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47 Lista de Abreviaturas Presentes no Texto: L1 – Primeira Língua L2 – Segunda Língua LO – Língua Oral LP – Língua Portuguesa LS – Língua de Sinais 2.3 História dos Surdos e da Educação de Surdos A história dos surdos mostra-nos diferentes perspectivas pelas quais estes foram vistos e tratados, ao longo dos anos. Por ser uma história bastante extensa, com vários acontecimentos marcantes e importantes, vamos apresentar sucintamente os principais pontos que são relevantes para esta pesquisa. A FIGURA 06, a seguir, apresenta uma linha do tempo com fatos ocorridos da Antiguidade até o final da Idade Média. Texto extraído de: BARBOSA, Eva dos Reis Araújo. Navegando no Universo Surdo: a Multimodalidade a favor do Ensino de Português como Segunda Língua em um Curso EAD. 2016. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) – Faculdade de Letras, UFMG, Belo Horizonte. Disponível em: <<http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/RMSA-AHVLT3>>. Acesso em: 20 maio 2020. 48 FIGURA 06 - História dos Surdos da Antiguidade ao final da Idade Média Fonte: Carvalho (2009, p. 18-25). 49 Segundo Carvalho (2009, p. 24), “os surdos ao longo de toda Antiguidade tiveram um papel social distinto, consoante a cultura e organização das sociedades às quais pertenciam”. Como podemos perceber por meio da FIGURA 06, as pessoas surdas “não tinham quaisquer direitos nem funções sociais e, por isso, não tinham acesso à educação” (CARVALHO, 2009, p. 25). Esse status social foi mantido durante quase toda a Idade Média, entretanto, “é da época medieval que nos surge um documento sobre a primeira tentativa de ensinar um surdo a ler e a falar”, dando início ao interesse no ensino de surdos, que se fortaleceu durante a Idade Moderna (CARVALHO, 2009, p. 25). Assim, começa a história da Educação de Surdos, que contou com personalidades importantes para o desenvolvimento das diferentes abordagens de ensino que foram apresentadas brevemente no primeiro capítulo desta dissertação. Os principais nomes que podem ser citados são apresentados nas FIGURAS 07 e 08, divididos em Idade Moderna e Idade Contemporânea. FIGURA 07 - Principais nomes da história da Educação de Surdos: Idade Moderna Fonte: Carvalho (2009, p. 29-39). 50 FIGURA 08 - Principais nomes da história da Educação de Surdos: Idade Contemporânea Fonte: Carvalho (2009, p. 43-66). A partir das figuras apresentadas, podemos perceber que, inicialmente, “não havia uma consciência social da necessidade do surdo ter acesso à educação”, mas “uma preocupação econômica por parte das famílias, em relação aos seus descendentes” (CARVALHO, 2009, p. 29), como pode ser visto no trabalho de Ponce de Léon, que educava os surdos para que tivessem acesso à herança de suas famílias. Segundo Carvalho (2009, p. 39), “com o início da Idade Moderna, a cultura ocidental passou a ser marcada pelo humanismo e antropocentrismo por oposição 51 ao teocentrismo medieval”. Dessa forma, começou a surgir o interesse pela educação das pessoas surdas e a serem desenhadas as duas principais abordagens de ensino de surdos: o método gestual e o método oral (CARVALHO, 2009). Isso pode ser percebido, por exemplo, por meio do trabalho do Abade de L’Epée, que valorizou a LS dos surdos e utilizou-a em sua educação. Por outro lado, Heinicke não reconheceu a importância da LS, uma vez que, utilizando a linguagem oral, ensinava os surdos a escrever. Na Idade Contemporânea, essa oposição entre o método oral e o método gestual continuou. Como defensores da LS, houve Abade Sicard, Thomas e Edward Gallaudet. Além disso, “o ensino de surdos, passa em muitos casos, a ser ministrado por professores surdos” (CARVALHO, 2009, p. 74). Já em relação ao método oral seus defensores