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PROTEÍNAS SÉRICAS

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PROTEÍNAS SÉRICAS
De onde vem e como aferir, tem duas principais fontes produtoras das proteínas que vão estar no nosso soro, a principal fonte é o fígado, ele que vai produzir a maior quantidade de proteínas que a gente vai conseguir identificar no soro do paciente e a segunda maior fonte seria o nosso sistema imunológico que vai produzir as imunoglobulinas que também representam boa das proteínas que temos no nosso soro, a terceira parte seria os hormônios. Como ocorre essa produção? Como falei a maioria é produzida pelo fígado, pelo hepatócito, entre os hepatócitos tem um espaço chamado de espaço de Disse, que vão se fundir e vão desembocar em uma estrutura chamada de sinusóide hepático e desses sinusóides hepáticos as proteínas que foram produzidas no fígado vão desembocar no sangue. Como falei para vocês a gente vai ter no soro imunoglobulinas que é a segunda maior parte das proteínas que a gente tem no soro, os hormônios e as proteínas e metabólitos secundários originados do próprio processo metabólico do nosso organismo. Como que ocorre essa troca? Entre a proteína plasmática e o espaço intersticial, vai ter duas forças que vai manter esse equilíbrio que é a força eletrostática e a pressão oncótica que vai manter o conteúdo entre o espaço intersticial e aquilo que está dentro do vaso e essa comunicação ela pode acontecer via difusão passiva que são entre as células do endotélio vascular que comunicam o que está dentro do vaso e o espaço intersticial e também pode acontecer por transporte ativo. E como vamos medir essas proteínas? Primeiro temos que ter em mente que existem 3 tipos de métodos para medir uma determinada proteína, tem os métodos qualitativos, os métodos que são semi-qualitativos e os métodos que são quantitativos, o método qualitativo é aquele método que dá para você aquela resposta do tipo sim ou não, então por exemplo a gente sabe pode utilizar o reativo que chama de reativo biureto que é um reativo que tem cobre em sua composição para identificar soluções que contém proteína, então vamos supor quando o paciente tem uma diabetes descontrolada, além de ter glicosúria ele também vai ter proteinúria, então se colocar o reativo de biureto na urina de um determinado paciente e aquele reativo quer aquela coloração azulada significa que ali naquela amostra de urina o paciente tem proteinúria, então essa é a resposta do tipo sim ou não. Clinicamente essa resposta sim ou não ela é pouco utilizada. Depois das qualitativas tem os métodos semi-qualitativos, dentro dos métodos semi-qualitativos a gente tem a eletroforese de proteínas séricas, então na eletroforese de proteínas séricas, depois de que você corre o gel, colore o gel e ver aquele padrão de bandas, você pode escanear aquele padrão de bandas e converter em pixels e esses pixels vão me dar um gráfico, então na verdade você está semi-quatificando, você está tentando quantificar algo que partiu de uma técnica que é qualitativa, e você também tem o método quantitativo, que pode ser por exemplo imunométrico ou não imunométrico, entre os métodos não imunométricos por exemplo a gente tem o próprio reativo de biureto, você pode utilizar o reativo de biureto tanto para avaliar a concentração de proteínas totais na urina quanto no soro, por exemplo e para você quantificar você só vai precisar de um padrão que você saiba a concentração de proteína que tem nesse padrão e você vai ler a absorbância e vai fazer a regra de três para saber quanto de proteína tem ali, outra estratégia que você pode fazer também é apenas ler a absorbância no infravermelho a 280 nm que você também vai ter uma ideia da concentração de proteínas totais que tem naquela amostra, mas na prática clínica o mais utilizado é o reativo de biureto que ele tem uma especificidade muito boa a gente consegue quantificar e é extremamente barato, então nessa técnica seria uma técnica quantitativa não imunométrica, mas quando a gente quer avaliar pequenas trocas e a gente quer saber especificamente o que é que está acontecendo em uma determinada proteína ai não tem como fugir, tem que ir para as técnicas imunométricas já que o anticorpos vai me dizer exatamente o que foi que aconteceu naquela proteína, então tem o exemplo clássico de uma doença que é a anemia falciforme que há troca de apenas um dos aminoácidos a gente tem consequências clínicas bem impactantes na vida desses pacientes e para essas técnicas imunométricas existem várias maneiras de quantificar, tem o ELISA, Imunoeletroforese, Western blot, várias outras técnicas, mas as mais utilizadas no laboratório clínico são as técnicas que a gente chama de turbidimetria e nefelometria todos baseadas no princípio da absorbância mas a organização dos detectores são um pouco diferentes entre essas técnicas. O que acontece na turbidimetria? Você tem uma fonte de luz que vai atravessar sua amostra e depois que vai atravessar a sua amostra vai ter um detector, o princípio é que quanto mais complexo antígeno-anticorpo tiver naquela amostra mais turvo será o meio, então mais do analito que você quer dosar tem naquela amostra, isso é a turbidimetria. Na nefelometria a principal diferença é a posição dos detectores, na nefelometria você tem um detector após a amostra, um detector acima de amostra e um detector abaixo da amostra, porque esse princípio na verdade que utiliza a nefelometria é o princípio da refração, quanto mais antígeno e anticorpo você tiver vai refratar a luz aquele complexo antígeno-anticorpo vai fazer e ai os diversos detectores que estão ao redor da amostra vão detectar essa refração da luz e você vai conseguir quantificar o analito que você tem na sua amostra. (ENTÃO DESSA PRIMEIRA PARTE QUERO QUE VOCÊS GRAVEM QUE TEMOS ESSAS TRÊS DIFERNETES TÉCNICAS PARA MEDIR, QUALITATIVA, QUANTITATIVA E SEMI-QUANTITATIVA E QUANDO VAI PARA A QUANTITATIVA TEM AS TÉCNICAS IMUNOMÉTRICAS E NÃO IMUNOMÉTRICAS) 
Na eletroforese temos uma matriz de gel normalmente é um gel de poliacrilamida quando quer analisar proteínas e um gel de agarose quando quer analisar ácido nucleico, mas podem existir várias outras matrizes como por exemplo a membrana de acetato de celulose, mas qual é o princípio? Você coloca o concentrado de proteínas que você quer separar, você coloca um determinado campo eletromagnético sobre essas proteínas e essas proteínas vão migrar de acordo com a carga e com o tamanho dela, quanto menor a proteína mais rápido ele vai migrar, quanto maior a proteína mais devagar ela vai migrar, normalmente as migrações eletroforéticas elas saem do polo negativo e vão para o polo positivo, o que significa dizer que as proteínas que tem cargas negativas elas migram mais rápido do que as proteínas que tem carga positiva. Temos dois grandes componentes no nosso soro, que representa a maior parte das proteínas plasmáticas que estão no nosso soro que é a albumina que é a maior fração que varia em torno de 40-80% de todas as proteínas que estão no nosso soro e as imunoglobulinas ou globinas, as imunoglobulinas divide elas em três de acordo com a migração eletroforética, então tem a banda alfa, banda beta e a banda gama, até agora com o que estamos falando é uma eletroforese simples, a eletroforese simples é um método qualitativo, mas pode transformar nossa eletroforese em uma técnica semi-quantitativa, uma das maneiras para deixar ela semi-quantitativa seria por exemplo fazer uma imunoeletroforese, na imunoeletroforese depois que a gente corre as proteínas abre uma canaleta no gel que correu essas proteínas e dentro desse espaço que abriu no gel, a gente vai e coloca uma solução com os anticorpos que quer detectar uma determinada proteína e se tiver um antígeno que aquele anticorpo detecta na presença do soro ela vai formar uma estrutura que chama de linhas de precipitação e a outra estratégia que pode fazer também é simplesmente escanear e transformar isso em um gráfico, então aqui no canto esquerdo vocês estão vendo essa eletroforese que está corada com coomassie blue, aqui a gente tem no polo negativo nessas linhas transparentes normalmenteé onde aplica a amostra, ela migrou até o polo positivo e olhando as bandas a gente já consegue ver a albumina ela é pequena e ela é carregada negativamente, então ela corre primeiro, ela chegou primeiro ao fim da corrida e a gente ver a banda dela é a maior banda o que reflete a quantidade de albumina que tem no soro, então depois da albumina a gente tem a banda alfa 1, alfa 2, a beta e a gama, essa gama está com * porque esse paciente tem uma condição patológica que vamos discutir um pouco mais a frente. 
