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Introdução à Fisiologia e seus Sistemas

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d
 Página 1 
Introdução à Fisiologia --------------------------------------------------------------------------------------- pág. 3
Bioquímica Celular ------------------------------------------------------------------------------------------- pág. 4
Fisiologia da Membrana Plasmática ------------------------------------------------------------------------ pág. 6
Fluidoterapia ------------------------------------------------------------------------------------------------ pág. 7
Fisiologia do Sistema Nervoso ------------------------------------------------------------------------------ pág. 11
Sistema Nervoso Central ---------------------------------------------------------------------------------- pág. 15
Sistema Nervoso Periférico ------------------------------------------------------------------------------- pág. 17
Fisiologia Muscular ------------------------------------------------------------------------------------------ pág. 20
Sistema Endócrino ------------------------------------------------------------------------------------------ pág. 23
Sistema Circulatório ---------------------------------------------------------------------------------------- pág. 33
Sistema Respiratório --------------------------------------------------------------------------------------- pág. 41
Fisiologia Renal --------------------------------------------------------------------------------------------- pág. 53
Equilíbrio Ácido-Base --------------------------------------------------------------------------------------- pág. 64
Sistema Renal das Aves ----------------------------------------------------------------------------------- pág. 65
Sistema Digestório ----------------------------------------------------------------------------------------- pág. 66
Sistema Reprodutor Masculino ---------------------------------------------------------------------------- pág. 80
Sistema Reprodutor Feminino ----------------------------------------------------------------------------- pág. 84
 Página 2 
Estudo das funções corporais.→
Funcionamento do corpo considerando mecanismos de ação que 
envolvem sequências de causa e efeito em processos físicos e 
químicos.
→
Relação entre fisiologia e anatomia, pois as funções corporais são 
dependentes da estrutura das partes corporais que as executam.
→
As funções corporais são divididas em órgãos e sistemas, como por 
exemplo, como funciona o coração e como funciona o sistema 
cardiovascular.
→
Os animais são conjuntos de sistemas interligados, sendo então um 
organismo.
→
A fisiologia é a base para entender todos os processos clínicos e 
manejo, como por exemplo, a umidade nos galpões tem que ser 
controlada em dias muito quentes.
→
Quando você encontra algo anormal na fisiologia, você avalia o 
resultado e começa as suposições do que está errado e qual a 
doença.
→
A fisiologia agrega as matérias de anatomia, histologia, biologia celular 
e bioquímica.
→
Definição
Histórico
É chamado de "pai da medicina" pois foi ele que conseguiu pensar em 
funcionamento animal, deu início a classificação taxonômica, fazendo 
com que cada um dos seres vivos tivesse um nome em particular. 
Não compartilhava do mesmo pensamento sobre doenças que os 
gregos antigos tinham, não relacionava a ciência com religião.
→
Aristóteles começou a abrir corpos por não acreditar no mesmo 
pensamento dos gregos antigos, ele acreditava que para cada 
doença existia seres minúsculos que a causava, já tendo o conceito 
de bactérias, vermes e etc. Relacionava algumas doenças com a 
higiene, tirando a doença do padrão religioso.
→
Aristóteles (384 - 322 a.C.): foi um pensador da Grécia Antiga, chamado de 
"pai da medicina", classificou mais de 500 espécies de peixes, examinou o 
estômago dos ruminantes, a vida das abelhas e os processos vitais das 
plantas. É um dos mais notáveis filósofo e cientista da antiguidade.
Na idade média teve muito avanço na medicina, Leonardo da Vince teve 
muita contribuição para o sistema cardiovascular e entre outros.
"Todos os mecanismos vitais, apesar de sua diversidade, têm apenas 
uma finalidade, a de manter constante as condições de vida no 
ambiente interno".
→
Claude Bernard (1813 - 1878): chamado de "pai da fisiologia", na sua época a 
fisiologia já estava adiantada, porém, ele foi um fisiologista francês que 
conceituou a homeostase. Não teve muito interesse em saber como os 
órgãos funcionavam, foi um dos primeiros a falar que os animais não 
sentiam dor.
Homeostase
Devemos entender a homeostase como sendo a tendência a manutenção 
das condições internas de um organismo, sempre dentro dos parâmetros 
normais ou fisiológicos, a cada momento em que houver a tendência a um 
desequilíbrio, os mecanismos de homeostase se apresentarão para garantir 
a regulação, ou o retorno à normalidade. 
A homeostase é quando o corpo está em desequilíbrio e começa a tentar 
entrar em equilíbrio, essa tentativa é a homeostase, ou seja, é a tentativa 
de equilíbrio do organismo frente a uma anormalidade, é algo muito bom, 
mas dependendo do tempo em que ela se instalar pode causar prejuízos.
EXEMPLO: quando bebe pouca água e o organismo diminui a "produção" de 
urina.
Toda vez que seu corpo tem que fazer algo para que uma anormalidade 
seja reparada, isso é uma homeostase, sendo um processo fisiológico. 
Quanto mais homeostase seu corpo fazer, mais desequilibrado ele está.
A homeostase não é boa e nem ruim, as vezes causa prejuízos.
Meio interno
O corpo vivo, embora necessite do ambiente que o circunda, é 
relativamente independente do mesmo. Essa dependência do organismo 
em relação ao seu ambiente externo deriva do fato de que nos seres 
vivos, os tecidos são removidos das influências externas diretas e são 
protegidos pelo ambiente interno que é constituído por fluídos que 
circundam no corpo.
A tendência do nosso corpo é em trabalhar por si só, mas em sistemas 
conjuntos. O que é dentro do nosso corpo é chamado de meio interno, 
tentando trabalhar na normalidade, porém, é afetado por coisas do meio 
externo, alterando o funcionamento. Através da homeostase, ocorre 
uma tentativa de o corpo trabalhar na sua normalidade.
Retroalimentação ou feedback
RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA: uma alteração em uma variável 
promove essa alteração em sentido oposto, por exemplo:
BAIXA Tº CORPORAL ----------> AUMENTA Tº CORPORAL
Para que uma função seja exercida no nosso corpo, pode 
precisar de dois hormônios.
→
São duas ações inversamente proporcionais, se tem muita 
prostaglandina terá pouca progesterona, ou seja, quando a 
prostaglandina está alta, a progesterona está baixa, quando a 
progesterona está alta a prostaglandina está baixa. O sistema 
endócrino funciona invertido, quando um hormônio sobe o outro 
desce..
→
BAIXA PROSTAGLANDINA ----------> AUMENTA PROGESTERONA
RETROALIMENTAÇÃO POSITIVA: é a menos comum, uma ação acontece 
por conta de outra ação, possuindo o mesmo sentido, por exemplo: 
entrada de sódio na célula do cérebro promove a abertura de novos 
canais de sódio.
Toda vez que tem cálcio no corpo acontece a contração 
muscular, quando não tem cálcio, não tem contração muscular. As 
duas ações acontecem no mesmo sentido, sendo dependente de 
uma outra ação.
→
PONTO DE AJUSTE: febre e concentrações de sangue.→
AUMENTA CÁLCIO ------> AUMENTA A CONTRAÇÃO MUSCULAR
QUAIS SÃO AS SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS E INORGÂNICAS?1)
ORGÂNICAS -> carboidratos, lipídios, vitaminas, proteínas, ácidos 
nucléicos e glicídios.
QUAL É A DIFERENÇA QUÍMICA DA SUBSTÂNCIA ORGÂNICA 
PARA A SUBSTÂNCIA INORGÂNICA?
2)
INORGÂNICAS -> água e sais minerais.
QUAL É A FUNÇÃO DE CADA UMA DAS SUBSTÂNCIAS 
ORGÂNICAS?
3)
As SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS são todas aquelas que não são 
sintetizadas pelos organismos vivos, exemplo: água, essas substâncias 
não possuem o carbono como principal elemento da sua composição. As 
SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS são sintetizadas pelos seres vivos, também 
chamadas de biomoléculas, açúcares, proteínas e lipídios sãosubstâncias 
orgânicas encontradas nos tecidos vivos, estas têm como principal 
elemento de sua composição o carbono e o hidrogênio, também pode 
conter oxigênio, nitrogênio, enxofre´, fósforo, boro e entre outros.
 Página 3 
Os CARBOIDRATOS possuem diversas funções, dentre elas temos 
principalmente a função energética, sendo o maior provedor de energia 
para os seres vivos, possuem também, as funções: plástica (participando 
de estruturas, como a celulose que é um açúcar que forma a parede 
celular das células vegetais e, queratina que forma a parede celular dos 
fungos e compõem a carapaça dos artrópodes), composição química dos 
ácidos nucléicos e são divididos em: monossacarídeos, dissacarídeos e 
polissacarídeos.
Os LIPÍDIOS são insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos (ex. 
éter, álcool e clorofórmio), constituem as membranas, são encontrados 
livres nas células, servindo como material de reserva energética, como as 
gorduras. Também atuam como hormônios (ex. hormônios sexuais). Seu 
principal grupo é formado pelos glicerídeos (óleos e gorduras, é o mais 
importante como fonte energética), fosfolipídios (componentes das 
membranas celulares), cerídeos (cera) e esteroides (hormônios).
As PROTEÍNAS desempenham importantes funções nas células, sendo os 
principais componentes estruturais dos organismos, compondo as 
membranas celulares, formando o citoesqueleto, mantendo a forma da 
célula e participando dos mecanismos de movimentação celular (ex. 
contração muscular), formam cílios e flagelos, constituem as fibras que 
ocorrem nos espaços intracelulares destes tecidos, proporcionando 
resistência e elasticidade. Exemplos de proteínas: enzimas (são 
catalisadoras, ou seja, aumentam a velocidade das reações químicas), 
anticorpos ( atuam na defesa do organismo) e hormônios (ex. a insulina e o 
glucagon que atuam no metabolismo de açúcares).
Os aminoácidos são as estruturas que irão formar as proteínas, existindo 
20 tipos diferentes de aminoácidos, cada tipo de proteína existente é 
composto sempre pelos mesmos tipos de aminoácidos, em determinado 
número e dispostos na mesma ordem, ou seja, uma determinada proteína 
tem sempre a mesma sequência de aminoácidos, desempenhando a mesma 
função.
Os ÁCIDOS NUCLÉICOS são divididos em ácido desoxirribonucleico (DNA) e 
ácido ribonucleico (RNA). O DNA é o principal constituinte dos cromossomos, 
é neles que estão os genes. O RNA participa do processo de síntese de 
proteínas. Ambos são formados por várias unidades de nucleotídeos..
Vitamina A-caroteno: importante no crescimento, protege o 
aparelho respiratório, digestivo e urinário, também é importante 
para a visão (vitamina lipossolúvel).
