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EVOLUÇÃO DE PENSAMENTO GEOGRÁFICO - RAUL

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Universidade Catolica de Mocambique 
Instituto de Ensino a Distancia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EVOLUÇÃO DE PENSAMENTO GEOGRÁFICO 
 
 Discente : Raul Sataca Diogo Abacar 
 Código: 708210502 
 Curso: Lic.em ensino de Geografia 
 Disciplina : Evolução de Pensam. Geográfico 
 Ano de frequência : 1º 
 Turmaː N 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nampula,Outubro de 2021 
Universidade Catolica de Mocambique 
Instituto de Ensino a Distancia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercise of English Language 
 
 
 
Zainate 
 
Cursoː Biologia 
Discilina de Ingles 
 1º Ano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nampula,Março de 2020 
 
 
 
 
3 
 
Índice 
 
Introdução ........................................................................................................................................ 4 
1. Conceito Geografia como ciência................................................................................................ 5 
2. Divisão da Geografia ................................................................................................................... 5 
3. a) As correntes geográficas......................................................................................................... 6 
b) Princípio de extensão e casualidade .......................................................................................... 11 
4. Exemplos claros as razões da idade média e em especial a Geografia ...................................... 11 
5. A Importância da Geografia Regional ....................................................................................... 12 
6. Resumo sobre o processo de evolução da geografia desde a antiguidade, dividindo em Idades.
 ....................................................................................................................................................... 12 
Conclusão ...................................................................................................................................... 15 
Bibliografia .................................................................................................................................... 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Introdução 
 
O Presente trabalho de caracter avaliativo visa responder as questoes em torno da actividade 
da cadeira de Evoluçao de Pensamento Geografico. O trabalho está organizado de forma que 
facilite a consulta obedecendo a lógica de agrupamento temático dos conteúdos. Para sua 
compilaçao foi usado o metodo de leitura de varios manuais que serviram de auxilio do mesmo. 
A complexidade dos assuntos tratados em Geografia, bem como a falta de consenso entre os 
geógrafos, tornam o exercício de definir a Geografia em algo bastante difícil. Essa dificuldade 
em defini-la levou a que o esforço dos geógrafos, longe de conduzir a uma só definição, 
resultasse em diferentes definições ou conceitos não obstante, todas as definições centralizarem o 
conceito da Geografia na questão de espaço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. Conceito Geografia como ciência 
 
A Geografia é uma ciência humana que estuda o espaço geográfico e suas composições, 
analisando a interacção entre sociedade e natureza. No âmbito desse mérito, essa área do 
conhecimento utiliza, em suas abordagens, uma série de conceitos que são considerados como 
basilares para a fundamentação de seus estudos. Trata-se das chamadas categorias da Geografia. 
De acordo RITTER IN: CAPEL, 2004, p. 41, a geografia é a parte da ciência que estuda o 
planeta em todas suas características, fenômenos e relações, como uma unidade 
interdependente, e mostra a conexão deste conjunto unificado com o homem e com o Criador do 
homem. 
A Geografia estuda e partilha matérias que são do domínio de outras ciências naturais e humanas 
ou sociais, das quais se diferencia pelos objectivos de estudo. Deste modo, mantém relações 
estreitas com a Meteorologia para obter explicações sobre o comportamento da atmosfera e dos 
climas; com a Biologia pode colher informações sobre os seres vivos; com a Pedologia, obtém 
conteúdos sobre a origem dos solos, sua composição e características; com a Hidrologia permite 
entender a génese dos recursos hídricos, rios, lagos, mares, oceanos e a sua distribuição 
geográfica; e em relação à Geologia, obtém conhecimentos sobre estruturas geológicas, rochas e 
relevo. 
 
Com a Geografia Económica estabelece relações económicas que lhe fornecem matérias para o 
seu estudo do ponto de vista espacial dos fenómenos económicos. Por isso, os geógrafos falam 
simultaneamente da Geologia, da Sociologia, da Climatologia, da Economia, da Demografia, da 
Hidrologia, da Etnologia e da Botânica, mas este facto não retira à Geografia o seu carácter 
espacial e de síntese. 
 