Depois que correu a eletroforese você coloca no scaner e você consegue formar um gráfico em pixels que ajuda a semi-quantificar a eletroforese que você acabou de correr. Por que a vantagem e por que a gente fazer? A gente pode se perguntar, num é melhor correr logo direto para as técnicas que são quantificáveis para já ter um número exato, mas tem algumas patologias que os métodos semi-quantitativo que são bem mais importantes do que os métodos quantitativos propriamente ditos e vamos conversar um pouco sobre isso. Então na verdade a vantagem e a desvantagem da eletroforese é a mesma coisa porque ela é uma estimativa semiquantitativa de grupos de proteínas, então se você não colocar um anticorpo na jogada, vai ser um sistema qualitativo que você vai escanear depois e vai virar um sistema semi-quantitativo, então a limitação é, se você quiser ver algo mais especifico tem que jogar um anticorpo na jogada e a vantagem é porque você consegue analisar grupos de proteína juntas e que isso é bem importante para alguns determinados tipos de patologia, então diferente do que faz em experimentação de laboratório utilizando gel de acrilamida ou de agarose, normalmente a eletroforese de soro é feita em fita de acetato de celulose que parece uma membrana branca, então você aplica o soro do paciente nessa membrana, aplica o diferencial de potencial elétrico usando tampões e depois você vai corar aquela membrana, tem dois tipos de corante que pode utilizar o coomassie blue que ele é mais forte e ele impregna no acetato de celulose ou você também pode escolher o ponceau red que ele é vermelhinho, o ponceau é mais fácil de remover da membrana e corar novamente, então dependendo do que você quer pode utilizar ou um ou outro. Depois que você tem o resultado você vai no densitometro e ler e transforma as bandas eletroforéticas em picos de gráficos. Então essa avaliação semi-quantitativa por eletroforese ela é muito importante para avaliar as gamopatias monoclonais que são tipos de neoplasias que produzem imunoglobulinas, também cirrose porque a maioria das proteínas vem do fígado, então se tenho um problema hepático isso vai refletir nos meus níveis totais de proteína, então o paciente com cirrose não vai ter a mesma quantidade de proteínas séricas do que um paciente que tem um fígado sã, e a síndrome nefrótica porque vai acontecer um desequilíbrio daquilo que é produzido pelo fígado e o que vai ser eliminado pelo rim ou então ficar retido em terceiros espaços como edemas. Qual o valor de referência daquelas bandas? Então, normalmente a fração albumina que é a primeira na migração corresponde 52-85% de todas as proteínas séricas, a fração alfa 1 representa de 2,4-4,4% dessas proteínas, ela é a fração que é mais clarinha porque percentualmente ela representa o menor quantitativo, mas existem três representantes da fração alfa 1 que a gente precisa olhar um pouco mais perto que é alfa1 antitripsina, a alfa 1 glicoproteína ácida, e alfafetoproteína, a alfafetoproteína não vamos olhar ela muito hoje porque vai conversar sobre ela nas aulas de marcador tumoral, a segunda fração de acordo com a migração é a fração alfa 2 que representa de 6,1-10,1% das proteínas sorológicas e tem três representantes que a gente precisar dar uma olhada melhor que é a haptoglobina, a ceruloplasmina e alfa-macroglobulina, a fração beta ela representa de 8,5-14,5% das proteínas séricas e os representantes principais são Transferrina e as proteínas do complemento C3 e C4, e a fração gama a gente tem de 10-21%, então normalmente é a segunda banda mais forte na eletroforese e a gente tem os principais representantes dessa banda IGG, IGM, IGA e a proteína C reativa, a proteína C reativa vai ser um marcador inflamatório inespecífico muito importante, se a gente for quantificar, então a proteína total ela representa a faixa dela é de 6-8 g/dL a albumina de 3,5-5,5 g/dL e a globulina de 2,0-3,6 g/dL. Normalmente quando o médico vai avaliar uma função hepática mais aprofundado ele pode pedir o hepatograma, e no hepatograma além de TGO e TGP e GGT ele também inclui albumina e proteína total que é um bom reflexo da saúde hepática. 
Vocês vão ver que muitos livros adicionam algumas frações a mais, mas você não precisam deter a essas frações porque para a prática clínica o que importa são as frações que discutimos. Se vocês observarem nesse gráfico existe aqui uma fração que a gente chama de pré albumina, algumas proteínas estão nessa fração pré-albumina como a transtirretina e a proteína ligadora do retinol, sendo que essas proteínas elas não são expressas em quantidades suficientes para formar uma banda na eletroforese, então não consegue enxergar elas enquanto banda na eletroforese. Depois a gente tem a nossa fração albumina que temos esse pico bem delimitado alfa1 que é tem em menor quantidade por isso que a banda dela é a menorzinha, alfa 2, beta e gama. A beta em alguns livros dividem em beta 1 e beta 2, mas qualitativamente é muito difícil da gente avaliar e gama 1 e gama 2 também é muito difícil da gente avaliar, então fica como gama. Observem que a fração gama é mais espalhada do que as demais frações isso reflete o número de diferentes células que podem produzir as proteínas que estão dentro dessa fração gama. 
As duas mais importantes pelo menos em termos quantitativos é a albumina, a albumina é a menor proteínas que a gente tem no nosso plasma, é a que a gente tem em maior quantidade e ela é extremamente utilizada no transporte de substâncias que são hidrofóbicas, então alguns hormônios, ácidos graxos livres, alguns medicamentos, eles se ligam a albumina vão pegar uma carona com a albumina até o seu local de ação e as proteínas e os ligantes quando eles estão ligados a albumina estão inativas, quando eles são liberados da albumina eles conseguem exercer sua atividade biológica, a albumina é responsável pela pressão oncótica do plasma, ou seja, ela é contra a pressão hidrostática ela mantém um equilíbrio entre aquilo que está dentro do vaso e aquilo que está fora do vaso no liquido intersticial e ela é produzida no fígado.
Já as imunoglobulinas elas tem funções bem variadas, depende do tipo que ela é, ela é produzida me vários tecidos, existe uma razão que a gente avalia que é chamada de razão A/G, ou seja, uma razão albumina/ globulina, existe um desequilíbrio entre essa relação albumina/globulina em alguns casos, sempre essa razão albumina/globulina em condições fisiológicas ela é maior que 1, ou seja, a gente sempre tem mais albumina do que globulina, mas essa razão pode diminuir em alguns casos como por exemplo em um indivíduo que tem uma cirrose hepática avançada que ele vai produzir menos albumina, então as globulinas vão ficar mais evidentes, isso também pode acontecer quando o paciente tem gamopatia monoclonal que é quando ele tem uma neoplasia nas células produtoras de anticorpo, então ele vai começar a produzir muita globulina, então essa razão albumina globulina também vai diminuir. E essa razão de albumina/globulina ela só aumenta quando o indivíduo tem alguma doença da maioria é um erro inato que faz com que essa pessoa não produza a quantidade adequada de globulinas que ela devia produzir. 
A albumina é uma grande transportadora, é produzida pelo fígado, a maior parte do que está no soro, responsável pela pressão oncótica, transporta tudo aquilo que é hidrofóbico que não tem condições de ser transportado livre, funcionando como reservatório, então por exemplo T3 e T4, cálcio, cortisol, aldosterona, os medicamentos elesutilizam a albumina como transporte quando ele chega no tecido alvo, a albumina é catabolizado a aminoácido e fica livre para realizar suas funções. Toda vez que estamos fazendo um teste clínico para desenvolver uma nova droga é importante saber o quanto daquela droga vai ficar presa na albumina, já que quando ela está ligada a albumina ela não é ativa e a outra estratégia que também se usa, é que quando uma droga ela é muito hidrofóbica quando vai se administrar no paciente, se administra com ela conjugada a albumina para facilitar o transporte dela pelo sangue. e ai a gente precisa começar a entender a relação entre a albuminemia e albuminúria, albuminemia são os níveis de albumina no soro e albuminúria são os níveis de albumina na urina. 
A albumina a maioria dela não passa pelo glomérulo apesar dela ser pequenininha por causa da carga dela, não passa pelo glomérulo, mas existe a parte que passa pelo glomérulo, então essa parte que passa pelo glomérulo ela é reabsorvida no túbulo contorcido proximal, então não é fisiologicamente para a gente encontrar albumina na urina, então fisiologicamente a gente não tem essa condição que seria a albuminúria. Então, o que a gente precisa ter em mente é que tem algumas situações que a gente vai ter alterações na albuminemia e também vai ter alterações na albuminúria e situações que vai ter alterações na albuminemia e não vai ter alterações na albuminúria. A maneira com a qual as proteínas reagem ao estabelecimento de um processo inflamatório, então as proteínas elas são chamadas de fase negativa quando a gente tem uma diminuição dos níveis dela com o estabelecimento do processo inflamatório, a maioria absoluta das proteínas são proteínas de fase aguda positiva, ou seja, elas aumentam com o estabelecimento do processo inflamatório, a albumina ela diminui com o estabelecimento do processo inflamatório, existem algumas razões que fazem isso então tem, extravasamento da albumina pro líquido intersticial, a gente tem as citocinas que são proteínas produzidas pelas células imunológicas, essas citocinas vão lá no fígado e vão inibir a produção de albumina pelos hepatócitos e a gente também tem a formação dos terceiros espaços que são a formação dos edemas que vai acumular também albumina e vai fazer com que ocorra essa diminuição da albumina, então a gente diz que ela é uma proteína de fase ajuda negativa. A gente dosa sempre albumina? A albumina tem pouco valor diagnóstico principalmente quando ela está sozinha, ela era utilizada dentro de um exame que chamava de hepatograma para avaliar a função hepática mais ampla, então ela sozinha ela não tem muito valor, mas ela tem muito valor em conjunto para fazer o seguimento do paciente, então muitos pacientes por exemplo pacientes que tem neoplasia aqueles que ficam caquéticos, eles perdem muita massa muscular a gente avalia albumina, a albumina ela era utilizada como marcador de estado nutricional, sendo que como a meia vida da albumina ela é muito grande, então ela não é um bom marcador de status nutricional e foi substituída por outras proteínas, então não é mais utilizada para avaliar status nutricional. Quando a gente tem aumento dos níveis de albumina a gente tem uma hiperalbuminemia, na verdade a gente só tem uma hiperalbuminemia quando o indivíduo está desidratado, como tem uma diminuição do solvente aumento a concentração do soluto, então você vai ter a hiperalbuminemia instalada, já a hipoalbuminemia, ela ocorre por diversas razões, primeiro instalação do processo inflamatório, inibição da síntese de albumina nos hepatócitos pelas citocinas, vaso dilatação com extravasamento de albumina para o espaço intersticial, no caso da cirrose e de podres estados nutricionais também vamos ter uma diminuição dos níveis de albumina, até porque a albumina tem alguns aminoácidos que são essenciais e que dependem da alimentação da a gente, então a gente vai ter uma diminuição e alguns casos que corre com perda urinária que é o que a gente chama de microalbuminúria, isso vai acontecer em doenças renais que ela vai passar e não vai ser absorvida, indivíduos com diabetes mellitus e hipertensão a gente já sabe que são os indivíduos que tem alto risco para desenvolver insuficiência renal crônica, pacientes com lúpus eritematoso sistêmico, os pacientes com lúpus eritematoso eles formam imunocomplexos que são formados por proteínas do complemento, alto anticorpos, esses imunocomplexos são grandes e acabam forçando a parede do glomérulo e lesão do glomérulo e também na síndrome de nefrótica que é quando a gente tem um edema generalizado e que cursa também com dano glomerular, e perdas gastrointestinais que é normalmente quando tem um sangramento, uma colite, doença de Crohn isso vai tudo acontecer vai correr com diminuição dos níveis de albumina, então no caso da cirrose, no caso da perde gastrointestinal que você está perdendo nas fezes, e no caso dos pobres estados nutricionais a gente tem uma hipoalbuminemia sem albuminúria, então a alteração está só no soro, já quando você tem dano renal você tem albuminemia com microalbuminúria porque você começa a detectar aquela albumina na urina do paciente porque ela está passando pelo glomérulo não esta sendo reabsorvida pelo túbulo e você consegue enxergar isso na urina, então lembrem sempre disso a gente pode ter hipoalbuminemia com ou não microalbuminúria depende da etiologia da doença que causou a diminuição dos níveis da albumina. 
