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Ginecologi� � Biotecnologi� d� Fême� 🧪 Professor Gustav� Guerin� - 2023/ Gabriel� Garci� MORFOFISIOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO Gônadas ● Ovário produz gameta (ovócito) → em torno do ovário há vários ovócitos (cerca de 500.000) que são liberados durante a ovulação, para fertilização. ● Testículo produz espermatozoide Ovário ● Útero possui quatro camadas: mucosa (vasos sanguíneos e linfáticos), submucosa, muscular, serosa ● Ligamento suspensório ● Ligamento largo: suporta e suspende o trato, suprimento vascular, drenagem linfática, nervos ● Mesométrio, mesosalpinge, mesovário ● Gônada feminina. ● Suspenso pelo mesovário. ● Formato depende da genética (redondo, amêndoa, feijão), ● Função de produzir gameta (ovócito) e produzir esteróides e fatores regulatórios → estradiol e progesterona ● Pedúnculo ovariano onde entra vasos, nervos ● Cortical onde há folículos e parte interna é camada medular ○ Égua: córtex é interno e possui fossa ovulatória que só ovula nesta região. FOLICULOGÊNESE Oogonia → folículo primordial (possui células pavimentosas) → folículo primário (células ao redor do gameta se tornam cúbicas: células da granulosa; precisa de nutrientes para maturação) → multiplicação das camadas das células que envolvem o gameta: folículo secundário (possui 2 camadas de células cúbicas) → folículo terciário (possui mais de 2 camadas de células da granulosa cúbicas) → cavidade preenchida com líquido folicular (antro): folículo antral --> após evolução a fímbria capta o folículo, pós fecundação denominado de zigoto --> há rompimento da “bolha” da cavidade antral e formação do corpo hemorrágico --> luteinização das células da cavidade/teca - formação do corpo lúteo --> corpo lúteo produz Progesterona (P4) para inibir a contração da musculatura lisa. ● Dentro do ovário há folículos grandes, médios e pequenos. ● Folículos secundários: maior camada de células da granulosa, formação de zona pelúcida, teca interna e externa --> células da teca interna e externa estão 1 relacionadas a estimular a granulosa a produzir estradiol. ● Vaca ovula 1 ovulo para fecundar 1; porca 15 para fecundar uns 13; existe superovulação com FSH. ● Vaca fecunda na estação das águas → se alimenta de capim → caroteno é necessário (pigmento amarelado) FOLÍCULO ANTRAL ● Líquido folicular é produzido pelas células para nutrir o gameta. ● Visível no ultrassom a partir de 2mm ● 15mm folículo antral no bovino ● 20-22mm em vaca leiteira ● Se houver 25mm e não tiver corpo lúteo: cisto folicular → tratar ● Folículo pré-ovulatório é folículo antral grande que será expulso do ovário e captado pela fimbria da tuba uterina. ● Corpo hemorrágico é cavidade com sangue após saída do folículo do ovário → células ao redor (granulosa, teca interna e externa) começam a se luteinizar de fora para dentro para fechar essa cavidade formando o corpo lúteo CORPO LÚTEO ● É um órgão endócrino. ● Produz progesterona. ● Pico de fsh --> pico de lh --> formação do corpo lúteo --> produção de progesterona --> se a fêmea não for fecundada acontecerá uma lise do corpo lúteo pela onda pulsátil de prostaglandinas (luteólise) --> queda nos níveis de progesterona. ● Está presente do início ao fim da gestação. ● Progesterona (p4) é esteróide, hormônio da gestação que inibe contração de musculatura lisa → enquanto fêmea estiver prenha haverá corpo lúteo produzindo progesterona para manter a gravidez (exceto égua e ovelha pois útero começa a produzir p4). ● E2: estradiol é o hormônio do cio, promove comportamento de estro (de aceitação de monta). TUBA UTERINA ● Oviduto/trompa de falópio (em humanos). ● Possui a fímbria que capta do ovário a ovulação ● É um tubo que conecta o ovário do útero 2 ● Há cílios no lúmen ● Proporciona ambiente adequado para que haja maturação final do ovócito ● Infundíbulo, ampola e istmo ● Transporta espermatozoide ● Armazenamento e capacitação espermática ● Fertilização e desenvolvimento embrionário inicial ● Fecundação ocorre na ampola (meio da tuba uterina) → zigoto → embrião ● Espermatozoide e ovócito únicas células humanas haploides (N) → se juntam → zigoto 2N → embrião ● Espermatozoides ficam viáveis 24h em bovino e 5 dias em cão/gato → pode fecundar com diferentes espermatozoides ● Embrião com 7 dias chega ao útero como blastocisto ● Istmo: zigoto, mórula, blastocisto ÚTERO ● Está entre a tuba uterina e a cérvix ● Recebe o embrião (blastocisto) e fornece condições essências para desenvolvimento (lactotrofo, nutre embrião) ● O que mantém o embrião vivo até emitir as vilosidades para realizar as trocas? Nos ovos o que mantém é o vitelo, já dentro do útero existe a ação da progesterona que vem do corpo lúteo e fecha a cérvix e faz com que as glândulas endometriais secretem um produto dentro da luz do órgão que é o leite uterino que nutre o embrião até que a conexão seja feita ● Histotrofo/lactotrofo nutrem o embrião → leite uterino ● Com 14 dias, começa a se alongar ● Com 21 dias, preenche outro lado e começa a grudar da parede e recebe nutrição pela parede do útero ● Promove desenvolvimento da placenta, desenvolvimento embrionário e