Ao geógrafo interessa saber onde se localizam os fenómenos, a razão da sua localização; que 
consequências dai derivam e como pode encontrar, as alternativas espaciais a ser tomadas nas 
decisões políticas e económico-sociais para o benefício da humanidade. 
Com vista a situar a Geografia no contexto das ciências, alguns geógrafos procuraram explicar o 
âmbito específico desta ciência. Entre os estudiosos destacam-se Emmanuel Kant, Carnap e A. 
Hettener. 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/espaco-geografico.htm
 
 
6 
 
Por sua vez, A. Hettener (1859-1941), da corrente corológica, preocupou-se pela unidade da 
Geografia, mostrando que ao longo da sua história, esta ciência é geral e com perspectiva 
regional ou corológica, que se preocupa em descrever e interpretar as características diferentes 
da superfície da Terra. Ou seja, ciência da diferenciação regional. 
Resumindo a Geografia é uma ciência de síntese que estuda os fenómenos físicos e humanos 
do ponto de vista espacial ou de distribuição territorial, tomando em conta as diversas 
correlações com outras ciências. 
Correntes científicas e filosóficas que alteraram profundamente a concepção do espaço que 
actualmente tem uma abordagem global em que há interacção entre fenómenos físicos e 
humanos rumo à construção do espaço global e ecologicamente harmónico. 
2. Divisão da Geografia 
 
Foi preocupação para os geógrafos estabelecer a divisão da Geografia em ramos de estudo 
específicos, tendo em conta a multiplicidade das matérias de estudo desta ciência. 
Assim, a Geografia pode ser dividida em dois grandes ramos nomeadamente a Geografia 
Humana e a Geografia Física. A Geografia Humana preocupa-se com o estudo da repartição 
dos fenómenos humanos, a sua distribuição e inter-relação à superfície do globo, analisando as 
actividades econ6micas das populações, organização política do espaço, o urbanismo e a 
distribuição da população. A Geografia Física estuda a inter-relação, a distribuição espacial dos 
fenómenos ligados as formas do relevo, tipos do clima, acção dos rios e dos mares, solos e 
cobertura vegetal. 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
 
Física 
Climatogeografia 
Geomorfologia 
Hidrogeografia 
Biogeografia 
Pedogeografia 
 
 
Humana 
Geografia da População 
Geografia Agrária 
Geografia da Indústria 
Geografia dos Transportes 
Geografia Urbana 
 
 
 
7 
 
Dos vários tipos de classificação e divisão da Geografia merecem destaque os trabalhos de: 
Fenneman (1919); Chorlley (1942). O sistema de Fenneman consiste num diagrama onde é feita 
a intersecção da Geografia com o campo de outras ciências. Cada intersecção dá lugar a um ramo 
da Geografia Geral. 
 
Tabela 2: As divisões da Geografia, segundo Fenneman 
Geografia Ciência natural ou social Ramo da Geografia 
 
 
 
Geografia 
Climatologia ClimatogeografiaPedologia Pedogeografia 
Hidrologia Hidrogeografia 
Biologia Biogeografia 
Geologia Geomorfologia 
Economia Geografia Económica 
Sociologia Geografia Urbana 
 
O sistema de Chorlley tomando em conta a diversidade dos temas estudados em Geografia 
dividiu-se em dois ramos principais: o ramo geral e o regional. A Geografia Regional que 
elabora as bases para a Geografia geral. 
 
 
Fig: As divisões da Geografia segundo Chorlley. 
https://1.bp.blogspot.com/-zMfdbPpJZaI/XiyflA2Zc5I/AAAAAAAAAVo/2k2ZC42y8CYySDEVdwPmRDOnRbVhncuMgCLcBGAsYHQ/s1600/Screen+Shot+01-25-20+at+10.04+PM.PNG
 
 
8 
 
3. a) As correntes geográficas 
Com o surgimento da ciência geográfica, surgem também as primeiras correntes do pensamento 
geográfico. A partir do século XIX, a Geografia vê nascer concepções diferentes a respeito da 
relação entre o ser humano/ sociedade e o meio/espaço. 
Algumas correntes valorizaram mais o ser humano enquanto sociedade e com sua capacidade de 
transformar o espaço onde vive; outras acreditaram mais nas forças naturais como elementos 
preponderantes no seu modo de vida. Vejamos a seguir as principais correntes de pensamento da 
Geografia e suas diferentes formas de entender a relação sociedade/espaço. 
As principais correntes são: 
 Corrente determinista geográfico 
 Corrente possibilista geográfico 
 Corrente corológica. 
a) Corrente Determinista 
A corrente determinista também conhecida por determinismo geográfico, foi fundada por 
Frederich Ratzel (1844-1904) pertencente à escola alemã. Os trabalhos de F. Ratzel marcaram o 
início de um debate de ideias sobre a Geografia, mais tarde seguidas pela escola francesa, 
americana, Círculo de Viena e um pouco por todo lado. De acordo com esta teoria, o objecto de 
estudo é o Homem -Meio, numa relação unívoca, por isso acredita-se na submissão do Homem 
às leis da Natureza. 
Bases da corrente determinista 
F. Ratzel apoiou-se na teoria da selecção natural de Charles Darwin em que os conceitos de 
organismo, de metabolismo, de luta, de selecção natural passam também para análise de 
fenómenos socioeconómicos. Darwin chegou a uma conclusão que revolucionou o pensamento 
clássico: «A luta pela Vida não é mais do que uma forma de selecção natural, na qual certas 
espécies privilegiadas possuem todas as condições para sobreviver, enquanto as desfavorecidas 
ou fracas estão condenadas extinção». 
 
