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GINECOLOGIA Ciclo menstrual Eventos principais do ciclo menstrual: · maturação folicular · ovulação · preparação do endométrio para a nidação A ciclicidade se inicia na puberdade, marcada pela telarca, seguida da pubarca e menstruação. O ciclo menstrual é composto por: 1) Maturação do eixo HHO 2) Ciclo ovariano 3) Ciclo uterino 4) Efeito em outros órgãos Eixo HHO O GnRH é secretado em pulsos que variaram de amplitude e de frequência, o que influencia na liberação de FSH e LH Na fase folicular, os pulsos são frequentes, no início de baixa amplitude e alta frequência para a liberação de LH (o pico dele é necessário para a ovulação). Já na fase lútea, há aumento da amplitude dos pulsos e redução da frequência que é um estímulo para a maior liberação de FSH. Inibina B (before)= vem antes da ovulação >> inibe o FSH O FSH estimula a liberação de estrogênio nos ovários e a inibina, que mandam mensagem para a hipófise, inibindo o FSH e estimulando o LH que por sua vez estimula a liberação de progesterona (prepara o endométrio para receber a nidação, deixando ele bem secretor). Se aumentou a progesterona, significa que ovulou. No ovário ocorrem a foliculogênese + esteroidogênese O desenvolvimento folicular se inicia na fase embrionária. A fase antral inicial é uma fase dependente de gonadotrofina. ⇧⇩ A teca é a parte da célula com acesso a vascularização, por isso, lá tem a capacidade de absorver o colesterol. Atenção: O local que ocorre a formação de estradiol é na granulosa Obs: Estradiol é um estrogênio mais potente, que predomina A dominância folicular ocorre nos folículos com um maior número de receptores de FSH, então, mesmo diminuindo a concentração de FSH que ocorre devido ao aumento do estrogênio, isso favorece o desenvolvimento dele. Além disso, há um aumento de receptores de LH nas células da granulosa, o que garante o final do processo de maturação folicular. Atenção: Pico de estradiol é o precursor do pico de LH que é responsável pela ovulação que ocorre após 32- 36 horas após o início da elevação do LH e 10-12 horas após o seu pico máximo. Obs: Há um aumento discreto da progesterona 12 a 24 horas antes da menstruação, o que é importante para o rompimento da parede folicular para a extrusão do óvulo e para deflagrar o pico de FSH no início do ciclo. Atenção: A segunda fase (FASE LÚTEA) do ciclo é FIXA!!! Se não houver a fecundação, há a redução dos níveis de progesterona, estrogênio e a regressão/ involução do corpo lúteo para formar o corpo albicans. Em uma curetagem, se houver lesão de camada basal, haverá sinéquia, aderência intra uterina e amenorreia, acretismos placentários. As sinéquias são uma causa comum de infertilidade. Quando há o aumento do estrogênio (gráfico), há o crescimento/ PROLIFEREÇÃO do endométrio. Se houvesse só a ação do estrogênio, poderia haver uma atipia e uma proliferação acentuada do endométrio. O endométrio, por ação da progesterona, tem um aumento dos vasos sanguíneos. Na menstruação, a camada funcional que descama!!! Efeito em outros órgãos: Mamas: · Fase folicular: Sem alteração aparente · Lútea: Hipertrofia de lóbulos Colo uterino- muco cervical · Folicular: predomina ação do estrogênio → Filância + Cristalização · Lutea: predomina ação da progesterona → muco mais espesso + sem Cristalização Anticoncepção 1) Conceitos fundamentais · Anticoncepção: é a maneira pela qual uma ou mais ações, dispositivos ou medicamentos são utilizados para evitar ou reduzir a chance de uma mulher engravidar. · O planejamento familiar é um direito constitucional do cidadão. · A decisão do método é da paciente, mas o papel do profissional de saúde é apresentar todos os métodos e diante do cenário indicar os mais adequados para a mulher. · A escolha do método envolve a eficácia, inocuidade, aceitabilidade e preferência da paciente, facilidade de uso, reversibilidade, custo, risco e efeitos colaterais, efeitos adicionais. · Índice de Pearl 20 = 20% das usuárias engravidam. · LARC= Diu de cobre, Diu levonorgestrel, implante subdérmico de progestogênio (libera etonogestrel) . Obs: Laqueadura e vasectomia não são, pois são em tese irreversíveis . 2) Comportamentais · Tabelinha/ Ogino- Knaus · A paciente tem que ter ciclo regular · Se diferença entre ciclo amir longo e ciclo mais curto maior que 10 dias = NÃO USAR · temperatura basal · A mulher tem que usar o mesmo método de aferição sempre · Abstinência: Primeira fase até a manhã do quarto dia, que mostrou aumento da temperatura. · Billings/ Muco cervical · Quando maior a finlancia, maior a carga estrogénica, o que é um preditor de um pico de LH. · Tem interferência de corrimentos vaginais. · Abstinência: da perceção do muco até o quarto dia, após a percepção máxima de umidade. · Coito interrompido · Amenorreia da lactação (LAM) · pré requisitos: amamentação exclusiva, amenorreia, até 6 meses 3) Barreira · Condom masculino. Pearl 18 · O Condom femino é melhor para prevenção de Ists. Pearl 21 · Diafragma: Requer treinamento da paciente, associar com espermicida, tem um tamanho ideal para cada paciente. · Geléia espermicida 4) Hormonais · Combinados: oral, injetável mensal, anel vaginal, adesivo transdérmico que são deixados no corpo por 3 semanas, trocando ele. · Só de progesterona: oral, injetável trimestral, implante, DIU de levonorgestrel · Combinados: · É um método anovulatório, atua inibindo FSH e LH, pois mantém os níveis de progesterona e de estrogênio altos. · Tem os efeitos da progesterona: muco mais espesso, dificulta a ascensão dos espermatozóides, tuba com movimentos ciliares alterados, endométrio menos receptivo para a nidação (decidualizado). · O sangramento da pausa não é menstruação · Reduzem a eficácia: Rifampicina e fenitoína, carbamazepina, topiramato · Benefícios: · Alívio da dismenorreia · Regulariza o ciclo · Melhora acne · Redução do risco de CA de mama e ovário · Contraindicação: · Aleitamento (<6 meses), · Hipertensão não controlada · Risco de trombose/ DCV/ Trombofilia hereditária → Não há recomendação de rastrear a trombofilia, exceto se houver recomendação familiar muito forte. · HEPATOPATIAS (Tumor - carcinoma e adenoma- cirrose descompensada, · Uso de medicamentos: rifampicina, anticonvulsivantes (pode usar junto com aco o ácido valpróico) · Atual e passado de câncer de mama. História familiar não é contraindicação · Doença da vesícula atual e colestase com ACO. · Tabagismo > 15 cigarros após 35 anos · DM com vasculopatia · HAS grave, mesmo que controlada. · Enxaqueca com aura, pois a paciente tem aumento do risco de avc isquêmico · Progestogênios Mecanismo de ação: Em relação aos contraceptivos orais contendo apenas progestogênios, a minipílula, especificamente, promove ciclos anovulatórios em cerca de 40% dos casos. Ela age, principalmente, atrofiando o endométrio e tornando o muco cervical mais espesso, alterando a motilidade tubária. A pílula contendo somente desogestrel 75 mcg (Cerazette®) é mais efetiva em inibir a ovulação (97% das usuárias) e apresenta índice de Pearl de 0,3 a 0,8 por 100 mulheres/ano, o mesmo das pílulas combinadas. · Pílula A pílula depende do tipo de progestágeno para ser anovulatório ou não. A minipílula não tem poder anovulatório, já a pílula de progesterona com desogestrel de 45 tem um poder maior de anovulação. A minipílula é composta por levonorgestrel e noretisterona (não é usada na pratica mais). A mulher puérpera pode sair do hospital com desogestrel, ao invés da minipílula. Somente usamos ela diante da ausência de desogestrel. · Injetável trimestral → acetato de medroxiprogesterona A paciente pode apresentar amenorreia, ação androgênica (acne, alopecia), aumento de peso (retenção hídrica), se usada por muito tempo pode reduzir densidade mineral óssea. Tem ação glicocorticoide = ganho de peso · Implante → Etonorgestrel (duram 3 anos) · Dura 3 anos · Vantagens: amenorreia, reduz colicas · Efeitos colaterais: spotting,cefaleia, mastalgia, acne, ganho de peso · Ação: · Inibe a ovulação por bloqueio de LH · Altera o muco cervical · Atrofia o endometrio O spotting ocorre devido a exposição da camada basal, o que ocorre devido a atrofia do endometrio. Quem não pode usar: trombose atual, aleitamento (< 6 semanas) para injetável trimestral, hepatopatias, câncer de mama atual e passado. Obs: Progestágenos com ação androgênica: levonorgestrel -> antitrombogênico Progestágenos antiandrogênicos: ciproterona e drospirenona -> trombogênico 5) DIU/SIU Levonorgestrel · Não é anovulatório em algumas mulheres - Não trata TPM · Espessa muco cervical e reduz crescimento endometrial (5 anos) reduzindo o fluxo menstrual · Tem maior ação androgênica: causa acnes, queda de cabelo · Contraindicação: · CA de mama atual ou anterior · Doença hepática descompensada · História atual de TEV Cobre ou prata · Não é anovulatório!! · Ação irritativa, inflamatória e espermicida (10 anos) Quem não pode usar DIU? Gravidez Sangramento inexplicado Infecção pélvica (cervicite) · DIP atual · BK pélvica · Cervicite purulenta · Pós abortamento · Risco elevado para IST · Alterações uterinas/ expulsão · Anomalias útero cervicais · Mioma com distorção da cavidade · Pós parto entre 3 e 28 dias > Podemos inserir nas primeiras 48 horas do pós parto Cancer ginecologico · Cancer de endometrio, colo uterino >> nenhum diu · Câncer de mama >> Sós não posso o de progesterona. Quando inserir o DIU? Idealmente no período menstrual Até 48 h após o parto OU 4 semanas após Após abortamento se não houver infecção Gestação com DIU: Acompanhar cuidadosamente se os fios não estiverem visíveis Retirar o diu se o fio estiver visível Aumenta o risco de gestação ectópica. Por ele só, não há um aumento do risco DIP em uso de DIU: Na teoria, não é necessário retirar Retirar se não houver melhora após 48H O MS solicita apenas toque bimanual antes da colocação do DIU 6) Esterilização definitiva · 2 médicos têm que assinar o prontuário · Índice de falha da laqueadura 0,5 · Índice de falha da vasectomia 0,1 7) Anticoncepção de emergência/ Anticoncepção pós coital/ Pila do dia seguinte · Prevenção de gravides após a relação sexual que, por alguma razão, foi desprotegida. · O mecanismo de ação depende da fase do ciclo. Efeitos colaterais: náusea, vômito, cefaléia, dor mamária, vertigens Contraindicação: gravidez → não há risco teratogênico. Anticoncepção No puerpério Melhor escolha: desogestrel Pacientes que estão amamentando: após 6 semanas do parto Não lactantes após 3 semanas do parto OPA! E os ACO? Somente após 6 meses em lactantes ou após 3 semanas em não lactantes Sangramentos ginecológicos, Endometriose e Infertilidade Sangramento uterino anormal · É um diagnóstico sindrômico, não etiológico · Relevância clínica · SUA é mais de ⅓ das consultas · Prevalência em 3% a 30% na idade reprodutiva · Maior nos extremos da vida reprodutiva · Definição · Mudança de um padrão de sangramento menstrual com alteração nos últimos 6 meses. · Essa alteração tem que se manifestar por 6 meses. · Parâmetros menstruais anormais ⇨ PALM COEIN · Causas estruturais uterinas · Pólipos · Adenomiose · Leiomioma · Malignidade ou lesões precursoras · Causas não estruturais uterinas · Coagulopatias · Ovulopatias · Endométrio (ex endometrites decorrentes de DIP) · Iatrogênicas (ex sangramento causado por DIU) · Não classificadas (ex sangramento causado por alteração mulleriana) · Sangramento agudo ⇨ necessita de intervenção imediata para cessar o sangramento · Sangramento crônico ⇨ sangramento anormal em volume, duração ou frequência presente por pelo menos 6 meses · Causas por idade: Obs: Na pós menopausa, o endométrio fica muito fino, ou seja, atrófico. Dessa forma, as artérias espiraladas ficam mais expostas sangrando com facilidade. · Etiologia da SUA · Sangramento genital · Esse sangramento pode não ser de origem uterina ⇨ CUIDADO · Sangramento de origem uterina: menstruação e sangramento anormal. · O diagnóstico de sangramento disfuncional é feito após excluir causas orgânicas. · Sangramento uterino não estrutural por disfunção ovulatória ⇨ Nenhuma causa orgânica é verificadas e é um diagnóstico de exclusão. SUD · Ocorre nos extremos da vida reprodutiva · Aproximadamente 20% das pacientes são adolescentes · 50% dos casos situam-se entre 40 e 50 anos. · Mulheres nos 2 primeiros anos após a menarca é muito comum, pois há uma imaturidade do sistema hipotálamo- hipófise- ovário. ⇨ É importante avaliar a menina por pelo menos 2 anos nesse caso para diferenciar ele de SOP. · Próximo da menopausa, pode haver uma claudicação ovariana e uma insuficiência ovariana, com isso todo o eixo não funciona adequadamente, resultando no SUD. · Não são SUD: · Primeira = endometrite que é o primeiro estágio da DIP · Terceira = mancha amarronzada no endométrio é um sinal de adenomiose · Quarto = pólipo endometrial · Quinta = hipertrofia endometrial que é a visualização de um estímulo estrogênico que não é antagonizado pela progesterona. · Coagulopatia · Uso de medicamentos: hormônios, sulpirida, metoclopramida · Tratamento da SUD: com hormônio estrogênio na fase aguda para interromper o sangramento. A terapia de manutenção é feita com progesterona. Se a paciente não responder ao hormônio, temos que rever a causa. · Roteiro investigativo · Perguntas chaves Obs: galactorréia pode indicar hiperprolactinemia que também gera SUA. O sangramento pode ser na vulva ou na vagina. Avaliar o ânus para verificar se há uma hemorroida causando o sangramento. Sempre avaliar os sinais vitais. Privação do estrógeno materno ou mini puberdade ( ativação do eixo) que pode gerar sangramento uterino e telarca precoce. Corrimento ou sangramento. A infecção é inespecífica (se for trichomonas ou gonorreia, é indicativo de abuso) Traumas acidentais raramente tem penetração vaginal Sempre temos medo após a menopausa, pois temos que excluir cancer de endometrio Diante dos sinais, peço os exames Se a paciente está instável na emergência, a curetagem está indicada para essa paciente. Adenomiose Adenomiose → tecido heterotópico endometrial (glandular e estroma) na intimidade do miométrio Definição Classificação · Focal (conjunto focal circunscrito) · Adenomioma · Pode ser confundido com leiomioma · Ocorre junto com a dismenorréia · Difusa (distribuição por todo o miométrio) · Mais comum · Parede posterior é a mais acometida Clínica A dismenorreia é secundária e progressiva. É diferente da dismenorreia que ocorre desde os primeiros ciclos ovulatórios e tem as mesmas características. Diagnóstico RM mostra melhor! Cistos miometriais são muito sugestivos de adenomiose Raios saindo do miométrio são muito sugestivos de adenomiose O diagnóstico definitivo é definido pela histerectomia com avaliação do endométrio. Não é a biópsia. Tratamento Duas medicações que reduzem a inflamação e possibilitam a implantação, permitindo a mulher engravidar: Análogos de GnRh e DIU de progesterona (mirena somente devido a alta concentração de progesterona). Leiomiomatose Definição Risco x Proteção · Tumor benigno + comum · Tem + receptor de estrogênio = estrogênio dependente · Riscos · Menarca precoce · Nuliparidade · Obesidade · Proteção · Tabagismo · Primiparidade precoce · ACO · Tem mais receptor de progesterona · Tem mais receptor de estrogênio · Tem mais receptor de aromatase · Relação com Herança genética · Mais comum na Raça negra > branca · Fatores aterogênicos (HAS) Quadro clínico . Diagnóstico Exames físicos + complementares O USG dá o diagnóstico, mas se ficarmos na dúvida é importante avaliar a epidemiologia. Uma paciente com leiomioma pode ter associado uma endometriose ou uma adenomiose. Na ultrassonografia temos nódulos hipoecóicos. Diante do predomínio do sangramento e da dismenorreia,podemos pensar em: Diante de miomas volumosos ou suspeita de outras ginecopatias, posso pedir RM. Endometriose não dá sangramento uterino, exceto se houver outros acometimentos uterinos. A histeroscopia é o tratamento para os miomas submucosos que tem componentes intramurais. Classificação dos miomas Obs: 0,1 - retirado por histeroscopia. 2 - pode ser retirado por histeroscopia,mas é mais difícil. 3 a 5 - retirado. 7 - pode comprimir vias urinárias adjacentes. Tratamento · Fatores decisórios · Sintoma x desejo de gestar · Medicações no preparo cirúrgico · Reduz o tamanho tumoral, reduz sangramento no perioperatório, melhora os parâmetros hematimétricos (reduz risco de anemia) Obs: Quando o tumor tem a classificação de lasmar 5 a 6 temos que considerar outras vias para o tratamento, como a laparoscópica. O GnRh em excesso simula uma menopausa. Por isso, temos que dar tb um ACO combinado. Isso é importante para que possamos operar o mioma com um tamanho reduzido. Endometriose Definição · Presença de tecido endometrial (glândulas e estroma) fora da cavidade e da musculatura uterina, que induz uma reação inflamatória Prevalência Fatores de risco · Exposição a estrógenos · Menacme · Nuliparidade · Primigravidez tardia · Menarca precoce · Menopausa tardia · Refluxo menstrual (uma das teorias que justificam a endometriose) · Ciclos curtos · Fluxo aumentado · Malformações mullerianas · Estenose iatrogênicas · História familiar Fatores que influenciam a endometriose · Genético · Hormonal · Imunológico · Inflamatório Fatores de proteção · Menarca tardia · Multiparidade · Intervalos de lactação prolongada Etiopatogenia · 75 a 90% das mulheres tem regurgitação trans tubária · Efluente menstrual + sistema imune + toxinas Quadro clínico · Dor pélvica crônica + dificuldade para engravidar · Dismenorreia · Dispareunia · Dor para urinar (disúria) · Dor ou dificuldade para evacuar (disquezia) · Dor lombar Diagnóstico · Não existe marcador específicos: CA- 125, TNF alfa, IL-8, VEGF, Glicodelina A. · Dismenorréia = melhor marcador clínico > mulheres que falam em dismenorreia que surgiu ao longo da vida. O toque vaginal é importante para avaliar o acometimento de saco posterior e ligamentos uterosacrais e o toque retal é importante para suspeita de endometriose infiltrativa profunda. O marcador CA125 é importante para avaliar resposta ao tratamento A USGTV faz o diagnóstico diferencial entre endometriose e adenomiose. Pode ser sem ou com preparo (esvaziando a ampola fecal), o que é melhor. Outro exame de imagem que pode ser usado é a RM com preparo. Indicações de laparoscopia, o diagnóstico definitivo é histopatológico · O fato de ter exame normal, não exclui endometriose e não é indicado fazer a laparoscopia para ter o diagnóstico · A laparoscopia é indicada para: exames normais e falha terapêutica/ Suspeita de estádios avançados/ Infertilidade. · Não preciso da laparoscopia para estadiar, posso utilizar o USGTV para isso. Terapêutica · Expectante · Sem sintomas, Sintomas mínimos, Mulheres na perimenopausa. · OBS: Se a mulher na perimenopausa tem endometriose e faz reposição hormonal, pode reativar a doença, causando dor. · Sintomas/ Clínico ⇨ objetivo: melhora a dor/ qualidade de vida. Não é usado para reduzir os implantes!!! · AINES não é tto contínuo para a mulher · ACO/ Progestogênio (dienogest) = estado de pseudogravidez, decidualização do endométrio · Danazol/ Inibidor da aromatase/ análogos de GNRH faz uma pseudomenopausa, o que causa ressecamento vaginal e fogachos. · Cirúrgico · Restaurar a infertilidade · A abordagem cirúrgica é preferencialmente por via minimamente invasiva - Laparoscópica ou robótica → retirada dos focos de endometriose · Preservar o útero e tecido ovariano sadios: tissue redutora · Sucesso terapêutico é cirurgião dependente · Abordagem do endometrioma ovariano - cistectomia laparoscópica → retirada pela cápsula · Tratamento da infertilidade · O tratamento clínico não resolve · Endometriose mínima/ leve: laparoscopia (LSC)→ consegue tratar a doença e a infertilidade com uma taxa grande de sucesso → Os 6 meses pós tratamento cirúrgico é o tempo esperado que a mulher engravide · FIV é cara, dá sintomas colaterais, então não é a primeira escolha para as pacientes com endometriose mínima/leve · Endometriose moderada/ grave: LSC/ FIV · Endometriose ovariana: Cistectomia laparoscópica → pode levar uma diminuição da reserva ovariana funcional, então antes da cirurgia devemos fazer uma avaliação dessa reserva ovariana com hormônio anti mulleriano Dismenorréia Definição · Menstruação difícil/ dolorosa ou dor pélvica associada ao período menstrual · Dismenorréia Primária = Intrínseca = Funcional = Idiopática · Ausência de doença pélvica detectável · Dismenorréia Secundária = Extrínseca = Adquirida = Orgânica · Consequente à ginecopatias/ outras causas Fisiopatologia · Dismenorréia primária · Por conta dos mediadores inflamatórios, uma paciente com dismenorreia primaria pode ter outros sintomas, como mal estar, náuseas, lombalgia. Classificação Obs: a dispareunia na dismenorréia secundária é descrita como um dor profunda a penetração e não no início da penetração. Obs: Miomas, adenomiose e endometriose podem causar dismenorréia secundária Causas de dismenorréia secundária Investigação e tratamento Pólipos endometriais Definição · Projeções glandulares e estromais (lesões em relevo na cavidade uterina) · Características benignas e baixo potencial de malignização (1% com variação de 0,5% a 3%) Clínica · Sinusorragia que é muito comum nos pólipos cervicais + dismenorreia secundária leve (se pólipos mais volumosos). · A paciente também pode ter um sangramento uterino anormal · Pode ser uma causa de infertilidade. Diagnóstico · USG/ Histerossonografia · Definitivo: Histeroscopia Tratamento · Ressecção Histeroscópica = Polipectomia histeroscópica · Pólipos < 1,5 cm na menacme e s/fator de risco para CE => CD: expectante é aceitável Infertilidade · Definição · Ausência de gravidez após 1 anos de coito desprotegido Idade da mulher Tempo para começar investigação < 35 anos 12 meses > 35 anos 06 meses/imediata · Duas a quatro relações por semana. · Dependendo da idade da mulher, podemos antecipar a investigação. · Causas e avaliação · Fatores · Masculina 35% -> disfunção em relação ao espermatozoides · Tuboperitoneal 35% · Ovulatória 15% -> reserva ovariana · Anamnese e exame físico: · Ciclos menstruais regulares ⚠? Suspeita de anovulação · Outros sintomas ou achados de exame físico: · Irregularidades menstruais: · Hipotireoidismo · Hiperprolactinemia (galactorreia) · ⚠ Síndrome dos ovários policísticos -> sinais de hiperandrogenismo · Cirurgias pélvicas anteriores · Infertilidade + dismenorréia + dispareunia -> endometriose ⚠ · Lembrar do ácido fólico 400 mcg/dia para a mulher que está tentando engravidar · Avaliação básica · Espermograma: Alterações mais importantes: · Azoospermia (ausência de espermatozoides) · Oligospermia (redução leve a moderada = 5 a 20 · Teratozoospermia = alteração morfológica > 70% dos espermatozoides · Astenozoospermia = motilidade baixa dos espermatozoides. · Avaliação hormonal: · Irregularidade menstrual - pedir TSH e prolactina · Ovulação - progesterona · Reserva ovariana: FSH e estradiol - · Solicitado apenas nas mulheres > 35 anos e que não conseguem engravidar em 6 meses e com maior risco de diminuição da reserva · Estradiol > 75 indica a baixa reserva · O FSH é o mais usado -> FSH < 10 no 3° - 5° dia = boa reserva · ⚠ O antimulleriano é o melhor, mas não é muito disponível. Pode ser dosado em qualquer fase do ciclo. O valor é mais alto, pois há menos folículos e menos inibina B é produzida. · USGTV com contagem dos folículos antrais ≥ 6 indica boa reserva · Avaliação do fator ovulatório · ⚠ Dosagem de progesterona na fase lútea(21° - 24° dia) > 3-5 indica ovulação · ⚠ USGTV seriada · Biopsia de endometrio na fase lueta (não recomendado) · Fator tuboperitoneal: · ⚠ Histerossalpingografia (HSG) → avaliamos a cavidade e a permeabilidade uterina. · Verifica se as trompas são pérvias por meio do extravasamento de contraste -> prova de Cotte + . · É a avaliação inicial, não é padrão ouro. · Histeroscopia e laparoscopia não são propedêuticas básicas. Somente se a HSG ou USGTV estiverem alteradas. · A laparoscopia é padrão outro para a avaliação das trompas. · Conduta terapêutica Fator masculino · > 5 milhões de espermatozóides - inseminação intrauterina ou coito programado · < 5 milhões de espermatozóides - FIV convencional ou FIV com injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI) · Hipogonadismo -> tratar com gonadotrofinas · Azoospermia -> doação de sêmen Fator tuboperitoneal · Videolaparoscopia -> Salpingostomia (lise de aderências) · Fertilização in vitro (FIV) -> Se houver hidrossalpinge, está indicada salpingectomia previamente Fator ovariano · Anovulação · Citrato de clomifeno (modulador seletivo de receptores de estrogênio) · Letrozol - inibidor da aromatase (diminui produção de estrogênio, faz feedback + no hipotálamo, liberando FSH, estimulando a ovulação) · Gonadotrofinas - ação ovariana direta · Metformina - tratamento adjuvante da SOP · Falência ovariana - doação de óvulo · Complicações de indução · Gestação múltipla · Síndrome do hiperestímulo ovariano (a paciente responde de uma forma exacerbada) · Aumento da permeabilidade vascular, gerando ascite, derrame pleural, insuficiência hepática e renal · Autolimitado Fator uterino - tratamento conforme a causa · Para essas mulheres, tentamos a inseminação intrauterina ou FIV com ICSI · O estradiol é uma marcador de reserva funcional, mas não é isoladamente. Ele é usado junto com o FSH Obs: A progesterona para saber se a mulher ovula é no 22 dia (segunda fase) Síndrome dos ovários policísticos · Atinge 5-10% das mulheres na menacme · Anovulação crônica hiperandrogênica · É um diagnóstico de exclusão! · Fisiopatologia ⚠: · Aumento da sensibilidade da hipófise ao GnRH · Aumento da amplitude de pulso de LH ⇒ Aumento da produção de androgênios na teca ⇒ leva a atresia dos folículos, o FSH está baixo · Resistencia insulinica · ⇑ da resistência à Insulina e insulina circulante reduz produção hepática de SHBG, resultando em maior testosterona e estrógenos livres, resultando em hiperandrogenismo e acne. · Aumenta a produção de androgênios na teca · Aromatização periférica com produção de estrona · Clínica ⚠: · Anovulação · Irregularidade menstrual (ciclos irregulares) · Amenorreia secundária · Infertilidade · Hiperandrogenismo clínico · Hirsutismo (ferriman ≥ 6) · Acne, seborreia e alopecia · Se sinais de virilização - pensar em neoplasias · Alterações metabólicas · Resistencia insulinica · Sindrome metabolica · Obesidade / existe o fenótipo não obeso · Dislipidemias · Intolerância à glicose/ diabetes · Aumento dos níveis pressóricos · ⚠ Alterações laboratoriais · Aumento de LH, andrógenos ovarianos e adrenais, estrógenos e insulina · FSH normal ou reduzido · SHBG reduzida · Para a exclusão de outras etiologias solicitamos: TSH, prolactina, 17 OH progesterona, cortisol · ⚠ Critérios de Rotterdam (pelo menos 2) · Oligo ou anovulação · Hiperandrogenismo (clínico ou laboratorial) · Ovários policísticos (volume > 10 cm e/ou a contagem ≥ 20) · Tratamento: · Síndrome metabólica · Mudanças no estilo de vida/ perda de peso · Tratar dislipidemia/ hipertensão/ hiperglicemia · Metformina · Restauração da fertilidade · Indutores da ovulação - clomifeno · Proteção endometrial · ACO e progestogenioterapia · Hiperandrogenismo · Anticoncepcional · Ciproterona e drospirenona · Elilenoestradiol que aumenta a SHBG (diminui testosteronas livres) · Garante a proteção · Finasterida · Espironolactona · Risco metabólico/ complicações · DM2 · Obesidade · Síndrome metabólica · Cancer de endometrio · HAS · Dislipidemia · Doença cardiovascular · Diagnósticos diferenciais para anovulação crônica · Tireoidopatias · Disfunção hipotalâmica · S. sushing · HAC de início tardio · Insuficiência ovariana prematura · Hiperprolactinemia · Tumores secretores Amenorréia Conceitos fundamentais · Definição: ausência de menstruação na menacme · Primária: · 14 anos sem menstruação e sem desenvolvimento de caracteres secundários · 16 anos sem menstruação e com desenvolvimento sexual secundário · 1° telarca (M2) · 2° pubarca · 3° menarca · Secundária: · Sem menstruação por 6 meses nas mulheres com menstruação irregular ou 3 ciclos em mulheres com menstruação regular. · Atraso menstrual: não atinge o limite temporal. · Compartimentos: Primária - roteiro investigativo · Paciente que nunca menstruou · Presença ou ausência de caracteres secundários (mamas desenvolvidas) - se mamas estão desenvolvidas, a parte hormonal está preservada. · Presença ou ausência de útero · Níveis de FSH · Sequência lógica de investigação · 1) Anamnese + exame físico (caracteres sexuais secundários?) · 2) Dosagem de FSH ou avaliação uterovaginal · 3) Primeiras conclusões · 4) · Ausência de caracteres sexuais secundários: · Disgenesia gonadal: cariótipo. · eixo hh: neuroimagem como TC e RM/ teste de GnRH (pouco usado). · Presença de caracteres sexuais secundários: · Vagina curta ou ausente: cariótipo + USG/ RM pelve. · Vagina presente: testes diagnósticos. · Anamnese · Idade · História patológica pregressa · Relações sexuais · Altura/ peso · Hirsutismo/acne · Fácies · Caracteres sexuais secundários · Vulva/ vagina · Colo/ útero/ anexos Caracteres sexuais secundários presentes ? Não Sim FSH ↑ FSH ↓ Avaliação uretovaginal Disgenesia gonadal Hipófise e hipotálamo Vagina (-) ou curta Cariótipo RM/TC ou Teste de GnRh (-) Hipófise (+) Hipotálamo Cariótipo USG pelve RM pelve Secundária - roteiro investigativo · Sequência lógica de investigação · 1 tempo) Anamnese + exame físico + descartar gestação (beta hcg) · 2 tempo) TSH + Prolactina · 3 tempo) Primeiras conclusões + teste da progesterona (P4) · 4 tempo) Teste do estrogênio + progesterona · 5 tempo) Dosagem de FSH · 6 tempo) Neuroimagem ou teste do GnRH · Anamnese: · Idade · HPP/HF · Atraso menstrual · Ciclos irregulares · medicamentos · manipulação uterina · Sinais e sintomas (neurológicos e hipoestrogenismo) · Exame físico · Altura/ peso: IMC >30 ou IMC < 18 · Hirsutismo/ acne · Fácies/ galactorreia · Caracteres sexuais secundários · Vulva/ vagina · Colo/ útero/ anexo · Roteiros investigativos: · 1) Anamnese + exame físico + descartar gestação -> beta Hcg · 2) Solicitar TSH + prolactina Hiperprolactinemia Prolactinoma Medicamentosa Outras Pode ter alterações neurológicas, com diplopia Diagnostico: RM Tto: clínico (cabergolina e bromocriptina) - agonista dopaminergico Metoclopramida Neurolépticos Tricíclicos Ranitidina Anticoncepcionais Gestação Hipotireoidismo Cirrose, IR, Radioterapia, estimulação, estresse · 3) Teste da progesterona - avalia se a paciente produz estrogênio adequadamente e a patência do trato genital de saída · Medroxiprogesterona 10 mg ou acetato de medroxiprogesterona 10 mg, por 5 - 10 dias: · Com sangramento: anovulação · Sem sangramento: seguir roteiro investigativo · 4) Teste do estrogênio + progesterona · Avalia o endométrio e a patência do trato de saída · Estrogênio, 1,25 mg/dia ou valerato de E2 2mg/dia (21 dias) + P4 (5 dias) · Com sangramento - exclui causas uterovaginais - compartimento II, III, IV -> seguir roteiro investigativo · Sem sangramento - alteração do trato genital de saída - compartimento I · 5) Dosagem do FSH - causa ovariana ou central · FSH aumentado (> 20) - causa ovariana - compartimento II · FSH normal ou reduzida (< 5) - hipófise (compartimento III) ou hipotálamo (compartimento IV) · 6) Neuroimagem ou teste do GnRH (= pulsodo GnRH) · Hipotalâmica: FSH e LH aumentados (cerca de 20% dos casos) · Hipofisária: Não há resposta com aumento do GnRH Causas de amenorreia · Primária: · Disgenesia gonadal · Hipogoonadismo de causa hipotalâmica · Ausência de útero, cérvice ou vagina · Septo vaginal ou hímen imperfurado · Doença hipofisária · Secundária: · OBS: Amenorreia não causada por gravidez, lactação ou menopausa (condições fisiológicas: · Ovarianas (principais) · Hipotalâmicas · Hipofisárias · Uterinas Causas de acordo com os compartimentos (Diagnósticos diferenciais) · Hipotalâmicas · tumores: craniofaringioma; · Síndrome de Kallman: amenorreia primária + infantilismo sexual + anosmia (pode haver cegueira para cores); · Estresse, anorexia, exercícios físicos · Hipofisárias · Tumores: prolactinomas · Síndromes de Sheehan: Necrose hipofisária pós parto - pacientes que tiveram sangramento expressivo no pós parto, resultando em má perfusão da hipófise. A paciente apresenta agalactia. · Ovarianas · Síndrome dos ovários policísticos · Insuficiência ovariana prematura: < 40 anos + esgotamento folicular (a paciente tem clínica climatérica - sintoma vasomotor, ressecamento vaginal e irregularidade menstrual) · Síndrome de Savage: folículos com resistência às gonadotrofinas pode ser amenorreia primária ou secundária. · Disgenesia gonadal: principal causa de amenorréia primária. A paciente tem infantilismo sexual e FSH elevado -> Síndrome de Turner (45, X0) é a + comum: pescoço alado, tórax em escudo, baixa estatura. · Obs: disgenesia com Y = retirar a gônada · Uterinas · Malformações mullerianas: Síndrome de MRKH -> 46 XX, vagina curta e sem útero, mas com todas as características femininas. · Síndrome de Asherman: agressão endometrial prévia por curetagem que produz sinéquias uterinas · Hiperplasia adrenal congênita (pode ser precoce que é essa, a perdedora de sal e a forma tardia que faz a ponte com SOP): é a maior causa de genitália ambígua na mulher (pseudohermafroditismo