foram Jean Itard, Alexander Graham Bell, entre outros, que tinham como objetivo “a oralização do surdo sustentado por uma visão essencialmente médica” (CARVALHO, 2009, p. 74). Segundo Carvalho (2009, p. 75), a tendência de imposição do método oral de ensino de surdos viria a culminar no Congresso de Milão de 1880. Neste congresso, onde estiveram representados 9 países, ficou aprovado o método oral como único método credível para o ensino de surdos, banindo a língua gestual18 das escolas de surdos. Nesse Congresso, que não contou com a participação nem com a opinião das pessoas surdas, um grupo de educadores ouvintes “impôs a superioridade da língua oral sobre a língua de sinais, e decretou, sem fundamentação científica alguma, que a primeira deveria constituir o único objetivo de ensino” (SKLIAR, 1997, p. 77). A partir de então, a tendência oralista foi consagrada na Educação de Surdos, em todo o mundo, do final do século XIX até grande parte do século XX (CARVALHO, 2009). A história da Educação de Surdos no Brasil, conforme já brevemente citado na seção anterior, teve início com a fundação da primeira escola de surdos, no Rio de Janeiro, em 1857. Segundo Solange Rocha, historiadora brasileira na área de Educação de Surdos, “em 1855, um professor surdo, E. Huet, oriundo do Instituto de Surdos de Paris, apresentou um relatório a D. Pedro II, cujo conteúdo revelava a intenção de fundar uma escola para surdos no Brasil” (ROCHA, 2008, p. 19). Ainda de acordo com a autora, esse relatório trazia duas propostas para que o governo 18 Como se trata de um autor português é utilizada a expressão “língua gestual”, uma vez que a língua dos surdos portugueses é a Língua Gestual Portuguesa (LGP). 52 auxiliasse na fundação da escola: “em uma, o colégio seria de propriedade livre (particular), com concessão de bolsas e alguma subvenção por parte do Império, em outra, as despesas totais seriam assumidas pelo Império (pública)” (ROCHA, 2008, p. 28). Sobre os pré-requisitos para ingresso na escola e suas características, a autora comenta que, para ser matriculado, o aluno deveria ter entre sete e dezesseis anos e apresentar um certificado de vacinação. O curso tinha duração de seis anos, com foco no ensino agrícola, em função das características socioeconômicas do Brasil. Para as meninas, eram as mesmas regras, além do compromisso de organizar uma sociedade beneficente composta por senhoras notáveis (ROCHA, 2008, p. 28-30). Conforme aponta Rocha (2008), a escola para surdos começou a funcionar no dia 1º de janeiro de 1856, no modelo privado. Entretanto, a instituição passou por graves problemas financeiros, uma vez que contava apenas com doações e com as mensalidades pagas pelas famílias dos estudantes. Somente após um ano e meio do envio do relatório de Huet a D. Pedro II, é que sua solicitação foi atendida, “por meio da Lei 939 de 26 de setembro de 1857 que fixava a despesa e orçava a receita do Império para os exercícios de 1858-1859” (ROCHA, 2008, p. 31). Dessa forma, em outubro de 1857, o instituto foi transferido para uma casa maior e com mais recursos. Segundo consta nos documentos da escola, Huet deixou seu cargo de diretor em 13 de dezembro de 1861, entretanto, não foram explicadas as razões para esse ocorrido. Após a saída de Huet, vários nomes importantes assumiram o cargo da direção e a abordagem de ensino seguiu o que era proposto em outros países. Segundo Rodrigues (2008), a proibição do uso da LS e estabeleceu o método oral puro como base do processo educacional dos surdos durante muitos anos. Isso se deveu pela repercussão do Congresso de Milão que chegou ao Brasil, em 1910, “estabelecendo a proibição do uso da LS e, até mesmo, do alfabeto manual nas instituições de educação de surdos” (RODRIGUES, 2008, p. 