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26 - Apostila - Lucro Real - Teoria Pratica

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LUCRO REAL 
TEORIA E PRÁTICA 
 2 
Nota sobre a autora 
 
 
Maria Paula Boyadjian Fernandes é Bacharel em Ciências Contábeis (UNIFMU) , Pós 
Graduada em Planejamento Tributário (UNIFMU) e Administração Contábil e Financeira 
(UNIFMU), MBA em Contabilidade e Controladoria (Trevisan). Atua na área contábil há 
22 anos. É sócia da Keepers Outsourcing Serviços Contábeis Ltda onde presta serviços 
de consultoria contábil, fiscal e trabalhista. Leciona os cursos de Contabilidade Geral, 
Lucro Real Teoria e Prática, Contabilidade para Não Contadores e Formas de Tributação 
na CONTMATIC. Atuou como professora voluntária da Fundação IDEPAC por 4 anos. 
Contato: mariapaulaboyadjian@globo.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
SUMÁRIO 
 
 
Introdução 05 
Formas de Tributação 06 
Quando optar? 07 
Códigos para Recolhimento do IRPJ e da CSLL 08 
Data do Recolhimento 09 
Códigos para Recolhimento do PIS e da COFINS 09 
Lucro Presumido 10 
Cálculo do Lucro Presumido 11 
Acréscimos a Base de Cálculo 12 
Lucros ou Dividendos Distribuídos aos Sócios 13 
Regime Tributário de Transição – RTT 14 
Controle Fiscal Contábil de Transição – FCONT 14 
Obrigatoriedade 14 
Prazo e Forma de Entrega 15 
E-LALUR 15 
Obrigatoriedade 15 
 Certificado Digital 16 
Dispensa da Apresentação do LALUR 16 
Penalidade 17 
Incentivos Fiscais 17 
 Quadro Resumo dos Incentivos Fiscais 18 
 Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente 18 
PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador 19 
Audiovisual 22 
 Operações de Caráter Cultural e Artístico 22 
Lucro Real 24 
Lucro Líquido do Exercício 24 
Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício 25 
Enquadramento dos contribuintes 27 
Pessoas Jurídicas Obrigadas à Tributação c/ Base no Lucro Real 27 
 Demais Empresas Optantes pelo Lucro Real 29 
 Regime Caixa x Regime Competência 30 
 Periodicidade Trimestral ou Anual de Apuração do L ucro Real 31 
Demonstração do Lucro Real 31 
Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) 31 
 Finalidade 32 
 4 
Obrigatoriedade 32 
 Escrituração 33 
Modelo Prático do LALUR e LACOS 34 
Despesa Indedutível 36 
 Adições 37 
 Exclusões 39 
 Depreciação Acelerada e Incentivada 40 
Compensações de Prejuízos Fiscais 41 
 Prejuízos não operacionais 42 
Lucro Real Trimestral 42 
Base de Cálculo 43 
 Alíquota 43 
 Exemplo do Cálculo do IRPJ 43 
 Exemplo do Cálculo da CSLL 43 
 Compensação de Prejuízos Fiscais 4 4 
Lucro Real Anual – Estimativa 45 
Lucro Estimado 45 
 Receita Bruta 45 
 Exclusões 45 
 Acréscimos 45 
 Deduções 46 
 Base de Cálculo 46 
 Alíquotas 47 
 Compensação de Prejuízos Fiscais 47 
 Adicional do Imposto de Renda 47 
 Lucro Real Anual – Redução e Suspensão 47 
 Redução 48 
 Suspensão 49 
Ajuste Anual 49 
Planejamento Tributário 51 
Principais Vantagens e Desvantagens da Apuração do Lucro Real 
Anual X Lucro Real Trimestral 51 
Exercícios 53 
Bibliografia 76 
 
 
 
 
 
 5 
Introdução 
 
Neste curso prático, você conhecerá detalhadamente, os procedimentos para a 
apuração do Lucro Real Trimestral levantando os balanços trimestrais, na forma da Lei 
9.430/96 e apuração Lucro Real anual com opção de reduzir ou suspender o pagamento 
do imposto assim como de estimar e com isso escolher a forma menos onerosa para 
empresa. 
 
Abordaremos na prática, a escrituração no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) e 
no Livro de Apuração da Contribuição Social (LACS), assim como as novas regras 
impostas pela IN 989/2009 sobre o E-LALUR (Livro eletrônico). 
 
Os impactos da Lei 11.638/2007 e 11.941/2009 com a exigência do RTT (Regime 
Tributário de Transição) e do FCONT (Controle Fiscal Contábil de Transição) para as 
empresas tributadas pelo Lucro Real. 
 
A apostila almeja despertar a necessidade de um planejamento tributário para as 
empresas de Lucro Real, fazendo uma análise entre Lucro Real Anual (estimativa) x 
Lucro Real Trimestral (definitivo), a fim de analisar os reflexos causados no fluxo de 
caixa, com a finalidade de diminuir legalmente a carga tributária. 
 
Um planejamento tributário bem elaborado e executado poderá trazer grandes benefícios 
para as empresas. 
 
Bons Estudos! 
 
 
Maria Paula Boyadjian Fernandes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
Formas de Tributação 
 
 
 
Na prática, são quatro as modalidades de tributação pelo IRPJ: 
 
 
 
 
 
 
Lucro Real: Para se apurar o lucro real é necessário manter escrituração comercial 
regular, incluindo o Livro de Apuração do lucro. Os impostos são calculados com base 
no lucro real da empresa apurado, considerando-se todas as receitas, menos todos os 
custos e despesas da empresa, de acordo com o regulamento do imposto de renda. 
 
Lucro Arbitrado: O Lucro arbitrado também é uma forma de tributação simplificada, 
porém muito mais onerosa visto que os percentuais aplicados sobre a receita bruta da 
empresa são maiores se comparados aos percentuais aplicados no lucro presumido. O 
Lucro arbitrado é uma modalidade de tributação muito utilizada pelo Fisco para 
determinar o imposto devido quando não há como fazê-lo por meio do lucro real ou 
presumido. 
 
SIMPLES 
NACIONAL 
LUCRO 
PRESUMIDO 
 
LUCRO 
ARBITRADO 
 
LUCRO 
REAL 
 7 
Lucro Presumido: É uma forma simplificada de tributação onde os impostos são 
calculados com base num percentual estabelecido sobre o valor das vendas realizadas, 
independentemente da apuração do lucro, sendo sua apuração trimestral. 
 
Simples Nacional: O Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e 
Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, foi instituído 
pela Lei Complementar nº 123/2006 e entrou em vigor a partir de 01.07.2007. 
O Simples constitui, basicamente, uma forma unificada de recolhimento de tributos, por 
meio da aplicação de percentuais, incidentes sobre a receita bruta. 
 
 
Quando optar? 
 
 
A opção pelo lucro real anual, lucro real trimestral ou lucro presumido será manifestada 
pelo pagamento da 1ª quota do IRPJ de qualquer um dos regimes, mediante DARF, ou 
início de atividade, sendo que a legislação não permite mudar a forma de tributação 
durante o ano-calendário (art.13, Lei 9.718/98). 
 
Como a legislação não permite mudança de sistemática no mesmo exercício, a opção 
por uma das modalidades será definitiva. Se a decisão adotada for errada, ela terá efeito 
em todo o ano calendário. 
 
Por isso, é fundamental uma análise detalhada de qual é a melhor forma de tributação, 
antes do pagamento da 1ª quota do Imposto. A opção de tributação feita para o Imposto 
de Renda deve ser a mesma para a Contribuição Social sobre o Lucro. 
 
Outro fato muito importante e totalmente ligado ao assunto é que a partir do final de 
2002, foi criado o sistema da não cumulatividade do PIS e posteriormente da COFINS no 
início deste ano. 
 
A partir deste cenário, a decisão do regime tributário para o ano seguinte, com o devido 
planejamento e antecedência, passou a ser mais importante, pois o recolhimento do PIS, 
COFINS, IRPJ e CSSL estão ligados pela definição do regime tributário do IRPJ e da 
CSSL. 
 
 
 8 
Códigos para Recolhimento do IRPJ e da CSLL 
 
 
LUCRO REAL 
 
ENQUADRAMENTO CÓDIGO 
EMPRESAS OBRIGADAS IRPJ CSLL 
Balanço trimestral 0220 6012 
Estimativa mensal 2362 2484 
Saldo IR (ajuste anual) 2430 6773 
 
 
 
 
ENQUADRAMENTO 
 
 
 
 
CÓDIGO 
EMPRESAS NÃO OBRIGADAS IRPJ CSLL 
Balanço trimestral 3373 6012 
Estimativa mensal 5993 2484 
Saldo IR (ajuste anual) 24566773 
 
 
 
LUCRO PRESUMIDO 
 
ENQUADRAMENTO CÓDIGO 
EMPRESAS OBRIGADAS IRPJ CSLL 
Balanço trimestral 2089 2372 
 
 
Entidades Financeiras 
 IRPJ CSLL 
Lucro Real Anual 2319 2469 
Lucro Real Trimestral 1599 2030 
Ajuste 2390 
 
 
 
Ganhos em aplicação de renda variável 
 IRPJ CSLL 
Lucro Real Anual 3317 - 
Lucro Real Trimestral 3317 - 
 
 
 9 
Data do Recolhimento: 
 
Regime anual: último dia útil do mês de fevereiro 
Regime trimestral: último dia útil do mês de abril 
 
 
 
Códigos para Recolhimento do PIS e da COFINS 
 
 
LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO 
 PIS COFINS PIS COFINS 
Não cumulativo 6912 5856 
Alíquota 1,65% 7,60% 
 Cumulativo 8109 2172 
Cumulativo 8109 2172 Alíquota 0,65% 3% 
Alíquota 0,65% 3% 
 
 
 
Permite-se tomar Vetado a tomada de 
 Crédito nas entradas Créditos nas entradas 
 
 
 
Receitas excluídas do regime de incidência não-cumu lativa 
Ainda que a pessoa jurídica esteja submetida ao regime de incidência não-cumulativa, 
as receitas constantes do art. 8º da Lei nº 10.637, de 2002, e do art. 10 da Lei nº 10.833, 
de 2003, observado o disposto no art. 15 desta última Lei, estão excluídas desse regime, 
o que significa também que os custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas 
não geram direito ao desconto de créditos. As receitas excluídas do regime de incidência 
não-cumulativa poderão ser encontradas na página da Receita Federal no seguinte 
endereço: 
http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/pispasepcofins/regincidencianaocumula
tiva.htm 
 
 
 10
Forma de Recolhimento: 
 
O recolhimento através do DARF será efetuado de forma centralizadora, pelo 
estabelecimento matriz da pessoa jurídica. (Lei 9.779 de 1999, Art. 15). 
 