Síndrome nefrótica, ela não é apenas uma doença, ela tem diversas causas etiopatologias mas o que acaba causando é esse edema generalizado no indivíduo, então a gente tem por exemplo na primeira figura uma ascite que é um edema que ocorre no peritônio, embaixo tem um edema periorbital bem característico dos pacientes com síndrome nefrótica e nesses pacientes também eles tem edemas de pé que são tão denunciados que eles fazem essa impressão digital que se você apertar o pé do indivíduo a marca do seu dedo no local do edema durante um determinado tempo. Glomerulonefrite crônica, que pode ser idiopática, pode ser iatrogênica causada por medicamentos e também pode ser causadas por doenças autoimunes, a própria diabetes que pode causar por causa da alteração da função tubular e o lúpus eritematoso sistêmico, os imunocomplexos causam dano na parede do glomérulo e esse glomérulo fica mais frouxo e consegue passar mais coisas pelo filtrado glomerular. 
A alfa-1 glicoproteína ácida pertence a fração alfa 1, ela é ácida principalmente porque ela tem um alto teor de glicídios, esse alto teor de glicídios por sua vez diminui a chance dela de ser visível isoladamente na eletroforese, ela produz muitos resíduos de serina, que além desse próprio resíduo de serina gera uma carga negativa nela, também sabe que os resíduos de serina são sítios de glicosilação e ai você tem mais carboidrato, mais carga negativa. E quais são as funções dessa alfa- 1 glicoproteína ácida? Ela inibe a entrada na célula de vírus e parasitas seria a função imunológica dela e as funções não imunológicas, ela participa da formação das fibras colágenas, as fibras colágenas são aquela tríplice hélice, então na estruturação dessa tríplice hélice a alfa 1 glicoproteína ácida tem sua participação e ela também atua como cofator da lipoproteína lipase no metabolismo dos lipídios, ela também tem essa função transportadora que a albumina tem, então muitos compostos hidrofóbicos se ligam a alfa 1 glicoproteína, como hormônios, substâncias esteroides e alguns medicamentos, em alguns casos quando são administrados algum tipo de medicamento e não é observado o efeito desejado, o médico pode solicitar uma dosagem de alfa 1 glicoproteína ácida para saber se o responsável pela aquela captação daquele medicamento é a alfa 1 glicoproteína ácida e isso acontece principalmente no caso de quem toma beta bloqueador propranolol, quinidina e benzodiazepínicos. 
No gráfico eletroforético já falou da albumina e aqui é a localização da alfa 1 glicoproteína ácida. 
E qual é a importância dessa alfa 1 glicoproteína ácida?Diferente de albumina, ela é uma proteína de fase aguda positiva, ou seja, ela aumenta nos processos inflamatórios, ela é utilizada no acompanhamento da colite ulcerativa, é acompanhamento não diagnóstico, esse paciente com colite ulcerativa ele pode ser tratado com uma substância derivada do ácido acetil salicílico que a gente chama de 5ASA, então acontece que depois do paciente ser diagnosticado com colite ulcerativa, mas a colite ulcerativa é uma doença inflamatória intestinal que acomete principalmente o intestino grosso e principalmente o reto e sigmoide podendo algumas vezes pegar também o colón descendente, então esses indivíduos eles vão desenvolver essas lesões de mucosa e vão perder sangue através dessas lesões de mucosa, então se faz um acompanhamento do paciente que tem colite e toma 5ASA faz o acompanhamento com alfa 1-glicoproteína ácida, então se o paciente está fazendo o tratamento e está funcionando, os níveis de alfa 1 glicoproteína ácida vão ficar baixos dentro dos valores de referência, se ele está tomando e a doença evoluir o tratamento não está funcionando os níveis de alfa-1 glicoproteína ácida vão subir e vai ser identificado que aquele paciente precisa ter um ajuste de terapia. Então, a alfa 1 glicoproteína ácida ela é utilizada pro seguimento desses pacientes. Também pode ter níveis elevados me neoplasias, precisa lembrar que praticamente todas as neoplasias elas tem componentes inflamatório envolvido, na terapia com corticoides e na síndrome de Cushing, tem algumas características da síndrome de Cushing como as estrias violáceas, o rosto em formato de lua. E quando é que a gente tem níveis diminuídos de alfa-1 glicoproteína ácida? Principalmente na síndrome nefrótica, na síndrome nefrótica o nefron fica muito aberto e ai acaba passando tudo e ela passa também e ai diminui os níveis de alfa-1 glicoproteína ácida, terapias com estrógeno também diminui e enteropatia perdedora de proteínas não tratadas e hepatopatias graves já que a alfa-1 glicoproteína ácida é produzida no fígado também. O valor de referência da alfa-1 glicoproteína ácida no homem é de 50 a 135 mg/dL e na mulher de 40 a 120 mg/dL. 
A alfa-1 antitripsina ela também é uma proteína de fase aguda positiva, ela é um inibidor de protease, na verdade é um dos mais abundantes que é produzida por células inflamatórias principalmente por células polimorfonucleares, é o mais importante inibidor da enzima elastase e isso é muito importante para manutenção da homeostasia pulmonar, porque a elastase é secretada pelas células endoteliais pulmonares para defender o pulmão de agentes exógenos, mas uma coisa que a gente precisa ter em mente é que nosso sistema imune ele tem que estar em um equilíbrio muito perfeito para funcionar adequadamente, ou seja, precisa ativar o nosso mecanismo por um determinado tempo e depois a gente precisa desativar o nosso mecanismo de defesa imunológica, então o que acontece? Chegou um patógeno no parênquima pulmonar as suas células polimorfonucleares vão começar a produzir elastase, essa elastase vai degradar o agente agressor mas eventualmente também vai agredir o próprio parênquima pulmonar, então o sistema imunológico ele precisa ficar ativo o suficiente para destruir o patógeno e depois a gente precisa parar ele para que ele não destrua o próprio parênquima pulmonar quem faz isso a alfa-1 antitripsina, ela seria a chave que desliga a atividade dessa elastase no nosso parênquima pulmonar e ai a gente precisa abrir um parêntese para falar da doença mais importante associada a alfa-1 antitripsina que chama-se de AATD que é a deficiência de alfa-1 antitripsina que é uma doença genética autossômica recessiva que é causada por gene que a gente chama de serpina 1, esse gene serpina 1 ele sofre uma mutação e aquela paciente ele passa a produzir níveis diminuídos de alfa 1 antitripsina, por causa dessa mutação a alfa-1 antitripsina produzida pela célula do parênquima pulmonar ela fica retida dentro do retículo endoplasmático, ela não é secretada então ela não consegue parar o sistema imunológico depois que a enzima elastase faz a sua ação. 
Mas o espectro clínico da deficiência de alfa-1 antitripsina ele é bem diverso, existem vários tipis de alelo associados a doença, mas três alelos são mais importantes para entender como a doença funciona, o primeiro é o alelo PIM que seria o alelo fisiológico, o alelo que quem produz direito tem ele em duas cópias, tem o alelo PIS que é um alelo defeituoso que já faz com que diminua os níveis produzidos de alfa antitripsina e tem um alelo mais preocupante que é o alelo PIZ que quem tem esse alelo ele tem níveis consideráveis diminuídos de alfa 1 antitripsina. Então, o alelo M é o fisiológico, o alelo S normalmente está associado a problemas pulmonares e o alelo Z está associado a problemas pulmonares e a também problemas hepáticos. Então, lembrem disso, a alfa 1 antitripsina ela é uma proteína de fase aguda positiva, ou seja, ela aumenta com a inflamação, mas a gente está comentando sobre uma doença que a característica intrínseca dela é ter níveis diminuídos de alfa 1 antitripsina. Então, a gente tem níveis diminuídos na deficiência de alfa 1 antitripsina, nas doenças hepáticas justamente pro ser fonte produtora de alfa 1 antitripsina, dentre essas doenças hepáticas a gente pode incluir a cirrose e o carcinoma hepatocelular e os níveis elevados em situações inflamatórias, infecção, artrite, vasculite, gravidez, neoplasias, então quando sobre a inflamação sobre alfa-1 antitripsina, mas ai como a deficiência de alfa 1 antitripsina tem um espectro clínico muito grande ai a gente vai aprofundar um pouco nesse espectro clínico, falei dos três alelos, então os três alelos podem se combinar de formas diferentes para constituir um fenótipo e aqui a gente tem o fenótipo, o nível sérico da alfa 1 antitripsina associada a esse fenótipo, a prevalência que a gente não vai dar muita atenção e as consequências clínicas que estão associadas, então o indivíduo que é PIMM que tem os dois alelos do tipo M ele tem um nível sorológico dentro da faixa de referência normal e ele não tem nenhuma doença. O indivíduo que tem o alelo PIM mas o outro alelo é PIS então ele forma o fenótipo PIMS, ele tem uma diminuição dos níveis de alfa 1 antitripsina, mas essa diminuição não é o suficiente para ter consequências clínicas associadas, já o indivíduo que tem o PIMZ, ou seja, ele herdou um alelo normal e um alelo Z, ele já vai ter consequências, o alelo Z é o pior alelo quando se fala em deficiência de alfa 1 antitripsina, então esse paciente vai ter problema pulmonar, já o paciente que é PISS que é o alelo mais brando, mas aqui a gente tem duas cópias desse alelo esse paciente vai ter diminuição dos níveis de alfa 1 antitripsina e vai ter também doenças pulmonar, já o indivíduo heterozigoto PISZ ele vai ter uma cópia do alelo mais grave com a cópia do alelo S, então ele já tem níveis bastante diminuídos de alfa 1 antitripsina e por isso ele vai ter tanto problemas pulmonares quanto problemas hepáticos e o pior fenótipo seria o PIZZ que são suas cópias do alelo que realmente diminui os níveis de alfa 1 antitripsina e ai esse paciente vai ter problemas pulmonares e problemas hepáticos, normalmente os níveis de alfa 1 antitripsina deles estão 60% abaixo do valor de referência, enquanto por exemplo um indivíduo que é PISS está entre 15-30% abaixo do valor de referência. 
