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MARCELO SANTOS DISCENTE DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA - UNILEÃO 1 Gestação Período desde o momento da fecundação até o parto • Fase1: formação inicial média 15-dias (fecundação) – DIA 0 • Fase2: implantação – em torno de 21 dias • Fase 3: crescimento fetal – restante do período gestacional Aspectos gerais • Duração da geração: em médias dois meses • Mudanças comportamentais e fisiológicas: docilidade, aumento de tetas, secreção láctea, queda de pelos, aumento de peso corporal no terço final da gestação, aumento da proteína plasmática, cio durante a gestação • Sinais de parto: entre 12-20 horas antes do parto tem a redução de 1-2 graus °C na temperatura retal, inquietação, diminuição da ingestão de alimentos, isolamento do animal, mudanças cardiorrespiratórias • A utilização de ocitocina é um fator que desencadeia a ruptura uterina • Diagnostico gestacional com a radiografia, apenas no final da gestação devido a calcificação fetal • A dosagem de progesterona pode ser utilizada para saber se está próximo do parto (tem o decréscimo) Anormalidades da gestação Diabetes mellitus A insulina pode aumentar em fêmeas devido ao aumento de consumo alimentar. Logo a P4 estimula a secreção do hormônio de crescimento (ação antagônica) que por sua vez antagoniza a produção de insulina (ocorrendo uma diabete mellitus transitória = diabetes gestacional) Toxemia da prenhez É uma afecção metabólica em que é determinada por alimentação inadequada durante a gestação, caracterizando-se por quadro de hipoglicemia, cetose e acidose metabólica, com sintomas nervosos e digestórios • Maior incidência em fêmeas com grande quantidade de fetos MARCELO SANTOS DISCENTE DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA - UNILEÃO 2 Hipocalcemia Enfermidade que pode acontecer antes, durante e depois do parto. É um distúrbio metabólico que pode levar ao óbito da fêmea Fatores predisponentes • Deficiência de cálcio na alimentação • Perda de cálcio pelo leite • Reabsorção intestinal deficiente • Alterações em glândulas paratireoides • Excesso de suplementação • Ninhadas numerosas • Hereditariedade Causas mais comuns • Tetania puerperal • Insuficiência renal aguda e crônica • Síndrome da má assimilação • Hipoparatiroidismo primário Sinais clínicos • Fraqueza muscular generalizada • Depressão da consciência • Convulsões • Inquietação • Tremores • Tetania muscular Tratamento • Administração de cálcio via intravenosa Perda gestacional Causas • Parasitoses • Deficiência nutricional • Causas infecciosas • Fator genético • Medicações • Traumas • Etc Fatores ligados ao aborto não infecciosos • Estresse: Cadelas estressadas podem abandonar a ninhada ou impedir o aleitamento e aquecimento dos neonatos, levando a hipotermia, hipoglicemia, desidratação e mortalidade) • Distocia: causa hipóxia e morte do feto • Agalactia: tem o impedimento da transferência de imunidade passiva e pode levar tríade neonatal) • Nutricional: carências ou excesso nutricional pode levar a mal formação fetal. O excesso de vitamina D e cálcio durante a gestação podem também predispor a cadela à hipocalcemia ao final da gestação ou durante a lactação,) • Manejo: mudanças de manejo pode acarretar em estresse e morte fetal • Medicações: O uso de medicamentos durante a gestação pode induzir morte embrionária, fetal ou malformações • Traumatismos: esmagamento de filhotes, avulsão do cordão umbilical e evisceração durante o parto, canibalismo ou lacerações, podem ocorrer de forma acidental ou por MARCELO SANTOS DISCENTE DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA - UNILEÃO 3 alterações comportamentais, e têm forte correlação com estresse e ambientes inadequados) • Fatores endócrinos: especialmente o hipotireoidismo e hipoluteoidismo, são consideradas causas de aborto e morte fetal. Hipoluteoidismo caracteriza-se pela insuficiência de progesterona plasmática para a manutenção da gestação • Fator genético: Dentre os defeitos genéticos incluem as desordens hereditárias e não- hereditárias. As anomalias cromossômicas decorrem de erros na maturação dos gametas ou na fecundação, e ocorrem de forma esporádica, não-hereditária e caracterizam-se por múltiplas malformações combinadas Fatores ligados ao aborto infeccioso A morte fetal ou neonatal associada a infecções pode decorrer de placentite, da infecção direta do feto ou neonato, ou de malformações e sequelas decorrentes da infecção (Souza, 2017). A infecção da cadela pode comprometer a gestação e levar a morte fetal/neonatal, sem a infecção direta do filhote ou da placenta • Brucelose: doença infecciosa mais comum em causar aborto no terço final da gestação. A morte, reabsorção embrionária e aborto são considerados frequentes em surtos da doença. A infecção ocorre pela via transplacentária ou pelo contato com secreções maternas, especialmente a secreção vaginal, e, de forma importante, pela ingestão de fetos e placentas após o aborto. Diagnóstico através de teste sorológico • Sepse bacteriana neonatal: representa uma importante causa de mortalidade. A maioria dos agentes bacterianos isolados em casos de aborto e morte fetal ou neonatal canina são provenientes da microbiota da cadela ou do neonato, como Staphylococcus spp., Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis; • Herpesvirose: causa aborto no final da gestação. pode ocasionar também, mumificação fetal, natimortalidade, nascimento de filhotes fracos, ou morte neonatal. Os neonatos acometidos normalmente desenvolvem anorexia, sinais de cólica, diarreia amarelada a acinzentada, choro constante, dispneia, secreção nasal mucopurulenta ou hemorrágica, opistótono e movimentos de pedalagem. O óbito ocorre geralmente de um a três dias após o início dos sinais clínicos. Diagnóstico definitivo através da pcr • Leptospirose: principalmente relacionada com abortos em cadelas da zona rural. Diagnostico através de sinas clínicos, dosagem sorológica e teste de PCR. Tratamento por antibioticoterapia, fluidoterapia • Erliquiose: Geralmente a cadela que estiver parasitada pela Erlichia sp. pode desenvolver uma séria anemia não diagnosticado durante a gravidez, causando hemólise e diminuição de oxigênio, resultando em hipóxia. O tipo de placenta permite que haja trocas nos vasos sanguíneos endometriais, o que acarretará troca de células parasitadas pela Erlichia sp da mãe para o feto, e consequentemente culminando em complicação na gestação MARCELO SANTOS DISCENTE DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA - UNILEÃO 4 Patologias inerentes a mãe • Pseudogestação: é uma síndrome observada em cadelas não gestantes, seis a quatorze semanas após o estro, caracterizada por sinais clínicos e mimetização dos comportamentos pré, peri e pós-parto. Diagnostico: através do histórico do animal (cio recente em torno de dois meses) • Cio na gestação: mais comum em gatas do que cadelas. Podendo apresentar até duas semanas depois da fecundação • Corrimentos: O corrimento mucoso transparente é ocasional e normal. o hemorrágico não é comum e pode estar relacionado com abortamento de ordem infecciosa • Prolapso uterino: é uma condição rara em cadelas e gatas. É definido como a eversão e protrusãode uma porção do útero pela cérvix para dentro da vagina durante o parto ou próximo dele. Sendo mais relacionado com o pós parto • Ruptura uterina: é uma condição rara, descrita em pequenos animais em decorrência de gestação com distocia ou resultado de trauma abdominal fechado. A peritonite é a consequência mais frequente, quando o feto é liberado na cavidade abdominal, porém também pode haver reabsorção. Geralmente está relacionado com a utilização da ocitocina, traumatismo, quadros infecciosos, distocias.
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