 
 
Lucro Presumido 
 
 
As empresas que não são obrigadas a apurar seus lucros pelo sistema de lucro real 
podem se valer da opção pelo lucro presumido. Devem, para tanto, preencher dois 
requisitos básicos: o limite de faturamento anual (R$ 48.000.000,00 no ano, ou 
proporcionalmente R$ 4.000.000,00 mensais) e não se enquadrar em atividades 
impedidas (art. 14 da Lei nº 9.718/1998, com a redação dada pelo art. 46 da Lei nº 
10.637/2002.). 
 
Dentre estas atividades destacamos: 
 
� Os bancos comerciais e de investimentos; 
� As cooperativas, corretoras de títulos, previdência privada aberta; 
� Que usufruam de benefícios fiscais; 
� Empresas de factoring; 
� Que explorem compra, venda e loteamento de imóveis; 
� Que tenham rendimentos provenientes do exterior (não se aplica à pessoa 
jurídica que auferir receita de exportação de mercadoria e da prestação direta de 
serviços no exterior). 
 
A opção pelo sistema é feita no ato de pagamento da primeira parcela do imposto de 
renda pessoa jurídica apurado no primeiro trimestre no ano calendário, ou, em caso de 
início de atividade, no primeiro trimestre de atividade. 
Para uma opção segura, o empresário deve prever o percentual de lucro que espera ter 
em relação ao faturamento bruto, visto ser este à base para o cálculo do imposto. 
 
Não importa se ao final do ano calendário for apurado prejuízo ou lucro muito inferior ao 
previsto. Para isso publicamos abaixo a tabela de atividades. 
 
 
 11
Cálculo do Lucro Presumido 
 
O Lucro presumido deve ser determinado aplicando-se os percentuais citados abaixo: 
 
Atividades Percentuais IRPJ (%) 
Revenda de combustíveis 1,6 
Venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de combustíveis 
para consumo). 
Transportes de carga. 
Serviços hospitalares. 
Atividade rural. 
Industrialização de produtos. 
Atividades imobiliárias. 
Construção por empreitada. 
Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços), para a qual 
não esteja previsto percentual específico. 
 
 
 
 
8,0 
Serviços de transporte (exceto o de carga). 
Serviços (exceto hospitalares, de transportes e de sociedade civis de 
profissões regulamentadas) prestados com exclusividade por 
empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00. 
 
 
16,0 
Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual 
específico, inclusive os prestados por sociedades civis de profissões 
regulamentadas. 
Intermediação de negócios. 
Administração, locação ou cessão de bens e direitos de qualquer 
natureza (inclusive imóveis). 
 
 
 
32,0 
 
Atividades Percentuais CSLL (%) 
Comerciais, industriais, serviços hospitalares e de transporte. 12,0 
Prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e 
de transporte. 
32,0 
 
 
 
 12
Acréscimos à base de cálculo 
 
Deverão ser adicionados, os ganhos de capital na alienação de bens do ativo 
permanente e demais receitas ou resultados, percebidos no trimestre, não componentes 
da receita bruta mensal de vendas e prestação de serviços, inclusive os rendimentos de 
aplicações financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de renda variável, variações 
monetárias ativas, alugueis recebidos, etc. 
 
Alíquotas 
 
IRPJ 15% 
10% (adicional) 
CSLL 9% 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
PIS E COFINS 
Desde maio/2009, em face da publicação da Lei no 11.941/2009, cujo art. 79, XII, 
revogou o § 1o do art.3o da Lei no 9.718/1998, a base de cálculo da contribuição para o 
PIS/PASEP e da COFINS devidos no regime cumulativo compreende 
exclusivamente o faturamento das pessoas jurídicas sujeitas a esse regime. 
 
IRPJ E CSLL 
No cálculo do IRPJ e CSLL com base no Lucro Presumido, as demais receitas não 
componentes da receita bruta, deverão ser adicionados à base de cálculo, ou seja, serão 
tributadas em 15% e 9%, inclusive os rendimentos de aplicações financeiras de renda 
fixa e ganhos líquidos de operações financeiras de renda variável . 
 
 
 
 
 
 
 
 13
Lucros ou Dividendos Distribuídos aos Sócios 
 
A legislação do IR estabelece que os valores pagos a sócios ou acionistas ou a titular de 
empresa tributada pelo lucro presumido, a título de lucros ou dividendos, ficam isentos 
do imposto de renda independentemente de apuração contábil. 
 
Observa-se que essa isenção, porém, alcança somente o valor da base de cálculo do 
Imposto de Renda Pessoa Jurídica, deduzindo do valor devido relativo aos seguintes 
tributos (art. 39, do RIR/99; art. 48 da IN SRF nº 93/1997). 
 
� IRPJ (inclusive o adicional, quando devido); 
� CSLL; 
� PIS/PASEP; e. 
� COFINS. 
 
 
Exemplo prático: 
 
Descrição Valor R$ 
Valor da base de cálculo do IRPJ 55.195,00 
(-) IRPJ devido no trimestre 8.279,25 
(-) Contribuição Social sobre o lucro devida no trimestre 6.506,55 
(-) PIS devido no trimestre 2.985,61 
(-) COFINS devida no trimestre 13.779,75 
(=) Valor a ser distribuído com isenção do imposto a partir do primeiro dia 
do trimestre seguinte 
 23.643,84 
 
 
 
Assim, se a empresa tributada com base no lucro presumido apurar contabilmente lucro 
líquido de valor superior ao mencionado acima, a diferença poderá ser distribuída sem 
incidência do imposto. 
 
Agora, se o lucro líquido apurado contabilmente for inferior ao valor determinado de 
acordo com as regras do lucro presumido, prevalecerá à isenção sobre a distribuição do 
lucro presumido líquido do imposto, desde que existam lucros acumulados ou reservas 
de lucros em montante suficiente, caso negativo a parcela excedente será submetida à 
tributação com base na tabela progressiva (IN SRF nº 93/1997). 
 
 14
Regime Tributário de Transição (RTT) 
 
 
Por meio da MP 449/2008, convertida na Lei 11.941/2009, foi instituído o Regime 
Tributário de Transição de apuração do lucro real, que trata dos ajustes tributários 
decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis introduzidos na Lei 6.404/76. 
 
O RTT tem como finalidade garantir a neutralidade tributária das alterações nos métodos 
e critérios contábeis, devendo vigorar até que a legislaçãotributária seja adaptada a tais 
alterações. 
 
Para fins de apuração do lucro real, as pessoas jurídicas optantes pelo RTT não sofrerão 
os efeitos dos possíveis ajustes que tiverem em decorrência das modificações no critério 
de reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na apuração do lucro 
líquido do exercício. 
 
 
Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT) 
 
 
O FCONT é programa eletrônico no qual deverá efetuar a escrituração, das contas 
patrimoniais e de resultado, em partidas dobradas, que considera os métodos e critérios 
aplicados pela legislação tributária, vigentes até 31.12.2007. 
 
 
Obrigatoriedade 
 
 
Conforme a IN RFB 949/09, estão obrigadas à apresentação do FCONT as pessoas 
jurídicas que, cumulativamente: 
 
a) Apurem a base de cálculo do IRPJ pelo lucro real; 
b) Que tenham optado pelo Regime Tributário de Transição (IN RFB 949/09); 
c) Que existam lançamentos com base em critérios diferentes entre a legislação 
societária e fiscal. 
 
 15
A utilização do FCONT é necessária à realização dos ajustes previstos no LALUR, não 
podendo ser substituído por qualquer outro controle ou memória de cálculo. 
 
As pessoas jurídicas que não atenderem a pelo menos uma das condições acima NÃO 
ESTÃO OBRIGADAS À APRESENTAÇÃO DO FCONT. 
 
A pessoa jurídica que não tenha adotado a Escrituração Contábil Digital (ECD) e esteja 
sujeita à apresentação do FCONT, poderá ser intimada à apresentação da escrituração 
contábil. 
 
 
Prazo e Forma de Entrega 
 
 
O prazo de entrega dos dados será o mesmo prazo fixado para apresentação da DIPJ, 
mediante a utilização de aplicativo disponibilizado no sítio da Secretaria da Receita 
Federal do Brasil na Internet, no endereço www.receita.fazenda.gov.br. 
 
 
 
E-lalur 
 
 
O objetivo do sistema é eliminar a repetição de informações existentes na escrituração 
contábil, no Lalur e na DIPJ. O e-lalur é a versão digital do já existente LALUR. 
 
 
Obrigatoriedade 
 
A IN 989/2009 que instituiu o Livro Eletrônico de Escrituração e Apuração do Imposto 
sobre a Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido da Pessoa Jurídica 
Tributada pelo Lucro Real, determina que o arquivo eletrônico deverá ser apresentado 
pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, até o final do último dia útil do mês de 
junho do ano subsequente ao ano-calendário de referência. 
 
 
 
 16
 
Prazo de entrega em eventos especiais 
Havendo eventos especiais como Cisão total ou parcial, Fusão, Incorporação ou 
Extinção, o e-Lalur deverá ser entregue até o último dia útil do mês subsequente ao da 
ocorrência destes eventos. 
Entretanto, se os eventos mencionados anteriormente ocorrerem entre 1º de janeiro de 
2010 e 31 de abril de 2011, o Livro Digital poderá ser entregue no prazo previsto no 
tópico III, ou seja, até o último dia útil do mês de junho do ano subsequente ao ano-
calendário de referência. 
 
 
 
O software é denominado de Programa Gerador de Escrituração (PGE) e deverá ser 
instalado no computador da mesma forma que os demais programas da Receita Federal. 
 
 
Certificação Digital 
 
 
O arquivo eletrônico será assinado digitalmente pelo contribuinte com certificado digital 
emitido por autoridade certificadora credenciada. Para a entrega do arquivo, será 
necessário: 
1- certificado digital do contribuinte, representante legal ou procurador, 
2- certificado digital do contabilista responsável peã escrituração do e-lalur. 
 
 
Dispensa da apresentação do LALUR 
 
 
As pessoas jurídicas que apresentarem o e-Lalur ficam dispensadas, em relação aos 
fatos ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2010, da escrituração do Livro de Apuração do 
Lucro Real (LALUR) no modelo e normas estabelecidos pela Instrução Normativa SRF nº 
28, de 13 de junho de 1978, e da utilização do Programa Validador e Assinador da 
Entrada de Dados para o FCont de que trata a Instrução Normativa RFB nº 967, de 15 
de outubro de 2009. 
 
