Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Data 21/08/2012 Noções de Direito Empresarial Surge na idade média com o desenvolvimento do tráfico mercantil. Não havia regras para regular a atividade econômico, neste momento histórico os comerciantes criam suas próprias regras através de um direito costumeiro, corporativista, pois quem legislava era o próprio comerciante. Esse momento foi denominado de primeira fase do direito comercial, onde vigorava a teoria subjetiva. Em razão da quantidade de demandas, entre particulares e comerciantes resolveu-se delimitar a matéria, considerando comercio: a compra e venda de mercadorias para a revenda, e sucessiva revenda sendo esses atos considerando atos de comercio (segunda fase do direito comercial) onde se adotou critérios objetivos, considerando comerciante aquele matriculado nas corporações. Daí a chamada teoria dos atos de comercio que conceituou comerciante como sendo a pessoa física (pessoa natural) que profissionalmente exercia atos de intermediação na troca de mercadorias, com o intuito de lucro. Contudo, o corpo sistematizado de leis estabelecido no código comercial não foi suficiente, posto que uma parte de empreendedores, que também fazia a economia girar, pagando tributos e gerando emprego, estava fora do direito comercial não podendo beneficiar-se de institutos legais como a falência e concordata (hoje denominado de recuperação judicial ou extrajudicial). Havia uma parte de empreendedores que não usufruía qualquer beneficio legal pois este prestador de serviços não falia sofria insolvência civil. Com a vigência do código civil de 2002 passa a vigorar no sistema jurídico a terceira fase denominada teoria da empresa (originaria do direito italiano) nossa legislação passa a ter o direito empresarial, o direito comercial não deixa de existir, continua no nosso ordenamento jurídico regulando apenas o direito marítimo. O direito empresarial vai regular a empresa no exercício de sua atividade, o empresário que pode ser pessoa física ou pessoa jurídica exercendo atividade econômica organizada. Vai tratar também das relações jurídicas desse empresário com terceiros e com outros empresários dai o termo sociedade empresaria. 28/08/2012 Então, conceitua-se: Empresa é a economia organizada, a produção ou circulação de bens e serviços, exercido por pessoa física ou jurídica. Empresário: (art. 966 do código civil). É o sujeito que tem a iniciativa da criação (affectio societates) é aquele que corre o risco da atividade empresaria. O empresário deve obedecer a três requisitos por conta de exercer atividade econômica organizada 1º requisito – exercer atividade econômica que consiste na produção de riqueza por meio da circulação de bens ou serviços. 2º requisito – a atividade deve ser organizada, no que se refere a organização do capital, do trabalho e da tecnologia. 3º requisito – a atividade deve ser exercida por profissional que tenha habitualidade no exercício da profissão com animo de lucro. O art. 967 impõe o requisito do registro para o exercício da atividade econômica organizada. Esse registro deve se realizar, dependendo do objeto da atividade, nas juntas comerciais ou RCPJ (registro civil de pessoa jurídica). Órgãos para consulta: www.jucerja.rj.gov.br www.dnrc.gov.br www.inpi.gov.br - lei 9.279/96 (lei de propriedade industrial) Marca: registro > 10 anos renováveis (art.433 LPI) Invento 20 anos Patente: se concede Modelo de utilidade 15 anos 04/09/2012 Nome empresarial Identifica o empresário > art. 1155 C Civ Firma > Razão social > art. 1165 C. Civ // art. 34 da lei 8.934 > Registro Público de empresa mercantil. Denominação Nome fantasia Titulo do estabelecimento (Letreiro da loja) Exemplo: S/A Calendário de avaliações A1 1º instr. 30/08 a 05/09 – 2 pts 2º instr. 01/10 a 06/10 – 10 pts A2 1º Instr. 11/11 – 3,33 2º Instr. 28/11 a 04/12 – 6,66 AS ------------------- 05 A 11/12 AS 2ª Ch. ----------- 12 e 14/12 11/09/2012 Nome empresarial - identifica o empresário, ou seja, Pessoa física ou pessoa júridica, o artigo 1155 CC estabelece duas modalidades do nome empresarial, quais sejam, firma e denominação. Firma é uma espécie de nome empresarial formado do nome civil do empresário para que se possa identificar a firma individual por exemplo. O artigo 1156 do CC vai tratar da firma individual. Contudo as sociedades aquelas que tiverem sócios com responsabilidade limitada adotaram firma que é sinonimo de razão social. Razão é o nome empresarial que faz sentido. A firma é regida pelo principio da verdade, a firma tem que corresponder com a verdade artigo 1165 do CC. Quanto a denominação também conhecida como nome fantasia porque a denominação é uma expressão de fantasia, esta não tem compromisso com a verdade (Mudanças Gato Preto, Mc Donald, Bobs). O letreiro da loja não é nome empresarial e por não compromisso com a verdade é tecnicamente denominado de titulo do estabelecimento. DOS LIVROS EMPRESARIAIS OBRIGATÓRIOS E FACULTATIVOS Obrigatório livro diario art. 1180 do CC livro razão, registro de inventario, caixa. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL SINÔNIMOS = FUNDO DE COMÉRCIO (COD. 1916), AZIENDA (DIREITO ITALIANO) Conceito estabelecimento empresarial é a reunião organizada dos bens corporios e incorporios para o exercicio da empresa por empresário ou sociedade empresaria (art. 1142 CC). o estabelecimento empresarial compreende os bens indispensáveis ao exercicio da atividade e são constituidos de mercadorias, maquinários, veículos, marcas, patentes, nome, ponto comercial. Isso significa que não há como iniciar uma atividade sem a orgarnização do estabelecimento, tampouco sem um investimento e a organizar o estabelecimento o empresário atribui um sobrevalor, ou seja, os bens não são mais avaliados individualmente, mas como um todo, esse sobevalor é conhecido como FUNDO DE COMERCIO ou AVIAMENTO, que é a capacidade produtiva do estabelecimento, significa o que este estabelecimento pode render. OBS. Não confundir com patrimônio o estabelecimento é o conjunto de bens. 18/09/2012 Estabelecimento empresarial O ponto Pertence ao comerciante e não ao proprietário Há garantia de permanência no local = locação não residencial Lei de locação => 8.245/91 Ação renovatória – Regra/lojista Ação revisional – tanto locador/ locatários Prazo - no mínimo 12 meses No Maximo ate 06 meses Antecedentes ao término do contrato de locação. Decadencial Indenização do ponto Luvas = proibição art. 43 (lei 8.245/91) Alienação do estabelecimento empresarial Contrato de TRESPASSE Não é “passo o ponto” é “sob nova direção” O ponto é a qualidade que o local adquire em razão do exercício da empresa, ou seja, é onde o empresário se estabelece. O ponto pertence ao comerciante e não ao proprietário por ser o lugar do comercio. Em razão da sua importância a lei garante ao empresário sua permanência no local, essa garantia decorre do contrato de locação não residencial, desde que observadas algumas condições impostas na lei de locação quais sejam: 1 – Ter firmado contrato com prazo determinado pelo período mínimo de cinco anos (pode ser um ou vários contratos por escrito). 2 - Esteja exercendo sua atividade por no mínimo três anos. 3 – Ofereça na ação nova proposta de aluguel. 4 – Tenha cumprido fielmente o contrato anterior. Não é “passo o ponto” como também não deve ser confundido com a sessão de cotas. No TRESPASSE ocorre a mudança de titularidade do estabelecimento empresarial que estará sob nova direção posto que o adquirente recebe o estabelecimento de porteira fechada , ou seja, com tudo dentro. 16/10/12 Proibidos e Impedidos de exercer atividade empresarias Prérequisitos para o exercício da empresa. Capacidade Ausência de impedimento - Capacidade – plena aos 18 anos - Absolutamente incapaz – menor de 16 anos - Relativamente capaz – maior de 16 anos e menor de 18 - a pessoa natural, pode ser empresário antes de completar 18 anos? R: autorização, emancipação O absolutamente incapaz pode ser empresário? Só no caso de dar continuidade ao exercício da atividade econômica; Ex.: Em caso de herança O que é impedimento – Há alguns profissionais que pela atividade que exercem, não podem ser empresários. Não confundir empresário com sócio pois nada impede que seja sócio desde de que não sejam sócios administradores, pois o empresário será a pessoa jurídica ; Impedidos de se associarem – Os conjugues casados, pelo regime da comunhão universal ou de separação obrigatória (Estes não podem ser sócios entre si ou com terceiros, pode ser sócio se o outro não entregou a sociedade). Também os leiloeiros são proibidos de constituir sociedade; Impedidos de administrar - Magistrados (Juízes, membros do Ministério Publico), agentes públicos (Deputados, Senadores – Lei 8.112 de 90), os militares e policiais (Lei 6.880 de 80 – Art. 29 e Art 204 do cód. Penal militar); Despachante aduaneiro – Aquele que tem relação com empresas de importação e exportação; 23/10/12 Tipos societários As sociedades são consideradas pessoas jurídicas com personalidade própria distinta de seus sócios, portanto com direitos e obrigações. A sistemática adotada pelo código civil subdividiu as sociedades em: Personificadas Não personificadas Sociedades comuns (irregular ou de art. 986 a 990 C.Civ Fato) Responsabilidade solidaria e ilimitada (Invade o patrimônio pessoal) 1º o patrimônio de fato – Beneficio de ordem 2º Do administrador 3º Dos outros sócios Sociedades em conta de participação (art. 993 C. Civ.) Não adquire personalidade mesmo que leve a registro Sócio – Participante Ostensivo 06/11 Tipos Societários Sociedades não personificadas Sociedades comuns (Irregular ou de fato) Sociedades em cota de participação Sociedades personificadas Sociedade em nome coletivo Art. 1039 c. civ. Foram as primeiras Família Responsabilidade Remontam aos feudos Sociedade em comandita Simples (art 1.045 c. civ) Comerciantes de navegação Cobravam do lojista Contrato de comenda (encomenda) Comanditados – limitada (resp.) Comanditários - Hoje se caracteriza pela presença de grupos de sócios. Sociedade limitada (art. 1052 a 1087) >> art 997 c. civ Capital Social – art. 1055 c. civ Responsabilidade limitada dos sócios – art. 1052 c. civ Responsabilidade Ilimitada dos sócios – art. 135 III CNT Responsabilidade subsidiaria – art. 1.024 c . civ Responsabilidade do administrador art. 1.060 c. civ
Compartilhar