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Proclamação da República 
De um lado, os cafeicultores do Oeste Paulista apoiavam a adoção 
da mão-de-obra assalariada no Brasil. De outro, fazendeiros das 
oligarquias nordestina, sulista e do Vale do Paraíba se opunham ao 
fim da escravidão e, no limite, admitiam-na com a concessão de 
indenizações do governo. É nesse contexto que as ideias 
republicanas ganham espaço. 
Nessa conjuntura, a Igreja também passou a compor a fila daqueles 
que opunham ao poder imperial, já que, de acordo com a 
constituição imperial, a Igreja era subordinada ao Estado por meio 
do regime de padroado. 
As instituições militares dessa época também foram influenciadas 
pelo pensamento positivista, que defendia a “ordem” como um 
caminho para o “progresso”. Desta forma, os oficiais compreendiam 
m que o rigor e a organização dos militares poderiam ser úteis na 
resolução dos problemas do país. Aproximando-se dos militares 
insatisfeitos, os republicanos organizaram o golpe de Estado contra a 
monarquia. Nos fins de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca 
mobilizou suas tropas, que promoveram um cerco aos ministros 
imperiais e exigiram a deposição do imperador. Uma vez 
consolidada, Deodoro da Fonseca assumiu a presidência e 
consolidou a Proclamação da República. 
 Governo Provisório (1889-1891) 
Nesse contexto, foi convocada uma Constituinte que elaboraria a 
Primeira Constituição Republicana brasileira. Do ponto de vista 
econômico, foi implementado pelo ministro das finanças Rui Barbosa, 
o Encilhamento, política de emissão de papel moeda e facilitação de 
crédito para ampliar a abertura de empresas e estimular a 
economia. 
A Constituição elaborada estabeleceu o voto direto e aberto para 
Presidentes e Vice-presidentes, assim como para senadores e 
deputados, acabando com o voto censitário. No entanto, somente 
homens alfabetizados com mais de 21 anos tinham direito ao voto, e 
estavam excluídos mendigos e membros de ordens monásticas. 
 