 
 
 17
Penalidade 
 
A pessoa jurídica obrigada, que deixar de apresentar o e-Lalur no prazo estabelecido, 
sujeitar- sê-a a multa de R$ 5.000,00 por mês-calendário ou fração. 
 
 
Incentivos fiscais 
 
 
O imposto de renda apurado sobre o lucro real do período em curso pode ser deduzido, 
quando for o caso, pelos incentivos fiscais, desde que observe os limites individuais e 
globais fixados nas legislações específicas. 
 
Dentre eles destacamos: 
� Fundo dos direitos da criança e do adolescente; 
� PAT – Programa de Alimentação do Trabalho; 
� Audiovisual (filmes); 
� Operações de Caráter Cultural e Artístico, etc. 
 
 
As empresas que utilizem incentivos fiscais não poderão reduzir o imposto de renda, 
caso o apure com base no Lucro Presumido. 
 
 
 
Quadro Resumo dos Incentivos Fiscais 
 
 18
 
 
 
 
Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente 
 
A pessoa jurídica poderá deduzir, até 1% do imposto devido, mas não são dedutíveis 
como despesa operacional. Portanto, o valor da doação, contabilizado como despesa, 
deve ser adicionado ao lucro líquido, para fins de determinação do lucro real e da base 
de cálculo da contribuição social sobre o lucro, por ser considerada uma despesa 
indedutível. 
 
 19
A seguir um exemplo referente dedução de Fundos dos Direitos da Criança e do 
Adolescente. 
 
 
Exemplo: 
 
 
Dedução de Fundos dos Direitos da Criança e Adolescente 
Imposto de Renda Devido (15%) R$ 80.000,00 
Doações ao Fundo R$ 1.300,00 
Limite: 1% x R$ 80.000,00 R$ 800,00 
Incentivo dedutível R$ 800,00 
Excesso não dedutível em períodos posterior R$ 500,00 
= Imposto a Pagar (R$ 80.000,00 - R$ 800,00) R$ 79.200,00 
 
 
 
PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador 
 
 
Para pessoa jurídica usufruir desse benefício. Ela deverá se cadastrar com formulário de 
adesão ao programa e entregar na ECT (Empresas de Correios e Telégrafos), ou pelo 
site www.mte.gov.br/pat, após o seu cadastramento poderá utilizar a dedução, porém 
esta dedução é permitida apenas para o imposto de renda, para o adicional do imposto 
de renda isto não é válido. 
 
Após o cadastro, não será necessário à renovação anual, pois se a mesma optar em 
continuar com o PAT, deverá informar na RAIS (Relação Anual de Informações Sociais). 
 
Valor máximo por refeição R$ 2,49 por refeição 
Incentivo máximo por refeição R$ 1,99 por refeiçã o 
Valor máximo custeado pelo trabalhador R$ 0,50 por refeição 
 
 
O valor do incentivo deverá ser calculado pelo menor valor das seguintes opções (Art. 
369 do RIR/1999): 
 
 
 20
 
� 15 % do valor total das despesas com gastos de alimentação, já incluído o 
desconto dos funcionários; 
� O resultado da multiplicação de R$ 0,2985(*) pelo número de refeições 
fornecidas no período. 
 
• 1,99 por refeição x 15% = R$ 0,2985 
 
 
 
Exemplo 1: 
 
Dedução do PAT – Programa de Alimentação do Trabalh ador. 
Imposto Devido - alíquota de 15 % 
 
R$ 70.000,00 
Despesas com alimentação (supondo que este seja o menor valor 
alternativa “a”). 
R$ 20.000,00 
Incentivo: 15 % x R$ 20.000,00 
 
R$ 3.000,00 
Limite 4 % do imposto devido (R$ 70.000,00 x 4%) 
 
R$ 2.800,00 
Excesso: R$ 3.000,00 (-) R$ 2.800,00 
 
R$ 200,00 
 
 
 
De acordo com Art. 582 do RIR/99 a dedução está limitada a 4% do imposto devido em 
cada período de apuração. Eventuais excessos poderão ser aproveitados nos dois anos-
calendário subsequentes, cujos valores deverão ser controlados na parte B do Lalur. 
 
As despesas ou custos por refeição são dedutíveis na apuração do lucro real e devem 
ser contabilizadas em contas destacadas. 
 
 
Exemplo 2: 
 
Calcule o valor do incentivo ao PAT, para uma empresa enquadrada no lucro real e que 
recolhe o seu imposto por estimativa, ou seja, pelo lucro real anual, diante dos dados 
que segue abaixo: 
 21
IR por estimativadevida no mês: R$ 10.000,00 + R$ 4.666,67 (adicional) = R$ 14.666,67 
Despesas realizadas no mês com o PAT: R$ 5.000,00 
Número de refeições servidas no mês: 2.500 
 
 
 
Cálculo: 
 
1ª situação: 
R$ 1,99 por refeição x 15% = R$ 0,2985 por refeição 
R$ 0,30 x 2.500 refeições = R$ 746,25 
ou 
R$ 1,99 x 2.500 refeições = R$ 4.975,00 Parcela dedutível a título de PAT: 
R$ 4.975,00 x 15% = R$ 746,25 
 
 
 
2ª situação: 
Despesas realizadas no mês com o PAT: R$ 5.000,00 x 15% = R$ 750,00 
O valor que poderá ser deduzido do imposto é o da 1ª situação por se tratar do menor 
valor. 
Observar o limite permitido pela legislação, ou seja, 4% sobre o lucro sem considerar o 
adicional, portanto teremos: 
O Limite da dedução do PAT no mês: R$ 10.000,00 (IRPJ) x 4% = R$ 400,00 
 
 
R$ 746,25 (1ª situação) 
R$ 400,00 (valor deduzido no mês) 
R$ 346,25 (Excesso a ser utilizado nos meses subseq uentes) 
 
 
 
 
Portanto, o excesso apurado (R$ 346,25) poderá ser utilizado nos meses subsequentes 
do mesmo ano-calendário, observados os limites legais conforme modelo abaixo: 
 
 
 22
 
PARTE B 
CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO 
LUCRO LÍQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROS 
 
CONTA INCENTIVO DO PAT 
DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO 
31/12/2010 Benefício do PAT não utilizado no ano de 
 2010, que poderá ser utilizado nos próximos. 
 02 anos: 
 Valor no ano = 746,25 
 Utilizado no ano= 400,00 
 Saldo a utilizar= 346,25 346,25 346,25 
 
 
 
Audiovisual 
 
A dedução está limitada a 3% do valor do IRPJ devido à alíquota de 15%, sem 
considerar o adicional. O Investimento feito é dedutível na apuração do lucro real e da 
contribuição social. Esses investimentos devem ser aprovados pelo Ministério da Cultura 
e regulamentados pela CVM. 
 
 
 
Operações de Caráter Cultural e Artístico 
 
 
A dedução está limitada a 40% do somatório das doações efetuadas ou 30% do 
somatório dos patrocínios efetuados. Deve-se, todavia, observar o limite de 4% do valor 
do IRPJ devido, sem considerar a alíquota do adicional. 
 
 
Não há permissão para aproveitamento de eventuais excessos em períodos 
subsequentes. 
 
 
 23
Portanto, não há controle dos valores na parte B do Lalur. Porém está operação é 
considerada indedutível para a apuração do lucro real e da contribuição social, devendo 
ser adicionada no Lalur. 
 
 
Importante: 
 
 
Quanto a Lei Rouanet, se o projeto estiver enquadrado no Art. 18 da Lei 8.313/91, a 
pessoa jurídica não poderá deduzir o valor da doação como despesa operacional. Porém 
se a pessoa jurídica se enquadrar no Art. 26 da referida Lei, poderá deduzir ainda como 
despesa operacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUCRO 
REAL 
 
LUCRO 
ESTIMADO 
 
LUCRO 
CONTÁBIL 
 
LUCRO 
FISCAL 
 
LUCRO 
ARBITRAD
O 
 
LUCRO 
PRESUMID
O 
LUCRO 
LÍQUIDO 
DO 
EXERCÍCIO 
 
 24
Lucro Real 
 
Conforme art. 247 do RIR/99 Lucro real é o lucro líquido do período de apuração 
ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas e autorizadas pela 
legislação vigente. 
 
A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada 
período de apuração com observância das disposições das leis comerciais (Lei 8.981/95, 
art. 37, § 1º). 
 
O Fisco esclarece que a expressão lucro real significa o próprio lucro tributável, para fins 
da legislação do imposto de renda. 
 
 
Lucro Líquido do Exercício 
 
É a denominação legal do resultado apurado contabilmente no exercício, por meio da 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), conforme artigo 187 da Lei 6.404/76. 
 
A legislação do imposto de renda apoiada na lei societária (n.º. 6.404/76) chama o 
resultado contábil de lucro (ou prejuízo) líquido do exercício. Na realidade a lei societária 
assim era remida pelas normas fiscais, com a Lei 11.638/07 e MP 449/08 não é mais 
assim. O resultado contábil não será mais base para o IRPJ. Cabe ressaltar que o 
contabilista deverá compreender a contabilidade na esfera fiscal como informado. 
 
Para apurar o resultado do exercício de uma empresa, basta confrontar o total de 
despesas com o total de receitas ocorridas em um determinado período. 
 
Importante Nem sempre o lucro fiscal ser á igual ao lucro 
contábil. 
 
 
Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício 
 
A DRE (Demonstração do Resultado Exercício) é a demonstração contábil que tem por 
objetivo evidenciar a situação econômica da entidade. 
 
 25
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
(DRE) 
 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
 
Venda de mercadoria 
Venda de serviço 
Venda de produto 
 
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 
 
Impostos e contribuições 
Vendas canceladas 
Descontos incondicionais concedidos. 
 
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
 
(-) CUSTOS OPERACIONAIS 
 
Custo da mercadoria vendida 
Custo dos serviços prestados 
Custo dos produtos vendidos 
 
= LUCRO BRUTO ou RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 
 
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 
· Vendas 
· Administrativas 
· Financeiras 
· (+) Receitas Financeiras 
· Outras Despesas Operacionais 
 
(+) OUTRAS RECEITAS OPERAC. 
 
= RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO 
 
(+) OUTRAS RECEITAS 
 
Ganhos em transações do Ativo Permanente 
 
(-) OUTRAS DESPESAS 
 
Perdas em transações do Ativo Permanente. 
 