expulsão do feto ● Controle da ciclicidade ● Consiste em corpo e cornos● Nutre embrião através do cordão umbilical ● Produz hormônios ● O útero produz PGF2 α, no útero gestante, a liberação de prostaglandina F2α na corrente sanguínea é bloqueada, permitindo a persistência do corpo lúteo pois a PGF2 é luteolítica, quebra CL e tira progesterona do sistema ● Útero precisa “avisar” o ovário que há prenhez para que não produza prostaglandina CÉRVIX ● Está entre o útero e a vagina ● Há vários anéis e um tampão mucoso para lacrar a cérvix ● Ambiente da vagina é séptico ● MO que vive de forma saprófita: convivem bem no meio ● Útero é ambiente asséptico ● Cérvix precisa estar um pouco aberto durante o cio para espermatozoide entrar ● Cérvix mais fechada quando há gestação ● Se MO entrar, útero tem sistema de defesa muito forte: até o gameta é atacado. 3 VAGINA ● Órgão copulatório ● Recebe pênis do macho ● Onde é depositado o sêmen ● Normalmente no fundo da vagina ● Cérvix da égua não tem anéis transversais, tem anéis longitudinais → é mais aberto: garanhão ejacula muito e maioria intrauterino ● Glande do macho suíno tem formato de saca-rolha e a cérvix da fêmea tem o mesmo formato: ejaculação intrauterina ● Grande parte do ejaculado sofre refluxo e outra parte migram até encontrar ovócito na tuba uterina ● Ambiente saprófita (séptico) ■ Tratamento antibioticoterapia, antifúngico: pode desequilibrar a flora de organismos da vagina ● Vaginoscópio para exames VULVA ● É para ficar fechado e não entrar fezes ● Consegue se dilatar muito durante o parto ● Patologias adquiridas se for animal de produção pois as genéticas foram descartadas CÉRVIX ● Lubrificação, barreira física ● Vaca: 4 anéis ● Suína: saca-rolha ● Égua: anéis longitudinais AVES ● Lado reprodutivo apenas se desenvolve do lado esquerdo (direito é rudimentar) ● Ovários ● Oviduto ● Cloaca ● Cada folículo é uma gema de ovo Terminologia ● Uníparo: pare 1 cria por parto → vaca ● Multíparo: pare várias crias por parto → cadela, porca ● Nulípara: nunca pariu → novilha ● Primípara: pariu uma vez ● Secundípara: pariu duas vezes ● Plurípara: pariu várias vezes MORFOFISIOLOGIA: ENDOCRINOLOGIA DO CICLO ESTRAL Controle parácrino, endócrino ou autócrino. PINEAL: faz a égua ciclar em dias longos. Produz melatonina (produzida pelo escuro). ADRENAL: principalmente o cortex (reprodução) - produz cortisol. PLACENTA: glandula endocrina temporária. Em determinado momento a placenta assume a produção de progesterona. Cérebro ● Começa no hipotálamo: regula os eventos mais importantes do organismo. O hipotálamo envia um hormônio (GnRH), como mensageiro químico, para iniciar uma ação nas gônadas femininas. ● O hipotálamo capta as informações, traduz e libera o hormônio GnRH (liberação de hormônio gonadotrófico) que irá promover ação estimulatória nas gônadas (através da liberação de FSH e LH) ● GnRH: hormônio que tem preferência pelas gônadas ● Hormônios gonadotróficos: FSH e LH ● Cérebro → hipotálamo → GnRH → hipófise → FSH e LH 4 Ciclo Estral: o período de um cio ao outro, este ciclo dura em torno de 21 dias. Série de eventos reprodutivos previsíveis começando no estro (d0) e acabando no estro subsequente até a senilidade. FASES DO CICLO ESTRAL Proestro → crescimento de folículo. Quando ocorre a diminuição de progesterona e aumento de LH. ● Vagina edemaciada e sangramento na cadela. Estro → fêmea aceita monta (cio). Pico de LH. Período da ovulação depende da espécie. Vulva edemaciada com secreção muco-cristalina. ● Liberação de ferormônios. Aumento da micção. Metaestro → ovulação. Diminuição dos hormônios em geral. Corpo hemorrágico. No metaestro, a fêmea já não aceita a monta, porém, é nesse período que ocorre a ovulação nos bovinos. Após o metaestro, a fêmea entra em inatividade sexual ou diestro, que dura aproximadamente 14 dias. No final dessa fase, caso não haja gestação, o ovário começa a sofrer influência hormonal, ocorrendo a regressão do corpo lúteo, e dando início a um novo ciclo estral. Caso tenha ocorrido fertilização, a fêmea torna-se gestante. Diestro → presença de CL, progesterona em alta. ● Vai até o dia 15-16 (espera do útero para saber se há gestação), mas depende da espécie. Cervix fechada (pois pode haver gestação). Anestro → período do fim do ciclo estral para o início do ciclo estral – antes do estro (antes do cio). A fêmea está em anestro antes da puberdade, no pós-parto, quando está sem nutrição adequada, estressada. Este período não é interessante para a reprodução. HORMÔNIOS DO CICLO ESTRAL FSH: faz o crescimento dos folículos ovarianos; ele é secretado durante toda a vida da fêmea mas só terá importância quando a fêmea estivar na puberdade e pronta para receber uma gestação. ESTRADIOL (E2) ● Produzido pelo ovário, mais especificamente pelo folículo. O folículo produz estradiol, ele serve para informar ao cérebro que há um folículo grande no ovário. Estradiol vai ao hipotálamo e fala que há um folículo dominante. ● O estradiol será produzido pelos folículos em todos os estágios (folículo primário, secundário, terciário e antral), o folículo terciário e antral produzirão o estradiol (E2) em altas quantidades, pois eles