→
Vitaminas do complexo B: são hidrossolúveis, atuam principalmente 
como coenzimas no metabolismo celular, são elas: B1 (tiamina) -
importante na transformação de carboidratos em lipídios e participa 
diretamente na excitação dos nervos periféricos, funciona como 
coenzima importante no metabolismo energético da glicose, 
convertendo-a em gordura, também atua na manutenção do apetite 
e do tônus muscular, é recomendado para a manutenção, 
crescimento e reprodução dos animais -, B2 (riboflavina) - atua no 
metabolismo energético e tem função essencial nas reações de 
oxidação em todas as células do organismo, para a liberação de 
energia, sendo necessária na dieta de animais monogástricos, pois os 
ruminantes a sintetizam através da microflora ruminal e intestinal. É 
importante também no metabolismo de aminoácidos, ácidos graxos e 
carboidratos, também é um importante pigmento da retina, 
participa do funcionamento da glândula adrenal e é importante para
→
As VITAMINAS são substâncias orgânicas necessárias aos organismos, em 
pequenas quantidades, onde a sua ausência pode acarretar em doenças que 
decorrem de carências nutritivas. As vitaminas A, D, E e K são de natureza 
lipídica. Não são produzidas no organismo, sendo necessária a sua ingestão, 
funcionam como aditivos, sendo indispensáveis para o mecanismo de 
produção de energia e outros.
Vitamina C (ácido ascórbico): é uma importante substância 
antioxidante para o organismo, uma de suas principais funções é 
de co-fator para a formação e manutenção do colágeno, é uma 
vitamina hidrossolúvel.
→
Vitamina D (calciferol): fortalecimento dos ossos e dos dentes, 
coagulação do sangue, é uma vitamina lipossolúvel.
→
Vitamina K (naftoquinoma): coagulação sanguínea, é uma vitamina 
lipossolúvel.
→
QUAL É A DOENÇA CARENCIAL DE CADA UMA DAS 
SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS?
4)
a produção de corticosteroides no córtex da glândula adrenal -, B3 
(niacina ou ácido nicotínico) - importante constituinte de 2 coenzimas do 
organismo, o NAD e o NADP, necessário para a respiração celular, 
processo que ocorre nas mitocôndrias. A nicotinamida também participa 
do metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas. Nos ruminantes não 
são necessárias por conta da síntese da microbiana ruminal, mas é 
essencial nas dietas de animais não ruminantes, para a prevenção de 
muitos distúrbios metabólicos da pele, trato gastrointestinal e outros 
órgãos. Também possui efeito específico sobre o crescimento animal, 
diminui os níveis de colesterol e protege contra infarto do miocárdio -, 
B6 - atua na forma de coenzimas, realiza o metabolismo de gorduras, 
proteínas e carboidratos, o metabolismo de aminoácidos, necessária na 
dieta de animais monogástricos, que requerem suplementação, 
sobretudo durante a fase de crescimento e reprodução -, B12 - exerce 
função na síntese de ácidos nucléicos, formação de hemácias, 
manutenção do tecido nervoso e biossíntese de grupos metil (-CH3). 
Participa do metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, é 
essencial para o crescimento animal. Todas as espécies animais não 
ruminantes necessitam dessa vitamina na ração -.
B1: perda de apetite, fadiga muscular, nervosismo e beribéri.→
B2: ruptura da mucosa da boca, dos lábios, da língua e das 
bochechas.
→
B3: inércia e falta de energia, nervosismo extremo, distúrbios 
digestivos e pelagra.
→
B5: anemia, fadiga e dormência dos membros.→
B6: inflamações na pele, distúrbios neuro-musculares.→
B9: anemia, esterilidade masculina, na gestação predispõe 
malformação do feto, conhecida como espinha bífida.
→
B12: anemia perniciosa e distúrbios nervosos.→
C: inércia e fadiga em adultos, insônia e nervosismo em crianças, 
sangramento de gengivas, dores nas juntas, dentes alterados, 
escorbuto, problemas de pele e gengivite.
→
A: cegueira noturna (xeroftalmia), "olhos secos" em crianças e 
cegueira total.
→
D: problemas nos dentes, ossos fracos, contribui para os 
sintomas da artrite, raquitismo.
→
E: esterilidade masculina e aborto.→
K: hemorragia.→
QUAL É A FUNÇÃO DE CADA UMA DAS SUBSTÂNCIAS 
INORGÂNICAS?
5)
As doenças carenciais das principais vitaminas, são:
ÁGUA: sua propriedade mais importante é a polaridade, é um solvente 
excelente para outras substâncias iônicas ou polares, da coesão. Resiste 
a mudanças de temperatura, durante a digestão, as reações de 
decomposição quebram as grandes moléculas dos nutrientes em 
moléculas menores pela adição de moléculas de água, essa reação é 
chamada de hidrólise.
Cálcio (Ca): atua na formação de tecidos, ossos e dentes, age na 
coagulação do sangue e contração muscular. Sua falta provoca: 
→
SAIS MINERAIS: 
 Página 4 
Fósforo (P): atua na formação de ossos e dentes, ATP e das 
moléculas dos ácidos nucleicos. Sua falta provoca maior probabilidade 
de ocorrência de fraturas e raquitismo.
→
Ferro (Fe): indispensável na formação da hemoglobina que atua como 
veiculadora de gases para todo o organismo. Sua falta provoca: 
anemia ferropriva.
→
Iodo (I): é formador de hormônios da tireoide, T3 e T4. Sua falta 
provoca: bócio endêmico e desordens metabólicas associadas.
→
Cloro (Cl): constitui os sucos gástricos (HCl). Sua falta provoca: 
deficiência digestiva de proteínas..
→
Potássio (K): atua associada ao sódio no sistema muscular, contribui 
para a conduçãodo impulso nervoso. Sua falta provoca: diminuição 
da atividade muscular, inclusive a do coração.
→
Magnésio (Mg): forma a clorofila. Sua falta provoca: clorose nos 
vegetais (perda da cor verde).
→
Flúor (F): forma o esmalte nos dentes. Sua falta provoca: cáries 
dentárias.
→
Sódio (Na): atua associada ao potássio no sistema muscular, contribui 
para a condução do impulso nervoso. Sua falta provoca: cãibras, 
retardamento na cicatrização de feridas e hipotensão.
→
QUAIS SÃO AS DOENÇAS CARENCIAIS DE CADA UMA DAS 
SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS?
6)
osteoporose, raquitismo e enfraquecimento dos dentes.
CÁLCIO: deformação óssea na fase de crescimento, retardo no 
crescimento, enfraquecimento dos dentes e nos mais idosos causa 
osteoporose (ossos ficam fracos e quebradiços, podendo causar fraturas 
espontâneas).
CLORO: normalmente está em equilíbrio com o sódio e potássio.
COBALTO: fadiga crônica, falta de resistência física, perda de sensibilidade, 
depressão mental, anemia e retardo no crescimento.
COBRE: diminui a absorção de ferro pelo organismo.
CROMO: ansiedade, fadiga, problemas de crescimento e fraqueza muscular.
ENXOFRE: fraqueza física e mental, dores nos ossos e articulações, odor 
ruim na saliva.
FERRO: causa anemia, pois predispõe fadiga crônica pela quantidade 
reduzida de oxigênio nos tecidos.
FLÚOR: baixa visão, cáries, susceptibilidade à perda auditiva, língua escura e 
tremores ósseos.
FÓSFORO: maior possibilidade de fraturas, músculo atrofiados, alterações 
nervosas e raquitismo (enfraquecimento e amolecimento dos ossos).
IODO: pode resultar em bócio (aumento de volume da glândula tireoide, 
inchando-a ou formando nódulos na região do pescoço, tendo dificuldades 
para respirar e deglutir, além de tossir com mais frequência), obesidade e 
cansaço.
MAGNÉSIO: aumento da sensibilidade térmica, hipertensão (tensão acima do 
normal exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos) e fraqueza.
MOLIBDÊNIO: taquicardia, náusea e vômitos, letargia, desorientação e 
taquipneia.
POTÁSSIO: diminui a atividade muscular, inclusive do miocárdio.
SELÊNIO: é rara, mas contribui para doenças cardíacas, disfunção da 
tireoide e depressão do sistema imune.
SÓDIO: cãibras, retardamento na cicatrização de feridas, tonturas e 
hipotensão arterial.
ZINCO: deprime o sistema imunológico, diminui a produção de hormônios 
masculinos, favorece a perda do paladar e do olfato.
.Resumo
SUBSTÂNCIA ORGÂNICA: carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.→
SUBSTÂNCIA INORGÂNICA: elemento químicos da tabela periódica.→
DOENÇA CARENCIAL: doença causada pela falta da substância.
FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS→
Hormonal, estrutural, defesa, transporte de gases (através das 
hemácias) e enzimas. A unidade funcional são os aminoácidos, sendo 
constituída por no mínimo vinte tipos de aminoácidos. 
FUNÇÃO DOS LIPÍDIOS →
As proteínas, glicídios e lipídios são cadeias longas, constituídas por várias 
unidades funcionais que passam pelo lúmen intestinal, caindo na corrente 
sanguínea, sendo absorvidas. TODOS OS NUTRIENTES SÃO QUEBRADOS 
POR UMA ENZIMA.
Sua unidade funcional são os ácidos graxos.
Hormonal (esterol: estrogênio, progesterona e testosterona), absortiva 
(com as vitaminas A, D, E e K sendo de natureza lipídica), estrutural, 
energética e protetora (cera).
FUNÇÃO DOS GLICÍDIOS→
A mitocôndria produz ATP para a contração muscular, o ATP é formado 
a partir do açúcar ingerido, o açúcar cai na corrente sanguínea e se liga 
na insulina que entra na mitocôndria e faz o ciclo de Krebs e através da 
respiração celular vira ATP (é pouco armazenado). O excesso de 
carboidrato que não foi transformado em ATP vai para o tecido adiposo, 
ou seja, vem no tecido adiposo o hormônio glucagon, enviando o 
triglicerídeo para o fígado que o transforma em piruvato (açúcar, 
quando quebrado é a base da glicose), entrando na mitocôndria e 
transformando-a em ATP, sendo a neoglicogênese.
Monossacarídeo: é um carboidrato menor, tem no máximo 10 
carbonos, sua absorção é imediata.
1.
Dissacarídeo: é um carboidrato intermediário, constituído por dois 
monossacarídeos, tem que ser quebrado para a absorção. 
2.
Polissacarídeo: mais de 1000 carbonos, ex. celulose (parede 
celular dos vegetais) e glicogênio (é quebrada em monossacarídeo 
e se transforma em energia). A celulose será quebrada pela 
celulase (enzima), os animais que apresentam essa enzima são os 
poligástricos e monogástricos herbívoros. 
3.