RESULTADO ANTES DA PROVISÃO DO IRPJ E DA CSLL 
 26
 
(-) PROV. P/ CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 
(-) PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA 
 
RESULTADO DO EXERCÍCIO APÓS O IMPOSTO DE RENDA CSLL 
(-) PARTICIPAÇÕES 
Participações de administradores e empregados 
 
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
 
Demonstração do resultado conforme o CPC 26 
 
 
 
“82. A demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir as seguintes 
rubricas, obedecidas também as determinações legais: 
 
 
(a) receitas; 
(b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos; 
(c) lucro bruto; 
(d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas 
operacionais; 
(e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método de 
equivalência patrimonial; 
(f) resultado antes das receitas e despesas financeiras 
(g) despesas e receitas financeiras; 
(h) resultado antes dos tributos sobre o lucro; 
(i) despesa com tributos sobre o lucro; 
(j) resultado líquido das operações continuadas; 
(k) valor líquido dos seguintes itens: 
(i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas; 
(ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas 
de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição para venda que 
constituem a unidade operacional descontinuada; 
(l) “resultado líquido do período.”. 
 
 
 
http://www.cpc.org.br/pdf/CPC%2026_2010.pdf 
 
 27
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enquadramento dos Contribuintes 
 
 
Demonstrações Obrigatórias conforme as Leis 6404/76 e 11638/07. 
 
 I - balanço patrimonial; 
 II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
 III - demonstração do resultado do exercício; 
 IV – demonstração do resultado do exercício abrangente; 
 V – demonstração dos fluxos de caixa; 
 VI – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado; 
 VII – notas explicativas. 
 
 As Companhias Abertas necessitam elaborar também a DMPL (Demonstração das 
Mutações do patrimônio Líquido) conforme determinação da CVM. 
 
Vale ressaltar que se qualquer Entidade fizer a DMPL está desobrigada de elaborar 
a DLPA . 
 28
 
 
Quem está obrigado ao Lucro Real 
 
 
 
 29
 
 
 
 
 
 30
 
 
“O Fisco esclarece que a expressão lucro real signi fica o próprio lucro tributável , 
para fins da legislação do imposto de renda”. 
 
 
 
DemaisEmpresas Optantes pelo Lucro Real 
 
Para as pessoas jurídicas que não estão obrigadas a tributação pelo lucro real, é 
opcional a forma de tributação, pois às vezes acaba sendo compensatório 
principalmente para as prestadoras de serviços que a base tributação é de 32%, 
conforme lei 9.259/95 art. 15. 
 
Porém esse tipo de opção deve avaliar também o reflexo causado no cálculo do PIS e da 
COFINS. 
 
 
 
Regime de Caixa x Regime de Competência? 
 
 
 As receitas são computadas em função 
REGIME do momento em que nasce o direito de 
DE recebê-las e as despesas no momento 
COMPETÊNCIA 
 
em que nasce a obrigação de pagá-las. 
 
 
 
 1- Contrato de fornecimento à 
REGIME entidades governamentais; 
DE 
 
2- Atividade imobiliária; 
CAIXA 3- Venda a prazo de permanente; 
 4- Variação cambial. (*) 
 
 
 
 31
 
 
 
 
Periodicidade Trimestral ou Anual de Apuração do Lu cro Real 
 
Às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real é permitido apurar o lucro real e, 
consequentemente, determinar o imposto de renda e a contribuição social efetivamente 
devido: 
� Trimestralmente; ou 
� Anualmente. 
Periodicidade Modalidade de Pagamento Balanço Levantado 
Trimestral Trimestral 
31 de março; 30 de abril; 
30 de junho; 31 de julho; 
30 de setembro; 31 de outubro; 
31 de dezembro. 31 de janeiro. 
Trimestralmente 
 
 
 
 
 A pessoa jurídica que optar pela apuração do 
Lucro Real Anual, terá que pagar mensalmente, o 
Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o 
lucro, calculada por estimativa. 
 
Anualmente ou 
Mensalmente * 
 
* No caso de suspensão ou 
redução do pagamento 
Anual 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além disso, poderá suspender ou reduzir o 
pagamento através do Balanço ou Balancete 
levantado. 
 
 
 
 32
 
 
Demonstração do Lucro Real 
 
 
A demonstração do lucro real relativa a cada período abrangido pelo balanço/balancete 
de suspensão ou redução deverá ser transcrita no Livro de Apuração do Lucro Real 
(LALUR). 
 
Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) 
 
 
Finalidade 
 
O livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) existe para assegurar a separação entre a 
escrituração comercial e a fiscal, prevista no § 2° do art. 177 da Lei n°6.404/76 (Lei das 
S/A). . 
 
No LALUR, a pessoa jurídica deverá: 
 
a) lançar os ajustes do lucro líquido do período-base (apurado na escrituração 
comercial), necessários para a determinação do lucro real (base de cálculo do 
Imposto de Renda); 
b) transcrever a demonstração do lucro real; 
c) manter os registros de controle dos prejuízos fiscais a compensar em períodos-base 
subseqüentes, do lucro inflacionário a realizar, da depreciação acelerada incentivada, 
da exaustão mineral com base na receita bruta, bem como dos demais valores que 
devam influenciar a determinação do lucro real de períodos-base futuros e não 
constem da escrituração comercial; 
 
 
Obrigatoriedade 
 
Estão obrigadas à escrituração do LALUR todas as pessoas jurídicas contribuintes do 
Imposto de Renda com base no lucro real. O LALUR não precisa ser autenticado por 
qualquer órgão oficial. 
 
 33
A IN SRF n° 28/78 dispõe (subitem 1.3) que se consi dera não apoiada em escrituração 
comercial e fiscal a apuração do lucro real, sem que estejam escriturados no LALUR os 
ajustes ao lucro líquido, a Demonstração do Lucro Real e os registros correspondentes 
nas contas do controle. 
 
Desse modo, a falta de escrituração do LALUR, no encerramento do período-base de 
apuração do lucro real, poderá justificar o arbitramento do lucro pela autoridade fiscal 
(art. 40, I, da IN SRF n° 93/97). 
 
 
Escrituração 
 
O LALUR deverá ser escriturado: 
 
I - por ocasião do encerramento de cada período-base de apuração do lucro real, a 
saber, (art. 1° da Lei n° 9.430/96): 
 
a) em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-
calendário, no caso de apuração trimestral do Imposto de Renda, como base no lucro 
real; 
b) em 31 de dezembro, se a empresa optar pelo pagamento mensal do Imposto de 
Renda por estimativa; 
c) na data em que ocorrer incorporação, fusão, cisão ou encerramento de atividades de 
empresa submetida à tributação com base no lucro real; 
 
II - por ocasião do levantamento de balanços ou balancetes de suspensão ou redução do 
pagamento mensal do Imposto de Renda, se a pessoa jurídica, se utilizar dessa 
faculdade. 
 
O RIR (Regulamento do Imposto de Renda) autoriza escriturar o LALUR mediante 
utilização de sistema de processamento eletrônico de dados, observadas as normas 
baixadas pela Secretaria da Receita Federal. 
 
 
Parte A e Parte B 
 
 34
Conforme o modelo aprovado pela IN SRF n° 28/78, o LALUR, cujas folhas devem ser 
numeradas tipo-graficamente, é dividido em duas partes distintas reunidas em um só 
volume encadernado, a saber: 
 
a) Parte A, destinada aos lançamentos de ajustes do lucro líquido do período-base e à 
transcrição da demonstração do lucro real; 
b) Parte B (cuja numeração é seqüencial à da Parte A), destinada ao controle dos 
valores que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos-base futuros 
e não constem da escrituração comercial. 
 
Quando for completada a utilização das páginas destinadas a uma das partes do livro, a 
outra parte deve ser encerrada, mediante cancelamento das páginas não utilizadas, 
prosseguindo a escrituração, integralmente, no livro subseqüente. 
 
 
Este livro não pode ser substituído por fichas, mas pode ser escriturado mediante a 
utilização de sistema eletrônico de processamento de dados. 
 
 
Modelo prático do LALUR E LACOS 
 
 
 LIVRO DE APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA 
PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO - 
31/12/2010 
 HISTÓRICO ADIÇÕES EXCLUSÕES 
 
1. Prejuízo Líquido antes do IRPJ 
 
(21.199,36) 
 
2. (+) Ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT 
 
1.000,00 
 (-) Ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT 500,00 
 
3. 
Prejuízo após os ajustes do Regime Tributário de 
Transição - RTT 
 
(20.699,36) 
 
4. Adições 
 - Contribuição social sobre o lucro líquido 
 
2.520,00 
 - Doações em 15.04.2010, conf. Livro diário nº 06, pág. 50. 9.861,00 
 35
- Provisões não dedutíveis em 10.10.2010, conf. Livro diário 
nº 06, pág. 54. 5.600,00 
 
- Provisões não dedutíveis em 15.10.2010, conf. Livro diário 
nº 06, pág. 58. 1.500,00 
 
- Multas de Trânsito em 24.04.2010, conf. Livro diário nº 06, 
pág. 55. 4.000,00 
 Total das Adições 
 
23.481,00 
 
5. Exclusões 
 
- Resultado Positivo Equiv. Patrimonial em 31.12.2010, conf. 
Livro diário nº 06, pág. 85, 1.489,70 
 Total das Exclusões 1.489,70 
 
6. Subtotal 
 
1.291,94 
 
7. (-) Compensação de prejuízo fiscal (30%) 
 
(387,58) 
 
8. Lucro Real 
 
904,36 
 
 Reconhecemos a exatidão do presente demonstrativo. 
 
 São Paulo, 31 de Dezembro de 2.010. 
 
 ---------------------------- -------------------------- 
 Representante Legal Contador (a) 
 
LIVRO DE APURAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 
PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO - 
31/12/2010 
 HISTÓRICO ADIÇÕES EXCLUSÕES 
 
1. Prejuízo Líquido antes da CSLL 
 
(18.679,36) 
 
2. (+) Ajustes do Regime Tributário de Transição – RTT 
 
1.000,00 
 (-) Ajustes do Regime Tributário de Transição – RTT 500,00 
 
3. 
Prejuízo após os ajustes do Regime Tributário deTransição – RTT 
 
(18.179,36) 
 
4. Adições 
 
 - Doações em 15.04.2010, conf. Livro diário nº 06, pág. 50. 9.861,00 
 36
- Provisões não dedutíveis em 10.10.2010, conf. Livro diário 
nº 06, pág. 54. 5.600,00 
 
- Provisões não dedutíveis em 15.10.2010, conf. Livro diário 
nº 06, pág. 58. 1.500,00 
 
- Multas de Trânsito em 24.04.2010, conf. Livro diário nº 06, 
pág. 55. 4.000,00 
 Total das Adições 
 
20.961,00 
 
5. Exclusões 
 
- Resultado Positivo Equiv. Patrimonial em 31.12.2010, conf. 
Livro diário nº 06, pág. 85, 1.489,70 
 Total das Exclusões 1.489,70 
 
6. Subtotal 
 
1.291,94 
 
7. (-) Compensação de prejuízo fiscal (30%) 
 
(387,58) 
 
8. Lucro Real 
 
904,36 
 
 Reconhecemos a exatidão do presente demonstrativo. 
 