FRAÇÃO ALFA 1 E ALFA 2
Uma proteína que fica entre a fração alfa 1 e alfa 2 que é a ceruloplasmina. A ceruloplasmina tem a maior parte do cobre que está no nosso plasma, também é sintetizada pelas células hepáticas, sendo que a função principal da ceruloplasmina não é transportar o cobre em si e sim, propiciar a relações de óxi-redução no sangue. A ceruloplasmina tem uma relação de estabilidade com o cobre, quanto mais cobre ela tem mais estável ela está, então normalmente ela pode ter de 4-7 cobres ligado a ela, quanto mais cobre ela tem mais estável ela vai estar, quanto menos cobre ela tiver mais fácil vai ser a degradaçãodela, ela desempenha um papel super importante na incorporação do ferro com a transferrina, o ferro não se liga diretamente a transferrina para ele ser transportado pelo sangue, ele precisa da ajuda da ceruloplasmina para ser incorporado na transferrina. Então a relação de estabilidade da ceruloplasmina com o cobre existe uma ATPase que é responsável por essa incorporação do cobre na ceruloplasmina que ela é sintetizada por um gene ATPB7, então os indivíduos que tem mutação nesse gene ATPB7 que é o gene que vai gerar proteína que vai incorporar o cobre na ceruloplasmina esses pacientes desenvolvem uma doença chamada de doença de Wilson, o paciente com a doença de Wilson vai ter níveis altos de cobre no sangue porque a ATPase que incorporaria o cobre na ceruloplasmina não vai estar funcional, então ele vai ter muito cobre no soro livre e ele vai ter pouca ceruloplasmina, porque lembra que falei da relação quanto mais cobre a ceruloplasmina tem, mais estável ela é, como ela não consegue incorporar o cobre ela fica sem cobre extremamente estável e é degradada, então caracteristicamente na sorologia dos pacientes com síndrome de Wilson a gente vai ter altos níveis de cobre e baixos níveis de ceruloplasmina, o diagnóstico em si tem que ser feito por exame de biologia molecular para identificar a mutação do gene ATPB7 nesse paciente, o que vai acontecer é que vai ter muito cobre e esse cobre vai depositar e quando esse cobre depositar ele vai causar dano tecidual onde quer que ele deposite então esse paciente pode desenvolver cirrose porque vai ter acumulo de cobre no fígado, esse paciente vai desenvolver problemas motores, problemas psicológicos e problemas psiquiátricos porque ele vai ter deposito de cobre no sistema nervoso central e esse paciente vai ter a formação desse anel de cobre ao redor do olho, a deposição do anel de cobre na córnea que é chamado de anel de Kayser-fleischer que é uma característica bem marcante dos pacientes que tem doença de Wilson, esses pacientes que tem doença de Wilson eles podem ser tratados com quelante e quando eles são tratados com quelante eles vão reverter a deposição de cobre onde é que ela tenha acontecido então por exemplo esse anel de Kayser-fleischer ele pode sumir após o paciente ter o tratamento adequado, outra coisa, que é importante nos pacientes que tem doença de Wilson é que eles devem evitar obviamente alimentos que são ricos em cobre, como chocolate, oleaginosa etc. Eles tem que tomar o quelante e tem que evitar comidas que tenha alto teor de cobre, então a gente diz que doença de Wilson é uma doença de fase aguda tardia, ela é uma proteína de fase aguda positiva, ela aumenta com a inflamação, mas ela não ela não aumenta imediatamente após a inflamação, ela demora um pouco, então a gente tem primeiro a proteína C reativa que aumenta rapidamente com a instalação do processo inflamatório, pois as proteínas alfa 1 antitripsina, alfa 1 glicoproteína ácida e depois a gente tem um aumento da ceruloplasmina. Os níveis séricos da ceruloplasmina nos adultos é em torno de 21-53 mg/dL. 
Então, aqui está a nossa ceruloplasmina por isso que a gente diz que ela está entre a fração alfa 1 e alfa 2. 
FRAÇÃO ALFA 2
Uma das proteínas que tem na fração alfa 2 é a haptoglobina, que tem um papel fisiológico importante porque ela transporta a hemoglobina para o sistema retículo endotelial para que ocorra a degradação da hemoglobina pelo sistema retículo endotelial. Então, no fígado a gente tem as células de kupffer que vão receber isso e vão degradar essa hemoglobina em aminoácidos e ferro para que eles possam ser reciclados e serem utilizados novamente para a síntese de heme e para a síntese de outras proteínas, 10% dessa hemoglobina livre ela fica ligada a haptoglobina e isso faz com que esse complexo ele não seja filtrado a nível glomerular, isso vai ser importante para analisar a haptoglobina livre e ter a informação de que ela está associada a processos de hemólise como por exemplo anemia hemolítica intravascular, vai acontecer que normalmente a gente tem 10% da haptoglobina ligada a hemoglobina e o resto está livre, quando você tem uma diminuição muito grande da haptoglobina é porque essa haptoglobina ela está ficando ligada a hemoglobina que está ficando livre, então se tenho hemólise intravascular vou ter muita hemoglobina livre, se tiver muita hemoglobina livre a haptoglobina que está livre vai começar a se ligar a hemoglobina e vai deixar de ficar livre, então quando a gente mede a haptoglobina livre e ver que tem níveis diminuídos de haptoglobina livre a gente tem um indicativo que a gente tem uma hemólise intravascular acontecendo. Claro, sozinha ela não vai dizer tudo, então para avaliar hemólise intravascular, além de utilizar haptoglobina livre a gente também observa lactato desidrogenase e hemoglobina, e os valores de referência dela estão de 30-200 mg/dL, como você estão vendo (imagem) está bem bonitinha dentro da fração alfa 2.
 
Além da haptoglobina, a gente também tem a alfa 2 macroglobulina, o nome da alfa 2 macroglobulina diz tudo, ela é uma proteina globular ela é muito grande e ela está dentro da fração alfa 2, então ela é uma das maiores inibidores de proteases que a gente tem no organismo, ela inibe diferentes cascatas como por exemplo as cascatas das cininas, a cascata do complemento, cascata de coagulação e também as cascata de fibrinólise, também transporta pequenos peptídeos como citocinas e fatores de crescimento, assim como ocorre na alfa 1 glicoproteína ácida e na albumina esses peptídeos enquanto estão sendo transportados pela alfa-2 macroglobulina eles estão inativos, ela participa da modulação de reações inflamatórias inibindo por exemplo a liberação do peróxido de hidrogênio por linfócitos polimorfonucleares, participando do desligamento do sistema imunológico que é tão importante como a gente comentou a pouco tempo, normalmente elas tem níveis plasmáticos aumentados em criança e quando tem associação de estrógenos, seja por tumor, seja por reposição, seja fisiológicamente, então a gente já sabe que as mulheres e as crianças elas tem níveis maiores de alfa 2 macroglobulina, isso não está associado a nenhuma doença, a gente tem na síndrome nefrótica a gente tem o nível aumentado isso é interessante que a maioria das proteínas em síndrome nefrótica a gente tem o nível diminuido porque ela passa na lesão renal, ela passa pelo glomérulo a gente vai identificar na urina, mas a alfa-2 macroglobulina ela é tão grande que ela não passa pela lesão do glomerulo, então na síndrome nefrótica ela fica retida e a gente consegue ver um aumento dos níveis de alfa 2 macroglobulina, também tem níveis aumentados de alfa-2 macroglobulina na coagulação intravascular disseminada, isso ocorre por causa de um efeito feedback como ela é um dos inibidos de coagulação mais impirtantes e mais eficientes que se tem o seu organismo fica vendo que está tendo uma coagulação intravascular disseminada e fica secretando alfa-2 macroglobulina para tentar impedir ou contra balancear essa coagulação intravascular disseminada, os níveis plasmáticos vão estar diminuidos em pancreatite, no mieloma multiplo, na diabetes melitus, no carcinoma prostático e em algumas doenças pulmonares. Como a gente falou anteriormente, os níveis são maiores nas mulheres 175-120 mg/dL do que nos homens 150-350 mg/dL. 
Quando a gente vai olhar o perfil eletroforetico da sindrome nefrótica, só para lembrar aqui a gente tem o perfil eletroforético normal e aqui o perfil eletroforetico do indivíduo com síndrome nefrótica, a gente tem o pico albumina, normalmente quando vai esquematizar a eletroforese essas setas que coloca em cima dos picos elas representam o nível de intensidade, então nesse primeiro pico albumina a gente tem uma diminuição intensa significativa dos níveis de albumina, ou seja, é um processo inflamatório árduo, grande que está ali, então isso aqui é a fração albumina, já na fração alfa 2 a gente está vendo uma retenção, o pico está significativamente maior isso está aconetecendoporque a alfa 2 está ficando retira, então esse pico sobe, já na fração gama a gente tem a diminuição do pico, intensa porque os anticorpos estão pansando pela lesão do nefron, queria que vocês prestassem atenção porque existe uma semelhança muito grande entre o perfil eletroforético do paciente que tem sindrome nefrótica e do paciente que tem enteropatia com perda proteíca, a enteropatia com perda proteíca é uma doença enterica do trato gastro intestinal onde esse indíviduo está perdendo sangue nas fezes, então a gente falou da colite ulcerativa que é uma doença inflamatória intestinal e representa uma enteropatia com perda proteíca, quando a gente observa o pefil eletroforetico, a gente ver diminuição intensa dos níveis de albumina, ou seja, a inflamação está grande a gente tem uma retenção de alfa 2 macroglobilina mas essa retenção não é tão consideravel e a gente tem uma diminuição dos níveis de gama globulina, mas também não é tão intensa quanto a da síndrome nefrótica, então o perfil da síndrome nefrótica e o perfil da enteropatia com perda proteica são muito semelhantes, o que muda é a intensidade da retenção da alfa-2 macroglobulina que é maior na sindrome nefrótica e da perda da imunoglobulina que é maior na síndrome nefrótica. 
