Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO CURSO DE BIOMEDICINA E NUTRIÇÃO Daniella Ferraz Rooth Giulia Ruzon Bueno João Pedro Lessa dos Santos Lucas Mendonça Marques Nívea de Camargo Pedro Leopoldo Carvalho Lopes RESENHA CRÍTICA DE UM FILME: “COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ” SÃO PAULO 2021 Daniella Ferraz Rooth SPGR011211 Giulia Ruzon Bueno SPGR017941 João Pedro Lessa dos Santos SPGR014691 Lucas Mendonça Marques SPGR017936 Nívea de Camargo SPGR017660 Pedro Leopoldo Carvalho Lopes SPGR020478 RESENHA CRÍTICA DE UM FILME: “COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ” Trabalho Acadêmico apresentado ao curso de Graduação em Biomedicina e Nutrição do Centro Universitário São Camilo para a aprovação na disciplina de Bioética orientado pelo (a) professor (a) Mirian de Godoy. SÃO PAULO 2021 No filme “Como eu era antes de você” acompanhamos a história da jovem Louise, que é contratada para cuidar de Will, um homem bem-sucedido que sofreu um grave acidente, deixando-o tetraplégico. Durante o desenrolar da trama, Louise descobre que Will pretende realizar o procedimento de eutanásia em outro país e resolve mostrar para ele os diversos motivos para continuar vivo. Will sempre viveu uma vida de luxo e aventuras, ao perceber-se completamente vulnerável, impotente e privado do que sempre foi sua vida, buscou pelo suicídio assistido, que é um ato legal na Suíça. Embora o relacionamento com Louise tenha se aflorado e ela tenha incessantemente tentado “salvá-lo”, contudo, Will já havia se decidido há muito tempo, pois estava infeliz e nada mudaria aquilo. Deste modo, o filme levanta a eutanásia como um conflito bioético, pois é um procedimento adotado em alguns países como solução para dar fim ao sofrimento de pacientes em estado terminal ou em condições irreversíveis, que expressam sua vontade de morrer conscientemente, garantindo qualidade de vida, autonomia e o direito de morrer. Em contrapartida é uma prática pouco explorada e que ainda sofre muita divergência devido à contextos político-religiosos e socioculturais. No filme, o princípio de autonomia de Will é garantido, já que, ao final, sua decisão foi respeitada. Em relação a Louise, aceitar a decisão de Will contribui com o princípio da beneficência, já que, independentemente de gostar ou não de sua escolha, ela presa pelo bem-estar dela. Contextualizando com a realidade no Brasil, de acordo com o Código Penal e de Ética de todas as profissões, praticar ou colaborar com a prática da eutanásia é crime, pois além do jurídico, envolve aspectos sociais, culturais, religiosos e antropológicos. Portanto, seguindo resoluções regulamentadas por cada conselho profissional, é vedado o uso de qualquer meio que abrevie a vida do paciente, contudo, é garantido a suspensão de tratamentos desproporcionados, aos pacientes em estado grave e incurável. Há também o testamento vital, que consiste em um documento que registra e assegura o desejo do paciente de dispensar procedimentos invasivos e ineficazes. Logo, como profissional da saúde é importante manter-se informado sobre as questões bioéticas relacionadas ao final da vida, sempre tomando uma decisão conjunta com a equipe multidisciplinar, a família e o paciente, enxergando de forma holística e humanizada (beneficência) a condição em que o paciente se encontra e sua liberdade de escolha (autonomia), utilizando das ações previstas e regulamentadas pelos conselhos, garantindo qualidade de vida e reduzindo agravos (não-maleficência). REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA MEDEIROS, Maria Olivia Sobral Fraga de. et al. Conflitos bioéticos nos cuidados de fim de vida. Rev. Bioét. 28 (1). Jan-Mar 2020. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/bioet/a/FGXnfknWjcgmnqVKJTKP5mw/?lang=pt>. Acesso em: 07 de outubro de 2021.