 São Paulo, 31 de Dezembro de 2.010. 
 
 ----------------------------- ------------------------- 
 Representante Legal Contador (a) 
 
 
 
PARTE B 
CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO 
 LUCRO LÍQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROS 
 Emissão: 31/12/2010 
CONTA: PAT 
DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO 
 
31.12.2009 Saldo anterior 453,82 
 
 
31.12.2010 Pat utilizado no ano conforme escrituração 
 contábil – conta 222.334 22,50 - 
 
 37
 31.12.2010 Saldo no final do exercício 431,32 
 
 
 
 
Despesa indedutível 
 
 
São indedutíveis para efeito da apuração do Lucro Real e da base de cálculo da CSLL, 
as despesas não necessárias às atividades da empresa. 
 
 
Adições 
 
 
Na determinação do lucro real deverão ser adicionados ao lucro líquido, custos, 
despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores 
deduzidos na apuração do resultado que, de acordo com a legislação do Imposto de 
Renda, não sejam dedutíveis (art. 249, I e parágrafo único, do RIR/99). 
As Adições têm como objetivo AUMENTAR o lucro real da empresa. 
 
 
 
 
Alguns exemplos de adições: 
 
� Depreciação de bem que tenha sido objeto de depreciação acelerada a título de 
incentivo fiscal, (somente para o IRPJ); 
� Contribuição Social sobre o Lucro que tenha sido contabilizada como despesa 
do período; 
� Brindes; 
� Despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores; 
� Resultado negativo da avaliação, pela equivalência patrimonial de investimentos 
relevantes em sociedades coligadas ou controladas; 
� Multas por transgressões a normas de natureza não tributária (trânsito, vigilância 
sanitária, etc.). 
 38
� Multas por infrações fiscais, exceto as de natureza compensatória (multas de 
mora devidas nos recolhimentos feitos com atraso; mas, antes de qualquer 
procedimento do Fisco para a cobrança); 
� Provisões, exceto: 
1- Provisão de férias; 
2- 13º salário e seus respectivos encargos; 
3- Técnicas (seguradoras); 
4- Perda de estoque (editoras e distribuidoras de livros); 
5- Perdas no recebimento de créditos, desde que obedecido os limites e 
condições estabelecidos. 
� Doações aos fundos dos direitos da criança e do adolescente; 
� Operações de caráter cultural e artístico; 
� AJUSTES POSITIVOS DO RTT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
 
ALIMENTAÇÃO 
 
As despesas com alimentação são regra geral, dedutíveis na apuração do lucro real. No 
entanto, é vedada a dedução das despesas com alimentação: 
 
• de sócios, acionistas e administradores; 
• quando não fornecida indistintamente a todos os empregados, independentemente da 
existência ou não do Programa de Alimentação do Trabalhador; 
• correspondentes a cestas básicas que não forem fornecidas indistintamente a todos os 
empregados. 
Essas despesas devem ser adicionadas ao lucro líquido para cálculo do IRPJ e da CSLL. 
 
MULTAS (RIR 99 – Art. 344) 
 
Lei 11.941 de 
25.07.2009 
 39
Como regra, as multas pagas por infração à norma legal ou contratual não são dedutíveis 
como custo ou despesa operacional, sendo obrigatória a sua adição ao lucro líquido. 
No entanto, a legislação do Imposto de Renda admite a dedução para alguns tipos de multa, 
como examinamos a seguir. 
 
Multas indedutíveis 
São indedutíveis: 
• Multas Punitivas: impostas por ocasião do lançamento de ofício ou auto de infração, 
visando punir o contribuinte por infração que tenha resultado falta ou insuficiência de 
pagamento de tributos, como por exemplo: multa de ofício pela falta da Declaração, 
multa lançada em virtude de evidente intuito de fraude, multa de ofício pela falta de 
recolhimento de impostos, etc. 
• Multas relativas à infração a normas de natureza não tributária, tais como: multa de 
trânsito, multas do Código de Defesa do Consumidor, multas relativas ao FGTS e ao 
INSS, multas contratuais, etc. 
 
Multas dedutíveis 
São dedutíveis: 
• Multas impostas por infrações que não resultem em falta ou insuficiência de 
pagamento de tributos, como a multa pela apresentação espontânea fora do prazo das 
declarações; 
• Multas fiscais de natureza compensatória, como a multa pelo recolhimento 
espontâneo fora do prazo de tributos. 
 
PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRÉDITOS 
 
Limites para dedução: (RIR 99 - Art. 340) 
1- Que tenha sido declarado como devedor insolvente; 
2- Sem garantia: 
- até 5.000,00, por operação, vencidos há mais de seis meses; 
- de 5.000,00 até 30.000,00, por operação, vencidas há mais de um ano; 
- superior a 30.000,00, vencido há mais de um ano, desde que iniciados e mantidos 
os procedimentos judiciais, para o seu recebimento. 
3- Com garantia, vencidas há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os. 
 procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; 
4- Contra devedora declarada falida ou pessoa jurídica declarada concordatária, 
relativamente à parcela que exceder o valor que tenha se comprometido a pagar. 
 
 
Exclusões 
 
De acordo com o art. 250, II, do RIR/99, na determinação do lucro real podem ser 
excluídos do lucro líquido na apuração do lucro real, os rendimentos, as receitas, os 
resultados e quaisquer outros valores a crédito de conta de resultado que, de acordo 
com a legislação do Imposto de Renda, não são computados no lucro real. 
 
As exclusões têm como objetivo DIMINUIR o lucro real da empresa. 
Exemplos de exclusões: 
 
 
 40
Alguns exemplos de exclusões: 
 
 
� Lucros e dividendos recebidos de participações societárias não sujeitam à 
avaliação pela equivalência patrimonial; 
� Reversão de Provisões; 
� Resultado positivo da avaliação, pela equivalência patrimonial, de investimentos 
relevantes em sociedades coligadas ou controladas; 
� Depreciação acelerada incentivada; 
� AJUSTES NEGATIVOS DO RTT. 
 
 
 
 
Equivalência Patrimonial: 
 
É um método contábil de avaliação de investimentos realizados por uma empresa 
chamada de investidora, em outra, denominada investida. 
 
 
 
Depreciação Acelerada e Depreciação Incentivada 
 
 
 
 
 
Depreciação Acelerada 
 
 
O art. 312 do RIR/99 prevê, para os bens móveis, em função do número de horas diárias 
de operação, a possibilidade de adoção dos seguintes coeficientes de depreciação 
acelerada, que devem ser registrados na escrituração contábil: 
 
a) um turno de 8 horas, 1,00; 
b) dois turnos de 8 horas, 1,5; 
c) três turnos de 8 horas, 2,0. 
 
 
Lei 11.941 de 
25.07.2009 
 41
Isso significa que para o turno de 8 horas aplicam-se as taxas que constam dos Anexos 
da IN SRF nº 162/98, posteriormente alterada para inclusão de outros bens pela IN SRF 
nº 130/99. Para os demais turnos, multiplica-se a taxa anual pelos índices das letras "b" 
e "c". 
O registro da depreciação será feito normalmentena escrituração contábil, conforme 
indicado nos lançamentos mensais a seguir: 
 
 
a) para um turno de 8 horas: 
D - Despesa com depreciação de Máquinas e Equipamentos 
C - Depreciação Acumulada de Máquinas e Equipamentos 10.000,00 
 
b) para dois turnos de 8 horas: 
D - Despesa com depreciação de Máquinas e Equipamentos 
C - Depreciação Acumulada de Máquinas e Equipamentos 15.000,00 
 
c) para três turnos de 8 horas: 
D - Despesa com depreciação de Máquinas e Equipamentos 
C - Depreciação Acumulada de Máquinas e Equipamentos 20.000,00 
 
 
 
Portanto, não será necessário fazer qualquer ajuste ao lucro contábil para a apuração do 
lucro real e da base de cálculo da CSL, pois a depreciação acelerada registrada pela 
contabilidade também será aceita para fins fiscais. 
 
 
Depreciação Acelerada Incentivada 
 
A depreciação acelerada incentivada é utilizada por meio de ajuste ao lucro líquido 
contábil na apuração do lucro real e deve ser controlada na parte "B" do LALUR. Ou 
seja, não há registros adicionais de depreciação na contabilidade. 
Supondo que uma empresa recebeu o incentivo fiscal sobre um bem registrado no ativo 
imobilizado. O valor referente a este incentivo não poderá ser lançado contabilmente, 
apenas deverá ser registrado no LALUR no grupo de exclusões. Quando este bem 
estiver totalmente depreciado, o valor corresponde à aceleração incentivada deverá ser 
adicionada ao lucro líquido na apuração do lucro real. 
 
 42
 
Compensação de Prejuízos Fiscais 
 
 
Poderão ser compensados os prejuízos fiscais apurados em períodos de apuração 
encerrados a partir de 1995, bem como os saldos ainda não compensados, existentes 
em 31/12/94, de prejuízos fiscais apurados a partir do ano calendário de 1991. 
 
 
De acordo com RIR/99: 
Somente poderão compensar prejuízos fiscais as pessoas jurídicas que mantiverem em 
perfeita ordem os livros e registros que comprovem tais prejuízos; 
 
 
Somente poderão ser compensados os prejuízos fiscais apurados em períodos nos 
quais a empresa for tributada pelo lucro real, portanto não poderão ser compensados 
prejuízos apurados em empresas optantes pelo lucro presumido. 
 
 
A pessoa jurídica não poderá compensar seus prejuízos fiscais se entre a data de 
apuração da compensação do prejuízo houver ocorrido, cumulativamente mudança do 
seu controle societário e do ramo de atividade (art. 513 do RIR 99). 
 
 
O limite de 30% não se aplica a empresas rurais e a titulares de Programas Especiais de 
Exportação aprovados até 03.06.1993 (arts. 470, I, 510 e 512 do RIR/99). 
 
Em relação aos prejuízos fiscais e às bases negativas da CSSL de anos-calendários 
anteriores não há diferença entre o lucro real trimestral e o balanço ou balancete de 
suspensão ou redução de pagamento. Ambas as formas de apuração terão que observar 
o limite de 30% na compensação. A diferença surge nos prejuízos fiscais do ano em 
curso. . 
 
A pessoa jurídica que paga o imposto de renda com base no lucro real trimestral se 
apurou prejuízo fiscal no mês de março, a compensação com lucro real dos trimestres 
seguintes não poderá reduzir o lucro em mais de 30%. . 
 43
 
A pessoa jurídica que paga mensalmente o IRPJ pelo calculo estimado, no balanço ou 
balancete de suspensão ou no balanço anual em 31 de dezembro, poderá compensar 
integralmente os prejuízos fiscais e as bases negativas da CSLL de determinados meses 
do ano-calendário com os lucros de outros meses do mesmo ano. 
 