FRAÇÃO BETA 1
Como falei para você quando estávamos falando da albumina, a transferrina também é uma proteína de fase aguda negativa, ou seja, a transferrina ela diminui com a instalação do processo inflamatório, são as duas proteínas de fase aguda negativa mais importantes, a transferrina e albumina. A transferrina ela é a principal proteína para transportar o ferro no nosso plasma até a medula óssea, a gente sabe que o ferro não pode ficar só no plasma, se ele ficasse só no plasma iam acontecer reações aleatórias de óxi-redução provavelmente incompatíveis com a vida, então a gente sabe que essa transferrina, ela pode circular como apotransferrina sem nenhum ferro ou como transferrina, e como transferrina ela pode circular com apenas um íon ferro ou dois íons ferro nos seus sítios de ligação, normalmente apenas 1/3, ou seja, em torno de 30-38% da transferrina estão ocupadas por ferro e isso também é importante porque a gente vai avaliar esse índice que é o índice de saturação de transferrina quando a gente ver a aula de metabolismo de ferro e que é um indicador importante para avaliação de deficiência de ferro por dieta. Patologicamente falando, a transferrina é um bom indicador da carência nutricional de ferro, o único problema é que ela é influenciada pela inflamação, então tem que ter outros parâmetros para avaliar status nutricional do ferro porque um paciente com qualquer status inflamatório a informação do status nutricional medida pela transferrina vai ser viesada já que ela está sendo modulada pela inflamação e pela deficiência de ferro, então isso tem que ser levado em consideração. 
FRAÇÃO BETA 2
Na fração beta 2 a gente tem a beta 2 microglobulina, beta 2 microglobulina participa do HLA de classe 1, do MHC de classe I, que é aquele complexo imunológico que que todas as células nucleares possuem para mostrar epítopos para o nosso sistema imunológico, observar para saber se está tudo certo, se a gente não tem nenhum patógeno, participa do processo de vigilância do sistema imunológico, então é a cadeia beta, a cadeia leve do MHC de classe I, mas ela é utilizada para avaliar atividade celular, então tudo que está relacionado a reconhecimento do sistema imunológico a beta 2 vai acabar me dando alguma informação, então ela é utilizada para avaliar prognóstico na leucemia linfocítica crônica, ela é utilizada para avaliar prognóstico no mieloma múltiplo, no mieloma múltiplo existe uma escala prognóstica onde é obrigatório a dosagem do beta 2 microglobulina, quanto mais beta 2 microglobulina pior, porque você vai ter aumento da atividade e também é utilizada para avaliar o prognóstico dos pacientes com linfoma não hodcking, a beta 2 microglobulina também pode ser utilizada na urina para avaliação da função renal, as características que uma molécula tinha que ter para ser um bom indicador de taxa de filtração glomerular estimada, então a molécula tinha que ser livremente filtrada, estável no plasma, não sofrer secreção pelo ciclo circadiano, não ser reabsorvida, não ser secretada pelo túbulo, todas essas características, a beta 2 tem todas essas características, então ela também pode ser utilizada para avaliar a função renal. Depois que o indivíduo fez um transplante ela funciona para fazer o seguimento, quando você tem altos níveis de secreção beta 2 microglobulina não é um sinal é um indicativo de que está tendo uma reação aquele órgão mesmo com os imunossupressores, se você tem a manutenção dos níveis de beta 2 ou decaimento de beta 2 significa que esse transplante deu certo, está acontecendo tudo certo. Ela aumenta com doenças que são mediadas por linfócitos como as vasculites, as vasculites a gente tem de dois tipos tem as vasculites sistêmicas e as vasculites que são sintomas, então por exemplo o paciente com lúpus ele tem vasculite Peri ungueal que é aquela vasculite que é ao redor da unha que é bem localizada, tem as hepatites, tem a doença de Crohn e a sarcoidose. A doença de Crohn, a gente falou até agora de colite ulcerativa, colite ulcerativa é um tipo de doença inflamatória intestinal, mas um outro tipo de doença inflamatória intestinal que mais acomete as pessoas é a doença de crohn, a doença de crohn é uma doença autoimune, auto inflamatória onde os pacientes também têm lesão de mucosa, mas qual a diferença entre a doença de crohn e a colite ulcerativa? Porque a doença de cronh ela é transmural, ela atravessa a parede do intestino é bem mais perigosa do que a lesão da colite ulcerativa que é uma lesão de mucosa que é superficial, o paciente com doença de cronh ele faz o que chama de lesões em alça, você um pedaço do intestino acometido e passa para um pedaço do intestino normal, outro pedaço do intestino acometido e outro pedaço do intestino normal isso a gente chama de lesões em alça, já na colite ulcerativa vimos que é bem concentrado no final no cólon descendente, sigmoide e reto. A colite ulcerativa ela só acomete o intestino grosso, já a doença de cronh ela acomete todo trato gastrointestinal ela pode aparecer em todo trato gastrointestinal, e ai o tratamento é diferente, tudo diferente, o paciente com doença de crohn ele tem que ir para o imunossupressor, bloqueador de citocina etc, mas as duas doenças, crohn e colite ulcerativa são as principais doenças inflamatórias intestinais que a gente tem, as duas principais também enteropatias que causam perda proteica. O valor de referência da beta 2 microglobulina é de 1010 a 2730 ng/mL e ele também é utilizado como marcador tumoral de células beta pancreáticas, isso representa 0,0001% dos tumores de pâncreas, mas é um indicativo dessas células. 
O sistema complemento é uma cascata de sinalização onde normalmente uma proteína se junta com a outra para quebrar a próxima até formar o complexo de ataque a membrana e esse complexo de ataque a membrana vai acabar com o equilíbrio osmótico daquela célula e ela vai morrer. A gente usa muito o sistema complemento para avaliar doenças inatas ligadas ao sistema complemento, por exemplo tem pessoas que nascem com deficiência de produção de C1q, deficiência de produção de C3, deficiência de produção de C4, então esses erros inatos do metabolismo vão ser refletidos nos níveis séricos desses indivíduos e a gente também usa para avaliar os pacientes com lúpus, então os pacientes que tem lúpus eles tem o seu sistema complemento avaliado todas as vezes que eles vão para a consulta reumatológica porque as proteínas do complemento elas refletem o sucesso terapêutico do paciente com lúpus eritematoso sistêmico, então três proteínas do complemento são mais utilizadas nesse seguimento do paciente lúpico C1q que o valor de referência é de 10,0 a 34,0 mg/dL, C3 que o valor de referência é de 90,0 a 180,0 mg/dL e C4 que o valor de referência é de 90 a 180 mg/dL.E como funciona essa avaliação? O paciente lúpico ele vai desenvolver estrutura que a gente chama de imunocomplexos que são formados pelos autoanticorpos, esses autoanticorpos vão se ligar as proteínas do complemento e também outras proteínas, mas principalmente as proteínas do complemento, quando esse imunocomplexo ele se liga a proteína do complemento aquela proteína do complemento não está mais disponível no soro, ou seja, o nível dela vai diminuir porque ela vai estar presa a esse imunocomplexo, então todas as vezes que o paciente no momento do diagnóstico normalmente o paciente lúpico ele tem baixos níveis de proteínas do complemento C3, C4 e C1, quando esse paciente começa a fazer o tratamento com imunossupressores o que vai acontecer? Vai diminuir a formação desses imunocomplexos, o complemento que estava preso no imunocomplexo vai ficar livre e consequentemente os níveis dessas proteínas do complemento vão aumentar no soro, então o paciente lúpico cujos níveis de proteínas do complemento deles estão diminuindo significa que o tratamento dele não está funcionando, já os níveis de proteínas do complemento estiverem aumentando com o tempo, significa que o tratamento deles está funcionando. REPENTINDO: pensa que as proteínas do complemento estão passeando de boa no soro, ai os autoanticorpos do paciente que tem lúpus ele chegam e se ligam a essas proteínas, no momento que os autoanticorpos se ligam a essas proteínas, não vou conseguir mais dosar essas proteínas no soro porque ela vai estar escondida nos imunocomplexos, então quando for medir o nível do soro vai estar diminuído porque ela vai estar presa ao imunocomplexo, ai descobri que o paciente tem lúpus e que isso até acontecendo com ele, ai começa a fazer o tratamento do paciente com imunossupressor, quando a gente fizer tratamento com imunossupressor a gente vai ter menos produção de autoanticorpo e com isso menos imunocomplexo vai ser formado capturando essas proteínas, essas proteínas vão ficar livres de novo e vou conseguir dosar de novo essas proteínas, então os níveis vão aumentar. Então, na condição lúpica as proteínas do complemento vão ser capturadas, elas vão ficar dentro, presas nesse imunocomplexo e presas esse imunocomplexo a gente não consegue detectar elas, então os níveis vão estar diminuídos, começou a tratar o paciente com lúpus, ele vai parar de produzir ou vai diminuir a produção de auto anticorpo, sem tanto autoanticorpo vou ter menos imunocomplexo, menos imunocomplexo eu vou ter mais proteína livre e ai vai aumentar níveis séricos do complemento desses pacientes. Então, para um paciente com diagnóstico de lúpus, se os níveis dele for baixando significa que o tratamento não está funcionando, se os níveis do complemento dele forem aumentando o tratamento está funcionando. 
Na fração eletroforética o complemento está meio que espalhado por todas as fazes da corrida eletroforética. 
