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PSICOLOGIADE DESENVOLVIMENTO

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Universidade Catolica de Mocambique 
Instituto de Ensino a Distancia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANAS E SUAS IMPLICAÇÕES 
 
 
Discente : Zainate Abdala 
Código: 708208581 
 Curso: Lic.em ensino de Biologia 
 Disciplina : Psic. De Desenvolvimento 
 Docenteː Mussa Abacar 
 Ano de frequência : 2º 
 Turmaː F 
 
 
 
 
 
 
 
Nampula,Maio de 2021 
Universidade Catolica de Mocambique 
Instituto de Ensino a Distancia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercise of English Language 
 
 
 
Zainate 
 
 Cursoː Biologia 
 Discilina de Ingles 
 1º Ano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nampula,Março de 2020 
1 
 
Índice 
 
Introdução ................................................................................................................................... 2 
TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANAS E SUAS IMPLICAÇÕES ..................... 3 
A teoria psicanalítica de Sigmund Freud .................................................................................... 3 
A Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget ........................................................... 6 
Os estádios do desenvolvimento cognitivo ................................................................................ 8 
A Teoria Do Desenvolvimento Psicosocial Segundo Erick Erickson ........................................ 9 
O Desenvolvimento Moral Segundo Lawrence Kohlberg ....................................................... 12 
Conclusão ................................................................................................................................. 15 
Bibliografia ............................................................................................................................... 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução 
 
O Presente trabalho tem como objectivo em debruçar sobre as teorias de desenvolvimento 
humanas e suas implicações e não tem a pretensão de abarcar todas as questões envolvidas 
Psicologia de Desenvolvimento. Trata-se, tão-somente, de uma contribuição para consulta por 
parte dos leitores. Pode também servir de instrumento de consulta a outros interessados em 
saber um pouco mais sobre a cadeira. Os aprofundamentos teóricos ou práticos poderão ser 
buscados nos materiais sugeridos na bibliografia no final deste trabalho, assim como em 
outros recursos. 
A estrutura deste trabalho, por si só, serve de modelo para um trabalho académico. Dada a 
complexidade dos temas, os conteúdos apresentados neste artigo são abordados de uma 
maneira sintética visando facilitar a leitura e interpretação dos mesmos. 
Segundo afirmou-se, o trabalho está organizado de forma que facilite a consulta obedecendo a 
lógica de agrupamento temático dos conteúdos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANAS E SUAS IMPLICAÇÕES 
 
A forma de pensar o desenvolvimento humano tem se dado de diferentes maneiras ao longo 
da história da Psicologia desde sua fundação por Willhem Wundt em 1816. Esta ciência, em 
seu processo de construção no seio de intensas transformações econômicas, políticas e sociais, 
tem gerado múltiplos enfoques e, por conseguinte, diferentes visões sobre o homem em sua 
constituição física, mental e afetivo-social. 
A esse respeito, Palacios (2005) destaca a amplitude, a flexibilidade e o pluralismo como 
marcas da Psicologia Evolutiva contemporânea. Não é por acaso, o amplo leque de 
abordagens que detém o seu olhar sobre o desenvolvimento, levando-nos a perceber a 
complexidade do mesmo. Neste sentido, apresentaremos a síntese das principais teorias 
psicológicas que versaram sobre o tema, dando ênfase, em cada uma delas, ao período da 
adolescência. 
A Teoria psicanalítica de Sigmund Freud 
Sigmund Freud nasceu em 1856, em Freiberg (atual Tchecoslováquia) e morreu em 1939. 
Viveu grande parte de sua vida na Áustria, em uma época marcada por conflitos constantes na 
transição do feudalismo ao capitalismo; por rupturas de concepções filosóficas e ideológicas e 
pelo florescimento das universidades, das pesquisas científicas e das artes. Nesse cenário, 
formado em medicina e atuando na área da neurologia, Freud desenvolveu a psicanálise a 
partir de seus trabalhos clínicos, com pacientes histéricas, realizados em colaboração com os 
renomados médicos Joseph Breuer e Jean Martin Charcot. 
Rompendo com o racionalismo preponderante na ciência da época e com a ideia do homem 
capaz de controlar a si e ao mundo, Freud construiu os conceitos que vieram a embasar a 
primeira tópica ou esquema proposto por ele para a estrutura do psiquismo: consciente, pré-
consciente e inconsciente. 
Ao postular que a maior parte da nossa atividade psíquica é de natureza inconsciente, Freud 
nos fez enxergar que não conhecemos nossos desejos, motivos, atitudes, sentimentos, 
pensamentos tão bem como acreditávamos. Assim, colocou em dúvida a tão festejada 
preponderância da razão no desenvolvimento humano. Com isto, Freud resgata para o campo 
do fenômeno psicológico a importância dos aspectos afetivos. 
4 
 
