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Auditoria_de_Obras_Publicas_Modulo_1_Aula_1

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Aula 1 
Introdução ao curso e conceitos 
e propriedades do orçamento 
de obras
Abril, 2012
AUDITORIA DE 
OBRAS PÚBLICAS
Módulo 1 
Orçamento de obras
Instituto Serzedello Corrêa
RESPONSABILIDADE PELO CONTEÚDO
Tribunal de Contas da União
Secretaria Geral da Presidência
Instituto Serzedello Corrêa
2ª Diretoria de Desenvolvimento de Competências 
Serviço de Educação a Distância
SUPERVISÃO
Pedro Koshino
CONTEUDISTA
André Pachioni Baeta
TRATAMENTO PEDAGÓGICO
Flávio Sposto Pompeo
RESPONSABILIDADE EDITORIAL
Tribunal de Contas da União
Secretaria Geral da Presidência
Instituto Serzedello Corrêa
Centro de Documentação
Editora do TCU
PROJETO GRÁFICO
Ismael Soares Miguel
Paulo Prudêncio Soares Brandão Filho
DIAGRAMAÇÃO
Herson Freitas
Vanessa Vieira
Brasil. Tribunal de Contas da União.
 Auditoria de obras públicas / Tribunal de Contas da União ; conteudista: 
André Pachioni Baeta. – Brasília, 2.ed : TCU, Instituto Serzedello Corrêa, 2012.
 28 p. : il.
Conteúdo: Módulo 1: Orçamento de obras. Aula 1: Introdução ao curso e 
conceitos e propriedades do orçamento de obras.
Curso realizado em 2012 no Ambiente Virtual de Educação Corporativa do 
Tribunal de Contas da União.
1. Obras públicas – orçamento – Brasil. 2. Obras públicas – fiscalização – 
Brasil. 3. Engenharia de custos. 4. Custo unitário básico (CUB) – Brasil. I. Título.
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Ministro Ruben Rosa
© Copyright 2012, Tribunal de Contas de União 
<www.tcu.gov.br>
Permite-se a reprodução desta publicação, 
em parte ou no todo, sem alteração do conteúdo, 
desde que citada a fonte e sem fins comerciais.
[ 3 ]Aula 1 Introdução ao Curso e Conceitos e Propriedades do Orçamento de Obras
Introdução 
Em atendimento às disposições contidas nas últimas Leis de 
Diretrizes Orçamentárias anuais, o Tribunal de Contas da União realiza 
anualmente o Fiscobras, denominação de um extenso programa de 
auditorias de obras públicas executadas com recursos federais. 
O grande quantitativo de fiscalizações de obras realizadas pelo 
TCU representa uma importante fonte de dados sobre os principais 
problemas existentes no planejamento, licitação, contratação e execução 
de obras públicas no país. A tabela a seguir apresenta a consolidação das 
principais irregularidades encontradas nas fiscalizações realizadas pelo 
TCU no âmbito do Fiscobras/2011:
Nesta aula inicial, pretendemos apresentar uma visão introdutória 
das principais irregularidades observadas nas obras auditadas pelo 
TCU, pois grande parte do presente curso será pensada em função das 
principais irregularidades apuradas em obras públicas. 
Com efeito, uma boa auditoria de obra pública deve avaliar os 
seguintes aspectos:
•	 adequado planejamento do empreendimento;
•	 consistência dos projetos Básico e executivo;
•	 regularidade e competitividade da licitação;
•	 regularidade na formalização dos contratos e aditivos;
•	 licenciamento ambiental da obra;
•	 adequação da execução da obra;
•	 economicidade dos preços estimados e contratados;
•	 adequação dos quantitativos dos serviços contratados e pagos; e
•	 qualidade da execução dos serviços.
Lei no 12.465, de 
15/8/2011 (LDO/2012):
Art. 93. Para fins do 
disposto no art. 59, § 1o, 
inciso V, da LRF e no art. 
9o, § 2o, desta Lei, o TCU 
encaminhará:
(...)
II - à CMO, até 70 
(setenta) dias após 
o encaminhamento 
do projeto de lei 
orçamentária, a relação 
atualizada dos contratos, 
convênios, etapas, 
parcelas ou subtrechos 
relativos aos subtítulos nos 
quais forem identificados 
indícios de irregularidades 
graves, classificados na 
forma disposta no art. 
91, § 1o, incisos IV, V 
e VI, desta Lei, bem 
como a relação daqueles 
que, embora tenham 
tido recomendação de 
paralisação da equipe 
de auditoria, não foram 
objeto de decisão 
monocrática ou colegiada 
no prazo previsto no art. 
91, § 9o, acompanhadas 
de cópias em meio 
eletrônico das decisões 
monocráticas e colegiadas, 
dos Relatórios e Votos que 
as fundamentarem, e dos 
relatórios de auditoria 
das obras e serviços 
fiscalizados.
[ 4 ] AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS
Verifica-se que o sobrepreço e superfaturamento são duas das 
principais irregularidades observadas em nossas obras públicas. 
Entre as principais causas da ocorrência de sobrepreço ou de 
superfaturamento, podem-se elencar os seguintes fatores:
•	 preços orçados e/ou contratados acima dos existentes em 
sistemas referenciais de preços (Sinapi, Sicro, etc.);
•	 percentual de lucros e despesas indiretas – LDI excessivo ou 
apresentando duplicidade com outros serviços constantes da 
planilha orçamentária da obra;
•	 pagamento de serviços não realizados; e
•	 jogo de planilha.
A frequente constatação do sobrepreço/superfaturamento, 
bem como o grau de lesividade desta irregularidade ao patrimônio 
público, justificam a necessidade de o auditor de obras conhecer 
profundamente a ciência da orçamentação de obras. Dessa forma, 
iniciaremos o presente curso tratando exclusivamente desse assunto. 
O conteúdo é extenso e será apresentado de forma detalhada, sempre 
expondo estudos de casos reais observados nas fiscalizações do TCU 
e exercícios práticos.
Neste curso teremos uma introdução dos conceitos relacionados à 
orçamentação de obras, abordaremos no segundo módulo as principais 
ferramentas para a auditoria dos orçamentos de obras e os principais 
sistemas referenciais de custos utilizados no âmbito da Administração 
Pública Federal.
Após a auditoria do orçamento de obras, quando efetivamente 
constatado o superfaturamento na execução contratual, torna-se 
necessário que o auditor de obras quantifique apropriadamente o dano 
ao erário. Essa etapa costuma demonstrar-se trabalhosa e complexa, 
suscitando várias questões metodológicas. Assim, as diversas 
formas para apurar o sobrepreço e um roteiro de quantificação do 
superfaturamento total do contrato serão estudadas no curso Auditoria 
de Obras Públicas - Módulo 2 – Auditoria do Orçamento de Obras.
