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Os_Principais_Filósofos_do_ENEM - Filosofia_no_ENEM

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OS PRINCIPAIS 
FILÓSOFOS DO 
ENEM
FILOSOFIA 
Prof. Felini
Sócrates (470 a.C. – 399 a.C.)
• As investigações cosmológicas 
deram lugar as investigações 
antropológicas.
Maiêutica: Parto das Ideias
• O filósofo não cria a verdade, 
mas a ajuda aparecer.
• Dialética Socrática.
• “Só sei que nada sei.”
• Em consequência, o seu método de filosofar de Sócrates ficou conhecido pelo nome de maiêutica, que
pode ser traduzido do grego como “parteira”. Assim, o filósofo ficou conhecido como “parteiro” das
ideias, por dar luz a elas. Não se sabe ao certo qual a foi a sua profissão, o que se sabe é que Sócrates
chegou a servir o exército de Atenas em várias batalhas, além de ter aprendido a profissão do pai. A
morte de Sócrates, em 399 a.C., foi resultado de um julgamento no qual foi condenado a morrer
envenenado. Este caso foi relatado em detalhes no diálogo Apologia de Sócrates, escrito pelo seu
discípulo Platão. Escrever em diálogos, foi a forma que Platão transmitiu as ideias do seu mestre
Sócrates. Os diálogos condiziam perfeitamente com o método da maiêutica, onde através de uma série
de perguntas e questionamentos Sócrates levava seu interlocutor a concluir que de fato nada sabia.
Por esse motivo uma das frases mais famosas atribuídas a Sócrates é a seguinte:
“SÓ SEI QUE NADA SEI”
Maiêutica: Parto das Ideias
Sofistas
• Exerciam uma prática de ensino 
itinerante e remunerada.
• Eram acusados de não tem 
compromisso com a verdade.
• Utilizavam a retórica. 
• “O homem é a medida de todas as 
coisas” (Protágoras de Abdera)
EXERCÍCIO
(Enem 2017) Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça; leva a refletir
sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que encontrarão junto 
dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. E 
sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação.
BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na 
a) contemplação da tradição mítica. 
b) sustentação do método dialético. 
c) relativização do saber verdadeiro. 
d) valorização da argumentação retórica. 
e) investigação dos fundamentos da natureza. 
EXERCÍCIO
(Enem 2017) Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça; leva a refletir
sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que encontrarão junto 
dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. E 
sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação.
BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na 
a) contemplação da tradição mítica. 
b) sustentação do método dialético.
c) relativização do saber verdadeiro. 
d) valorização da argumentação retórica. 
e) investigação dos fundamentos da natureza. 
EXERCÍCIO
Resolução:
O método socrático também é conhecido como método dialético. Ao fazer perguntas a seu interlocutor,
Sócrates pretendia que ele atingisse um estado de aporia e, assim, gerasse suas próprias ideias das coisas.
Platão (428 a.C.-347 a.C.)
Alegoria da Caverna
Platão (428 a.C.-347 a.C.)
Segundo Platão, o mundo no qual vivemos é a caverna. E estamos presos a ele. Isso nos impede de
compreendermos que tudo o que vemos e experimentamos com nossos sentidos, e daí vai o conceito
mundo sensível, são na verdade sombras de um mundo real que pode ser atingido pelo pensamento, daí o
conceito de mundo inteligível, que também é conhecido como mundo das ideias. A partir disso, Platão
formulou uma regra geral para diferenciar o verdadeiro conhecimento daquele que era falso. Isso ficou
conhecido como Doxa (opinião) e Episteme (ciência). A doxa era como as sombras da caverna e, portanto,
era um tipo de conhecimento imperfeito. Já a episteme era o verdadeiro conhecimento, que podemos
chamar também de ciência. Ainda de acordo com Platão, a alma humana traria impressa esse conhecimento
a respeito do mundo das ideias. Seguindo esse raciocínio, o processo de conhecimento seria na realidade um
processo de re-conhecer, ou recuperar a verdade. Esse processo é conhecido na filosofia como
reminiscência ou anamnese.