Estrutural e energética. Sua unidade funcional são os monossacarídeos.
VITAMINAS→
Sua função estrutural tem relação com o glicocálice, que é a parede 
celular dos fungos, bactérias e vegetais.
Divididos em lipossolúvel e hidrossolúvel. O cálcio só é absorvido através 
da vitamina D no intestino. A vitamina E faz a proteção de neurônios e 
células da glia, atuando principalmente no sistema nervoso.
ÁGUA→
As doenças carenciais são sérios problemas para os animais. O excesso 
de vitaminas não faz bem, sobrecarrega o rim, fígado e outros órgãos. 
As vitaminas não são armazenadas.
SAIS MINERAIS→
É o solvente universal (dissolve quase tudo, menos a gordura), participa 
de 99% de todas as reações químicas (ex. hidrólise). Para que aumente a 
temperatura corporal tem que aumentar a temperatura da água 
(quando aumenta no organismo a temperatura da água, aumenta 1ºC no 
corpo e assim por diante), os animais trabalham bem até 40ºC, muitas 
proteínas desnaturam acima de 40ºC. Pacientes desidratados podem 
apresentar hipotermia, pois não tem o ganho de temperatura através 
da água, não tendo uma regulação.
O átomo de ferro presente na hemoglobina que prende o oxigênio e o 
gás carbônico na hemácia. O cálcio ajuda na calcificação, constituindo os 
ossos, importante para a contração muscular. O cálcio em excesso pode 
calcificar cartilagens, órgãos moles (ex. fígado e intestino) e etc.
 Página 5 
Membrana plasmática
FUNÇÃO: separar o conteúdo extracelular do intracelular, é constituído por 
proteínas e lipídios. 
PROCARIONTE: não tem um núcleo organizado e nem todas as 
organelas citoplasmáticas, só os ribossomos.
→
EUCARIONTE: apresenta núcleo e organelas, são complexos.→
O citoplasma é um espaço celular preenchido pelo citosol, onde fica 
mergulhado o núcleo e as organelas citoplasmáticas.
→
A célula é um compartimento microscópio isolado do ambiente pela 
membrana plasmática em todos os seres vivos.
A membrana plasmática é uma barreira de permeabilidade que permite à 
célula manter um meio químico apropriado para os seus processos 
metabólicos, regular o volume citoplasmático e transferir informações sob 
a forma de sinais químicos e elétricos.
Permite a compartimentalização funcional da célula com possibilidade de 
limitar processos bioquímicos a certos locais.
É uma estrutura firme, com bastante resistência, mas não é dura. A 
membrana plasmática muda sua conformação através das substâncias 
presentes na célula, sem que a lesione, é maleável. 
Dupla camada de lipídio, em um determinado segmento da membrana 
plasmática temos um espaço, preenchido por uma proteína.
É lipoprotéica, os carboidratos prendem as substâncias que estão passando 
ao redor da célula, reconhecem as substâncias circulantes capturando-as, 
passando pela membrana plasmática, para que a proteína a pegue ou, 
passa direto, como é o caso dos gases (oxigênio e gás carbônico).
As proteínas secundárias (moléculas de proteínas do lado de fora), tem a 
função de recepção, sendo receptores de membrana, quase todos os 
medicamentos para fazer efeito tem que se ligar nesses receptores.
As moléculas de proteínas do lado de dentro da célula, transportam as 
substâncias de dentro da célula.
O receptor da membrana se encaixa com o medicamento, desempenhando 
a função na qual foi destinado, sendo o mecanismo de ação. O hormônio 
também se encaixa nos receptores.
A proteína principal faz a segunda função da membrana plasmática, 
fazendo o transporte seletivo, responsável pela entrada e saída de 
substâncias, nem toda a substância do lado de dentro sai e vice-versa, 
dependeda necessidade da célula.
Constituição da membrana plasmática
FOSFOLIPÍDIOS 1.
PROTEÍNAS2.
Os principais lipídios presentes na membrana celular são os fosfolipídios, 
colesterol e os glicolipídios. Sua distribuição pelas duas camadas é 
assimétrica, o que pode refletir as diferentes funções das duas 
superfícies da membrana.
As proteínas são responsáveis pela maioria das funções da membrana 
celular. As proteínas da membrana dividem-se com base na força de 
interação com os fosfolipídios, em intrínsecas e extrínsecas. 
As proteínas extrínsecas ou periféricas ligam-se às superfícies interna 
ou externa e podem ser removidas por procedimentos químicos fracos.
As proteínas intrínsecas ou integrais (proteína principal) interagem com 
os lipídios de membrana e somente são removidos por detergentes 
potentes ou solventes orgânicos.
Funções da membrana
Mecanismos de transporte, permitindo a passagem de 
substância para dentro e para fora da célula.
→
Receptores de transporte, encarregadas de receber sinais de 
substâncias que levem alguma mensagem para a célula.
→
Adesão de células adjacentes em um tecido, servem como ponto 
de ancoragem para o citoesqueleto.
→
As proteínas da membrana plasmática exercem grandes variedades de 
funções:
Nunca uma substância do lado de fora terá a mesma quantidade do lado 
de dentro, permitindo assim, a entrada e saída de substâncias, estando 
em movimento, possui diferença no gradiente de concentração.
Função de agrupar as células, juntar as células proporcionando 
resistência (exemplo: barreira hematoencefálica). 
Transporte transmembrana
TRANSPORTE PASSIVO: não gasta energia, movimentação de 
substâncias do meio mais concentrado para o menos 
concentrado.
1.
TRANSPORTE ATIVO: gasta energia, movimentação de substâncias 
do meio menos concentrado para o mais concentrado.
2.
Só entra e sai da célula substâncias necessárias, faz o transporte 
seletivo e a permeabilidade seletiva, executa a função de transporte em 
2 tipos:
Há constante troca de substâncias entre a célula e o meio externo, mas 
apenas as substâncias necessárias devem entrar ou permanecer na 
célula, enquanto as indesejáveis devem sair ou ficar fora dela.
De modo geral, podemos dizer que as substâncias atravessam a 
membrana plasmática de duas maneiras: transporte ativo (substância 
em baixa concentração vai para um lugar de alta concentração, indo 
contra o gradiente de concentração) e o transporte passivo (substância 
em um meio mais concentrado vai para um meio menos concentrado, vai 
a favor do gradiente de concentração. 
No transporte passivo, uma substância move-se de uma região em que 
está mais concentrada para a outra em que está menos concentrada. 
Nesse caso, não há gasto de energia.
No transporte ativo, ocorre o inverso, a substância move-se contra o 
gradiente de concentração, havendo consumo de energia.
DIFUSÃO: passagem de soluto (gás, sólidos ou líquidos) do meio →
Movimentação de soluto ou de solvente. A movimentação do soluto
recebe o nome de difusão.
 Página 6 
mais concentrado para o meio menos concentrado. Pode passar pela dupla 
camada de lipídios ou pela proteína. Se estiver mais concentrado dentro da 
célula a substância vai para fora, se estiver mais concentrado fora da 
célula, a substância entra para dentro da célula.
OSMOSE: compreende a passagem do solvente do meio menos 
concentrado para o mais concentrado de soluto, tenta equilibrar os 
dois meios.
→
A desidratação é a saída de água para fora da célula, desidratando a célula.
Células de diversos organismos mantêm diferentes concentrações internas 
de íons e de outras substâncias em relação ao meio extracelular. O íon 
potássio está em altas concentrações dentro da célula e em baixas 
concentrações fora da célula. Já o sódio está em altas concentrações fora 
da célula e em baixas concentrações dentro da célula, isso é um exemplo da 
bomba de sódio e potássio. Durante a ação do neurônio, para gerar 
eletricidade, acontece: entra sódio e sai potássio, gerando a eletricidade, 
ocorre a inversão da bomba de sódio e potássio, gerando o potencial de 
ação, se transforma em um transporte passivo.
Os lipídios que atuam como lubrificante, ex: mesentérico, peritônio, 
omento...

GLICÍDIOS: função energética e estrutural.
A alta temperatura quebra a ligação peptídica formando os 
aminoácidos, perdendo sua função.

Vitamina D: reabsorve cálcio no intestino.
HOMEOSTASE: mecanismo que evita a desidratação.
Definição
Restauração do volume e composição dos líquidos corporais e manutenção 
do equilíbrio líquido, de modo que a interação destes componentes através 
de medidas terapêuticas corrija as perdas de líquidos e equilíbrio 
eletrolítico.
Processo que repõe água e sais minerais em um corpo que sofreu 
perda, ex. em casos de desidratação, faz fluidoterapia, a desidratação é 
a perda do volume líquido e da quantidade eletrolítica do paciente.
Utilização
Correção de desidratação ou manutenção da hidratação em pacientes 
que não estão se alimentando ou ingerindo água.
Manutenção do acesso venoso para a administração de medicamentos 
ou para preservar a função renal em pacientes anestesiados.
Reposição de água e eletrólitos, pode fazer a fluidoterapia via oral e 
intravenosa. A via intravenosa também serve como forma de 
administração de medicamentos, usada como veículo de uma 
determinada droga.
Distribuição da água corpórea e 
eletrólitos
Dos 100% temos: 40% está no espaço intracelular e os outros 
60% está no espaço extracelular, interstício e transcelular (a 
água das cavidades, ex. bexiga, olho, articulações e etc).
→
70% do peso vivo de um determinado indivíduo é água -> isso vira 100% 
da água corporal.
A água é a substância mais abundante nos seres vivos, todas as reações 
químicas do organismo são realizadas em meio aquoso.
A água corporal total representa de 60% a 70% do peso corporal, 
porém considera-se menor em animais idosos (cerca de 50%) e obesos, 
e uma porcentagem maior em animais jovens (pode chegar até 80%), 
em indivíduos adultos varia em 70%. Entre uma espécie e outra não 
costuma variar a quantidade de água.
40% está localizada no espaço intracelular e 20% no espaço 
extracelular, que inclui plasma e espaço intersticial. Tomar cuidado com a 
desidratação de animais idosos, pois qualquer perca de água é 
significativa para eles.
A água ingressa no organismo através dos alimentos e da água ingerida 
e é eliminada pela pele, pulmão, rins e intestino. Mesmo que ocorram 
variações no consumo e perda de água e eletrólitos no organismo, as 
concentrações destes nos diferentes compartimentos, é mantida de 
forma relativamente constante.
LIC: 40% do peso vivo.→
LEC: 20% do peso vivo -> líquido plasmático (5%), líquido 
intersticial (14%) e líquido transcelular (1% - via digestória, 
urinária, líquor, humor aquoso, cavidade peritoneal e líquido sinovial.
→
Nas espécies domésticas, aproximadamente 60% do peso corpóreo no 
adulto e 80% no neonato consiste de água divididos em compartimentos 
intracelulares (LIC) e extracelulares (LEC).
