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A1 Introdução a Toxicologia

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Prévia do material em texto

Profª. Drª. Luciane Maria
Ribeiro Neto
É vedada, terminantemente, a cópia do material didático sob qualquer 
forma, o seu fornecimento para fotocópia ou gravação, para alunos 
ou terceiros, bem como o seu fornecimento para divulgação em 
locais públicos, telessalas ou qualquer outra forma de divulgação 
pública, sob pena de responsabilização civil e criminal.
 
SUMÁRIO
Introdução à Toxicologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4
Definições importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5
Toxicologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Toxicante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Xenobiótico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Droga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Toxicidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Ação tóxica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Intoxicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Divisão da toxicologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7
Áreas da Toxicologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7
Toxicocinética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8
Absorção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Distribuição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Biotransformação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Excreção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Toxicodinâmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
Avaliação de risco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
Análises toxicológicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Fundamentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14
Toxicante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Amostra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Métodos analíticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Análises de urgência/emergência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
Análises forenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Monitoração da exposição ocupacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21
Monitoração terapêutica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Monitoração de farmacodependência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Análises de contaminantes em alimentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Aplicações das análises toxicológicas: artigos científicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Acesse o Anexo 2 e conheça exemplos de aplicações
das análises toxicológicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Conclusão: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
 
Pág. 4 de 36
 Figura 1 – Toxicologia.
Fonte: Shutterstock/kanusommer
INTRODUÇÃO À TOXICOLOGIA
Histórico
A história da Toxicologia acompanha a história da civilização, pois, desde os tempos mais 
remotos, o homem já fazia uso de seus conhecimentos sobre os efeitos tóxicos de venenos de 
animais e plantas. Esse conhecimento era empregado na caça ou como arma contra os inimigos.
Um dos registros mais antigos é o Papiro de Ebers (1.500 a.C.), que registra uma relação de 
cerca de 800 ingredientes ativos, entre eles chumbo, cobre e venenos de animais e plantas.
A Toxicologia foi evoluindo ao longo dos séculos de forma muito lenta, uma vez que os estudos 
eram empíricos. No século XVI, merece destaque Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus 
Von Hohenheim – Paracelsus (1493-1541), de grande importância na ciência e responsável pelo 
postulado “todas as substâncias são venenos; não há nenhuma que não seja um veneno. A dose 
correta diferencia o veneno do remédio”
 
Pág. 5 de 36
Figura 2 – Paracelsus.
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Philippus_Theophrastus_Paracelsus.jpg>.
O desenvolvimento da Toxicologia deu-se de fato no século XIX, em especial a partir da década 
de 1960, quando deixa o aspecto apenas forense e agrega a avaliação da segurança e risco na 
utilização de substâncias químicas, que, consequentemente, levaram ao seu controle regulatório 
nas mais diversas áreas.
Definições importantes
Toxicologia
Ciência que estuda os efeitos adversos decorrentes das interações de substâncias químicas 
com o organismo. Visa propor maneiras seguras de se expor às substâncias químicas por meio da 
avaliação dos danos causados, da determinação das substâncias tóxicas presentes nas diferentes 
matrizes e dos níveis toleráveis de exposição.
Toxicante
Substância química capaz de causar dano a um sistema biológico, alterando uma função 
fisiológica ou bioquímica ou levando-o à morte. Também denominado agente tóxico.
 
Pág. 6 de 36
Xenobiótico
Termo usado para designar substâncias químicas estranhas ao organismo. Substâncias que 
não possuem ação fisiológica conhecida.
Droga
Toda substância capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou estado patológico, 
utilizada com ou sem intenção de benefício ao organismo receptor. Utilizada popularmente para 
designar fármaco. Também difere do conceito de veneno, que é utilizado popularmente para designar 
substâncias que causam intoxicação ou morte a baixas doses ou aquelas provenientes de animais.
SAIBA MAIS
Definimos droga toda substância, seja natural ou não, que modifica as funções normais do 
organismo. Saiba mais sobre os tipos de drogas em: <http://www.infoescola.com/drogas/>.
Toxicidade
Capacidade inerente e potencial do toxicante de provocar efeitos nocivos em organismos vivos.
Ação tóxica
Maneira pela qual o agente tóxico exerce suas ações sobre as estruturas teciduais.
Intoxicação
Processo patológico causado por substâncias químicas endógenas ou exógenas e caracterizado 
por alterações fisiológicas em consequência de alterações bioquímicas no organismo, evidenciada, 
em geral, por sinais e sintomas.
Pode ser dividida em quatro fases: fase da exposição, fase toxicocinética, fase toxicodinâmica 
e fase clínica.
 
Pág. 7 de 36
Quadro 1 – Fases de Intoxicação.
Exposição é função da dose (ou concentração) do agente químico envolvido e do tempo de interação com o organismo.Divisão da toxicologia
Quadro 2 – Divisão da Toxicologia, de acordo com os diferentes campos de trabalho.
As análises toxicológicas estão inseridas na Toxicologia Analítica, que trata da detecção do 
agente químico ou de algum parâmetro relacionado à exposição ao toxicante, em substratos tais 
como fluidos orgânicos, alimentos, água, ar, solo etc., com o objetivo de prevenir ou diagnosticar as 
intoxicações, seja por intermédio do toxicante ou de alterações bioquímicas funcionais do organismo.
 Áreas da Toxicologia
São várias as áreas de atuação da Toxicologia, que dependem da natureza do toxicante ou da 
maneira como este atinge o sistema biológico.
 