Pode-se afirmar que a maior parte das fraudes detectadas em 
procedimentos licitatórios ou na execução dos contratos destina-se a 
obter algum tipo de vantagem financeira indevida na execução da obra. 
Dessa forma, a adequada análise da ocorrência de alguma modalidade 
de superfaturamento na obra acaba por conduzir o auditor de obra a 
constatar irregularidades nos procedimentos licitatórios e na obra.
O TCU, na Decisão 
255/1999-1ª Câmara, 
definiu o LDI, também 
denominado BDI, ‘como um 
percentual aplicado sobre o 
custo para chegar ao preço 
de venda a ser apresentado 
ao cliente’.
A equação abaixo é 
geralmente utilizada para 
demonstrar o que é o BDI e 
mostra-se exatamente em 
consonância com a definição 
dada pela Decisão 255/1999 
– 1ª Câmara:
PV = CD x (1 + BDI)
No qual PV é o preço de 
venda e CD representa o 
custo direto da obra.
A Lei no 12.465, de 
15/8/2011 (LDO/2012), 
conceitua irregularidade 
grave com recomendação de 
paralisação – IGP como os 
atos e fatos materialmente 
relevantes em relação ao 
valor total contratado que 
tenham potencialidade 
de ocasionar prejuízos ao 
erário ou a terceiros e que: 
a) possam ensejar nulidade 
de procedimento licitatório 
ou de contrato; ou 
b) configurem graves 
desvios relativamente aos 
princípios constitucionais 
a que está submetida a 
administração pública.
[ 5 ]Aula 1 Introdução ao Curso e Conceitos e Propriedades do Orçamento de Obras
Por exemplo, existe um aparente paradoxo em apontar sobrepreço 
em um contrato proveniente de um procedimento licitatório competitivo, 
no qual se sagrou vencedora a licitante que ofertou o menor preço no 
certame. Assim, a constatação de sobrepreço no contrato geralmente 
está associada a algum indício de conluio entre licitantes ou a algum 
indício de restrição ao caráter competitivo da licitação.
Estudos demonstram haver descontos significativos em relação ao 
orçamento base quando há grande quantidade de licitantes. A quantidade 
elevadade licitantes sinaliza para a real concorrência, o que já era de 
esperar, em face de a possibilidade de acordos ser tanto menor quanto 
mais ampla a participação. Por exemplo, artigo de Gustavo Pereira, 
publicado no livro “Auditoria de Engenharia”, editado pelo Tribunal de 
Contas do Estado de Pernambuco, apresenta um estudo contemplando 
1.035 obras públicas, de tipologia e características similares. O resultado 
obtido encontra-se sintetizado no gráfico a seguir, em que o IPCC é o 
índice preço-custo do contrato, dado pela razão entre o preço vencedor 
do processo licitatório e o preço orçado pela administração:
No gráfico, observa-se haver descontos significativos em relação 
ao orçamento base quando há grande quantidade de licitantes. A 
quantidade elevada de licitantes sinaliza para a real concorrência, o que 
já era de esperar, em face de a possibilidade de acordos ser tanto menor 
quanto mais ampla a participação. 
Um achado de auditoria que aponte sobrepreço original em 
determinado contrato ganha muita força quando associado a algum tipo 
de constatação restringindo a ampla competição das licitantes. Pode ser 
[ 6 ] AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS
alguma cláusula editalícia restritiva, algum indício de conluio entre os 
participantes do certame ou a desclassificação/inabilitação indevida de 
licitantes pela comissão de licitação.
Diante do exposto, o módulo 3 do presente curso versará sobre 
a auditoria e análise dos aspectos técnico-formais dos procedimentos 
licitatórios.
Entre todos os problemas que assolam a execução de obras públicas 
no país, tem sido constatado que muitas obras públicas são licitadas e 
contratadas a partir de projetos básicos deficientes.
Dentre os componentes do projeto básico elencados pela Lei 
8.666/93, o orçamento detalhado da obra é a peça de fechamento 
e conclusão do projeto, pois é elaborado a partir de todas as plantas, 
especificações e memoriais que compõem o projeto, traduzindo-o em 
termos quantitativos e financeiros.
Neste aspecto, considera-se que os gestores públicos e as 
construtoras não têm dado a devida importância para a elaboração 
de um orçamento detalhado. Por um lado, a Administração Pública 
necessita conhecer o custo estimado da obra, pois precisa de recursos 
orçamentários para executá-la e existem óbices legais ao aditamento 
indiscriminado de contratos, caminho inevitável quando se licita uma 
obra a partir de um projeto precário. Por outro lado, as empreiteiras 
necessitam estudar minuciosamente o orçamento da obra para elaborar 
a proposta de preços, a partir da análise de todos os componentes 
de custo da obra, bem como deveriam utilizar o orçamento como 
ferramenta para gestão e controle dos seus custos durante a execução 
da obra. 
Conforme será visto nas aulas seguintes, só existe condição de se 
montar um orçamento detalhado e fidedigno se o projeto contiver um 
grau de desenvolvimento e detalhamento suficiente para a completa 
estimativa de custo da obra. Essa condição é, poucas vezes, observável 
nos projetos básicos utilizados nas licitações de obras públicas.
Sem um projeto básico confiável, o orçamento da obra nada 
mais é do que uma peça de ficção. Para exemplificar aos leitores este 
tipo de situação, são reproduzidos a seguir alguns trechos do voto 
condutor do Acórdão TCU nº 1.428/2003 – Plenário, que julgou 
um caso em que o gestor público licitou uma barragem de terra, 
mas a obra efetivamente executada foi uma barragem de concreto 
compactado a rolo (CCR):
[ 7 ]Aula 1 Introdução ao Curso e Conceitos e Propriedades do Orçamento de Obras
 “(...) não posso concordar com o raciocínio simplista de que a alteração 
realizada no projeto inicialmente licitado não ultrapassou o limite de 25% 
e, por isso mesmo, não existiu nenhuma ilegalidade. Muito menos posso 
concordar com os fundamentos apresentados pela [...] quando defende que 
‘se uma barragem de terra (...) tem seu método construtivo alterado para 
uma de concreto compactado a rolo (CCR), não se pode de modo algum 
afirmar que houve alteração do objeto’. Por certo continuará sendo uma 
barragem, mas jamais poderá ser considerado o mesmo objeto licitado.