O constante movimento da água entre os compartimentos é decorrente 
do gradiente osmótico existente entre os dois lados da membrana 
celular.
Perda de água corporal
PERDAS IMPERCEPTÍVEIS: ocorrem pelo trato respiratório 
durante a respiração ou perdas pelo suor. Não consegue 
quantificar.
1.
PERDAS PERCEPTÍVEIS: consegue quantificar, facilmente 2.
A perda de água pode ocorrer por várias rotas em animais normais:
 Página 7 
detectadas e mensuradas como urina e fezes. Vômito, diarreia, hemorragia 
e poliúria resultam em aumento das perdas perceptíveis.
Como ocorrem os desequilíbrios? 
Causa mais comum de desidratação: não tomar água ao longo do dia.
Redução da ingestão de água.→
Diminuição da absorção: problema no intestino grosso e entre outras.→
Aumento da eliminação/secreção. →
Sequestro em cavidades ou na luz do tubo digestório.→
Acúmulo no espaço intersticial. →
Os desequilíbrios podem se estabelecer em qualquer uma das condiçõesa 
seguir:
Desidratação
Outra causa da desidratação é a desnutrição, ascite (acúmulo de água na 
cavidade abdominal).
CAUSAS: hipodipsia (pouca água, baixa ingestão), aumento das perdas 
por vômito, diarreia, febre, sudorese, queimaduras extensas e 
perdas para o terceiro espaço (ascite).
→
A desidratação ocorre sempre que as perdas diárias excedem o aporte de 
água para o organismo.
A água sai por osmose do meio menos concentrado para o mais 
concentrado que é o vaso sanguíneo, se o indivíduo carece de uma doença 
carencial que é a hipoproteinemia, a quantidade de proteína no sangue 
diminui e a água não vai para o vaso sanguíneo, se acumulando na cavidade 
abdominal. O tratamento é feito por uma sonda para retirar a água da 
cavidade e depois é corrigida a nutrição, a impermeabilidade capilar faz com 
que a água vá para o espaço extracelular se acumulando.
Disfagia: dificuldade na ingestão de água ou alimento.→
Obstrução esofágica: deglutição de corpos estranhos que causam a 
obstrução.
→
Diarreia.→
Poliúria.→
Peritonite difusa.→
Desequilíbrios hídricos, eletrolíticos e 
ácido-básicos em ruminantes
Pleurite difusa.→
Obstrução pilórica.→
Ectopias de abomaso.→
Obstruções intestinais.→
Acidose láctica ruminal.→
Choque endotoxêmico e septicêmico.→
Possui muita água oculta no alimento, animais que fazem a ingesta 
de água via alimentação têm que tomar cuidado com a 
desidratação quando tira esse alimento úmido..
→
Desidratação reduz a produção do leite -> de 30% em vacas com 
privação hídrica por 48 horas. 
Produção leiteira também é reduzida pela hipocloremia (diminuição de 
cloro) e hipocalemia (diminuição de cálcio) que frequentemente aparecem 
nas vacas desidratadas.
Consomem muita água.
Diarreias.→
Choque.→
Síndrome cólica.→
Desidratação após exercício físico extenuante.→
Ruptura de bexiga em potros.→
Obstrução ou ruptura esofágica.→
Desequilíbrios metabólicos.→
Doenças renais.→
As bactérias no intestino grosso dos equinos na presença de 
muitos carboidratos dá gases, expandindo o intestino grosso e 
causando cólica, não fazendo a absorção de água e resultando 
em diarreia.
→
O cavalo vomita, mas o esfíncter cárdico e pilórico é muito rígido, 
não conseguindo fazer os movimentos antiperistálticos com o 
alimento. 
→
Desequilíbrios hídricos, eletrolíticos e 
ácido-básicos em equinos
Avaliação do paciente
A desidratação é uma condição clínica, nunca é uma casa clínica/doença. 
Avaliação prévia do paciente para escolha adequada do tipo de 
fluidoterapia e a via de administração.
Histórico sobre a via de perda de fluído pode surgir o compartimento ou 
os compartimentos de fluídos envolvidos, assim como anormalidades no 
equilíbrio eletrolítico e ácido-básico do paciente.
Informações como período de tempo no qual ocorre a perda de fluído, 
estimativa de sua magnitude, consumo de alimentos e água, ocorrência 
de perdas gastrointestinais, urinárias ou perdas decorrentes de 
traumatismo, podem ser obtidas do proprietário.
Classificação da desidratação
HIPOTÔNICA1.
ISOTÔNICA2.
HIPERTÔNICA3.
Classificadas de acordo com a tonicidade do fluído que permanece no 
organismo após a perda de água e eletrólitos em:
As manifestações clínicas da desidratação irão variar com o tipo de 
desidratação. Dentro do nosso corpo temos uma solução (solvente + 
soluto).
 Página 8 
Perde mais soluto (sódio, potássio, cloro, magnésio...) do que solvente. Ocorre 
quando há perdas maiores de soluto do que de água, levando à hiponatremia.
Transposição de água do LEC (líquido extracelular) para o LIC (líquido 
intracelular), levando a uma diminuição severa do volume circulante e sinais 
clínicos evidentes de desidratação. 
CAUSAS: insuficiência adrenocortical e uso abusivo de diuréticos.
SINAIS CLÍNICOS: convulsões.
Perde proporcionalmente soluto e solvente, numa desidratação isotônica 
perde outros minerais, não perde muito sódio (faz co-transporte com a 
célula, sendo a tendência da água não sair da célula).
O meio intracelular e o extracelular tendem ser normais. Ocorre diminuição 
proporcional de água e sais, permanecendo a osmolalidade inalterada.
A concentração de sódio permanece normal, não havendo transposição de 
água entre o LEC e o LIC. 
CAUSAS: vômito, diarreia, anorexia, choque hipovolêmico, glicosúria, doença 
renal, lesão de tecidos moles e peritonite.
SINAIS CLÍNICOS: hematócrito normal, PPT (proteínas plasmáticas totais) 
normal.
Perde mais solvente do que soluto, ocorre quando há perda maior de água 
do que soluto, levando à hipernatremia. 
Há transposição de água do LIC para o LEC, a migração de água do LIC para 
o LEC minimiza os sinais de desidratação. 
CAUSAS: aumento de perdas insensíveis, salivação excessiva, estresse e 
enfermidades que causam com febre intensa e diabetes insípido.
HIPERTÔNICA: vômito, diarreia, diabetes melito, insuficiência renal, 
queimaduras, diabetes insípido, diminuição da ingestão de água.
→
ISOTÔNICA: vômito, diarreia, hemorragia e hipoadrenocorticismo. →
HIPOTÔNICA: diuréticos, peritonite, pancreatite, diarreia, hemorragia 
e hipoadrenocorticismo. 
→
Avaliação do grau de desidratação
Os sinais clínicos relacionados à perda hídrica, são: perda de peso, aumento 
da frequência cardíaca e do tempo de preenchimento capilar, perda de 
elasticidade cutânea, ressecamento das mucosas, diminuição da 
temperatura nas extremidades, diminuição da produção de urina e de saliva.
Porcentagem de 
desidratação
Sinais clínicos
<5 (muito suave) Não detectável. Histórico: menor ingestão de água
5-6 (suave) Discreta perda do tugor cutâneo ou elasticidade 
cutânea. Histórico: episódios esporádicos de vômito e 
diarreia.
Porcentagem de 
desidratação
Sinais clínicos
6-8 (moderada) Demora evidente o retorno da pele à posição normal, 
ligeiro prolongamento do tempo de preenchimento 
capilar, possível retração do globo ocular, possível 
ressecamento das membranas mucosas. Histórico:
impotência, vômito e diarreia moderados
10-12 (severa)
150 ml/kg de 
fluidoterapia
Permanência da pele em forma de "tenda" no local do 
teste, evidente prolongamento do tempo de 
preenchimento capilar, retração do globo ocular, 
ressecamento das membranas mucosas, possíveis 
sinais de choque (taquicardia, extremidades frias, 
pulso fraco e rápido). Histórico: anorexia, vômito e 
diarreia severos, insuficiência renal crônica.
12-15 (choque) Sinais evidentes de choque, morte eminente. 
Histórico: hemorragias e queimaduras.
Componentes da fluidoterapia
A fluidoterapia pode ser dividida em três categorias:
Soluções cristaloides administradas rapidamente em grandes 
quantidades.
→
Soluções cristaloides em concentração hipertônica. →
Soluções cristaloides misturadas com soluções coloidais.→
Soluções coloidais.→
1. EMERGENCIAL: pacientes que apresentam hipotensão severa e sinais 
clínicos de choque. Quando o paciente estiver hemorrágico.
Soluções cristaloides.→
2. REPOSIÇÃO: utilizada em pacientes desidratados sem apresentar 
sinais clínicos de choque, quando o paciente tiver vômito e diarreia.
Soluções de manutenção ou/e cristaloides.→
3. MANUTENÇÃO: utilizada quando o déficit hídrico do paciente já foi 
reposto. O volume de fluído pode ser reposto através de um cálculo com 
relação as necessidades diárias.
Repõe as perdas diárias
Composição dos fluídos parenterais
De acordo com o tamanho molecular e permeabilidade capilar: 
cristaloide ou coloide.
→
De acordo com a osmolaridade ou tonicidade: hipotônico, isotônico
e hipertônico.
→
De acordo com a função pretendida: manutenção e reposição.→
Duas categorias principais de líquidos administrados na fluidoterapia: 
cristaloides e coloides. 
Repõe água e sais minerais. São as mais empregadas na fluidoterapia, 
consistem em uma solução à base de água com moléculas pequenas, às 
quais a membrana capilar é permeável, são de entrar em todos os 
compartimentos corpóreos. 
Soluções cristaloides são divididas em dois tipos: soluções de manutenção 
e de reposição.
1. SOLUÇÕES DE REPOSIÇÃO: os líquidos de reposição são formuladospara corrigir deficiências específicas na concentração plasmática ou na 
quantidade corporal total de eletrólitos e álcalis (sódio, potássio, cloreto, 
bicarbonato, cálcio e fósforo). São soluções isotônicas, acidificantes ou 
alcalinizantes e, apesar de apresentarem composição de eletrólitos 
similar à do plasma, tem o sódio como base da sua constituição. Podem 
ser administrados rapidamente e em grandes volumes, sem alterar as 
 Página 9 
Ringer com lactato de sódio: solução isotônica, cristaloide, com 
composição semelhante ao LEC, pH 6,5, utilizado para reposição. 
Tem características alcalinizantes, uma vez que o lactato sofre 
biotransformação hepática em bicarbonato, sendo indicado para 
acidoses metabólicas.