Para Figueiredo (2004), nenhum sistema teórico expressou melhor e mais profundamente a 
falência do sujeito da modernidade com suas pretensões de auto-centramento, autonomia, 
transparência da consciência e força de vontade. A sexualidade rompe com a genitalidade e o 
biológico, está no campo da fantasia e dos desejos. 
Em 1923 com a publicação da obra “O ego e o id” Freud retoma a tarefa de descrever o 
psiquismo tratando de sua dinâmica e economia na proposição de uma segunda tópica 
composta pelas estruturas: id, ego e superego. Embora cada uma delas tenha suas funções e 
características elas atuam de modo profundamente inter-relacionado. Deste modo, o 
funcionamento mental é dinâmico em seu todo e em suas partes. 
O id compreende as representações psíquicas dos impulsos ou pulsões (FREUD, 2002). Estes 
são uma força impulsora de um movimento constante, que coloca o sujeito para agir. Trata-se 
de uma força intra-psíquica voltada para a busca de satisfação que pode ser de dois tipos: 
sexual/erótico ou agressivo/destrutivo. A energia da pulsão sexual, presente no ser humano 
desde o nascimento é a libido. Desse modo, o id, representante do inconsciente, funciona 
como o grande reservatório da libido, não sendo socializado e não respeitando qualquer 
convenção. Busca satisfação incondicional do organismo. 
O ego consiste naquelas funções psíquicas ligadas às relações do indivíduo com seu meio, 
objetivando alcançar o máximo de gratificação ou descarga para o id. É a parte visível de cada 
um de nós, que sofre as pressões do meio e equilibra a relação do sujeito com os outros. 
O superego é o depositário das normas, regras e princípios morais dos grupos sociais. 
Funciona como controlador das pulsões do id e das intenções do ego, colocando-o em uma 
posição menos onipotente frente à realidade na qual o sujeito está inserido. Emerge do próprio 
“eu” e visa proteger o indivíduo das repressões inconscientes, ligadas às fantasias e desejos 
que não são aceitáveis pela consciência.O desenvolvimento humano é, então, marcado pela força da libido que assume várias formas 
e se localiza em determinadas regiões do corpo, nas quais o sujeito encontra mais satisfação 
na medida em que se desenvolve. 
 A sexualidade infantil possui um sentido diferente da adulta, não está relacionada ao aspecto 
biológico, genital. Sua ênfase está no sentido do prazer, da descoberta do próprio corpo e das 
5 
 