 
9 
 
Partindo desta ideia defendeu que os povos ou os estados fortes devem dominar os fracos. A 
corrente determinista apoia-se também no positivismo de August Comte que defende que o 
pensamento evoluiu em forma de progressão a três níveis: 
 Estado teológico onde a explicação é com base nas forças sobrenaturais. 
 Estado metafisico (simples modificação geral do primeiro) onde os agentes 
sobrenaturais são substituídos por formas abstractas, verdadeiras entidades. 
 Estado positivo, no qual a explicação dos fenómenos é feita com base na observação e 
na razão, considerando as relações causa-efeito entre os fenómenos. 
Por sua vez, William M. Davis prestou mais atenção Geografia Física: defendia que a sociedade 
humana devia ser encarada como um organismo e que só podia sobreviver com base nos 
ajustamentos ao meio físico. Considerava a superfície terrestre, o objecto de estudo da 
Geografia. 
O surgimento de várias correntes contestadoras do Determinismo Geográfico não eliminou 
totalmente esta visão. A prova mais evidente é a teoria do espaço vital que no século XX foi 
suporte do expansionismo e nacionalismos radicais na Europa que levaram o mundo à II Guerra 
Mundial. 
b) Corrente Possibilista 
Esta corrente surgiu nos finais do século XIX e marcou o pensamento Geográfico até 1950. A 
corrente possibilista resulta da evolução científica e de todo o debate científico e filosófico de 
então. Tinha como objectivo opor-se ao determinismo geográfico, sobretudo na questão de 
submissão do Homem ao meio ambiente e no objectos além disso o possibilismo queria 
combater os excessos da escola alemã no que se refere a passividade do Homem perante ao 
meio. Portanto para a corrente possibilista, não há uma submissão fatal do Homem ao Meio, mas 
sim várias possibilidades que a sua disposição pode ou não valorizar. 
De acordo com esta corrente, a Geografia possui dois objectos de estudo: o Homem para a 
Geografia Humana e a Terra para a Geografia Física. Ou seja, estabelecem-se relações 
biunívocas; Homem-Meio que definem a reciprocidade e não a dependência como acontece no 
Determinismo. 
 
 
10 
 
O Possibilismo defende que o Homem pode optar perante as várias possibilidades que o Meio 
oferece para desenvolver um género de Vida próprio. 
O Possibilismo apoia-se na corrente filosófica neo-idealista e neo-kantiana que divide a matéria e 
o espírito do pensamento e no historicismo para explicação da realidade social. 
c) Corrente Corológica 
As origens desta corrente remontam antiguidade, mas foram revigoradas por Kant no século 
XVIII, ao acentuar o carácter regional, descritivo e ideográfico da Geografia e tem Alfred 
Hettner seu fundador. 
A corrente corológica analisa a região em termos de estrutura e funções, pretendendo criar uma 
ciência unificada, através de uma análise lógica, baseada em novos conceitos de Física e com 
uma linguagem comum a todas as ciências. 
Em termos metodológicos, a corrente corológica usa um método dedutivo, ao considerar que 
todo o trabalho científico consiste em propor teorias e avaliá-las. Os neopositivistas apoiaram-se 
nas teorias de jogos e teorias de sistemas para resolver os problemas globais e erguer um futuro 
seguro. 
Ambiente do seu surgimento 
Como as demais correntes de pensamento e em particular geográficas, o surgimento da corrente 
corológica esteve ligado ao contexto do século XX que se caracterizava por: 
 Crises sociais e económicas dos anos 30/40 do século. 
 Europa abalada pela 2a Guerra Mundial. 
 Falsa urbanização. 
 Excessos populacionais. 
 Desemprego e conflitos sociais. 
 Racismo nas cidades. 
 