Pág. 8 de 36
Quadro 3 – Áreas de atuação da Toxicologia.
 Toxicocinética
Fase da intoxicação, que inclui os processos envolvidos na relação entre a disponibilidade química 
e a concentração do agente químico nos diferentes tecidos do organismo. Envolve os processos 
de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dessas substâncias e é dependente das 
suas características físico-químicas.
 Absorção
A absorção é a passagem de substâncias do local de contato para a circulação sanguínea. São 
vários os mecanismos pelos quais os xenobióticos atravessam as membranas, que dependem das 
propriedades físico-químicas das substâncias.
 
Pág. 9 de 36
Transporte passivo
Figura 3 – Difusão facilitada: exemplo de transporte passivo.
Fonte: <http://estudodebiogiabusquet.blogspot.com.br/>.
Transporte ativo
Figura 4 – Bomba de sódio e potássio: exemplo de transporte ativo caracterizado por consumo de energia.
Fonte: <http://www.infoescola.com/biologia/bomba-de-sodio-e-potassio/>.
 
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Pinocitose
Figura 5 – Figura esquemática da pinocitose: passagem de partículas líquidas.
Fonte: <http://www.infoescola.com/citologia/endocitose/>.
Difusão facilitada
Figura 6– Esquema da difusão facilitada: processo no qual a substância é transportada por carregador sem 
consumo de energia.
Fonte: <http://estudodebiogiabusquet.blogspot.com.br/>.
 
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Distribuição
Os xenobióticos são transportados pelo sangue e pela linfa para os diversos tecidos. Essa 
distribuição depende do fluxo sanguíneo e linfático nos diferentes órgãos, além de sofrer influência 
de outros fatores, tais como fixação às moléculas proteicas, diferenças de pH e coeficiente de 
partição óleo/água de cada substância.
A toxicidade do toxicante depende de seu volume de distribuição, mas nem sempre o local de 
maior distribuição é o órgão mais lesado.
Biotransformação
É toda alteração que ocorre na estrutura química da substância no organismo. Ocorre, em geral, 
por ação de enzimas específicas e visa facilitar a excreção de xenobióticos lipofílicos, transformando-
os em substâncias mais polares e hidrossolúveis.
A maior parte da biotransformação ocorre no fígado, porém, também, pode ocorrer em pulmões, 
rins, adrenais, pele e mucosa gastrintestinal.
A biotransformação é composta por duas fases. Na fase I, ocorrem reações de oxidação, hidrólise 
e redução, por exemplo, envolvendo principalmente enzimas do sistema citocromo P450. A fase II 
envolve reações de conjugação ou síntese.
 
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Figura 7 – Biotransformação do paracetamol, no qual se observam reações da Fase I e Fase II da biotransfor-
mação.
Fonte: <http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografi as/ano0304/Paracetamol/pagina%20ana/texto%20parac.htm>.
Vários fatores podem interferir na biotransformação:
– Fatores internos: espécie, etnia, gênero, idade, peso, componentes genéticos, estado nutricional, 
estado patológico etc.
– Fatores externos: dependentes da própria substância, da via de introdução e do meio ambiente.
 Excreção
Processo pelo qual uma substância química é eliminada do organismo por diferentes vias 
(urinária, fecal e pulmonar), na maioria das vezes após sua biotransformação.
 
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A urina excreta substâncias hidrossolúveis, enquanto que, por meio das fezes, eliminam-se 
aquelas não absorvidas pelo trato gastrintestinal. Pela via pulmonar, são eliminadas substâncias 
em forma de gases e vapores.
Toxicodinâmica
Fase da intoxicação que compreende a interação entre as moléculas do toxicante e os sítios 
de ação, específicos ou não, dos órgãos e, consequentemente, o aparecimento de desequilíbrio 
homeostático.
O entendimento do mecanismo molecular e bioquímico de agentes tóxicos, bem como do local 
de ação, é importante para a aplicação de medidas preventivas e terapêuticas de intoxicações.
Quadro 4 – Mecanismos gerais de ação tóxica e respectivos exemplos de agentes tóxicos.
Mecanismo de ação tóxica Agentes tóxicos
Interações de agentes tóxicos com receptores. Atropina, escopolamina, curare, nicotina.
Interferências nas funções e membranas 
excitáveis. Tetrodotoxina, toxina botulínica.
Inibição da fosforilação oxidativa. Nitritos, cianeto, azida, nitrofenóis.
Complexação com biomoléculas:
- Componentes enzimáticos. 
- Proteínas. 
- Lipídeos. 
- Ácidos nucleicos.
Inseticidas fosforados, monóxido de carbono.
Aflatoxina B1, paracetamol, cloranfenicol.
Tetracloreto de carbono.
Nitrosaminas.
Perturbação de homeostase cálcica. Dioxinas, íons metálicos, aldeídos, peróxidos.
Avaliação de risco
É um processo sistemático pelo qual o perigo, a exposição e o risco são identificados e 
quantificados.
Definições importantes:
– Perigo: capacidade da substância para causar um efeito adverso.
– Risco: probabilidade da ocorrência de perigo sob condições específicas de exposição.
 
Pág. 14 de 36
– Avaliação do risco: processo pelo qual o perigo, a exposição e o risco são determinados.
– Manejo do risco: processo pelo qual são avaliadas as opções e selecionada a medida regulatória 
mais apropriada com base nos resultados da avaliação do risco e nos interesses sociais, econômicos 
e políticos.
Os objetivos da avaliação incluem a análise da relação entre o risco e o benefício; o estabelecimento 
de alvos e de níveis de risco; e o auxílio na definição das atividades prioritárias dos programas de 
vigilância e de controle empreendidos por agências regulatórias, indústrias, organizações ambientais 
e de consumidores.
Quadro 5 – Etapas principais do processo de avaliação de risco.
 ANÁLISES TOXICOLÓGICAS
 Fundamentos
As análises toxicológicas envolvem procedimentos analíticos confiáveis para identificar e/ou 
quantificar um toxicante específico ou seu produto de biotransformação, por meio de técnicas 
adequadas para isolá-lo de uma determinada matriz, seja ela convencional, biológica ou não e tendo 
em conta a concentração a ser encontrada.
É importante então, conhecer a finalidade das análises, que podem ser forenses, de urgência, 
de alimentos, de controle antidopagem e de monitoração da exposição (biológica, ambiental, 
terapêutica e da farmacodependência).
 