questões ligadas ao desejo e à fantasia que permeiam a relação com os pais, expressas em 
diferentes fases: 
1. Fase oral: caracteriza-se pela concentração da libido na região bucal. A boca vai se 
tornando o centro do prazer através da alimentação, do contato com objetos como chupeta, 
mordedor, da sucção dos lábios etc. Nessa fase, a criança só se interessa pela gratificação de 
seu prazer de forma egocêntrica, constituindo o narcisismo infantil . Essa fase desempenha pa 
pel importante na constituição da personalidade, principalmente quanto à imagem que o 
indivíduo tem sobre si. 
2. Fase anal: na época em que a criança está aprendendo a controlar os esfíncteres, no treino 
do banheiro, a energia libidinal se desloca para a região anal. Como a criança já faz uma 
diferenciação entre ela e o mundo externo, ela utiliza a excreção (retendo ou expelindo) como 
um ato dirigido ao “outro”. As exigências sociais, nesse período, podem tornar essa fase 
conflituosa para criança, tendo repercussões na formação da personalidade, especialmente nas 
vivências futuras de prazer e desprazer, de organização e disciplina. 
3. Fase fálica: a fase posterior, denominada fálica (3 aos 5 anos), é o momento em que a 
criança começa a perceber as diferenças sexuais anatômicas e a vivenciar o prazer na 
manipulação dos órgãos genitais. Esta fase é também assim denominada pela relevância que 
Freud concedeu às fantasias infantis inconscientes, com o órgão genital masculino, nesse 
momento da vida da criança. É marcada também pelo complexo de Édipo. 
Nesta etapa, o menino percebe a presença do pênis e manipula-o obtendo a satisfação 
libidinal. A menina ressente-se por não possuir algo que os meninos têm. Em ambos os casos, 
a mãe é o primeiro objeto de amor, ocorrendo gradativamente a diferenciação de investimento 
para a figura paterna. Com relação ao menino, ele mantém um desejo incestuoso pela mãe. O 
pai é percebido como rival que lhe impede o acesso ao objeto desejado (mãe). Temendo ser 
punido com a perda dos órgãos genitais (angústia da castração) e do lugar fálico (de poder) 
em que se encontra, o menino terá que recalcar o desejo incestuoso pela mãe e identificar-se 
como pai, escolhendo- -o como modelo de papel masculino. Assim, internalizando regras e 
normas impostas pela autoridade paterna, manterá sua integridade sexual e adotará papeis 
masculinos. 
6 
 
A situação feminina é distinta. A menina percebe em si a ausência do pênis. Então, 
desenvolve um sentimento de inferioridade, tendo inveja e desejando o órgão masculino. Ela 
atribui à mãe a culpa por ter sido gerada deste modo, e rivaliza com ela. Ao mesmo tempo, 
precisa se identificar com a figura materna a fim de obter o amor do pai. Posteriormente, esse 
desejo pelo pai deve se dissipar, a fim de que a menina possa sair da situação edípica e seguir 
com suas escolhas de objetos de amor, fora dessa relação pai e mãe. 
Na superação do Édipo ocorre um grande deslocamento de energia da libido, que leva consigo 
para o inconsciente as vivências infantis das fases orais, anais e fálicas, e portanto, os 
sentimentos incômodos e proibidos experimentados nessas etapas. Este é um momento crucial 
para a constituição do superego na personalidade infantil, correspondendo à etapa seguinte. 
4. Fase da latência: é o período em que a libido permanece voltada para atividades que não 
tem um caráter sexual. É o que Freud denominou de sublimação. Deste modo, brincadeiras, 
esportes, artes e atividades escolares ganham um papel de destaque na vida da criança. 
Coincide com o ingresso da criança no ensino fundamental, no qual ela pode se destacar em 
atividades de natureza física ou intelectual, dada a concentração de energia libidinal que ali se 
forma. 
A Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget 
A influencia de Jean Piaget não tem andado longe de Freud. Nascido em Suécia em 1896, 
Piaget passou a maior a parte da sua vida dirigindo um instituto de desenvolvimento infantil 
em Genebra. 
Embora Freud tenha dado tanta importância, nunca estudou directamente a criança. A sua 
teoria foi desenvolvida a partir de observações feitas no decurso de tratamento de pacientes 
adultos em sessões de psicoterapia. Piaget, pelo, contrario, passou, passou a maior parte da 
sua vida observando o comportamento de bebes, crianças e adolescentes. 
De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo é produto do equilíbrio entre o 
organismo e o meio, porque a aquisição ou assimilação de conhecimentos é um processo 
evolutivo de construção, na teoria epistemológica de conhecimento ou epistemologia 
genética. 
7 
 