→
Ringer simples: características semelhantes ao ringer lactato, 
porém não contém lactato, é utilizado para reposição. Contém mais 
cloreto e cálcio que outras soluções, tornando-a levemente 
acidificante (pH 5,5), é uma solução de emprego ideal nas alcaloses 
metabólicas. É uma solução cristaloide e isotônica.
→
Solução NaCl a 0,9%: solução cristaloide, isotônica, utilizada para 
reposição, não é uma solução balanceada pois contém apenas sódio, 
cloro e água. É acidificadora, sendo indicada para pacientes com 
alcalose, hipoadrenocorticismo, insuficiência renal, oligúria ou anúria e 
hipercalcemia.
→
concentrações eletrolíticas normais do plasma.
Fluído isotônico: osmolalidade semelhante à do plasma, promove 
expansão do compartimento intravascular. Soluções de NaCl 0,9% e 
ringer lactato.
→
Fluído hipotônico: osmolalidade menor que a do plasma, dilui o plasma 
por redução da osmolalidade, a água passa do compartimento 
vascular para o intersticial. Se o fluído intersticial ficar diluído, a água 
passará para as células adjacentes. Soluções de NaCl 0,45%.
→
Fluído hipertônico: osmolalidade maior que a do plasma, atrai os 
fluídos e eletrólitos do compartimento intersticial e celular para 
vascular, auxilia na estabilização da pressão arterial, fluxo urinário e 
redução de edema. Coloides e cristaloides.
→
2. SOLUÇÕES DE MANUTENÇÃO: definem-se como soluções de manutenção 
aquelas utilizadas nos pacientes ainda enfermos, após a recuperação do 
déficit hídrico. As soluções de manutenção são formuladas visando à 
reposição das perdas diárias normais de líquido hipotônico e eletrólitos. 
Essas soluções são também elaboradas para satisfazer as necessidades de 
potássio em animais saudáveis. Assim, as soluções de reposição deverão ser 
acrescidas com cloreto de potássio de modo que a concentração final deste 
eletrólito seja 30 mEq/L ou 30 mmol/L.
Repõe as proteínas plasmáticas, o volume de dentro do vaso sanguíneo, 
molécula grande com alta osmolalidade para colocar a água dentro do vaso 
sanguíneo.
Contém substâncias de alto peso molecular restritas ao compartimento 
plasmático. Os coloides sintéticos disponíveis no mercado são derivados de )
dextranos (Dextran 40 e 70), polímeros de gelatina (Haemacel e Polisocel), 
amido de hidroxitila (Hitastarch) ou fluídos carreadores de oxigênio à base 
de hemoglobina (Oxyglobin®, Biopure Corporation, Cambridge, MA).
Cálculos de fluidoterapia
A quantidade de fluído a ser administrada em 24 horas deve ser suficiente 
para corrigir a desidratação inicial, suprir as necessidades de manutenção e 
compensar as perdas concomitantes. 
5 a 7% = 7,0% 50 ml/kg/dia
8 a 9% = 100 a 150 ml/kg/dia
10 a 12% = 150 ml/kg/dia
VOLUME DE REIDRATAÇÃO (litros/dia) = % de desidratação X peso corporal 
(kg)
VIA ENTERAL: indicada para hidratação de pacientes estáveis, 
supondo que não há perda de fluído. Podem-se administrar soluções 
de manutenção por esta via, através de seringa ou tubo 
→
Vias de administração
VIA INTRAVENOSA: mais comum via de administração de fluídos. 
Os cateteres são introduzidos nas vias periféricas ou na veia 
jugular. É necessária técnica de assepsia e realização de 
tricotomia local. É uma das vias de acesso mais caras, porém 
mais efetivas e com efeito imediato.
→
VIA SUBCUTÂNEA: muito utilizada, entretanto não é indicada para 
pacientes com desidratação moderada a grave ou para aqueles 
que apresentam comprometimento circulatório. A circulação 
cutânea está diminuída em animais com depleção de volume, 
resultando em absorção lenta.
→
VIA INTRA-ÓSSEA: em pequenos animais pediátricos e neonatos, 
a medula óssea do fêmur e do úmero, ocasionalmente, é 
acessada com mais facilidade do que as veias de pequeno calibre 
colapsadas. É necessário rigorosa técnica de assepsia para evitar 
infecção e, por conseguinte, formação de abscesso e sepse.
→
 nasoesofagiano. É um método barato, porém com absorção lenta.
Cálculos
MANUTENÇÃO: não teve vômito nem diarreia, são as perdas diárias, 
reposição de 50 ml/kg/24 horas. Acontece em casos que ficou 24 
horas sem beber água.
REPOSIÇÃO: vômito ou diarreia, 100 ml/kg/24 horas (50 ml perdas 
diárias + 50 ml no que ele perdeu no vômito ou diarreia). Vômito e 
diarreia -> 150 ml/kg/24 horas (o máximo que pode fazer, 60 ml 
perdas diárias + 50 ml do vômito + 50 ml da diarreia).
EMERGENCIAL: 150 ml/kg/24 horas, coloide -> repõe o volume 
circulante para o vaso não colabar. 
macrogota: 1 ml tem 20 gotas (ou 16). Pacientes acima de 5 kg.→
microgota: 1 ml tem 60 gotas.→
O controle é feito pelo equipo que tem um pingador que dá:
Cão, 17 kg, volume de 10 horas, gotas por minuto, vômito.1)
EXERCÍCIOS:
100 ml X 17 kg = 1700 ml/24 horas. 
1700 ml - 24 horas
 x - 1 hora 
X = 70,83 ml/hora ~71 ml/hora -: 71 ml X 10 horas = 710 ml/10 horas.
71 ml - 60 min
 x - 1 min
X = 1,18 ml/min -> 1 ml - 20 gotas
 1,18 ml - x 
Bovino, 200 kg, vômito + diarreia, volume em 15 horas, gotas por 
segundo.
2)
 X = 24 gotas/min
150 ml/kg/24 horas.
150 ml X 200 kg = 30.000 ml/24 horas.
30.000 ml - 24 horas
 x - 1 hora
X = 1250 ml/hora -> 1250 ml X 15 horas -> 18.750 ml/15horas.
1250 ml - 60 min
 x - 1 min
X = 21 ml/min
21 ml - 60 s
 x - 1 s
X = 0,35 ml/s
 1 ml - 20 gotas 
0,35 ml - x 
Gato, 700 g, diarreia, gotas/15 segundos.3)
X = 7 gotas/seg.
100 ml - 1000g
 x - 700 g
 Página 10 
X = 70 ml/24 horas.
70 ml - 24 horas
 x - 1 hora
X = 2,91 ml/hora ~3ml/hora.
3 ml - 60 min
 x - 1 min
X = 0,05 ml/min.
0,05 ml - 60 s
 x - 1 s
X = 0,0008 ml/s
60 gotas - 1 ml
 x - 0,0008 ml
Cão, 23 kg, vômito + diarreia, antibióticos IV (3%) 10 mg/kg.3)
X = 0,05 gotas/s -> 0,05 gotas X 15 s = 1 gota/15 s.
Quantos ml de fluído 24 horas? 3450 ml/24 horas.a)
Quantas gotas por segundo? 1 gota/s.b)
Quantos ml de antibiótico por minuto? 0,005 ml/min.c)
150 ml/kg/24 horas
150ml X 23kg = 3450ml/24hrs + 8ml de ATB = 3458ml/24 hrs.a)
IV 3% = 3% 30 mg/ml
10 mg - 1 kg
 x - 23 kg 
X = 230 mg 
230 mg - x
 30 mg - 1 ml 
X = 8 ml.
3458 ml - 24 horasb)
 x - 1 hora 
X = 144,1 ml/hora
144,1 ml - 60 min
 x - 1 min
X = 2,4 ml/min
2,4 ml - 60 s
 x - 1 s
X = 0,04 ml/s
20 gotas - 1ml
 x - 0,04 ml 
X = 0,8 gota/s ~1 gota/s. 
8 ml - 24 horas c)
 x - 1 hora
X = 0,3 ml/hora
0,3 ml - 60 min
 x - 1 min
X = 0,005 ml/min de ATB.
O sistema nervoso tem importância tem importância para o organismo, pois 
coordena as funções do corpo. O tecido nervoso é o principal constituinte 
do sistema nervoso.
O sistema nervoso tem a capacidade de captar, transmitir e integrar 
informações de todas as regiões do corpo. Os neurônios são células 
excitáveis capazes de captar informações do meio interno e externo e 
responder a elas por meio de sinais elétricos chamados de impulsos 
nervosos. O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central
(encéfalo + medula espinhal) e sistema nervoso periférico (gânglios + 
nervos).
10% do sistema nervoso são neurônios (unidade funcional) e 90% são 
células da glia/gliócitos (células auxiliares). Maior parte do oxigênio vai 
para o sistema nervoso.
Ficam desligados na maior parte do tempo (em repouso), quando 
acontece a chegada da informação, eleentra no seu estado de 
excitação e depolarização, respondem rápido ao estímulo e depois 
da resposta eles entram no estado de repouso.
→
NEURÔNIOS: são células modificadas, que captam informações externas 
e internas, ocorre a tradução da informação e a resposta, sendo uma 
célula excitável.
Definição
Rede de comunicação que capacita o animal a se ajustar ou ajustar suas 
partes às alterações nos ambientes externos e interno. Detecta as 
modificações ambientais, processando as informações sensoriais junto 
com as informações armazenadas na memória, fornecendo uma 
resposta à informação processada.
FUNÇÃO INTEGRADORA: coordenação das funções dos vários 
órgãos.
→
FUNÇÃO SENSORIAL: sensações gerais e específicas (especiais).→
FUNÇÃO MOTORA: contrações voluntárias ou involuntárias, são 
contrações musculares.
→
FUNÇÃO ADAPTATIVA: adaptação do animal ao meio ambiente.→
Funções básicas
Divisão anatômica do sistema nervoso
O sistema nervoso central é dividido em encéfalo e medula espinhal. O 
encéfalo é subdividido em cérebro, cerebelo e tronco encefálico, o 
tronco encefálico por sua vez, se divide em mesencéfalo, ponte e bulbo.
O sistema nervoso periférico é dividido em nervos (que são subdivididos 
em espinhais e cranianos), gânglios e terminações nervosas.
O sistema nervoso dos vertebrados é subdivido em duas partes: o 
sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP).
O sistema nervoso central é dividido em encéfalo e medula espinhal (faz 
a condução dos impulsos nervosos para o cérebro, coordenação das 
atividades reflexas) e o sistema nervoso periférico que é dividido em 
nervos e gânglios, esses nervos e gânglios podem fazer parte do 
sistema nervoso somático (regula as funções motoras, os movimentos 
do corpo está relacionado com os movimentos dos músculos 
esqueléticos) ou do sistema nervoso autônomo (controla os processos 
vitais do organismo).