Alegoria da Caverna
Sócrates diz a Glauco para imaginar uma espécie de caverna subterrânea na qual os homens sempre viveram como
prisioneiros. Esta caverna tem uma parede onde os prisioneiros são acorrentados pelos braços, para que só possam ver o
que acontece na parede paralela. Atrás dos presos, há uma chama acesa por onde passam as pessoas, gesticulando e
movendo objetos para que projetem suas sombras na parede para que os presos vejam. Eles também falam e gritam,
criando ecos que os prisioneiros podem ouvir. Sombras e ecos são projeções distorcidas de imagens e sons reais. Por terem
vivido lá toda a vida, acorrentados, tudo o que os prisioneiros sabem sobre o mundo é o que eles viveram. Prosseguindo,
Sócrates diz a Glauco para imaginar que um dia um prisioneiro foi libertado. Ele saiu da caverna, teve um primeiro contato
com a luz do sol que embaçou sua visão e lhe causou grande desconforto. Porém, depois de se acostumar com a luz, ele foi
capaz de observar toda a natureza e todo o vasto mundo fora da caverna, muito maior do que ele pensava que existia
quando era um prisioneiro. Num primeiro impulso, o prisioneiro libertado poderia tentar retornar à caverna e libertar seus
companheiros. Imaginando as possibilidades, ele poderia até ser morto por seus companheiros, que pensaram que ele era
louco. Platão usa essa metáfora para explicar a hierarquia do conhecimento e como essa hierarquia se relaciona com a
política da cidade.
Ideias Inatas
O caminho para o conhecimento não 
era adquirir algo novo, mas recuperar 
em si a verdade impressa na alma. A 
isso denominamos teoria da 
reminiscência de Platão. Conhecer 
não é propriamente conhecer, mas 
re-conhecer, recuperar a verdade. 
Pólis Ideal
Produtores
Guerreiros
Filósofos
EXERCÍCIO
(Enem PPL 2020) Se os filósofos não forem reis nas cidades ou se os que hoje são chamados reis e soberanos não 
forem filósofos genuínos e capazes e se, numa mesma pessoa, não coincidirem poder político e filosofia e não for 
barrada agora, sob coerção, a caminhada das diversas naturezas que, em separado buscam uma dessas duas metas, 
não é possível, caro Glaucon, que haja para as cidades uma trégua de males e, penso, nem para o gênero humano.
PLATÃO. A República. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
A tese apresentada pressupõe a necessidade do conhecimento verdadeiro para a 
a) superação de entraves dialógicos. 
b) organização de uma sociedade justa. 
c) formação de um saber enciclopédico. 
d) promoção da igualdade dos cidadãos. 
e) consolidação de uma democracia direta
EXERCÍCIO
(Enem PPL 2020) Se os filósofos não forem reis nas cidades ou se os que hoje são chamados reis e soberanos não 
forem filósofos genuínos e capazes e se, numa mesma pessoa, não coincidirem poder político e filosofia e não for 
barrada agora, sob coerção, a caminhada das diversas naturezas que, em separado buscam uma dessas duas metas, 
não é possível, caro Glaucon, que haja para as cidades uma trégua de males e, penso, nem para o gênero humano.
PLATÃO. A República. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
A tese apresentada pressupõe a necessidade do conhecimento verdadeiro para a 
a) superação de entraves dialógicos. 
b) organização de uma sociedade justa.
c) formação de um saber enciclopédico. 
d) promoção da igualdade dos cidadãos. 
e) consolidação de uma democracia direta
EXERCÍCIO
RESOLUÇÃO:
Do texto fica claro que, no pensamento político de Platão, a sabedoriados filósofos é essencialmente necessária para o
desenvolvimento de uma vida coletiva boa e justa. Nesse sentido, os valores morais, como justiça, ética e bondade, são o
objetivo da atividade política, e só podem existir verdadeiramente no homem que tem o conhecimento de um filósofo,
portanto os governantes também devem ser filósofos, e só então é a organização de uma sociedade justa é viável.
Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.)
Características compartilhadas que 
tornam as coisas aquilo que elas são. 