 
 
 
11 
 
Principais variantes da Corrente Corológica 
 Escola de Chicago; 
 Nova Geografia; 
 Geografia Radical. 
b) Princípio de extensão e casualidade -Friedrich Ratzel (1844- 1904). 
 
O princípio diz que é preciso delimitar o fato a ser estudado, localizando-o na superfície 
terrestre. Isto é, localiza e delimita áreas em um mapa; identificando a paisagem, o espaço, ou o 
fato geográfico a ser estudado; ou seja, um território que esteja em crescimento econômico, 
cultural e político, tem que se expandir. A idéia de expansão era associada ao tamanho do 
território e Ratzel entendia que todo território esta em movimento, ou em crescimento ou 
desaparecendo. 
 
Exemplo: Quando apresentamos a área de um país. 
 
Princípio da causalidade- formulado por Alexander Von Humboldt (1769-1859), segundo 
este princípio, na procura da explicação dos fenómenos, o geógrafo deve procurar as causas dos 
factos observados ,diz respeito à necessidade de explicar o porquê dos fatos, Isto é, causas e 
efeitos no Meio geográfico. 
 
Exemplo: A causa do terremoto no Haiti (movimento das placas tectônicas). 
4. Exemplos claros as razões da idade média e em especial a Geografia 
As ideias geográficas ao longo dos séculos, desde a Idade Antiga passando pela Idade Média, 
surgiram não por acaso, mas da necessidade do ser humano se orientar e se localizar no espaço 
em que habitava, representá-lo através de mapas e de conhecer melhor a natureza e o universo. 
✓ Mapas circulares com caracteres teológicos: Jerusalém a cidade santa, considerava-se o 
centro do mundo e ocupava o centro do mapa e o paraíso a parte superior; mapas de T em O; 
✓ Conceito de terra plana, ela é representada por um disco circundado de água. 
✓ mar Mediterrânico ocupa uma posição meridional; 
✓ Existência de três continentes – Ásia, Europa e África separados por água. 
 
 
12 
 
5. A Importância da Geografia RegionalPara Christofoletti (1982), a Geografia Regional procurou estudar as unidades componentes 
das diversas áreas da superfície terrestre. Em cada lugar, área ou região a combinação e a 
interação das diversas categorias de fenômenos refletiam-se na elaboração de uma paisagem 
distinta que surgia de modo objetivo e concreto. 
Nessa questão a geografia regional geralmente não leva em consideração as fronteiras políticas 
estabelecidas para criar as separações de países e estados. 
Nesse sentido, ela ajuda a entender como o relevo, as formações rochosas, os fenómenos 
climáticos, a vegetação, os animais, a população, a agricultura, a localização espacial e os 
hábitos humanos se relacionam e actuam em conjunto para manter a vida na Terra. 
6. Resumo sobre o processo de evolução da geografia desde a antiguidade, dividindo em 
Idades. 
A ciência geográfica era realizada desde o surgimento do ser humano ao formar afinidades com a 
natureza com estratégias de sobrevivência e coordenação como povos nómadas, navegadores e 
agricultores. 
Na antiguidade Clássica aumentou as informações sobre as relações sociedade natureza, 
aspirando conhecimentos para a organização política e económica dos impérios. Desenvolvendo 
estudos para elaborar mapas, discussões a respeito da forma e tamanho da terra e distribuição da 
hidrografia sobre a terra. Na idade média, à visão do planeta atribuída na posse e organização 
sócio-espacial instituída, as discussões que se realizava foram contrariadas, valorizando o 
estabelecido pela igreja. Perante as precisões de representar o espaço geográfico e traçar os 
caminhos marítimos, outras investigações passam a ser feitas, de modo especulativo, apesar de a 
geografia não ser analisada como um campo da ciência. 
Na antiguidade 
Na antiguidade, o estudo da geografia utilizava-se de observações astronómicas e estudos 
filosóficos, como os de Aristóteles, que foi o primogénito a classificar o Planeta Terra como uma 
esfera. Porém, somente no século XIX, é que a geografia é sistematizada como disciplina 
académica. 
 
