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Nome: Gabriel Ronchi Ferreira R.A: 6797895 História – 2°Semestre Noturno Nome: Henrique Patrick Nunes Alencar R.A: 1295562 História – 1ºSemestre Noturno História Medieval Ocidental – Professor: André Oliva Após assistirem o filme O nome da rosa, de Jean-Jacques Annaud (1986), deverão confeccionar respostas às seguintes perguntas: 1- Em um mosteiro no norte da Itália o padre franciscano William de Baskervillee e seu aprendiz Adson Von Melk reúnem-se com beneditinos para um debate acerca da pobreza de Jesus Cristo. Nesse cenário, explique a origem social do noviço, e a importância que a Igreja tinha na manutenção de privilégios e posições sociais. (levar em conta o direito de primogenitura) 2- Apesar da reconstrução fílmica, seria correto associarmos a Idade Média a uma “idade das trevas”? Seria possível perceber uma contradição acerca desse assunto utilizando-se do filme? Resposta: O nome da rosa, é um filme que se passa no ano 1327 d.C, em um mosteiro no norte da Itália. O filme conta a história de um padre franciscano chamado William de Baskervillee que chega ao mosteiro com seu aprendiz Adson para um importante debate com os beneditinos e decidir se os franciscanos poderiam ter riquezas ou não, mas assim que eles chegam descobrem que o mosteiro esta passando por uma série de assassinatos e os monges do local atribuem tais homicídios ao demônio, e cabe ao padre William e seu aprendiz Adson investigarem esses casos e descobrir o que de fato esta causando as mortes. O William é um homem inteligente e mesmo sendo um homem religioso ele consegue separar os conhecimentos seculares da fé, não se convencendo que o demônio estava causando as mortes, ele passa a desconfiar dos próprios monges e então começa sua investigação. O Jovem Adson, noviço que aprendia com seu mestre William era o filho mais novo de seu pai, por isso ele tinha que servir na igreja, pois na idade média o filho primogênito herdava os bens e as riquezas da família, e o mais novo devia seguir o caminho eclesiástico, no caso desse noviço Adson, o filme mostra que ele por ser muito jovem não tinha certeza se queria seguir por esse caminho, pois em uma cena do filme ele se deita com uma moça e copula com ela, quebrando uma das regras principais dos homens religiosos católicos. No fim do filme ele fica divido entre continuar seu caminho e seguir a vida na igreja ou ficar com sua amada e abnegar o que lhe foi imputado, e ele escolhe permanecer ao lado do mestre, levando a entender que a carreira eclesiástica era sua escolha. A igreja exercia grande poder na idade média e com isso era de sua responsabilidade estabelecer posições e fazer a justiça divina, as pessoas nesse tempo já nasciam pré-destinadas, geralmente quando um homem nascia nobre, nobre ele se manteria até sua morte, o mesmo acontecia com os camponeses, havia algumas exceções, mas na maioria das vezes era assim que funcionava, os primogênitos herdavam as riquezas da família, e se caso o homem tivesse apenas filhas, os seus maridos ou filhos homens herdavam sua herança. No filme tem uma cena em que a população entrega dízimos na abadia, dessa forma eles ajudavam na sustentação do mosteiro e também garantiam uma parte de terra no céu, pois assim eram ensinados. Os camponeses no filme tinham aparência muito diferente dos homens que no mosteiro moravam, seus dentes eram apodrecidos e o filme indica que havia fome também, inclusive uma cena muito chocante mostra uma moça jovem que recebia dos monges comida em troca de prazeres sexuais. Algo que é importante destacar do filme é a inquisição ou tribunal do santo oficio, o padre William foi um inquisidor ao lado de Bernardo de Guy no passado, mas por ele ter tido misericórdia e não encontrar falhas dignas de punição em uma vitima, ele saiu do tribunal. Enquanto ele se confessava com Adson, ele diz que entrou na inquisição para fazer o bem, ele realmente achava estar fazendo um favor a Deus e limpando a maldade da Terra, mas um dia ele percebeu que estava praticando o mau, que o que começou com boas intenções se tornou uma forma de calar pessoas para fazer prosperar os interesses da igreja. Chamar a idade media de idade das trevas é em parte verdade, pois esse conceito leva em consideração o fato de a ciência estar “estagnada” e o conhecimento privado apenas aos mosteiros, no filme existe uma cena muito interessante onde o causador das mortes alegava que o conhecimento dos livros que se encontravam na biblioteca era apenas para ser preservados e não ser lidos, pois segundo ele isso enfraqueceria a fé e criaria absurdas zombarias contra o nome de Deus e sua santidade, a parte de preservar o conhecimento, ainda que nem todos pudessem ter acesso mostra que sim, se importavam com os documentos, o que é positivo. Tinha também os copistas, que por ainda não existir a imprensa, era necessários homens para reescrever os livros e também traduzir livros antigos de outros idiomas. O filme revela o múltiplo caráter da idade média, por isso é difícil dar uma característica uniforme a ela, pois não é um contexto homogêneo, por isso o filme mostra muitas facetas, como por exemplo, a disputa de poder em relação aos dominicanos, franciscanos e seitas heréticas. Ainda assim não podemos chamar a era medieval de idade das trevas por que havia conhecimento sendo produzidos, os monges se empenhavam em estudar a bíblia sagrada e aprimorar a escrita facilitando-a. Dessa era houve grandes homens que iriam posteriormente influenciar o pensamento filosófico e social, como por exemplo, São Tomás de Aquino, grande influenciador no pensamento cristão até os dias de hoje. O que interpretamos do filme é que ele trata da chegada do renascimento, a substituição do período onde o conhecimento não era distribuído e sim isolado, para a iluminação vinda através do mesmo, o que iria mudar nossa sociedade, pois passaríamos a não mais abominar livros e conhecimentos seculares a fé e abrir a mente para um tempo positivista.
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