O sistema nervoso central tem a função de integrar e processar as 
informações que o restante do organismo envia e recebe. O sistema 
nervoso central conduz informações entre o sistema nervoso central e 
o resto do corpo.
Não é o sistema mais importante, mas faz com que todos os órgãos 
trabalhem em um ritmo. 
Sistema nervoso central: recebe todas as informações do corpo e 
traduz elas, propondo uma resposta. Traduz a informação gerando uma 
determinada ação.
 Página 11 
Células do tecido nervoso
10% neurônios.→
90% gliócitos.→
Tecido nervoso formado por:
DENDRITOS: processo da célula que conduz o impulso para o corpo 
celular, são ramificações que saem do corpo celular. Eles recebem 
informações vindas de outros neurônios ou de células sensoriais, e 
as transmitem para o corpo celular.
1.
CORPO CELULAR: núcleo da célula, região onde encontra-se o núcleo 
e as organelas citoplasmáticas.
2.
AXÔNIO: processo da célula que conduz o impulso para longe do 
corpo celular, ou seja, conduz informações do corpo celular a outros 
neurônios.
3.
Células especializadas na condução de impulsos nervosos que são alterações 
elétricas que se propagam pela membrana plasmática. São células 
especializadas em receber e transmitir estímulos. É dividido em 3 regiões 
específicas:
São as unidades funcionais do sistema nervoso central, são responsáveis 
por gerar impulsos nervosos e liberar os neurotransmissores.
Pode ser dividido em corpo celular, dendrito, axônio e terminal pré-sináptico.
MIELINA: substância branca lipídica, localizada ao redor dos axônios, 
formando as fibras nervosas, tem função de isolante elétrico.
NÓDULOS DE RANVIER: são intervalos circunferenciais que ocorrem 
intermitentemente na bainha de mielina que garantem a condução saltatória 
do impulso nervoso. 
Os neurônios conduzem os estímulos sob a forma de impulsos nervosos, 
pelas cadeias neuronais.
O axônio gera uma eletricidade chamada de potencial de ação. A bainha de 
mielina é um isolante elétrico, impedindo que o potencial de ação passe para 
outros neurônios, fazendo com que a resposta chegue no seu local de 
origem.
NÓDULOS DE RANVIER: sem bainha de mielina, onde o potencial de ação tem 
um impulso saltatório, quando chega no final do axônio tem as vesículas 
contendo neurotransmissores que são liberados na fenda sináptica onde se 
ligam nos receptores dos dendritos seguintes, transmitindo informação, 
o neurônio que recebe essa informação sai do seu estado de repouso.
Tipos de neurônios
QUANTO À MORFOLOGIA: bipolar, multipolar e pseudo-unipolar.1.
neurônio aferente ou sensitivo: responsável por levar 
informações da superfície do corpo para o interior, relaciona o 
meio interno com o meio externo. Recebem informações vindas 
do ambiente ou do próprio organismo e as transmitem para o 
sistema nervoso central.
→
neurônio eferente ou motor: conduz o impulso do sistema 
nervoso central ao efetuador (músculo ou glândula). Transmitem 
informações do sistema nervoso central para as estruturas 
efetoras ou motoras que realizarão uma determinada ação.
→
neurônio associativo ou interneurônio: presentes no encéfalo e 
na medula espinhal, fazem conexão entre os neurônios.
→
QUANTO À POSIÇÃO: 2.
REGIÃO DORSAL DO SISTEMA NERVOSO: neurônio sensitivo (raiz dorsal).
O neurônio sensitivo leva para o interneurônio que leva para o sistema 
nervoso central, quando chega no sistema nervoso central pega a 
mensagem e traduz, o interneurônio leva para o neurônio motor que 
leva a informação até o órgão efetor.
RAIZ VENTRAL: neurônio motor.
CÉLULAS DA GLIA: células auxiliares que dão suporte ao funcionamento 
do sistema nervoso. Diferem em função e forma, pois cada uma 
desempenha um papel diferente na estrutura e no funcionamento do 
tecido nervoso. Não geram impulsos nervosos.
ASTRÓCITOS: suporte mecânico e fornecem alimento à complexa e 
delicada rede de circuitos nervosos.
OLIGODENDRÓCITOS: desempenham função equivalente à das células de 
Schwann, formando bainhas protetoras sobre os neurônios que ficam 
no encéfalo e na medula espinhal.
MICRÓGLIAS: tipo especializado de macrófago cuja função é fagocitar 
detritos e restos celulares presentes no tecido nervoso. 
Impulso nervoso
Um impulso nervoso é a transmissão de uma alteração elétrica ao longo 
da membrana do neurônio a partir do ponto em que ele foi estimulado.
essa transmissão ocorre em grande velocidade e em um curto 
espaço de tempo.
→
Estímulos nos dendritos dos axônios -> geram um impulso nervoso -> o 
impulso nervoso é transmitido para o corpo celular e segue pelo axônio 
do neurônio. 
Os impulsos elétricos são gerados no corpo celular e dendritos e depois 
propagados para o axônio.
Os axônios, dependendo de sua função, podem ou não se apresentar 
revestidos pela bainha de mielina.
No sistema nervoso central, a bainha de mielina tem origem pelos 
oligodendrócitos.
 Página 12 
No sistema nervoso periférico, a bainha de mielina tem origem pelas células 
de Schwann.
Apresenta funções como: isolante elétrico e aumento da velocidade do 
impulso.
Os axônios mielinizados apresentam interrupções chamadas de nódulos de 
Ranvier.
axônio + bainha de mielina = fibra nervosa.
Organização dos neurônios
NÚCLEO: grupo de corpos celulares localizados no cérebro ou na medula 
espinal.
GÂNGLIO: grupo de corpos celulares localizados fora do cérebro ou da 
medula espinal.
TRATO: fibras nervosas paralelas localizadas no cérebro ou na medula 
espinal.
NERVO: ramo de fibras nervosas fora do cérebro ou da medula espinal.
No sistema nervoso central há regiões com alta concentração de corpos 
celulares de neurônios. Estas regiões têm uma coloração acinzentada, sendo 
por isso denominadas de substância cinzenta. Por outro lado, há regiões 
com uma grande quantidade de prolongamentos de neurônios de axônios, 
estas regiões têm coloração esbranquiçada e em conjunto formam a 
substância branca.
Nervos
Feixe de axônios que tem uma determinada função.
Conjunto de feixes de fibras nervosas que funcionam como via de 
comunicação entre sistema nervoso central e as estruturas sensoriais e 
efetoras.
1 nervo = muitosaxônios.
Gânglios
1 gânglio = muitos corpos celulares.
Nervo sensitivo.1.
Nervo motor.2.
Nervo misto.3.
Conjunto de corpos celulares de neurônios sensitivos e motores. Os nervos 
podem ser classificados em:
NERVO MISTO: tem neurônios sensitivos e motores dentro do seu feixe.
Localização dos nervos
NERVOS CRANIANOS: emergem do encéfalo (12 pares), saem da cabeça e 
do pescoço.
NERVOS ESPINHAIS: emergem da medula espinhal (depende do número de 
vértebras do animal). O nome deles é conforme da onde saem, variam o 
número de nervos pois varia o número de vértebras.
Sinapse
Continuidade de um neurônio para o seguinte, pois não há contato físico 
entre os neurônios, mas sim um espaço chamado de fenda sináptica, e 
os impulsos de um neurônio para o outro são transmitidos através deste 
espaço.
As sinapses são regiões em que o impulso nervoso é conduzido de um 
neurônio para outra célula. Há dois tipos de sinapse: química e elétrica.
Características notáveis da sinapse: condução em uma direção, 
facilitação, maior esgotamento que o neurônio.
IMPULSO NERVOSO: um impulso nervoso é a transmissão de uma 
alteração elétrica ao longo da membrana do neurônio a partir do ponto 
em que ele foi estimulado.
POTENCIAL DE REPOUSO: potencial de repouso é a diferença de 
potencial elétrico que as faces internas e externas na 
membrana de um neurônio que não está transmitindo impulsos 
nervosos. O valor do potencial de repouso é da ordem de -70mV 
(milivolts). O sinal negativo indica que o interior da célula é negativo 
em relação ao exterior. A existência do potencial de repouso 
deve-se principalmente a diferença de concentrações de íons de 
sódio (Na+) e de potássio (K+) dentro e fora da célula. Essa 
diferença é mantida por meio de um mecanismo de 
bombeamento ativo de íons pelas membranas celulares, em que o 
sódio é forçado a sair da célula e o potássio a entrar.
→
DESPOLARIZAÇÃO: a membrana celular possui estruturas 
proteicas que permitem a passagem de íons de sódio e potássio. 
Essas portas ficam normalmente fechadas em um neurônio em 
repouso, abrindo-se quando ele é estimulado. Quando um estímulo 
atinge o neurônio, as portas de passagem de sódio abrem-se na 
área da membrana que foi estimulada: o íon sódio, por estar em 
maior concentração no meio celular externo, penetra 
rapidamente através dessas aberturas na membrana. O influxo 
de cargas positivas faz com que o potencial da membrana, que 
era de -70mV (potencial de repouso), passe a aproximadamente 
+35mV. Essa mudança de potencial denomina-se despolarização..
→
REPOLARIZAÇÃO: após a onda de despolarização ter se 
propagado, a membrana volta a ser impermeável ao sódio, e 
devido à saída de potássio, cria-se novamente uma 
eletronegatividade no interior da célula e uma positividade no 
exterior. Após a repolarização, a bomba de sódio e potássio 
bombeia os íons de sódio para o exterior, e os íons potássio para 
o interior, restabelecendo a condição inicial.
→
POTENCIAL DE AÇÃO:
TIPO DE POTENCIAIS DE AÇÃO: se o neurotransmissor causar 
despolarização na membrana pós-sináptica, o neurotransmissor e a 
sinapse são chamados de excitatórios. Se causarem hiperpolarização 
 Página 13 
são chamados de inibitórios. Há vários tipos de neurotransmissores 
excitatórios e inibitórios. O potencial pós-sináptico despolarizante é 
denominado pós-sináptico excitatórios (PEPS) e o hiperpolarizante, potencial 
pós-sináptico inibitório (PIPS). Os PEPS e PIPS são, portanto, alterações 
localizadas no potencial de membrana causadas por aberturas de canais 
iônicos dependentes de neurotransmissores. 
COMUNICAÇÃO NERVOSA QUE DISPENSA MEDIADORES QUÍMICOS.
