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– Exame Preventivo O colo uterino é a parte inferior do útero localizada junto a vagina, com a qual se comunica por meio de um conduto, o canal cervical, por onde penetram os espermatozoides e sai o sangue menstrual. A parte externa do colo, que fica em contato com a vagina, chama-se ectocérvice, sua parte interna é a endocérvice. O rastreio oncológico cervical-uterino ou teste do Papanicolau investiga alterações inflamatórias e/ou infecciosas e lesões malignas. Avanço do processo inflamatório até carcinoma. • Abstinência sexual prévia • Evitar exames intravaginais nas 48hrs anteriores • Evitar usar lubrificantes, espermecidas ou medicamentos vaginais • Exame não deve ser feito no período menstrual. Deve-se aguardar o 5º dia após o término da menstruação. O exame especular, o qual é a parte prática da avaliação do colo uterino, das paredes vaginais, da coleta de citologia oncótica e também da avaliação de secreção, ocorre com a introdução do espéculo bivalve na vagina em sentido longitudinal-oblíquo (para desviar da uretra), afastando os pequenos lábios e imprimindo delicadamente um trajeto direcionado posteriormente, ao mesmo tempo em que se gira o instrumento para o sentido transversal. – Sempre se deve avisar a paciente de que se está introduzindo o espéculo, preveni-la quanto ao desconforto e tranquilizá-la em relação à dor. É aconselhável tocar com a ponta do espéculo no vestíbulo antes de introduzi-lo, para a paciente sentir a temperatura e o material do instrumento. Não se deve utilizar lubrificante, pois confunde a avaliação de secreções. Após introduzido e aberto, procura-se individualizar o colo uterino e avaliar pregueamento e trofismo da mucosa vaginal, secreções, lesões da mucosa, septações vaginais, condilomas, pólipos, cistos de retenção e ectopia. Após a coleta de secreção vaginal para o exame a fresco, devem-se limpar as secreções que ficam à frente do colo (pode-se utilizar soro), e só depois proceder à aplicação de ácido acético (concentrações podem variar de 1 a 5%). Aguardam-se alguns minutos (2-4 min), e se realiza novamente a inspeção do colo uterino, à procura de lesões que foram realçadas pelo produto (mais brancas e brilhantes, ou leucoacéticas). Nesse caso, a escova é introduzida quase que to- talmente no canal cervical (apenas as cerdas mais proximais entram em contato com o orifício externo e a superfície do colo), devendo ser girada no mesmo sentido cerca de cinco vezes; após a retirada, sua ponta é colocada por inteiro em um frasco contendo o meio específico para análise. O material, depois de colhido, deve ser imediatamente espalhado sobre a lâmina e fixado (em geral com álcool etílico a 95%), para posterior análise citopatológica. – Uma amostra será considerada insatisfatória quando há ausência de identificação na lâmina ou na requisição, lâmina quebrada ou com material mal fixado, células escamosas bem preservadas cobrindo menos de 10% de superfície da lâmina, obscurecimento por sangue, inflamação, áreas espessas, má fixação, dessecamento que impeçam a interpretação de mais de 75% das células epiteliais. Nestes casos não é possível se dar algum diagnóstico e por isso o exame deve ser repetido. • Comece posicionando a paciente, calçando as luvas e abrindo a embalagem do kit do exame (especifico a cada paciente) na frente da paciente mostrando que o mesmo está lacrado e será usado pela primeira vez. • Comece retirando a lâmina e preenchendo com os dados completos da paciente na caixa. • Após preencher a caixa, preencha com LÁPIS a lâmina na região fosca com o nome da paciente abreviado, data da DUM e idade. • Verifique se a lâmina está limpa, se não passe uma gaze suavemente higienizando. • Ajuste o foco de luz • Afaste os grande e pequenos lábios com uma mão e insira o espéculo fechado, verticalmente e levemente inclinado. Rotacione-o para a horizontal e só então comece a abrir. Manobre o espéculo até que toda a cérvice seja visualizada no centro da abertura (Se houver dificuldade, peça para a paciente realizar a manobra de Valsava para expor o colo uterino). • Inspecione o colo uterino, se há eritema, exsudados, pólipos, coloração, pigmentos, textura da secreção. Se houver muita secreção, utilize a pinça de Cherron com uma gaze na ponta para retirar o excesso e só então da continuidade ao exame. • Segure o espéculo com a mão não dominante, pegue a lâmina e segure simultaneamente com o espéculo. • Inicie a colete inserindo a espátula de Ayre com a menor projeção voltada para o óstio do colo e rotacione em todo o eixo (360º). Retire e aplique o material próximo a região fosca utilizando os dois lados da espátula colocando verticalmente e lado a lado. • Descarte a espátula de Ayre • Pegue a escova endocervical e a insira no óstio do colo uterino rotacionando 360º. Retire a escova, apoie sua pegada mais próximo da escova e com movimentos leves e rotacionando horizontalmente sob a parte da lâmina que não está com material. • Descarte a escova. • Posicione a lâmina na vertical segurando pela parte de identificação e utilize o fixador borrifando duas vezes sob a lâmina. Deixa a lâmina secando em cima de uma gaze e prossiga com o exame. • Pegue o espéculo, comece a fechar o espéculo e quando tiver com uma distancia de aproximadamente 1cm rotacione para a mesma posição da entrada, afaste os grandes e pequeno lábios e retire o espéculo. Após realizar o exame, auxilie a paciente a descer da maca, preste apoio e agende o retorno para buscar o resultado do exame.
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