feminino) -> enzima comprometida: redução 21 hidroxilase que gera aumento de 17 - OH progesterona e aumento de androgênios. Síndrome de MRKH x Síndrome da insensibilidade androgênica completa (Morris) Agenesia mulleriana 46,XX Gônadas: ovários normais Clinica: amenorreia primária, com caracteres sexuais secundários, sem útero, vagina curta e pelo normal Defeito receptor androgênico 46 XY (masculino) Gônadas: testículos Clínica: amenorreia primária, mama hipodesenvolvida, sem útero, vagina curta, SEM pelo Mastologia Aspectos gerais · Mama normal · Ductos lactíferos - drenam para a papila · Lobos mamários- compostos por lóbulos mamários · Lóbulos mamários- unidades produtoras de leite · Ligamento de cooper -sustenta a mama · Classificação BI- RADS · Mamografia · Indicado para mulheres > 40 anos com nódulos palpáveis · Limitação: sensibilidade dependente de densidade mamária · A. Mamas predominantemente adiposas · B. Mamas com densidades fibroglandulares esparsas · C. Mamas heterogeneamente densas · D. Mamas extremamente densas - ⚠ Menor sensibilidade · Incidências Incidência crânio-caudal: · Número 1: Quadrante lateral direito · Número 2: Quadrante medial direito · Número 3: Quadrante lateral esquerdoo · Número 4: Quadrante medial esquerdo Incidência médio-oblíqua-lateral (tem que mostrar o músculo peitoral): · Marcação verde: Quadrante superior direito · Marcação azul: Quadrante inferior direito · Marcação amarelo: Quadrante superior esquerdo · Marcação vermelha: Quadrante inferior esquerdo · Classificação BI RADS · BIRADS 2 · Fibroadenoma calcificado - pipoca · Lipoma mamário · Cisto oleoso · Linfonodo intramamário · BIRADS 3 · Nódulos sólidos e não calcificados - Sempre devem ser avaliados também por US de mamas · Agrupamento de calcificações puntiformes · Assimetria focal não palpável · Conduta - Seguimento · ⚠ BI-RADS 4 e 5 · Quando existem características suspeitas · Nódulos com margens não circunscritas e com alta densidade (mamográfica BI-RADS 5) · Calcificações amorfas, heterogêneas grosseiras, pleomórficas finas, lineares finas ramificadas · Assimetrias em desenvolvimento ou distorção arquitetural não associada à cirurgia · Conduta - biópsia · Ultrassonografia · Indicações clássicas · Diferencia lesões císticas e lesões sólidas · Avaliação de nódulos mamários palpáveis · Avaliação complementar de mamografias BI-RADS 0 · Estudo dos ductos nas regiões subareolares · Derrame papilar · Rastreamento complementar à mamografia em pacientes com mamas densas · Recomendada pela Febrasgo · Não recomendado pelo MS · Limitação - Não consegue caracterizar de forma adequada as microcalcificações · ⚠ Lesões císticas · BI-RADS 2 · CD: Esvaziamento com PAAF, se sintomático · Com reforço acústico posterior · BI-RADS 3 · CD: Seguimento · BI-RADS 4 · CD: biópsia · Apresenta sombra acústica posterior · ⚠ Lesões sólidas · Características benignas · Forma redonda, elipsóide ou com até 3 lobulações · Margens bem definidas · Orientação paralela à pele · O que fazer? ⚠ Seguimento · Características malignas · Forma irregular · Margens mal definidas, espiculadas ou microlobuladas · Orientação não paralela à pele · O que fazer? ⚠ Biópsia · Ressonância magnética · Indicações · Rastreamento de mulheres de alto risco para desenvolvimento de câncer de mama · Avaliação de extensão de câncer de mama já diagnosticado · Avaliação de resposta a neoadjuvância no câncer de mama · As três principais etiologias dos nódulos mamários nas provas são: · Lesões císticas · Nódulos benignos · Nódulos suspeitos · Não palpáveis -> Descobertos em exames de imagem de rastreamento de câncer de mama · Investigação de nódulos palpáveis (tripé de investigação) · Exame físico Sugere benignidade Sugere malignidade Consistência fibroelástica Limites bem definidos Superfície lisa e regular Não aderido a planos profundos Consistência endurecida/pétrea Limites mal definidos Superfície irregular Aderido a planos profundos Alterações de pele · Exame de imagem · Exame anatomopatológico · Nódulos benignos: · Tumor phyllodes · Pode ser benigno, maligno ou borderlines · Maior celularidade que fibroadenomas · Cirurgia está sempre indicada - retirar com margem · Fibroadenoma juvenil · Características semelhantes ao tumor phyllodes · Cirurgia está sempre indicada · Comum em mulheres jovens, perto da menarca · Fibroadenoma · Tumores benignos mais comuns da mama · Mulheres jovens · Lesões responsivas a estrogênio · Lesões fibroelásticas, móveis, com superfície regular e não aderidas a planos profundos Câncer de mama · Fator de risco · Sexo feminino · Idade · Obesidade na pós-menopausa · Irradiação do tórax antes dos 30 anos · Consumo excessivo de álcool · Densidade mamária alta · Primeira gestação > 30 anos · Ausência de amamentação · Fatores familiares - Síndrome da predisposição genética ao câncer de mama e de ovário (HBOC) · Maior exposição ao estrogênio · Nuliparidade · Menarca precoce · Menopausa tardia · Reposição hormonal: · Estrogênio + progesterona · Tibolona · Testosterona · Rastreamento · População de risco habitual - mamografia ⚠ · Ministério da Saúde ⇨ Bienal - mulheres de 50 a 69 anos · Sociedade Brasileira de Mastologia ⇨ Anual - mulheres de 40 a 69 anos · Febrasgo e CRB ⇨ Anual - mulheres de 40 a 74 anos · Mulheres com alto risco · Quem são? · Pacientes com lifetime risk calculado por modelos matemáticos ≥ 20% · Pacientes com mutações genéticas que aumentem o risco de câncer de mama (ex.: BRCA1 e BRCA2) · Pacientes que receberam radiação no tórax entre 10 e 30 anos de idade (ex.: tratamento de linfoma) · Pacientes com lesões proliferativas (hiperplasia lobular atípica, carcinoma lobular in situ, hiperplasia ductal atípica) ou com história pessoal de câncer de mama (carcinoma ductal in situ e carcinoma invasor) · Como rastrear? · Como prevenir: · Controle de peso · Dieta e atividade física regular · Interrupção do tabagismo e moderaçãono consumo de álcool · Cirurgias redutoras de risco: Adenoidectomias bilaterais redutoras de risco e Salpingo-oforectomia bilateral redutora de risco · Quimioprevenção ⇨ pacientes com lesões precursoras · Classificação dos CAs de mama · Carcinoma In situ - Proliferação de células neoplásicas sem ruptura da membrana basal → O principal é o carcinoma ductal in situ (CDIS) · Carcinoma invasor · Proliferação de células neoplásicas com ruptura da membrana basal · Comprometimento linfonodal e metástases são comuns ao diagnóstico · Edema e eritema em casca de laranja · Fatores prognósticos: · Tamanho tumoral · Acometimento linfonodal · Grau histológico · Invasão angio vascular · Tipos histológicos mais comuns · Carcinoma ductal invasor → Mais comum · Carcinoma lobular invasor → Menos comum · Classificação molecular · Receptor hormonal positivo - ⚠ Terapia hormonal · Inibidor de aromatase - Anastrozol → Paciente pós menopausa · Moduladores seletivos do receptor de estrogênio - Tamoxifeno · Ki67 - associado a maior proliferação celular · Tratamento · Cirurgia da mama · Mastectomia - tumores grandes (antes tentam neoadjuvância) · Cirurgia conservadora ⚠ · Critérios · Tumor < 20% do volume da mama · ⚠ Disponibilidade de radioterapia adjuvante · Desejo da paciente · ⚠ Contraindicações absolutas · Microcalcificações extensas e difusas · impossibilidade de margens livres · Lesões muito grandes em relação ao volume da mama · Radioterapia torácica prévia · Avaliação da axila · Axila clinicamente positiva → Esvaziamento axilar (EA) · Axila clinicamente negativa → ⚠ Biópsia de linfonodo sentinela (BLS) · Radioterapia · ⚠ Sempre após cirurgia conservadora da mama · Tumores localmente avançados ou tumores com > 5 cm (T3 ou T4) · Linfonodos axilares positivos · Margens cirúrgicas comprometidas · Terapia sistemica · ⚠ Hormonioterapia - Tumores que expressam receptor de estrogênio · ⚠ Terapia-alvo anti-HER2 - Tumores HER 2 positivos · Quimioterapia - Tumores triplo-negativos Mastalgia · Classificação · Cíclica · Acíclica · Mastalgia cíclica · Orientação verbal - não é câncer · Medidas de estilo de vida · Medicações · Leve - analgésicos e anti-inflamatórios · Intensa - Tamoxifeno · Mastalgia acíclica (unilateral e localizada) · Mamária · Hipertrofia mamária · Cistos · Ectasia ductal · Mastites · Síndrome de Mondor · Conduta - Tratar a causa específica · Extramamária · Dor muscular · Cistos · Herpes-zóster · Causas cardíacas · Síndrome de Tietze → Inflamação da articulação costocondral · DRGE · Conduta - Tratar a causa específica Descarga papilar · Definição: Secreção papilar fora do ciclo gravídico-puerperal · Anamnese + exame físico - A descarga papilar é suspeita se for/ocorrer · Unilateral · Espontânea · Uniductal · Com nódulo associado · Em pacientes idosas · Em homens · Coloração · Sanguinolento ou serossanguinolento · Transparente ou “água de rocha” ISTS Síndrome do corrimento genital Síndrome do corrimento uretral Síndrome da úlcera genital Síndrome da verruga genital Síndrome do corrimento genital do TGI Vulvovaginites · Quatro pontos cruciais: clinica, ph, teste das aminas, exame microscópico Vaginose bacteriana · Agente: Polimicrobiana (gardnerella vaginalis) · Quadro clínico: · Metade é assintomática · Odor fétido, piora após o coito e menstruação · Corrimento acinzentado e homogêneo (não aderente) · Diagnóstico -> critérios de Amsel (3 de 4) · Teste das aminas: positivo · Exame a fresco: clue cells · pH> 4,5 · Clínica: corrimento branco acinzentado, homogêneo, fino · MS: NUGENT (gram) -> padrão ouro · Tratamento · Oral: metronidazol 350 mg, 2 cp VO, 12/12h por 7 dias · Creme vaginal: metronidazol gel vaginal 100 mg/g, 1 aplicador, via vaginal, por 5 dias. · Obs: a paciente deve fazer uma abstinência alcoólica 24-48 antes e após o uso · Não precisa tratar parceiro ou rastrear outras ISTs Candidíase vulvovaginal · Agente: candida sp · Fatores de risco: gravidez, obesidade, ACO de alta dose, corticóide, imunossupressão, hábitos de higiene, vestuario, antibióticos, DM descompensado · Clínica: · Corrimento: branco, sem odor,a deferido, grumoso · Sinais inflamatórios: prurido, disúria, dispareunia, edema, hiperemia · Diagnóstico · Exame a fresco: hifas · ph < 4,5 - ácido · Tratamento · Creme vaginal: miconazol (por 7 dias) ou nistatina (por 14 dias) · Oral: fluconazol 150mg e itraconazol · Gestante: tratamento tópico · Só tratar parceiro sintomático · Candidíase recorrente · > 4 episódios por ano · Fluconazol 150 mg, D1, D4, D7 + 1 comprimido por semana por 6 meses. Tricomoníase · Agente: trichomonas vaginalis · Quadro clínico: · Corrimento: abundante, bolhoso, com mau cheiro, purulento · Sinais inflamatórios: irritação, hiperemia, colpite (framboesa) · Diagnóstico: · Teste das aminas: positivo · Exame a fresco: protozoário flagelado · Tratamento: · Oral: · Metronidazol 400mg, 5 comp VO, dose única · Metronidazol 250 mg, 2 comprimidos VO, 12/12 7 dias ou tinidazol · Não fazer creme · Fazer abstinência alcoólica antes e depois · Convocar parceiro · Tratar gestantes, pelo risco de aminorex e parto prematuro Diangosticos diferencias · Vaginite descamativa · Diagnostico: conteudo purulento, ph alcalino · Predominio de células