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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CENTRO DE CIÊNCIA AGRÁRIAS CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA BRUNA RUFINO DOS SANTOS MODELO DE GESTÃO ESTRATÉGICA PARA PROPRIEDADES DEDICADAS À BOVINOCULTURA DE CORTE Boa Vista 2011 BRUNA RUFINO DOS SANTOS MODELO DE GESTÃO ESTRATÉGICA PARA PROPRIEDADES DEDICADAS À BOVINOCULTURA DE CORTE Trabalho apresentado como pré-requisito para conclusão do Curso de Bacharelado em Zootecnia, da Universidade Federal de Roraima. Orientador: Jalison Lopes Co-Orientador: Amaury Burlamaqui Bendahan Boa Vista 2011 Dados Internacionais de Catalogação na publicação (CIP) Biblioteca Central Maria Auxiliadora de Souza Melo S237m Santos, Bruna Rufino dos. Modelo de gestão estratégica para propriedades dedicadas à bovinocultura de corte / Bruna Rufino dos Santos. – Boa Vista, 2011. 48p. : il. Orientador: Prof.. Dr. Jalison Lopes. Monografia (graduação) – Universidade Federal de Roraima, Bacharel em Zootecnia. 1 – Balanced Scorecard. 2 - Planejamento. 3 - Empresa Rural. 4 - Bovinos. I - Título. II - Lopes, Jalison (Orientador). CDU – 636.2:65.012.2 BRUNA RUFINO DOS SANTOS MODELO DE GESTÃO ESTRATÉGICA PARA PROPRIEDADES DEDICADAS À BOVINOCULTURA DE CORTE Trabalho apresentado como pré-requisito para conclusão do Curso de Bacharelado em Zootecnia da Universidade Federal de Roraima, defendido em 02 de dezembro de 2011 e avaliado pela seguinte banca examinadora: _______________________________________ Prof. Dr. Jalison Lopes Orientador/Curso de Zootecnia-UFRR _______________________________________ Pesq. MSc. Amaury Burlamaqui Bendahan Co-orientador/ EMBRAPA-UFRR ____________________________________ Prof. Dr. Ricardo Alves da Fonseca EAGRO-UFRR À minha mãe que sempre me apoiou e estimulou, em todos os momentos. À meus professores pelos ensinamentos. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por não ter deixado as dificuldades ao longo da jornada fazerem com que eu desistisse nesta caminhada. À minha Mãe pelo encorajamento diário e as minhas irmãs por estarem sempre comigo. Agradeço aos meus orientadores Amaury Burlamaqui Bendahan pelo incentivo, apoio e paciência e Jalison Lopes pela compreensão e apoio durante o desenvolvimento deste trabalho. A Embrapa Roraima, pela oportunidade de estágio e ao Engenheiro Agrônomo Marcio Granjeiro por ter aberto as portas de suas propriedades e nos disponibilizado informações para a execução desse trabalho. Aos professores dos cursos de Zootecnia e Agrônomia que colaboraram com minha formação profissional e pessoal, me ensinado alem das disciplinas a ter valores éticos e morais ao longo do curso. Em especial um muito obrigada ao Prof. MSc. Rodrigo Feltran, que prestou uma imensa ajuda, para a entrega deste trabalho com sua compreensão e paciência. As minhas amigas irmãs: Isabel Diniz (Paraíba) pela carona de todos os dias e pelas fugidinhas para descontrair, amiga chata de conselhos tortos rsrs, porém minha confidente de todos os momentos. A Gabrielle Catarine e Danielle Almeida que me ajudaram nas coletas de campo, amigas insuportáveis srsr que amo de mais. A Catarina Araujo e Léia Santiago pelos conselhos e pela força a cada obstáculo e a Amanda Leal uma nova amiga de personalidade calma, que tive a oportunidade de ter, só veio a acrescentar no meu crescimento pessoal e profissional. Aos meus amigos, Rodrigo Guedes, Vandré Voguel, Milton Salustiano, Felipe Albuquerque, Renan Lima e Rairon Aguiar, companheiros que estão sempre me divertindo e mostrando o quanto é bom estar rodeada de pessoas que lhe querem bem. Amigos esses que com sua presença, alegria e entusiasmo me animavam até nos momentos de maior dificuldade e que com carinho diário nutriam minhas energias, me orgulho muito de tê-los como amigos. Amo vocês. Ao Zenobio (Zé da cantina) por todos os lanches e almoços durante todos esses anos de curso. À Universidade Federal de Roraima, pela oportunidade de realizar este curso. A todos os colegas do curso de Zootecnia, pessoas que direta ou indiretamente colaboraram com a realização deste trabalho. Muito obrigada! Não Desista do Seu Sonho Mesmo que todos os caminhos Te levarem a pensar Que parecem impossível Não desista de sonhar. Busque no seu coração A certeza de vencer Não há nada neste mundo Impossível pra você. Não desista do seu sonho E tudo pode acontecer De um momento para o outro Um milagre pode haver Num instante você sonha E no outro pode ser Que o milagre do seu sonho Pela fé pode nascer. Se nem mesmo seus amigos Parecem se importar Erga os teus olhos para Cristo E não desista de sonhar Busque no seu coração Esta certeza de vencer... Pimentas do Reino RESUMO O trabalho teve como objetivo a construção de “Plano Diretor” para três propriedades rurais com foco em produção de bovinos de corte. As propriedades pertencem ao mesmo produtor e localizam-se na região da vila do Roxinho, município de Iracema e tem denominação de: Fazenda São Paulo; Fazenda Açaizal; e Fazenda Pé de Serra. Os trabalhos iniciaram pelo diagnóstico quando foram levantadas as plantas baixas das propriedades, com a utilização de aparelho GPS, com o objetivo de caracterizar o uso do solo e em seguida foi realizado o levantamento patrimonial. Por meio de entrevistas com o produtor foi realizada a análise do ambiente interno e externo quando foram definidos aspectos estratégicos como “Missão”; “Visão”; “Estratégias”, “Objetivos Estratégicos”, “Pontos Fortes”, Pontos Fracos, “Ameaças” e “Oportunidades” e a descrição do sistema de produção das propriedades. Após passou-se a confecção do “Mapa Estratégico” utilizando conceito do Balanced Scorecard (BSC). Passou- se, então, a confecção, primeiramente, da planilha de “Planejamento Orçamentária” que foi dividida nos centros de custos de: i) Reprodução da Fazenda São Paulo; ii) Recria da Fazenda São Paulo; iii) Agricultura Fazenda São Paulo; vi) Recria e Engorda da Fazenda Açaizal; v) Engorda da Fazenda Pé de Serra; e vi) Administração e depois do “Painel de Bordo” para controles dos indicadores. Finalizando os trabalhos foi realizada a validação dos resultados com o proprietário. Palavras-chaves: Balanced Scorecard, Planejamento, Empresa Rural, Bovinos ABSTRACT The work aimed the building of "Master Plan" for three farms with focus on production of beef cattle. The properties belong to the same farmer and their location is in the Roxinho Village Region, county of Iracema. The three properties are denominated São Paulo farm, Açaizal farm, and Pé de Serra farm. The work began by diagnosis when the floor plans of the properties were raised with the use of GPS, to characterize the land use. By interviews with the producer, the analysis of the internal and external environment were carried out and strategic issues as "Mission", "Vision", "Strategies", "Strategic Objectives", "Strengths", "Weaknesses", "Threats", and "Opportunities" and description of the production system were defined. After, the construction of the "Strategic Map" was started by using concepts of the Balanced Scorecard (BSC). Then, it moved to making of the "Budget Planning" which was divided into cost centers: i) Reproduction in the São Paulo Farm; ii) Re-create inthe São Paulo Farm; iii) Agriculture São Paulo Farm; iv) Fattening in the Açaizal Farm; v) Fattening in the Pé de Serra Farm; and vi) Administration. In order to control the indicators was made the "dashboard". Finally, the work was carried out to validate the results by the farmer. Keywords: Balanced Scorecard, Planning, Rural Enterprise, Cattle LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - Fluxograma do sistema de produção de cria recria e engorda nas Fazendas São Paulo, Açaizal e Pé de Serra……………………………….....