A proteína C reativa ela é o principal marcador inflamatório inespecífico que é utilizado na prática clínica hoje, então é muito comum se chegar em uma emergência e você chega com sintomas bem inespecíficos ou não tem nada que seja muito na cara o médico vai pedir proteína C reativa para saber se tem algum processo inflamatório, porque essa é a resposta que a proteína C reativa sérica lhe dá, tem algum processo inflamatório estabelecido nesse paciente e ai depois com essa informação você vai procurar qual é a causa do aumento da proteína C reativa, mas ela é o principal marcador inflamatório inespecífico, também tem a velocidade de hemossedimentação, mas o mais utilizado é a PCR. Então, é a proteína plasmática que sofre maior elevação e logo nas primeiras horas, quando você tem o a gente externo, sofre um processo inflamatório e se eleva imediatamente, ela participa do processo de opsonização do nosso sistema imune inespecífico e ela também reconhece substâncias tóxicas liberadas por tecidos lesados para eliminar, então ela é basicamente uma opsonina que se liga a alguma substância exógena para sinalizar para o nosso sistema imunológico que tem alguma coisa errada ali fagocitada pelo nosso sistema imunológico e problema solucionado. Então, normalmente a gente usa proteína C reativa para avaliar inflamação, se um paciente tem níveis acima de 0,5 mg/dL ele vai ter um processo inflamatório estabelecido nas do ranger de proteína C reativa ele é absurdo, por exemplo tem em algumas condições de neoplasias por exemplo a proteína C reativa pode passar de 1000 mg/dL, quanto mais intenso o processo inflamatório, maior vai ser o nível da proteína C reativa e a gente também usa uma proteína C reativa que a gente chama de proteína C reativa ultrassensível que ajuda a medir risco cardiovascular principalmente em pacientes que não são grupo de risco, já não tem doença coronariana estabelecida você avalia a proteína C reativa ultrassensível que reflete muito seu estilo de vida e serve muito como puxão de orelha, então um individuo que tem uma proteína C reativa ultrassensível acima de 0,3 mg/dL ele tem um alto risco cardiovascular, ou seja, ele tem uma alta chance de ter um infarto, um derrame, qualquer problema cardiovascular, um indivíduo que tem uma PCR ultrassensível que tem entre 0,1-0,3 mg/dL ele tem um risco intermediário de desenvolver problemas cardiovasculares e quem tem PCR ultrassensível abaixo de 0,1 mg/dL é aquela que está de boa. Então, a proteína C reativa é um excelente marcador de prova inflamatória inespecífica, bastante utilizado em situações de emergência e ela também fornece essa informação de risco cardiovascular, lembrem que é RISCO cardiovascular, não tem nada a ver com infarto agudo do miocárdio, não é utilizado para avaliar IAM e sim, risco de doença cardiovascular. 
FRAÇÃO GAMA
Estruturalmente as imunoglobulinas elas tem três apresentações, elas podem ser um monômero, isso ocorre com a imunoglobulina D que da verdade é um receptor, mas acontece com a IgD, a IgE e IgG, dimérica que acontece com IgA e a pentamérica que acontece com a IgM. IgA proteção de mucosa independente da localização da mucosa, IgG que reflete nossa imunidade adquirida que tem a nossa memória imunológica, IgM que está mais associada a nossa resposta imediata, utiliza muito o padrão IgM e IgG para definir se uma infecção ela é aguda ou é crônica, IgM representa o que está acontecendo agora e IgG representa o que aconteceu no passado, IgE ela tem duas funções principais ela analisa nossa atividade tópica, normalmente quando vai para um alergologista quem é muito alérgico para fazer teste para saber o que você tem alergia, você avalia diversos tipos de IgE, IgE para cabelo rato, de gato, cachorro, pra ácaro etc, e também contra vermes parasitas, recife é uma zona endêmica para parasitoses tem que sempre levar em consideração quando for avaliar a IgE para alergia que a gente vive em uma zona endêmica para parasitoses, então provavelmente a gente tem um nível a mais de IgE do que quem vive em regiões não endêmicas. IgD que funciona como receptor de células B. 
Se observar na eletroforese, a banda a imunoglobulina ela é a banda que é mais achatada e mais espalhada, isso reflete o fato das imunoglobulinas elas serem espalhadas entre as frações, por exemplo a IgA a gente ver que a maior parte da banda IgA ela está na fração beta, já a IgM a maior parte está na fração gama e a IgG a maior parte está na fração gama, mas mais tardia. Lembrar também que esses anticorpos são produzidos em diferentes células, diferentes clones vão produzir esses anticorpos e por isso a banda não vai ficar tão homogênea, quando é por exemplo apenas um hepatócito produzindo uma determinada proteína, não é tão heterogênea como acontece com as imunoglobulinas. 
Nosso organismo pode desenvolver dois tipos de resposta monoclonal ou Policlonal a depender do que o sistema imunológico reconheça como melhor, por exemplo nosso sistema imunológico entra em contato com o patógeno que causa a lepra e ele vai recrutar diversos clones, diversos linfócitos que reconhecer diferentes partes de diferentesantígenos do patógeno e ele vai montar uma resposta de ataque por várias frentes contra esse patógeno, então essa resposta onde tem diferentes linfócitos reconhecendo diferentes partes do patógeno, chamo de resposta Policlonal, então na resposta Policlonal tem a produção de diferentes tipos de anticorpos. Na resposta monoclonal monto uma resposta baseada em um linfócito, esse linfócito chega isoladamente se liga a um determinado antígeno e ele vai começar a se reproduzir formando vários clones dele que vão ser específicos para aquele antígeno, então é uma resposta monoclonal, na figura temos a montagem de uma resposta monoclonal, então esse linfócito ele está reconhecendo o mesmo tipo de antígeno e todos os linfócitos originários desse linfócito, todos os clones vão produzir anticorpos conta essa estrutura, se tivesse outros linfócitos reconhecendo diferentes antígenos ai a gente teria uma resposta Policlonal. Mas em uma resposta monoclonal o linfócito que originou aquela resposta foi um, foi o que primeiro reconheceu aquele antígeno. 
Imagine se esse linfócito que reconhece um antígeno que produz um anticorpo sofre um processo de transformação tumoral e vira um câncer, então a gente vai ter uma produção mais exacerbada de um anticorpo que veio de uma determinada célula, de um determinado linfócito, então esses conjuntos de doenças onde você tem um problema em uma célula produtora de anticorpo que produz apenas um tipo de anticorpo a gente chama de gamopatia monoclonal, gamopatia um problema na produção de gamaglobulinas, monoclonal originários de um clone que produz o mesmo anticorpo, então gamopatia monoclonal. Na gamopatia monoclonal você vai estar tendo uma proliferação exacerbada de células derivadas do mesmo clone produzindo o mesmo tipo de anticorpo, essa proteína vai se acumular muito, lembra que quando a gente viu na síndrome nefrótica a alta intensidade da alfa 2 macro era representada por duas setas e aqui a gente tem três setas representando o aumento do pico da fração gama, tem que lembrar que é um câncer são células que estão se reproduzindo aceleradamente produzindo o mesmo tipo de proteína e essa proteína, esse anticorpo derivado dessa célula neoplásica chamo de paraproteína ou proteína M, essa paraproteína ou proteína M é o anticorpo que foi secretado pelo plasmócito neoplásico. Em uma gamopatia monoclonal tem o pico gigante da paraproteína representado pelo pico da fração gama e tem a diminuição da fração albumina porque de toda forma tem a instalação de um processo neoplásico, observem que aqui a gente tem inversão da relação A/G, agora tenho mais imunoglobulina do que albumina, então aquela fração A/G ela foi revertida. 
Sendo que esses plasmócitos neoplásicos eles podem também produzir além de produzir anticorpos eles podem produzir fragmentos de anticorpos que a gente chama de fragmentos de cadeias leves, esses fragmentos de cadeias leves eles podem ser pequenos o suficiente para passar no glomérulo e serem encontrados na urina e ai quando um pedaço de cadeia leve é encontrado na urina a gente chama de proteinúria de Bence-Jones, quando ela está no soro chama de proteína de Bence-Jones ou cadeia leve e quando encontra esse fragmento de anticorpo originário do plasmócito neoplásico na urina tem a proteinúria de Bence-Jones, então lembrem do mesmo jeito que o plasmócito ele secreta um anticorpo inteiro o plasmócito neoplásico ele pode secretar parte do anticorpo que normalmente é cadeia leve que é pequeno suficiente para passar pelo glomérulo e a gente identificar isso na urina. Expliquei conceito de paraproteína dentro do conceito de gamopatia monoclonal, gamopatia monoclonal sendo a doença onde tem uma neoplasia secretora de gamaglobulina. 
A principal representando das gamopatias monoclonais é o mieloma múltiplo, o mieloma múltiplo é uma neoplasia que se origina dos plasmócitos derivados de células B que são já os plasmócitos maduros produtores de autoanticorpos. É uma doença que acomete principalmente o idoso, normalmente a maioria está acima dos 60-65 anos e normalmente esses pacientes eles descobrem que eles estão com mieloma múltiplo porque eles sofrem fratura, são fraturas ocasionadas sem motivo aparente, então o paciente não bateu em nada, ele não sofreu uma queda ele simplesmente estava andando e sofreu uma fratura do nada e qual é a relação do mieloma múltiplo com a fratura? Porque os plasmócitos neoplásicos eles vão secretar moléculas que vão ativar os osteoclastos, os osteoclastos vão estar muito ativados causando desmineralização óssea e isso vai levar a fraturas nesses pacientes, é o sintoma mais clássico do paciente com mieloma múltiplo e existem diferentes tipos de mieloma múltiplo. Existem diferentes tipos mieloma múltiplo tem o paciente que é do tipo IgG, o IgG está bem no finalzinho da corrida eletroforética, então vai ter um pico bem alto na eletroforese, a maioria dos casos é do tipo IgG, 25% é do tipo IgA, ou seja, o pico na eletroforese é bem mais perto da fração beta do que da fração gama e a gente tem os pacientes que secretam proteínas apenas de Bence-Jones, esses paciente tem que ter mais cuidado porque ele não vai aparecer na eletroforese de proteínas séricas, para identificar esse paciente a gente tem que ver na eletroforese urinária porque você vai ter o pico gama normal nesse paciente mas ele está secretando paraproteína sendo que ela é bem pequena e ela está indo pela urina, então nesses casos é sempre bom fazer a avaliação da proteína sérica e avaliação na urina da proteína também, hoje já existem uma pressão das sociedades gerais de geriatria que inclui as eletroforeses nos exames de rotina dos pacientes acima de 60 anos para conseguir rastrear esse mieloma múltiplo o mais cedo possível. 