(...) Não se alegue que não houve alteração do projeto básico, mas 
apenas o seu detalhamento no projeto executivo, pois, apesar de reconhecer 
que este possa fazer algumas correções naquele, não pode alterá-lo de modo 
a se constituir objeto completamente distinto do inicialmente licitado. 
Alterações significativas, antes de iniciada a obra exige a realização de 
novo procedimento licitatório e não assinatura de termo aditivo.” 
Pergunta-se aos leitores o que adiantou fazer um orçamento 
a partir de um projeto que foi completamente alterado? Diante desta 
breve introdução, espera-se ter deixado claro que a ausência de um 
projeto confiável é a maior limitação da engenharia de custos. Não é 
possível estimar com precisão o custo de qualquer obra sem um projeto 
adequado. Assim, o quarto módulo deste curso versará sobre a análise 
dos projetos básicos.
No módulo 3, estaremos focadas na gestão e execução contratual. 
Muitos problemas surgem na fase de execução da obra: aditamentos 
contratuais irregulares, adiantamento de pagamentos, reajustamentos 
irregulares, “química”, execução de serviços fora da especificação ou 
com qualidade deficiente, deficiências na fiscalização da obra pela 
Administração Pública, etc.
Então, vamos começar.
[ 8 ] AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS
Aula 1 – Conceito e Propriedades do Orçamento de Obras
O que é Engenharia de Custos e quais suas aplicações?
Quais as propriedades do orçamento de obras?
Quais os tipos de orçamento segundo o grau de precisão?
O que é CUB? Como fazer avaliações expeditas do custo de 
edificações com este indicador?
É oportuno novamente enfatizar que só existe condição de se 
montar um orçamento detalhado e fidedigno se o projeto contiver um 
grau de desenvolvimento e detalhamento suficiente para a completa 
estimativa de custo da obra. Tal condição é poucas vezes observável 
nos projetos básicos utilizados nas licitações de obras públicas. Sem um 
projeto básico confiável, o orçamento da obra nada mais é do que uma 
peça de ficção. 
Vimos na introdução desta aula que, entre as principais 
irregularidades observadas pelos técnicos do Tribunal de Contas da 
União em auditorias de obras, estão o sobrepreço e o superfaturamento.
Tais irregularidades estão intimamente relacionadas ao orçamento 
da obra, justificando que o auditor de obras detenha conhecimentos sobre 
orçamentação de obras, uma das principais atividades da engenharia de 
custos. Por isso, desde já vamos apresentar um tópico específico sobre a 
responsabilidade técnica do engenheiro orçamentista.
Também é de vital importância compreender as propriedades do 
orçamento e conhecer as técnicas de orçamentação aplicáveis em cada 
fase do desenvolvimento de projetos, assunto que será mais detalhado na 
nossa próxima aula.
Por fim, vamos apresentar alguns conceitos sobre o CUB, custo 
unitário básico, uma importante ferramenta para o auditor de obras na 
análise expedita do custo de edificações.
Atenção!
[ 9 ]Aula 1 Introdução ao Curso e Conceitos e Propriedades do Orçamento de Obras
Para facilitar o estudo, este tópico está organizado da seguinte 
forma:
Ao final desta aula, esperamos que você tenha condições de
•	 conceituar o que é engenharia de custos e suas aplicações;
•	 definir um orçamento e enumerar as as propriedades; 
•	 conhecer os tipos de orçamento segundo o grau de precisão e
•	 compreender a metodologia para utilizar o CUB na avaliação 
expedita do custo de obras de edificações.
Pronto para começar?
Então, vamos.
Introdução ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Aula 1 – Conceito e Propriedades do Orçamento de Obras ���������������������������������8
1� Engenharia de Custos e suas Aplicações ����������������������������������������������������������������� 10
2�Conceito e Propriedades do Orçamento de Obras ��������������������������������������������� 11
Especificidade �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 11
Temporalidade ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 13
Aproximação ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 13
3� Responsabilidade Técnica do Orçamentista ��������������������������������������������������������� 18
4� CUB ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 19
Metodologia de cálculo do CUB ���������������������������������������������������������������������������������������� 21
Utilização do CUB para estimativas de Custos ����������������������������������������������������������� 22
Homogeneização das áreas para fins de cálculo de custo ������������������������������������ 22
Vamos ver como funciona o cálculo acima em um exemplo concreto� ����������� 26
Síntese ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 27
Referências bibliográficas ������������������������������������������������������������������������������������������������ 28
[ 10 ] AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS
1. Engenharia de Custos e suas Aplicações
Segundo José Marques Ferreira Vicente, ex-presidente do IBEC – 
Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos, Engenharia de Custos “é 
o ramo da engenharia que estuda os métodos de projeção, apropriação 
e controle dos recursos monetários necessários à realização dos serviços 
que constituem uma obra ou projeto”.
Trata-se, sem dúvida, de atividade multidisciplinar envolvendo 
conhecimentos das áreas de engenharia (civil, mecânica, elétrica e 
química), economia, finanças e administração.
As aplicações típicas da Engenharia de Custos são:
•	 análise econômica ou avaliação da rentabilidade de determinado 
projeto ou empreendimento;
•	 previsão de custo de obras, investimentos e projetos;
•	 planejamento da fase de construção/implantação;
•	 controle dos custos de execução de empreendimentos;
•	 avaliação dos custos de manutenção e de operação de projetos;
•	 estabelecimento de estratégias para o desenvolvimento e 
implantação dos projetos;
•	 acompanhamento dos índices de produtividade na execução e 
operação de empreendimentos;
•	 monitoramento e avaliação do processo de gestão de mudanças 
no escopo do empreendimento, assim como os impactos nas 
metas estabelecidas;
•	 acompanhamento da realização dos principais marcos durante 
as fases de desenvolvimento e implantação dos projetos; e
•	 análise de propostas de fornecimento de equipamentos ou de 
contratação de serviços.
Nesta aula, vamos nos ater a duas funções básicas da engenharia 
de custos: previsão do custo das obras e avaliação da viabilidade de 
empreendimentos.
Engenharia de custos é 
a ciência voltada para a 
resolução de problemas 
de estimativa de custos, 
orçamentação, avaliação 
econômica, planejamento, 
gerenciamento e controle 
de empreendimentos.
[ 11 ]Aula 1 Introdução ao Curso e Conceitos e Propriedades do Orçamento de Obras
2. Conceito e Propriedades do Orçamento de Obras
LIMMER define um orçamento como “a determinação dos gastos 
necessários para a realização de um projeto, de acordo com o plano de execução 
previamente estabelecido, gastos esses traduzidos em termos quantitativos”.
