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História: Termo usado para substâncias de origem vegetal, utilizadas para curtir a pele, transformar pele fresca de animal freca em material imputrecível e pouco permeável, estando sua importância relacionada com esta propriedade; Mais tarde, foram caracterizados como compostos fenólicos hidrossolúveis, com pesos moleculares entre 500 a 3000 u, que dão reações comuns aos fenóis e que precipitam alcalóides, gelatina e outras proteínas; Quase todas as famílias botânicas contém taninos e, quando ocorrem em grande quantidade, geralmente se localizam em determinados órgãos da planta como folhas, frutos, córtex ou caule; Caractrísticas gerais: A maioria dos compostos fenólicos não é encontrada no estado livre na natureza, mas sob forma de ésteres ou heterosídeos, sendo, portanto solúveis em água e em solventes orgânicos polares; Os taninos são muito reativos químicamente, formam ligações de hidrgênio intra e intermoleculares; Adistringência é explicada pelas interações hidrofóbicas e ligações de hidrogênio entre os grupos fenólicos dos taninos e algumas macromoléculas; Exemplo: caju, vinho tinto; Formam complexos com as fibras de colágeno na pele conferindo-lhe resistência à água e ao calor; Exemplo: cosméticos com presença de taninos previne o envelhecimento precoce da pele; A complexação dos taninos com as proteínas confere-lhes importantes função no controle de fungos, bactérias e insetos; Também são fotoprotetores contra os raios UV; Classificação: Galotaninos; Taninos hidrolisáveis Elagitaninos; Taninos condensados; Taninos complexos (restrito a algumas espécies de plantas); Taninos hidrolisáveis: Os taninos hidrolisárveis são produzidos pela via do ácido chiquimico e são constituídos com uma molécula de açúcar (porção central) ligada a um ou mais composto fenólico; A diferença entre o galotanino e o elagitanico está no tipo composto fenólico; Taninos Biogênese: São formados por unidades de açúcar e ácido fenólico; 1° etapa para formação de um tanino hidrolisável: transformação de ácido chiquimico em ácido gálico; O 3-desidrochiquimico é o percursor imediato e preferencial do ácido gálico; A enzima aromatase irá transformar o ácido chiquimico (não aromático) em um ácido fenólico - ácido gálico (aromático); Os galotaninos e elagitaninos são metabólitos de um poliol alifático, central (geralmente a glicose), esterifacos (ligados) por, moléculas de um ácido fenólico (ácido gálico); São raros os taninos hidrolisáveis contituídos por outro poliol que não a glicose, a excessão é uma planta chamada hamamélis que não tem a glicose como açúcar central; Podem ser hidrolisados por ácidos ou enzimas; Ocorrência: Dicotiledôneas herbáceas (erva cidreira, coentro, salsa) e lenhosas (possuí caules mais rigidos e tem de 1,5 a 2m) de forma limitada em algumas famílas (choripetalea) aroeira, babatimão, por exemplo. Como identificar galotaninos e elagitaninos: Galotaninos: Toda vez que visualizarmos ligado ao açúcar central moléculas de ácido gálico chamamos de Galotaninos; A reação se da a partir de uma ésterificação entre o açúcar e o ácido gálico; a molécula de açúcar perde um H de uma das hidroxilas (OH) e o ácido gálico perde também um H da ponta carcoxilica (=OHO) formando assim um éster (ligção meta- depsídicas); Essa reação pode acontecer em todas as hidroxilas do açúcar; Para romper essa ligação é só adicionar água (sofre hidrólise) liberando assim o açúcar e o ácido gálico. Ocorrência: ruibarbo, cravo, pétalas de rosa vermelha, hemamélis, castanheira; Elagitaninos: Já o elagitanino é formado do acoplamento de duas moléculas de ácido gálico ligado ao açúcar; No elagitanino o ácido fenólico é o Ácido difenico; O ácido difenico é origidado da junção de dois ácidos gálicos por acoplamento oxidativo carbono- carbono; Quando sofre hidrólise libera açúcar e ácido élagico (pois o ácido difenico é muito instável e quando ele sofre hidrolise ele acontece um rearranjo e se transforma no ácido élagico); Ocorrência: tem uma distrubuição muito restrita mas podemos encontra-lós em Hamamelidae, dilenidae e rosidae sendo assim marcadores dessas espécies; Observação: Ainda podemos encontrar moléculas com ácido gálico e ácido difenico ligados a uma molécula de açúcar mas chamamos de Elagitaninos; Taninos condensados: Os taninos condensados são produzidos pela via mista; é um polimero derivado da policondensação de unidades que vieram do metabolismo de flavonoides; Na estrutura de um tanino condensado vamos encontrar unidades flavonicas policondensadas: Flavan-3-ol ou Flan-3,4-diol; São designados como procianidinas, pelo fato destes compostos originarem as antocianididas, após tratamento, a quente e com um ácido mineral; São mais resistentes à fragmentação; Hidrólise ocorre sob ação do calor em meio ácido produzindo pigmentos avermelhados da classe das antocianidinas; Podem ser oligômeros e polímeros; São mais recorrentes que qualquer outro tipo de tanino; Ocorrência: Angiospermas (sementes dentro do fruto) e gimnospermas (sementes fora do fruto); Taninos complexos: São formados a partir da via mista e estruturalmente é constituído de um elagatanino que foi modificado pela presença de uma unidade flavonica; Elagitanino + Flavan-3-ol; Quando sofrem hidrólise liberam açúcar, ácido elágico (derivado do ácido difenico) e flavan-3-ol; Ações farmacológicas e usos: 3 caraterísticas gerais e principais: Complexação com íons metálicos (ferro, chumbo, cobre) o que gera precipitados; Atividade antioxidante e sequestrador de radicais livres; Complexação com macromoléculas; Usos: Antídotos em intoxicações por metais pesados e alcalóides (cocaína por exemplo) é usado o ácido tánico – tanino; Adstringente: Via externa: cicatrizantes, hemostáticos, protetores e reepitelizantes; Via interna: antidiarreicos (principalmente de origem alimentar) - chá da folha da goiaba; Anti-sépticos (babatimão para tratamento da candidiase); Antioxidantes; Aplicações industriais: Curtimento de couro; Fabricação de tinta (hidrolisando os taninos condensados que irá gerar as antocianididas); Reagentes para detecção de gelatina, proteínas e alcalóides; Junto com outros compostos, produção de agentes floculantes e coagulantes para tratamento de água; Produção de espumas de uretano (boa resistência á flamabilidade); Desenvolvimento de sabor adstringente de vinhos, sucos de frutas, chás e outras bebidas;
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