…………… 23 FIGURA 2 - Mapa da Fazenda São Paulo……………………… 24 FIGURA 3 - Mapa da Fazenda Açaizal………………………… 28 FIGURA 4 - Mapa da Fazenda Pé de Serra……………………. 29 LISTA DE TABELAS TABELA 1 - Calendário de chuvas da região onde se localiza a fazenda São Paulo.................................................... 21 TABELA 2 - Situação Ambiental da Fazenda São Paulo.............. 21 TABELA 3 - Dados consolidados do inventário patrimonial das Fazendas São Paulo, Açaizal e Pé de Serra............. 22 TABELA 4 - Uso do solo da Fazenda São Paulo......................... 25 TABELA 5 - Inventario Patrimonial da Fazenda São Paulo – Estrutura Física........................................................ 25 TABELA 6 - Levantamento de Máquinas e equipamentos da Fazenda São Paulo................................................... 26 TABELA 7 - Levantamento dos Veículos utilizados na fazenda São Paulo................................................................. 26 TABELA 8 - Levantamento quantitativo do rebanho ovino da fazenda São Paulo.................................................... 26 TABELA 9 - Rebanho de Gado Nelore na fazenda São Paulo........................................................................ 27 TABELA 10 - Rebanho de recria para abate da Fazenda São Paulo........................................................................ 27 TABELA 11 - Animais de serviço utilizados nas fazendas............ 27 TABELA 12 - Uso do solo da Fazenda Açaizal............................. 28 TABELA 13 - Inventario Patrimonial da Fazenda Açaizal – Estrutura Física........................................................ 28 TABELA 14 - Levantamento quantitativo do rebanho bovino da Fazenda açaizal........................................................ 29 TABELA 15 - Uso do solo da Fazenda Pé de Serra....................... 29 TABELA 16 - Inventario Patrimonial da Fazenda Pé de Serra – Estrutura Física....................................................... 30 TABELA 17 - Levantamento quantitativo do rebanho bovino da Fazenda Pé de Serra................................................ 30 TABELA 18 - Matriz da SWOT da propriedade rural, desenvolvida junto com o produtor....................... . 31 TABELA 19 - Formulação do Mapa estratégico da propriedade.. ............................................................................ 32 TABELA 20 - Formulação do plano de ação para a propriedade.. ............................................................................ 33 TABELA 21 - Centros de custos. i) Reprodução na Fazenda São Paulo; ii) Recria na Fazenda São Paulo; iii) Recria e Engorda na Fazenda Açaizal; iv) Engorda na Fazenda Pé de Serra; e v) Administração. As despesas que não foi possível identificar qual centro de custo pertencia, foram colocadas no Centro de Custos de “Administração”. ............................................................................ 35 TABELA 22 - Realização de um painel de controle para gestão da propriedade......................................................... 40 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 13 1.1 SISTEMA DE PRODUÇÃO .................................................................................. 145 1.2 ANÁLISE DE AMBIENTE.................................................................................... 146 1.3 PLANEJAMENTO ................................................................................................. 156 1.4 BALANCED SCORECARD (BSC) ....................................................................... 167 1.5 CENTRO DE CUSTOS E PLANO DE AÇÃO ...................................................... 17 1.6 PAINEL DE BORDO ............................................................................................... 18 2 OBJETIVOS ................................................................................................................ 18 3 METODOLOGIA ........................................................................................................ 19 4 RESULTADO .............................................................................................................. 20 PLANO DIRETOR ......................................................................................................... 20 4.1 DIAGNÓSTICO ....................................................................................................... 20 4.1.1Situação Ambienta das Propriedades ...................................................................... 20 4.1.2 Levantamento Patrimonial ................................................................................... 212 4.1.3 Quadro de Colaboradores ...................................................................................... 21 4.1.4 Sistema Produtivo .................................................................................................. 21 5 LEVANTAMENTO DAS PROPRIEDADES ............................................................. 23 5.1 PROPRIEDADE 1 .................................................................................................... 23 5.1.1 Levantamento Patrimonial ................................................................................... 245 5.1.2 Rebanho ovino ..................................................................................................... 256 5.1.3 Rebanho Bovino ................................................................................................... 267 5.1.4 Animais de Serviço .............................................................................................. 267 5.2 PROPRIEDADE 2 .................................................................................................... 26 5.2.1 Levantamento Patrimonial ................................................................................... 278 5.2.2 Rebanho Bovino ................................................................................................... 278 5.3 PROPRIEDADE 3 .................................................................................................. 289 5.3.1 Levantamento Patrimonial ..................................................................................... 30 5.3.2 Rebanho Bovino ..................................................................................................... 30 6 PLANEJAMENTO ................................................................................................... 301 6.1 ASPECTOS ESTRATÉGICO ............................................................................... 301 6.1.1 Matriz de FOFA (SWOT) (Tabela 18) ................................................................ 301 6.1.2 Mapa Estratégico (Tabela 19)............................... Erro! Indicador não definido.2 6.1.3 Plano de Ação (Tabela 20) ................................... Erro! Indicadornão definido.3 6.1.4 Orçamento Operacional ........................................ Erro! Indicador não definido.5 6.1.5 Painel de Bordo ..................................................................................................... 40 7 CONIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 434 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 445 13 1. INTRODUÇÃO A pecuária bovina de corte é uma atividade de relevância econômica e social no Brasil. O país é possuidor do segundo maior rebanho do mundo, ao redor de 200 milhões de cabeças e a partir de 2004, está na liderança das exportações mundiais, responsável por 20% da comercialização de carne no mundo (MAPA, 2011). E sendo a bovinocultura considerada um setor que estar intensamente articulado a outros setores da economia (BARBOSA, 2004). Da mesma forma que as demais atividades econômicas do setor primário, no Brasil, a bovinocultura de corte caracteriza-se pelo elevado número de produtores e tem em seu produto principal características de commoditie. Ou seja, os preços da carne são regulados pela lei da oferta e procura, e o produtor não influi no preço final (NETO et al., 2007). No estado de Roraima, a pecuária é considerada a segunda atividade econômica mais importante, depois do cultivo de grãos. Historicamente iniciou em pastagens nativas das savanas do Estado, sendo predominantemente extensiva e pouco produtiva, com baixos níveis de produção e produtividade (Gianluppi, 2001). A pecuária do Estado começou a obter melhores índices produtivo com a expansão para áreas de floresta e nos últimos anos vem apresentando maior adoção de tecnologia. Da maneira que a atividade vai se desenvolvendo, a adoção de tecnologia na produção e de interação positiva com o mercado, obriga aos produtores maior organização na propriedade e planejamento de suas atividades (COSTA et al., 2009). Na maioria das vezes as propriedades de bovinocultura são familiares e não são consideradas empresas, não apresentando, controles administrativos importantes como, planejamento e controle para orientar a tomada de decisão. Pode–se observar a intenção de melhorar por muitos pecuaristas, no entanto, a falta de conhecimento de como proceder, limita o estabelecimento de um plano orientador que possa direcionar ações (NETO et al., 2007). Observa-se então a necessidade de profissionalização dos empreendimentos pecuários, passando por um planejamento, quando o produtor organiza e define objetivos, metas e ações e pelo estabelecimento de controles, capazes de colocar a disposição dos produtores informações para serem utilizadas no dia-a-dia de seus negócios. Nesse sentido o produtor fica capacitado para decidir o que fazer, como fazer e quem deverá fazer (PARISE, 2010). 14 Pois de acordo com Pellenz (2009), nos tempos atuais o planejamento estratégico esta sendo tratado não como diferencial, mas como um pré–requisito para toda organização que possui por objetivo se manter no mercado. 1.1 SISTEMA DE PRODUÇÃO O objetivo produtivo de uma fazenda dedicada à bovinocultura de corte é produzir a maior quantidade de quilos de carne por unidade de área, ao menor custo possível. Nesse caso segundo Brisolara (2008), uma propriedade de ciclo completo, de cria, recria e engorda, tem objetivos distintos para cada etapa. Na cria se busca obter o maior número de bezerros por vaca acasalada (taxa de natalidade) e o maior peso a desmama possível, pois, dessa forma, a fase da recria é diminuída, possibilitando que os novilhos sejam preparados para entrar na fase final de engorda mais rápido. Quanto mais rápido é esse ciclo, maior é o giro na fazenda e menor é o custo fixo por animal comercializado. Segundo Valle et al (1998), o estabelecimento de um período de monta, pode ser utilizado para auxiliar o produtor na busca de uma melhor eficiência do sistema de cria. Além de disciplinar as demais atividades de manejo, o estabelecimento de uma estação de monta também faz com que o período de maior oferta de alimentos de qualidade se ajuste àquele de maior demanda nutricional por parte do animal, de forma a reduzir os custos com a suplementação. De acordo com QUADROS (2005), o sistema de produção de gado de corte é o conjunto de tecnologias e práticas de manejo, bem como o tipo de animal, o propósito da criação, a raça e etc. A pecuária de corte é caracterizada por três fases distintas, a cria, recria e engorda. Segundo este autor, a fase de cria definida como a etapa do ciclo pecuário responsável pela produção e venda de bezerros de corte é uma fase de baixa rentabilidade, devido ao manejo errôneo realizado (OAIGEN, 2007). Oliveira et al. (2006), afirma que todo desembolso e tecnologias adotados nas propriedades estão direcionadas para a fase de terminação do animais, pois considera-se essa fase a mais rentável. Assim, na produção de bovinos, podemos encontrar produtores que optem pelo ciclo completo do sistema de produção (cria, recria e engorda), por apenas um destes ou pela integração de outras formas de produção animal que ocupem a mesma área, exemplo disso a ovinocultura (AGUINAGA, 2009). Para Barbosa (2004), alem das fases de cria, recria e 15 engorda os sistemas de produção também podem ser classificados segundo o sistema de criação extensivo ou intensivo. 1.2 ANÁLISE DE AMBIENTE O cenário de intensa competitividade em que as empresas estão inseridas com grande destaque do agronegócio na economia local e global tem mostrado que elas precisam pensar cada vez mais sistemicamente (DREES et al., 2008). Segundo Barbosa (2004), a analise do ambiente, busca um conhecimento sobre os fatores internos e externos da propriedade rural analisada, isso serve como auxílio para a escolha de um sistema adequado a propriedade. Ambiente e sistemas devem sempre ser abrangidos como estado de interação e dependência. Por tanto, a capacidade que as empresas possuem de atingir suas metas irá depender de um processo de planejamento e monitoração nos quais iriam identificar os riscos e oportunidades. A análise do ambiente pode ser externa, no qual se ressalta que o aspecto principal do meio ambiente a ser analisado da empresa é a concorrência. As forças externas de qualquer setor são extremamente significativas, uma vez que as forças externas em geral afetam todas as empresas desse segmento. E interna, onde por meio da organização é possível conhecer suas competências e habilidades atuais e potenciais para dar direção e significado ao cumprimento da sua missão e visão (DREES et al., 2008). 