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DISTOCIA EM CADELAS E GATAS
Dystocia in bitches and queens
LUZ, A. M. F.1*; BASTOS, A.R.F.S.2
1Graduando em Medicina Veterinária - UEMA; 2Graduando em Enfermagem -UNOPAR
*e-mail: annamaria25luz@gmail.com
RESUMO: A distocia é a incapacidade de expulsar o feto através do canal no trabalho de parto,
podendo ter origem materna ou fetal, colocando a vida dos filhotes e da parturiente em risco e
sendo, portanto, emergencial. A suspeita de parto distócico exige imediata avaliação médica
para que seja tratada por meios manipulativos, clínicos ou cirúrgicos, exigindo conhecimento do
profissional acerca dos três estágios do processo de parto para que possa intervir da maneira
correta. O presente resumo busca promover uma revisão bibliográfica acerca do manejo clínico
da cadela ou da gata em distocia, como identificá-la e como prosseguir para o melhor
prognóstico, preservando a vida dos animais. Desta forma fica clara a importância do preparo
do médico veterinário para que o paciente em processo de parto distócico tenha o quadro
revertido com menor período de tempo.
Palavras-chave: “Distocia”, “Neonatos”, “Obstetrícia”, “Pequenos Animais”, “Ultrassonografia”.
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, a área de reprodução de pequenos animais tem crescido
exponencialmente, tornando-se destaque econômico no Brasil, tendo maior enfoque em cães. A
utilização de tecnologias para a reprodução de pequenos animais necessita de maior
assistência obstétrica às cadelas e às gatas desde o momento da inseminação até o do parto.
Amplia-se, juntamente a este cenário, a seleção genética de animais de companhia, um
processo que não preserva barreiras obstétricas, resultando em inúmeras raças puras que
apresentam incompatibilidade materno-fetal que culminam em distocia.
A distocia compreende a incapacidade de expulsão do feto durante a parição. É muito
comum na clínica de cães e gatos, sendo uma afecção de emergência, exigindo estabilização
imediata do animal para preservar tanto a saúde dos fetos como a da parturiente por colocá-los
em risco de vida.
O presente trabalho visa abordar conhecimentos acerca das distocias em cadelas e
gatas devido à grande recorrência nos atendimentos do tipo, exigindo do profissional que tenha
conhecimento acerca de como ocorre, como é identificada e seus possíveis tratamentos,
baseando-se nos estudos recentes acerca do parto distócico em pequenos animais.
2 METODOLOGIA
A presente revisão de literatura visa reunir artigos recentes acerca das distocias,
processo recorrente em cadelas e em gatas, e como é feito o manejo clínico na mesma,
ressaltando a importância do conhecimento clínico veterinário para melhor conduta médica e
prognóstico. Foi utilizado o banco de dados do Google Acadêmico a partir das palavras chave:
“Distocia”, “Neonatos”, “Obstetrícia”, “Pequenos Animais”, “Ultrassonografia”.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A distocia pode ter origem materna, fetal ou de ambos, destacando-se causas por
distúrbios de contração, mau posicionamento fetal que impeça a expulsão dos fetos, a
desproporção feto-pélvica, obstruções das vias fetais por deformidades da pelve, entre outras,
acontecendo geralmente quando não há acompanhamento pré-natal da gestação e sendo a
principal causa da alta taxa de mortalidade neonatal em pequenos animais, além de poder
resultar com o óbito da parturiente.
Para diagnosticar a distocia, é essencial anamnese com amplo detalhamento do
histórico do animal, relatando se houve gestações ou distocias anteriores, uso de contraceptivos
e o período, É realizado também exame físico por palpação abdominal e exame digital vaginal,
sendo os métodos mais confiáveis a ultrassonografia e a radiografia. É ideal reconhecer
processos normais de trabalhos de parto para identificar anormalidades para informar o tutor
acerca da perspectiva fetal e materna. A expulsão de muco esverdeado ou acastanhado sem o
nascimento de feto dentro de uma hora, contrações fracas por mais de 3 horas, contrações
fortes frequentes sem expulsão de feto em no máximo 30 minutos, intervalo de nascimento
maior que de 3 horas entre os nascimentos também são sinais que expressam a distocia,
portanto a rapidez em que se busca o auxílio profissional é um fator importante para a
preservação da vida da fêmea e dos fetos.
O exame radiográfico é capaz de informar o número de filhotes, o seu tamanho e se são
compatíveis com o tamanho da mãe, o posicionamento de cada feto, além de ser capaz de
sinalizar a presença de gases intra-uterinos, que podem sugerir se houve morte fetal. Na
ultrassonografia, são fornecidas informações sobre a viabilidade fetal e a melhor manobra
obstétrica a ser realizada. Os fetos com frequência cardíaca de 180 batimentos por minuto
apresentam sofrimento fetal, enquanto aqueles que apresentam menos de 150 batimentos por
minuto, indicativo de necessidade imediata da intervenção cirúrgica, a cesariana. É ideal a
realização dos exames de hemograma completo, de perfil renal e hepático, cálcio e glicose para
compreensão da condição da parturiente.
O tratamento da distocia em pequenos animais pode ser com medicamentos ou
manipulativo, mas a fêmea deve apresentar boas condições clínicas e apresentar fetos com
tamanho proporcional à mãe que deve apresentar dilatação no canal do parto. A cesariana é a
opção em casos em que a correção da estática fetal é inviável e quando o uso de fármacos não
promove contrações produtivas, sendo a única alternativa para preservar a vida dos filhotes. É
necessário que a intervenção cirúrgica seja realizada antes que a mãe tenha fadiga ou ocorra
sofrimento fetal.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Fica claro, portanto, que é essencial que sejam realizados exames pré-natais de forma
regular em cadelas e gatas gestantes, a fim de prevenir distocias emergenciais por acompanhar
o desenvolvimento fetal, promovendo assim a preservação da vida da mãe e dos fetos. A
preparação médica para atender e desempenhar as condutas clínicas e cirúrgicas ideais é de
suma importância para aumentar a possibilidade de um bom prognóstico, bem como a
orientação aos tutores para que alcancem o serviço profissional com antecedência em casos de
partos distócicos.
REFERÊNCIAS
Dalmagro, Tábata Larissa, et al. "Distocia em Pequenos Animais: Causas, Diagnóstico e
Tratamento-Revisão." Nucleus Animalium 6.1 (2014): 4.
Domingos, T. C. S., A. A. Rocha, and I. C. N. Cunha. "Cuidados básicos com a gestante e o
neonato canino e felino: revisão de literatura." Jornal Brasileiro de Ciência Animal 1.2 (2008):
94-120.
Feitosa, Caroline Sant’Anna, et al. "Obstetrícia veterinária para clínicos de pequenos animais."
TÓPICOS ESPECIAIS EM CIÊNCIA ANIMAL VII (2018): 83.
Henrique, Fernanda Vieira, et al. "Distocia materna por inércia uterina primária associada ao
choque hipoglicêmico em cadela: Relato de caso." Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia
da UNIPAR 18.3 (2015).
Malm, Christina, et al. "Avaliação clínica, laboratorial e hemogasométrica de cadelas e neonatos
em parto distócico e cesariana eletiva." (2018).

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