Esse paciente clinicamente tem uma dor óssea, muito intensa principalmente na costela e na coluna vertebral as lesões formam essas lesões (imagem do raio x de crânio) onde tem essa parte preta é consequência da degradação óssea via osteoclasto, então fica com essa aparência escura no raio X os pacientes com mieloma múltiplo a gente diz que os sintomas dele são resumidos em um acrônico que chama de CREB, C (cálcio, ele vai ter altos níveis séricos de cálcio por causa da degradação óssea), R (dano renal, esse paciente tem alto ano renal, mais de 50% dos pacientes vão para hemodiálise), A (anemia), B (bone, problemas ósseos), então se quiser lembrar quais são os sintomas dos pacientes com mieloma múltiplo a gente lembra desse acrônimo CREB=HIPERCALCEMIA, PROBLEMA RENAL, ANEMIA E DORES ÓSSEAS. 
No gel, aqui seria um soro normal a proteína bem difusa e um paciente com mieloma múltiplo do tipo IgG ou IgA a gente teria a formação dessa banda mais estreita e bem densa. 
Sendo que existe diferentes prognósticos para o paciente com mieloma múltiplo, então o paciente com mieloma múltiplo que era do tipo IgG ele representa 50%, a idade média do paciente é 65 anos, o tempo de duplicação que reflete a atividade da doença é de 10 meses e a incidência de proteinúria de Bence-Jones dele é de 60% dos casos, ou seja, tanto a eletroforese do soro quanto a eletroforese da urina desse paciente vai estar alterada, você vai ter alteração do pico no soro e você vai ver em 60% dos casos a proteinúria de Bence-Jones nesses pacientes, então esses pacientes vão ter imunodeficiência e o prognóstico desses pacientes é melhor do que desses outros pacientes abaixo. O paciente com IgA é 25% dos casos de mieloma múltiplo, mesma faixa étaria, já o tempo médio de duplicação que reflete a atividade da doença já é menor 6 meses e em 70% dos casos esses pacientes vão ter proteinúria de Bence-Jones e além desses sintomas eles também vão ter hipercalcemia e amiloidose. No caso do paciente que secreta apenas Bence-Jones, que é em 20% dos pacientes, a idade já é menor 56 anos, o tempo de duplicação é de 3-5 meses, todos eles vão secretar Bence-Jones e além desses sintomas eles também tem falência renal, lesões ósseas, amiloidose e o prognóstico é o pior entre os mielomas múltiplos. 
A eletroforesede urina, ela não é tão bonitinha quanto a eletroforese de soro que a gente viu não, só tem uns rabiscos no final, porque o ideal, o normal é não ter proteína na urina, quando você vai avaliar proteinúria de Bence-Jones não tem aquelas bandinhas bonitinhas antes de aparecer o pico de paraproteína não, vem só um rascunhozinho, um rastro e um pico bem grande que é o pico da paraproteína. 
Outra gamopatia seria a amiloidose, que seria a deposição de regiões específicas de cadeia variável principalmente da cadeia leve do tipo lambda, em determinadas partes do corpo de um indivíduo, então ela ocorre essa deposição principalmente ao redor dos vasos e os órgãos mais afetados são coração, fígado e rim, esse paciente tem muita fadiga, perda de peso, edema, esse edema na língua é bem característico onde o paciente que tem amiloidose ele começa a morder a própria língua a ponto de ficar a marca nos dentes na língua e também tem sensibilidade diminuída nos dedos, diarreia, empachamento após alimentação, tontura etc. Tudo por causa do deposito dessa cadeia do tipo lambda dessas partes do corpo. 
Outra gamopatia monoclonal é a macroglobulinemia de Waldenstrom que é uma patologia rara dos linfócitos B caracterizada pela produção de IgM, não é um mieloma múltiplo, os sintomas deles são semelhantes principalmente a linfoma não Hodgkin, esse paciente vai ter perda de peso, febre, sudorese noturna e aumentos dos gânglios linfáticos, ele vai secretar muito IgM, então como a IgM é aquela grande pentamérica, esse excesso de secreção vai aumentar a viscosidade do sangue, então por causa disso esses pacientes tem que fazer plasmaférise para remover esse excesso de IgM e diminuir a viscosidade do sangue, eles também desenvolvem o que chama de crioglubulinas que é o depósito dessas imunoglobulinas nas periferias, nas partes mais frias, principalmente nos dedos de mão e de pé. 
Antes de macroglobulinemia de Waldenstrom, de linfomas e de mieloma múltiplo existe uma doença chamada gamopatia monoclonal de significado indeterminado que a gente chama de MGUS, isso é o paciente que a gente identifica paraproteína no paciente, mas ele não tem sintomas nenhum de nenhuma doença, de nenhuma gamopatia monoclonal, por isso que é chamado de gamopatia monoclonal de significado indeterminado, muitos desses pacientes vão desenvolver nada, vão ter isso e não vão ter nada e a maioria dos pacientes que começa a ser acompanhado de mais perto eles vão eles vão ter mais linfoma do que mieloma múltiplo, que seria esperado se você está vendo muita paraproteína, vamos dizer que aquilo seria uma secreção prévia antes do mieloma múltiplo poder ser visto e não é, a maioria dos pacientes que MGUS eles desenvolvem linfoma e não mieloma múltiplo depois. Então, mais uma gamopatia monoclonal. 
Do mesmo jeito que pode ter muita produção a gente pode ter pouca produção e a pouca produção de globulina a gente chama de hipogamaglobulinemia, vai acontecer em imunodeficiências hereditárias, imunodeficiências adquiridas, terapias imunossupressoras, neoplasia de linfócitos, crianças prematuras e alguns fármacos, tudo que diminui, quebra a imunidade você vai ter uma diminuição da fração gama. 
Gamopatias policlonais que é quando a gente tem uma resposta muito exacerbada, mais de um linfócito foi recrutado para atacar aquele a gente externo, então isso acontece com algumas patologias, como lepra, tuberculose, na cirrose também, hepatite, doença de cronh que é uma doença autoimune, auto inflamatória, e no lúpus. Então, em vez de acontecer como acontece na gamopatia monoclonal que é só aquele pico estreito, o pico difuso inteiro aumenta na gamopatia Policlonal. 
Se for traçar um padrão de resposta inflamatória imediata, a gente vai ver que sempre vai ter uma diminuição da fração albumina a que responde a fase aguda negativa, a gente vai ter um aumento daquelas outras proteínas alfa 1 antitripsina, alfa-1 glicoproteína ácida etc, mas que a gente não ver muito no perfil eletrofético. 
Então esse perfil de resposta imunológica imediata, vai ser mais caracterizado por essa diminuição da albumina, um aumentozinho causado pela alfa 2 macro e aqui na fração gama a gente não vai ter muita alteração porque não vai ter montado ainda a resposta específica.
Já na resposta tardia, vai ter diminuição da albumina, retenção de alfa 2, mas a gente agora vai ter um aumento na produção gama que vai refletir a nossa adaptação aquele agente estranho. 
Duas proteínas a proteína ligadora do retinol e a transtirretina, qual é a importância dessas duas proteínas, lá no comecinho falei para vocês que a gente usou no passado a albumina como avaliador do Status nutricional, sendo que a albumina tem uma meia vida muito longa então ela não era interessante para avaliar o status nutricional do indivíduo, então descobriu que na fração pré-albumina que são as proteínas que vem antes da albumina a gente tem dois marcadores que refletem melhor o status nutricional que são mais específicos do que a albumina e esses marcadores são a proteína ligadora do retinol e a transtirretina, elas precisam de aminoácidos essenciais para serem sintetizadas que são aminoácidos que você só consegue na sua alimentação e elas tem uma meia vida curta, que varia de 12-48 horas, o que é diferente da albumina que pode ter uma meia vida de 18-20 dias. 
AULA 03 - PROTEÍNAS SÉRICAS
→ Vídeo 1/4: Introdução - Proteínas Totais 
★ A dosagem de proteínas séricas totais é uma técnica colorimétrica utilizada para avaliar o estado nutricional e as alterações proteicas em doenças (hiper ou hipoproteinemia); 
★ A dosagem isolada da proteína total tem pouco valor clínico porque a alteração de uma das frações (albumina ou imunoglobulinas) pode ser compensada pela alteração oposta de uma outra fração. Isso é muito comum nas doenças crônicas; 
★ Princípio: se baseia na reação do biureto. A molécula do biureto é formada a partir da condensação de duas moléculas de uréia sob aquecimento de 180°C a partir de seus grupamentos amino, liberando uma molécula de amônia; 
★ Durante a reação é formada uma ligação amida que é a mesma que é aquela que é formada durante a reação de condensação de dois aminoácidos para formar peptídeo. 