estarão maiores e terão maiscélulas secretoras. ● Com o aumento de estradiol (que está avisando que tem folículo maduro/pronto – antral), irá ter um aumento do LH. ● Função E2: regula a liberação de GnRH, eleva a contração uterina, faz desenvolvimento folicular (aceitação de monta – cio). LH ● Faz a seleção do folículo dominante (crescimento final do folículo dominante), para isso ele precisa ser eliminado de modo pulsátil, tendo um pico. Se a onda pulsátil ocorre, quer dizer que a fêmea está ciclando. ● Obs: O folículo dominante só será dominante, basicamente, porque ele tem receptor de LH e este receptor expressará 5 o receptor por um sistema bioquímico complexo. ● Quando o pico de LH ocorre, a fêmea irá ovular, ou seja, o LH também é responsável pela ovulação. ● Obs: quanto menor progesterona, mais LH terá. PROGESTERONA (P4) ● É secretada pelo ovário, mais especificamente pelo CL. ● Após a ovulação terá formação de corpo lúteo e este fará liberação de progesterona (P4). A progesterona irá se manter por um longo período quando houver gestação, se não houver gestação ela irá sessar por causa da Prostaglandina (PGF2-alfa) que fará luteólise. ● A progesterona irá estimular as glândulas endometriais a produzir mais leite uterino. ● A progesterona também inibe a luteólise e a ovulação (LH). ● Função P4: manutenção da gestação, inibe a luteólise (feedback negativo no hipotálamo). PROSTAGLANDINA (PGF2-ALFA) ● O útero espera em torno de 14-16 dias para saber se houve cópula e fertilização. Após esse período o útero faz secreção de Prostaglandina que fará luteólise (morte do CL). ● Fecundação → quando há fecundação e formação do embrião, este irá liberar Interferon-tau, que irá avisar o útero que terá gestação e dessa forma NÃO haverá luteolise. ● A alternância nos níveis hormonais como de progesterona e estrogênio determinam mudanças no comportamento sexual, estrutura e na atividade do trato genital. ● Níveis mais elevados de estrogênio produzidos por um folículo ovárico vesiculoso fazem com que o animal exiba sinais de comportamento de cio e, desse modo, indicam que está pronto para o acasalamento. A progesterona prepara e mantém o útero para a implantação do óvulo fertilizado. ● No animal fora do período de gestação, o útero produz prostaglandina (PGF2α), que faz com que o corpo lúteo entre em regressão. Prostaglandina PGF2α é transportada na vaca diretamente da veia ovariana para a artéria ovariana adjacente pelas paredes do vaso. RECONHECIMENTO MATERNO ● Um requerimento crítico para o reconhecimento materno da gestação é a manutenção da produção de progesterona. Para isso, o CL precisa ser mantido, pois é aí que este hormônio é sintetizado. Esta condição pode resultar das seguintes situações: ● O concepto previne a secreção de PGF2a, que tem efeito de lisar o CL ● O concepto altera a distribuição da PGF2a, sem atingir o CL da maneira apropriada, o que resulta na sua manutenção ● O concepto secreta uma substância que compete com os efeitos da PGF2a no CL, ou seja, exerce efeito antiluteolítico. 6 SEM GESTAÇÃO ● Na ausência de gestação a secreção de PGF2a é estimulada por um processo complexo. Nos primeiros 10 dias do diestro a progesterona (P4) bloqueia os receptores de estrógeno alfa (ESR1) e os receptores de ocitocina (OXTR) no epitélio uterino. Após este período, a própria P4 passa a regular negativamente os receptores de progesterona (PGR) levando a um aumento rápido na expressão dos estrógenos alfa (ESR1), enquanto o estrógeno liberado pelos folículos em crescimento estimula a síntese de OXTR no endométrio. ● A ocitocina, liberada de forma pulsátil pela neurohipófise, liga-se a estes receptores e induz a produção de PGF2a pelo epitélio uterino entre os dias 15 e 16 do ciclo. Os pulsos iniciais de PGF2alfa estimulam a liberação de ocitocina também pelo corpo lúteo e ampliam ainda mais a de PGF2alfa pelo epitélio uterino que, por sua vez, atinge o CL por meio de anastomoses com a artéria ovariana, produzindo um estímulo para a liberação de mais ocitocina e de PGF2alfa, levando à lise do CL. ● Bioquímica → Na ausência de gestação, o estrógeno liberado pelos folículos em crescimento estimula a síntese de receptores para ocitocina (ROc) nas células do endométrio. A ocitocina liberada pela neurohipófise liga-se a estes receptores, ativando a fosfolipase C, que leva a um aumento do Ca2+ intracelular, ativando a fosfolipase A, quebrando os fosfolipídios de membrana e liberando ácido araquidônico, o qual sofre ação da enzima prostaglandina endoperoxidase sintase 2 (PTGS2), sendo convertido em prostaglandina F (PGF2a). MORFOFISIOLOGIA: DINÂMICA FOLICULAR Se baseia em 3 acontecimentos: recrutamento (FSH – cio) + seleção (dominante libera receptores de LH) + dominância (pico de LH, folículo pré-ovulatório) 1. Recrutamento : pequenos folículos são recrutados de um pool ovariano e produzem pequena quantidade de E2 2. Seleção : folículos são selecionados e alguns se tornam atrésicos ou se desenvolvem. 