Pág. 15 de 36
Toxicante
Os conhecimentos de toxicocinética e toxicodinâmica são fundamentais para caracterizar o 
toxicante e, assim, determinar o procedimento analítico a ser empregado.
Quadro 6 – Natureza química dos agentes tóxicos e respectivos exemplos.
Natureza química do agente tóxico Agentes tóxicos
Gases Sulfeto de hidrogênio, óxidos de nitrogênio, 
monóxido de carbono.
Voláteis Benzeno, tolueno, xileno, metanol.
Inorgânicos Chumbo, mercúrio, cádmio, cromo.
Orgânicos não voláteis Cocaína, talidomida, cafeína, LSD.
Amostra
A amostra a ser pesquisada dependerá da finalidade da análise, da natureza química, da forma 
e concentração do analito ou do indicador que se pretende determinar.
Quadro 7 – Exemplos de amostras por finalidade da análise.
Finalidade da análise Amostras
Forense Sangue, urina, cabelo, fígado, unha, conteúdo 
gástrico, tecidos, objetos
Urgência/emergência Urina, sangue, conteúdo gástrico.
Monitoração da exposição ocupacional Urina, sangue.
Monitoração terapêutica Sangue, saliva.
Monitoração de farmacodependência Urina, ar exalado.
Contaminantes em alimentos Alimentos em geral, embalagens.
Contaminantesambientais Ar, água, solo, sedimentos.
É necessário que as amostras sejam adequadamente obtidas, conservadas (armazenadas) 
e transportadas para que sua integridade não seja comprometida. A escolha de anticoagulantes 
 
Pág. 16 de 36
e conservantes, bem como dos recipientes de armazenagem, deve ser cuidadosa para que não 
comprometam ou interfiram na pesquisa do analito.
 Métodos analíticos
De um modo geral, a escolha do método analítico a ser empregado depende da finalidade da 
análise, pois dessa forma tem-se dimensionamento da concentração do analito, da matriz na qual 
se encontra e da urgência dos resultados.
Os métodos podem ser aplicados com finalidade de triagem ou confirmação. Os de triagem 
são métodos gerais que se destinam a verificar a ausência ou presença de um composto ou grupo 
de compostos. Precisam apresentar sensibilidade e presteza. Técnicas como os imunoensaios e a 
cromatografia em camada delgada (CCD ou TLC) são exemplos empregados nos métodos analíticos. 
Os métodos de confirmação destinam-se a confirmar os resultados obtidos na etapa de triagem 
analítica. Em geral, emprega-se a espectrometria de massas (EM ou MS) acoplada à cromatografia.
Figura 8 – Espectro de massas de cocaína.
Fonte: <http://www2.chemistry.msu.edu/faculty/reusch/VirtTxtJml/Spectrpy/MassSpec/masspec1.htm>.
Ambos os métodos, em geral, necessitam de etapas de preparo da amostra que se destina a 
obter o analito isolado da matriz (amostra) em uma concentração adequada para ser identificado 
e/ou quantificado. As técnicas a ser empregadas dependerão das características físico-químicas 
do toxicante e da amostra.
 
Pág. 17 de 36
Os métodos analíticos devem ser confiáveis e apropriados à finalidade. Dessa forma, devem 
ser previamente validados. A validação analítica permite demonstrar que o método em questão 
possui as características e o desempenho necessários para a finalidade da análise. Para a validação 
analítica de um método, é necessário conhecer parâmetros de desempenho como: especificidade, 
sensibilidade, precisão, exatidão, limites de quantificação e detecção e robustez.
• Especificidade e Seletividade
É a capacidade que o método possui de medir exatamente um composto em presença de outros 
componentes. [...]
• Linearidade
É a capacidade de uma metodologia analítica de demonstrar que os resultados obtidos são 
diretamente proporcionais à concentração do analito na amostra, dentro de um intervalo especificado. 
[...]
• Intervalo
O intervalo especificado é a faixa entre os limites de quantificação superior e inferior de um 
método analítico. [...]
• Precisão
A precisão é a avaliação da proximidade dos resultados obtidos em uma série de medidas de 
uma amostragem múltipla de uma mesma amostra. [...]
• Limite de Detecção
Limite de detecção é a menor quantidade do analito presente em uma amostra que pode ser 
detectado, porém, não necessariamente quantificado, sob as condições experimentais estabelecidas. 
[...]
• Limite de Quantificação
É a menor quantidade do analito em uma amostra que pode ser determinada com precisão e 
exatidão aceitáveis sob as condições experimentais estabelecidas. [...]
• Exatidão:
A exatidão de um método analítico é a proximidade dos resultados obtidos pelo método em 
estudo em relação ao valor verdadeiro. [...]
 
