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ÉTICA E CIDADANIA M.ª CAMILA GALLINDO REVISÃO - Normas, valores, regras de comportamento e costumes específicos de uma sociedade ou cultura - Regulamentam as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes com a comunidade - Localizam-se em uma realidade cultural específica, tempo e espaço determinados - Recebem influência de diversos elementos sociais (por exemplo, religião) MORAL EXEMPLOS A homossexualidade é reprovável nas culturas judaico-cristãs e islâmicas, mas, na Grécia Antiga, era um elemento cultural comum da sociedade Não era moralmente aceito que mulheres usassem calças no passado (perda da feminilidade); mas também não podiam usar roupas que mostrassem muito do corpo (ideia de pecado) A escravidão já foi moralmente aceitável Uma pessoa nua na praia: (1) em uma praia cercada por banhistas de sunga ou biquíni, será considerada como imoral; (2) em uma praia de nudismo sua conduta é a regra. Seria um desrespeito entrar nesta área vestindo qualquer tipo de roupa ou acessório - A ética pode ser conceituada como a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito dos fundamentos da vida moral - É papel da ética entender a moral e julgá-la pelo crivo da razão, estabelecendo se ela continua válida ou não: A MORAL IMPLICA A ÉTICA PARA SE REPENSAR! - IMPORTÂNCIA: desenvolvimento de uma capacidade de interrogação, reflexão e ponderação de cada sistema de moralidade existente quanto à natureza e pertinência das suas normas e regras morais secularmente instituídas ÉTICA EXEMPLO É perfeitamente possível ser ético e imoral ao mesmo tempo, quando desobedeço uma determinada regra moral porque, refletindo eticamente sobre ela, considero-a equivocada, ultrapassada ou simplesmente errada. Um exemplo famoso é o de Rosa Parks, a costureira negra que, em 1955, na cidade de Montgomery, no Alabama, nos Estados Unidos, desobedeceu à regra existente de que a maioria dos lugares dos ônibus era reservada para pessoas brancas. Já com certa idade, farta daquela humilhação moralmente oficial, Rosa se recusou a levantar para um branco sentar. O motorista chamou a polícia, que prendeu a mulher e a multou em dez dólares. O acontecimento provocou um movimento nacional de boicote aos ônibus e foi a gota d’água de que precisava o jovem pastor Martin Luther King para liderar a luta pela igualdade dos direitos civis. No ponto de vista dos brancos racistas, Rosa foi imoral, e eles estavam certos quanto a isso. Na verdade, a regra moral vigente é que estava errada, a moral é que era estúpida. A partir da sua reflexão ética a respeito, Rosa pôde deliberada e publicamente desobedecer àquela regra moral (BERNADO, 2019, n.p.) - Direitos e deveres assumidos pelo sujeitos quanto à sociedade em que vive - As pessoas se tornam cidadãos e cidadãs -> cidadania enquanto processo, uma construção interminável - Aprender e pôr em prática: formação de cidadãos e cidadãs críticos/as, que visam a transformação da realidade social - Cidadania de papel: direitos que existem em teoria, mas não são usufruídos; com falta de informação, não há reivindicações e nem lutas pela sua aquisição; negligência: negação dos direitos CIDADANIA - RAÇA: construção histórico-social e não um dado biológico; invenção europeia para controle e a criação da inferioridade de grupos (QUIJANO, 2007) - RACISMO: utilização da ideia de raça para criação de hierarquizações e produções de sentidos pautadas na exclusão; prática de poder - Colonialismo e escravidão - Contextualização e articulação com outras dimensões: as desigualdades sociais e raciais. No Brasil, a pobreza tem cor! DISCUSSÕES RACIAIS - Construção sociocultural que define previamente papeis a serem ocupados na sociedade de acordo com o que se entende por feminilidade e masculinidade -> “coisas de meninos e coisas de meninas” -> estratégia de poder que coloca os seres em caixas - Essa ideia é de tal modo enraizada socialmente que o fato de ser uma mulher não desejar ser mãe é interpretado como um problema, um ‘defeito’, seja de ordem física (ela não pode e então diz que não quer), seja de ordem moral (ela é uma mulher fria, egoísta), seja de ordem psicológica (ela teve problemas com a própria mãe, é ‘traumatizada’)” (SANTOS; NOVELINO; NASCIMENTO, 2001 apud SANTOS, 2005, p. 32) GÊNERO AS DIFERENÇAS NÃO PODEM SER TRANSFORMADAS EM DESIGUALDADES - A dignidade da pessoa humana no horizonte e a criação de caminhos para o bem comum - Marco ocidental: Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) - Tratados e declarações internacionais cuja assinatura, apenas, não assegura o reconhecimento, o respeito e a prática cidadã em prol dos Direitos Humanos na realidade cotidiana - Questionamento das contradições existentes entre a afirmação de que os indivíduos são iguais e livres perante a lei e a constatação da realidade DIREITOS HUMANOS - Consideração das particularidades regionais dentro dos princípios universais dos Direitos Humanos - Universalidade não pressupõe uniformidade, mas igualdade no contexto do respeito às diferenças - “Temos o direito a ser iguais quando a diferença nos inferioriza; temos o direito a ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza” (SANTOS, 2009, p. 18) DIREITOS HUMANOS - As tecnologias e a evolução humana: facilitar a adaptação dos homens e das mulheres na natureza - Modificação das relações humanas, dos modos de ser, pensar e agir - Na Educação, a utilização de tecnologias não é nova - Uso pedagógico de recursos tecnológicos – vistos como meios e não fins em si mesmos TECNOLOGIAS - O/a professor/a mediador/a - O/a aluno/a protagonista na construção do conhecimento - A produção e a difusão de conhecimentos descentralizada - O acesso não é para todos e todas (EXCLUSÃO DIGITAL) - A apropriação do conteúdo também é assimétrica (LETRAMENTO DIGITAL E FAKE NEWS) - Potencialização do espírito democrático ou criação de abismos? TECNOLOGIAS AVANTE NAS DESCONSTRUÇÕES, SIGAMOS!
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