No desenvolvimento cognitivo colocam-se as questões como: “ como é possível o 
conhecimento”? como é que os conhecimentos aumentam, (compreensão? extensão)? quer 
dizer em quantidade como em qualidade. 
Um conhecimento é construído com base nos conhecimentos anteriores organizando-se em 
processos cognitivos segundo a adaptação do organismo ao meio. A ideia piagetiana é 
estrutural ou construcionista quando evidencia a construção ou organização de estruturas 
mentais ou processos cognitivos. Por outro lado, é funcional ou psicobiológica devido a 
adaptação orgânica e intelectual ao meio como condições funcionais no sentido de surgir uma 
organização das estruturas cognitivas. Assim, o desenvolvimento cognitivo surge das 
funções de organização e de adaptação. 
O desenvolvimento leva as mudanças progressivas e sequenciais na estrutura da organização 
dos processos cognitivos por causa da dialéctica ou interacção a organização e adaptação. A 
progressiva adaptação orgânica e intelectual ao meio conduz ou leva a uma progressiva 
mudança na sequência das estruturas cognitivas, tendo um estado mutável e não rígido. 
Assim, o processo de adaptação realiza-se por meio de equilíbrio entre assimilação e 
acomodação. O equilíbrio leva a aquisição de estruturas cognitivas (o desenvolvimento 
cognitivo). As estruturas cognitivas se resumem em dois tipos: esquemas e conceitos. 
Um esquema é um conjunto de regras que define um género especifico de comportamento 
(actividades de chuchar, apalpar, olhar, etc.) como parte da estrutura cognitiva da criança. 
Quando mais cresce, vai conhecendo o seu meio, também vai desenvolvendo estruturas 
mentais (conceitos segundo Piaget), referindo aquelas normas que descrevem acontecimentos 
ambientais, relações entre conceitos, seus efeitos. Pois, a adaptação ao meio ambiente faz-se 
através do processo de assimilação e acomodação. 
Assimilação como processo espontâneo da criança consiste em integrar ou interiorizar a 
experiência do meio ambiente onde esta inserido (processo). Consiste em acrescentar novos 
elementos a um conceito ou a um esquema. Enquanto, a acomodação refere o ajustamento 
desses elementos a nova situação. O ajustamento que o indivíduo faz ao incorporar a realidade 
externa. Se a assimilação consiste na capacidade do sujeito interiorizar e conceptualizar as 
suas experiências do meio, a acomodação é a resposta do sujeito as exigências imediatas e 
constrangedoras do meio, e o grau de adaptação aos estímulos externos, mediante a 
reorganização cognitiva, em vez de respostas mecânicas. 
8 
 