Ética e Política Aristotélica
Aristóteles defendia a 
possibilidade de adquirir a 
virtude por meio do hábito, ou 
seja, da prática repetida e 
constante de ações virtuosas. 
Justo Meio Aristotélico
• Esse meio-termo, também 
conhecido como mediania, 
justo meio ou justa medida, 
correspondia a um modo de 
agir marcado pelo equilíbrio 
e pela moderação.
Vícios 
Excessos Virtude
Vícios 
Faltas
Eudaimonia
Eudaimonia
• Assim como Platão, Aristóteles reconhecia a importância da virtude e que ela poderia ser adquirida pelas pessoas.
Mas diferente do seu mestre, Aristóteles dizia que a prática constante de ações virtuosas faria com que o autor das
ações adquirisse essas mesmas virtudes. Mas como saber se um ato era virtuoso ou não? Aristóteles reconhecia que
o problema estava nos excessos e nas faltas. Por isso, ele dizia que a virtude estava no equilíbrio, no meio termo, na
chamada mediania. Não obstante, o que caracteriza a Ética aristotélica acima de tudo, é a sua ênfase na busca do
Sumo Bem, também chamado de felicidade. Sim, Aristóteles dizia que todos os seres humanos agiam em função da
busca da felicidade. Isto fica explícito em sua obra “Ética a Nicômaco”, onde ele desenvolve a sua filosofia ética. E a
esta busca pela felicidade, o filósofo deu o nome de eudaimonía (literalmente, o estado de ser habitado por um bom
gênio). Mas como atingir essa felicidade? Aristóteles não deixou nada sem resposta. Segundo ele, essa felicidade
suprema seria fruto de uma conduta moral elevada baseada na moderação, no meio-termo. E como foi dito antes, o
filósofo dizia que esta virtude poderia ser praticada, da mesma forma que fazemos com exercícios físicos. Mas neste
caso Aristóteles se referia ao exercício do intelecto, ou, segundo suas próprias palavras, a vida contemplativa.
Animal Político
É evidente, pois, que a cidade faz parte das 
coisas da natureza, que o homem é 
naturalmente um animal político, destinado a 
viver em sociedade, e que aquele que, por 
instinto, e não porque qualquer circunstância 
o inibe, deixa de fazer parte de uma cidade, é 
um ser vil ou superior ao homem [...]. 
(ARISTÓTELES, Política. RJ: Ediouro, 1997).
EXERCÍCIO
(Enem PPL 2019) Vimos que o homem sem lei é injusto e o respeitador da lei é justo; evidentemente todos os atos 
legítimos são, em certo sentido, atos justos, porque os atos prescritos pela arte do legislador são legítimos e cada um 
deles é justo. Ora, nas disposições que tomam sobre todos os assuntos, as leis têm em mira a vantagem comum, 
quer de todos, quer dos melhores ou daqueles que detêm o poder ou algo desse gênero; de modo que, em certo 
sentido, chamamos justos aqueles atos que tendem a produzir e a preservar, para a sociedade política, a felicidade e 
os elementos que a compõem.
ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010 (adaptado).
De acordo com o texto de Aristóteles, o legislador deve agir conforme a
a) Moral e a vida privada. 
b) Virtude e os interesses públicos. 
c) Utilidade e os critérios pragmáticos. 
d) Lógica e os princípios metafísicos. 
e) Razão e as verdades transcendentes. 
EXERCÍCIO
(Enem PPL 2019) Vimos que o homem sem lei é injusto e o respeitador da lei é justo; evidentemente todos os atos 
legítimos são, em certo sentido, atos justos, porque os atos prescritos pela arte do legislador são legítimos e cada um 
deles é justo. Ora, nas disposições que tomam sobre todos os assuntos, as leis têm em mira a vantagem comum, 
quer de todos, quer dos melhores ou daqueles que detêm o poder ou algo desse gênero; de modo que, em certo 
sentido, chamamos justos aqueles atos que tendem a produzir e a preservar, para a sociedade política, a felicidade e 
os elementos que a compõem.
ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010 (adaptado).