3. Dominância : folículos selecionados que não se tornam atrésicos, se tornam dominantes eproduzem grandes quantidades de E2. Folículos dominantes irão ovular Existem 3 ondas foliculares A primeira onda folicular ocorre ambos durante a elevação de progesterona (metaestro) ou durante o pico da produção de progesterona (diestro). Folículos recrutados e selecionados durante essas fases do ciclo se tornarão atrésicos A última onda folicular (ocorrendo depois da luteólise) resulta em um folículo dominante que irá ovular ENDOCRINOLOGIA DO CICLO ESTRAL Cisto: um folículo dominante que não recebeu quantia suficiente de LH para se tornar pré-ovulatório e continua recebendo FSH, formando uma massa no ovário/casca --> leva a formação de tumores, pseudociese Ciclofor: injeção de GnRH, aplicar para promover pico de LH, quando se quer manter gestação Tratamento de leite empedrado: compressa morna + ordenha leve, aplicar ocitocina para fazer a liberação do leite, uso de 7 prostaglandinas F2alfa para destruir corpo lúteo se necessário e cessar produção; antibioticoterapia se precisar Alto FSH --> estradiol E2 --> pico de LH --> liberação de P4 Prostaglandina: injetável ou intravaginal a aplicação, para cessar gestação Matrizes acabam por demonstrar subfertilidade se possuírem excesso de tecido adiposo CANINOS Proestro Duração: de 6 a 11 dias; 9 dias em média, variação de raças Sinais clínicos: descarga vaginal hemorrágica, edema da vulva, recusa a monta, mucosa vaginal hiperêmica Momento do ciclo em que a cadela “sangra” No sangue liberado há ferormônios reconhecidos pelo macho Início: atrai o macho, apresenta agressividade, não aceita monta No fim: apresenta indecisão quanto a monta, menor edema vulvar e diminuição do sangramento com sangue vivo, libera muco com estrias de sangue Estro Mesma duração do proestro (9 dias em média) Mudança de comportamento: passa a aceitar a monta Cio Descarga vaginal transparente, mucosa Sinais clínicos: - aumento da receptividade - atrai o macho - vulva fofa e flácida, hiperêmica - mucosa vaginal pálida - descarga vaginal de pálida a rósea (cor salmão) Diestro Duração de 62 na cadela prenhe, e de 60 a 80 dias na não prenhe Fase unicamente mediada pela progesterona Sinal clínico: a fêmea não atrai mais o macho Útero - hipertrofia glandular e vascular Indiferente ao macho Não há mais sangramento Anestro Duração média de 4 meses e meio Período de quiescência reprodutiva Fase de involução uterina e preparo para um novo ciclo RESUMO MORFOFISIOLOGIA: O trato reprodutivo feminino é dividido em: ● Ovário (gônada); ● Oviduto; ● Útero (cornos); ● Cérvix; ● Vagina; ● Vestíbulo/lábia; O ovário é composto em área medular (interna) e cortical (externa) onde é encontrado: ● Folículo primordial; ● Folículo primário; ● Folículo secundário; ● Folículo terciário/antral; ● Corpo hemorrágico; ● Corpo lúteo/albicans; Ciclo estral = intervalo de tempo entre dois estros: ● Estro (cio); ● Metaestro; ● Diestro; 8 ● Anestro; ● Proestro; Principais hormônios da reprodução: GnRH, LH, FSH, Estradiol, Progesterona; PUBERDADE Estimular o cio = diminuir intervalo entre gerações 36 meses é o tempo que fêmeas bovinas geralmente levam para parir pela primeira vez Órgãos efetores e seus respectivos hormônios: ● Hipotálamo: GnRH ● Adenohipófise: FSH, LH e prolactina ● Neurohipófise: Ocitocina ● Ovários: estrógeno, progesterona, inibina e ocitocina ● Útero: PGF2a ● Saber para prova: HORMÔNIOS ANTES E APÓS PUBERDADE Pré-puberdade: baixa pulsatividade de LH Pós-puberdade: a pulsatividade aumenta a cada ciclo CICLOS REPRODUTIVOS Infância: secreção gonadotrófica baixa Puberdade ● Conceito: primeiro cio fértil ● Aumento da liberação de FSH e depois de LH ● Manifestações de comportamento de cio ● Ciclos na pré-puberdade são inicialmente anovulatórios Definições de puberdade: ● O aumento da pulsatilidade de LH ● Processo que torna a fêmea apta a reproduzir ● Primeiro cio fértil da fêmea ● Início da capacidade reprodutiva da fêmea ● Maturidade do HHG em produzir GnRH e manter gestação, habilidade em responder ao feedback de estradiol A puberdade, para acontecer, depende: ● Fatores ambientais ● Nível de stress (alto inviabiliza a puberdade) ● Tamanho ● Genética Indução da puberdade O que induz a pulsatilidade do LH? - O contato com a P4 ● Marcada pelo início da manifestação do comportamento de cio. Como adiantar puberdade: ● Pode ser adiantada pela aplicação de hormônios estimulantes ● Contato com machos, seja visual seja físico ● Presença do macho libera feromônios ● TEMPO EM QUE ESPÉCIES ENTRAM NA PUBERDADE: ● Quando fêmea está na barriga da mãe: um pulso de LH a cada 8h ● Quando está para entrar na puberdade: 1 pulso por hora ○ LH faz crescimento final do folículo dominante ○ Progesterona da fêmea antes de entrar na puberdade é apenas produzido no córtex da adrenal Puberdade = primeira ovulação com estro (cio) Para hipotálamo entender que fêmea está em puberdade é necessária progesterona 9 Quando a fêmea não tem progesterona, apenas estradiol: não é capaz de estimular puberdade → diferente do ciclo estral Estradiol aumenta (a nível de dar cio) quando há alta pulsatilidade de LH → alta pulsatilidade formada por progesterona Feedback positivo de estradiol: estradiol + contato com progesterona→ abre “torneira” de LH pelo hipotálamo Antes do feedback positivo, na primeira