Os estádios do desenvolvimento cognitivo 
Piaget divide os períodos do desenvolvimento humano de acordo com o aparecimento de 
novas qualidades do pensamento, o que, por suas vezes, interfere no desenvolvimento global. 
Estádio sensório-motor (0 a 2 anos de idade) 
Até uma idade máxima de quatro meses, um bebe não conseguediferenciar-se do que o 
rodeia. 
Piaget chama a este primeiro estádio sensorio-motor, pois as crianças aprendem usando os 
seus diferentes sentidos, sobretudo tocando objectos, manipulando-os e explorando 
fisicamente o meio ambiente. De 1 ano e meio o pensamento da criança esta ligado a 
linguagem, esquemas motores e a conceitos de objectos e das suas características. A principal 
conquista neste estádio e que, no fim, a criança já entende que o meio ambiente tem 
propriedades próprias e imutáveis. 
Estádio pre-operatório (2-7 anos de idade) 
Foi aquele que Piaget dedicou grande parte da sua investigação. Nesta fase desenvolvem-se 
outras estruturas cognitivas: a criança e capaz de distinguir o “eu” do objecto; adquire noção 
de tempo e espaço. Tem inicio a reversibilidade. A criança já domina a linguagem e se torna 
capaz de usar palavras para, de uma forma simbólica, representar objectos e imagens. Uma 
criança de quatro anos, por exemplo, pode usar a mão em movimento para representar o 
conceito de “avião” . Inicio da aquisição de noção de conservação da massa e volume 
(quantidade) Piaget apelida este estádio de pré-operacional, pois as crianças ainda não são 
capazes de usar, de uma forma sistemática, as suas capacidades mentais em desenvolvimento. 
Estádio de operações concretas (7-12 anos de idade) 
Existe um equilíbrio estável entre assimilação e acomodação. Durante esta fase as crianças 
dominam noções lógicas e abstractas. São capazes de, sem grandes dificuldades, lidar com 
ideias como a de causalidade. Uma criança nesta fase de desenvolvimento e capaz de 
reconhecer o raciocínio falso implícito na ideia de que o recipiente mais largo continha menos 
água do que o mais estreito, mesmo que os níveis da água sejam diferentes. Torna-se capaz de 
efectuar operações matemáticas, como a multiplicação, a subtracção ou divisão. As crianças 
neste período são muito menos egocêntricas. Se perguntar a criança quantas irmãs tem ela dirá 
uma, mas se perguntar quantas irmãs tem a tua irmã ela provavelmente dirá “nenhuma” 
9 
 
porque não e capaz de se colocar na posição da irmã, não e capaz de raciocinar em termos 
hipotéticos. 
Estádio das operações formais (12 –18 anos de idade) 
Desenvolvimento das capacidades lógicas, de representação simbólica. Criação de hipóteses e 
sua verificação. Pensamento abstracto, dedutivo (processo de transição do geral ao particular) 
e indutivo. Raciocínio formal segundo a cultura. De acordo com Piaget os primeiros três 
estádios de desenvolvimento são universais; mas nem todos os adultos alcançam o estádio 
operacional formal. 
O desenvolvimento deste tipo de pensamento esta dependente, em parte, dos processos de 
escolaridade. Os adultos com uma educação limitada tendem a continuar a pensar em termos 
mais concretos e reter largos traços de egocentrismo. 
A Teoria Do Desenvolvimento Psicosocial Segundo Erick Erickson 
O desenvolvimento psicológico, seja na dimensão cognitiva como na emotiva, não termina 
com a idade adulta. Os primeiros anos de vida e o período da adolescência são etapas 
fundamentais para a construção do mundo psíquico do adulto, mas a obra da reelaboração e 
da reorganização da própria vida psíquica continua incessantemente por toda a existência 
humana. 
A ideia de que o desenvolvimento psíquico dura toda a vida e que seja estreitamente legada as 
relações sociais foi elaborada por Erik Erickson. Erikson, nasce em Frankfurt – Alemanha. 
Enquanto Freud atribuía mais importância ao inconsciente, Erickson focalizava a sua atenção 
no papel desenvolvido pelo “Eu” quando se devem enfrentar problemas nos diferentes 
períodos da vida. 
A teoria de Erikson (1950, 1968) afirma que o desenvolvimento psicossocial atravessa oito 
estádios, em cada um do qual o indivíduo deve enfrentar uma série de problemas, ou a assim 
chamada crise do estádio, para poder passar ao estádio sucessivo. Segundo Erikson, na 
medida em que uma criança resolve positivamente os problemas de cada estádio, determina-se 
a sua possibilidade de tornar-se uma pessoa adulta dotada de capacidade de adaptação. 
Fases de Desenvolvimento Psicossocial Segundo Erikson 
Estádio sensorio-oral (0-1): crise entre a confiança V desconfiança . A criança põe-se o 
problema de ter confiança o não ter confiança na pessoa que toma cuidado ou se ocupa dela 
10 
 