Pág. 18 de 36
• Robustez:
A robustez de um método analítico é a medida de sua capacidade em resistir a pequenas 
e deliberadas variações dos parâmetros analíticos. Indica sua confiança durante o uso normal 
(BRASIL, 2003).
Todos os laboratórios analíticos devem ainda ter um sistema de qualidade que engloba o controle 
da qualidade e a garantia da qualidade.
Análises de urgência/emergência
Destinam-se à identificação ou confirmação do agente causador da intoxicação aguda, ou, 
ainda, a dar subsídios ao tratamento do indivíduo intoxicado. As intoxicações agudas podem ter 
origem intencional ou acidental. Podem ser: homicidas, suicidas, alteração de humor e percepção, 
doping (alteração do rendimento físico), acidentes domésticos, acidentes trabalhistas, acidentes com 
plantas tóxicas, acidentes com animais peçonhentos, iatrogenia (erro terapêutico) e idiossincrasia 
(reação adversa inesperada proveniente das características do indivíduo).
Figura 9 – Animal Peçonhento.
Fonte: shutterstock/Kristian Bell
Os métodos analíticos devem apresentar sensibilidade, precisão e rapidez e que possam ser 
utilizados pelos mais diversos laboratórios. As análises de triagem e confirmação são direcionadas 
pelos sinais e sintomas do intoxicado.
O Quadro 8 apresenta os principais agentes causadores de intoxicação aguda.
 
Pág. 19 de 36
Quadro 8 – Eventos toxicológicos humanos, segundo agente tóxico (CEATOX, SP, 207).
Agente Total
Medicamento 7.853
Agroagrícola 989
Agrodoméstico 1.008
Produto veterinário 237
Raticida 647
Domissanitários 5524
Cosméticos 341
Produtos químicos industriais 1.593
Metais 302
Drogas de abuso 282
Plantas 77
Alimentos 221
Animais peçonhentos/serpentes 133
Animais peçonhentos/aranhas 305
Animais peçonhentos/escorpiões 282
Outros animais peçonhentos/venenosos 265
Animais não peçonhentos 166
Desconhecido 17.077
Outro 197
TOTAL 37.499
Fonte: <http://www.cvs.saude.sp.gov.br/up/ESTAT%C3%8DSTICAS%20ceatox%202007.pdf>.
 
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Análises forenses
As análises toxicológicas são empregadas para fins judiciais. São desenvolvidas para identificar 
agente químico que possa ter nexo causal de morte ou dano infligido ao homem. Inclui também, 
quando em âmbito judiciário, análises relacionadas a crimes ambientais, doenças ocupacionais, 
doping e ações dolosas de intoxicação de animais de criação.
Além da validação analítica, nesses casos, torna-se necessária a instituição de cadeia de 
custódia, pois permite o registro e o controle de todas as etapas envolvidas com a amostra, desde 
a sua coleta até sua destruição.
A triagem deve ser realizada pela análise toxicológica sistemática, que permitirá a identificação 
do analito cuja presença não é suspeitada ou a identidade é desconhecida. Já a confirmação é feita 
por um método de princípios diferentes dos utilizados na triagem.
Outra característica dessas análises é a necessidade de, na amostragem, obter-se material 
suficiente para a contraperícia (fica retido no laboratório para eventual reanálise).
As principais etapas envolvidas nas análises forenses são:
– Etapa 1: isolamento e concentração do analito.
• Preparação da amostra: hidrólise, digestão, remoção de interferentes (extração líquido-líquido 
ou extração em fase sólida), entre outros.
– Etapa 2: diferenciação-detecção
• Técnicas empregadas: imunoensaios, cromatografia, espectrofotometria de absorção atômica, 
entre outras.
 
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Figura 9 – Espectrofotômetro.
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Espectrofotometria>.
SAIBA MAIS
Espectrofotômetro é um instrumento que permite comparar a radiação absorvida ou transmitida por 
uma solução que contém uma quantidade desconhecida de soluto, e uma solução que contém uma 
quantidade conhecida da mesma substância.
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Espectrofotometria>.
– Etapa 3: identificação
Acesse o Anexo 1 e conheça a lista com algumas das substâncias proibidas pelo Código Mundial 
Antidoping.
Quadro 9 – Curiosidade.
Observe que os analitos a serem pesquisados dependem da toxicocinética de cada substância.
A maioria das análises é qualitativa. Apenas algumas são quantitativas.
Monitoração da exposição ocupacional
A monitoração da exposição ocupacional tem por finalidade prevenir o aparecimento de efeitos 
adversos provenientes da exposição a agentes químicos no ambiente de trabalho. Podem ser 
utilizados parâmetros ambientais (monitoração ambiental) ou biológicos (monitoração biológica).
Para a realização da monitoração biológica, é necessária a existência de um parâmetro biológico 
que possa ser medido e avaliado e que represente adequada e quantitativamentea exposição a 
 
Pág. 22 de 36
uma substância química. Este parâmetro é denominado indicador biológico da exposição (IBE) ou 
biomarcador.
– Indicador biológico de exposição: xenobiótico ou produto da sua biotransformação.
– Indicador biológico de efeito: efeitos biológicos precoces, não tóxicos e reversíveis.
Para avaliação dos resultados, é necessário conhecer o intervalo de referência e os índices 
bilógicos de exposição.
– Valores de referência (VR); concentrações de biomarcadores determinados em indivíduos 
não expostos ocupacionalmente ao xenobiótico em questão.
– Índices biológicos de exposição: concentração de biomarcadores tolerável que, quando 
ultrapassada, indica exposição inadequada. No Brasil, denomina-se índice biológico máximo 
permitido (IBMP), concentração na qual se estima que a maioria dos indivíduos ocupacionalmente 
expostos não apresentam risco à saúde.
Quadro 10 – Parâmetros para controle biológico da exposição ocupacional a alguns agentes 
químicos (aprovado pela Portaria SSST nº 24, de 29 de dezembro de 1994) . .
Agente
químico
Indicador Biológico VR IBMP Método 
analítico
Amostra-
gem
Interpreta-
ção
Vigên-
ciaMaterial
biológico
Análise
Anilina Urina
Sangue
P-aminofenol Até 2% 50 mg/g 
creat.
5%
CG
E
FJ
FJO-1
EE
SC+
Arsênico Urina Arsênico Até 10 
ug/g creat.
50 ug/g 
creat.
E ou
EAA
FS+T-6 EE
Cádmio Urina Cádmio Até 2 ug/g 
creat.
50 ug/g 
creat.
EAA NC T-6 SC
Chumbo
inorgânico
Sangue
Urina
Sangue
Chumbo e
Ac. delta ami-
no levulínico 
ou
zincoproto-
porfirina
Até 40 
ug/100 ml
Até 45 g/g 
creat.
Até 40 
ug/100 ml
60 ug/100 
ml
10 mh/g 
creat
100 
ug/100 ml
EAA
E
HF
NC T-1
NC T-1
NC T-1
SC
SC
SC
 