1.3 PLANEJAMENTO O termo Plano Diretor é utilizado em planos de desenvolvimento de municípios. No contexto de propriedade rural pegou-se emprestado o termo com o objetivo de se ter um documento que oriente a atuação do empresário na condução de sua propriedade, pensando e organizando a gestão dos diversos recursos que envolvem uma propriedade rural. O planejamento é uma dimensão fundamental na gestão. De acordo com Ferreira (2007), o “Planejamento pode ser considerado como um processo, desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de um modo mais eficiente e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa”. Atualmente a globalização da economia está exigindo cada vez mais que os produtores rurais se transformem em empresários rurais. Isso só irá ocorrer por meio de uma nova 16 postura gerencial o que exige conhecimentos gerais e o domínio de como conduzir seu negócio. Todas estas mudanças elevam a complexidade gerencial da produção rural, tornando indispensável que o empresário rural tenha estratégias de gestão bem definidas, pratique planejamento e, por meio do conjunto de informações numéricas da sua empresa, possa melhorar a tomada de decisão, e entãoassim, consolidar a sustentabilidade de sua empresa rural (BILIBIO, 2009). Existem diversos fatos da baixa utilização de técnicas de gestão empresarial em propriedades rurais, entre eles estão: a) administração familiar, muitas vezes com baixo nível de escolaridade do gestor; b) maior dificuldade de acesso à informação; c) condução do empreendimento rural como pessoa física, sem existir obrigatoriedade de constituição de uma empresa com personalidade jurídica; d) menor oferta de consultores preparados para a administração da empresa agropecuária; e) grande dispersão espacial das propriedades, dificultando a comunicação e capacitação dos produtores e trabalhadores; dentre outras (BRISOLARA, 2008). Muitas empresas não identificam o seu posicionamento diante do mercado consumidor, assim, não possuem conhecimentos administrativos e nenhuma base para definição do planejamento estratégico, nem para o planejamento operacional, por isso, não tem perspectivas quanto a sua evolução (BILIBIO, 2009). Com base nisso ressalta-se a necessidade de observar mecanismos eficientes de gerenciamento que também sejam capazes de impulsionar as estratégias de longo prazo. Pois como se sabe muitas propriedades rurais não possuem qualquer tipo de planejamento ou estratégia a fim de possibilitar um retorno sustentável dos investimentos realizados na propriedade rural (NETO et al., 2011). O sistema de medição de desempenho é uma das principais ferramentas aplicadas à gestão estratégica, pois por meio dele é possível realizar tomadas de decisões corretas e a tempo (CAVALHEIRO et al., 2006). 1.4 BALANCED SCORECARD (BSC) E SWOT Geralmente a avaliação de desempenho de uma organização é efetuada por meio de indicadores, que constituem parte central da função de planejamento e controle, pois os mesmos estão coerentes com os objetivos definidos pela organização. A ferramenta de avaliação de desempenho Balanced Scorecard (BSC) “é considerada um sistema de 17 mensuração e gestão do desempenho organizacional, visando principalmente auxiliar as empresas a expressar sua estratégia em metas, objetivos e indicadores, direcionando comportamentos e resultados” (FARIA, 2009). De acordo com Nuintin et al. (2010), os indicadores financeiros e não-financeiros propostos no BSC são agrupados em quatro perspectivas: A perspectiva “Econômica e Financeira”, que indicam se as estratégia de uma empresa desde sua implementação até execução estão contribuindo para a melhoria dos resultados financeiros; Perspectiva de “Clientes e Mercado”, na qual os gestores identificam os segmentos de clientes e mercados, nos quais a empresa pode competir; Perspectiva de “Processos Internos”, são aquelas, referentes as principais etapas do sistema produtivo; Perspectiva do “Aprendizado e Crescimento”, que objetiva identificar o crescimento não apenas da infraestrutura como, e principalmente, do crescimento do conhecimento organizacional. O SWOT representa uma analise na qual ocorre à identificação por parte de uma organização e examina como estão contidas as vantagens e desvantagens internas (forças e fraquezas) com os fatores externos sendo estes positivos ou negativos (oportunidades e ameaças), no sentido de gerar valor (BICHO, 2006). 1.5 CENTRO DE CUSTOS E PLANO DE AÇÃO De forma geral os centros de custos de uma propriedade, podem ser divididos pelas atividades que geram custo e receitas para poderem ser exercidas, mais claramente são os responsáveis pelas despesas efetuadas. No entanto possui duas classificações, aqueles provenientes de atividades produtivas, são estas que geram um retorno, como a criação de bovinos e aqueles provenientes de atividades que servem para manter o bom funcionamento das atividades produtivas (OAIGEN, 2007). Basicamente o plano de ação é utilizado para planejar as ações necessárias para que determinado objetivo seja alcançado. Para isso leva-se em consideração a missão da empresa relacionando-a com as principais atividades desenvolvidas e considerando, também, os resultados esperados (BARROS et al., 2011). Para Barbosa (2004), depois que se estabelece as estratégias, é fundamental que se defina quem será o responsável pela execução, como e quando será implementada determinada ação, qual será o cronograma a ser seguido e qual será o custo da mesma, ou seja, fazer um plano de ação. O que geralmente baseiam em três modelos: liderança total em custos, que é voltada para a produção, distribuição e com tudo relacionado aos custos, com o intuito de reduzi-los sem causar grande impacto na qualidade geral do produto. No modelo de http://www.farmpoint.com.br/mypoint/90868/ 18 diferenciação, alem dos custos, engloba o marketing, o design, a pesquisa, outros setores da organização. O ultimo modelo é o do foco que pode tanto ser um, o outro, ou ambos, a diferença é que ao invés de ambicionar grandes mercado, será centralizado num segmento menor. 1.6 PAINEL DE BORDO De acordo com KORBES (2010), è impossível controlar o que não se mede, sendo assim difícil gerenciar aquilo que não se controla. Por isso ressalta-se a importância dos indicadores, que são utilizados como referências de desempenho da organização em cada objetivo estratégico. A utilização de indicadores é fundamental para a consecução dos objetivos de uma empresa e os diversos indicadores compões o painel de bordo que dará aos proprietários a condição de monitorar se os resultados alcançados estão de acordo com o que foi traçado no planejamento. 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Propor um modelo de gestão estratégica para propriedades dedicadas à bovinocultura de corte especializada em cria, recria e engorda de bovinos, por meio de um diagnóstico rural. 2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS Efetuar diagnóstico prévio da propriedade; Identificar junto ao produtor a missão, visão, estratégias da empresa, pontos fortes e fracos e ameaças e oportunidades; Propor um modelo de gestão estratégico a partir da construção de mapa estratégico; Elaborar um Plano de Ação com base no Mapa Estratégico e na análise do ambiente. http://www.korbesconsulting.com/artigos/itemlist/user/64-genésiokorbes.html 19 3 METODOLOGIA O presente trabalho foi realizado de maneira participativa entre o produtor, a discente, orientador e co-orientador. As propriedades objeto de estudo foram Fazendas São Paulo, Pé de Serra e Açaizal, que possuem como objetivo a exploração e a comercialização de bovinos de corte nas fases de recria e engorda e de produção de animais para reprodução da raça nelore. Foi necessária a realização de seis encontros com o proprietário para levantamento dos dados e de 4 dias para as coletas de dados na propriedade. A coleta de dados sobre a estrutura organizacional, produção, produtividade, processo produtivo, sanidade, alimentação e comercialização de bovinos de corte, e demais informações do ambiente interno da propriedade foram obtidas por meio da utilização de um roteiro de uma entrevista semi-estruturada, contendo perguntas abertas e