(geralmente a mãe), se recebe ou não nutrição e afecto. Da confiança para com a figura 
materna desenvolvera a confiança para com o ambiente externo e outras pessoas. Se a criança 
não contar com o afecto e os cuidados maternos, perdera a confiança para com as outras 
pessoas e pensará que o ambiente externo não lhe pode dar confiança. 
Estádio muscular-anal (1-2 anos): crise entre autonomia V dúvida/ vergonha: a criança 
começa a explorar o mundo e a entrar em relação com outras pessoas. Na medida em que 
conquista autonomamente as habilidades principais, por exemplo aprender a caminhar, deve 
também não duvidar de si quando não consegue padronizar esta tal capacidade 
imediatamente. A criança deve escolher se ser autónoma em tal situação e continuar de modo 
independente, ou então enfrentar o futuro com dúvidas. 
Características: afirmação da vontade: a criança desenvolve a capacidade de escolha, a 
possibilidade de auto-domínio; sentimentos de autonomia e de amor – próprio. Pode 
desenvolver-se sentimentos de perca de auto-domínio, a vergonha e duvidas quanto ao 
exercício da vontade. 
Estádio locomotor - genital (3 –5 anos): crise de iniciativa V sentimento de culpa. 
Desenvolvem-se as estruturas anteriores e a criança encontra-se a ter que resolver o conflito 
existente entre o tomar iniciativa em actividades e apreciar os resultados ou sentir-se culpado 
por ter ultrapassado os limites, neste caso surge o medo de punições ou de castigo, criticas e 
de consequência o sentimento inibitório (a criança pode perder a capacidade de tomar novas 
iniciativas e sente-se em culpa pelos seus falimentos). 
Estádio de latência (de 6 anos – a puberdade): crise da diligencia V complexo de 
inferioridade. Nesta fase adquirem as regras fundamentais sobre o mundo externo e as 
primeiras regras de comportamento social graças ao facto de frequentar a escola e o grupo dos 
pares. As próprias competências podem ser desenvolvidas e reforçadas, ou então podem ser 
bloqueadas. O insucesso na escola ou nas relações sociais em geral podem gerar um sentido 
de inferioridade que bloca ulteriormente o desenvolvimento cognitivo e emotivo. 
Adolescência: a crise por superar é entre a identidade V confusão a cerca do papel a 
desempenhar (confusão de identidade). O adolescente deve desenvolver o sentido de 
identidade de si mesmo, tornar-se um indivíduo com a sua própria personalidade distinta 
daquela dos parceiros e dos adultos, com próprias normas sociais e próprios valores morais. O 
falimento na construção da identidade manifesta-se na “confusão de papéis”, facto pelo qual o 
11 
 