47). Somente em julho de 1957 é que foi assinado um decreto de alteração do nome da instituição, pelo então ministro da Educação, Clóvis Salgado, e também pelo presidente da República, Juscelino Kubitscheck,passando de “Imperial Instituto dos Surdos-Mudos” (IISM) para “Instituto Nacional de Educação de Surdos” (INES). Com o passar dos anos, a Libras foi adotada no ensino de surdos e, em 2006, foi 53 criado “um instituto superior bilíngue de educação, que alterou a estrutura regimental do INES” (ROCHA, 2008, p. 131). Dessa forma, as transformações pelas quais passaram o Instituto nesses últimos anos podem ser compreendidas por um fato fundamental: a paulatina transformação de uma Instituição, que tinha como foco o ensino da linguagem escrita e/ou oral e de uma profissão, para o de uma escola com currículo semelhante ao das escolas regulares, cujos alunos são usuários predominantemente de uma língua de natureza visual-motora (ROCHA, 2008, p. 131). Após a criação da primeira escola de surdos no Rio de Janeiro, outras instituições foram criadas em todo o Brasil, conforme apresenta Rodrigues (2008). Segundo o autor, três importantes escolas de São Paulo merecem destaque: (1) o Instituto Santa Terezinha, fundado em 1929, que recebia somente moças surdas e permitia o uso da LS fora da sala de aula, apesar de seguir a perspectiva oralista; (2) o Instituto Helen Keller, fundado na década de 1950; e (3) o Instituto Educacional São Paulo, criado em 1954, por iniciativa de familiares de surdos, sendo doado à PUCSP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) em 1969, ambos utilizando também o método oral. Já em Belo Horizonte, Rodrigues (2008) cita a construção do Instituto Santa Inês, em 1938, que pertence à Congregação das Filhas de Nossa Senhora do Monte Calvário, que propagou e defendeu o uso da linguagem oral para o ensino de surdos, mas que, aos poucos, aceitou a LS para auxiliar a comunicação com os alunos. Outra instituição mineira, citada pelo autor, foi a Clínica Fono, fundada em 1979, com o objetivo inicial de promover o desenvolvimento sensorial e psicológico das pessoas surdas e que, posteriormente, assumiu uma função educacional e passou a ser chamada de Clínica Escola Fono, iniciando com a proposta oralista e, depois, passando a utilizar a Comunicação Total. A Escola Estadual Francisco Sales, fundada na década de 1980, também é citada por Rodrigues (2008), a qual teve início com a perspectiva oralista e, após alguns anos, começou a empregar a LS, seguindo as diretrizes da Comunicação Total. Outra instituição importante para os surdos, fundada no Rio de Janeiro, em 1977, é a FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos), inicialmente denominada FENEIDA (Federação Nacional de Educação e Integração dos Deficientes Auditivos). Esta instituição foi criada por um grupo de profissionais ouvintes ligados à área da surdez, porém, 54 um grupo de surdos passou a se interessar pela entidade, participando de seus encontros e da recém-fundada Comissão de Luta pelos Direitos dos Surdos (RAMOS, 2004, p.2). Essa comissão passou a reivindicar a participação efetiva dos surdos na Diretoria da Feneida. Assim, os surdos da comissão formaram uma chapa e conquistaram a presidência da entidade por um ano (FENEIS, 1993, p.5 apud RODRIGUES, 2008, p. 53). Após a conquista da presidência, em 1987, o nome da instituição foi modificado, e “a LS tornou-se o ponto central da luta da FENEIS e o símbolo por excelência da surdez” (BRITO, 1993, p.28). Como podemos perceber por meio da história da Educação de Surdos, no Brasil e no mundo, as abordagens de ensino foram adotadas em diferentes épocas, por diferentes profissionais, cada qual com seus objetivos e metas a serem alcançados. Segundo Lacerda (1998, p. 7), “é