fechadas. As entrevistas abertas consistem naquelas em que o entrevistado tem liberdade de expressar com suas palavras a resposta da pergunta (PARISE et al., 2010). Primeiramente foram realizados os levantamentos de uso do solo por meio de GPS para a confecção dos mapas das propriedades. Em seguida, o levantamento das infraestruturas físicas e dos quantitativos dos rebanhos. Na primeira parte dos trabalhos com o proprietário ficou estabelecido, a divisão das receitas e despesas em seis centros de custos: i) Reprodução na Fazenda São Paulo; ii) Recria na Fazenda São Paulo; iii) Agricultura na Fazenda São Paulo; iv) Recria e Engorda na Fazenda Açaizal; v) Engorda na Fazenda Pé de Serra; e vi) Administração. As despesas que não foram possíveis identificação de qual centrode custo pertenciam, foram colocadas no centro de custo de “Administração”. A fase de construção do planejamento foi realizada junto ao produtor. Primeiramente o produtor definiu a missão e visão do empreendimento, em seguida foi realizada a análise dos ambientes internos e externos quando foram descritos os pontos fortes, fracos, ameaças, oportunidades. Passou-se, então a definição dos objetivos estratégicos, utilizando o método do Balanced Scorecard (BSC). Finalizando os trabalhos foi construído: o plano de ação para concretização do planejamento; planilha para controle dos fluxos financeiros e econômicos que serve como orçamento operacional; e o painel de bordo para controle dos resultados. 20 4 RESULTADO E DISCUSSÕES PLANO DIRETOR 4.1 DIAGNÓSTICO As três propriedades estão localizadas ás proximidades da vila do Roxinho município de Iracema, e são caracterizadas por um relevo suavemente ondulado. Possuem vegetação e clima característicos de regiões de floresta de transição. 4.1.1 Situação Ambiental das Propriedades Elaboração do calendário de chuvas da região de acordo com informações obtidas com o produtor, esse calendário é essencial, pois as chuvas interferem diretamente na formulação do cronograma das atividades realizadas na propriedade. Tabela 1 - Calendário de chuvas da região onde se localiza a fazenda São Paulo Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez x xxx xxxx xxxx xx x x x Obs. o sinal de + foi repetido quanto mais o mês é chuvoso A propriedade aderiu ao Cadastro Ambiental Rural – CAR e encontra-se atualmente regularizada ambientalmente, entretanto terá que acabar gradualmente com o passivo ambiental. De acordo Kochen ( 2005), o passivo ambiental, trata-se dos danos infligidos ao meio natural por uma determinada atividade ou pelo conjunto das ações humanas acumulados, que produzem riscos para o bem estar, que devem ser reparados para que seja mantida a qualidade ambiental de um determinado local. Tabela 2 - Situação Ambiental das propriedades Propriedade Área total de floresta Reserva legal exigida 80% Área de Preservação Permanente Área utilizável São Paulo 603 ha 483 ha 15,6 ha 104,4 ha Açaizal 200 ha 160 ha 5 ha 35 ha Pé de Serra 593,53 ha 314 ha 200 ha 79,53 ha 21 4.1.2 Levantamento Patrimonial Abaixo, na tabela 3 estão os valores consolidados do levantamento patrimonial das três propriedades. Tabela 3 - Dados consolidados do inventário patrimonial das três propriedades. Item São Paulo Açaizal Pé de Serra Total Estrutura Física 73.800,00 38.700,00 76.000,00 188.500,00 Maquinas e equipamentos 69.000,00 - - 69.000,00 Rebanho Bovino 39.000,0 29.600,00 135.000,00 203.600,00 Animais de Serviço 3.500,00 - - 3.500,00 Estoque 6.026,00 - - 6.026,00 Valor Total 470.626,00 4.1.3 Quadro de Colaboradores O quadro de colaboradores da propriedade é composto de empregados fixos e em determinadas épocas são contratados empregados eventuais, nos quais os cargos e as funções básicas são: um administrador (produtor e proprietário do negócio); um gerente de produção; dois vaqueiros, responsáveis pelas operações e serviços e colaboradores para serviços gerais. Todos os colaboradores realizam serviços nas três propriedades. 4.1.4 Sistema Produtivo Quando se analisa as três propriedades, que estão integradas nos sistemas de produção, pode-se montar fluxograma do processo produtivo abaixo representado. 22 Não Sim Figura 1 - Fluxograma do sistema de produção de cria, recria e engorda das Fazendas São- Paulo, Açaizal e Pé de Serra. A fase de cria ocorre na fazenda São Paulo, onde o manejo para essa fase começa com a adoção da estação de monta para realização da inseminação artificial em tempo fixo. Possui duração 2 meses, utilizando sêmen de reprodutores com genética comprovada, obtidos da ABS PECPLAN. Normalmente a partir dos 45 a 60 dias após o final da estação de monta é realizado o diagnóstico de gestação, onde é possível identificar as fêmeas que não ficaram prenhas durante a estação de monta, realizando o descarte das mesmas. Durante o terço final da gestação das vacas que dura em media 9 meses. As vacas são colocadas em um piquete maternidade de boa pastagem, permanecendo nesse piquete até o fim da gestação. Após o nascimento todos os cuidados com o bezerro são tomados, como: a observação da ingestão do colostro; a desinfecção do umbigo; e pesagem. Os bezerros passam por vacinação e vermifugação e são mantidos em piquetes junto com as mães, com a utilização do Estação de Monta - Vacas Confirmação/prenhês Gestação Parto Descarte Desmame Fêmeas Machos Matrizes para venda Matrizes para reposição Recria Engorda Reprodutor- venda Comercialização Aquisição de animais 23 creep feeding estimulando, assim, o consumo de alimentos fibrosos e o desenvolvimento do rúmen, até o momento da desmama. A fase de cria na propriedade possui duração entre 7 a 8 meses. "Creep-feeding" é uma forma de suplementação com ração balanceada no cocho, dentro de um cercado, com acesso somente ao bezerro. É um sistema prático que visa à suplementação da cria sem separá-la de sua mãe (EMBRAPA, 1995). Os machos saem da fase de cria com aproximadamente 240 kg e as fêmeas 220 kg, a partir de então inicia a fase de recria. Nessa fase parte dos animais provenientes da fase de cria na Fazenda São Paulo juntamente com animais adquirido de outras propriedades é transferido para a fazenda Açaizal. As fêmeas são criadas com finalidade de matrizes para reposição da fazenda, saindo com aproximadamente 300 kg e para a comercialização, quando alcançam 1,5 anos de idade. Os machos são criados para comercialização como reprodutor e para corte, permanecem nessa fase até atingirem peso médio de 380 kg a 400 kg, onde então ocorre à castração para aqueles destinados ao corte, e após isso, parte desses animais é deslocada para outra fazenda iniciando a fase de engorda, de onde saem, para comercialização, com peso médio de 450 kg a 530 kg. As fases de recria acontecem nas fazendas São Paulo e Açaizal, e de terminação nas fazendas Pé de Serra e Açaizal. 5 LEVANTAMENTO DAS PROPRIEDADES 5.1 PROPRIEDADE 1 Denominação: Fazenda São Paulo Relevo: Suavemente Ondulado Tamanho Total: 660 ha Atividades: Cria e Recria de Bovinos. Distância de Boa Vista: 105 km Situação Fundiária: legalizada Figura 2 - Mapa da Fazenda São Paulo 24 Tabela 4 - Uso do solo da Fazenda São Paulo Atividade Área (ha) Condição atual Área Total da Propriedade 660,00 Reserva Legal 265,6 Boa Área de Preservação Permanente 15,6 Boa Integração Lavoura-Pecuária-Floresta 8,67 Boa Pastejo Rotacionado 33,85 Bom Integração Lavoura Pecuária 15,64 Boa Pasto 222,4 Bom Outros 1,69 Bom Ao se referenciar a condição ambiental, boa ou ruim, entendi-se que as áreas esto de acordo com todos os requisitos para o desenvolvimento da atividade, como respeitar as áreas de preservação permanente e reserva legal. 