Prejuízos não operacionais 
 
Os prejuízos não operacionais, apurados pela pessoa jurídica a partir de 1º de janeiro de 
1996, somente podem ser compensados, nos períodos de apuração subsequentes ao da 
sua apuração, com lucros da mesma natureza, observando o limite de 30% (trinta por 
cento). 
 
 
Lucro Real Trimestral 
 
 
Se a empresa optar pela apuração trimestral, o imposto é apurado e recolhido 
trimestralmente. Nesse regime, os períodos de apuração são encerrados em 31 de 
março, 30 de junho 30 de setembro e 31 de dezembro. 
 
O imposto devido trimestralmente deve ser pago em quota única, até o último dia útil do 
mês subseqüente ao do encerramento do trimestre da apuração, ou, opcionalmente, em 
até três quotas mensais, iguais e sucessivas, respeitando o valor mínimo de R$ 1.000,00 
para cada uma. 
 
O valor de cada quota (exceto a primeira) será acrescido de juros equivalentes à taxa 
Selic para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo 
mês subseqüente ao do encerramento do trimestre. 
 
 
 
Base de Cálculo 
 
 44
O Lucro real do trimestre é à base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei 
vigente na data de ocorrência do fato gerador. 
 
Integra a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de capital, qualquer que seja a 
denominação que lhes seja dada, independentemente da natureza, da espécie ou de 
existência de título ou contrato escrito, que decorram de ato ou negócio que, pela sua 
finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma específica de incidência do 
imposto. 
 
Alíquota 
 
A alíquota de IRPJ devido é de 15%. A base de cálculo apurada, que exceder a R$ 
20.000,00 por mês, ou seja, que ultrapassar o limite de R$ 60.000,00 no trimestre, ficará 
sujeita à incidência de adicional de IRPJ aplicando a alíquota de 10%. 
 
 
Exemplo do Cálculo do IRPJ 
 
CALCULO DO IRPJ TRIMESTRAL (JANEIRO A MARÇO) 
LUCRO REAL DO TRIMESTRE R$ 100.000,00 
(%) IMPOSTO DE RENDA DEVIDO 15 % 
(=) IMPOSTO DE RENDA DEVIDO (a) R$ 15.000,00 
ADICIONAL DO IRPJ = 100.000.00 (-) 60.000,00 (*) R$ 40.000,00 
(%) ADICIONAL DO IMPOSTO DE RENDA 10% 
(=) ADICIONAL DO IMPOSTO DE RENDA (b) R$ 4.000,00 
(=) IRPJ A RECOLHER EM 31.04. XX (a) + (b) R$ 19.000,00 
 
 
(*) O valor de R$ 60.000,00 é igual, o limite mensal de R$ 20.000,00, multiplicado pela 
quantidade de meses do trimestre, ou seja, três meses. (R$ 20.000,00 x 3 = R$ 
60.000,00) 
Para a CSLL a alíquota é de 9% 
 
 
Exemplo do Cálculo da CSLL 
 
CALCULO DA CSLL TRIMESTRAL (JANEIRO A MARÇO) 
LUCRO REAL DO TRIMESTRE R$ 100.000,00 
 45
(%) CSLL 9 % 
(=) CSLL A RECOLHER EM 31.04. XX R$ 9.000,00 
 
 
 
Compensação de Prejuízos Fiscais 
 
A apuração trimestral é definitiva, de modo que o lucro real de um trimestre não pode ser 
compensado com o prejuízo fiscal de trimestre subseqüente, ainda que do mesmo ano-
calendário. 
 
Além disso, se for apurado prejuízo fiscal em um trimestre, a compensação desse 
prejuízo com o lucro real apurado nos trimestres seguintes ficará sujeita à observância 
do limite máximo de 30% do lucro real (art. 510 do RIR/99). 
 
 
Importante: 
 
Os prejuízos fiscais apurados nos anos de 1993 e 1994, de acordo com a Lei 8.541/92, 
podiam ser compensados com o lucro real apurado em até quatro anos. 
Até 31.12.94, o art. 12 da Lei 8.541/92, estabelecia que os prejuízos fiscais apurados a 
partir de 01.01.1993, poderiam ser compensados, corrigidos monetariamente, com o 
lucro real em até quatro anos-calendário, subseqüente ao da apuração. 
Todavia, a partir de 01.01.1995, com a revogação do referido dispositivo legal, pelo art. 
117 da Lei 8.981/95, os prejuízos fiscais deixaram de ter prazo para ser compensados, e 
poderão ser utilizados para reduzir o lucro real apurado a partir de 1995, observando a 
limitação de 30%. 
 
 
Lucro Real Anual - Estimativa mensal 
 
 
As empresas de Lucro Real Anual têm apuração no final do ano-calendário (31.12), 
porém conforme artigo 2 da Lei 9.430/96 a mesma deve efetuar recolhimento 
mensalmente por estimativa. 
Lucro estimado 
 
 46
No caso de exploração diversificada, será aplicado sobre a receita bruta de cada 
atividade o respectivo percentual. 
Esses percentuais são aplicados sobre a receita bruta. 
 
Receita Bruta 
 
A receita bruta das vendase serviços compreende o produto da venda de bens nas 
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas 
operações de conta alheia. 
 
Exclusões 
 
Conforme art. 5, § 1º, da IN SRF n.º93/97, da receita bruta serão excluídas as vendas 
canceladas, as devoluções de vendas e os descontos incondicionais concedidos, IPI. 
 
Acréscimos 
 
Esses acréscimos são adicionados à base de cálculo. Entre eles destacamos: 
� Os ganhos de capital auferidos nas alienações de bens e direitos do Ativo 
Permanente; 
� As variações monetárias ativas; 
� A receita de locação de imóvel, quando a pessoa jurídica não exercer a atividade 
de locação de imóveis, deduzida dos encargos necessários a sua percepção; 
� Receita de aplicação financeira somente quando não tiverem sido submetida à 
incidência do IR/Fonte ou ao recolhimento mensal em separado. Apenas para a 
base de cálculo do imposto de renda. Para a contribuição social estas receitas 
entram na base de cálculo estimada. 
Deduções 
 
Para efeito de pagamento, poderá se deduzir do IRPJ devido: 
� O IR pago ou retido na fonte sobre as receitas que integram a base de cálculo, 
inclusive o IR retido nos pagamentos efetuados por órgãos públicos, fundações 
e autarquias (art. 64 da Lei 9.430/96). 
 
Base de Cálculo 
 47
 
A base de cálculo do Imposto de Renda a ser pago mensalmente é o resultado do 
somatório de um percentual aplicado sobre a receita bruta do mês, acrescido de ganhos 
de capital, demais receitas e resultados positivos. Os percentuais aplicáveis sobre a 
receita bruta variam, dependendo do ramo de atividade da pessoa jurídica e constam no 
art.15 da lei n.º 9.249/95 e artigo 22 da Lei 10.684/03 (CSLL). 
 
Quadro resumo 
 
Percentuais Estimados de IRPJ e CSLL (semelhante aos percentuais aplicados no lucro 
presumido) 
 
Descrição IRPJ CSLL 
Revenda p/ consumo combustível derivado de petróleo, álcool, gás. 1,6% 12% 
Venda de mercadoria e produto, transporte de cargas, serv. hospitalares, 
etc. 
Qualquer outra atividade exceto prestação de serviço, para a qual não 
esteja previsto percentual específico. 
 
8% 12% 
Serviços com receita bruta não superior a R$ 120.000,00 ** 16% 
Serviços em geral 32% 
32% 
 
Fonte: www.receita.fazenda.gov.br 
 
 
** Se a receita ultrapassar R$ 120.000,00/ano ficará sujeita ao percentual de 32% 
retroativamente ao mês de janeiro. Neste caso, deve-se efetuar o recolhimento das 
diferenças do IRPJ apurado, até o último dia útil do mês subseqüente àquele que ocorrer 
o excesso, sem nenhum acréscimo. 
 
Alíquotas 
 
As alíquotas aplicadas sobre a base de calculo estimado mensalmente e sobre o Lucro 
Real Anual no final do ano calendário será: 15 % IRPJ devido, 10% adicional de Imposto 
de Renda (sobre o excedente de R$ 20.000,00 por mês) e 9 % CSLL, conforme 
detalhado anteriormente. 
 
Compensação de Prejuízos Fiscais 
 
 48
No regime de estimativa, os resultados negativos de um período são automaticamente 
absorvidos pelos resultados positivos de outros períodos do mesmo ano-calendário, sem 
qualquer limitação, no balanço anual e nos balanços intermediários de suspensão ou 
redução do pagamento mensal do imposto. 
 
Adicional de Imposto de Renda 
 
O adicional do imposto de renda passou a incidir sobre a parcela do lucro real, 
presumido ou arbitrado, que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 
pelo número de meses que compõem o período de apuração do resultado, logo o limite 
de isenção anual é de R$ 240.000,00. 
 
A opção pela forma de pagamento mensal por estimativa será manifestada pelo 
pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro ou início de atividade, que tem 
o código de DARF específico para recolhimento. 
 
 
Lucro Real Anual - Redução e Suspensão 
 
 
 
A Pessoa Jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto devido em 
cada mês, desde que demonstre, através de balanços ou balancetes mensais que o 
valor acumulado já pago exceda o valor do imposto, inclusive adicional, calculado com 
base no lucro real do período em curso (lei 8981/95 e Lei 9430/96). 
 
Considera-se período em curso aquele compreendido entre 1º de janeiro ou início de 
atividade e o último dia do mês a que se referir o balanço ou balancete. 
 
A suspensão ou redução do pagamento é aplicável inclusive sobre o imposto de janeiro. 
Assim, se no mês de janeiro a empresa teve prejuízo fiscal, não há imposto a ser 
recolhido. 
 
A empresa que suspender ou reduzir o pagamento por estimativa, deverá também 
escriturar a parte A do LALUR, em cada mês que efetuou a suspensão ou redução do 
imposto. 
 
 49
Redução 
 
 
Conforme art. 10, II, IN SRF 93/97 poderá reduzir: 
“Reduzir o valor do imposto ao montante correspondente à diferença positiva entre o 
imposto devido no período em curso, e a soma do imposto de renda pago 
correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere 
o balanço ou balancete levantado.” 
 