ovulação (que não é fértil porque não dá cio) há um pequeno aumento da pulsatilidade (um pico a cada 3-4h) devido ao hipotálamo captar informações como status corporal, clima, fome, saúde, estresse Feedback negativo de estradiol: estradiol produzido a vida toda que não é possível dar cio → quando não atingiu a puberdade Feedback: informação que dá ao hipotálamo O que define puberdade Alta pulsatilidade de LH Parcial Plena: quando há contato com progesterona Considerações Uma alta dose de progesterona trava mais ainda do que induzir puberdade P4 para induzir + estradiol na retirada do implante de P4 (ECP costuma ser mais barato) → encurralar gado 2x Hoje em dia é usado P4 injetável um mês antes (1 mL) Implante de progesterona é utilizado para IATF (queda de progesterona brusca faz aumentar picos de LH) e tem vida útil de 3 utilizadas → a 4º pode ser utilizada como indutor da puberdade por já ter um nível menor de progesterona (barateia o custo) FERTILIZAÇÃO, GESTAÇÃO E PARTO Explicação no quadro: Espermatozoide não pode entrar na ovulação: precisa se adequar ao pH Junções tipo GAP são feitas por ácido hialurônico: para o sptz quebrar é necessário a enzima hialuronidase Acrossoma é a reserva de hialuronidase do sptz Fertilização → zigoto (2N) → divisão e fica com 2 células → divisão: 4 células → 8 células → mórula → mórula compacta (MC) → na MC há formação de um cisto com líquido: blastocisto → células do embrioblasto acumulam mais líquido no blastocisto → blastocele (7º dia de gestação) → zona pelúcida é rompida: blastocisto em eclosão (já está dentro do útero) *Embrião 7 dias após fertilização há blastocisto (em eclosão ou expandido) no útero → importante saber para inseminação Entre 14-17 dias (média 15) após IA há reconhecimento materno: embrião (trofoblasto) libera substâncias (interferon-t) para avisar ao útero → útero não vai produzir PGF2alfa Período supersensível na perda embrionária Taxa de inseminação na IA é de 90%, mas nesse início há uma perda embrionária grande → embrião não libera interferon-t Após 30 dias da IA se passa ultrassom para diagnóstico gestacional Fertilização É o processo de fusão dos gametas masculino e feminino na junção istmo-ampolar 10 Alguns passos para que a fertilização ocorra Capacitação espermática Reação acrossômica Penetração da zona pelúcida Fusão de membranas Formação dos pronúcleos Singamia (fusão dos pronúcleos → zigoto) Zigoto Célula diploide resultando da fusão dos pró-núcleos masculino e feminino Embrião Organismo no estágio inicial de desenvolvimento, não reconhecido como membro espécie específico Gestação Período de desenvolvimento do concepto começando com a fertilização e terminando com o parto Período gestacional ESPÉCIE DIAS MESES Bovinos 280-290 9 Bubalinos 298-317 10 Equinos 330-345 11 Caprinos/ovinos 145-151 5 Suínos 112-115 3m 3s e 3d Caninos 56-62 2 Felinos 64-68 2 Felino tem tendência a maior prolongamento da gestação Diferenças entre as raças RAÇAS GESTAÇÃO (DIAS) Raças europeias 280 F1 285 Raças zebuínas 290 Obstetrícia X tocologia Obstetrícia Obs: adiante Stare: manter-se Tocologia Tokos: parto Logos: estudo Estágios da gestação Clivagem Multiplicação rápida de células (divisão embrionária) Glândulas endometriais: leite uterino (histotrofo) Meio da gestação → diferenciação: é possível identificar espécie do feto Terço final → crescimento: crescimento rápido do feto Acelerar puberdade: fêmea com 24m para parir → se deu muita comida no terço final: bezerro vai enroscar Novilha pequena: dar sêmen de touro pequeno para gerar bezerro pequeno Reconhecimento materno da gestação Mecanismo de comunicação entre o embrião e a mãe, que resulta em inibição da luteólise Ocorre anteriormente à implantação e placentação Diferença entre as espécies No equino depende da movimentação do concepto e em cada local que ele para, libera estrógeno ou progesterona (há poucas pesquisas) 11 Diferenciação Formação das três camadas germinativas Formação das membranas extraembrionárias (placenta) Função das membranas e fluidos fetais Saco vitelínico: se origina da parte medial do intestino, faz o suprimento nutricional do embrião e absorve secreções uterinas do endométrio para estimular o desenvolvimento Âmnio: membrana mais interna que diretamente envolve o feto, proteje contra injúrias e proporciona lubrificação para a parturição Alantóide: se origina do intestino e forma o cordão umbilical, armazena excretas e permite troca gasosa com o meio Cório: membrana mais externa em contato direto com o endométrio, produz e troca hormônios, nutrientes e gases Placenta Órgão transitório que proporciona um meio de trocas metabólicas entre mãe e feto Função endócrina Transmissão de imunoglobulinas em carnívoros Formação dos órgãos Rápida mudança relativa do tamanho Gestação na égua ECG (PMSG): cálices endometriais 40-130 dias Progesterona CL primário até +/- 40 dias é a fonte principal CL secundário: formação estimulada pelo PMSG → 60-150 dias produzem P4 Placenta: principal fonte de P4 a partir de 150 dias (com regressão do CL) PGF2alfaaumenta os níveis pouco antes do parto Parto Processo pelo qual a fêmea expulsa o concepto Estágios I: estágio preparatório