 
Na prática, como o voto era aberto (não secreto), manipulações e 
intimidações de eleitores pelos candidatos da elite eram norma,. 
Com a adoção do federalismo, os Estados tinham mais autonomia e 
podiam criar suas próprias leis e, em relação a religião, ela 
determinou a laicidade do Estado brasileiro e estabeleceu a liberdade 
de culto. 
 Renúncia de Deodoro e o Governo de Floriano Peixoto (1891-
1894) Após a promulgação da nova Constituição, foram realizadas 
eleições indiretas, que elegeram Deodoro da Fonseca como 
presidente do Brasil. No entanto, Deodoro adotou uma postura 
autoritária, o que levou ao confronto político com o Congresso e 
fechou o Congresso Nacional. Para evitar uma guerra civil, Deodoro 
renunciou. 
O vice-presidente, marechal Floriano Peixoto, assumiu seu lugar e 
não convocou eleições presidenciais, como previa a Constituição. 
As Revoltas da Armada empreenderam, inclusive, bombardeios aos 
fortes do litoral da capital, Rio de Janeiro. Embora fossem maioria na 
Marinha, os revoltosos não tinham apoio popular e enfrentaram 
forte oposição no Exército, com a adesão de milhares de jovens a 
batalhões de apoio ao presidente na capital federal e nos estados 
Governou até novembro de 1894, quando passou o cargo a 
Prudente de Morais, que se tornou o primeiro presidente civil do 
Brasil eleito. 
A República Oligárquica (1894-1930) 
No governo de Campos Sales (1898-1902), uma fórmula política 
duradoura foi elaborada: a política dos governadores. Com ela, o 
presidente da república apoiava os governos estaduais e seus 
aliados (as oligarquias estaduais) e, em troca, os governadores 
garantiam a eleição, para o congresso, dos candidatos oficiais. Com 
isso, o legislativo, constituído por deputados e senadores aliados do 
presidente – poder Executivo –, aprovavam leis de seu interesse. 
Evitava-se, assim, o conflito entre os poderes. 
Primeira república 
. A aliança entre São Paulo e Minas Gerais, os estados mais 
poderosos e cujos líderes políticos se revezavam na presidência, 
ficou conhecida como “política do café com leite”. 
Comissão de Verificação 
Como durante a Primeira República não havia justiça eleitoral, a 
aceitação dos resultados da eleição era feita pelo poder legislativo, 
por meio da Comissão de Verificação. O presidente da República 
podia, com o controle que exercia sobre a comissão, legalizar 
qualquer resultado que conviesse com seus interesses, mesmo no 
caso de fraudes. 
 O Coronelismo 
O título de coronel – recebido ou comprado – era uma patente da 
Guarda Nacional, criada durante a Regência.. O coronel era um 
grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir 
a eleição dos candidatos que apoiava. . 
Era usado o voto de cabresto, em que o coronel se utilizava da 
violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem 
nos candidatos apoiados por eles. Como o voto era aberto, os 
eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, 
para que votassem nos candidatos indicados. 
Funding Loan 
Em 1898, Campos Sales realizou um acordo financeiro com a 
Inglaterra, conhecido como Funding Loan. Com ele, o Brasil 
conseguiu um novo empréstimo com a Inglaterra, enquanto o 
pagamento das dívidas anteriores foi temporariamente suspenso. 
Com esse acordo, caso não houvesse pagamento, o Brasil se 
comprometia a pagar os ingleses com o repasse dos recursos 
gerados pelo serviço de abastecimento de água da cidade do Rio 
de Janeiro e todos os impostos recolhidos na alfândega brasileira. 
Paralelamente, o governo brasileiro deveria se comprometer a 
combater a inflação e retirar a grande quantidade de papel-moeda 
que sustentava a desvalorização da moeda nacional. 
 
 
O Convênio de Taubaté 
O crescimento acelerado da produção cafeeira fez com que sua 
oferta fosse maior que procura. Com isso, o preço do café 
despencou no mercado internacional. O Convênio de Taubaté 
(1906) foi a maneira encontrada para solucionar este problema. 
Cafeicultores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro 
concluíram que, para reduzir a oferta de café, os governos 
estaduais deveriam contrair empréstimos e adquirir parte da 
produção. Desta forma, quando o preço do café abaixava muito, os 
governos compravam o excedente de café e estocavam. Esta 
política mantinha o preço do café 
Canudos (1896-97) 
A Guerra de Canudos foi um confronto entre o Exército Brasileiro 
e os integrantes de um movimento popular de fundo religioso 
liderado por Antônio Conselheiro. Antônio Conselheiro um profeta 
que possuiria dons “messiânicos”, ou seja, que trazia as promessas 
de um tempo novo e restaurar a monarquia, que seria a forma de 
governo onde o líder é eleito por Deus, e não pelos homens 
Assim, Canudos logo se tornou uma organização político-religiosa, 
paralela à República e à Igreja e que contava com cerca de 25.000 
pessoas, sendo a maioria formada por negros e mestiços. 
O conflito foi motivado pelo incômodo do Governo Republicano, 
com apoio dos latifundiários, que não concordava com o fato dos 
habitantes de Canudos não pagarem impostos e viverem sem 
seguir as leis estabelecidas.Além dessas questões legais, havia 
também neste período um projeto de embranquecimento da 
população, logo, um movimento de resistência formado por negros 
e mestiços pobres, não se enquadrava no projeto de um Brasil 
moderno defendido pela República. . 
As sucessivas derrotas do exército e as falsas notícias que se 
espalhavam sobre Canudos levaram à um massacre da população 
e na destruição da comunidade. 
 