profundas, basais e parabasais · Aumento do PMN, flora vaginal tipo 3 -> coco gram + · Tratamento> clindamicina creme a 2%, 5g via vaginal, por sete dias · Vaginose citolítica · diagnóstico: leucorreia, prurido, Ph <4.5 · Sem patogenos á microscopia, aumento dos lactobacilos e citolise · Tratamento: alcalinização com bicarbonato · Vaginite atrófica · Diagnóstico: amarelado, prurido, ph > 5 · Sem patógenos à microscopia · Aumento de polimorfonucleares e de células basais · Tratamento: estrogênio Cervicites e uretrites · Obs: para uretrite, o gram é viável. Se negativo para diplococo gram negativo intracelular o tratamento: clamídia. Se positivo, o tratamento é para gonococo + clamídia · Agente: Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis · Fatores de risco: coitarca precoce, IST/ DIP prévias/ Parceiros com IST/ · Cinica/ Diagnostico: · Corrimento cervical ou uretral purulento · Sangramento e dor no intercurso sexual, colo hiperemiado e que sangra facilmente · Dispareunia · Tratamento · Gonococo - ceftriaxona 500mg IM · Clamídia- Azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, VO, dose única (melhor aderência ao tto) OU Doxiciclina 100mg VO, 2x dia por 7 dias (dá muito efeito colateral, mas é melhor para tratar clamídia) · Complicação: DIP Síndrome do corrimento genital do TGS Doença inflamatória pélvica · Agentes primários: Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis · Fatores de ris: IST prévias, coitarca precoce, tampão, ducha e alto número de parcerias · Diagnóstico: 3 critérios maiores + 1 critério menor OU 1 critério elaborado · Critérios mínimos ou maiores: DOR: hipogástrica + anexial + mobilização do colo · Critérios menores ou adicionais: Febre, leucocitose, VHS/ PCR aumentados, cervicite, comprovação de gonococo, clamídia e micoplasma · Critérios elaborados ou definitivos (vejo a doença): Endometrite (HTP), ATO ou abscesso no FDS (USGTV/ RM) ou DIP na laparoscopia · Tratamento · Ambulatorial (Critérios de MONIF 1) - DIP não complicada e reavaliar a paciente em 48 horas · Hospitalar (MONIF> 1) · Gravidez · Ausência de melhora após 72h · Intolerância ou baixa adesão ao tto · Estado geral: febre, vómitos · Dificuldade na exclusão de emergência cirurgica (apendicite) · Tratamento cirúrgico · Falha no tratamento clínico · Massa pélvica que persiste ou aumenta, apesar de tratamento · Suspeita de rotura de ATO - tratamento de ATO · Abscesso de fundo de saco de Douglas · Hemoperitônio · Tratamento - situações especiais · Parceiros dos dois meses pré DIP - Ceftriaxona 500 mgIM + Azitromicina 1g VO, DU · Adoslescente - não requerem internação · Gestante - internada com ATB terapia de amplo espectro · Complicações: · Precoces: Abscesso tubo ovariano · Fase aguda da SFHC · Morte · Tardias· Dispareunia · Dor pélvica crônica · Infertilidade · Prenhez ectópica · Fase crônica - aderências em cordas de violino Síndrome das Úlceras Genitais · Três perguntas práticas sobre as úlceras: Múltiplas? Dolorosas? Adenopatia ou fistulização? Sífilis · Agente: Treponema pallidum · Formas clínicas · Primária: cancro duro -> úlcera única, indolor · Secundária -> condiloma plano, rosea silidies, madarose · Terciária: Gomas, tabes dorsalis e aneurisma aórtico · Diagnóstico · Laboratorial · Treponêmico (teste rápido): positiva primeiro, podendo permanecer positivo pelo resto da vida · Não treponêmico (VDRL): positiva em 1-3 semanas, pode negativar ou cair · Precisamos de ambos para o diagnóstico · Em situações especiais, como gestantes, com um teste positivo, já fazemos a primeira dose. · Tratamento - Benzilpenicilina benzatina · Primária/ secundária/ latente recente: 1 dose de 2.4 milhões UI, IM · Terciária/ latente tardia/ duração indeterminada (> 1 ano): 3 doses de 2,4 milhões UI, IM · Controle de cura · VDRL mensal em gestantes · Se gestante com alergias, fazer a dessensibilização em ambiente hospitalar · Tratamento inadequado na gestação · Incompleto ou com outra medicação · Iniciada há menos de 30 dias do parto Herpes genital · Agente: herpes simplex tipo 2 (genitais) e tipo1 (orais) · Clinica diagnostico: vesículas e úlceras dolorosas, fundo limo, adrenopatia dolorosa que não fistuliza · Tratamento: · Primoinfecção/ recorrência: Aciclovir 200 mg, 2 comprimidos, 3x/ dia por 7-10 dias · Suspensão: Aciclovir 200mg, 2 comprimidos, 2x/ dia por 6 meses: se > 6 episódios/ ano · Tratamento em gestantes · Igual, mas avaliar aciclovir em IG> 36 semanas · Se lesão ativa, a indicação é de cesárea Cancro mole ou cancróide · Agente: Haemophilus ducreyi. · Clinica: Úlceras multiplas, dolorosas, fundo sujo e adenopatia que fistuliza por orificio único · Tratamento · 1° Azitromicina 500 mg, 2 comp, VO, dose única · 2° Ceftriaxona 250 mg, IM, dose única Linfogranuloma venéreo · Agente: Chlamydia Trachomatis L1,L2.L3 · Clínica: Pápula/ úlcera indolor, adenopatía dolorosa, fistuliza bico de regador · Tratamento: · 1° Doxiciclina VO 2x/dia por 21 dias · 2° Azitromicina 500mg, 1x/semana por 21 dias Donovanose · Klebsiella granulomatis · Clinica: úlcera em espelho, indolor, crônica/ Biopsia com corpúsculos de Donovan · Tratamento: Azitromicina/ Doxiciclina Violência sexual · Condutas burocráticas · Acolhimento à vítima · Paciente: direito a lavrar um BO e de se submeter ao exame de corpo de delito · Prof. de saúde: comunicar em formulario eletronico à autoridade policial em caso de indicios ou confirmalçao do crime de estupro -> para questão epidemiologica. · Notificação compulsória no SINAN · Notificação ao conselho tutelar ou vara da infância e juventude -> crianças < 12 anos e adolescentes · Profilaxia IST nao virais -> prazo de 14 dias para fazer após a ocorrência (Azitromicina Benzilpenicilina Ceftriaxona) · Sífilis: Penicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM · Gonorreia: Ceftriaxona 500mg IM · Inf. clamídia / Cancróide: Azitromicina 1g, VO · Tricomoníase: Metronidazol 2g,VO · Profilaxia de IST virais -> · HIV : Tenofovir + lamivudina + Dolutegravir (TDF+ 3TC +DTG) · Início até 72 horas, por 28 dias · Hepatite B · Exposição de risco ou desconhecimento do agressor: fazer os 2 · Vacinação 0,1 e 6 meses, deltóide · Imunoglobulina: glúteo · Início até 24-48h, máx em 14 dias - 0,06 ml/kg/IM · Anticoncepção de emergência · Mulheres e adolescentes expostas à gravidez - contato certo ou duvidoso com semen independente do período do ciclo menstrual em que se encontram que tenham tido a primeira menstruação e que estejam antes da menopausa · Usar levonorgestrel de emergência 1,5 mg, VO < 72h · Pode ser feito em até 5 dias após o ato · Procedimento de interrupção · Termo de relato circunstanciado: assinado pela gestante perante dois profissionais de saúde · Parecer técnico: médico- anamnese, exame físico, USG, exame ginecológico · Termo de aprovação de interrupção: atenção e avaliação especializada por parte da equipe de saúde multiprofissional (+ de 3 integrantes) · Termo de responsabilidade · Termo de consentimento: Climatério · Conceitos importantes · Climatério: Início com ↓ da função ovariana até a senectude · Irregularidade menstrual → manifestação inicial · Fogacho → 80% · Perimenopausa: Irregularidade menstrual: 12 meses após a menopausa · Menopausa: DUM → diagnóstico retrospectivo = 12 meses de amenorréia · Pós menopausa: Início 12 meses após a última menstruação até os 65 anos · Senectude: Início a partir dos 65 anos · Fisiopatologia do climatério · Perimenopausa · Menopausa: · Diagnóstico: clínico = não precisa dosar o FSH · Dosagem de FSH: · Achado típico: FSH > 40 | E2 < 20 · Pós menopausa · Clinica: Hipoandrogenismo · Sintomas vasomotores · Súbita sensação de calor intenso, que começar no tronco superior e face e se generaliza; pode ser seguida de avermelhamento na pele e sudorese intensa; os episódios duram de dois a quatro minutos · Pode ter associação com: taquicardia e ansiedade · Pioram no período noturno · Acometem até 80% das pacientes na transição menopausal · Alteração do humor · Alteração corporal e metabólica e cardiovasculares · O estrogênio protege os vasos do processo de aterosclerose, a queda do estrogênio aumenta a DCV · Alteração do sono - os sintomas vasomotores ocorrem durante a noite · Alteração em fâneros e pele · Alteração articular e óssea - risco para a osteoporose · Quando passa do climatério (após 65 anos) pedimos densitometria para todo mundo. · Diminuição da produção óssea e aumento da reabsorção (na menopausa, devido a queda de estrogênio, há o aumento da reabsorção). · Alterações atróficas uro genitais e sexuais: ressecamento, urgência, perda urinária. Há uma maior predisposição para ITU. · Avaliação pré e durante a TH (Rastreamento de doenças) ⚠ Antes do início da TH Durante o uso da TH Anamnese + Exame físico Exames laboratoriais (GJ + lipidograma) Mamografia Obs: algumas fontes incluem USG TV Avaliação dos fatores de risco DCV Lipidograma: anual, se TH VO GJ: intervalo de 3 anos (consenso brasileiro) MMG: anual USGTV: SUA pós TH, THE, alto risco para CE Outras fontes: USGTV anual + sangue oculto + cito + DXA Obs: um dos benefícios da densitometria óssea é decidir o grau de benefício que a paciente terá com a TRH. · Grandes divergências entre recomendações · Três neoplasias · Câncer de mama: Mamografia · Câncer de colo de útero: Citologia · Câncer colorretal: Pesquisa de sangue oculto nas fezes | Colonoscopia · Síndrome metabólica · Dislipidemia: Lipidograma · Hipertensão arterial: Medida da pressão arterial · Diabetes: Glicemia de jejum | Hemoglobina glicosilada · Tabagismo · Infecções sexualmente transmissíveis · Osteoporose: Densitometria óssea · TH Início Tempo Iniciamos quando há sintomas que atrapalham as atividades diárias da paciente Quando iniciar - se é para começar, começa logo. Quando iniciada tardiamente, aumenta o RCV. Iniciar no climatério! E não após menopausa. Se a paciente tiver sintomatologia suficiente para começar antes da menopausa, devemos iniciar Ausência de contraindicação Início da insuficiência ovariana e nos primeiros 10 anos da menopausa (janela de oportunidades) - devido ao aumento do risco cardiovascular Até 60 anos Prescrever a menor dose efetiva, começando logo e pelo menor tempo Manutenção dos benefícios. Início de efeitos adversos. Perfil de risco e benefício. Melhora da qualidade de vida. Preferência da paciente pela via de administração Experiência médica. (5 anos) Não existe definição para duração ou idade máximas. Dose, via, duração e regime de administração individualizados. Sangramento de causa desconhecida é contraindicação para TH, doença cerebrovascular, CA de mama, meningioma. · Indicações de TH · Sintomas vasomotores: indicação mais comum → Fogacho Escolha do regime daTH: · Sem útero: apenas E (Exceção, pacientes com endometriose, pois o estrogênio favorece o crescimento dos focos). · Com útero E + P (pacientes com endometriose, mesmo sem útero, precisa da progesterona) Escolha da via de administração: · Estrogênio: oral ou parenteral (transdérmica - adesiva | Percutânea - gel) · Se DM, tabagismo, doença hepática → PAtologias em geral → PArenteral · COlesterol alto → COmprimido (LDL tende a