De acordo com o texto de Aristóteles, o legislador deve agir conforme a
a) Moral e a vida privada. 
b) Virtude e os interesses públicos.
c) Utilidade e os critérios pragmáticos. 
d) Lógica e os princípios metafísicos. 
e) Razão e as verdades transcendentes. 
EXERCÍCIO
RESOLUÇÃO: 
Segundo Aristóteles, o legislador deve agir de acordo com o bem comum, perseguindo assim o exercício da 
virtude.
René Descartes (1596-1650)
“Penso, logo 
existo”
“Eu sou, eu 
existo”
Dúvida Hiperbólica
Dúvida Hiperbólica
• O objetivo pessoal de Descartes era de buscar um conhecimento que não fosse encontrado em nenhum
outro lugar além dele mesmo. Este radicalismo cartesiano (ou seja, de Descartes) é o que chamamos de
dúvida metódica, ou ainda, dúvida hiperbólica. Portanto, dizemos em filosofia que Descartes foi o primeiro
racionalista moderno, devido à sua grande ênfase na razão como fonte do conhecimento. É dele a famosa
frase “Penso, logo existo”. Ela revela a sua crença de que a única coisa da qual ele poderia ter certeza da
existência era o seu próprio pensamento. Curiosamente, Descartes atinge essa proposição após chegar à
conclusão de que não se pode confiar nos sentidos devido à atuação de um Deus enganador ou Gênio
maligno cuja função seria confundir os seres humanos. Desta forma, a única certeza que ele poderia ter era
de que seu próprio pensamento reflexivo era real. Não obstante, Descartes chega a provar a existência de
Deus através do argumento circular. De acordo com ele, a ideia de perfeição e de infinito só é possível pela
existência de um ser perfeito e infinito, autor de si mesmo e de todas as coisas. Este ser foi identificado como
Deus, também chamado de substância infinita.
EXERCÍCIO
(Enem 2014) É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo 
o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela 
própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma 
dúvida.
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).
Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida radical da filosofia cartesiana tem caráter positivo por 
contribuir para o(a) 
a) dissolução do saber científico. 
b) recuperação dos antigos juízos. 
c) exaltação do pensamento clássico. 
d) surgimento do conhecimento inabalável. 
e) fortalecimento dos preconceitos religiosos. 
EXERCÍCIO
(Enem 2014) É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo 
o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela 
própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma 
dúvida.
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).
Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida radical da filosofia cartesiana tem caráter positivo por 
contribuir para o(a) 
a) dissolução do saber científico. 
b) recuperação dos antigos juízos. 
c) exaltação do pensamento clássico. 
d) surgimento do conhecimento inabalável.
e) fortalecimento dos preconceitos religiosos. 
EXERCÍCIO
RESOLUÇÃO: 
A dúvida radical leva o pensador à conclusão que ele pensa, o cogito. Este é, para Descartes, o conhecimento 
inabalável, o início de todas as certezas. Portanto, apenas a alternativa [D] está correta.
John Locke e a Tábula Rasa (1632-1704)
Os racionalistas acreditam que nascemos com 
algumas ideias e conceitos: os que são “inatos”.
Mas isso não é confirmadopelo fato...
... de que não há ideias 
universais encontradas 
em pessoas de todas as 
culturas em todos os 
tempos.
... de que não há 
verdades 
encontradas em 
todos nós no 
nascimento.
Tudo o que sabemos é 
adquirido a partir da 
experiência
David Hume (1711-1776)
PERCEPÇÕES
IMPRESSÕES IDEIAS
Segundo Hume, as ideias eram meras cópias mentais das impressões.
Estas, por sua vez, eram originárias dos nossos sentidos, tanto internos
(pensamentos) quanto externos (olfato, audição etc.). Isto difere da
perspectiva de Locke, que via na mente um papel ativo na produção de
reflexões a partir dos dados dos sentidos.
EXERCÍCIO
(ENEM 2012)
TEXTO I
Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em
quem já nos enganou uma vez.
DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
TEXTO II
Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum
significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível
atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado).
EXERCÍCIO
Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. 