 
Contestado (1912-16) 
O conflito ocorreu nas fronteiras entre o Paraná e Santa Catarina. A 
população pobre não possuía terras e padecia com a escassez de 
alimentos. A construção da estrada de ferro foi o principal 
combustível para as revoltas que aconteceram na região, visto que 
milhares de famílias de camponeses perderam suas terras 
Nessa conjuntura de desemprego, fome, falta de terras e injustiças 
sociais, o surgimento de diversos líderes messiânicos, monges e 
profetas acabou construindo na região focos de resistência e de 
questionamento ao autoritarismo republicano. Na área do 
Contestado, portanto, não foi diferente, pois, diante da crise e 
insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria, que 
conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de 
camponeses sem terras. 
Os coronéis da região começaram a ficar preocupados com a 
liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses. 
Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados para o 
local, com o objetivo de desarticular o movimento. 
 Revolta da Vacina (1904) 
Ocorrida no Rio de Janeiro, durante a gestão do prefeito Pereira 
Passos, foi um movimento de cunho popular que se opôs à 
obrigatoriedade de vacinação imposta, implementada para erradicar 
as crescentes epidemias de varíola na cidade. 
A insatisfação, no entanto, não era apenas com o autoritarismo do 
projeto, mas também com as demais medidas realizadas pelo então 
prefeito, relacionadas às reformas urbanísticas, aos movimentos 
higienistas que marginalizavam a população pobre e à “bota baixo”, 
a demolição dos cortiços onde milhares de pessoas viviam na 
região central do Rio de Janeiro. . 
A campanha de vacinação, liderada pelo médico sanitarista Oswaldo 
Cruz, foi o estopim de uma revolta que estava associada ao 
sentimento de exclusão compartilhado pela população pobre, negra 
e mestiça. Logo, com a chegada dos agentes de saúde de forma 
violenta nas residências mais pobres e com a vacinação forçada, 
muitas pessoas foram às ruas protestar 
 
O Cangaço 
O movimento conhecido pelo cangaço foi marcado pela adesão de 
pessoas pobres e marginalizadas a grupos armados que circulavam 
principalmente na região do sertão nordestino. Muitos dos 
cangaceiros enfrentavam coronéis e latifundiários ou realizavam 
grandes assaltos para ajudar populações oprimidas pela seca e pelo 
autoritarismo. No entanto, muitos cangaceiros atuaram também 
como mercenários, vendendo seus conhecimentos e sua força 
para coronéis e latifundiários que desejavam ampliar suas milícias e 
seu poder. 
Revolta da Chibata (1910) 
Ocorrida na cidade do Rio de Janeiro, a Revolta foi realizada por 
membros de baixa patente da Marinha, sobretudo negros e 
mestiços. A sua motivação foi a luta contra os castigos físicos, 
baixos salários e as péssimas condições de trabalho sofridos 
principalmente pelos marinheiros de baixa patente, que em geral 
eram escravos recém libertos. O levante, ocorrido no Encouraçado 
Minas Gerais, foi liderado pelo experiente João Cândido Felisberto, 
conhecido como “Almirante Negro”. O motim terminou com a 
morte do comandante do navio e mais dois oficiais. 
Greve Geral de 1917 
. O contexto geral da eclosão da greve remete ao período 
internacional de revoltas, motins e greves que varreu o mundo na 
segunda parte do ano de 1917, particularmente crítico por causa da 
estagnação do conflito mundial. No caso específico brasileiro e 
particularmente paulistano, o movimento foi a reação operária a um 
período de intensificação do horário de trabalho, de subida 
repentina dos preços e estagnação dos salários: ou seja, de uma 
fortíssima piora do poder de compra e das condições de trabalho. 
 Tenentismo 
O tenentismo foi um movimento político e militar organizado por 
jovens oficiais da baixa oficialidade do exército brasileiro, motivado 
pela insatisfação com o regime político da Primeira República, 
especialmente com o domínio imposto pelas oligarquias. 
 
