Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROCESSOS DE CURA (REPARO) - É a sequência dos processos inflamatórios - Um organismo vivo mantém a capacidade de reparar suas perdas, propriedade que está presente desde o nível celular - Quando a lesão causa a perda de muitas células, o reparo é mais complexo e pode assumir uma das duas possibilidades: 1. Regeneração • Se as cálulas parenquimatosas morrem, mas o estroma permanece íntegro, o reparo se faz a partir de células do mesmo tipo das que se perderam, voltando o órgão à sua estrutura normal • Comum em tecido que se proliferam com facilidade (ex: epiderme) • A regeneração ocorre por proliferação de células residuais (não lesadas) que retêm a capacidade de divisão e por substituição de células-tronco teciduais. 2. Cicatrização • Se o estroma é destruído, o reparo se faz fundamentalmente à custa do tecido conjuntivo • A cicatrização está quase sempre combinada com certo grau de regeneração • Comum em tecidos que não se proliferam com facilidade (ex: miocárdio e SNC) • O SNC na verdade não cicatriza pois não tem tecido conjuntivo, no caso ocorre a proliferação de células da glia, processo chamado de gliose REGENERAÇÃO - Quando uma superfície do organismo é desnudada, mas a camada basal, ou seja, o tecido conjuntivo imediatamente adjacente (chamado de cório), permanece íntegra - Logo as células não lesadas das bordas da lesão crescem e reparam completamente o defeito - Da mesma maneira, ocorre com as células epiteliais no fígado, no rim, nas glândulas endócrinas, etc - Esse processo de regeneração não é realizado com a mesma facilidade e rapidez em qualquer tecido, uma vez que vários tipos de células diferem na sua capacidade de replicação André Busanello鬹 andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce Fatores que influenciam a regeneração - Tipo de tecido - Intensidade de lesão - Manutenção da estrutura prévia do tecido Lesões - A regeneração ocorre em lesões que causaram destruição discreta, com limites normais - Ex: • Pequenos furúnculos • Lesões em mucosas Tipos de Células - A regeneração depende do tipo celular que compõe o tecido: 1. Células Lábeis • Estão constantemente se renovando • Seus núcleos, ao completarem o ciclo replicativo, entram imediatamente em outro ciclo • Se regeneram com facilidade e rapidez • Ex: células das superfícies de revestimento do epitélio seminífero e dos órgãos hematopoiéticos, pele, mucosas 2. Células Estáveis • Células cuja capacidade replicativa dos núcleos permanece quiescente na maior parte do tempo • Diante de estímulos adequados, essa capacidade por ser rapidamente retomada • Maior parte das células do corpo • Ex: hepatócitos, células endoteliais, células dos túbulos renais, fibroblastos, músculo liso, etc 3. Células Permanentes • São células que se dividem preferencialmente no período embrionário, não havendo outro momento de divisão • Uma vez perdidas, não serão substituídas • Núcleos não têm a capacidade de reiniciar o processo replicativo • Ex: neurônios e músculo cardíaco Matriz Extracelular - As células parenquimatosas se ligam à matriz extracelular por meio das integrinas, as quais medeiam o contato entre as células e as proteínas da matriz (colágeno e fibronectina) e permitem a transmissão de estímulos da matriz para o núcleo da célula - Estes estímulos induzem proliferação, diferenciação e síntese de proteínas que interferem na migração celular - Ou seja, a matriz é um elemento extremamente ativo e dinâmico - Para que se processe a reparação, regeneração e cicatrização é essencial a comunicação entre as células do parênquima e os elementos da matriz Exulceração X Ulceração Exulceração = lesão superficial, não ultrapassa a membrana basal; tratando, é possível regeneração Úlcera = lesão profunda, ultrapassa a membrana basal; é difícil a regeneração completa e é mais provável de gerar cicatriz andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce - Úlcera perfurante: Abre em cavidade livre - Úlcera terebrante: Se fixa em um órgão sólido CICATRIZAÇÃO - É quando o processo de reparo se faz à custa da proliferação do tecido conjuntivo fibroso, em que o tecido preexistente fica substituído por uma cicatriz fibrosa - Para muitos, o processo de cicatrização é considerado um seguimento do processo inflamatório que provocou perda de substância - A cicatrização também ocorre após perda de tecido por infarto, hemorragias, ressecção cirúrgica, etc Divisão - A cicatrização pode ser dividida em: • 1ª intenção • Cicatrização com mínimas deformidades • Bordos regulares bem aproximados • Obedece a linha dos dermátomos • Deixa poucos vestígios • 2ª intenção • Grande perda tecidual • Quadro inflamatório-infeccioso associado • Perda de substâncias • Cicatrização deformante - A cicatrização envolve: • Processo inflamatório (2ª int >>1ª int) • Regeneração e proliferação de células parenquimatosas • Remodelamento tecido conjuntivo • Aquisição de força pela ferida andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce Fatores de Crescimento - Fatores de crescimento influenciam o desenvolvimento da cicatrização - Os principais fatores de crescimento são: Fases da Cicatrização 1. Limpeza • Formação de crosta (fibrina, leucócitos e hemácias) • Por baixo da crosta as células inflamatórias realizam a limpeza do tecido lesado 2. Retração • Ação de miofibroblastos (fibroblastos com actinas) • Os miofibroblastos realizam a diminuição do tamanho da ferida, através de sua retração 3. Tecido de granulação (não confundir com granuloma) • É a construção de um novo tecido, com vasos sanguíneos e fibroblastos produtores de colágeno • É a base da cicatriz • Um bom tecido de granulação é indicativo de um bom processo de cicatrização • O tecido de granulação será posteriormente substituído por fibrose 4. Reepitelização andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce Fatores que influenciam a cicatrização Fatores Gerais: - estado nutricional - estado metabólico ( diabetes) - estado circulatório ( aterosclerose) - estado hormonal ( glicocorticóides) - vitamina C (colágeno) - zinco (co-fator para enzimas) Fatores Locais: - infecção - corpos estranhos - mobilização da ferida - tamanho e localização da lesão Fatores Patológicos: - Formação deficiente • Alteração na formação do tecido de granulação - Formação excessiva • Exemplos: • Granulação exuberante (fibras normais mas em maior quantidade) • Quelóide (cicatriz tumoriforme elevada por acúmulo excessivo de colágeno. Esse colágeno possui fibras anormais, mais largas) - Contraturas • Ocorre deformidade da ferida e tecidos circunjacentes • Área retraída, irregular • Comum em tórax, palma das mãos, planta dos pés andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanelloRealce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce andrebusanello Realce
Compartilhar