envolvendo a dilatação cervical e o posicionamento do feto no canal (via contrações miometriais) Andar cambaleante, expulsando leite, feto na posição certa (de fêmeas primíparas) Se fêmea (cadela) não estiver bem nutrida: reposição de cálcio para evitar eclampsia II: expulsão do feto Abordagem: corrigir distocia, cesárea, se parou de contrair aplicar estrógeno ou ocitocina, lubrificação Corrigir técnicas ruins: amarrar bezerro e puxar com cavalo → provavelmente colapso uterino III: expulsão das membranas placentárias e involução uterina Identificar o posicionamento fetal Principalmente pensando nos estágios I e II Apresentação: direção da liberação fetal → anterior, posterior ou transverso Posição: orientação do feto: dorsal, ventral ou lateral Postura: localização das pernas, cabeça e pescoço → normal ou anormal Bovinos 12 Estágio I: dura de 1-4 horas (pouco notada) Estágio II: começa com a ruptura do alantocórion Deve-se deixar o animal por 1 a 3 horas para que o parto normal ocorra sem interferência Estágio III: começa após a expulsão do feto Dura em média 6 horas (retenção de placenta: quando não e eliminada após 12 horas) Apresentação: anterior Posição: dorso-dorsal Postura: membros anteriores primeiro, focinho entre os membros anteriores Deve estar em pé em até 44 min Ocorre retenção de placenta frequentemente (IBR, BVD, deficiência nutricional, leptospirose) → não volta a ciclar rapidamente Se placenta ficar retida, haverá piometra Estradiol e ocitocina para aumentar contração muscular Ovinos Processo similar ao do bovino Normalmente há ovulação dupla → parto gemelar é comum Suínos Duração do parto: 4-48 min por leitão Apresentação: anterior ou posterior Posição: dorsal ou ventral Postura: não específica Equinos Estágio I Dura aproximadamente 1h Inquietude, sudorese nos flancos Estágio II Rápido Dura aproximadamente 10-20 min Estágio III 1-12h Placenta pendurada (chiclete): placentofagia para não deixar vestígios para predadores Apresentação: anterior Posição: dorso-dorsal Postura: membros anteriores primeiro, fundo dos cascos voltados para baixo e o nariz entre as patas dianteiras É fundamental que o potro nasça no máximo 30 min após o início do estágio II, caso contrário poderá morrer, devido ao esmagamento do cordão umbilical entre o potro e a égua, privando-o de oxigênio Eixo do parto Eixo HHA maduro → cortisol → fêmea transforma progesterona em estradiol → estradiol promove secreção de muco no trato reprodutivo inteiro e promove aumento de receptor de ocitocina *ao aplicar ocitocina, sempre aplicar estradiol antes para promover receptores *Prostaglandina e ocitocina promovem contração Indução do parto Não é recomendado a menos que a vida da matriz ou do feto esteja ameaçada Fêmea de 14 meses e está com gêmeos, cadela que fugiu e foi emprenhada por cão de grande porte Indução do parto pode melhorar o manejo reprodutivo por controlar o momento da parturição 13 Perigoso a não ser que o parto seja iminente (ocorrendo dentro de um dia) Ocorre frequentemente retenção de placenta Forçando a expulsão do feto e membranas fetais antes de a placenta estar madura e descolada do útero Bovinos Glicocorticoides Glicocorticoide de curta ação + PGF2alfa = retenção placentária Indutor deve ser corticoide de longa ação Prostaglandina Estrógeno Ocitocina Funciona bem, mas depende da dose e do momento da aplicação Todos os sinais de parto iminente devem estar presentes (regra geral: dado aproximadamente 1h antes do parto) Induzir parto há muita retenção de placenta Pontos críticos e implicações práticas Conhecimento exato da data da cobertura ou da inseminação – no caso de fêmeas gestantes a partir de transferência de embrião, produzidos in vivo ou in vitro, deve ser considerado como início do período gestacional o dia da inseminação e não o dia da transferência Após a pré-indução as fêmeas devem ser mantidas em piquetes próximos e de fácil acesso ao curral, para facilitar a observação do momento do parto Os piquetes devem conter no máximo cinco fêmeas, pois há a possibilidade de troca de bezerros entre as mães Disponibilidade de material obstétrico e banco de colostro Assim, independente da dose de tri utilizada, a pré-indução aos 280 dias de gestação resultou em maior sincronização dos nascimentos, sem comprometimento da viabilidade dos recém-nascidos, em comparação com a pré-indução aos 285 dias de gestação Pontos importantes Conhecimentos da fisiologia da gestação e do parto são importantes do ponto de vista clínico e de produção A gestação inicia-se com a fertilização e finaliza-se com o parto É necessário que ocorra o reconhecimento materno da gestação em espécies de produção, para que a gestação seja mantida O parto é desencadeado pelo feto, devido a maturação do seu eixo hipotalâmico hipofisário EXAME CLÍNICO E REPRODUTIVO: DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO Principais parâmetros utilizados no diagnóstico da gestação Exame via transretal Cérvix Posição: pélvica ou abdominal 14 Fêmeasvazias normalmente possuem todo o trato na região pélvica Tração Flutuante: gestação avançada (feto está crescendo e indo para a cavidade pélvica) Não flutuante: vazia Útero Posição Volume Um corno maior que o outro: pode ser lado da gestação → associar com anamnese Artéria uterina Sensação de jorrar sangue: pulsar diferente de outras artérias devido a quantidade de nutrientes indo para o feto Feto e anexos Até 45 dias: embrião > 45 dias: feto Beliscamento Vesícula amniótica Feto quando dá para sentir Placentomas Quanto mais avançado a gestação, maior placentoma Diferenciar de ovário: gestação avançada é difícil palpar o ovário Gestação de 45 dias não tem placentoma palpável Balotamento Importante para diferenciar de piometra: pus é denso e o útero não volta para mão Ultrassonografia Vantagem: certeza no diagnóstico, possível sexagem fetal (de 60 a 90 dias de gestação) Desvantagem: preço, necessária energia se não tiver reserva de bateria Dosagens hormonais Não há kits desenvolvidos para analisar em animais domésticos, seria muito laborioso Sinais positivos para diagnóstico gestacional Deslizamento de membrana fetal (beliscamento) Importante para diferenciar de bexiga repleta (não é comum pois ao prender a fêmea urina) ○ Vesícula amniótica ○ Placentomas ○ Feto Sinais sugestivos de gestação ○ Cérvix pesada ○ Assimetria ○ Localização do útero ○ Frêmito da artéria uterina Diagnóstico de gestação por palpação retal ○ Pode ser executado a partir de 35 dias, mas ideal é início > 60 dias ○ Cuidado com fragilidade das membranas Mas não é possível aborto (aborto está relacionado com causas sanitárias, estresse agudo e crônico) ○ Presença de conteúdo líquido no útero ○ Presença do embrião/feto ○ Parâmetros orientadores Principais parâmetros utilizados no diagnóstico da gestação aos 45 dias Palpação em vacas: 45/50 dias ■ Útero no assoalho pélvico ■ Assimetria acentuada entre os cornos (5-6,5 cm) ■ Área embrionária de 2-5 cm ■ Beliscamento + 15 ■ 80-300 ml líquido envolvendo feto ■ CL no ovário ipsilateral ao corno gestante Principais parâmetros utilizados no diagnóstico da gestação aos 60 dias Palpação em vacas: 60/65 dias ■ Útero pélvico (6,5-7,0 cm) ■ Beliscamento + ■ Útero como um balão cheio de água ■ 300-700 ml líquidos envolvendo feto ■ Feto tamanho camundongo (possível apenas contorná-lo) Principais parâmetros utilizados no diagnóstico da gestação aos 90 dias Palpação em vacas: 90 dias ■ Útero inicia descida para abdômen (8/10 cm) ■ Feto 10-15 cm comprimento ■ 700 ml/2l líquidos envolvendo feto Principais parâmetros utilizados no diagnóstico da gestação aos 120 dias Palpação em vaca: 120 dias ■ Feto palpável abaixo da borda pélvica/tamanho de um gato pequeno ■ 2-7l líquidos envolvendo feto ■ Placentomas (pequenos) palpáveis ■ Frêmito artéria uterina + Principais parâmetros utilizados no diagnóstico da gestação aos 150 dias ○ Palpação em vacas: 150/180 dias ■ Útero na cavidade abdominal ■ Cérvix desloca-se para borda pélvica ■ Alguns placentomas palpáveis ■ Feto bem formado/tamanho gato grande ■ É mais dificil localizar o feto ● 5-6 meses gestação com palpação transretal é difícil pegar e fácil confundir com vaca vazia → cérvix vai estar pendurada: puxar forte e passar mão no lado direito inferior (lado esquerdo é rúmen) ■ Frêmito artéria uterina + Principais parâmetros utilizados no diagnóstico da gestação aos 180 dias ○ Palpação em vacas: 180/225 dias ■ Cérvix à direita da borda pélvica ■ Placentônios de tamanhos diferentes ■ Frêmito artéria uterina + ■ Dos 6 meses até o nascimento, movimentos do feto podem ser percebidos à palpação ● 7-8 meses ver se feto está viável: reflexo da mamada (coloca dedo na boca do feto e ele mama), interdigital (ele tem reflexo de tirar dedo ao apertar entre os dedos) Principais parâmetros utilizados no diagnóstico da gestação aos 210-290 dias Palpação em vacas: 240 dias (8 meses) ■ Feto insinuado em direção à pelve: posicionamento para o parto ■ Feto palpável ■ Percebe-se movimentos do feto Não existe gestação sem CL, mas existe CL sem gestação Diagnóstico diferencial ○ Pseudo-gestação ■ Útero com líquido ○ Piometra/metrites ■ Impressão de godê ■ Parto cruento que entra MO ■ Retenção de placenta ■ Cesárea errada ■ Cérvix fecha no diestro ■ Tratamento ● Promover luteólise para abrir cérvix → prostaglandina (nomes comerciais) 16 Feto macerado Contaminado antes ou depois da concepção Sinais clínicos: crepitação óssea, beliscamento negativo, útero diminui com o tempo Principais causas são IBR, BVD, leptospirose Ocorre em estágios mais avançados, +/- 5º mês Feto formado que morreu e entra em putrefação Tratamento: PGF2alfa e antibioticoterapia Pode aplicar estradiol e ocitocina Feto mumificado Asséptico Causas: genética, estresse, desidratação intensa Exame clínico: beliscamento negativo, estrutura sólida, presença de ossos desarticulados Tratamento: PGF2alfa ou cirurgia EFICIÊNCIA REPRODUTIVA NOS ANIMAIS DOMÉSTICOS Eficiência é a capacidade de um administrador para conseguir produtos mais elevados em relação aos insumos necessários para obtê-los Eficiência reprodutiva Nutrição, descarte criterioso, manejo de ECC, estação de monta, proporção macho:fêmea, sanidade, seleção para fertilidade,reprodutores provados Habilidade de fazer a vaca ficar gestante após período voluntário de espera o mais rápido