A neurotransmissão é estabelecida através da passagem direta de íons por 
meio das junções abertas ou comunicantes. Os canais iônicos ficam 
acoplados e formam unidades funcionais denominadas conexinas. A 
transmissão da informação é muito rápida, mas oferece quase nenhuma 
versatilidade quanto ao controle da neurotransmissão. São úteis na nas vias 
reflexas rápidas e nas respostas sincrônicas de alguns neurônios do 
sistema nervoso central.
A sinapse química é a mais comum, ocorrendo a liberação de uma 
substância química chamada de neurotransmissores. Os 
neurotransmissores são liberados na fenda sináptica e se ligam em 
estruturas chamadas de receptores. Após a sua liberação, os 
neurotransmissores são degradas por enzimas.
LIBERAÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES: com a chegada do potencial de 
ação no terminal, os canais de Ca++ voltagem dependentes abrem-se e 
ocorre a difusão de Ca++ para o interior da fenda sináptica. Os 
neurotransmissores ligam-se a receptores da membrana pós-sináptica e 
causam mudanças de permeabilidade iônica. O fluxo resultante de íons muda 
o potencial de membrana pós-sináptica transitoriamente, causando uma 
resposta pós-sináptica. Os neurotransmissores por outro lado, são 
inativados por enzimas específicas. 
Os neurônios se comunicam através do potencial de ação, os estímulos 
nervosos podem acontecer através da eletricidade (sinapse elétrica) e se 
for através de substâncias químicas como os neurotransmissores (sinapse 
química).
A sinapse (comunicação entre neurônios) é o estímulo gerado por um 
neurônio e passado para outro. Quando o pré-sináptico recebe um estímulo, 
ele sai do seu estado de repouso e fica excitado, gerando uma eletricidade 
que é o potencial de ação, quando chega no final do axônio ele faz com que 
as vesículas sinápticas se abram liberando os neurotransmissores na fenda 
sináptica.
O neurônio pós-sináptico será estimulado pelos neurotransmissores, 
fazendo com que no final também libere neurotransmissores.
No neurônio pré-sináptico, a chegada de um potencial de ação à 
extremidade do axônio provoca uma alteração em proteínas sensíveis à 
voltagem da membrana celular. Isso leva à entrada de cálcio no terminal 
pré-sináptico, o que sua vez faz com que as vesículas contendo 
substâncias químicas fusionem com a membrana da célula, liberando seu 
conteúdo do lado de fora do terminal - ou seja, na fenda sináptica.
Essas substâncias liberadas são os neurotransmissores.
proteínas que detectam a presença de neurotransmissores e 
mudam sua forma como resultado, disparando assim mudança 
químicas e/ou elétricas no neurônio pós-sináptico.
→
A célula pós-sináptica possui receptores em sua membrana:
A ligação do neurotransmissor ao receptor faz com que este se abra, 
formando um canal do neurônio pós-sináptico.
A abertura de vários canais ao mesmo tempo provoca uma modificação 
na voltagem do neurônio pós-sináptico que é propagada até o corpo da 
célula, onde fica o núcleo.
Se um número suficiente de sinapses de um só neurônio pré-sináptico, 
ou de vários neurônios pré-sinápticos ao mesmo tempo forem acionados 
e produzirem uma mudança grande o suficiente na voltagem da célula 
pós-sináptica, esta pode chegar a disparar potenciais de ação e, assim, 
passar o sinal adiante para outros neurônios.
Ao mesmo tempo que a transmissão sináptica segue adiante do neurônio 
pós-sináptico, o neurônio pré-sináptico reconstrói suas vesículas e as 
enche de novo, com novos neurotransmissores e também, com as 
moléculas recolhidas do espaço sináptico.
da transmissão constante de sinais elétricos e químicos de um 
lado para outro.
→
Disso é feito o funcionamento do sistema nervoso:
O que você faz, pensa ou sente a cada instante, depende de quais 
neurônios estão mais ou menos ativos a cada instante.
Para cada tipo de neurotransmissor tem um receptor, onde eles se 
ligam, depois de exercer sua função o neurônio libera uma substância 
enzimática que quebra os neurotransmissores para ele voltar para a 
vesícula. Na vesícula, eles são reconstituídos, acontece a reciclagem dos 
neurotransmissores.
Enzimas que quebram acetilcolina = acetilcolinesterase.
Enzimas que quebram as catecolaminas (adrenalina, dopamina e 
noradrenalina) = MAO e COMT.
Neurotransmissores e neuromoduladores
Ser sintetizado pelos neurônios pré-sinápticos.→
Ser armazenado dentro de vesículas e armazenadosnos 
terminais axônicos.
→
Ser exocitado para a fenda sináptica com a chegada do potencial 
de ação.
→
Possuir receptores pós-sinápticos cuja ativação causa potenciais 
pós-sinápticos (excitatórios ou inibitórios).
→
Uma vez purificado, mimetizar os efeitos fisiológicos. →
Um neurotransmissor tem como características típicas:
Tipos de neurotransmissores
Os neurotransmissores são dos seguintes tipos químicos: aminoácidos, 
aminas, purinas, peptídeos e gases. 
São sintetizados a partir dos sistemas enzimáticos presentes nos 
terminais axônicos ou no corpo celular. Os aminoácidos são sintetizados 
em todas as células a partir da glicose ou de proteínas decompostas.
A única exceção é o GABA que é sintetizado a partir do glutamato por 
determinados neurônios.
As aminas são todas sintetizadas no terminal sendo que a acetilcolina é 
sintetizada a partir da colina, a serotonina a partir do triptofano e as 
 Página 14 
catecolaminas (dopamina, adrenalina e noradrenalina) a partir da tirosina.
A acetilcolina é um neurotransmissor clássico e o primeiro a ser 
descoberto. Atua como mediador de várias sinapses nervosas centrais e 
periféricas.
Os neurônios colinérgicos possuem a enzima-chave, a acetilcolina 
transferase que transfere um grupo acetil do acetil-CoA à colina. O 
neurônio também sintetiza a enzima acetilcolinesterase (AchE) que é 
secretada para a fenda sináptica e degrada o neurotransmissor em colina 
e ácido acético. A colina é recaptada e reutilizada para a síntese de novos 
neurotransmissores.
Venenos como o gás dos nervos e os inseticidas organofosforados inibem a 
ação da acetilcolinesterase. Esse efeito leva a uma exacerbação da 
atividade parassimpática e da atividade colinérgica sobre a musculatura 
esquelética.
O aminoácido tirosina é o precursor de três neurotransmissores que 
possuem o grupo catecol: noradrenalina, adrenalina e dopamina conhecidas 
como catecolaminas. Sofrem recaptação na membrana pré-sináptica e são 
enzimaticamente degradadas pela MAO (monoaminaoxidase) no terminal 
pré-sináptico. Muitas drogas interferem com a sua recaptação prolongando 
a presença do neurotransmissor na fenda como a anfetamina e cocaína.
Não é uma catecolamina, pois é uma amina sem o grupo catecol. É 
sintetizada a partir do aminoácido essencial triptofano. 
Os neurônios serotonérgicos centrais parecem estar envolvidos na 
regulação da temperatura, percepção sensorial, na indução do sono e na 
regulação dos níveis de humor.
Como as catecolaminas, são recaptadas pela membrana pré-sináptica e 
degradadas pela MAO.
Drogas que atuam bloqueando a sua recaptação como fluoxetina (Prozac) 
são utilizados nos tratamentos antidepressivos. 
o glutamato apresenta quatro tipos de receptores, sendo três deles 
inotrópicos:
→
AMPA: canal iônico para cátions (Na) produzindo despolarização 
rápida.
1.
KAINATO: parecido com o AMPA.2.
NMDA: canais para dois cátions (Na e Ca) produzindo despolarização 
lenta e persistente.
3.
GLUTAMATO E ASPARTATO: mais da metade dos neurônios do sistema 
nervoso central utiliza o glutamato (Glu) e aspartato (Asp), principais 
neurotransmissores excitatórios do sistema nervoso central sendo que o 
glutamato responde por 75% da atividade despolarizante. Os receptores 
para o glutamato são do tipo: 
GABAa: ionotópicos que abrem os canais de Cl- e hiperpolarizam a 
membrana.
1.
GABAb: metabotópicos que estão acoplados a proteína G e 
aumentam a condutância para os íons K+, hiperpolarizando a 
membrana.
2.
GABA E GLICINA: o ácido ƴ-aminobutírico (GABA) é um aminoácido que não 
entra na síntese de proteínas e só está presente nos neurônios 
gabaérgicos. É o principal neurotransmissor inibitório do sistema nervoso 
central. Os receptores são de dois subtipos:
As drogas conhecidas como tranquilizantes benzodiazepínicos 
(ansiolíticos) estimulam estes receptores, aumentando o nível de 
inibição do sistema nervoso central e são utilizados nos 
tratamentos de ansiedade e convulsão.
→
Já os barbitúricos têm o mesmo efeito, agindo em outro sítio de 
ligação, são tão potentes que são utilizados como anestésicos 
gerais.
→
A glicina é um neurotransmissor inibitório que aumenta a 
condutância para o Cl- na membrana pós-sináptica dos neurônios 
espinhais. A sua presença é essencial para que os receptores 
NMDA funcionem.
→
Como desativar a neurotransmissão?
Difusão local.→
Degradação enzimática.→
Recaptação pela membrana pré-sináptica.→
Os neurotransmissores (ou os neuromoduladores) excitados não podem 
permanecer ligados aos receptores permanentemente. O sistema de 
recepção precisa voltar rapidamente ao seu estado de repouso, 
prontificando-se para receber novas mensagens.
A acetilcolina é o único neurotransmissor que não sofre recaptação.
O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central e sistema 
nervoso periférico.
Entre aas funções executadas pelo sistema nervoso central estão a 
recepção e a interpretação dos estímulos que chegam dos meios 
externos.
O sistema nervoso central, anatomicamente, é dividido em encéfalo e 
medula espinhal. Ele é protegido por um conjunto de ossos e meninges, 
que são a pia-máter, aracnóide e dura-máter. Entre a pia-máter e a 
aracnóide, acumula-se um líquido chamado de líquido cerebro-espinhal 
(líquido cefalorraquidiano - LCR) responsável por proteger 
mecanicamente, realizar trocas entre o encéfalo e o sangue e regulação 
da pressão no sistema nervoso. O líquido cefalorraquidiano protege o 
sistema nervoso central, tem a presença de anticorpos, glicose, o LCR 
se movimenta mantendo a pressão.
SUBSTÂNCIA CINZENTA: é feita de corpos de neurônios e por dendritos. 
Forma no encéfalo o córtex, a camada mais externa do cérebro. Na 
medula espinhal, a massa cinzenta forma um núcleo em forma de "H", no 
qual ocorre uma comunicação entre os neurônios.