Pode-se também conceituar o orçamento como a descrição, 
quantificação, análise e valoração dos custos diretos e indiretos para 
execução dos serviços previstos na obra, os quais, acrescidos da margem de 
lucro do construtor, resultam na adequada previsão do preço final de um 
empreendimento.
Denomina-se custo tudo aquilo que onera o construtor; representa a 
soma dos insumos necessários à realização de um serviço, aí compreendidos 
os gastos com mão de obra, materiais e operação de equipamentos. Preço é o 
valor final pago ao contratado pelo contratante, ou seja, é o custo acrescido 
do lucro e despesas indiretas.
Daí advém outra definição de orçamento: é a previsão de custos, 
considerada a remuneração do construtor, para a oferta de um preço.
Aldo Dórea apresenta as seguintes características ou propriedades de 
um orçamento de obras, as quais serão objeto de comentários adicionais nos 
próximos tópicos:
•	 Especificidade;
•	 Temporalidade;
•	 Aproximação.
Em adição às propriedades elencadas acima, julga-se haver ainda um 
quarto atributo de um orçamento de obra: a vinculação ao instrumento 
contratual.
Especificidade
A propriedade da especificidade está relacionada com três diferentes 
conjuntos de condições relacionados com a obra a ser executada:
•	 especificações e projetos da obra;
•	 condições da empresa que irá executar a obra; e
•	 condições locais da obra (clima, relevo, vegetação, condições do 
solo, qualidade da mão de obra, facilidade de acesso a matérias-
primas etc.).
Atenção!
[ 12 ] AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS
Determinado serviço de engenharia terá seu custo variando em 
função das características de cada obra. Por exemplo, o preço por m2 de 
pintura externa de uma edificação com três andares é diferente do preço 
por m2 para pintar uma casa térrea, pois, no primeiro caso, exigir-se-á 
o emprego de andaimes para a execução do serviço e a produtividade 
obtida provavelmente será inferior. Mesmo no caso de duas edificações 
térreas muito semelhantes, o preço do serviço de pintura pode variar 
consideravelmente em função de diferenças entre especificações técnicas. 
Determinada especificação, pode exigir o uso de uma tinta de qualidade 
superior, aplicada em três demãos, enquanto outra especificação aceita 
uma qualidade intermediária de tinta e exige a aplicação apenas de 
duas demãos de tinta. Assim, o preço unitário da pintura pode variar 
consideravelmente entre esses dois exemplos.
O orçamento também está intrinsecamente ligado à empresa 
que irá executar a obra. Empresas diferentes têm estruturas de custos 
distintas, bem como vantagens ou desvantagens comparativas. Assim, 
espera-se que uma obra orçada por duas empresas diferentes tenha, 
também, dois orçamentos diferentes, embora com valores relativamente 
próximos.
É fácil perceber que, para executar uma obra na cidade de São 
Paulo, uma construtora local terá menor custo com mobilização/
desmobilização de equipamentos do que outra construtora sediada no 
Estado do Rio Grande do Sul. Diz-se, nesse caso, que a construtora paulista 
detém uma vantagem comparativa em relação à construtora gaúcha. Se 
todos os demais componentes do custo de ambas as construtoras fossem 
idênticos, a construtora paulista poderia cobrar um preço ligeiramente 
inferior ao da construtora gaúcha pelo fato de ter menor custo para 
mobilização/desmobilização.
Ressalta-se, ainda, que cada construtora detém estrutura e 
capacidade organizacional diferenciada na administração de recursos 
humanos e técnicos, bem como pode adotar diferentes decisões 
estratégicas na escolha dos processos executivos da obra.
A especificidade também está relacionada com condições locais 
da obra. Um único projeto de edificação, se executado em regiões 
distintas, vai ter um orçamento diferente para cada localidade. Por 
exemplo, a construção de um presídio em zona urbana de uma grande 
capital tem custos bem inferiores aos da sua execução em uma região 
inóspita. Mesmo dentro da mesma zona urbana, o simples fato de alterar 
a localização da obra pode resultar em soluções construtivas diferentes 
para as fundações da edificação, alterando o custo da obra.
[ 13 ]Aula 1 Introdução ao Curso e Conceitos e Propriedades do Orçamento de Obras
Temporalidade
A propriedade da temporalidade do orçamento mostra que um 
orçamento realizado tempos atrás não é válido parahoje, bem como 
aquele orçamento elaborado hoje pode não corresponder aos custos 
que serão enfrentados pela construtora durante a execução da obra. 
Apesar da possibilidade do reajustamento, existem flutuações de preços 
dos insumos, alterações tributárias, evolução dos métodos construtivos, 
bem como diferentes cenários financeiros e gerenciais que limitam no 
tempo a validade e precisão de um orçamento. 
Relevante também destacar que os projetos básicos de alguns tipos 
de empreendimentos, notadamente obras lineares de grande extensão 
(rodovias, ferrovias, adutoras etc.), têm tendência a ficar desatualizados 
em um período relativamente curto. É comum o surgimento de 
interferências no percurso da obra com o decorrer do tempo, originando 
a necessidade de alterações de traçado, as quais certamente impactarão 
o orçamento da obra.
Via de regra, quanto mais tempo transcorrer após a elaboração 
de determinado orçamento, menor será a sua precisão na estimativa do 
custo efetivo da obra.
[ 14 ] AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS
Aproximação
A última propriedade, a aproximação, nos diz que, por basear-se 
em previsões, todo orçamento é aproximado. Além disso, a estimativa 
de quantitativos de vários serviços contém incertezas intrínsecas, 
como, por exemplo, a medida de volumes de movimentação de terra 
ou a profundidade de cravação de estacas pré-moldadas. O orçamento 
não tem que ser exato (dificilmente se consegue tamanha proeza). No 
entanto, o orçamento necessita ser preciso. 
Conforme o grau de precisão, os orçamentos podem ser classificados 
em:
•	 estimativa de custos;
•	 orçamento preliminar;
•	 orçamento definitivo ou detalhado.
Os três tipos de orçamento apresentados vão se diferenciar em 
razão dos seguintes elementos: 
•	 etapa de concepção do empreendimento;
•	 propósito ou finalidade da estimativa;
•	 tipo e qualidade das informações disponíveis;
•	 métodos de preparação e avaliação;
•	 tempo de execução da estimativa; e
•	 grau de precisão esperado.
Não se faz um único orçamento durante todas as etapas de 
implantação de um empreendimento. Na verdade, são feitas várias 
estimativas que vão sendo aprimoradas e detalhadas conforme aumenta 
o grau de definição e de detalhamento do projeto.
Um orçamento não precisa 
ser exato, mas necessita 
ser preciso!