adolescente não consegue encontrar um papel adequado para a sua personalidade no contexto 
social. 
Primeira idade adulta (20 –30 anos):. Nesta fase a crise é entre intimidade ou amor V 
isolamento a pessoa enfrenta a escolha entre uma vida caracterizada de relações de 
intimidade (capacidade de amizade e amor), encontrar-se em companhia, amar alguém e a 
ausência de relações afectivas, e transformar-se num isolado, evitando compromisso de amor 
ou amizade. É o estádio da vida em que se põe também a problema da escolha profissional 
que permite a inserção na sociedade. As duas escolhas cruzam-se, originando as vezes 
conflitos, sobretudo na mulher pela qual a profissão pode contrastar com o papel de mulher e 
de mãe. 
Meia-idade (40-60 anos): a crise situa-se entre a criatividade ou interesse V estagnação ou 
auto-absorção. Regista-se a consolidação do amor e da amizade: aumento do interesse 
profissional, aumento da atenção para com os filhos mas pode viver em debilidadeno 
relacionamento, em depressão, sem interesse. Para essa fase contribui muito a tipo de escolha 
profissional feito, em particular em relação a constatação feita no que diz respeito aos 
objectivos ou propósitos alcançados ou não segundo a plano traçado na juventude. O sentido 
do insucesso pode muitas vezes estimular a novos interesses e opções ou a uma nova ou mais 
lúcida consciência das próprias capacidades. 
Velhice (dos 60 anos em diante): a crise observa-se entre o sentimento de integração e 
calma V desespero. Nesta fase emerge uma outra situação de conflito, aquela concernente a 
aquisição de um sentido de integridade, que se experimenta quando se considera que a própria 
vida foi completada, dando-lhe um sentido, ao qual se contrapões o desespero, se se pensa de 
não ter alcançado os objectivos que anteriormente se tinham proposto ou de não ter integrado 
as próprias experiências. 
A pessoa pode tornar-se sabia: não se preocupa ansiosamente pela vida porque descobriu o 
seu sentido e o da dignidade da sua vida; há aceitação da morte. Mas pode não alcançar a 
sabedoria, ao fazer o balanço da sua vida ou avaliação do seu passado e verifica que não fez 
nada que valesse a pena, logo surge um sentimento de desgosto pela vida e de desespero 
perante a morte. 
Cada vez mais está a crescer o numero de anciãos que fica inactivo depois da reforma e 
marginalizados em relação as decisões da colectividade. A psicologia deve ser em grau de 
afrontar esta nova problemática para a integração dos anciãos na sociedade. 
12 
 
O Desenvolvimento Moral Segundo Lawrence Kohlberg 
No desenvolvimento da personalidade joga um papel fundamental a aquisição de regras de 
comportamento que reflectem os valores da cultura e da sociedade em que o individuo vive. 
Lawrence Kohlberg, fortemente influenciado pela teoria de Piaget, hipnotizou que o aspecto 
moral desenvolve-se gradualmente por estádios. 
Kohlberg introduz uma perspectiva desenvolvimentista, isto significa que revolucionou a 
compreensão sobre o desenvolvimento moral, descobriu que as pessoas não podem ser 
agrupadas em compartimentos definidos com rótulos simplicistas: 
o Este grupo é honesto 
o Este grupo é aldrabão 
o Este grupo é reverente 
Segundo Kohlberg, o carácter moral das pessoas se desenvolve. Significa que o crescimento 
moral se faz de acordo com uma sequência do desenvolvimento. 
Para o desenvolvimento do carácter, “dizer as crianças e adolescentes para adoptarem 
determinadas virtudes ou manipulá-las até que digam palavras certas não produz um 
desenvolvimento pessoal ou cognitivo significativo). (Sprinthal, 1993: 170). 
Segundo KOHLBERG, o desenvolvimento ocorre de acordo com uma sequência específica 
de estádios, independentemente da cultura, subcultura, continente ou país, raça. 
Moral refere-se as normas e regras da conduta social que caracterizam as concepções a 
respeito da justiça e injustiça, do bem e do mal. São mantidas ou cultivadas pela força da 
opinião pública, hábitos, costumes e educação. 
A Psicologia genética de Henri Wallon. 
Para Wallon, o estudo da criança é essencialmente o estudo das fases que vão fazer dela um 
adulto. Porém, esse estudo deve ser feito tomando a própria criança como ponto de partida e 
a observação como método de investigação. Deste modo, será possível compreender suas 
manifestações, comportamentos, atitudes no conjunto de suas possibilidades, sem censura da 
lógica adulta. 
Estágio impulsivo-emocional 
O recém-nascido não se diferencia do outro, nem mesmo no aspecto do corpo. Essa 
diferenciação se dará gradativamente pela relação da criança com os objetos, as pessoas e com 
13 
 