possível constatar que, de alguma maneira, as três principais abordagens de educação de surdos [...] coexistem, com adeptos de todas elas nos diferentes países”. O Oralismo é uma proposta fundamentada na aprendizagem da LO, com o objetivo de “aproximar o surdo, o máximo possível, do modelo ouvinte, a fim de integrá-lo socialmente, sendo a língua oral vista mais como objetivo do que como instrumento do aprendizado global e da comunicação” (BERNARDINO, 2000, p. 29). Segundo Goldfeld (2002, p. 30), em razão dos avanços tecnológicos que facilitavam a aprendizagem da fala pelo surdo, a partir de 1860 o método oral começa a ganhar força. Diversos profissionais começaram a investir no aprendizado da língua oral pelos surdos, e neste entusiasmo surgiu a ideia, defendida por alguns profissionais até hoje, de que a língua de sinais seria prejudicial para a aprendizagem da língua oral. A partir da publicação do artigo Sign Language Structure: An Outline of the Visual Communication System of the American Deaf, por William Stokoe, em 1970, demonstrando que a ASL é uma língua com características semelhantes às das línguas orais, surgiram várias pesquisas sobre a LS e sua aplicação na Educação de Surdos, que “aliadas a uma grande insatisfação por parte dos educadores e dos surdos com o método oral, deram origem à utilização da língua de sinais e de outros códigos manuais na educação da criança surda” (GOLDFELD, 2002, p. 31). Nessa mesma década, uma professora e mãe de surdo, Dorothy Schifflet, começou a usar um método combinado de LS, LO, leitura labial, treino auditivo e alfabeto manual, denominado por ela de Total Approach (Abordagem Total), sendo 55 utilizado, posteriormente, por Roy Holcom, que o rebatizou de Total Communication, iniciando, assim, a Comunicação Total (GOLDFELD, 2002). De acordo com esta proposta, todos os recursos ou modos semióticos são importantes e indispensáveis, tais como fala, leitura labial, escrita, desenho, dramatização, LS e alfabeto manual. Porém, foi bastante criticada pelo fato de propor e valorizar a utilização de prática simultânea, ou bimodalismo, também conhecida como português sinalizado, que consiste na utilização concomitante de fala e de sinais (BOTELHO, 1998). Segundo Botelho (1998, p. 39, grifos da autora), os proponentes do bimodalismo consideram que este sistema facilita a comunicação porque reúne duas possibilidades, fala e sinais, e assim beneficia surdos e ouvintes. No entanto, o ponto de partida é a maior facilidade que este sistema representa para o ouvinte, comparativamente à complexidade exigida pelo uso de língua de sinais, que implica no desenvolvimento de habilidades e estratégias visuais, às quais pessoas ouvintes estão pouco ou nada acostumadas. Enfim, o bimodalismo pretende resolver o problema do ouvinte, nem sempre disposto a alterar um cômodo e estabelecido lugar. A Comunicação Total chegou ao Brasil no final da década de 1970, após a visita de Ivete Vasconcelos, uma educadora de surdos da Universidade de Gallaudet. Na década seguinte, iniciou-se no país a Educação Bilíngue, com base nas pesquisas da professora e linguista Lucinda Ferreira Brito sobre a LS (GOLDFELD, 2002). Segundo Barbosa (2014), ao se tratar de Educação Bilíngue, é importante fazer uma diferenciação entre os termos: Educação Bilíngue e Bilinguismo, uma vez que “é comum na área da surdez o uso do termo bilinguismo referindo-se à proposta educacional” (BARBOSA, 2014, p. 21). De acordo com Cunha (2007, p. 27), o bilinguismo foi definido por Ferguson e Brice Heath (1981) como “o uso de duas línguas pela mesma pessoa (bilinguismo individual) ou por um mesmo grupo social (bilinguismo de grupo, institucional, ou de sociedade)”. Ainda segundo a autora, os bilíngues, em geral, usam com maior ou menor