[ 15 ]Aula 1 Introdução ao Curso e Conceitos e Propriedades do Orçamento de Obras
O processo de orçamentação é um processo iterativo e 
dinâmico, alimentando a escolha das alternativas estudadas e, 
posteriormente, sendo alimentado pelas definições tomadas no 
decorrer do desenvolvimento dos projetos.
Mesmo após o início de execução da obra, surge a 
necessidade de alterar o orçamento que acabou de ser elaborado. 
Imprevistos na execução da obra, condições climáticas adversas, 
novas negociações com fornecedores, atrasos e antecipação de 
cronogramas, alterações de escopo dos projetos, enfim, várias 
ocorrências ensejam a revisão e atualização dos orçamentos. Na 
etapa de execução, o orçamento torna-se a principal ferramenta 
de controle gerencial dos custos.
Diante do exposto acima, os momentos em que cada tipo 
de estimativa é realizado, durante o ciclo de desenvolvimento 
de um projeto, é mais bem compreendido a partir da figura a 
seguir, que exemplifica as etapas de desenvolvimento de um 
projeto rotineiramente adotadas pela indústria do petróleo ou na 
implantação de plantas industriais (figura adaptada do livro de 
SPRANGER & CONFORTO).
O Front End Loading ou 
simplesmente FEL, é um processo 
muito utilizado em projetos que 
requerem expressivos investimentos. 
O FEL é dividido em três fases com 
pontos de análise e aprovação, 
chamados de “gates”, Estas fases são:
FEL I – corresponde à fase de análise 
do negócio, cujo objetivo é avaliar 
a atratividade e oportunidade 
de investimento. Nesta fase os 
objetivos do projeto são alinhados 
aos objetivos estratégicos da 
organização.
FEL II – corresponde à fase de 
estudo de viabilidade técnica e 
econômica. Esta fase é responsável 
em selecionar as alternativas, 
estratégia de contratação e seleção 
tecnológica.
FEL III – corresponde à fase de 
engenharia básica (primeira fase 
da implantação de um projeto em 
que são revistos os trabalhos de 
engenharia preliminar que consiste 
em estudos de viabilidade, lista 
de equipamentos, fluxogramas e 
layouts) e visa ao desenvolvimento 
do projeto básico e do planejamento 
da execução do projeto. 
Os alunos que desejarem se 
aprofundar no assunto podem ler o 
artigo de ROMERO e ANDERY incluído 
em nossa biblioteca.
[ 16 ] AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS
Vamos aprofundar a discussão sobre os tipos de orçamento segundo 
o grau de precisão na próxima aula.
[ 17 ]Aula 1 Introdução ao Curso e Conceitos e Propriedades do Orçamento de Obras
Vinculação ao Instrumento Contratual
O último atributo do orçamento que merece ser abordado diz 
respeito às condições contratuais para execução da obra. Um mesmo 
empreendimento público pode ser contratado por diversos regimes de 
execução contratual: empreitada por preço unitário, empreitada por 
preço global, empreitada integral, contratação integrada (conhecida no 
meio empresarial como turn key) e tarefa. Na iniciativa privada, ainda é 
comum a contratação de obras por administração ou utilizando sistemas 
mistos.
A descrição destes regimes de execução contratual e os impactos 
no preço final da obra serão mais bem detalhados na aula que trata 
das parcelas que compõem o BDI. Por hora, basta saber que o regime 
de execução contratual induz a uma diferenciação no grau de risco do 
construtor, influindo no BDI que será cobrado pela construtora. Por 
exemplo, um típico BDI de obra contratada por preço global fica no 
patamar de 25% a 30%. Por outro lado, uma obra por administração 
adota uma taxa de administração em torno de 12% a 15%.
Além do regime de execução, outras cláusulas e condições 
contratuais também têm impacto na elaboração do orçamento da obra. 
Um contrato com cláusula de reajuste tende a ser contratado por um 
orçamento inferior ao caso de um contrato sem cláusula de reajuste, pois 
neste o construtor irá embutir uma expectativa de variação de preços no 
orçamento da obra.
No entanto, a variável contratual com maior influência no orçamento 
da obra é o prazo de execução. Naturalmente espera-se um custo 
maior para uma obra executada em ritmo acelerado de execução, com 
mobilização de maior contingente de mão de obra e de equipamentos, 
executada em vários turnos de trabalho e com pagamento de horas 
extras. Assim, o prazo de execução contratual tem grande impacto nos 
custos com mão de obra, mobilização, instalação do canteiro de obras e 
administração local da obra.
Por fim, diversas outras exigências contratuais podem trazer (ou 
suprimir) custos. Por exemplo, em algumas situações o órgão/entidade 
contratante se responsabiliza pelos custos com consumos (água e luz) 
do construtor no canteiro. Em outro exemplo, pode haver alguma 
disposição contratual ou editalícia estabelecendo o cumprimento de 
diversos requisitos ambientais e de sustentabilidade da obra.
[ 18 ] AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS
3. Responsabilidade Técnica do Orçamentista
Considerando que o sobrepreço e superfaturamento são as 
principais irregularidades observadas nas auditorias de obras públicas, 
é oportuno abordar desde logo a questão acerca da responsabilidade 
técnica do engenheiro que elaborou o orçamento da obra. Neste ponto, 
você já deve ter percebido que a elaboração de um orçamento é atividade 
tecnicamente complexa e deve ser executada por um profissional 
legalmente habilitado, no caso um engenheiro.
Aliás, todos os elementos que compõem o Projeto Básico devem ser 
elaborados por profissional legalmente habilitado, sendo indispensável o 
registro da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica- ART, bem 
como a identificação do autor e sua assinatura em cada uma das peças 
gráficas e documentos produzidos. Deve ser verificada a existênciade 
Anotação de Responsabilidade Técnica - ART inclusive do responsável 
pela elaboração do orçamento base.
No orçamento de obras públicas, por expressa disposição legal 
existente nas Leis de Diretrizes Orçamentárias, somente em condições 
especiais, devidamente justificadas em relatório técnico circunstanciado, 
elaborado por profissional habilitado e aprovado pelo órgão gestor dos 
recursos ou seu mandatário, poderão os respectivos custos unitários 
exceder os constantes do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e 
Índices da Construção Civil – SINAPI, e, no caso de obras e serviços 
rodoviários, à tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias – 
SICRO.
Deverá constar ainda do projeto básico, inclusive de suas eventuais 
alterações, a anotação de responsabilidade técnica e declaração expressa 
do autor das planilhas orçamentárias, quanto à compatibilidade dos 
custos constantes de referidas planilhas com os quantitativos do projeto 
de engenharia e os custos do SINAPI ou do SICRO.