o próprio corpo. Isto constituirá a formação do seu “eu” corporal, conhecendo e integrando 
em um todo, as partes do corpo, e assim, posteriormente, construindo uma imagem sobre ele e 
sobre si. 
O filhote humano é completamente dependente do outro. Sua primeira comunicação se dá 
pelo choro, ou seja, é intrinsecamente emocional. 
Estágio sensório-motor e projetivo 
Do 2º ao 3º ano de vida, a criança continuará a formar seu eu corporal, integrando a imagem 
que ela tem do próprio corpo, com a imagem que o os outros tem acerca dela. Neste estágio, 
denominado sensório-motor e projetivo, a criança volta-se para explorar o mundo físico, 
ganhando autonomia principalmente pelas capacidades de pegar objetos e andar. 
Outro elemento fundamental é o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. Todo 
o desenvolvimento da criança tem como referência central o ambiente em que vive. 
Estágio do personalismo 
Dos 3 aos 6 anos a tarefa central é o processo de formação da personalidade. A construção da 
consciência de si nas relações com o meio no qual está inserida, vai redirecionar o interesse da 
criança pelas outras pessoas e, portanto, reorientar suas relações afetivas. 
As crianças vivem uma série de conflitos, buscando diferenciar seu “eu” dos outros. É nesse 
período que elas costumam se opor aos adultos, usando bastante o vocábulo “não”. Também 
manifestam o desejo de que todos os objetos e pessoas queridas pertençam a elas. É muito 
comum ouvirmos crianças nessa idade dizerem que o pai ou a mãe são só seus, que a casa é 
sua etc. 
Estágio categorial 
Por volta dos seis anos, inicia-se o estado categorial que, em função das conquistas alcançadas 
nos estágios anteriores, traz importantes avanços no âmbito da inteligência. O interesse da 
criança se orienta ao mundo exterior, ao conhecimento e as coisas. Predomina, portanto, o 
aspecto cognitivo. 
A imitação do período anterior dará lugar à representação , a criança pode representar em sua 
mente pessoas, objetos e situações que não são presentes, já aconteceram ou ainda vão 
acontecer. 
Estágio da adolescência 
Este estágio será marcado por novos conflitos e nova definição da personalidade, retomando a 
predominância afetiva. Na adolescência, o sujeito busca seu sentido de afirmação e 
identidade, movido pelas novas conquistas afetivas, cognitivas, sociais e corporais que esse 
período traz consigo. 
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A teoria Walloniana constroi uma criança concreta, com um corpo cuja eficiência postural, 
tonicidade muscular e qualidade dos gestos fornecem as pistas sobre seus estados mentais e 
afetivos. Nessa visão, a Pedagogia está voltada para a expressividade do “eu” na criança, ou 
seja, para que a criança se expresse livremente através da fala, do corpo, do jogo etc. 
Suas contribuições são fundamentais no campo da formação docente, no sentido de 
possibilitar conhecimentos e análises reflexivas sobre os fatores implicados nos conflitos 
vivenciados pelos alunos, principalmente crianças nas quais o poder das emoções é muito 
maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conclusão 
 
A forma de pensar o desenvolvimento humano tem se dado de diferentes maneiras ao longo 
da história da Psicologia desde sua fundação por Willhem Wundt em 1816. Esta ciência, em 
seu processo de construção no seio de intensas transformações econômicas, políticas e sociais, 
tem gerado múltiplos enfoques e, por conseguinte, diferentes visões sobre o homem em sua 
constituição física, mental e afetivo-social. Das vasias teorias destacam-se ː 
 A teoria psicanalítica de Sigmund Freud 
 A Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget 
 A Teoria Do Desenvolvimento Psicosocial Segundo Erick Erickson 
 O Desenvolvimento Moral Segundo Lawrence Kohlberg 
 A Psicologia genética de Henri Wallon. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
 
BOCK, A. M. B. FURTADO, O e TEXEIRA, M. T. Psicologias: uma introdução ao estudo 
de psicologias. 14ª ed. Saraiva. São paulo, 2009. 
DAVIDOFF, Linda. Introdução `a Psicologia. S . Paulo. Brasil editora Mcgraw-hilLDA, 1987

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