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FILOSOFIA----AVALIANDO APRENDIZAGEM 1-"Muitos não percebem tais coisas, todos os que as encontram, nem quando ensinados conhecem, mas a si próprios lhes parece que as conhecem e percebem." "Más testemunhas para os homens são os olhos e ouvidos, se almas bárbaras eles têm." A partir destes dois textos de Heráclito, pode-se afirmar que, para ele, as sensações, como as águas de um rio, são infalíveis e nos proporcionam nelas mesmas a apreensão do real. o conhecimento só é possível para quem entrega sua alma a deus. o conhecimento é proporcionado pelo ensino obtido pela atividade da alma, qualquer que esta seja. Certo as sensações por si só não são garantias de conhecimento. o conhecimento é obtido unicamente a partir da percepção sensível. Compare com a sua resposta: a) O aluno(a) deverá apresentar em sua resposta que a Filosofia é uma área do conhecimento humano que estuda a existência humana e o saber por meio de uma análise racional. b) O aluno(a) deverá apresentar em sua resposta que a Filosofia, em geral, possui três características: radical do latim radiz,ou seja, busca a origem dos objetos de investigação; rigorosa ou sistemática, ou seja, coerente na sua argumentação e é globalizante, totalizante ou interdisciplinar, investiga o ser humano na sua completude. 2-O homem sempre buscou explicações sobre os aspectos essenciais da realidade que o cerca e sobre sua própria existência. Na Grécia antiga, antes da filosofia surgir, essas explicações eram dadas pela mitologia e tinham, portanto, um forte caráter religioso. Historicamente, considera-se que a filosofia tem início com Tales de Mileto, em razão de ele ter afirmado que "a água é a origem e a matriz de todas as coisas". Nesse sentido, pode-se dizer que a frase de Tales tem caráter filosófico pelas seguintes razões: Porque narra uma lenda; porque narra essa lenda através de imagens e fabulação e porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: "tudo é movimento". Certo Porque enuncia algo sobre a origem das coisas; porque o faz sem imagem e fabulação e porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: "tudo é um". Porque destaca a importância da água para a vida; porque faz referência aos deuses como causa da realidade e, porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: "tudo é matéria". Porque enuncia algo sobre a origem das coisas; porque o faz recorrendo a deuses e à imaginação e, porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: "conhece-te a ti mesmo". Porque enuncia uma verdade revelada por Deus; porque o faz através da imaginação e, porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: "o homem é a medida de todas as coisas". 3-"Sócrates: Imaginemos que existam pessoas morando numa caverna. Pela entrada dessa caverna entra a luz vinda de uma fogueira situada sobre uma pequena elevação que existe na frente dela. Os seus habitantes estão lá dentro desde a infância, algemados por correntes nas pernas e no pescoço, de modo que não conseguem mover-se nem olhar para trás, e só podem ver o que ocorre à sua frente. (...) Naquela situação, você acha que os habitantes da caverna, a respeito de si mesmos e dos outros, consigam ver outra coisa além das sombras que o fogo projeta na parede ao fundo da caverna?". (PLATÃO. A República [adaptação de Marcelo Perine]. São Paulo: Editora Scipione, 2002. p. 83). Considere as afirmações abaixo e a seguir marque a alternativa que contenha as sentenças que estão corretas. I. No mito da caverna, Platão pretende descrever os primórdios da existência humana, relatando como eram a vida e a organização social dos homens no princípio de seu processo evolutivo, quando habitavam em cavernas. II. O mito da caverna faz referência ao contraste ser e parecer, isto é, realidade e aparência, que marca o pensamento filosófico de Platão. III. No mito da caverna, o prisioneiro que se liberta e contempla a realidade fora da caverna, devendo voltar à caverna para libertar seus companheiros, representa o filósofo que, na concepção platônica, conhecedor do Bem e da Verdade, é o mais apto a governar a cidade. IV. O mito da caverna simboliza o processo de emancipação espiritual que o exercício da filosofia é capaz de promover, libertando o indivíduo das sombras da ignorância e dos preconceitos. V. É uma característica essencial da filosofia de Platão a distinção entre mundo inteligível e mundo sensível; o primeiro ocupado pelas Idéias perfeitas, o segundo pelos objetos físicos, que participam daquelas Idéias ou são suas cópias imperfeitas. I, II e III. I, II e IV. II, III e IV. Certo II, III, IV, V I, III e IV. Compare com a sua resposta: Na obra de Platão, os homens aprisionados representam os indivíduos que, segundo Platão, julgam possuir conhecimento, mas que, na verdade, se encontram ¿aprisionados¿ pelo senso comum e apenas reproduzem ideias baseadas nas aparências ilusórias do real, sem ter acesso à realidade de fato. O prisioneiro que se liberta, por sua vez, representa o indivíduo que superou o estado de ignorância, podendo, portanto, apreender a realidade plena. Para Platão, esse indivíduo é o filósofo. 