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A estratégia do bioisoterimso é usada no planejamento molecular de novos candidatos a protótipos de fármacos; Mudanças estruturais são necessárias para melhorar as propriedades físico-químicas sem causar alterações nas propriedades dos compostos protótipos; Melhorar a afinidade, a eficácia e especificidade; Melhorar as qualidades farmacocinéticas; O farmacóforo precisa ser mantido relativamente inalterado; Isosterismo químico: É a similaridade nas propreiedades físico-químicas de íons, compostos ou elementos devido à similaridade de suas estruturas eletrônicas. Esse conceito foi primeiro introduzido para átomos com propiedades eletrônicas parecidas; Substituição isostéricas: É a troca de um grupamento por outro com configuração estéricas e eletrônicas semelhantes; Isso significa que a grende maioria dos isostéros possui volume molecular, número de átomos e disposição eletrônica semelhante; Se um átomo ou grupo de átomos em uma molécula é susbtituido por seu isómero, as propriedades físico-químicas do composto não mudem de forma significativa; Isósteros químicos equivalentes podem ser utilizados para sintetizar diferentes compostos com as mesmas propriedades físico-química; O bioisoterismo é uma aplicação do isosterismo a sistemas biológicos que guia a modifição molecular de fármacos sem mudança drásticas nas suas propriedades; Obrigatoriamente, para ser considerado um bioisóstero, o congênere produzido a partir da substituição isostérica deve possuir a mesma ação biológica que o fármaco protótipo; Vantagens: Pode-se obter um fármaco com mesma ação terapêutica, contudo, com mais intensa, com menos efeitos colaterais, menor toxicidade, maior estabilidade e outras modificações benéficas; Alternativas para as diversas condições que nós podemos encontrar como por exemplo: pessoas alergicas a determinado medicamento; Em alguns casos a motivação para o emprego do bioisoterismo resulta na necessidade de ultrapassar barreiras patentárias de determinada substância de interesse terapêutico. Exemplo: quando a patente do viagra quebrou (sildenafila e tadalafila; benzoerol, tandrilax e torcilax;); História do bioisosterismo: 1919 Langmuir: princípios do isosterismo Bioisosterimo Em suas primeiras aplicações como estratégia de modificação molecular, beneficiou-se da regra do hidreto, formulada por Gremm em 1925; Essa regra estabelecia que a adição de um átomo de hidrogênio com um par de elétrons (hidreto) a um átomo fornece um pseudo-átomo apresentando as mesmas propriedades físicas daqueles presentes na coluna imediatamente posterior da Tabela Periódica do átomo inicial; Trabalhos posteriores de Erlenmeyer e Hinsberg ampliaram o princípio do isoterismo, permitindo que o bioisosterismos represente uma estratégia útil na descoberta de novos compostos ativos ou novas séries congêneres de compostos protótipos; Em 1970, Alfred Burger classificou e subdividiu o bioisosterismo em duas categorias; Classificação: Isósteros clássicos: segundo Erlenmeyer, são aqueles átomos, íons ou moléculas que possuem camadas eletrônicas mais externas idênticas ou semelhantes, são geralmente do mesmo período na Tabela Periódica (mesmo n° de camadas); Monovalentes fazem uma ligação, divalentes fazem duas ligações e assim por diante. Isósteros não clássicos: substituintes de natureza não iônica ou molecular que garantem uma configuração eletrônica e estérica similar ao fármaco congênere sem perdas no âmbito terapêutico, são geralmente da mesma família na Tabela Periódica (configuração eletrônica); Não atende as regras eletrônicas e estéricas dos bioisosteros clássicos, mas produzem atividade biológica similar; Aplicações: Visando aprimorar a meia vida desde fármaco, pesquisadores da Glaxo substituíram um anel benzênico de lorzatan por um sistema aromático, agora com 10 elétrons π, o anel benzofurano, obtendo melhoria de 20% na biodisponibilidade; O emprego do bioisosterismo exige que os parâmetros físico-químicos, eletrônicos e químicos envolvidos na substituição bioisotérica planejada sejam analisadas de maneira a se antecipar as eventuais alterações; Ranitidina: o primeiro me-too bilionário O bioisosterismo tem sido empregado com sucesso nos laboratórios de pesquisa das empresas farmacêuticas na busca por novos fármacos de uma mesma classe terapêutica a partir da identificação de um fármaco inovador, descoberto por uma empresa concorrente; Esse novo fármaco, atuando pelo mesmo mecanismo do protótipo inovador, é denominado de Me-Too, isto é “eu também” ou “cópia terapêutica”; A descoberta racional da cimetidina representou autêntica e marcante inovação terapêutica; A descoberta da ranitidina permitiu a Glaxo atingir o primeiro ligar no ranking em faturamento superando o protótipo cimetidina;