Pág. 23 de 36
Chumbo
Tetraetila
Urina Chumbo Até 50 
ug/g creat.
100 ug/g 
creat.
EAA FJ 0-1 EE
Cromo
Hexava-
lente
Urina Cromo Até 5 ug/g 
creat.
30 ug/ 
creat.
EAA FS EE
Diclorome-
tano
Sangue Carboxihemo-
globina
Até 1% NF 3,5% NF E FJ- 0-1 SC +
Dimetilfor-
mamina
Urina N-metilforma-
mida
40 mg/g 
creat.
CG ou
CLAD
FJ EE P-18
Dissulfeto 
de Carbo-
no
Urina Ac. 2-tio-
-tiazolidina
50 mg/g 
creat.
CG ou
CLAD
FJ EE P-25
Ésteres 
organofos-
forados e 
carbama-
tos
Sangue Acetil colines-
terase eritoci-
tária ou
Colinesterase 
eritrocitária e 
plamática
(sangue total)
Determi-
nar a
Atividade 
pré-ocupa-
cional
30% de 
depressão 
da ativida-
de inicial
50% de 
depressão 
da ativida-
de inicial
NC
NC
NC
SC
SC
SC
Estireno Urina
Urina
Ac. mandélico
e/ou
Ac. fenil-
-glioxilico
0,8 g/g 
creat.
240 mg/g 
creat
CG ou
CLAD
CG ou
CLAD
FJ
FJ
EE
Etil-benze-
no
Urina Ac. mandélico 1,50,8 g/g 
creat.
240 mg/g 
creat.
CG ou
CLAD
FS EE
Fenol Urina Fenol 20 mg/g 
creat.
250 mg/g 
creat.
CG ou
CLAD
FJ 0-1 EE
Flúor e
Fluoretos
Urina Fluoreto Até 0,5 
mg/g 
3 mg/g 
creat. no 
início da 
jornada e 
10 mg/g 
creat no 
final da 
jornada
IS PP+ EE
Mercúrio
inorgânico
Urina Mercúrio Até 5 ug/g 
creat.
250 mg/g 
creat.
EA A PU T-12
12
EE
 
Pág. 24 de 36
Metol Urina Metanol Até 5 mg/l 15 mg/l CG FJ 0-1 EE
Metil-Etil-
-Cetona
Urina Metil-etil-
-cetona
2 mg/l CG FJ EE P-12
Monóxido 
de
carbono
Sangue Carboxi-he-
moglobina
Até 1% NF 3,5 NF E FJ 0-1 SC+ P-12
N-hexano Urina 2,5 Hexano-
diona
5 mg/g 
creat.
CG FJ EE P-18
Nitroben-
zeno
Sangue Meta-hemo-
globina
Até 2% 5% E FJ 0-1 SC+ P-18
Pentaclo-
rofenol
Urina Pentacloro-
fenol
2 mg/g 
creat.
CG ou
CLAD
FS+ EE P-18
Tetraclo-
roetileno
Urina Ac. tricloroa-
cético
3,5 mg/l E FS+ EE P-18
Tolueno Urina Ac. hipúrico Até 1,5 g/g 
creat.
2,5 g/g 
creat.
CG ou
CLAD
FJ - 1 EE P-18
Tricloroe-
tano
Urina Triclorocom-
postos totais
40 mg/g 
creat.
E FS EE P-18
Tricloroeti-
leno
Urina Triclorocom-
postos totais
300 mg/g 
creat.
E FS EE P-18
Xileno Urina Ac. metil-
-hipúrico
1,5 g/g 
creat.
CG ou
CLAD
FJ EE P-18
Abreviaturas
IBMP: Índice biológico máximo permitido: é o valor máximo do indicador biológico para o qual se supõe que a maioria das pessoas 
ocupacionalmente expostas não corre risco de dano à saúde. A ultrapassagem deste valor significa exposição excessiva.
VR: Valor de referência da normalidade: valor possível de ser encontrado em populações não expostas ocupacionalmente.
NF: Não fumantes.
Método analítico recomendado
E: Espectrofotometria ultravioleta/visível.
EAA: Espectrofotometria de absorção atômica.
CG: Cromatografia em fase gasosa.
 