5.1.1 Levantamento Patrimonial O levantamento patrimonial da Fazenda São Paulo demonstrou que a propriedade tem em infraestrutura R$ 69.300,00 (Tabela 5), em máquinas e equipamentos R$ 69.000,00 (Tabela 6), em veículos R$ 111.000,00 (Tabela 7), e em rebanho R$ 390.000,00 (Tabela 8 e 9), em animais de serviço um total de R$ 3.500,00 e R$ 6.026,00 de estoque. O total do patrimônio é de R$ 648.826,00. Nesse levantamento não foi incluído o valor do rebanho de ovinos, pois o proprietário entende que essa atividade é particular dele, assim as despesassaem de seu pró-labore. Tabela 5 - Inventario Patrimonial da Fazenda São Paulo – Estrutura Física Descrição Ano Estado Valor Casa de madeira do morador, telhado de telha de amianto. 187 m 2 2005 Boa 10.000,00 Casa de madeira, telhado de telha de amianto 74 m 2 2009 Boa 7.000,00 Casa de madeira de trabalhadores, telhado de telha de amianto 87 m 2 2004 Boa 5.000,00 Curral em madeira com tronco e balança. 2003 Bom 25.000,00 Galpão piso de terra batida e telha de amianto 144 m2 2006 Bom 5.000,00 Aprisco de chão batido e telha de amianto 88m 2 2006 Bom 2.500,00 Galpão de sela, sal e banheiros 80 m 2 2008 Bom 1.500,00 Poço amazonas 2003 Bom - Cerca convencionais 16,6km 2004 Regular 3.500,00 25 Cerca convencionais 7km 2008 Boa 4.200,00 2 Bebedouros escavados 2010 Bons 1.000,00 2 Cochos para sal mineral 4m 2006 Bons 700,00 5 Cochos para sal mineral 4m 2008 Bons 700,00 1 Cocho para sal mineral 12m 2011 Bons 3.200,00 TOTAL 69.300,00 Tabela 6 - Levantamento de Máquinas e equipamentos da Fazenda São Paulo Descrição Ano Estado Valor Trator 985 2000 Bom 60.000,00 Grade de arado pesado com 20 discos 1995 Razoável Valor residual Distribuidor de fertilizante Colômbia de capacidade de 200 kg 1998 Razoável 6.000,00 Plaina trazeira- trator marquezan 2006 Bom 1.500,00 Adubadora vincon 200 kg 1984 Razoável 1.500,00 TOTAL 69.000,00 Tabela 7 - Levantamento dos Veículos utilizados na fazenda São Paulo Descrição Ano Estado Valor Moto Yamaha 1997 Bom 6.000,00 Carro Gol 1998 Bom 15.000,00 Carro - Hilux 2002 Bom 90.000,00 TOTAL 111.000,00 As máquinas, equipamentos e veículos ficam apascentados na Fazenda São Paulo, mas, servem todas as outras propriedades 5.1.2 Rebanho ovino A atividade de ovinocultura é desenvolvida apenas como atividade de prazer e para consumo próprio. O plantel (Tabela 8) é formado por ovinos da raça Santa Inês. São criados em piquete de Brachiaria humidicola (quicuio da Amazônia) de 4,92 ha contendo bebedouro e cocho de sal, onde possui um aprisco de chão batido simples, sem separação de fêmeas e machos, os animais são colocados todos juntos. No manejo alimentar é oferecido apenas sal mineral ao cocho a cada 2 dias. Tabela 8 - Levantamento quantitativo do rebanho ovino da fazenda São Paulo Ovinos Quant. Reprodutores 3 Matrizes 42 Cordeiros 10 Total 55 26 5.1.3 Rebanho Bovino A propriedade desenvolve atividade de criação de bovinos da raça nelore para venda de animais para reprodução e possui, ainda, rebanho de recria de bovinos que depois são distribuídos para as fazendas Açaizal e Pé de serra, onde são terminados. Os animais são confinados em pastos de capim Tanzânia. Nas Tabelas 9 e 10 estão os quantitativos dos rebanhos. Tabela 9 - Rebanho de Gado Nelore na fazenda São Paulo Corte Quant. Valor Unitário Valor total Reprodutores (Tourinhos) 90 300,00 27.000,00 Matrizes 100 1.500,00 150.000,00 Vacas de descarte 20 1.200,00 24.000,00 Total 480 20.1000,00 Tabela 10 - Rebanho de recria para abate Corte Quant. Valor unitário Valor total Garrote 270 700,00 189.000,00 Total 270 189.000,00 5.1.4 Animais de Serviço Os animais de serviços ficam apascentados na Fazenda São Paulo e servem todas as outras propriedades, abaixo na Tabela 11 o quantitativo e valor desses animais. Tabela 11 - Animais de serviço utilizados nas fazendas 5.2 PROPRIEDADE 2 Denominação: Fazenda Açaizal Relevo: Suavemente Ondulado Tamanho Total: 200 ha Atividades: Recria e engorda de bovinos. Distância de Boa Vista: 110 km Situação Fundiária: legalizada Espécie Quant. Valor Unitário Valor Total Eqüinos 7 500,00 3.500,00 Total 3.500,00 27 Figura 3 - Mapa da Fazenda Açaizal Tabela 12 - Uso do solo da Fazenda Açaizal Atividade Área (ha) Condição atual Área Total da Propriedade 200 Boa Reserva Legal 76 Boa Área de Preservação Permanente 5 Boa Pasto 119 Bom 5.2.1 Levantamento Patrimonial O levantamento patrimonial da Fazenda Açaizal demonstrou que a propriedade possui em infraestrutura R$ 44.700,00 (Tabela 13) e em rebanho R$ 296.000,00 (Tabela 14). O total o patrimônio é de R$ 340.700,00. Tabela 13 - Inventario Patrimonial da Fazenda Açaizal – Estrutura Física Descrição Ano Estado Valor Casa de madeira, telhado de telha de amianto. 75 m 2 2003 Boa 6.000,00 Curral em madeira. 688 m 2 2001 Bom 25.000,00 Cerca convencionais 3 km 2004 Bom 3.000,00 Cerca convencionais 2 km 2008 Boa 5.000,00 Cerca convencionais 1 km 2009 Bom 5.000,00 2 Cochos para sal mineral 4m 2004 Bom 700,00 TOTAL 44.700,00 5.2.2 Rebanho Bovino A propriedade desenvolve recria e engorda de bovinos para abate. Parte dos animais vêm da fazenda São Paulo e parte são comprados diretamente para essa propriedade. A saída de animais pode ser diretamente para o abate, ou parte podem ir para a Fazenda Pé de Serra 28 para terminação e parte são terminados na própria fazenda. Na tabela 14 está o quantitativo do rebanho. Tabela 14 - Levantamento quantitativo do rebanho bovino da Fazenda Açaizal. Corte Quant. Valor Unitário Valor Total Garrote 80 700,00 56.000,00 Boi castrado 160 1.500,00 240.000,00 Total 240 296.000,00 5.3 PROPRIEDADE 3 Denominação: Fazenda Pé de Serra Relevo: Suavemente Ondulado Tamanho Total: 596,53 ha Atividades: Cria e Recria de Bovinos. Distância de Boa Vista: 108 km Situação Fundiária: legalizada Figura 4 - Mapa da Fazenda Pé de Serra Tabela 15 - Uso do solo da Fazenda Pé de Serra Atividade Área (ha) Condição atual Área Total da Propriedade 596,53 Reserva Legal 314 Boa Área de Preservação Permanente 200 Boa Outros 0,83 Boa Pasto 81,70 Boa 29 5.3.1 Levantamento Patrimonial O levantamento patrimonial da Fazenda Pé de Serra demonstrou que a propriedade possui em infraestrutura R$ 76.000,00 (Tabela 16) e em rebanho R$ 135,000,00 (Tabela 17). O total o patrimônio é de R$ 211.000, 00 Tabela 16 - Inventário Patrimonial da Fazenda Pé de Serra – Estrutura Física Descrição Ano Estado Valor Casa de madeira do morador, telhado de telha de amianto 80m 2 . 09 Boa 28.000,00 Curral em madeira . 