abaixar) · Progesterona: oral ou DIU de LNG · Sindrome genitourinaria · Estrogênio via creme vaginal (tópico) · Disfunção sexual: não é indicação isolada de TH + outros sintomas · Tibolona: TH com características estrogênicas, progestogênica e androgênica Benefícios estrogênicos: ↓ atrofia, sintomas vasomotores, fraturas Benefício androgênico: melhora desejo e orgasmo · Osteoporose: única indicação para TH · 1 opção: Bifosfonatos · Contraindicações: · CA de mama atual ou prévio · CA de endométrio · Sangramento de causa desconhecida · Doenças coronarianas e cerebrovasculares · Passado de doença tromboembólica venosa · Doenças hepáticas descompensadas · Porfiria · Lúpus eritematoso sistêmico · Meningioma (apenas para progesterona) · Terapia não hormonal · Fogachos: Venlafaxina (usada com cautela na HAS) | Paroxetina (Não pode ser usada junto com Tamoxifeno) · Sindrome genitourinaria: lumbrificante vaginal · ↓ Libido: Bupropiona · Risco da TH · ↑ DCV quando feito fora da janela de oportunidade · ↑ CA de mama: após o 5° ano da TH, estudo adicionais · ↓ CA colorretal · Consideração final: · TH indicada para sintomas moderados · Sintomas vaginais = preferência à TH tópica · Não deve ser indicada para proteção cardiovascular · Não é indicada para a prevenção de demência ou Alzheimer · TH deve ser administrada no menor tempo e dose necessários para alívio dos sintomas. Osteoporose · Definição · Pode ser primária (decorrente do envelhecimento) ou secundária · ⚠ Fatores de risco · Idade avançada · Fratura na vida adulta · Fratura de quadril em familiar de 1º grau · Uso de corticoides · Tabagismo · Baixo peso corporal · Raça branca · Consumo de cafeína · OPAAA: Obesidade não é um fator de risco · Rastreio CCQ: Saber que o rastreamento de osteoporose é indicado em mulheres de baixo risco a partir de 65 anos O rastreamento de osteoporose é feito pela densitometria mineral óssea. Para acertar essa questão, você deveria recordar as suas indicações. São elas: · mulheres com idade igual ou superior a 65 anos e homens com idade igual ou superior a 70 anos, independentemente da presença de fatores de risco; · mulheres na pós-menopausa e homens com idade entre 50 e 69 anos com fatores de risco para fratura; · mulheres na perimenopausa, se houver fatores de risco específicos associados a um risco aumentado de fratura, tais como baixo peso corporal, fratura prévia por pequeno trauma ou uso de medicamento(s) de risco bem definido; · adultos que sofrerem fratura após os 50 anos; · indivíduos com anormalidades vertebrais radiológicas; · adultos com condições associadas a baixa massa óssea ou perda óssea, como artrite reumatoide ou uso de glicocorticoides na dose de 5 mg de prednisona/dia ou equivalente por período igual, ou superior a 3 meses. · ⚠ Diagnóstico Escore Z não dá o diagnóstico de osteoporose por si só. Escore T usado para mulheres na pós menopausa e homens > 50 anos. Escore Z para pessoas abaixo < 50 anos. FRAX A maioria dos casos de fratura acontece em pessoas que não preenchem o critério diagnóstico da densitometria para osteoporose (escore T ≤ -2,5 DP) Escore que prediz a probabilidade de risco de fraturas osteoporóticas maiores (úmero, vértebra, antebraço) nos próximos 10 anos União dos fatores de risco com ou sem a densidade mineral óssea Tratamento - Drogas mais utilizada · Mudanças no estilo de vida · Prática de atividade física de impacto · Dieta rica em cálcio · Cálcio e vitamina D · Bifosfonatos: · Podem causar esofagite (via oral) · 1.ª escolha · Alendronato, risedronato, ibandronato, zoledronato · Denosumabe: Anticorpo anti-RANK-L · Raloxifeno · Grupo dos moduladores dos receptores de estrogênio (SERM) · Pode causar efeitos vasomotores · Não aumenta o risco de câncer de endométrio · TRH: Só se houver outra indicação para reposição hormonal · Outro: Teriparatida e romosozumabe ->Agentes anabólicos Distopia Vaginal Conceitos iniciais · Distopia vaginal: descolamento de um órgão de sua posição ou local habitual. Ex inversão uterina. · Prolapso: Descenso da parede vaginal anterior e/ ou posterior e/ou do ápice vaginal · Cistocele: deslocamento inferior da bexiga · Cistouretrocele: prolapso da bexiga incluindo a uretra · Retocele: protrusão do reto pela parede vaginal posterior · Enterocele: herniação do intestino delgado para a cavidade vaginal · Prolapso uterino: descida do útero em direção ou através do intróito vaginal · Eversão da cúpula vaginal após histerectomia prévia Anatomia · Estruturas de suspensão (SÃO LIGAMENTOS) · Anteriores → Pubovesicouterinos · Laterais → Cardinais ou paramétrios · Posteriores → Uterossacros Opa! Ligamento redondo não faz parte da suspensão. · Estruturas de sustentação (SÃO MÚSCULOS) · Diafragma pélvico (Elevador do anus (puborrectal, iliococcígeo e pubococcígeo) e coccígeo · Diafragma urogenital · Fáscia endopélvica Fisiopatologias · Equilíbrio -> rompimento do equilíbrio = prolapso Fatores predisponentes · Multiparidade (70%) - principalmente o parto vaginal (não justifica fazer cesariana para prevenção de distopia). · Antecedentes obstétricos: multiparidade, parto vaginal, fórceps, periodo expulsivo · Idade > 60 anos · Raça branca · Anomalias congênitas: espinha bífida e agenesia sacrococcígea · Fatores constitucionais: obesidade · Aumento crônico da pressão intra abdominal: DPOC, constipação intestinal · Defeitos qualitativos de colágeno: síndromes de Ehlers e Marfan · Rotura perineal · Alterações neurológicas · Enfraquecimento dos ligamentos cardeais · Retroversão e médio versão uterinas: aumento crônico da P intra abdominal. Clínica · Sensação de peso ou bola ou abaulamento na vagina · Incontinência urinária associada · Sensação de esvaziamento incompleto (urinário ou fecal) · Frouxidão vaginal (pode dificultar ato sexual) · Flactus vaginalis · Incontinência coital · Dor perineal ou pélvica · Manobras para redução do prolapso Exame físico · Deve ser realizado com manobra de esforço (posição ginecológica e ortostática) · Histerômetro e espéculo (uma das aletas) para quantificar o prolapso · Prolapso apenas se deslocamento de ao menos 2 cm da posição habitual do órgão genital · Maioria dos defeitos são combinados Quantificação dos prolapsos Estadiamento Tratamento por compartimentos ⚠ · Assintomático: não tratamos · Prolapso de parede anterior = cistocele · 80% é por defeito paravaginal: associado com UE · Cirurgia: abertura da parede vaginal anterior + plicatura da fáscia pubovesicocervical na linha média · Recidiva: considerar o uso de tela · Prolapso de parede posterior = Retocele · Cirurgia: abertura da parede vaginal posterior + plicatura dos músculos elevadores do anus na linha média. · Cirurgia para a correção de rotura do corpo perineal (colpoperineoplastia): Sutura do M. bulboesponjoso e transverso do períneo na linha média · Prolapso apical → Prolapso uterino · Estádios I e II: Cirurgia de Manchester ou Donald Fothergill · Cirurgia: amputação do colo uterino + suturas dos ligamentos cardinais no coto cervical anterior · Indicações: alongamento hipertrófico do colo ou pretensões reprodutivas · Manchester = manter o útero · Estádios III e IV: histerectomia vaginal · Risco cirúrgico muito alto: Colpocleise - obliteração da vagina (reservada para mulheres sem vida sexual) · Tratamento conservador: Pessários - Sós se Risco Cirúrgico alto (múltiplas comorbidades) ou paciente que não quer operar, pois a resposta terapêutica é insatisfatória. · Prolapso apical → Prolapso de cúpulavaginal · Fixação da cúpula vaginal na aponeurose do m. reto abdominal · Colpocleise · Sacrocolpopexia · Fixação no ligamento sacroespinhoso Resumo do tratamento · Conservador · Fisioterapia · Pessários vaginais: pacientes sem condições cirurgicas ou que não desejam a cirurgia · Cirúrgico · Obliterativa · Cirurgias mais rápidas e com menor morbidade perioperatória · Principalmente para defeitos apicais · Pacientes sem vida sexual ativa · Técnicas · Colpocleise ou cirurgia de LeFort · Colpectomia · Reconstrutiva · Defeitos de compartimento anterior - Colpoperineoplastia anterior · Defeitos de compartimento posterior - Colpoperineoplastia posterior · Defeitos de compartimento apical · Pexias: Histeropexia ou Colpopexia · Histerectomia vaginal -> estágios III ou IV Consideração final Incontinência urinária Conceitos e continência · Qualquer perda (exceto crianças) é considerada incontinência. · Sempre pesquisar a falha na continência. · Não faz parte do processo de envelhecimento · Pode estar associada a prolapsos genitais · Continencia urinaria: Enchimento vesical - Simpático ATIVO α: contração esfincteriana β: relaxa detrusor Obs: Parassimpático: inativo Simpático → Segurar a urina Esvaziamento vesical - Parassimpático ATIVO Simpático: inativo Parassimpático: ativo M3/M2 -> contração do detrusor Obs: Simpático inativo Parassimpático → Perder a urina Fatores de risco · Idade - frouxidão do assoalho · ↓ Estrogênio · Doenças crônicas e resistências: DPOC, DM, AVC, TRM · Cirurgias prévias: urológicas e ginecológicas · Obesidade · História obstétrica parto normal > cesarianas · História ginecológica: status hormonal da paciente Clínica da perda urinária · Incontinência de esforço: tosse, espirro, ao levantar → tem que ser sincrônica ao esforço. · Pode ser causada por: · Hipermobilidade vesical -> Perda ocorre com pressões intravesicais > 90 mm H₂O · Defeito esfincteriano intrínseco -> Perda ocorre com pressões intravesicais < 60 mm H₂O · Bexiga Hiperativa: urgência, polaciúria, noctúria (desejo incontrolável) → Fez o esforço, deu um tempo e esvaziou a bexiga. · Fístula (vesico uretrerovaginal): Perda continua para a vagina | Cirurgia pélvica, RT | Cistoscopia (bexiga) | urografia (ureter). · Transbordamento: lesões neurológicas (esclerose múltipla, trauma neuromodulador) e Diabetes que resulta em neuropatia periférica. Diagnóstico · Exame físico: Avaliar IMC, prolapso e fazer teste de esforço · EAS + urocultura: doenças associadas à Incontinência Urinária: cálculos, neoplasias ou corpos estranhos · Teste do cotonete: Da uretra até a JUV: > 30° entre repouso e esforço · USGTV: deslocamento do colo vesical > 10 cm em relação a borda inferior da sínfise púbica · Urodinâmica para pacientes sem ITU, que: · IUE sem perda no exame físico · Falha no tratamento clínico · Antes da cirurgia IUE ou prolapso grande · Associação com neuropatias · Etapas: · Urofluxometria · Esvaziamento inicial · Cistometria · Fase do enchimento vesical · Não pode haver: atividade detrusora, perda de urina , dor. · Estudo miccional: esvaziamento final · O normal é que a pressão vesical seja o reflexo da pressão abdominal, significando que não tem reflexo abdominal Se houver perda de urina no teste, chamamos de perda de esforço: Ajuda a diferenciar o mecanismo da incontinência de esforço · PPE= pressão de perda ao esforço · Hipermobilidade vesical - PPE> 90 cm H2O · Defeito esfincteriano - PPE< 60 cm de H2O Síndrome da urgência ou urge incontinência OPA! Hiperatividade detrusora é uma contração não inibida visto na urodinâmica, o que é DIFERENTE da Síndrome da bexiga hiperativa (o diagnóstico é clínico). Tratamento IU de esforço/ urgência · Conservador/ clínico · ↓peso, fisioterapia pélvica, mudanças no estilo de vida (Diminuição do consumo de alimentos com cafeína e frutas cítricas, álcool, tabagismo) · Farmacológico · Duloxetina (IRSN) Não é tratamento de primeira escolha · Cirúrgico · HV: Padrão ouro atual é o SLING · DEI: Padrão ouro SLING (TVT/TOT) O proprio sling ajuda a posicionar a cistocele (se houver) Bexiga hiperativa · ↓Peso, cafeína e fumo · Fisioterapia: cinesioterapia e eletroestimulação · Medicamentoso: · Anticolinérgico seletivo para a bexiga: Oxibutinina/ tolterodina/ darifenacina/ Solifenacina -> Contraindicações: arritmias, glaucoma de angulo fechado, gestação e lactação · Agonista Beta 3 (primeira linha): · Mirabegron · Ação direta no detrusor e indireta ↓ liberação acetilcolina · Vantagens: mesma eficácia e menos efeitos adversos · Não indicado na HAS grave · Antidepressivos tricíclicos Câncer de colo do útero Epidemiologia - Problema de saúde pública · Neoplasia totalmente prevenível · A incidência depende do acesso à saúde · Brasil - Norte, Nordeste e Centro-Oeste Fatores de risco · HPV de alto risco · A persistência da infecção é necessária, mas não suficiente! · Subtipos 16 e 18 · Integração do genoma viral na célula hospedeira → Oncoproteína E6 e E7 Inativação de supressores tumorais · Maior número de parceiro sexuais · Coitarca precoce · Baixo nível socioeconômico · História de infecção por outras ISTs · Estados de imunossupressão ⇨ PVHIV têm maior risco · Tabagismo ⇨ Fator de risco independente em diversos estudos! · Uso de anticoncepcionais orais ⇨ Associação controversa Prevenção primária: Vacinação · Vacina quadrivalente (16, 18, 6 e 11) No SUS · Meninas e meninos de 9 a 14 anos - Duas doses · Mulheres e homens imunossuprimidos de 9 a 45 anos - Três doses (0-2-6 meses) Prevenção secundária ⚠ Rastreamento no Brasil · Como? Citologia oncótica ou Papanicolau ou exame preventivo · Quando? A partir dos 25 anos até os 64 anos · Nas pacientes com vida sexual ativa · Rastreamento trienal após dois exames anuais consecutivos sem alterações · Interromper o rastreamento aos 64 anos se dois exames consecutivos negativos nos últimos cinco anos · E se a paciente não tiver história de vida sexual? Não há recomendação de coleta de citologia. · Histerectomia total por doença benigna ⇨ Não há recomendação de coleta de citologia · Histerectomia total por doença maligna ou história de lesão de alto grau ⇨ Manter o rastreamento com citologia de cúpula vaginal · Histerectomia parcial ⇨ Manter rastreamento · E se a paciente estiver grávida? Nada muda no rastreamento e na coleta de citologia · E se a paciente for histerectomizada? · E se a paciente viver com HIV? · Iniciar o rastreio após a sexarca, independentemente da idade · No primeiro ano: coletar citologia semestral · Se exames normais: coletar a citologia anualmente · Se CD4 < 200 Coletar a citologia semestralmente · Qualquer alteração = colposcopia ⚠ Resultados citopatológicos · Resultados citopatológicos: o que fazer? ALTERAÇÃO CONDUTA Células escamosas atípicas possivelmente não neoplásicas (ASC-US) · Entre 25 e 29 anos ⇨ Repetir em 12 meses · ≥ 30 anos ⇨ Repetir em 6 meses · Se a alteração se mantiver Colposcopia Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL) · Repetir em 6 meses · Se a alteração se mantiver ⇨ Colposcopia Qualquer outra alteração (HSIL ou glandular ou ASC-H?) Encaminhar para colposcopia Se a alteração for “glandular” Se a colposcopia estiver normal ⇨ Avaliar o canal endocervical · Escovado endocervical · Curetagem endocervical Avaliar o endométrio se > 35 anos ou nos casos de sangramento uterino anormal · Ultrassonografia transvaginall Se a paciente for HIV Qualquer alteração indica colposcopia ⚠ Colposcopia · Colo do útero na colposcopia · Epitélio glandular ou colunar - Endocérvice · Epitélio escamoso - Ectocérvice · Junção escamo-colunar (JEC) · OPA! Uma colposcopia só é considerada satisfatória se a JEC for visível · JEC original ⇨ Área de transição antes da menacme · Nova JEC ⇨ Área de transição após a exposição do endocérvice na menacme · Zona de transformação · Área de metaplasia escamosa · Principal local de lesões HPV-induzidas· Colposcopia: epitélio escamoso, epitélio colunar e nova JEC · Aplicação de ácido acético · Marca células com grande atividade metabólica ⇨ Acetorreação positiva · Permite a visualização melhor da JEC e da zona de transformação · Aplicação de lugol ⇨ Marca as células com grande conteúdo de glicogênio · Células normais coram em marrom escuro (com muito glicogênio) · Iodo positivo · Teste de Schiller negativo · Células anormais não coram (ficam amareladas) · Iodo negativo · Achados colposcópicos anormais · Indicam a realização de biópsia (resultado histopatológico) · Biópsia dirigida · Conduta “ver e tratar”: exérese da zona de transformação antes de biópsia dirigida · HSIL na citologia · Achados colposcópicos maiores · Ausência de achados suspeitos de invasão · Achados suspeitos de invasão · Vasos atípicos · Lesão exofítica · Superfície irregular · Necrose e ulceração · Biópsia · Neoplasia intraepitelial cervical grau I (NIC I) · Neoplasia intraepitelial cervical grau II ou III (NIC II ou III) · Carcinoma invasor Achados da biópsia Neoplasia intraepitelial cervical grau I (NIC I) · Sugere infecção pelo HPV · Alta probabilidade de regressão · Nova citologia e colposcopia em 6 meses.Seguimento por dois anos com coleta de citopatológico semestral ⇨ Se a lesão persistir: iniciar com os tratamentos destrutivos ou excisionais ou manter seguimento citológico Neoplasia intraepitelial cervical grau II ou III (NIC II ou III) · A própria exérese da zona de transformação é curativa · Margens livres ou comprometidas por NIC I ⇨ Rastreamento com citologia entre 6 e 12 meses e depois anual, por 5 anos · Margens comprometidas por NIC II/III ⇨ Citologia e colposcopia semestrais, por dois anos, e depois citologia anual, por 5 anos ⚠ Estadiamento e tratamento Tipos histológicos do câncer de colo do útero · Carcinoma espinocelular ( = carcinoma epidermoide)- 70 - 80% dos casos · Adenocarcinoma - 20 - 30% dos casos Principais formas de disseminação · Disseminação linfática · Extensão local Tratamento · Tumores restritos ao colo do útero ou a vagina superior com < 4 cm ⇨ Possibilidade de tratamento cirúrgico · Tumores ≥ 4 cm ou que invadem paramétrios ou mais ⇨ O tratamento é quimiorradioterapia Doenças da vulva Anatomia da vulva ⚠ Glândulas de Bartholin Glândulas de Bartholin ou glândulas vestibulares maiores · Localizadas lateralmente ao intróito vaginal · Produção de secreção lubrificante Obstrução do ducto das glândulas · Bartholinite ou abscesso de glândula de Bartholin ⇨ Infecção por · Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis, estafilococos, estreptocoos e, principalmente, E. coli · Presença de sinais flogísticos e dor acentuada, sem ou com ponto de flutuação, respectivamente · Antibioticoterapia Tratamento · Drenagem simples · Bartholinectomia ⚠ Líquen vulva · Principal sintoma Prurido vulvar · Três tipos de líquen · Prurido local intenso Tratamento: corticoide tópico de alta potência Presença de manchas hipocrômicas progredindo do clítoris para pequenos lábios, vestíbulo, região perineal e perianal · Fator de risco para desenvolvimento de carcinoma espinocelular · Prurido local intenso · Ciclo vicioso “prurido-coçadura” · Tratamento: corticoide tópico de alta potência + interromper fator desencadeante · Prurido local intenso · Único que acomete mucosa vaginal e até mesmo colo do útero · Mais comum: erosões eritematosas brilhantes · Tratamento: corticóide tópico de alta potência Neoplasia intraepitelial vulvar e câncer de vulva Doenças do ovário Tumores do ovário · Tumores epiteliais do ovário · São os mais comuns · Principais tipos de tumores ovarianos cobrados nas provas · Sua origem ainda é controversa · Epitélio superficial do ovários · Tubas uterinas · Tumores de células germinativas do ovário (TCGO) · De 20 a 25% das neoplasias ovarianas · Têm origem nas células germinativas · Tumores do estroma do cordão sexual (TECS) · Pouco comuns · Possuem capacidade de produzir hormônios · Puberdade precoce · Sangramento uterino anormal · Amenorreia · Virilização · Metástases de outros tumores Diagnóstico diferencial das lesões benignas e malignas dos ovários ⚠ · Ultrassonografia transvaginal - Exame inicial para avaliação de lesões anexiais · Regras simples de Iota · Benignas Lesões apenas com características “B” · Indeterminadas Lesões com características “B” e “M” · Malignas Lesões apenas com características “M” · Regras simples de Iota: características “B” · Cisto unilocular de qualquer tamanho · Componentes sólidos ausentes ou com menos de 7 mm de diâmetro · Presença de sombra acústica posterior · Cisto multilocular regular com menos de 10 cm de diâmetro · Ausência de vascularização ao Doppler · Regras simples de Iota: características “M” · Tumor sólido irregular · Ascite · Pelo menos quatro estruturas papilares · Tumor sólido multilocular irregular, maior diâmetro acima de 10 cm · Intensa vascularização ao Doppler Cistos ovarianos funcionais · Lesões císticas que surgem durante o processo de ovulação · Folículos ovarianos · Estruturas císticas anecóicas diminutas · Até 2 cm de diâmetro · Cisto folicular · Surge quando um folículo não se rompe durante a ovulação · Cisto unilocular, com parede fina e regular · Contraceptivos com progestágenos isolados podem aumentar sua incidência · Conduta: tranquilizar a paciente e repetir o exame em 2-3 ciclos · Cisto de corpo lúteo · Surge após a ovulação · Presente durante o primeiro trimestre da gestação - Não é anormal vê-lo em US obstétrico de 1.