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Os direitos fundamentais na União Europeia

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Os direitos fundamentais na União Europeia HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO EUROPEIA Ano Letivo – 2011-2012
A União Europeia nasceu pela necessidade de criar uma alavanca para a paz, após a 2ª GG, a qual foi alicerçada na vertente económica. Contudo a realidade iria muito além desse propósito meramente económico, talvez não fosse possível vislumbrar a sua grandeza no inicio desta “epopeia”. Teremos de encarar que qualquer acordo, reunião, tratado ou convenção realizado pelas instituições europeias, irá afetar muitos milhões de pessoas, de consumidores, afinal a União Europeia é a nossa casa, ou melhor, é o nosso espaço e mercado comum. Qualquer um de nós espera das instituições o cumprimento das suas normas e não apenas no que refere ao estado-membro de origem, mas que sejamos tratados de modo igual em qualquer outro dos estados membros, porque foi nesse sentido que o Acordo de Schengen ganhou vida. Este acordo deu o direito a qualquer cidadão da UE de se deslocar livremente e se estabelecer em qualquer ponto do território. Em dezembro de 2000 no Conselho Europeu de Nice é proclamada, na forma de uma declaração politica, a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia 1, reunindo num único texto o conjunto de direitos civis, políticos, económicos, sociais e de sociedade dos cidadãos da união europeia que vem complementar os direitos nacionais não substituindo estes e, que até então estavam presentes em diversas fontes nacionais, europeias e internacionais. Desta forma permitir aos residentes na UE que dum modo mais rápido e fácil tenham acesso a informação dos seus direitos fundamentais. Este desafio foi lançado pelos lideres da UE, em 1999 no Conselho Europeu de Colónia 2, ao acordarem na sua elaboração, seria redigida em apenas nove meses após a sua “encomenda”, contudo conseguiria legitimidade jurídica apenas em 2009 com a assinatura do Tratado de Lisboa 3, não sendo integrada no Tratado mas apenas será reconhecida pela referência da mesma num protocolo anexo pelo artigo 6º 4. Foi uma longa espera até ao Tratado de Lisboa (também conhecido como o Tratado Reformador), muito devido às divergências que existiam em diversas matérias relacionadas com o funcionamento da União, como o abandono do Tratado Constitucional, após os referendos francês e holandês em 2005. O Tratado de Lisboa veio ratificar e criar o espaço para o ponto de encontro comum que era necessário para a reforma das instituições da União, ou seja, a substituição da Constituição, e que foi ratificado pelos estados membros em 2009 e, como já referimos, em matéria dos direitos humanos, tornasse juridicamente vinculativa a Carta dos Direitos Fundamentais entre os 27 estados membros.
1 2 3 4
http://www.europarl.europa.eu/charter/default_pt.htm (última consulta 9-12-2011) http://www.europarl.europa.eu/summits/kol2_pt.htm#an4 – ver anexo VI - (última consulta 9-12-2011) http://eur-lex.europa.eu/JOHtml.do?uri=OJ:C:2007:306:SOM:PT:HTML (última consulta 9-12-2011)
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:C:2007:306:0155:0156:PT:PDF (ver pg C306/156 - última consulta 9-12-2011) – “Considerando que, no artigo 6º do Tratado da União Europeia, a União reconhece os direitos, as liberdades e os princípios enunciados na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (…)” e-fólio B – História da Construção Europeia – 31030 Paulo Sousa – 1001020 pagina 1 de 4
Ao longo dos seus 54 artigos os quais estão divididos em sete capítulos, tenta abraçar todos os pontos necessários à defesa dos cidadãos europeus. Uma boa parte dos artigos não são novidade, estão criados à imagem dos que integram a Convenção Europeia dos Direitos Humanos de 1950 ou outros acordos internacionais que os estados membros são signatários como a Carta Social Europeia de 1961. Está dividida por seis capítulos importantes e mais um geral, da seguinte forma: do capítulo 1º ao 7º respetivamente: Dignidade, Liberdades, Igualdade, Solidariedade, Cidadania, Justiça e Disposições Gerais. Está um pouco mais “polida” nas arestas, tornando-se num documento mais moderno, ou seja, ao adotar um tipo de linguagem um pouco mais contemporânea e ao mesmo tempo neutral e focando assuntos bastantes atuais como o casamento sem referir sexos e a clonagem nos artigos 9º e 3º respetivamente. Foram acrescentados outros artigos como por exemplo referentes ao meio ambiente, cidadania, transparência, proteção de dados pessoais, proteção do consumidor. Todas estes assuntos são bem atuais, alguns muito devido ao uso das novas tecnologias, como na transmissão de dados para tratamento de assuntos oficiais ou apenas para fazer compras online. Tem vindo a ser politica da UE o de “empurrar” este tema, dos direitos fundamentais/humanos para um plano de evidência nos seus relacionamentos internos e internacionais, de modo que uma cláusula estipulando estes direitos é incluída em todos os acordos comerciais ou de cooperação sendo um elemento essencial nas relações entre as partes (existem 120 acordos deste tipo) 5, sendo o mais abrangente o Acordo de Cotonou 6. Este pacto comercial e de ajuda liga a União a 79 países 7 em desenvolvimento na África, Caraíbas e Pacífico (grupo ACP). Se qualquer país ACP não respeitar os direitos humanos, concessões comerciais da UE podem ser suspensos, reduzidos ou limitados os programas de ajuda. A União acredita que a redução da pobreza, seu principal objetivo de sua política de desenvolvimento no exterior, só será alcançado numa estrutura democrática, as mesmas ações se aplicam a outros países