Suponhamos os seguintes dados: 
 
Valor devido IRPJ Apurado - ref. 01/2010 a 04/2010 R$ 30.000,00 
Valores Antecipados de IRPJ por Estimativa - ref. 01/2010 a 03/2010 R$ 25.000,00 
Valor IRPJ Estimado em Abr/10 R$ 8.000,00 
 
 
Conforme demonstrada apuração com base no Lucro Real, o valor devido ao Fisco é de 
R$ 30.000,00 (período em curso de Jan/10 a Abr/10). Porém já foi antecipado R$ 
25.000,00 (correspondente os meses de jan/10, fev/10 e mar/10). 
 
 
A diferença entre o valor devido (R$ 30.000,00) e já antecipado (25.000,00) é igual a R$ 
5.000,00, porém se a pessoa jurídica optar por estimar o pagamento de Abr/10 terá um 
total de R$ 33.000,00 (R$ 25.000,00 + 8.000,00), ocasionado uma antecipação maior do 
que o imposto devido, sendo assim a empresa deve opta por reduzir o pagamento em 
R$ 5.000,00 no mês de Abr/10. 
 
 
Suspensão 
 
 
Conforme art. 10 , I, IN SRF 93/97 poderá Suspender: 
“Suspender o pagamento do imposto, desde que demonstre que o valor do imposto 
devido, calculado com base no lucro real do período em curso, é igual ou inferior à soma 
do imposto de renda pago, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, 
anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado;” 
 
Suponhamos os seguintes dados: 
 50
 
Valor devido IRPJ Apurado - ref. 01/2010 a 04/2010 R$ 30.000,00 
Valores Antecipados de IRPJ por Estimativa - ref. 01/2010 a 03/2010 R$ 35.000,00 
Valor IRPJ Estimado em Abr/10 R$ 8.000,00 
 
 
Conforme demonstrada apuração com base no Lucro Real, o valor devido ao Fisco é de 
R$ 30.000,00 (período em curso de Jan/10 a Abr/10). Porém já foi antecipado R$ 
35.000,00 (correspondente os meses de jan/10, fev/10 E mar/10). 
 
A diferença entre o valor devido (R$ 30.000,00) e já antecipado (35.000,00) é igual a R$ 
5.000,00, ou seja, a empresa já antecipou mais do que devia no período em curso. 
Neste caso efetua-se a suspensão. 
 
 
Ajuste Anual 
 
 
A empresa que optar por pagamento o IRPJ por estimativa mensal, estará obrigada, no 
final do ano calendário a levantar Balanço Anual, para fins de apuração do Lucro Real do 
Exercício. 
 
Se a diferença apurada no ajuste anual for positiva, o saldo do Imposto de Renda e da 
Contribuição Social deverá ser pago, em quota única, até o último dia útil do mês de 
março do ano subseqüente, acrescido de juros calculados à taxa selic, a partir de 1º de 
fevereiro. 
 
 
 
Exemplo: 
IRPJ apurado em balanço em 31.12.2010 R$ 250.000,00 
IRPJ pago por estimativa durante o ano de 2010 R$ 150.000,00 
Saldo positivo a ser pago em março/2011 R$ 100.000,00 
 
Agora, se a diferença apurada no ajuste anual for negativa, o saldo do Imposto de Renda 
e da Contribuição Social poderá ser compensado já em janeiro do próximo ano. 
 51
O saldo negativo de IRPJ e CSLL poderá ser compensado com tributos federais de 
quaisquer espécies, vencidosou vincendos, desde que a empresa apresente a DCOMP 
para a Receita Federal. 
 
 
Importante: 
 
O prazo de pagamento não se aplica ao IRPJ devido por estimativa, relativo ao mês de 
dezembro, que deverá ser pago até o último dia útil do mês de janeiro do ano 
subseqüente (Lei 9.430/96, art. 5). 
 
 
Planejamento Tributário 
 
 
Tendo em vista, que a pessoa jurídica tributada com base no Lucro Real pode optar em 
apurar Lucro Real Anual ou Lucro Real Trimestral, gera dúvidas na hora da escolha, ou 
seja, é necessário analisar e avaliar qual é o melhor enquadramento, em virtude dessa 
polêmica, indaga-se: Qual o reflexo da apuração do Lucro Real Anual x Lucro Real 
Trimestral no fluxo de caixa? 
 
 
Essa tomada de decisão pode ser baseada em resultados passados ou estudo de 
mercado futuro (pesquisa de mercado). 
 
 
A seguir as principais vantagens e desvantagens existentes nas formas de apuração do 
Lucro Real. 
 
 
Principais Vantagens e Desvantagens 
Apuração do Lucro Real Anual X Lucro Real Trimestra l 
COMPARATIVO DE APURAÇÃO 
DESCRIÇÃO LUCRO REAL ANUAL LUCRO REAL TRIMESTRAL 
 52
Adicional Vantagem Desvantagem 
do Imposto de Renda devido o adicional ser de devido o adicional ser de 
 R$ 240.000,00 no ano. apenas R$ 60.000,00 
Compensação Vantagem Desvantagem 
de Prejuízos Fiscais Permite compensação integral de A compensação de Prejuízos 
de 
 Prejuízos de mensais anteriores trimestres anteriores dentro do 
 dentro do mesmo ano calendário mesmo ano calendário, 
 fica limitado a 30% do Lucro 
Real 
Pagamento de 
impostos 
Desvantagem Vantagem 
 Pagamento mensal Pagamento trimestralmente, 
 por estimativa forma definitiva 
 
Exemplo prático - Lucro Real Trimestral x Lucro Rea l Anual 
 
LUCRO REAL TRIMESTRAL 
 
1º Trimestre – Prejuízo Fiscal R$ (500.000,00) 
2º Trimestre – Lucro Fiscal R$ 100.000,00 
 
Cálculo: 
1º trimestre - a empresa não terá imposto a pagar 
2º trimestre - Lucro fiscal antes compens. R$ 100.000,00 
 (-) Compensação Prej. 30% R$ 30.000,00 
 Lucro fiscal após compens. R$ 70.000,00 
 IRPJ devido + Adicional R$ 11.500,00 
 CSLL devida R$ 6.300,00 
 
 
 
LUCRO REAL ANUAL – BALANCETE JAN A JUN 
Cálculo: 
Prejuízo Fiscal = R$ (400.000,00) 
Total de Impostos pagos = R$ 0,00 
Balancete de Jan a Jun - R$ 0,00 
Portanto, a opção pelo lucro real anual neste caso foi a mais vantajosa, pois a empresa 
poderá suspender o imposto. 
 53
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 54
EXERCÍCIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OPÇÃO AO LUCRO REAL 
 
No primeiro trimestre de 2010, a empresa apurou o PIS e COFINS utilizando o código do 
regime cumulativo. 
 55
Através de um planejamento tributário, observou-se que a forma de tributação menos 
onerosa para a empresa seria o lucro real trimestral. Portanto, é possível optar pelo 
lucro real, visto ser o primeiro recolhimento no ano? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORMAS DE TRIBUTAÇÃO 
 
Quais são as modalidades de tributação pelo IRPJ e CSLL? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECOLHIMENTO 
 
Uma empresa comercial com sede na cidade de São Paulo possui 02 filiais na cidade do 
Rio de Janeiro. Esta empresa deverá recolher o IRPJ e a CSLL de que forma: 
 56
 
a) ( ) Recolher o IRPJ e a CSLL com o CNPJ do Rio de Janeiro; 
b) ( ) Recolher o IRPJ com o CNPJ de São Paulo e a CSLL com o CNPJ do Rio 
de Janeiro; 
c) ( ) Recolher O IRPJ e a CSLL com o CNPJ de São Paulo; 
d) ( ) Nenhuma das alternativas. 
 
 
LUCRO PRESUMIDO 
 
 
Calcule o IRPJ e a CSLL do 4º trimestre 2010 de uma empresa tributada pelo Lucro 
Presumido de acordo com as informações abaixo: 
 
Dados: 
 
Mês Venda Mercadoria Prestação Serviço Rend. Aplic.Financ. IRRF 
Out 14.000,00 200.000,00 170,00 750,00 
Nov 6.500,00 230.000,00 800,00 85,00 
Dez 6.200,00 120.000,00 12.000,00 230,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO DO IRPJ A PAGAR 
 
 Venda Mercadoria Prestação Serviço Total 
 57
Total do Trimestre _____________ _____________ 
 
Alíquota x 8% x 32% 
BC IRPJ + = 
 Rendimento aplic 
 Outubro + 
 Novembro + 
 Dezembro + 
 = 
 Alíquota 15% x 
 Adicional 10% x 
 IRPJ devido 
 
 (-) IRRF 
 Outubro - 
 Novembro - 
 Dezembro - 
 Total IRPJ a pagar 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO DA CSLL A PAGAR 
 
 Venda Mercadoria Prestação Serviço Total 
Total do Trimestre ___________ ____________ 
 
Alíquota x 12% x 32% 
BC CSLL 
 
+ = 
 Rendimento aplic 
 Outubro + 
 Novembro + 
 Dezembro + 
 
 
 
= 
 Alíquota 9% x 
 
 Total da CSLL a pagar 
 
 
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS 
 
A - Os lucros distribuídos a partir de resultados gerados de 1996 são: 
 58
1. ( ) Tributáveis na declaração; 
2. ( ) Isentos; 
3. ( ) Tributados na Fonte; 
4. ( ) Nenhuma das anteriores. 
 
 
PAT 
 
No 4º trimestre de 2010 a empresa apurou as seguintes informações: 
� Despesas com alimentação: R$ 20.500,00 (NOTA FISCAL) 
� Quantidade de refeições fornecidas: 5.000 
� IRPJ devido R$ 210.000,00 + Adicional R$ 116.000,00 = R$ 326.000,00 
Calcule o incentivo fiscal e o valor do imposto a pagar. 
 
 
Situação 1 e Situação 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IRPJ devido (sem o adicional) R$ 
(-) Incentivo PAT (4% Ir devido 8.400,00) R$ 
= IRPJ a pagar após incentivo R$ 
(+) Adicional R$ 
= Total do IRPJ a pagar no trimestre R$ 
 
 
CONCEITO DE LUCRO 
 
Assinale verdadeiro ou falso: 
 59
( ) O lucro líquido do exercício é o lucro apurado após as adições e exclusões. 
( ) Uma empresa pode apurar um lucro contábil e um prejuízo fiscal. 
( ) A empresa que apurar o lucro contábil fica obrigada a apurar o lucro ou prejuízo 
fiscal 
( ) Podemos afirmar que o lucro real é o lucro apurado para fins fiscais 
 
 
APURAÇÃO DO RESULTADO 
 
A empresa Beta Comercial Ltda. levantou o balancete de verificação em 31.12.10 com a 
seguinte posição: 
Caixa = R$ 300,00 
Fornecedores = R$ 300,00 
Adiantamento de Clientes = R$ 500,00 
Adiantamento à Fornecedores = R$ 300,00 
Despesa com água = R$ 150,00 
Despesa com material de escritório = R$ 120,00 
Receita com venda de mercadoria = R$ 1.200,00 
Receita com venda de ativo imobilizado = R$ 8.000,00 
O encerramento das contas de resultado demonstra que houve: 
 
a) ( ) R$ 800,00 lucro 
b) ( ) R$ 8.930,00 lucro 
c) ( ) R$ 930,00 lucro 
d) ( ) R$ 7.730,00 lucro 
e) ( ) N.D.A. 
 