No âmbito dos tribunais de contas, no desempenho de sua função 
constitucional de fiscalizar a aplicação de recursos em obras públicas, é 
comum a responsabilização dos orçamentistas por falhas na elaboração 
dos orçamentos que causaram prejuízos aos cofres públicos em virtudes 
de sobrepreços identificados na obra. 
Cita-se como exemplo o Acórdão TCU 2.029/2008 - Plenário que 
determinou a citação dos responsáveis pela elaboração do orçamento 
base da licitação com sobrepreço.
Art. 127 da Lei 12.309/2010 
(LDO de 2011):
“§ 4o Deverá constar do 
projeto básico a que se 
refere o art. 6o, inciso IX, 
da Lei no 8.666, de 1993, 
inclusive de suas eventuais 
alterações, a anotação 
de responsabilidade 
técnica pelas planilhas 
orçamentárias, as quais 
deverão ser compatíveis 
com o projeto e os custos 
do sistema de referência, 
nos termos deste artigo.” 
[ 19 ]Aula 1 Introdução ao Curso e Conceitos e Propriedades do Orçamento de Obras
4. CUB
O Custo Unitário Básico (CUB) foi criado pela Lei 4.591/1964 
para servir como parâmetro na determinação dos custos dos imóveis. A 
Lei obrigou os Sindicatos Estaduais da Indústria da Construção Civil a 
divulgarem mensalmente os custos unitários da construção do respectivo 
Estado. Atualmente a Norma Brasileira que estabelece a metodologia de 
cálculo do CUB é a ABNT NBR 12721/2006.
O CUB possibilita uma primeira referência de custos dos mais 
diversos tipos de empreendimentos. É definido como o custo por metro 
quadrado de construção do projeto-padrão considerado, calculado 
de acordo com a metodologia estabelecida na norma ABNT NBR 
12721/2006 e serve de base para a avaliação de parte dos custos de 
construção das edificações.
O CUB/m² representa o custo parcial da obra e não o global, isto é, 
não leva em conta os custos relacionados com a execução de fundações 
especiais, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento 
de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: 
fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, 
calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não 
classificado como área construída); obras e serviços complementares; 
urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, 
instalação e regulamentação do condomínio; impostos, taxas e 
emolumentos cartoriais, projetos; aquisição de terrenos; remuneração 
do construtor e remuneração do incorporador.
É importante que o auditor de obras conheça o CUB e o utilize 
para fazer uma avaliação inicial do custo de obras de edificações.
Caracterização dos projetos-padrão conforme a ABNT NBR 
12721/2006
Apresentamos, a seguir, alguns exemplos de projetos-padrão 
cujos custos unitários básicos são divulgados mensalmente por cada 
Sinduscon Estadual.
R1-B Residência uni familiar padrão baixo: 1 pavimento, com 2 
dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área para tanque.
R1-A Residência uni familiar padrão alto: 1 pavimento, 4 
dormitórios, sendo um suíte com banheiro e closet, outro com 
banheiro, banheiro social, sala de estar, sala de jantar e sala íntima, 
Para aprofundamento do 
assunto, recomendamos a 
leitura da Norma ABNT NBR 
12.721/2006 e da Cartilha 
do Sinduscon/MG “Custo 
Unitário Básico (CUB/
m2): Principais Aspectos.”. 
Esta foi disponibilizada na 
biblioteca do curso.
Sinduscon é a sigla adotada 
pelos Sindicatos Estaduais 
da Indústria da Construção 
Civil, entidades incumbidas 
pela Lei 4.591/1964 de 
divulgar mensalmente o 
CUB.
Atenção!
[ 20 ] AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS
circulação, cozinha, área de serviço completa e varanda (abrigo 
para automóvel). 
R8-A Residência multifamiliar, padrão alto: garagem, pilotis e 
oito pavimentos-tipo. Garagem: escada, elevadores, 48 vagas de 
garagem cobertas, cômodo e lixo, depósito e instalação sanitária. 
Pilotis: escada, elevadores, hall de entrada, salão de festas, salão de 
jogos, copa, 2 banheiros, central de gás e guarita. Pavimento-tipo: 
halls de circulação, escada, elevadores e 2 apartamentos por andar, 
com 4 dormitórios, sendo um suíte com banheiro e closet, outro 
com banheiro, banheiro social, sala de estar, sala de jantar e sala 
íntima, circulação, cozinha, área de serviço completa e varanda. 
CSL-16 Edifício comercial, com lojas e salas: garagem, pavimento 
térreo e 16 pavimentos-tipo. Garagem: Escada, elevadores, 128 
vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito e instalação 
sanitária. Pavimento térreo: escada, elevadores, hall de entrada e 
lojas. Pavimento-tipo: halls de circulação, escada, elevadores e oito 
salas com sanitário privativo por andar. 
GI Galpão industrial: área composta de um galpão com área 
administrativa, 2 banheiros, um vestiário e um depósito. 
Conforme a NBR 12721/2006, os projetos-padrão são caracterizados 
quanto ao acabamento como baixo, normal e alto, correspondentes 
a diferentes projetos arquitetônicos. A referida Norma apresenta 
detalhadamente as especificações dos acabamentos nos orçamentos dos 
projetos-padrão residenciais, comerciais, galpão industrial e residência 
popular.
Os desenhos arquitetônicos dos projetos-padrão também se 
encontram em anexo à NBR 12721/2006. Por exemplo, a planta baixa do 
projeto-padrão R1B (residência uni familiar de padrão baixo):
[ 21 ]Aula 1 Introdução ao Curso e Conceitos e Propriedades do Orçamento de Obras
Metodologia de cálculo do CUB
O CUB/m² é calculado com base nos diversos projetos-padrão 
estabelecidos pela ABNT NBR 12721:2006, levando-se em consideração 
os lotes básicos de insumos (materiais de construção, mão de obra, 
despesas administrativas e equipamentos) com os respectivos pesos 
constantes na referida norma. 
De acordo com a ABNT NBR 12721:2006, o lote básico de 
insumos é composto de materiais de construção, mão de obra, despesas 
administrativas e equipamentos. As quantidades de insumos, por metro 
quadrado de construção, para cada projeto-padrão, estão disponíveis na 
ABNT NBR 12721/2006.
A metodologia de cálculo do CUB/m² é simples e permite a 
consecução de indicadores muito realistas. Os salários, os preços dos 
materiais de construção, as despesas administrativas e os custos com 
aluguel de equipamentos são pesquisados mensalmente pelos Sindicatos 
da Indústria da Construção de todo o país. 