frequência uma língua, e não a outra, dependendo da função comunicativa a ser exercida (Grosjean, 1982). O que caracteriza esses indivíduos como bilíngues é o fato deles [sic] interagirem com o mundo ao seu redor em duas ou mais línguas (CUNHA, 2007, p. 14). Já a Educação Bilíngue diz respeito a “qualquer sistema de educação escolar no qual, em dado momento e período, simultânea ou consecutivamente, a instrução 56 é planejada e ministrada em pelo menos duas línguas”(HARMERS; BLANC, 2000, p. 189 apud MEGALE, 2005, p. 09). Especificamente na Educação Bilíngue para alunos surdos, a Libras deve ser ensinada como L1 e a LP como L2 e, assim como explicado por Harmers e Blanc (2000), acontece de maneira simultânea ou sucessiva. No primeiro caso, ocorre o ensino da L2 concomitante ao da L1, em momentos distintos. Assim, “a criança surda é exposta às duas línguas com diferentes interlocutores: a de sinais com interlocutores surdos e a majoritária com ouvintes” (GUARINELLO, 2007, p. 46-47). Já no segundo caso, o ensino da L2 ocorre somente após a aquisição da L1, ou seja, a criança surda somente aprende a LP após ter o domínio da Libras. Uma das dificuldades enfrentadas pela Educação Bilíngue de alunos surdos, no Brasil, é seu processo de implementação nas escolas, uma vez que estão envolvidos problemas complexos, como “mudanças de concepção e reorganização de modos de atendimento da condição bilíngue da criança surda em várias esferas institucionais, tais como a família, a escola, etc.” (SLOMSKI, 2010, p. 59, grifos da autora). Embora pareça que cada uma dessas abordagens de ensino de surdos (Oralismo, Comunicação Total e Educação Bilíngue) foi sucedida por outra abordagem e se extinguiu, na realidade, não foi isso que ocorreu. Segundo Goldfeld (2002, p. 33), “atualmente, essas três abordagens convivem no Brasil, e pode-se dizer que todas têm relevância e representatividade no trabalho com surdos”. Outra situação vivida pelos alunos surdos brasileiros é a chamada política da inclusão. Segundo Lacerda (2006, p. 166), “discutir a educação de surdos implica discutir também o tema inclusão escolar tratado mundialmente”. Essa proposta foi assumida como tarefa essencial de educação pública por diversos países, na década de 1990, e, para tanto, foram colocadas em prática diferentes tentativas com o intuito de viabilizá-la (LACERDA, 2006). Esse modelo educacional se contrapõe ao modelo anterior de educação especial e “sustenta-se em uma filosofia que advoga a solidariedade e o respeito mútuo às diferenças individuais, cujo ponto central está na relevância da sociedade aprender a conviver com as diferenças” (LACERDA, 2006, p. 166). Contudo, muitos problemas são enfrentados na implementação desta proposta, já que a criança com necessidades especiais é diferente, e o atendimento às suas características particulares implica formação, cuidados individualizados e revisões curriculares que não ocorrem apenas pelo empenho do professor, 57 mas que dependem de um trabalho de discussão e formação que envolve custos e que tem sido pouco realizado (LACERDA, 2006, p. 166). No caso do aluno surdo, percebe-se que este é inserido em uma sala de aula na qual nenhum colega ou professor conhece efetivamente a sua língua, dessa forma, ele se torna “um estrangeiro que tem acesso aos conhecimentos de um modo diverso dos demais e se mantém isolado do grupo (ainda que existam contatos e um relacionamento amigável)” (LACERDA, 2006, p. 177). Nesse sentido, “não se trata de inserir a criança surda nas atividades propostas para ouvintes, mas de pensar atividades que possam ser integradoras e significativas para surdos e ouvintes” (LACERDA, 2006, p. 182). 2.3 História dos Surdos e da Educação de Surdos
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