 
Apuração do Resultado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APURAÇÃO DO RESULTADO 
 
 60
Qual o resultado contábil de uma empresa, que no mês de outubro de 2010, realizou as 
seguintes operações: 
Prestação de serviços no mês no valor de R$ 50.000,00 
Pagamento de Fornecedores no valor de R$ 10.000,00 em dinheiro 
Despesa com aluguel no valor de R$ 4.000,00 
Despesa com salários no valor de R$ 6.000,00 
Recebimento de R$ 15.000,00 em cheque de clientes 
 
 
a) ( ) Lucro de R$ 40.000,00 
b) ( ) Lucro de R$ 45.000,00 
c) ( ) Prejuízo de R$ 5.000,00 
d) ( ) Lucro de R$ 46.000,00 
e) ( ) Prejuízo de R$ 40.000,00 
 
 
 
Apuração do resultado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APURAÇÃO DO RESULTADO 
 
 
Apure o resultadocontábil de uma empresa cuja atividade principal é o comércio 
varejista de máquinas de acordo com as informações abaixo: 
 
 
 
CMV 5.500,00 
Devolução de venda 1.150,00 
Despesas com salários 1.300,00 
 61
Despesa com material limpeza 300,00 
Receita de aluguel 800,00 
Tarifas bancárias 75,00 
Receita de venda mercadoria 20.000,00 
Venda de ativo imobilizado 3.200,00 
Pis 130,00 
Cofins 600,00 
Demonstração do Resultado do Exercício 
Receita Operacional Bruta 
 
 
 
(-)Deduções da Receita Bruta 
 
 
 
(=) Receita Operacional Líquida 
 
(-) Custos Operacionais 
 
(=) Lucro Bruto 
(-) Despesas operacionais 
 
 
 
 
(=) Resultado Operacional Líquido 
(+-) Outras Receitas / Despesas 
 
(=) Resultado líquido antes do IRPJ e CSLL (levar e ste valor para o Lalur) 
(-) IRPJ xxxxxx 
(-) CSLL xxxxxx 
(=) Lucro Líquido do Exercício 
 
 
LUCRO REAL – OBRIGATORIEDADE 
 
 62
Uma empresa iniciou suas atividades em maio de 2010. Sua receita total, no ano de 
2010 foi de R$ 28.500.000,00. Está empresa estará obrigada ao lucro real em 2011? 
Justifique sua resposta? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUCRO REAL – OBRIGATORIEDADE 
 
Quais as empresas são obrigadas ao regime de tributação pelo lucro real? 
 
a) ( ) Que tenham sócios residentes ou domiciliados no exterior; 
b) ( ) Receita bruta no ano anterior, acima de R$ 46.000.000,00; 
c) ( ) Empresa do setor comercial e industrial que exporta seus produtos; 
d) ( ) Empresa que no decorrer do ano-calendário tenha suspendido ou reduzido 
o pagamento do imposto; 
e) ( ) A alternativa a e d estão corretas. 
 
 
PERIODICIDADE 
 
A apuração do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas é em períodos: 
a) ( ) Mensais 
b) ( ) Anuais 
c) ( ) Trimestrais, exceto em relação á opção pelo pagamento por estimativa no lucro 
real, caso em que será anual. 
d) ( ) Nenhuma das anteriores 
LALUR 
 
 63
Indique quais despesas/custos deverão ser lançadas no LIVRO DE APURAÇÃO DO 
LUCRO REAL: 
 
a) ( ) Provisão de férias 
b) ( ) Despesas de alimentação dos diretores 
c) ( ) Resultado negativo da equivalência patrimonial 
d) ( ) Multas sobre infrações fiscais 
e) ( ) Depreciação acelerada 
f) ( ) Multa de mora 
 
 
LALUR 
 
Apure o Lucro Fiscal da empresa com base nas informações abaixo: 
 
Lucro contábil R$ 18.500 
Multas pagas no atraso de recolhimento de tributos (espontaneamente) R$ 25.000 
Participação dos Administradores nos Lucros R$ 90.000 
Resultado Negativo na Equivalência Patrimonial: R$ 7.000 
Brindes R$ 25.000 
Contribuição Social sobre o Lucro, computada como Despesa R$ 6.000 
 
Lucro contábil 
 
+ Adições 
 
 
 
 
Total das adições 
 
- Exclusões 
 
 
 Total das exclusões 
 
Lucro fiscal 
 
LALUR 
 64
 
Com base nas informações abaixo, escriturar o livro LALUR E LACOS: 
 
Lucro antes da contribuição social 
 
618.548,00 
Gasto com alimentação do trabalhador 
 
42.000,00 
 Refeições servidas durante o mês 
 
6.200,00 
 Desconto por funcionário 
 
1,00 
 Doação do fundo da criança e do adolescente 
 
15.200,00 
 Multa de trânsito 
 
3.500,00 
 Refeições da diretoria 
 
10.200,00 
 Saldo negativo da CSLL controlado na parte B 
 
55.360,00 
 Saldo negativo do IRPJ controlado na parte B 
 
410.526,00 
 
 
 LACOS 
 Lucro líquido antes da CSLL 
 (+) Adições 
 
 
 
 
 Total das adições 
 (-) Exclusões 
 
 
 Total das exclusões 
 (=) Lucro antes das compensações 
 (-) Compensação de prejuízos fiscais 
 (=) Lucro após as compensações 
 CSLL devida 
 
 
 
 
 
 LALUR 
 65
 Lucro líquido antes da CSLL 
 (+) Adições 
 
 
 
 
 
 Total das adições 
 (-) Exclusões 
 
 
 Total das exclusões 
 (=) Lucro antes das compensações 
 (-) Compensação de prejuízos fiscais 
 (=) Lucro após as compensações 
 CSLL devida 
 
 
PREJUIZOS FISCAIS 
 
1- Em 31.12.2010, uma empresa apurou o lucro real de 100.000,00. Existem prejuízos 
fiscais compensáveis de exercícios anteriores de 80.000,00. O lucro real após a 
compensação será de: 
R: 
 
 
Lucro Real 
Compensação 30% prejuízos fiscais 
Lucro Real após compensação prej. 
 
Lalur - Parte B 
 
Saldo prejuízos fiscais em 31.12.2009 
Compensação de prejuízos em 2010 
Saldo prejuízos fiscais em 31.12.2010 
 
 
 
LUCRO REAL TRIMESTRAL 
 66
 
 
As empresas que apuram o Imposto de Renda e a Contribuição social com base no lucro 
real trimestral deverão recolher o imposto: 
a) ( ) mensalmente; 
b) ( ) no final de cada trimestre; 
c) ( ) até o último dia útil do mês subsequente ao encerramento do trimestre; 
d) ( ) até o dia 25 do mês subsequente ao encerramento do trimestre. 
 
 
LUCRO REAL TRIMESTRAL 
 
Calcule o IRPJ a pagar e a CSLL a pagar conforme dados abaixo: 
 
1º Trim. - Prejuízo fiscal de R$ 500.000,00 
2º Trim. - Lucro real de R$ 100.000,00 
3º Trim. - Lucro real de R$ 120.000,00 
4º Trim. - Lucro real de R$ 55.000,00 
Informações adicionais: A Empresa possui um saldo mensal de IRRF de R$ 750,00 
 
Resolução: 
 
Demonstração 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre 4º trimestre 
 Lucro real 
 (-) Compensação prejuízo fiscal 
 Lucro real após compensação 
 IRPJ 15% 
 Adicional IRPJ 10% 
 Total IRPJ 
 (-) IRRF 
 Total IRPJ a pagar 
 
 CSLL 9% 
 
 
 
 
LALUR – PARTE B 
 67
 
 
 
 
 
 
 
 
LUCRO REAL TRIMESTRAL 
 
Calcule o IRPJ a pagar e a CSLL a pagar conforme dados abaixo para uma empresa 
tributado pelo lucro real trimestral: 
 
Período Lucro/Prejuízo Ganho Capital IRRF CSLL retida 
1 trimestre Lucro: 62.000,00 15.000,00 1200,00 800,00 
2 trimestre Prejuízo: 18.000,00 20.000,00 800,00 600,00 
3 trimestre Prejuízo: 20.000,00 15.000.00 1.000,00 700,00 
4 trimestre Lucro: 75.000,00 20.000,00 600,00 300,00 
 
 
Demonstração 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre 4º trimestre 
Lucro real 
(-) Compens. prejuízo fiscal 
Lucro real após compensação 
IRPJ 15% 
Adicional IRPJ 10% 
Total IRPJ 
(-) IRRF 
 IRPJ a pagar 
Lucro real 
 (-) Compens. prejuízo fiscal 
 Lucro real após 
compensação 
 CSLL 9% 
CSLL retida 
CSLL a pagar 
Lalur - Parte B 
 68
 
 
 
 
 
 
 
 
LUCRO REAL TRIMESTRAL 
 
Podemos ter saldo negativo do IRPJ a compensar na apuração do Lucro Real trimestral? 
R 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTIMATIVA 
 
 
Calcule o IRPJ e a CSLL a pagar por Estimativa, considerando o que segue: 
Venda de mercadoria no mês: R$ 500.0000,00 
Receitas de Aplicações Financeiras, tributadas pelo IRF: R$ 20.000,00. 
Vendas canceladas no mês: R$ 18.000,00 
Ganho de Capital de Venda de um Caminhão: R$ 10.000,00 
Benefício do PAT: R$ 500,00 
 
Resolução: 
 
 
 
 69
Receita de venda mercadoria 
- Vendas canceladas 
= Total da Receita bruta 
Alíquota 8% 
= BC do IRPJ 
+ Ganho Capital 
= Total da BC do IRPJ 
 
IRPJ 
Adicional 
 
Total IRPJ devido 
 
- Incentivo PAT (4% Ir devido) 
 
IRPJ a pagar 
 
 
Receita de venda mercadoria 
- Vendas canceladas 
= Total da Receita bruta 
Alíquota 12% 
 
= BC da CSLL 
 
+ Ganho Capital

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