 
13 
 
Na idade media 
Com o declínio do Império Romano do Ocidente, as sucessivas invasões inimigas, a 
desagregação do território, instalou-se um clima de grande instabilidade política, económica e 
social. A igreja aproveitando-se da situação toma o poder. 
 A religião sobrepõe-se á ciência, as respostas às perguntas passaram a ser dadas através da 
Igreja, da religião e da Bíblia. A cartografia na idade Média revela a influência dos 
conhecimentos geográficos bíblicos e o desconhecimento do mundo real. Portanto, a Idade 
Média foi para a Geografia um período de estagnação ou mesmo recuo: 
 Mapas circulares com caracteres teológicos: Jerusalém a cidade santa, considerava-se o centro 
do mundo e ocupava o centro do mapa e o paraíso a parte superior; mapas de T em O; 
 Conceito de terra plana, ela é representada por um disco circundado de água. 
 Mar Mediterrânico ocupa uma posição meridional; 
 Existência de três continentes – Ásia, Europa e África separados por água. 
Na idade moderna e contemporanea 
 
As bases da geografia que conhecemos e utilizamos, actualmente, têm sua origem no século 
XIX. Ela nasce das universidades e das sociedades de geógrafos. Nesse contexto, a geografia 
física ensinada por Immanuel Kant, na Universidade de Königsberg (na Prússia, actual 
Alemanha) tem sua origem herdada da geografia pura, que buscava uma sistematização nova 
para a filosofia (sua verdadeira área de actuação). 
Segundo Corrêa (1991, p. 9), “na geografia, no entanto, as ideias deterministas tiveram no 
geógrafo alemão FredericRatzel seu grande organizador e divulgador, ainda que ele não tivesse 
sido o expoente máximo”. Moraes (1990) aborda a visão positivista do determinismo geográfico 
de Ratzel: A visão positivista de causalidade introduz um empobrecimento na formulação 
ratzeliana que anula sua rica e complexa proposta de objecto. 
No equacionamento da problemática das influências, frente à normalização mecanicista, as 
condições naturais passam a ser vistas como lócus da determinação, como elemento de 
causação a partir do qual a história humana se movimenta. A sociedade passa a ser vista como 
elemento passivo, que apenas reage a uma causalidade que lhe é exterior. O homem torna-se, 
assim, efeito do ambiente (MORAES, 1990, p. 13). 
 
 
14 
 
Na idade contemporanea 
 
A geografia deixou de ser uma obra de erudição ao serviço da História, uma enumeração mais ou 
menos ordenada de montanhas, rios ou cidades, para entrar no caminho da procura científica, não 
se limitando só a descrever, mas também a raciocinar e a explicar. 
Entre as várias causas destaca-se: 
 progresso da Cartografia; 
 Esforço de Humboldt e Ritter, fundadores da Geografia Moderna; 
 As explorações continentais. 
 A cartografia beneficiou das medidas geodésicas, que permitiram o estabelecimento da 
primeira carta de grande escala – carta topográfica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Conclusão 
 
Geografia é um ramo do conhecimento que tem como finalidade entender o espaço geográfico, e 
interferir nas relações humanas, produtivas e espaciais. Com este breve panorama das correntes 
de pensamento, podemos perceber as conexões existentes entre a Geografia e sistema económico 
predominante. Por isso não podemos deixar de elucidar que é na efervescência da história dos 
homens que foram tributados a Geografia seus aspectos peculiares que nós geógrafos e 
professores de Geografia temos a tarefa de conhecer e entender essa dinâmica para podermos 
agirmos como sujeitos conscientes e autónomos no mundo o qual pertencemos. Com o 
surgimento da ciência geográfica, surgem também as primeiras correntes do pensamento 
geográfico. A partir do século XIX, a Geografia vê nascer concepções diferentes a respeito da 
relação entre o ser humano/ sociedade e o meio/espaço. 
Algumas correntes valorizaram mais o ser humano enquanto sociedade e com sua capacidade de 
transformar o espaço onde vive; outras acreditaram mais nas forças naturais como elementos 
preponderantes no seu modo de vida. Vejamos a seguir as principais correntes de pensamento da 
Geografia e suas diferentes formas de entender a relação sociedade/espaço. As principais 
correntes são: Corrente determinista geográfico, possibilista geográfico e corológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Bibliografia 
 
WILSON, Felisberto. G11 - Geografia 11ª Classe. 2ª Edição. Texto Editores, Maputo, 2017. 
CAPEL, Horacio. Filosofia e ciência na geografia contemporânea: uma introdução à geografia. 
Maringá: Massoni, 2004. 
ANDRADE, Manuel Correia de. Geografi a: ciência da sociedade. Recife: Editora Universitária/ 
UFPE, 2006. 
BAILLY, A.; FERRAS, R. Élements d’éspistemoligie de la géographie. Paris: Armand Colin, 
1997.

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