. 
8.1 ANAMNESE 
Motivos Da Consulta 
É muito importante no início da consulta descobrir o que realmente está incomodando o paciente, 
anotar todas as dores e desconfortos que o trouxeram para a terapia. 
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COLUNA LOMBAR 
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Queixas E Dores, Onde É A Dor / Como A Dor Aparece / O Que Alivia A Dor / Como Iniciou O 
Problema 
Para cada queixa do paciente anotamos a localização anatômica exata da dor. É importante 
verificar também como a dor se comporta, posições e movimentos que aumentam ou diminuem a 
dor, buscando restrições de movimento. 
O paciente deve informar como a dor surgiu, há quanto tempo a dor está presente, de que forma 
apareceu, se existe alguma relação do aparecimento da dor com algum evento especial, físico ou 
emocional. Toda a história do problema deve ser investigada, buscando tratamentos já realizados 
e resultados obtidos. 
A posição ou movimento que melhora/piora a dor deve ser investigada e auxilia na identificação 
de tecidos alterados, hipomobilidades e hipermobilidades. 
Partos, Lesões, Acidentes, Cirurgias, Traumas 
Identificar quantos partos a mulher teve, se foi normal ou cesárea, todas as cirurgias já realizadas 
e busca por cicatrizes patológicas. Anotar todas as lesões, traumas, entorses, acidentes de carro 
e os segmentos afetados pelos traumas. 
Avd's, Postura Para Dormir, Atividades Físicas: 
Conhecer a rotina do paciente faz parte da anamnese, identificando suas atividades diárias desde 
quando acorda até a hora de dormir, uso de automóvel, uso do computador, se existem 
inadequações ergonômicas no seu dia a dia que estão influenciando no problema atual do 
paciente. Além disso, abordar a prática de atividade física, frequência e intensidade dos 
exercícios. Deve-se verificar sempre se o que ele realiza no trabalho ou na atividade física, em 
casa, ou até mesmo devido ao sedentarismo, se todos esses fatores estão direta ou 
indiretamente ligados ao problema. Verificar a posição que o paciente dorme. 
Tratamentos Já Realizados/Exames/Medicamentos: 
Questionar sobre todos os tratamentos realizados pelo paciente, seus resultados, analisar todos 
os exames complementares, se necessário fazer pedido de exames para confirmar o diagnóstico 
clínico ou para excluir contraindicações. Anotar todos os medicamentos que o paciente está 
tomando. 
O exame osteopático da coluna lombar é realizado primeiramente com o paciente em pé, depois 
sentado e finalmente em DV, otimizando a avaliação e evitando mudanças de posição 
desnecessárias durante o exame. 
8.2 INSPEÇÃO ESTÁTICA 
POSTURA 
Lombar Hiperlordose Retificação 
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COLUNA LOMBAR 
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 Hiperlordose 
diafragmática 
 Anteversão pélvica 
 Retroversão pélvica 
Escoliose Convexidade à E Convexidade à D 
Teste de Adams Gibosidade à D Gibosidade à E 
Outros/Obs.: 
 
Na postura lombar o terapeuta verifica se existe uma retificação da curvatura, uma acentuação da 
lordose (hiperlordose), ou então a presença de hiperlordose diafragmática, ou seja, as lombares 
altas são arrastadas anteriormente pelos pilares do diafragma, acentuando a lordose nas 
vértebras lombares altas. 
Postura normal no RX ortostático: na vista lateral L3 é a vértebra mais anterior, o ângulo sacral é 
de aproximadamente 32 graus, o disco de L3 horizontal, a lordose é harmoniosa. 
Verifica-se também a postura da lombar em escoliose com convexidade a D ou convexidade a E. 
Isso é avaliado comparando a altura das cristas ilíacas, caso exista a presença de alguma 
inclinação patológica haverá diferença de altura entre as mãos, mais alta do lado da concavidade 
e mais baixa do lado da convexidade. Além disso, pede-se ao paciente que flexione a coluna 
toda, verifica-se a presença de gibosidade do lado da convexidade, ou seja, se existe realmente a 
presença de uma escoliose, inclinação de um lado e rotação para o outro. 
8.3 INSPEÇÃO DINÂMICA 
8.3.1 MOVIMENTOS ATIVOS - ESTRELA DA DOR E ADM: 
 
Zonas planas e Zonas de quebra na flexão anterior e inclinações 
Nesse momento, são realizados movimentos de flexo-extensão, inclinações e rotações D e E. É 
importante verificar se existe a presença de dor no início, no meio ou no final do movimento, 
indicada na estrela com um raio onde se sentiu a dor. Além disso, deve ser anotado a quantidade 
de movimento com um traço sobre a estrela indicando a amplitude alcançada, indicando limitação 
no início, no meio ou no final da amplitude (sempre comparando bilateralmente). 
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COLUNA LOMBAR 
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Durante o movimento de flexão deve ser observado a presença de zonas planas e zonas de 
quebra de curvatura. Zona plana é uma região na coluna lombar que não acompanha a curvatura 
normal que deve ser apresentada durante o movimento de flexão anterior ou inclinação lateral, 
podendo ser considerada como uma região hipomóvel (hipomobilidade vertebral), indicando 
alterações vertebrais e miofasciais na região. Já as Zonas de Quebra são regiões em que a 
curvatura se apresenta mais acentuada, indicando uma hipermobilidade regional. 
 
  Zona Plana 
  Zona de Quebra 
Durante a inclinação lateral também devemos observar as zonas planas e zonas de quebra. 
Normalmente as zonas planas são acompanhadas por zonas de quebra supra ou infrajacente, ou 
seja, as zonas planas de hipomobilidade são compensadas por zonas de quebra hipermóveis 
para manter a mobilidade geral normal. 
8.3.2 TESTES DE MOBILIDADE ANALÍTICA 
8.3.2.1 FLEXÃO 
Durante a flexão de tronco, os processos espinhosos das vértebras devem se afastar, caso isso 
não ocorra, existe uma disfunção de mobilidade nesse segmento. 
Paciente sentado a cavalo na maca, com os braços cruzados e as mãos em ombros 
contralaterais. 
Terapeuta ao lado do paciente, passar o braço entre os cotovelos do paciente e segurar o ombro 
contralateral. Posicionar os dedos da outra mão sensitiva sobre os processos espinhosos de 3 a 4 
vértebras que serão testadas. 
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COLUNA LOMBAR 
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Com a mão que está no ombro, levar o paciente passivamente em flexão anterior de tronco e 
sentir os processos

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