Pág. 25 de 36
CLAD: Cromatografia líquida de alto desempenho.
IS: Eletrodo íon-seletivo.
HF: Hematofluorômetro.
Condições de amostragem
FJ: Final do último dia de jornada de trabalho (recomenda-se evitar a primeira jornada da semana).
FS: Final do último dia de jornada da semana.
FS+: Início da última jornada da semana.
PP+: Pré e pós a 4ª jornada de trabalho da semana.
PU: Primeira urina da manhã.
NC: Momento de amostragem “não crítico”: pode ser feita em qualquer dia e horário, desde que o trabalhador 
esteja em trabalho contínuo nas últimas quatro semanas sem afastamento maior que quatro dias.
T-1: Recomenda-se iniciar a monitoração após um mês de exposição.
T-6: Recomenda-se iniciar a monitoração após seis meses de exposição.
T-12: Recomenda-se iniciar a monitoração após 12 meses de exposição.
0-1: Pode-se fazer a diferença entre pré e pós-jornada.
Interpretação
EE: O indicador biológico é capaz de indicar uma exposição ambiental acima do limite de tolerância, 
mas não possui, isoladamente, significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, não indica 
doença, nem está associado a um efeito ou disfunção de qualquer sistema biológico.
SC: Além de mostrar uma exposição excessiva, o indicador biológico tem também significado clínico ou toxicológico 
próprio, ou seja, pode indicar doença, estar associado a um efeito ou uma disfunção do sistema biológico avaliado.
SC+: O indicador biológico possui significado clínico ou toxicológico próprio, mas, na prática, 
em razão de sua curta meia-vida biológica, deve ser considerado como EE.
Vigência
P-12: A inspeção do trabalho passará a exigir a avaliação deste indicador biológico 12 meses após a publicação desta norma.
P-18: A inspeção do trabalho passará a exigir a avaliação deste indicador biológico 18 meses após a publicação desta norma.
 
Pág. 26 de 36
P-24: A inspeção do trabalho passará a exigir a avaliação deste indicador biológico 24 meses após a publicação desta norma.
Fonte: Disponível em: <http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/05/mtb/7.htm>, acesso em: 22 jan. 2017.
Monitoração terapêutica
Visa monitorar níveis sanguíneos de fármacos com o intuito de assegurar o tratamento terapêutico 
com o máximo de eficácia e o mínimo de efeitos tóxicos. Os fármacos frequentemente submetidos 
à monitoração terapêutica são: antimicrobianos aminoglicosídeos, antidepressivos tricíclicos ou 
não tricíclicos, ciclosporina A, tracolimo, digoxina, digitoxina, fenitoína, fenobarbital, lidocaína, lítio, 
metrotexato, procainamida, quinidina, teofilina, valproato e vancomicina.
Quadro 11 – Faixa terapêutica de alguns fármacos com baixos índices terapêuticos.
Fármaco Faixa terapêutica
Fenitoína 10-20 mg/L
Fenobarbital 15-40 mg/L
Lítio 0,6-1,4 mEq/L
Quinidina 2-5 mg/L
Teofilina 10-20 mg/L
Quadro 12 – Exemplos de fármacos que necessitam de monitoração terapêutica, agrupados de acordo com sua 
classe terapêutica.
Classe terapêutica Fármacos
Antiarrítmico Amiodarona, disopiramida, lidocaína, 
procainamida, quinidina.
Anticonvulsivantes Fenobarbital, fenitoína, carbamazepina.
Antidepressivos Imipramina, clomipramina, maprotilina, 
nortriptilina, lítio.
Antimicrobianos Imipenem, cefepima, vancomicina, anfotericina 
B, aminoglicosídeos.
Antirretrovirais Nelfinavir, efavirenz, lamivudina, zidovudina.
Broncodilatadores Teofilina.
 
Pág. 27 de 36
Imunossupressores Tacrolino.
Quimioterápicos Metrotexato.
As técnicas analíticas empregadas são as cromatográficas, principalmente a cromatografia 
líquida de alta eficiência (HPLC, CLAD ou CLAE), ounão cromatográficas, como a espectrofotometria, 
a fotometria de chama, a espectrofluorimetria, o imunoensaio monoclonal ou policlonal 
(radioimunoensaio, enzimaimunoensaio e imunoensaio de fluorescência polarizada). A escolha do 
método analítico depende, portanto, da rapidez necessária para a emissão do resultado e/ou da 
seletividade necessária para a determinação do fármaco na matriz biológica.
Principais fatores de erros na monitoração terapêutica:
– Amostragem.
– Erro de medicação.
– Diferente biodisponibilidade das formulações farmacêuticas.
– Método analítico não validado.
– Variáveis relacionadas ao paciente.
– Variáveis relacionadas ao medicamento.
Figura 10 – Tipos de drogas.
Fonte: shutterstock/FabrikaSimf/
 
Pág. 28 de 36
Monitoração de farmacodependência
Visa monitorar a exposição às drogas de abuso de colaboradores em ambientes de trabalho e 
a abstinência em pacientes sob tratamento.
As análises toxicológicas, neste caso, destinam-se a identificar a exposição às drogas (lícitas 
ou ilícitas), independentemente das características ligadas ao tipo de consumo (uso, abuso ou 
dependência). As análises são compostas por duas etapas: a de triagem e a de confirmação.
Normalmente, as amostras de escolha são urina, sangue e ar exalado. Mais recentemente, 
também é utilizada a saliva, o suor, o cabelo e os pelos.
Nesses casos, assim como nas análises forenses, torna-se necessária a instituição de cadeia 
de custódia, que permite o registro e controle de todas as etapas envolvidas com a amostra, desde 
a sua coleta até sua destruição.
Outra característica dessas análises é a necessidade de, na amostragem obter-se material 
suficiente para a contraprova (o material fica retido no laboratório para eventual reanálise).
Na fase de triagem, devem ser utilizadas técnicas de fácil execução, se possível que dispensem 
a preparação da amostra e apresentem resultados rápidos, de baixo custo e com sensibilidade e 
especificidade compatíveis com o objetivo. As técnicas mais empregadas são as imunológicas. 
Técnicas cromatográficas, como a cromatografia em camada delgada (CCD ou TLC), também podem 
ser aplicadas. Existem, ainda, testes rápidos, que geralmente são os testes imunocromatográficos.
 