A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume
a) defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento 
legítimo.
b) entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão 
filosófica e crítica.
c) são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento.
d) concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos 
sentidos.
e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do 
conhecimento.
EXERCÍCIO
Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. 
A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume
a) defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento 
legítimo.
b) entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão 
filosófica e crítica.
c) são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento.
d) concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos 
sentidos.
e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do 
conhecimento.
EXERCÍCIO
RESOLUÇÃO: 
David Hume (1711-1776), influenciado pela filosofia de John Locke (1632-1704), parte de uma noção da mente
humana segundo a qual o homem não possui ideias inatas, porém todas elas provêm da experiência sensível para
compor o conhecimento. Sendo assim, o homem conhece a partir das impressões e das ideias que concebe a partir da
experiência. De experiências habituais ele constrói conhecimentos baseados em matérias de fato e relações entre
ideias. Os conhecimentos sobre matérias de fato são empíricos, portanto, apenas mais ou menos prováveis, já os
conhecimentos sobre relações de ideias são puros, portanto, sempre certos sem, todavia, se referir a qualquer
realidade sensível. David Hume (1711-1776), influenciado pela filosofia de John Locke (1632-1704), parte de uma
noção da mente humana segundo a qual o homem não possui ideias inatas, mas todas partem da experiência sensível
para compor o conhecimento. Assim, o homem conhece as impressões e idéias que concebe por experiência. A partir
de experiências comuns, você constrói conhecimento factual e relacionamentos entre ideias. O conhecimento das
coisas é, de facto, empírico, portanto apenas mais ou menos provável, ao passo que o conhecimento das relações das
ideias é puro, portanto sempre verdadeiro, sem no entanto referir-se a qualquer realidade sensível.
Immanuel Kant (1724-1804)
• Juízo Analítico: aqueles que explicitam os predicados implícitos no sujeito. 
Ex: O todo é maior do que a parte. 
• Juízo Sintético: aqueles que acrescentam um predicado a um sujeito. Ex: A 
caneta é azul. 
• A priori e a posteriori.
• Juízos sintéticos a priori: Conhecimento sensorial + Entendimento.
Criticismo
O conhecimento não 
procede integralmente 
da experiência, 
tampouco encontra-se 
pronto na mente 
humana: os objetos do 
modo como os 
conhecemos, são 
produzidos na 
conjunção da 
experiência com as leis 
da razão. 
Ética de Kant
Age de modo que 
a tua ação possa 
se tornar uma lei 
universal. 
(Kant)
EXERCÍCIO
(Enem 2017) Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que 
não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em 
prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para 
perguntar a si mesma: não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que 
se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo 
emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá.
KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
De acordo com a moral kantiana, a “falsa promessa de pagamento” representada no texto
a) Assegura que a ação seja aceita por todos a partir da livre discussão participativa. 
b) Garante que os efeitos das ações não destruam a possibilidade da vida futura na terra. 
c) Opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma universal. 
d) Materializa-se no entendimento de que os fins da ação podem justificar os meios. 
e) Permite que a ação individual produza a mais ampla felicidade para a pessoas envolvidas. 
EXERCÍCIO
(Enem 2017) Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que 
não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em 
prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para 
perguntar a si mesma: não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que 
se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo 
emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá.
KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
De acordo com a moral kantiana, a “falsa promessa de pagamento” representada no texto
a) Assegura que a ação seja aceita por todos a partir da livre discussão participativa. 
b) Garante que os efeitos das ações não destruam a possibilidade da vida futura na terra. 
c) Opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma universal.
d) Materializa-se no entendimento de que os fins da ação podem justificar os meios. 
e) Permite que a ação individual produza a mais ampla felicidade para a pessoas envolvidas. 
EXERCÍCIO
RESOLUÇÃO:
De acordo com a ética kantiana, o indivíduo deve ser guiado pelo imperativo categórico, segundo o qual ele
deve agir de forma que sua ação possa ser universalizada para todos os indivíduos. O ato de fazer uma falsa
promessa de pagamento vai de encontro a esse imperativo, pois, se universalizado, criaria uma situação de
total instabilidade e desconfiança.

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