A criação do Partido Comunista do Brasil 
A fundação desse partido demonstra o crescimento da 
organização da classe operária brasileira e o próprio interesse de 
intelectuais nacionais nas questões sociais. . 
O Partido foi o responsável por representar no país os ideais do 
marxismo e do leninismo. 
A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana 
a chamada Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, que iniciava o 
ciclo de movimentos tenentistas ao redor do país. Contou com 
soldados armados que questionavam a política viciada, as fraudes 
eleitorais e a prisão de Hermes da Fonseca. O quartel foi 
bombardeado durante o dia inteiro e, ao fim, apenas 17 soldados e 1 
civil sobraram, realizando enfim uma marcha em direção ao Leme, 
onde foram presos. Assim, em 15 de novembro, Arthur Bernardes 
tomou posse como presidente, mas acompanhou de perto o início 
de um desgaste do poder da oligarquia cafeeira. 
 A crise da República oligárquica 
O governo de Arthur Bernardes, que ficou na presidência até 1926, 
marcou um aprofundamento dos combates da oligarquia cafeeira 
contra seus opositores. Bernardes, que já começava seu mandato 
desgastado com os militares, ainda enfrentou uma série de 
movimentos tenentistas. 
Em 1926, o paulista Washington Luís foi eleito o novo presidente do 
Brasil e governou durante alguns anos com um quadro político 
muito mais tranquilo que o seu antecessor, visto que os 
movimentos tenentistas esfriavam e a Coluna Prestes enfraquecia. 
No entanto, apesar de menos conturbado a longo prazo, o fim do 
governo foi marcado por uma das maiores crises econômicas da 
história, a Crise de 1929, pelas eleições presidenciais do mesmo ano 
e, enfim, pelo golpe de Estado da Aliança Liberal. 
 
 
Os impactos da grande depressão 
Na questão econômica, a quebra da bolsa de valores de Nova 
Iorque afetou diretamente as vendas do café brasileiro e, 
naturalmente, o poder dos cafeicultores. O café que não entrava no 
mercado e não era consumido acabava sendo estocado, perdendo 
seu valor. O Governo, tentando salvar os cafeicultores da crise, 
realizou queimas de sacas e comprou parte da produção 
excedente, endividando-se ainda mais. A crise, assim, impactou 
diretamente nos partidos republicanos, gerando desentendimentos 
entre Minas Gerais e São Paulo. 
As eleições de 1930 e a Aliança Liberal 
Os conflitos entre os partidos republicanos, enfim, refletiram-se na 
campanha presidencial de 1930, quando a política do café-com-leite 
chegou ao fim com a indicação do paulista conservador Júlio 
Prestes para a sucessão do então presidente Washington Luís. 
Insatisfeito, parte do Partido Republicano Mineiro apoiou uma 
candidatura própria, de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, que abriumão da campanha em nome de uma aproximação com Rio 
Grande do Sul e Paraíba, formando a Aliança Liberal e indicando o 
gaúcho Getúlio Vargas à presidência, com o paraibano João Pessoa 
como vice. Vargas, defendendo a anistia dos militares presos, 
reformas políticas e o voto secreto, conquistou o apoio dos militares 
tenentistas, de parte da classe média e de oposições regionais que 
desejavam derrubar a oligarquia paulista. Apesar do pouco apoio, as 
campanhas de 1930 foram marcadas por conflitos entre os 
“aliancistas” e os “prestistas”, sendo o ápice da violência o assassinato 
do presidente da Paraíba João Pessoa, em julho de 1930, pelo 
advogado João Dantas (que alegou ter matado por motivos 
pessoais e não políticos). 
Uma série de governos estaduais foram derrubados por 
sublevações e militares no mês de outubro, até que no dia 24, o 
presidente Washington Luís foi derrubado na capital carioca e uma 
Junta Militar Provisória foi instalada, que logo repassou o poder para 
Getúlio Vargas, iniciando assim o período mais logo de um 
presidente no poder na história do Brasil, conhecido como a Era 
Vargas.

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