Sugerimos que visite o site 
www.cub.org.br. Em tal site 
é possível obter, em único 
espaço, os resultados dos 
CUBs de vários Estados. O site 
ainda fornece informações 
gerais sobre o CUB/m², 
principais características, 
projetos-padrão 
representativos, lote básico 
de insumos, metodologia de 
cálculo etc.
[ 22 ] AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS
Utilização do CUB para estimativas de Custos
O processo para determinação dos custos para a execução de uma 
obra pode ser feito por vários métodos, cada um com características, 
precisão e limitações próprios. Uma das alternativas empregadas é 
denominada avaliação expedita. Vamos, portanto, exemplificar como é 
feito o referido tipo de avaliação com a utilizaçãodo CUB. Antes, porém, 
é necessário indicar quais são os principais cuidados para diminuir os 
possíveis erros nesse processo:
•	 o indicador deve se referir a obra com as mesmas características 
da que está sendo analisada. No caso do CUB, deve-se escolher 
o CUB referente ao projeto-padrão que mais se assemelha ao 
caso em análise;
•	 a data-base do indicador deve ser atualizada, de forma que a 
comparação de indicadores se dê sempre na mesma data. Neste 
aspecto a utilização do CUB não traz maiores dificuldades, 
pois o indicador é divulgado mensalmente pelos Sinduscons de 
cada Estado;
•	 observar a região em que será realizada a obra, que deve ser 
próxima àquela tomada por base no indicador;
•	 tomar cuidado com parcelas e fatores não previstos no 
indicador. Numa edificação, observar que parcelas relevantes 
do custo de construção não estão incluídas no CUB (fundações 
especiais, elevadores, instalações de incêndio, ar condicionado, 
remuneração da construtora, impostos e taxas, projeto e 
despesas com instalação e regularização do condomínio);
•	 o ideal é comparar custo com custo, excluindo o BDI (lucro 
e despesas indiretas) da base de cálculo a ser utilizada para 
apuração do indicador a ser utilizado.
Homogeneização das áreas para fins de cálculo de custo
O custo unitário básico só poderá ser aplicado à área da edificação 
para fins de obtenção de custos globais da edificação quando esta for 
convertida, usando-se a metodologia da norma NBR 12721/2006, em 
área equivalente à área de custo padrão.
Deve-se esclarecer que a ABNT NBR 12721/2006 apresenta um 
capítulo específico sobre os critérios para determinação e cálculo de 
[ 23 ]Aula 1 Introdução ao Curso e Conceitos e Propriedades do Orçamento de Obras
áreas, em que se podem obter os conceitos da área real do pavimento, 
área real privativa da unidade autônoma, área real de uso comum, área 
coberta, área descoberta, área equivalente etc.
A NBR 12.721 traz definições para o uso da metodologia:
•	 área coberta real: medida da superfície de quaisquer 
dependências cobertas, nela incluídas as superfícies das projeções 
das paredes, de pilares e demais elementos construtivos;
•	 área coberta padrão: área coberta de padrão de acabamento 
semelhante a do projeto-padrão escolhido, entre os padronizados 
na norma;
•	 área coberta de padrão diferente: área coberta com padrão de 
acabamento substancialmente inferior ou superior a do projeto-
padrão escolhido dentre os padronizados na Norma;
•	 área coberta equivalente de construção: área virtual cujo custo 
de construção é equivalente ao custo da respectiva área real, 
utilizada quando este custo é diferente do custo unitário básico 
da construção, adotado como referência. Pode ser, conforme o 
caso, maior ou menor que a área real correspondente.
A área equivalente é calculada mediante uma proporção entre 
aquela área considerada e as áreas que se enquadram na especificação 
da área coberta-padrão. Por exemplo, é normal se você estabelecer que 
a área da sacada de um apartamento tenha um valor de 75% do valor da 
área-padrão interna. Ou que a edificação de um box de garagem, no sub-
solo da edificação, tenha um custo de 50% do valor da unidade-padrão 
interna de uma unidade individual autônoma. A área equivalente é 
obtida pela multiplicação da área real por esse coeficiente.
Pode também considerar que determinada área coberta tem padrão 
de acabamento superior à área-padrão. Por exemplo, se determinada área 
real coberta de padrão diferente, com 100 m2, tiver um custo unitário de 
acabamento sensivelmente melhor (digamos que tenha um custo 50% 
maior do que o custo da área padrão), a área equivalente será:
Aeq = 100 m2 x (1 + fator de ajuste) = 150 m2.
As áreas equivalentes podem ser estimadas mediante a multiplicação 
das áreas reais com os seguintes coeficientes médios:
[ 24 ] AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS
a) garagem (subsolo): 0,50 a 0,75;
b) área privativa (unidade autônoma padrão): 1,00;
c) área privativa salas com acabamento: 1,00;
d) área privativa salas sem acabamento: 0,75 a 0,90;
e) área de loja sem acabamento: 0,40 a 0,60;
f) varandas: 0,75 a 1,00;
g) terraços ou áreas descobertas sobre lajes: 0,30 a 0,60;
h) estacionamento sobre terreno: 0,05 a 0,10;
i) área de projeção do terreno sem benfeitoria: 0,00;
j) área de serviço aberta: 0,50;
k) barrilete: 0,50 a 0,75;
l) caixa d’água: 0,50 a 0,75;
m) casa de máquinas: 0,50 a 0,75; 
n) piscinas: 0,50 a 0,75; e
o) quintais, calçadas, jardins etc.: 0,10 a 0,30.
Então, a área total equivalente em área de custo padrão da edificação 
será obtida com o auxílio de uma tabela semelhante à apresentada logo 
a seguir:
A estimativa dos custos de construção é feita a partir dos custos 
unitários básicos correspondentes aos projetos-padrão definidos na NBR 
12721/2006 e das áreas equivalentes em área de custo padrão calculadas 
como indicado anteriormente.
[ 25 ]Aula 1 Introdução ao Curso e Conceitos e Propriedades do Orçamento de Obras
O valor estimado do custo global da construção é a soma das 
seguintes parcelas:
a) produto da área equivalente em área de custo padrão global pelo 
custo unitário básico, correspondente ao projeto-padrão que mais se 
assemelhe ao da edificação objeto de incorporação;
b) parcelas adicionais, relativas a todos os elementos ou condições 
não incluídas nas relações quantitativamente discriminadas de materiais 
e mão de obra correspondentes ao projeto-padrão, tais como: fundações 
especiais, elevadores, equipamentos e instalações, playground, obras e 
serviços complementares e outros serviços;
c) outras despesas indiretas;
d) impostos, taxas e emolumentos cartorários;
e) projetos; 
f) remuneração do construtor; e
g) remuneração do incorporador.