º trimestre · Pode ter aspecto variado ao US - Cisto com parede regular pouco espessa e vascularização aumentada (sinal do “anel de fogo”) → pode ser confundido com gestação ectópica e diferenciamos dela pelo beta hcg · Costumam regredir espontaneamente → Repetir US após 4 a 12 semanas · Cistos sintomáticos, com mais de 10 cm ou em crescimento → Discutir abordagem cirúrgica Complicações de cistos ovarianos · Cisto hemorrágico · Existe sangramento para o interior do cisto ovariano · US · Conduta → Analgesia · Clínica · Assintomática · Dor pélvica · Ruptura de cisto ovariano · É uma emergencia · A ruptura de pequenos cistos foliculares costuma ser assintomática · A ruptura de cistos hemorrágicos ou de conteúdo sebáceo pode gerar dor intensa · Clínica · Dor pélvica súbita e aguda, de moderada a intensa · Sinais de irritação peritoneal · Hemoperitônio maciço · US · Lesão anexial com sinais de ruptura de sua cápsula · Líquido livre na pelve e cavidade abdominal Seta indica o local da ruptura, na maioria das vezes o líquido é sangue na cavidade · Conduta · Observação clínica e analgesia · Ausência de sinais de gravidade · Estabilidade hemodinâmica · Hemoglobina (Hb) e hematócrito (Ht) estáveis · Abordagem cirúrgica · Instabilidade hemodinâmica · Hb/Ht em queda → Sangramento ativo · Tipo de cirurgia · Pré-menopausa → Cistectomia · Pós-menopausa → Ooforectomia · Torção anexial · Emergência ginecológica → Fatores de risco para torção · Lesão anexial móvel: Cistos ovarianos grandes | Teratoma maduro de ovário · Torção anexial prévia · Anatomia · Ligamentos suspensores do ovário (infundíbulo pélvico) · Ligamento útero-ovárico · Mecanismo de torção · Vasos linfáticos e venosos são afetados primeiro → Edema ovariano · Aumento da pressão tissular → Interrupção do fluxo arterial · Clínica · Dor pélvica aguda, com início súbito, de moderada a intensa · Náuseas e/ou vômitos · Febre baixa, principalmente se já houver necrose · Pode haver lesão anexial palpável ao exame físico · US · Aumento do volume ovariano · Estroma edemaciado · Folículos ovarianos periféricos · Sinal do anel folicular · Doppler variável · Conduta Cirurgia · Se o ovário for viável → Distorção + pexia · Se o ovário não for viável → Ooforectomia + pexia contralateral Neoplasias ovarianas benignas Teratoma cístico maduro · Também conhecido como tumor dermoide de ovário · Mulheres entre 20 e 50 anos Neoplasia ovariana benigna mais comum · Neoplasia de célulasgerminativas · Origem de células germinativas → Presença das três linhagens: Ectoderme | Endoderme | Mesoderme · Macroscopia · US · Conduta → Cistectomia (descola a cápsula, tira o cisto e dá um posto no ovário) · Complicações · Torção anexial · Ruptura → Peritonite granulomatosa Tumores epiteliais benignos do ovário Cistoadenoma seroso · Mulheres de 40 a 60 anos → Mas pode ocorrer em todas as idades · De 10 a 20% são bilaterais · Macroscopia · US · Conduta → Cirurgia Cistoadenoma mucinoso · Mulheres de 40 a 60 anos Mas pode ocorrer em mulheres mais jovens · 95% são unilaterais · Macroscopia · Multiloculado · Repleto por conteúdo mucoide · Pode atingir grandes dimensões · US · Conduta → cirurgia devido ao tamanho e risco de complicações Tumores do estroma do cordão sexual (TECS) Fibromas · Neoplasias sólidas mais comuns · Tumores estromais puros 90% são unilaterais · Macroscopia: · Mulheres na pós-menopausa · Não produzem hormônios · US · Conduta - cirurgia · Complicação → Síndrome de Meigs · Ascite, Lesão aexial · Derrame pleural Tecomas · Tumores estromais puros · Mulheres na pós-menopausa · Produzem estrogênio que está relacionada a: · Sangramento pós-menopausa · Câncer de endométrio · Hiperplasia endometrial · Macroscopia · Conduta → cirurgia Câncer de ovário Epidemiologia · Segundo câncer ginecológico mais comum em países desenvolvidos · 95% dos casos têm origem epitelial · A maioria dos casos é diagnosticada tardiamente · Terceiro câncer ginecológico mais comum em países em desenvolvimento Fatores de risco · História familiar · Principal fator de risco - De 20% a 25% têm origem familiar · Salpingo-ooforectomia redutora de risco · Investigação genética é recomendada · Síndrome de predisposição hereditária aos cânceres de mama e ovário Mutação de BRCA1 e BRCA2 · Síndrome de Lynch · Idade avançada · Fatores de risco reprodutivos · Nuliparidade/infertilidade · Menarca precoce · Menopausa tardia · Terapia hormonal na pós-menopausa Rastreamento → Não existe nenhum método de rastreamento para o câncer de ovário Fatores protetores · Gestação e amamentação · Uso de dispositivos intrauterinos · Laqueadura tubária/salpingectomia · Uso anterior de contraceptivos orais Tipos de câncer de ovário → Tumores epiteliais Carcinoma seroso de ovário · Tipos · Carcinoma seroso de alto grau · Carcinoma seroso de baixo grau · Geralmente diagnosticado em estágio avançado · Aumento de CA 125 · Macroscopia · Tumores grandes e volumosos · Lesões exofíticas · Metástase macroscópica para peritônio é comum · Frequentemente ocorre bilateralmente · US Carcinoma mucinoso de ovário · De 3% a 4% dos carcinomas de ovário · Aumento de CEA · Geralmente diagnosticado em fase inicial · Macroscopia · Dimensão grande · Conteúdo gelatinoso e viscoso · Frequentemente unilateral · Superfície externa lisa · Multilocular · Diagnóstico histopatológico não é simples · Tumores mucinosos podem ter várias origen · Ovário · Intestino · Apêndice cecal · Estômago · Quando desconfiar de origem extra ovariana · Acometimento bilateral · Superfície ovariana acometida · Associada à neoplasia de apêndice cecal · Ascite mucinosa Metástases para os ovários → Tumor de Krukenberg uma massa que é metástase de um sítio primário que não é o ovário · Histologia típica · Massas sólidas bilaterais · Sítios primários · Estômago Mais comum · Mama · Intestino · Pâncreas e vias biliares Diagnóstico · Avaliação de sinais e sintomas · Aumento do volume abdominal (por ascite ou massa tumoral) · Dor pélvica ou abdominal · Dificuldade para comer, náusea, anorexia ou saciedade precoce · Perda de peso · Alterações intestinais · Marcadores tumorais → não são diagnosticos, mas auxiliam · Biomarcadores séricos · Aumentam na presença de determinadas neoplasias · Auxiliam no diagnóstico · Importantes no seguimento após o tratamento · Exemplos: CA 125 (tumores serosos) e CEA (tumores mucinosos) Princípios do tratamento do câncer de ovário ⚠ · Como fazer · O tumor NÃO deve ser puncionado para realizar biópsia · Cirurgias possíveis · Avaliação visual de toda a cavidade peritoneal e realização de biópsias peritoneais · Citologia de líquido ascítico ou realização de lavado peritoneal · Dissecção de linfonodos pélvicos e para-aórticos · Salpingo-ooforectomia bilateral · Histerectomia total · O estadiamento cirúrgico definirá a necessidade de quimioterapia · Objetivo · Presença de doença residual é o principal fator prognóstico · Retirar cirurgicamente toda a doença macroscopicamente visível · Tumor muito avançado com baixas chances de citorredução · Quimioterapia neoadjuvante · Cirurgia de intervalo · Completar com quimioterapia após a cirurgia · Quimioterapia (QT) adjuvante Sangramento pós-menopausa ⚠ · Todo sangramento pós-menopausa deve ser investigado USGTV · Endométrio < 4 mm tem VPN para câncer de endométrio > 99% · Paciente sem TRH Endométrio ≥ 4 mm Necessidade de biópsia endometrial · Padrão-ouro histeroscopia diagnostica · Permite a visualização direta da cavidade endometrial · Permite biópsia dirigida · Paciente com TRH · Paciente assintomática ⇨ Investigar se o endométrio for > 8 mm · Paciente com sangramento ⇨ Investigar se o endométrio for > 5 mm · Causas de sangramento · Atrofia (principal causa) · A fricção entre as paredes uterinas atróficas promove sangramento · Conduta ⇨ Observação · Pólipos endometriais · Conduta ⇨ Polipectomia histeroscópica · Hiperplasia endometrial ⇨ Causa de sangramento uterino anormal e sangramento pós-menopausa ⇨ Risco de evolução para câncer de endométrio · Fatores de risco · Exposição ao estrogênio sem oposição de progesterona · Terapia de reposição hormonal só com estrogênio · Tumores produtores de estrogênio ⇨ Tumor das células da granulosa · Ciclos anovulatórios frequente · Sobrepeso e obesidade ⇨ Conversão periférica de estrogênio · Fatores de risco reprodutivos · Menarca precoce · Menopausa tardia · Nuliparidade · Outros fatores de risco · Idade avançada · Diabetes · História familiar · Uso de tamoxifeno · Classificação da hiperplasia endometrial ⇨ Divide a hiperplasia endometrial em dois tipos · Hiperplasia endometrial benigna ou sem atipias · Menor risco de progressão para câncer de endométrio · Na histeroscopia · Hiperplasia endometrial com atipias ou neoplasia endometrial intraepitelial (NIE) · Risco aumentado de progressão para câncer de endométrio ⇨ De 30% a 50% dos casos apresentam câncer de endométrio síncrono · De 30% a 50% dos casos apresentam câncer de endométrio síncrono · Na histeroscopia Câncer de endométrio · Clínica · Sangramento uterino anormal · Sangramento pós-menopausa · Ultrassonografia · Histeroscopia · Estadiamento · Histerectomia + salpingo-ooforectomia bilateral · Omentectomia · Avaliação da cavidade abdominal e lavado peritoneal · Avaliação de linfonodos pélvicos e para-aórticos · Tratamento - Adjuvante: Radioterapia e/ou quimioterapia · Quem NÃO precisa fazer · Tipos endometrióides de graus 1 ou 2 · Casos restritos ao corpo do útero Na invasão inferior a 50% (estágio 1A) · Quem DEVE fazer ⇨ Todos os outros casos image204.png image200.png image67.png image160.png image156.png image185.png image146.png image79.png image100.png image151.png image168.png image21.png image194.png image132.png image111.png image37.png image238.png image141.png image40.png image43.png image114.png image104.png image112.png image125.png image27.png image207.png image106.png image242.png image196.png image88.png image11.png image82.png image20.png image6.png image127.jpg image48.jpg image18.png image203.png image189.png image195.png image1.png image66.png image90.png image223.png image81.png image34.png image240.png image201.png image167.png image191.png image130.png image222.png image5.png image118.png image101.png image138.png image197.png image243.png image129.png image103.png image72.png image166.png image75.png image46.png image53.png image58.png image202.pngimage33.png image12.png image241.png image121.png image92.png image147.png image78.png image69.png image57.png image142.png image22.png image9.png image237.png image73.png image26.png image172.png image116.png image71.png image39.png image28.png image218.png image7.png image170.png image158.png image51.png image35.png image85.png image199.png image44.png image86.png image128.png image164.png image184.png image87.png image178.png image131.png image10.png image19.png image30.png image96.png image77.png image31.png image16.png image214.png image23.png image64.png image179.png image108.png image61.png image175.png image230.png image193.png image152.png image192.png image70.png image155.png image62.png image8.png image80.png image42.png image107.png image221.png image89.png image36.png image98.png image209.png image47.png image145.png image205.png image169.png image143.png image177.png image120.png image135.png image219.png image227.png image49.png image217.png image83.png image229.png image224.png image122.png image186.png image139.png image117.png image115.png image99.png image109.png image165.png image183.png image211.png image171.png image216.png image45.png image228.png image110.png image180.png image233.png image54.png image134.png image133.png image56.png image154.png image187.png image232.png image95.png image212.png image149.png image153.png image60.png image17.png image206.png image213.png image188.png image181.png image105.png image225.png image25.png image220.png image41.png image198.png image157.png image161.png image93.png image239.png image162.png image176.png image190.png image234.png image91.png image102.png image119.png image50.png image124.png image65.png image159.png image3.png image163.png image14.png image2.png image173.png image210.png image144.png image150.png image38.png image68.png image29.png image24.png image235.png image137.png image74.png image84.png image140.png image94.png image148.png image208.png image123.png image76.png image4.png image63.png image13.png image52.png image59.png image182.png image32.png image236.png image215.png image97.png image126.png image136.png image174.png image231.png image226.png image55.png image15.png image113.png