★ Essa ligação amida na molécula do biureto também pode ser reconhecida pelos reagentes a base de íon cobre em solução; 
★ Por isso a técnica da dosagem das proteínas totais também é chamada de reação do biureto; 
★ Os reagentes a base de cobre possuem uma coloração azulada característica; 
★ Em meio alcalino, pares de elétrons presentes nos átomos de nitrogênio da ligação amida podem se tornar disponíveis e servir de ligantes para o átomo de cobre; 
★ Assim, proteínas e peptídeos com as de 2 aminoácidos são passíveis de reagir com os íons cobre em meio alcalino (como o biureto) e formar um composto de coloração púrpura que tem absorbância máxima de 550 nm; 
★ A intensidade da coloração púrpura é proporcional a concentração de proteínas presentes em uma determinada solução; 
★ Essa reação é passível de interferência. Assim, substâncias capazes de reagir com os íons cobre presentes no reagente do biureto podem gerar resultados falsos-positivos; 
★ Condições em que é possível observar isso: amostras de soro contendo concentrações elevadas de bilirrubinas ou amostras de soro com triglicerídeos acima de 500 mg/dl podem reagir com os íons cobre e formar o mesmo complexo de coloração púrpura e aí mimetizar um resultado falso positivo para o teste; 
★ Valores de referência para proteínas séricas totais: 6-8 g/dl 
★ O kit de laboratório para dosar proteínas totais vem com 2 reagentes: 1 de trabalho (reagente de biureto) que contém uma mistura de sais (iodeto de potássio na concentração de 6 mmol/L, tartarato de potássio de sódio 21 mmol/L, hidróxido de sódio 58 mmol/L, sulfato de cobre 6 mmol/L, azida sódica menos que 0,1%) e bases fortes; 
★ O hidróxido de sódio é uma base muito forte e corrosiva (manusear com bastante cuidado); 
★ O outro reagente no kid é a solução padrão (calibrador) que é uma solução de albuminabovina na concentração de 6 g/dL e azida sódica menos que 0,1%.
★ Para realizar esse teste é necessário preparar pelo menos 3 tubos: o do calibrador (que contém a solução padrão de albumina; o tubo da amostra teste (ao qual queremos determinar a concentração); e o tubo do branco (que será usado para zerar o espectrofotômetro); 
★ Em cada tubo iremos pipetar 1mL do reagente de trabalho (reagente de biureto); 
★ No tubo padrão adiciona 15 microlitros da solução padrão; 
★ No tubo teste adiciona 15 microlitros da amostra teste; 
★ No tubo do branco adiciona 15 microlitros de água destilada; 
★ Em seguida homogeiniza os 3 tubos para a perfeita mistura do reagente do trabalho com a amostra; 
★ Depois incubar os tubos em banho maria a 37°C por 4 minutos; 
★ Após isso iremos zerar o aparelho com o tubo branco e em seguida iremos determinar as absorbâncias do tubo padrão e do tubo teste; 
★ A solução é estável por 60 minutos, então devemos dosar o tempo para não ultrapassar o tempo de leitura; 
★ Uma vez determinadas as absorbâncias tanto do padrão quanto da amostra teste basta realizar a regra de 3 para determinar a concentração de proteínas totais na amostra teste.
★ Basta dividir o valor da absorbância do tubo teste pela absorbância do tubo padrão e multiplicar o resultado pela concentração do tubo padrão; 
★ Se precisarmos realizar uma bateria de análises com várias amostras, podemos determinar ainda um fator de calibração que vai poder ser utilizado para determinar a concentração de proteínas totais em várias amostras; 
★ Como chegamos a esse valor? Esse fator de calibração nada mais é que a razão entre a concentração da solução padrão pela absorbância do padrão. Depois basta multiplicá-lo pela absorbância da amostra teste; 
★ Essa reação para dosagem das proteínas totais é linear entre os valores na concentração de 0,2 a 10 g/dL; 
★ Caso você encontre uma amostra de soro que tem uma concentração maior que 10 g/dL, precisa realizar a diluição da amostra com uma solução salina (ex.: NaCl 150 mmol/L) e repetir a leitura do tubo teste. Por fim, quando formos calcular a concentração de proteínas dessa amostra que tinha uma concentração maior que 10 g/dL precisamos multiplicar o resultado final pelo fator de diluição para chegar a concentração real da amostra; 
★ Para amostra de soro os valores de referência desejados são 6-7,8 g/dL; 
★ O líquido sinovial possui valores de 1-3 g/dL; 
★ Líquido pleural: a razão entre a concentração de proteína no soro pela concentração de proteínas no líquido pleural deve ser menor que 0,5 g/dL. 
★ Hipoproteinemia → insuficiência proteica severa, doenças hepáticas renais; 
★ Hiperproteinemia → hiperglobulinemia (mieloma múltiplo, infecções).
→ Vídeo 2/4: Aula - Proteínas Totais 
★ O cobre é atraído também para o local onde ocorreram as ligações peptídicas. A ligação peptídica: ligação do tipo amida entre o grupo amina de um aminoácido e o grupo carboxila do outro, com liberação de uma molécula de água; 
★ No teste precisa de 3 tubos (padrão, teste e branco), amostra e calibrador; 
★ Os volumes utilizados foram 1 mL (pipeta branca e vermelha que pipeta de 100-1000 microlitros), e para o volume de 15 microlitros utilizados para pipetar a amostra e o padrão utiliza a pipeta branca com azul que que pipeta de 10 a 100 microlitros); 
★ Inicialmente vamos pipetar 1 mL do reagente de trabalho (homogeiniza ele primeiro) em cada um dos três tubos; 
★ Como o reagente tem cobre e cobre no meio alcalino tem uma cor azul. O que proporciona a alcalinidade no meio desse reagente é o hidróxido de sódio (bastante corrosivo); 
★ 1 mL no tubo padrão e 1 mL no tubo teste e 1 mL no branco; 
★ Agora coloca 15 microlitros no tubo do padrão. Em seguida homogeiniza para ter certeza que os componentes irão se misturar; 
★ Já começa a ter reação e ficar púrpura; 
★ Agora é necessário pipetar 15 microlitros da amostra; 
★ No tubo de branco agora coloca 15 microlitros de água destilada; 
★ Agora os 3 tubos são incubados a 37°C por 4 minutos; 
★ Passados os 4 minutos, vamos realizar a leitura da absorbância a 550 nm 
★ Primeiro é necessário zerar o equipamento com o tubo de branco; 
★ Quem está apresentando mais a cor púrpura é o padrão que está na concentração de 6 g/dL, significa que só de olhar o teste dá para ver que ele vai ter uma concentração abaixo disso. Então, se você fizer o cálculo e achar que a concentração do teste deu tipo 6,5 ou 7 quer dizer que você fez algo de errado, já que o padrão é 6 e a cor púrpura está mais alta nele, então teria que dar um valor menor que 6; 
★ Coloca o branco na cubeta e vai zerar o equipamento; 
★ Nesse equipamento a gente aperta a tecla 100% de transmitância que equivale a 0 de absorbância (você vai zerar a absorbância);
★ Espera estabilizar e aparecer o 0; 
★ Como o branco só tem reagente de trabalho e água, então você tira o excesso e vai colocar logo o padrão na cubeta; 
★ A absorbância do padrão deu 0,281; 
★ Agora vamos fazer a leitura do teste. Coloca a amostra na cubeta previamente limpa e seca; 
★ A absorbância do teste foi de 0,215; 
★ Agora você tem a absorbância do teste, a do padrão e a concentração do padrão que é 6 g/dL, agora só precisa encontrar a concentração de proteínas totais da amostra; 
★ Dividindo a absorbância do teste pela do padrão e multiplicando por 6 você encontra 4,59 g/dL. 
→ Vídeo 3/4: Introdução - Dosagem de Albumina 
★ Albumina é a proteína mais importante do plasma humano, representando de 40-60% do total de proteínas plasmáticas; 
★ O nível plasmático de albumina é muito utilizado como parâmetro para avaliar o estado nutricional, função hepática, renal, e também na investigação de doenças crônicas; 
★ Princípio: a albumina tem uma grande propriedade de se ligar a ânions orgânicos e moléculas complexas como corantes aniônicos; 
★ O sistema de medição nesse princípio se baseia no desvio do pico de absorção máxima de um corante complexo, nesse caso o verde de bromocresol que ao se ligar à albumina gera um pico de absorção máxima na faixa de 600-640 nm; 
★ Esse pico de absorção é proporcional a quantidade de albumina na amostra até uma concentração máxima de 6 g/dL mais ou menos; 
★ Dependendo da faixa de pH esse corante verde de bromocresol vai mudar de cor. Varia do amarelo (forma ácida), passa pelo verde na faixa de pH 3,8-5,4 (forma mais estável) até o azul (quando se encontra em pH básico); 
★ Quando entra em contato com a albumina fica verde e indica a positividade do teste; 
★ O kit para a dosagem geralmente vem com 2 reagentes: o reagente de cor (reagente de trabalho) que nesse caso é o verde de bromocresol na concentração de 300 micromol/ L, uma solução tampão 60 mmol/ L (para manter o pH estabilizado na faixa de 3,8, cor amarelada), e um éter de polihidroxi etilenoglicol (Brij-35) numa concentração maior ou igual a 6 mmol/ L; 
★ Esse brij-35 é um detergente surfactante muito utilizado em solução tampão para manter a estabilidade de corantes; 
★ O kit também vem com uma solução padrão (calibrador) que é uma solução de albumina na concentração de 3,8 g/dL e azida sódica 15,4 mmol/ L;
★ Para fazer a dosagem é necessário separar 3 tubos de ensaio: 1 tubo do padrão, 1 tubo teste e 1 branco para zerar o espectrofotômetro; 
★ No tubo padrão vamos pipetar 2 mL do reagente de cor e 20 microlitros da amostra padrão de albumina; 
★ No tubo teste vamos pipetar 2 mL do reagente de cor + 20 microlitros da amostra teste; 
★ No tubo branco vamos pipetar 2 mililitros do reagente de cor; 
★ Em seguida vamos homogeneizar os 3 tubos para a perfeita mistura dos componentes e aguardar 2 minutos à temperatura ambiente antes de fazer as análises; 
★ Essa reação é estável até 10 minutos; 
★ Uma vez passados os 2 minutos iremos determinar as absorbâncias do tubo teste e do tubo padrão no comprimento de onda de 630 nm que é o recomendado pelo kit, mas para isso primeiro devemos calibrar o aparelho, zerando ele com o reagente de cor presente no tubo branco;
★ Uma vez determinada a absorbância do tubo teste e padrão, através da regra de 3

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