11 Bom 20.000,00 Curral de ordenha 09 Bom 2.000,00 Galinheiro 43m 2 08 Bom 20.000,00 Cerca convencionais 5 km (5fios) 08 Bom 4.000,00 Barracao de sela 14 m 2 08 Bom 1.000,00 3 Cochos para sal mineral 4m 2 11 Regular 1.000,00 TOTAL 76.000,00 5.3.2 Rebanho Bovino A propriedade desenvolve engorda de bovinos. Parte dos animais são provenientes da fazenda São Paulo e parte da fazenda Pé de Serra. Na tabela 17 está o quantitativo do rebanho. Tabela 17 - Levantamento quantitativo do rebanho bovino da Fazenda Pé de Serra Corte Quant. Valor Unitário Valor Total Boi castrado 90 1.500,00 135.000,00 Total 135.000,00 30 6 PLANEJAMENTO 6.1 ASPECTOS ESTRATÉGICO Negócios da Empresa: Produção de animais da raça nelore com comercialização para reprodução e compra de bezerros machos para introdução em sistema de recria e engorda com comercialização para a COOPECARNE. Missão Produzir carne bovina de qualidade e segura a partir da recria e engorda de animais. Visão Ser referência no Estado de Roraima em sistema de produção de alimentos. Estratégias Busca contínua da máxima produtividade nos processos internos Eficiência na gestão financeira Gestão estratégica dos custos Ter sempre custos de produção abaixo da média do segmento Trabalhar com orçamento anual Planejar e executar compras programadas 6.1.1 Matriz de FOFA (SWOT) (Tabela 18) Tabela 18: Matriz da SWOT da propriedaderural, desenvolvida junto com o produtor Pontos Fortes Pontos Fracos Proprietário com formação profissional na área do empreendimento; Boa localização da propriedade; Infraestrutura adequada para atividade; Gerente comprometido; Fazer parte da Cooperativa; Possuir capacidade de levantar dinheiro. Pouca disponibilidade de tempo para permanecer na propriedade; Pendência documental; Falta de tempo para gestão; Não há mão-de-obra treinada para as novas atividades de lavoura e plantios de árvores; Falta de maquinário para lavoura. Oportunidades Ameaças Aumento da demanda por alimentos seguros; Expectativas de estabilidade de preços da carne para os próximos anos Situação ainda indefinida da febre aftosa no estado; Falta de regularização na questão trabalhista; Não cumprimento do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta ambiental). 31 6.1.2 Mapa Es31tratégico (Tabela 19) Missão: Produzir carne bovina de qualidade e segura a partir da recria e engorda de animais. Visão: Ser referência no Estado de Roraima em sistema de produção de alimentos. Tabela 19 – Formulação do Mapa estratégico da propriedade Perspectivas Objetivos estratégicos Indicadores Metas Econômico/ financeiro Ter taxas de retorno superior ao mercado; Maximizar Lucro; Otimizar os Custos. Taxa de retorno/ano Receita/semestre Saldo fluxo caixa/mês Lucro/quadrimestre Lucro/ha/ano Lucro/lote de bezerros adquiridos Preço boi gordo/Preço do bezerro Compras não planejadas/mês Custo kg/animal/mês na recria engorda Custo matriz/mês Alcançar 10% a.a. de taxa de retorno sobre o P.L em 2013 Alcançar a receita de R$ 300.000,00 por semestre a partir de 2013 Manter fluxo de caixa positivo em todos os meses a partir de julho de 2012 Alcançar lucro líquido quadrimestral de 5% sobre o custo de produção a partir de 2013 Manter os custos operacionais no patamar de 45% das receitas a partir de 2013 Adquirir bezerras com relação de preço boi gordo/bezerro no mínimo de 2,3 Zerar as compras não planejadas por mês a partir do segundo semestre de 2012 Equilibrar o custo animal mês na recria e engorda em R$18,00 a partir de 2012. Equilibrar o custo matriz mês em R$ 40,00 a partir de 2012 Cliente/ mercado Fidelizar fornecedores de bezerros Satisfazer os clientes de animais de reprodução Manter taxa de lotação das propriedades em Contrato de parceria com fornecedores Clientes satisfeitos QT de bezerros adquiridos QT de bois gordos Assinas contrato de parceria de fornecimento de bezerros com 2 fornecedores até julho de 2012 Manter 100% de clientes satisfeitos Adquiri 500 bezerros por ano a partir de 2013 Comercializar 250 bois gordos por semestre a partir de 2013 32 sua capacidade máxima Cumprir o TAC ambiental comercializadas % de reserva legal Alcançar 50% de reserva legal até 2020 Processos Internos Maximizar produtividade dos animais Maximizar o peso dos reprodutores UA/ha Taxa de natalidade Peso a desmama Peso reprodutor aos 24 meses 1 Alcançar ganho médio de 21kg/anima/mês a partir 2013 2 Alcançar ganho médio de 500kg/ha/ano a partir de 2013 3 alcançar taxa de natalidade de 98% a partir de 2013 4 Alcançar média de 260kg de peso a desmama a partir de 2014 5Alcançar peso médio de 500kg por reprodutor aos 24 meses a partir de 2013 Aprendizado e crescimento Manter os colaboradores motivados Treinamento/ano Eventos externos/ano Carteira assinada 1 Proporcionar pelo menos um treinamento anual para os colaboradores 2 Proporcionar a participação pelo menos em um evento externo por ano 3 Regularizar todos os colaboradores até junho de 2012 6.1.3 Plano de Ação (Tabela 20) Tabela 20 - Formulação do plano de ação para a propriedade O que (Ações) Quando Quanto Quem Como 1. Identificar custos variáveis e fixos desnecessários. Janeiro a junho 2012 R$ 2.000,00 Proprietário e técnico Implantação de administração por orçamento 2. Montar calendário anual de aquisição de bezerros Fevereiro 2012 Proprietário Planejar entradas e saídas de animais na propriedade 3. Elaborar calendário de compras estratégicas Fevereiro 2012 Proprietário Planejar compras anuais dos principais insumos de produção 4. Manter atualizado o Controle Fev a dez 2012 Técnico Incluir na planilha de controle orçamentário 33 orçamentário mensalmente as despesas e receitas 5. Manter estoque mínimo de materiais de uso contínuo A partir de jun/2012 R$ 1.000,00/quadrimestre Técnico Elaborar e cumprir calendário de compras de insumos 6. Fechar contrato com fornecedores de bezerros Agosto/2012 Proprietário Elaborar contrato de aliança mercadologia e procurar bons fornecedores de bezerros de qualidade que se interessem 7. Implantar 6 módulos de sistemas de pastejo rotacionado Mar a dez 2012 R$ 30.000,00 Proprietário/ técnico/ gerente Elaborar plantas baixas, contratar cerqueiros 8. Implantar 50ha de integração lavoura-pecuária Jan a set 2012 R$160.000,00 Proprietário/ técnico/ gerente Planejamento e execução das etapas de cultivo, empréstimo banco 9. Pesar todos os animais em recria e engorda de 4 em 4 meses dez-abr-out Técnico/ gerente Cumprir calendário de pesagem 10.Obter feedback da qualidade dos animais de reprodução comercializados mensalmente Proprietário Conversando com clientes 11. Manutenção das Áreas de Preservação Permanente (APP) mensalmente Gerente Supervisionar possíveis problemas que possam comprometer as APPs 12. Adquirir áreas para compensação de Áreas de Reserva legal (ARL) anualmente R$ 40.000,00 Proprietário/ técnico/ gerente Procurar áreas disponíveis nas proximidades 13. Assinar carteiras de trabalhos de todos os colaboradores fixos; Junho/2012 Proprietário 14. Assinar contratos de empreitas para todas as atividades eventuais. Junho/2012 Proprietário Elaboras contrato de empreitada 34 15. Monitorar a carga animal em U.A./ha, realizando os ajustes necessários para manter o bom manejo das pastagens. semanalmente Técnico/ gerente Supervisionar os pastos semanalmente 16. Elaborar calendário de capacitação dos colaboradores; Fev/2012 Proprietário/ técnico Procurar o Senar para efetivar esse calendário 17. Capacitar os colaboradores Até set/2012 R$ 3.000,00 Senar 18. Participar de eventos de trocas de experiência Até dez/2012 colaboradores Pegar calendário de eventos 19. Adquirir maquinário para lavoura Até mar/2012 R$ 90.000,00 Proprietário/ técnico Empréstimo banco para Colheitadeira 20. Levantar todos os documentos que faltam ser regularizados Julho/2012 R$ 15.000,00 Proprietário/ técnico Órgãos competentes 6.1.4 Orçamento Operacional Está dividido em 6 centro de