4- O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade. Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se chama equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles que pretenderam construir uma filosofia absolutamente positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que, simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento. MERLEAU-PONTY, M. Elogio da filosofia. Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado). O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza por ajustar a clareza do conhecimento ao inatismo das ideias. Certo conciliar o rigor da investigação à inquietude do questionamento. reunir os antagonismos das opiniões ao método dialético. associar a certeza do intelecto à imutabilidade da verdade. compatibilizar as estruturas do pensamento aos princípios fundamentais. Compare com a sua resposta: a) O aluno(a) deverá apresentar em sua resposta que a Filosofia é uma área do conhecimento humano que estuda a existência humana e o saber por meio de uma análise racional. b) O aluno(a) deverá apresentar em sua resposta que a Filosofia, em geral, possui três características: radical do latim radiz,ou seja, busca a origem dos objetos de investigação; rigorosa ou sistemática, ou seja, coerente na sua argumentação e é globalizante, totalizante ou interdisciplinar, investiga o ser humano na sua completude. 5- O silogismo, caracterizado pela utilização de proposições que consistem em premissas maiores e menores, e uma conclusão, pertence a um campo do conhecimento filosófico que investiga a demonstrabilidade do saber. Especificamente está a de falar da: Ética Epistemologia Certo Lógica Metafísica Estética Compare com a sua resposta: a) O aluno(a) deverá apresentar em sua resposta que a Filosofia é uma área do conhecimento humano que estuda a existência humana e o saber por meio de uma análise racional. b) O aluno(a) deverá apresentar em sua resposta que a Filosofia, em geral, possui três características: radical do latim radiz,ou seja, busca a origem dos objetos de investigação; rigorosa ou sistemática, ou seja, coerente na sua argumentação e é globalizante, totalizante ou interdisciplinar, investiga o ser humano na sua completude. CICLO 2 1 Questão Aristóteles, em Ética à Nicômaco, abordou diversas virtudes e seus extremos. De acordo com seus ensinamentos, a virtude é a disposição racional que um iondivíuo tem para escolher, em uma determinada situção, a conduta que evite o excesso ou a falta. Deste modo, conclui-se que Aristóteles via a justiça como: Certo Questão de meio-termo. Inclinação natural de todos os sereshumanos. Utilitária. Imperativo categórico Errado Justiça como equidade 2 Questão Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é desejado no interesse desse fim; evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem. Mas não terá o conhecimento, porventura, grande influência sobre essa vida? Se assim é, esforcemo-nos por determinar, ainda que em linhas gerais apenas, o que seja ele e de qual das ciências ou faculdades constitui o objeto. Ninguém duvidará de que o seu estudo pertença à arte mais prestigiosa e que mais verdadeiramente se pode chamar a arte mestra. Ora, a política mostra ser dessa natureza, pois é ela que determina quais as ciências que devem ser estudadas num Estado, quais são as que cada cidadão deve aprender, e até que ponto; e vemos que até as faculdades tidas em maior apreço, como a estratégia, a economia e a retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a política utiliza as demais ciências e, por outro lado, legisla sobre o que devemos e o que não devemos fazer, a finalidade dessa ciência deve abranger as das outras, de modo que essa finalidade será o bem humano. Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a organização da pólis pressupõe que a democracia protege as atividades políticas necessárias para o bem comum. o bem dos indivíduos consiste em cada um perseguir seus interesses. a educação visa formar a consciência de cada pessoa para agir corretamente. Certo a política é a ciência que precede todas as demais na organização da cidade. o sumo bem é dado pela fé de que os deuses são os portadores da verdade. Compare com a sua resposta: Na obra de Platão, os homens aprisionados representam os indivíduos que, segundo Platão, julgam possuir conhecimento, mas que, na verdade, se encontram ¿aprisionados¿ pelo senso comum e apenas reproduzem ideias baseadas nas aparências ilusórias do real, sem ter acesso à realidade de fato. O prisioneiro que se liberta, por sua vez, representa o indivíduo que superou o estado de ignorância, podendo, portanto, apreender a realidade plena. Para Platão, esse indivíduo é o filósofo. 