possível Período de serviço (do parto até nova concepção) deve ser curto Gestação de zebuíno: 290 dias Reprodução ineficiente ○ Diminui eficiência na produção de leite ○ Diminui número de novilhas para reposição ○ Aumenta os gastos com sêmen, medicamentos e serviços veterinários ○ Diminui lucratividade Conceitos ○ Fertilidade: condição ou estado de ser fértil, produzir ou ser capaz de produzir uma prole Eficiência reprodutiva em equinos ○ A melhor aferição de performance reprodutiva é a produção de um potro vivo. ○ Estação de monta Ideal no verão (a partir de agosto) Cálculos por ciclo estral, mensalmente ou intervalos sazonais Cio ocorre a cada 21 dias em época de fotoperíodo longo (relacionado com menor produção de melatonina) Diferenciado por garanhões: obter dados individuais dos reprodutores Fatores que influenciam positivamente na taxa de gestação Éguas jovens: entre 6 e 10 anos Frequência de coberturas menor ou igual 3 Ter bom macho Porcentagem de prenhez em uma monta é de 33% Não pode demorar muito pois o fotoperíodo longo diminui Condição corporal (nutrição adequada) Manejo sanitário adequado Anemia infecciosa equina, mormo Eficiência reprodutiva 17 Número médio de períodos estrais por concepção: 1,7 Número médio períodos estrais usados por potro vivo: 2 e 2,5 Utilizados para fazer cálculo de perdas reprodutivas: MEP (morte embrionária precoce) Fatores intrínsecos: endócrino, tuba uterina, idade materna ou estado de infertilidade reprodutiva Fatores extrínsecos: estresse fisiológico, nutrição, estação do ano, estresse ambiental, temperatura, reprodutor Cio do potro Ocorre em média dentro de 5 a 15 dias pós-parto, podendo ocorrer até 45 dias Aumenta eficiência reprodutiva Idade e condição corporal da mãe no pós-parto podem influenciar a ocorrência do cio do potro Reduz intervalo entre parto e maximiza o uso de doadoras de embrião Utilização depende! Cio do potro emprenha levemente menos que cio normal Decisão: parto normal, expulsão da placenta, US (ovário tem que ter folículo com mais de 35 mm para ser utilizado) Indução da ciclicidade Programa de luz artificial Mínimo 40 dias antes da estação reprodutiva Glândula pineal deixa de produzir melatonina → libera produção de gnRH → pulsatilidade de LH alta → cio Indução farmacológica hCG = folículo > 35 mm Progestágenos + PGF Deslorelina Quando inseminar? Pré-ovulação ou pós-ovulação Viabilidade do oócito após ovulação: 6 a 12 horas Viabilidade dos espermatozoides no trato reprodutivo feminino: 48 horas Resfriamento do sêmen 24-70h Refrigerado é o que mais emprenha Congelado tem probabilidade de prenhez mais baixa Eficiência reprodutiva em suínos Fatores que influenciam na produção Genética Nutrição Instalações Manejo O que importa são leitões desmamados/matriz/ano Eficiência desejada 12,50 leitões desmamados/parto 2,6 partos/ano 32,50 desmamados/matriz/ano IEP 140 dias 18 114 dias de gestação + 21 dias de lactação + 5 dias para retorno ao cio Ovulação média: 20 ovócitos Taxa de fertilização: 100% Perda embrionárias e fetais: até 30% (~14 leitões nascidos por parto) Natirmortos: até 5% Perdas na maternidade: até 6% Medidas para aumentar a eficiência reprodutiva Descarte de fêmeas que apresentam cio com mais de 7 dias pós-desmame (sub-férteis) Taxa de reposição 30-40% anual Flushing (mandar energia: alimento) após o desmame aumenta taxa de ovulação Técnicas usadas para aumentar a eficiência reprodutiva Monta natural assistida Esquema de anotações Maior controle e observação dos animais IA Utilizado no sistema de produção Vantagens Diminuição do número de cachaços da criação Diminuir disseminação de doença Utilizar animal geneticamente superior Rufiação 2x/dia por 15 min Passar mão no lombo da fêmea enquanto rufião está no ambiente: ela fica parada, levanta orelha para trás, coloca cauda de lado Cio manhã, IA à tarde + 12h Coleta de sêmen de suíno por masturbação ou vagina artificial Senta no lombo da porca ao passar pipeta e deixa o ejaculado entrar no útero por gravidade Eficiência reprodutiva em ovinos e caprinos Acasalador em dias curtos (inverno iniciado em maio): melatonina estimula liberação de gnRH Sistema de acasalamento Monta natural livre Lote único Fêmeas e mais de um reprodutor Paternidade desconhecida 1:50 (adulto > 24 meses) 1:25 (jovem 12-18 meses) Monta natural dirigida 1 reprodutor/lote de fêmeas Inseminação artificial com ou sem indução Necessário epidural, pinçar cérvix e inseminar ou por laparoscopia Controle do ciclo estral (induzir ciclicidade) Vantagens Maior eficiência reprodutiva: 3 partos em 2 anos Aumento na frequência de partos gemelares → para ovelhas é bom porque não costumam ter parto distócico 19 Produção na entressafra: fora da estação reprodutiva (fevereiro-julho) Técnicas Efeito macho PGF2alfa → em torno de 5 dias a fêmea dá cio se estiver próximo ao inverno pois precisa ter corpo lúteo Pressários vaginais ou implantes (P4) + eCG Tratamento com luz (barracão com 16h de luz por dia e de repente 6h apenas de luz) Tratamentocom luz + implante de melatonina (não é liberado pelo MAPA) Implante de melatonina (não é liberado pelo MAPA) 20
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