custos relevantes para a produção: Tabela 21 - Centros de custos. i) Reprodução na Fazenda São Paulo; ii) Recria na Fazenda São Paulo; iii) Agricultura Fazenda São Paulo, iv) Recria e Engorda na Fazenda Açaizal; v) Engorda na Fazenda Pé de Serra; e vi) Administração. As despesas que não foram possível identificar qual centro de custo pertencia, foram colocadas no Centro de Custos de “Administração”. Descrição jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 TOTAL (R$) Investimento CUSTO FIXO - Administração Descrição jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 TOTAL (R$) 35 Mão-de-obra Indireta Manutenção benfeitorias não produtivas Manutenção máquinas Manutenção Veículos Combustível AdministraçãoEnergia Elétrica Telefone Consultoria Assistência Técnica Imposto Diversos Sub-total 1 CUSTO VARIÁVEL Reprodução Fazenda São Paulo Descrição jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 TOTAL (R$) Mão-de-obra direta Sal Mineral/proteinado Medicamentos Vacinas Fertilizantes Manutenção benfeitorias (produtivas) Manutenção pastagem Combustível Impostos Sub-total 2 36 CUSTO VARIÁVEL Recria Fazenda São Paulo Descrição jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 TOTAL (R$) Mão-de-obra direta - Sal Mineral/proteinado Medicamentos Vacinas Fertilizantes Manutenção benfeitorias (produtivas) Manutenção pastagem Combustível Impostos Sub-total 3 CUSTO VARIÁVEL Lavoura Fazenda São Paulo Descrição jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 TOTAL (R$) Mão-de-obra direta - Fertilizantes Defensivos Diesel Manutenção máquinas Colheita Comercialização Diversos Sub-total 3 37 CUSTO VARIÁVEL Recria e Engorda Fazenda Açaizal Descrição jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 TOTAL (R$) Mão-de-obra direta Sal Mineral/proteinado Medicamentos Vacinas Fertilizantes Manutenção benfeitorias (produtivas) Manutenção pastagem Combustível Impostos Sub-total 4 CUSTO VARIÁVEL Engorda Fazenda Pé de Serra Descrição jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 TOTAL (R$) Mão-de-obra direta Sal Mineral/proteinado Sal Proteinado Medicamentos Vacinas Fertilizantes Manutenção benfeitorias (produtivas) Manutenção pastagem Combustível Impostos 38 Sub-total 5 Total Custo Operacional Receita fazenda São Paulo animais de reprodução Receita Fazenda São Paulo animais para terminação Receita Fazenda Açaizal de animais para recria e terminação Receita Fazenda Pé de Serra animais para abate Receita Total Saldo Operacional Saldo Financeiro mensal Saldo Financeiro acumulado 39 6.1.5 Painel de Bordo Tabela 22 - Painel de Bordo para auxílio da gestão da propriedade Descrição Indicadores Processos Internos Média Total Meta jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 Área de pastagem efetiva Peso Rebanho Peso de compras dos animais Peso de Venda dos animais Taxa de lotação (kg P.V./ha) Taxa de lotação (UA/ha) Ganho/animal/dia Ganho/animal/quadrimestre ganho/animal/ano Ganho/ha/quadrimestre Produção anual em kg P.V./ha de pasto Produção anual de kg de P.V. Rendimento de Carcaça Mortalidade até 1 ano na propriedade (%) Mortalidade acima de 1 ano na propriedade (%) Tempo médio animal na propriedade (meses) 40 Peso reprodutor aos 24 meses Descrição Indicadores Econômicos/Financeiros Média Total Meta jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 Preço médio de venda (R$/kg de P.V.) Preço médio de compra (R$/kg de P.V) Relação troca boi gordo/bezerro) Custo cabeça/mês Custo/cabeça/ano Custo kg/animal/mês Quantidade de bezerros comprados Quantidade de bois gordos comercializados Resultado líquido ao ano Margem Líquida (R$/ano) Margem Líquida (R$/ha) Margem Líquida (kg P.V./ha de pasto) Receita total/semestre Custo Operacional Total Lucro/ano Lucro/ha/ano Lucro/ha/quadrimestre Lucro/lote Custos fixos/mês Descrição Indicadores Aprendizado/crescimento Média Total Meta mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 41 Produção de kg de P. V. por trabalhador ano Eventos externos/ano Treinamento/ano Compras não planejadas/mês Descrição Indicadores Mercado/Cliente Média Total Meta mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 Preço recebido / preço do mercado Preço pago / preço do mercado % de Reserva legal Qt de fornecedores 42 Na formulação do Mapa Estratégico, para o realização da estratégia da organização rural estudada, na perspectiva financeira foi definido como objetivos estratégicos: ter taxas de retorno superior ao mercado, maximizar lucro e otimizar os custos. Os objetivos estratégicos da perspectiva financeira serão atingidos se a organização fidelizar fornecedores de bezerros, satisfazer os clientes de animais de reprodução, manter taxa de lotação das propriedades em sua capacidade máxima e cumprir o TAC ambiental, estes são os objetivos estratégicos definidos nas perspectivas do cliente. Para que a organização pesquisada consiga um animal com maior valor de comercialização e melhor produção por área, é necessário atingir os objetivos estratégicos determinados na perspectiva dos processos internos, ou seja, maximizar produtividade dos animais, maximizar o pesodos reprodutores e na perspectiva do processo de crescimento como manter os colaboradores motivados. Os objetivos apresentados só são possíveis por que a propriedade possui uma boa estrutura física de manejo, com instalações que permitem um bom desempenho das atividades. Essas instalações encontram-se distribuídas conforme as necessidades,nas três propriedades sendo constituídas por: cochos, bebedouros, currais, brets, balanças, etc.. 43 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio do diagnóstico da propriedade especializada na produção de bovinos, juntamente com os dados obtidos no decorrer do estudo, conseguimos informações suficientes e fundamentais para dar alicerce às decisões relativas e construção de um plano direto para a propriedade. A partir daí foi formulado o mapa estratégico, onde se estabeleceu metas para a propriedade, o plano de ação onde foi definido o que fazer e como fazer para que a propriedade alcance as metas estabelecidas. O Orçamento Operacional foi construído por meio da identificação dos centros de custos. Foi proposto um “Painel de Bordo”, ferramenta a qual o produtor poderá controlar o alcance das metas. Percebe-se que utilização de “Plano Diretor” permitirá aos gestores conhecer a situação atual de sua propriedade, identificar pontos fortes e fracos e definir ações corretivas, para atividades que não tiverem bom desempenho, buscando, com isso, alcançar seus objetivos e sua visão de futuro, por meio de suas estratégias de ação e cumprimento de sua missão. 44 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUINAGA, J.Q.A. Caracterizaçao do sistema de produção de bovinos de corte na região de campanha do estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 2009. 150p. Tese ( Pos graduação em Zootecnia – Área de Concentração Plantas Forrageiras) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. BARBOSA, E.S. Proposta sistemática para avaliação e controle de custos em propriedades rurais – o caso de uma emprese de criação de gado. Porto Alegre: 2004. 102p. Dissertação (Mestrado em engenharia de Produção) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. BARROS, C; FERNANDES M. A. M. 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