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Alguma poesia (1930) Carlos Drummond de Andrade ✗ Carlos Drummond De Andrade: Nasceu em Itabira, numa família patriarcal de fazendeiros. Pequeno foi estudar num colégio jesuíta em Belo Horizonte e depois em outro colégio da mesma ordem no Rio de Janeiro, de onde foi expulso por ¨insubordinação mental¨. ✗ Já casado muda-se para o Rio de Janeiro para trabalhar no ministério da Educação de Capanema. ✗ Morre pouco depois de sua única filha, Maria Julieta. ✗ O eu e o mundo na poesia de Drummon ✗ Eu maior que o mundo (1930-39)→ ✗ ¨Meu mundo vasto mundo/ mais vasto é meu coração¨ ✗ Eu contempla o mundo de longe, irônico e egocêntrico ✗ Eu menor que o mundo (1940-45)→ ✗ ¨Não, meu coração não é maior que o Mundo/ é muito menor¨ ✗ Eu sente o peso da enorme realidade (guerras, injustiças sociais, violências etc.) ✗ Eu igual ao mundo (1946-87)→ ✗ ¨O mundo é grande e pequeno¨ ✗ Eu se identifica com o mundo, como parte dele ✗ Como se fez Alguma poesia? ✗ Encontro com a caravana modernista em Minas Gerais 1924 ✗ Vasta correspondência com Mário de Andrade: ✗ 1) discutem ideais estéticos ✗ 2) reparos em poemas (abrasileirar Drummond) ✗ 1926: ¨Minha terra tem palmeiras¨ (referência a Gonçalves Dias) 1930: → Alguma poesia (dedicado a Mário) ✗ Sensível ao mundo, inteligente em relação ao que observa, tímido demais para expressar tudo com clareza ironia + humor → ✗ 1928: Revista de antropofagia - ¨Pedra no meio do caminho¨ ✗ O modernismo de Alguma poesia ✗ Ganho modernista: ✗ Superação do sentimento de inferioridade brasileira ✗ Manuel Bandeira (experiência pessoal) ✗ Mário de Andrade (pesquisa cultural) ✗ Oswald de Andrade (Antropofagia, Retratos pau-brasil) ✗ Drummond = poesia irônica e altamente crítica (pensa o mundo em todas as→ suas instâncias) ✗ Estilo: ✗ Verso livre ✗ Linguagem coloquial (representando o falar brasileiro) ✗ Humor ✗ Influência vanguardista + matéria local ✗ A invenção do gauche ✗ Observa o mundo com estranhamento = personagem gauche esquerdo, → torto, que não se adequa ao mundo ✗ distância irônica para poder zombar e pensar mundo que o rejeita → Quando nasci um anjo torto Desses que vive na sombra Disse: Vai, Carlos! Ser gauche na vida Não caber em lugar nenhum → ✗ Um sujeito sentimental ✗ Inadequação sentimental ✗ Zombaria do próprio sentimento, sem disfarçar a dor ✗ O amor é sempre impossível, sempre vai dar errado ✗ Construção mítica da infância ✗ Pai = herói, cavaleiro ✗ Retrato da paz familiar ✗ A leitura = fuga (A ilha de Robinson Crusoé) ✗ Resíduos da escravidão na vida familiar ✗ Vanguarda e o Humor ✗ Anedota búlgara ✗ Era uma vez um czar naturalista ✗ que caçava homens. ✗ Quando lhe disseram que também se caçam borboletas e andorinhas, ✗ ficou muito espantado ✗ e achou uma barbaridade ✗ Cota zero ✗ Stop. ✗ A vida parou ✗ ou foi o automóvel? ✗ -Relação entre a vida e a tecnologia *Chico Buarque: ¨Sinal fechado¨ O difícil amor ✗ Identidade nacional ✗ Procura pela identidade nacional, que não se encontra ✗ Desvalorização da Europa como centro de cultura ✗ Atenção para a Rússia, Ver. Rússia (1927) A cidade natal – a província Mesmice da vida na província Clima idílico e também vigilante ✗ Poema ¨O sobrevivente¨ ✗ Descontamento com o rumo sócio-político do mundo ✗ Excesso de técnica ✗ Morte da poesia x escrevi um poema
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