De posse da área total equivalente, pode-se também fazer a 
estimativa de um preço final por metro quadrado para a edificação em 
análise com o auxílio da seguinte equação:
VF = [CUB + (E + F + Ie + Outros)/Aeq] x (1 + BDI) 
Onde:
VF = preço final por metro quadrado
CUB = custo unitário básico por m2 do projeto-padrão mais 
semelhante ao analisado;
E, F, Ie, Outros = custo com elevadores, fundações especiais e 
instalações especiais, projetos e demais parcelas que não entram no 
cálculo do CUB;
Aeq = área construída equivalente;
BDI = lucro, custos financeiros, impostos e despesas indiretas do 
construtor.
Preparamos exercícios 
para que você exercite os 
conceitos apresentados 
sobre CUB.
[ 26 ] AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS
Vamos ver como funciona o cálculo acima em um exemplo 
concreto.
Sabendo que o CUB para residências uni familiares com um 
pavimento de padrão de acabamento alto é de R$ 700/m2, avaliar o preço 
de construção de uma casa com área de 400 m2 subdividida da seguinte 
forma:
•	 Garagem: 40 m2
•	 Sala, quartos e demais dependências com área padrão: 200 m2
•	 Varandas: 60 m2
•	 Área de Serviço: 20 m2
•	 Terraço: 80 m2
1) Cálculo da área equivalente: 
Aeq = (40 x 0,50) + (200 x 1,00) + (60 x 0,75) + (20 x 0,50) + (80 x 
0,30) = 299 m2
2) Avaliação do custo de construção:
Custo = 299 x R$ 700/m2 = R$ 209.300,00
3) Avaliação do preço de construção:
Vamos supor que o imóvel tenha sido construído por uma 
construtora que cobrou um BDI de 25%. Vamos considerar também que 
a construção da casa demandou os seguintes custos adicionais que não 
estão contemplados na metodologia do CUB:
•	 Fundações: R$ 20 mil
•	 Ar condicionado e instalações especiais: R$ 30 mil
•	 Projetos, taxas e emolumentos cartorários: R$ 10 mil.
Assim, o preço final de construção será: 
Preço = 1,25 x (R$ 209.300,00 + R$ 20.000,00 + R$ 10.000,00 + R$ 
30.000,00) = R$ 336.635,00.
[ 27 ]Aula 1 Introdução ao Curso e Conceitos e Propriedades do Orçamento de Obras
Síntese
Nesta aula apresentamos aos participantes uma visão introdutória 
das principais irregularidades observadas nas auditorias de obras 
públicas e como se dará a estruturação do presente curso.
Apresentamos algumas definições de engenharia de custos e 
orçamento de obras.Vimos, também, três propriedades do orçamento 
de obras: especificidade, temporalidade e aproximação.
Os tipos de orçamento segundo o grau de aproximação foram 
abordados tentando-se mostrar quando cada um dos tipos de orçamento 
– estimativa de custos, orçamento preliminar e orçamento detalhado – 
devem ser empregados em função do estágio do desenvolvimento do 
empreendimento.
Esperamos que você tenha compreendido que o processo de 
orçamentação não é estático e sofre mudanças durante desenvolvimento 
dos projetos.
A conclusão mais importante que chegamos ao fim desta aula é de 
que a precisão de um orçamento depende fundamentalmente do nível 
de desenvolvimento e de detalhamento dos projetos de engenharia. Um 
orçamento elaborado com base num projeto básico deficiente que será 
objeto de profundas alterações no decorrer da execução da obra nada 
mais é do que uma peça de ficção.
Também abordamos a questão da responsabilidade técnica do 
engenheiro orçamentista e da necessidade de os orçamentos serem feitos 
por profissionais habilitados.
Terminamos a apresentação do conteúdo conceituando o CUB 
– Custo Unitário Básico e sua aplicação para a auditoria de obras de 
edificações.
Concluímos esta aula convidando os participantes a exercitarem 
os conceitos aprendidos e a participarem do nosso fórum para 
comentários e esclarecimentos de dúvidas. 
[ 28 ] AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS
Referências bibliográficas 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 12721 - Critérios 
para avaliação de custos de construção para incorporação imobiliária e 
outras disposições para condomínios edilícios – Procedimento
Acórdão TCU nº 1.428/2003 – Plenário.
Acórdão TCU nº 2.029/2008 – Plenário.
Acórdão TCU nº 2.992/2010 – Plenário.
CONFORTO, Sérgio, SPRANGER, Mônica, Estimativas de custos de 
investimentos para empreendimentos industriais, Rio de Janeiro: Taba 
Cultural, 2002.
DIAS, Paulo Roberto Vilela. Engenharia de Custos, 3ª edição. Rio de 
Janeiro: CREA-RJ; IBEC, 2001.
LIMMER, Carl V., Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos 
e Obras. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 
1997.
PEREIRA, G. P. C. O mercado da construção civil para obras públicas 
como instrumento de auditoria: uma abordagem probabilística. 2002. 
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 
2002.
ROMERO, Fernando, ANDERY, Paulo, “O processo de projeto em 
Mega empreendimentos: considerações sobre as etapas iniciais de 
planejamento”, VIII Workshop Brasileiro, Gestão do Processo de 
Projetos na Construção de Edifícios, São Paulo, 2008 (disponível em: 
http://www.arquitetura.eesc.usp.br/workshop08/secundarias/ANAIS/
Artigo_16.pdf).
SARIAN, Cláudio A; Obras Públicas – Licitação, Contratação, 
Fiscalização e Utilização, Editora Fórum, 2ª edição, 2008.
Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerai - 
Sinduscon/MG, Cartilha “Custo Unitário Básico (CUB/m²): Principais 
Aspectos”. Belo Horizonte, 2007.
Decisão TCU nº 255/1999 - Primeira Câmara.
MATTOS, Aldo Dórea, Como Preparar Orçamentos de Obras. São 
Paulo: Editora Pini, 2006.
	Introdução 
	Aula 1 – Conceito e Propriedades do Orçamento de Obras
	1. Engenharia de Custos e suas Aplicações
	2. Conceito e Propriedades do Orçamento de Obras
	Especificidade
	Temporalidade
	Aproximação
	3. Responsabilidade Técnica do Orçamentista
	4. CUB
	Metodologia de cálculo do CUB
	Utilização do CUB para estimativas de Custos
	Homogeneização das áreas para fins de cálculo de custo
	Vamos ver como funciona o cálculo acima em um exemplo concreto.
	Síntese
	Referências bibliográficas

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