Pág. 29 de 36
Figura 11 – Teste rápido para análise de drogas.
 Fonte: <http://pt.made-in-china.com/co_gv-medic/product_Drug-Test-One-Step-
AMP-Urine-Drug-Rapid-Test-Colloidal-Gold-_eoshruorg.html>.
Os métodos de confirmação devem possibilitar a identificação inequívoca das substâncias 
pesquisadas. Os mais recomendados para a identificação são as técnicas cromatográficas acopladas 
à espectrometria de massa (EM ou MS).
Para a interpretação dos resultados, é necessário o conhecimento da toxicocinética da substância. 
Entre os fatores que interferem na toxicocinética estão características físico-químicas da droga, 
frequência e tempo de uso e grau de pureza da droga, principalmente no caso das ilícitas. A aceitação 
de um resultado positivo nessa análise pode diferir conforme o contexto no qual foi obtido. Da 
mesma forma, o resultado negativo indica apenas que não houve contato recente com a droga.
Análises de contaminantes em alimentos
Apresentam como objetivos principais determinar os níveis de contaminantes e as suas possíveis 
causas de elevados níveis.
Além dos constituintes naturalmente presentes e dos aditivos utilizados com um propósito 
específico, existem também xenobióticos. Contaminante é qualquer substância indesejável presente 
no alimento.
 
Pág. 30 de 36
Quadro 13 – Xenobióticos em alimentos.
Fonte: Elaborado pela autora.
O Ministério da Agricultura e Abastecimento controla, por meio de laboratórios credenciados, 
os contaminantes dos alimentos. Link
CURIOSIDADES
1 – O mercado das drogas na Colômbia é avaliado em 10 bilhões de dólares.
2 – Trinta e um por cento das mortes de estrelas do rock estão relacionadas ao uso de drogas e 
álcool.
3 – Na Holanda, existem instituições públicas que testam a ‘segurança’ de drogas como a maconha, 
cocaína e ecstasy. Obviamente, os profissionais não garantem que você não sofrerá com os efeitos 
conhecidos da droga, mas alertam sobre a presença de qualquer substância estranha.
– A posse e o tráfico de drogas são passíveis de pena de morte em Singapura.
Fonte: DrugFacts
 
Pág. 31 de 36
Análises de contaminantes ambientais
As análises ambientais visam o controle dos níveis de contaminantes para prevenir ou minimizar 
danos à população. Podem também ser utilizadas para auxiliar na tomada de decisões após acidentes 
ambientais, bem como para acompanhar a eficácia de processos de remediação de ambientes 
contaminados.
As amostras para análise podem ser de ar, água, sedimentos e solo.
Na identificação e quantificação de analitos, empregam-se frequentemente as técnicas 
cromatográficas, sendo que, para a análise de metais, emprega-se a espectrofotometria de absorção 
atômica.
Figura 12 – Tubos usados para testes em laboratório.
Fonte: shutterstock/Macrovector/.
Atualmente, as análises ambientais também se preocupam com os contaminantes emergentes, 
que, muitas vezes, estão em baixíssimas concentrações: retardantes de chama bromados (PCBs), 
desreguladores endócrinos (ex.: DDT, dioxinas, furanos), derivados do 2-fenilbenzotriazol, compostos 
perfluorados, compostos de uso pessoal (ex.: fármacos, componentes de cosméticos, suplementos 
alimentares) e ésteres de ftalato.
 
Pág. 32 de 36
APLICAÇÕES DAS ANÁLISES TOXICOLÓGICAS: ARTIGOS CIENTÍFICOS
Determinação de fenol urinário por cromatografia em fase gasosa em trabalhadores que 
utilizam resinas fenólicas em fundições. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences. v. 42, n. 2, 
abr./jun.2006. Fonte: Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v42n2/a14v42n2.pdf>, acesso 
em: 22 jan. 2017.
Resumo: O fenol é utilizado na indústria como agente desinfetante no preparo de resinas fenólicas 
e pigmentos de tintas. Apresenta-se no estado sólido à temperatura ambiente, com coloração 
fracamente rósea, odor acre e higroscópico. Na exposição ocupacional aguda o composto pode 
levar a lesões eritematosas e, cronicamente, afetar a maturação celular no compartimento medular 
ósseo em virtude da formação de quinonas livres e 1,4-benzoquinona, proveniente do metabolismo 
hepático da hidroquinona via CYP2E1. A monitoração biológica possui relevância nas situações de 
exposições ocupacionais. Para tal, utiliza-se o fenol urinário, considerado bioindicador de exposição 
a este composto. O objetivo do presente trabalho foi validar uma técnica de extração líquido-
líquido para quantificar o fenol urinário, por meio da cromatografia em fase gasosa com detector 
de ionização por chama (CG/DIC) em urina de trabalhadores expostos ao fenol em fundições. O 
método mostrou-se linear de 5 a 200 µg/mL; coeficiente de regressão linear (r2) de 0,999; limites 
de detecção e quantificação 2,0 e 5,0 µg/mL, respectivamente; precisão intra-ensaio entre 4,5% e 
8,9% e inter-ensaio entre 5,7% e 14,2%; exatidão entre 6,2% e 11,9% e recuperação superior a 87%. 
O método demonstrou ser simples e rápido. Amostras provenientes de trabalhadores expostos ao 
fenol foram analisadas comprovando a aplicação da técnica na monitoração biológica.
Avaliação do ácido trans, trans-mucônico urinário como biomarcador de exposição ao benzeno. 
Revista de Saúde Pública, v. 37, n. 6, p. 780-5, 2003. Fonte: Disponível em: <http://www.scielosp.
org/pdf/rsp/v37n6/18022.pdf>, acesso em: 22 jan. 2017.
Resumo:
Objetivo
Avaliar o uso do ácido trans, trans-mucônico urinário como biomarcador na monitoração da 
exposição ocupacional ao benzeno.
Métodos
 