parceiros. No plano interno, os cidadãos da UE poderão usar a Carta dos Direitos Fundamentais para contestar qualquer decisão tomada pelas instituições da UE, ou pelos Estados-Membros que aplicam a legislação da UE, que sentiram violados seus direitos fundamentais, também poderão levar a questão diante de um juiz em seu país, que poderá solicitar uma interpretação do Tribunal de Justiça no Luxemburgo. A Comissão Europeia também pode usar a carta para “desafiar” os estados membros se achar que os direitos fundamentais foram violados. Isto significa que quando a UE propõe e aplica legislação, deve respeitar os direitos enunciados na Carta, e o mesmo devem fazer os Estados-Membros quando aplicam a legislação da UE. Os direitos de que todos devem gozar incluem a proteção dos dados pessoais, o direito de asilo, a igualdade perante a lei e a não discriminação, a igualdade entre homens e mulheres, os direitos da criança e dos idosos e direitos sociais importantes como a proteção contra os despedimentos sem justa causa e o acesso à segurança social e à assistência social. A Convenção e o
5 6 7
http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT+TA+P6-TA2006-0056+0+DOC+XML+V0//PT (última consulta 10-12-2011) http://ec.europa.eu/europeaid/where/acp/overview/cotonou-agreement/index_en.htm (última consulta 10-12-2011) http://www.consilium.europa.eu/uedocs/cmsUpload/A4_HR_200pp_EN_def.pdf (ver pg 21 - última consulta 10-12-2011) Paulo Sousa – 1001020 pagina 2 de 4
e-fólio B – História da Construção Europeia – 31030
Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que supervisiona a aplicação da Convenção, estão na base da proteção dos direitos humanos na Europa. Pela Diretiva do Conselho nr 2003/109/CE 8 de 25 de novembro de 2003 relativa ao estatuto dos nacionais de países terceiros que são residentes de longa duração, a União Europeia (UE) concede o estatuto de residente europeu aos cidadãos de países terceiros que residam legalmente e de forma contínua e por um período de cinco anos no território de um país da UE. A diretiva também aproxima a legislação e práticas nacionais em relação aos termos para conferir esse estatuto de residente e estabelece condições para a residência em países da UE que não seja o que conferiu o estatuto de residente. Os estados membros da UE devem aplicar a diretiva, em conformidade com o princípio da não discriminação nos termos do artigo 10º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE) e do artigo 21º da Carta dos Direitos Fundamentais daUnião Europeia. Já foi precorrido um longo caminho e progressos se fizeram desde o Cilindro de Ciro 9, a Magna Carta 10 que deu ao povo direitos e sujeitou o rei à lei, Declaração de Independência dos Estados Unidos 11 de 1776, que proclamou o direito à vida, liberdade e à busca da felicidade, com a revolução francesa em 1789 a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão 12, um documento que afirmou que todos os cidadãos eram iguais perante a lei, até 1948 e à Declaração Universal dos Direitos do Homem 13. É muito trabalho realizado por todos aqueles que lutam por estes direitos mas parece nunca chegar, porque os muros politicos e económicos são sempre muito altos e mesmo na UE essas regras/leis apesar de já estarem juridicamente vinculadas não são praticadas ou aplicadas em toda a sua plenitude por todos os estados membros, terá de haver um tolerência zero das autoridades competentes relativamente a quem não pratica o que está legalmente acordado. Por muito que se lute é uma batalha sem vencedor criando apenas muitas vitimas, porque é uma condição genética e inalterável do ser humano o de se tentar impôr sobre o seu próximo. Conforme existirá sempre o predador sobre o fraco haverá sempre o heroi para o ajudar a sobreviver, criando um equilibrio, condição defenida pelo próprio universo e, enunciada pela 3ª Lei de Newton “"Para toda ação existe uma reação de força equivalente em sentido contrário".
Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince
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http://europa.eu/legislation_summaries/justice_freedom_security/free_movement_of_persons_asylum_immigration/l23034_en.htm (última consulta 12-12-2011)
http://cilindrodeciro.wordpress.com/ (última consulta 9-12-2011) - Em 539 a.C., Ciro o Grande, depois de conquistar a cidade da Babilónia, fez algo totalmente inesperado: ele libertou todos os escravos, também declarou que as pessoas deveriam escolher a sua própria religião. O Cilindro de Ciro, peça em argila, apresentava características inovadoras, especialmente em relação a religião. Nele era declarada a liberdade de religião e abolição da escravatura. Tem sido valorizado positivamente por seu sentido humanista e inclusive foi descrito como a primeira declaração de direitos humanos. 10 http://www.britannia.com/history/docs/magna2.html (última consulta 9-12-2011)
11 12 13
http://www.ushistory.org/declaration/document/ (última consulta 9-12-2011) http://www.assemblee-nationale.fr/histoire/dudh/1789.asp (última consulta 9-12-2011) http://www.un.org/en/documents/udhr/index.shtml (última consulta 9-12-2011) Paulo Sousa – 1001020 pagina 3 de 4
e-fólio B – História da Construção Europeia – 31030
BIBLIOGRAFIA • António Martins da Silva, História da Unificação Europeia. A Integração Comunitária (1945-2010), Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2010 • Rogelio Péres-Bustamante e Juan Manuel Uruburu Colsa, História da União Europeia. Coimbra Editora, 2004 • Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia • Tratado de Lisboa
e-fólio B – História da Construção Europeia – 31030
Paulo Sousa – 1001020
pagina 4 de 4

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