SUBSTÃNCIA BRANCA: atua como uma rede de comunicação, interligando 
partes do encéfalo e ligando-as à medula espinhal, é formada na sua 
maior parte por axônios.
Proteção do encéfalo
estruturas esqueléticas: caixa craniana no encéfalo e coluna 
vertebral na medula.
→
membranas sobre as estruturas esqueléticas: dura-máter
(externa), aracnóide (mediana) e a pia-máter (interna).
→
entre as meninges aracnóide e pia-máter: líquido 
cefalorraquidiano. 
→
O sistema nervoso central é protegido por:
Principal dentro da integração e coordenação do sistema nervoso. O 
encéfalo é formado por: cérebro, cerebelo e tronco encefálico.
 Página 15 
Cérebro→
Ocupa 70% do volume encefálico
TELENCÉFALO
LOBO FRONTAL: contém a área motora, área relacionada ao 
comportamento e memória de trabalho. Responsável por atividades 
intelectuais e planejamento de movimentos complexos.
1.
LOBO TEMPORAL: contém o centro cortical da audição, estruturas 
emocionais, centros relacionados à memória, áreas relacionadas ao 
circuito do "eu', área relacionada à crença religiosa. Responsável pela 
audição.
2.
LOBO PARIETAL: contém a área da sensibilidade, de noções 
espaciais, de memória. Integração de informações e memória.
3.
LOBO OCCIPITAL: contém a área visual cortical. Responsável pela 
visão.
4.
Responsável por várias funções cerebrais. É dividido em quatro lobos:
Dividido em hemisfério direito e esquerdo. Os lobos têm sulcos e girus que 
servem para aumentar a área de superfície cerebral, os lobos são 
responsáveis pelos comportamentos.
NÚCLEOS BASAIS: o córtex recobre um grande centro medular branco, 
formado por fibras axonais. Em meio a este centro branco, há 
agrupamentos de corpos celulares neuronais que formam os núcleos da 
base ou núcleos basais: caudato, pútamen, globo pálido e núcleo subtalâmico.
NÚCLEO CAUUDATO: controla movimentos intencionais grosseiros do 
corpo e auxilia no controle do corpo.
→
PÚTAMEN: funciona em conjunto com o núcleo caudato no controle 
de movimentos intencionais grosseiros.
→
GLOBO PÁLIDO: controla a posição das principais partes do corpo.→
NÚCLEO SUBTALÂMICO: controla possivelmente os movimentos da 
marcha e talvez outros tipos de motilidadesgrosseiras do corpo.
→
Função dos núcleos basais:
DIENCÉFALO
TÁLAMO: região de substância cinzenta localizada entre o tronco 
encefálico e o cérebro. Atua na retransmissão de impulsos nervoso 
para o córtex cerebral e responsável pela condução dos impulsos às 
regiões apropriadas do cérebro, onde eles devem ser processados. 
Recebe e envia informações dos órgãos dos sentidos.
1.
HIPOTÁLAMO: controle das funções vegetativas do corpo, 
expressão que define o conjunto das funções orgânicas internas 
subconscientes:
2.
Regulação do sistema cardiovascular, em especial da frequência 
cardíaca e da pressão arterial.
→
Regulação da temperatura corporal.→
Regulação da água corporal, pelo controle da sede e do mecanismo 
de ingestão de água e secreção do hormônio ADH.
→
Regulação da alimentação pela excitação do centro da fome no 
hipotálamo. 
→
Controle da excitação e da raiva.→
Controle da secreção de quase todos os hormônios pituitários. →
Sensação somestésica e interpretação dos sinais sensoriais.→
É o mais importante centro organizador das emoções (amor, ódio, 
fome), regula a pressão arterial, temperatura e hormônios. Nessa 
região, encontramos a hipófise (não controla apenas a insulina e o 
glucagon pois são glicose dependente). O hipotálamo produz e libera 
hormônios hipotalâmicos, o hipotálamo manda informação para a 
hipófise para que a hipófise libere hormônios.
→
EPITÁLAMO: contém a glândula pineal, responsável pelo sono e vigília 
(acordar).
3.
O diencéfalo é dividido em três regiões: tálamo, epitálamo e hipotálamo.
Cerebelo→
Relaciona-se com os ajustes dos movimentos, equilíbrio, postura e tônus 
muscular. Ao contrário do cérebro, cada hemisfério está mais 
relacionado com o mesmo lado do corpo.
Lesões do cerebelo produzem movimentos musculares convulsivos, 
andar cambaleante e dificuldade em manter o equilíbrio.
O cerebelo é uma região importante, pois controla o equilíbrio e a 
coordenação motora. Ele também mantém o tônus muscular e controla 
movimentos complexos, como: andar, escrever e nadar, também 
controla a musculatura estriada esquelética.
Junto com o sistema vestibular dá o equilíbrio.
Tronco encefálico→
Contém circuitos nervosos que transmitem informações da medula 
espinhal até outras regiões encefálicas e do encéfalo para a medula 
espinhal (lado esquerdo do cérebro controla os movimentos do lado 
direito do corpo e o lado direito do cérebro controla os movimentos do 
lado esquerdo do corpo).
Regula a atenção, função mediada pela formação reticular (agregação 
mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, 
separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a parte central 
do tronco encefálico).
MESENCÉFALO: importante para o movimento ocular e o controle 
postural subconsciente, além de conter a formação reticular, que 
regula a consciência. Dispõe de um sistema de conexões dos 
sistemas auditivos e visual.
1.
Responsável por controlar as funções motoras, sensoriais e 
viscerais.
→
PONTE: contém grande quantidade de neurônios que 
retransmitem informações dos hemisférios cerebrais para o 
cerebelo, garantindo a coordenação dos movimentos e a 
aprendizagem motora, ou seja, serve de elo entre as 
informações do córtex que vão para o cerebelo para que este 
coordene os movimentos pretendidos e os reais. Participa da 
regulação da respiração.
2.
BULBO: contém vários núcleos motores de nervos cranianos e 
centros autônomos que controlam o coração, a respiração, 
pressão sanguínea, reflexo da tosse, da deglutição e do vômito.
3.
Controla a frequência cardíaca, transpiração, respiração e 
movimentos involuntários.
→
É dividido em três regiões:
CÉREBRO -> TELENCÉFALO E DIENCÉFALO.
CEREBELO.
TRONCO ENCEFÁLICO -> MESENCÉFALO, PONTE E BULBO.
O tronco encefálico controla as funções viscerais, todos os órgãos 
constituídos por músculo liso ou músculo estriado cardíaco, órgãos 
involuntários, promovendo a contração dessas musculaturas.
 Página 16 
O lado direito controla o lado esquerdo do corpo e vice-versa, porém não 
serve para tudo. Quando a informação sobe para o encéfalo e passa pela 
ponte, pode inverter de lado. Em lesões cerebrais do lado direito, pode 
comprometer o lado esquerdo e vice-versa, áreas cerebrais que tem o 
comando do lado direito exercem suas funções no lado esquerdo (em 
algumas situações).
Comunicações que não invertem de lado se chama sistema extrapiramidal.
HIPOCAMPO: região de memória 
recente.
Dentro da substância branca temos 
alguns núcleos de neurônios/corpos 
celulares, são os núcleos basais, 
responsáveis pelas movimentações
grosseiras, também dá o equilíbrio de
eixo.
Região de substância negra, mal de
Parkson -> morte da região de núcleos, região de movimentos finos.
Medula espinhal
A medula espinhal está localizada dentro do canal vertebral e é contínua ao 
bulbo superiormente. Ela se inicia na altura do forame magno e no seu 
crescimento embrionário se desenvolve mais lentamente que a coluna 
vertebral. Como resultado, a medula no adulto termina na altura da segunda 
vértebra lombar. Sua extremidade inferior é denominada cone medular. 
Após o cone medular a medula ramifica-se dando origem a cauda equina.
Da medula partem 31 pares de nervos raquidianos que se ramificam.
SISTEMA DESCENDENTE: controla funções motoras dos músculos, 
regula funções como pressão e temperatura e transporta sinais 
originados no cérebro até seu destino.
1.
SISTEMA ASCENDENTE: transporta sinais sensoriais das 
extremidades do corpo até a medula e de lá para o cérebro.
2.
Por meio dessa rede de nervos, a medula se conecta com as várias partes 
do corpo, recebendo mensagens do cérebro e transmitindo-as para as 
várias partes do corpo. A medula possui dois sistemas de neurônios.
Os corpos celulares de neurônios se concentram na massa cinzenta. Os 
axônios ascendentes e descendentes, na massa branca.
As duas regiões também abrigam gliócitos. Dessa forma, na medula 
espinhal, a massa cinzenta localiza-se internamente e a massa branca, 
externamente.
Medula espinhal leva e traz informações para o encéfalo, substância 
cinzenta está interna e a branca externa. Os nervos espinhais emergem da 
medula espinhal. Via de comunicação entre o SNP (nervos) e SNC (encéfalo), 
qualquer lesão na medula espinhal para a comunicação do SNP com o 
encéfalo.
O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos e pelos gânglios 
nervosos, e sua função é conectar o sistema nervoso central às diversas 
partes do corpo do animal.
SISTEMA NERVOSO: sistema central (encéfalo e medula) e sistema 
nervoso periférico - vias sensoriais e vias motoras - SNP somático e 
SNP autônomo (simpático e parassimpático).

Faz a integração do resto do corpo com o sistema nervoso central.
Dentro do SNP precisa atender os músculos estriados cardíacos, músculo 
estriado esquelético e músculo liso, dentro dos tipos de músculos, temos o 
SNP somático, que atende os músculos estriados esqueléticos, que 
funcionam através do comando dos indivíduos.
Sistema nervoso simpático: de modo geral é excitatório. →
Sistema nervoso parassimpático: de modo geral é inibitório.→
SNP autônomo não depende do seu desejo, é independente/involuntário, 
dividido em simpático e parassimpático. Têm dois comandos pois os 
órgãos internos não param de funcionar, eles ficam de um modo rítmico.
Órgãos internos são inervados pelo simpático e parassimpático, são 
antagonistas.
Os nervos levam informações da periferia do corpo para o SNC: nervos 
aferentes ou sensitivos.
Os nervos que transmitem impulsos do SNC para os músculos ou 
glândulas: nervos motores ou eferentes
Existem ainda nervos mistos, formados por axônios de neurônios 
sensoriais e por neurônios motores.
Nervos espinhais
Conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do 
tronco, membros e parte da cabeça. Saem aos pares da medula pelo 
espaço intervertebral.
Homem = 8C, 12T, 5L, 5S, (2 Coc)
Bovinos = C7, T13, L6, S5, Co 18-20
Equino = C7, T18, L6, S5, Co 15-21
Cães = C7, T13, L7, S3, Co 20-23

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