Pág. 33 de 36
Foi estudado o comportamento do ácido trans, trans-mucônico em amostras de urina de indivíduos 
expostos (N = 36) e não expostos (N = 116) ocupacionalmente ao solvente. A concentração urinária 
do ácido foi determinada por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. A amostra foi constituída de 
indivíduosexpostos ao benzeno em uma refinaria de petróleo localizada em Belo Horizonte, MG. 
Foram empregados os testes estatísticos não paramétricos de Kruskall-Wallis, Mann Witney e de 
correlação de Spearman, ao nível de significância de 0,05%.
Resultados
A exposição média ao benzeno dos trabalhadores selecionados foi de 0,15±0,05 mg/m3 (0,05 
ppm) o que resultou em um valor médio do metabólito urinário de 0,19±0,04 mg/g de creatinina. A 
faixa de referência do ácido trans, trans-mucônico no grupo não exposto variou de 0,03 a 0,26 mg/g 
de creatinina (média de 0,10±0,08 mg/g de creatinina). Foi encontrada uma diferença significativa 
entre os níveis de ácido trans, trans-mucônico do grupo exposto e não exposto. Entretanto, não houve 
correlação entre os níveis do metabólito urinário e do benzeno no ar. Foi observada a correlação 
entre ácido trans, trans-mucônico e hábito de fumar no grupo de indivíduos expostos. A ingestão 
de álcool num período de até 48 horas antes da coleta das amostras não mostrou interferir nos 
níveis do metabólito nos dois grupos estudados. Foi observada a correlação entre ácido trans, 
trans-mucônico e idade (faixa etária de 18 a 25 anos) no grupo de não expostos.
Conclusões
Os resultados obtidos evidenciaram a importância de ser mais bem avaliada a influência do 
hábito de fumar e da faixa etária do trabalhador nos níveis urinários do ácido trans, trans-mucônico.
Cafeína: revisão sobre métodos de análise. Química Nova, v. 30, n. 1, p. 99-105, 2007. Fonte: 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/qn/v30n1/20.pdf>, acesso em: 22. jan. 2017.
Resumo:
Gravimetric and Bailey-Andrew methods are tedious and provide inflated results. Spectrofotometry 
is adequate for caffeine analysis but is lengthy. Gas chromatography also is applied to the caffeine 
analysis but derivatization is needed. High performance liquid chromatography with ultraviolet 
detection (HPLC-UV) and reversed phase is simple and rapid for xanthine multianalysis. In HPLC-UV-
gel permeation, organic solvents are not used. HPLC-mass spectrometry provides an unequivocal 
structural identification of xanthines. Capillary electrophoresis is fast and the solvent consumption 
 
Pág. 34 de 36
is smaller than in HPLC. Chemometric methods offer an effective means for chemical data handling 
in multivariate analysis. Infrared spectroscopy alone or associated with chemometries could predict 
the caffeine content in a very accurate form. Electroanalytical methods are considered of low cost 
and easy application in caffeine analysis.
Acesse o Anexo 2 e conheça exemplos de aplicações das análises toxicológicas
ACONTECEU
Segundo informação da ONU do ano de 2016, quase 200 mil pessoas morrem anualmente devido ao 
uso de narcóticos ilegais.
Fonte: Correio Braziliense.
Fonte: <http://misteriosdomundo.org/>.
CONCLUSÃO:
Toxicologia é um tipo de ciência que estuda a natureza e os meios das intoxicações nos 
organismos vivos. Tem como objetivo analisar os efeitos adversos das substâncias químicas sobre 
os organismos.
 
Pág. 35 de 36
GLOSSÁRIO
Cromatografia: é uma técnica quantitativa que tem por finalidade geral a identificação de substâncias 
e a separação-purificação de misturas. Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromatografia>.
Doping: dopagem bioquímica ou simplesmente dopagem é a utilização de substâncias proibidas 
no desporto que podem tornar o atleta mais forte e rápido sendo considerado uma espécie de 
trapaça e proibido em torneios e campeonatos, por promoverem o aumento ilícito do rendimento 
do atleta, humano ou animal. Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Dopagem_bioqu%C3%ADmica>.
Espectrofotometria: é o método de análises óptico mais usado nas investigações biológicas e 
físico-químicas. Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Espectrofotometria>.
Fármaco: substância química de estrutura conhecida que se destina ao benefício do organismo 
receptor.
Veneno : qualquer substância, preparada ou natural, que por sua atuação química é capaz de 
destruir ou perturbar as funções vitais de um organismo. Fonte: Google.
Volume de distribuição: indica a extensão da distribuição de uma substância.
Analitos: é uma substância ou componente químico, em uma amostra, que é alvo de análise em 
um ensaio. Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Analito>.
 
Pág. 36 de 36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução nº 899, de 29 de maio de 
2003. Guia para validação de métodos analíticos. D.O.U, 02 jun. 2003.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria nº 24. Norma Regulamentadora nº 7: Programas de Controle 
Médico de Saúde Ocupacional. D.O.U, 30 dez. 1994.
MOREAU, R. L. M.; SIQUEIRA, M. E. P. B. Toxicologia analítica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2008, 318 p.
OGA, Seizi, Fundamentos de Toxicologia. 4ª ed. São Paulo: Atheneu, 2014. 685 p.

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