3 Questão A definição de Aristóteles para enigma é totalmente desligada de qualquer fundo religioso: dizer coisas reais associando coisas impossíveis. Visto que, para Aristóteles, associar coisas impossíveis significa formular uma contradição, sua definição quer dizer que o enigma é uma contradição que designa algo real, em vez de não indicar nada, como é de regra. COLLI, G. O nascimento da filosofia. Campinas: Unicamp, 1996 (adaptado). Segundo o texto, Aristóteles inovou a forma de pensar sobre o enigma, ao argumentar que as coisas impossíveis são enigmáticas e devem ser explicadas em vista de sua origem religiosa a contradição enuncia coisas impossíveis e irreais, porque ela é desligada de seu fundo religioso Certo o enigma é uma contradição que diz algo de real e algo de impossível ao mesmo tempo. a contradição que caracteriza o enigma é desprovida de relevância filosófica os enigmas religiosos são contraditórios porque indicam algo religiosamente real 4 Questão Ninguém delibera sobre coisas que não podem ser de outro modo, nem sobre as que lhe é impossível fazer. Por conseguinte, como conhecimento científico envolve demonstração, mas não há demonstração de coisas cujos primeiros princípios são variáveis (pois todas elas poderiam ser diferentemente), e como é impossível deliberar sobre coisas que são por necessidade, a sabedoria prática não pode ser ciência, nem arte: nem ciência, porque aquilo que se pode fazer é capaz de ser diferentemente, nem arte, porque o agir e o produzir são duas espécies diferentes de coisa. Resta, pois, a alternativa de ser ela uma capacidade verdadeira e raciocinada de agir com respeito às coisas que são boas ou más para o homem. ARISTÓTELES.Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1980. Aristóteles considera a ética como pertencente ao campo do saber prático. Nesse sentido, ela difere-se dos outros saberes porque é caracterizada como Certo a conduta definida pela capacidade racional de escolha. política estabelecida de acordo com padrões democráticos de deliberação. conhecimento das coisas importantes para a vida do homem. capacidade de escolher de acordo com padrões científicos. técnica que tem como resultado a produção de boas ações. Compare com a sua resposta: Na obra de Platão, os homens aprisionados representam os indivíduos que, segundo Platão, julgam possuir conhecimento, mas que, na verdade, se encontram ¿aprisionados¿ pelo senso comum e apenas reproduzem ideias baseadas nas aparências ilusórias do real, sem ter acesso à realidade de fato. O prisioneiro que se liberta, por sua vez, representa o indivíduo que superou o estado de ignorância, podendo, portanto, apreender a realidade plena. Para Platão, esse indivíduo é o filósofo. 5 Questão Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais. Como, porém, muitas vezes a primeira não seja suficiente, é preciso recorrer à segunda. Ao príncipe torna-se necessário, porém, saber empregar convenientemente o animal e o homem. [...] Nas ações de todos os homens, máxime dos príncipes, onde não há tribunal para que recorrer, o que importa é o êxito bom ou mau. Procure, pois, um príncipe, vencer e conservar o Estado. Nicolau Maquiavel. O príncipe, 1983. O texto, escrito por volta de 1513, em pleno período do Renascimento italiano, orienta o governante a Certo comportar-se e tomar suas decisões conforme a circunstância política. agir de forma a sempre proteger e beneficiar os governados. defender a fé e honrar os valores morais e sagrados. valorizar e priorizar as ações armadas em detrimento do respeito às lei basear suas decisões na razão e nos princípios éticos. Compare com a sua resposta: O objeto das reflexões de Maquiavel é a realidade política pensada em termos de prática humana tendo por foco o fenômeno do poder formalizado na instituição do Estado. A busca pela ¿verdade efetiva das coisas¿ determinou o ponto de ruptura no pensamento maquiaveliano. Como tal, impõe-se como critério para pensar e regular as ações do príncipe e a ordem do Estado frente a uma realidade política marcada pelo conflito latente decorrente da correlação de forças (desejos e interesses antagônicos) que a move e que a submete, por suas contingências e incertezas, ao inexorável ciclo de estabilidade e caos. A questão é de como as iniciativas políticas podem se ajustar às circunstâncias que se apresentam. Não interessa especular para que serve ou qual o fim elevado da política. Tudo nela regula-se pela busca estratégica de estabilidade de modo a garantir a manutenção do poder e a ordem do Estado. Enfim, a ¿verdade efetiva das coisas¿ deve determinar o pensar a política e o agir político. A ação do príncipe deve ser movida de modo pragmático pela realidade dos fatos e não pelo ¿como deveria ser¿. É a necessidade diante das circunstâncias (transitórias e mutáveis) que deve reger a ação política do príncipe. Deste modo, Maquiavel, em sua obra, reivindica a autonomia da política, por sua radical imanência, e afirma sua racionalidade própria.