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O sistema endócrino é composto por várias glândulas endócrinas secretoras de hormônios destinados a diversas células-alvo. → Localizada na fossa hipofisária/sela túrcica do osso esfenoide → Associada ao hipotálamo anatômica e funcionalmente pela haste hipofisária, que está em contato com a eminência mediana do hipotálamo → Formada pela hipófise posterior ou neuro-hipófise e pela hipófise anterior ou adeno-hipófise (hipófise glandular). A neuro-hipófise possui origem neuroectodérmica, enquanto a adeno-hipófise possui origem ectodérmica. Haste hipofisária Infundíbulo da NH Parte tuberal da AH Parte nervosa da NH Hipófise intermediária Parte distal da AH Bolsa de Rathke Corte de hipófise (0.7X) Neuro-hipófise Adeno-hipófise Tecido epitelial glandular cordonal, fibras reticulares e capilares sinusoides. Fibras nervosas amielinizadas, células gliais ramificadas (pituicitos) e acúmu.lo de areia cerebral Pars distalis O tecido da porção distal da adeno-hipófise é constituído por glândulas endócrinas cordonais compostas de células epiteliais cuboides ou poligonais, fibras reticulares e capilares fenestrados. Possuem três tipos principais de célula: as células cromófilas, divididas em acidófilas e basófilas, e as células cromófobas.. Também há a presença das chamadas células foliculoestelares, cuja função é de sustentação, embora possa haver atividade secretora de hormônios. Essas células são de difícil identificação e possuem formato poliédrico com núcleo ovoide. Células acidófilas → somatotróficas (produtoras de GH) ou lactotróficas (produtoras de prolactina). Células basófilas → adrenocorticotróficas (produtoras de ACTH), tireotróficas (produtoras de TSH) ou gonadotróficas (produtoras de FSH e LH). Células cromófobas → células mais primitivas que dão origem às células secretoras. → GH (hormônio do crescimento): estimula mitoses e crescimento celular, além de ter efeitos metabólicos. → Prolactina: estimula a lactação em fêmeas e a esteroidogênese em machos, além de modular o sistema imune. → TSH (hormônio estimulador da tireoide): estimula a síntese e secreção de T3 e T4 pela tireoide. → FSH (hormônio folículo-estimulante): estimula o desenvolvimento folicular em fêmeas e a produção de ABP em machos. → LH (hormônio luteinizante): estimula a formação do corpo lúteo em fêmeas e a síntese de testosterona em machos. Pars intermedia Corte de adeno-hipófise (40X) Capilar sinusoide Células cromófilas basófilas Células cromófilas acidófilas Células cromófobas A porção da hipófise intermédia é formada por células poliédricas basófilas e células cromófobas, porém seu maior destaque é a presença de coloides, proteínas em processo de degradação presentes nos chamados cistos de Rathken. Essa região também secreta hormônios, muitos derivados do peptídeo pro-opiomelanocortina, como o γ-MSH, o ACTH e a β-endorfina. → MSH (hormônio estimulador de melanócitos): pigmentação, balanço energético (tecido adiposo) e imunorregulação (anti-inflamatório). → LPH (hormônio lipotrófico): lipólise. → β-endorfina: função analgésica, modulador de respostas comportamentais e fisiológicas ao stress. Pars tuberalis Além da presença de células gonadotróficas, lactotróficas e corticotróficas, a característica mais importante da parte tuberal é a presença de muitos vasos sanguíneos, parte do sistema porta- hipofisário. Corte de hipófise (12X) Cistos de Rathken A rede arterial anastomosada é importante para a liberação de secreções e neurotransmissores produzidos pelas células neuronais do hipotálamo, além da liberação das secreções hipofisárias para a corrente sanguínea. Pars nervosa A pars nervosa da neuro-hipófise não contém células secretoras. É formada principalmente por axônios não mielinizados de neurônios secretores cujos corpos celulares estão presentes nos núcleos supraópticos (relacionados principalmente com a liberação de ADH) e paraventriculares (relacionados principalmente com a liberação de ocitocina). Os corpos de Herring são formados pelo acúmulo da secreção desses corpos neuronais nas extremidades de seus axônios. Essas substâncias serão liberadas na corrente sanguínea através dos capilares sanguíneos fenestrados presentes na região. Há ainda a presença de células gliais muito ramificadas, os pituicitos. Corte de hipófise (15X) – coloração de Azan A presença de fibras reticulares e tecido conjuntivo frouxo forma o estroma do tecido. A hipófise é envolvida por uma cápsula conjuntiva derivada da dura- máter. Corte de neurohipófise (1.9X) – coloração de Azan Região menos corada, em que predominam fibras nervosas amielinizadas. A neuro-hipófise também é envolvida pela cápsula de tecido conjuntivo derivado da dura-máter – esta emite, ainda, septos ricos em capilares denominados zonas septais. Corte de neurohipófise (40X) Fibras nervosas amielinizadas. Corpo de Herring de formato irregular Pituicitos – constituem a maioria nos núcleos presentes na neuro-hipófise. Corte de neurohipófise (40X) – coloração de Azan Fibras nervosas amielinizadas. Corpo de Herring de formato irregular Pituicitos CRH hipotalâmico TRH hipotalâmico GnRH hipotalâmico GnRH hipotalâmico GHRH hipotalâmico Dopamina hipotalâmica → Também chamada de epífise.. → Localizada na extremidade posterior do 3º ventrículo, sobre o teto do diencéfalo. → Revestida externamente pela pia-máter, que emite para o órgão septos de tecido conjuntivo contendo vasos sanguíneos e fibras nervosas amielinizadas, dividindo a glândula em lobos irregulares. → Responsável pela produção de melatonina, um derivado da serotonina, que controla o ciclo circadiano e induz o sono. O tecido é composto principalmente por dois tipos celulares: os pinealócitos, de citoplasma levemente basófilo e nucléolo bem evidente, além de numerosas ramificações com extremidades dilatadas; e os astrócitos, células gliais de núcleos mais alongado e fortemente corado, também contendo grande quantidade de prolongamentos e filamentos intermediários. Procriar MRD Corte de glândula pineal – Neupatimagem UNICAMP Pinealócitos Possível núcleo de astrócito Pode haver ainda a formação de areia cerebral, que constitui concreções calcárias de carbonato de hidroxiapatita (Ca, P e Mg) que se formam durante a vida do indivíduo. Essas estruturas não interferem ou prejudicam a atividade da glândula. → Localizada no plano mediano do pescoço, abaixo da laringe, sendo um órgão com dois lóbulos separados por um istmo → Possui a função de sintetizar os hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) sob estímulo do TSH da hipófise → Órgão recoberto por uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo que emite septos para o Corte de glândula pineal – Neupatimagem UNICAMP (coloração com prata) Corte de glândula pineal parênquima. → O estroma é composto por fibras reticulares. O tecido da tireoide é formado por folículos tireoidianos, cujo epitélio é constituído por uma única camada de células cúbicas com microvilosidades voltadas ao lúmen, responsáveis pelo acúmulo de uma substância gelatinosa denominada coloide. O coloide constitui no acúmulo de tireoglobulina, que contém os hormônios T3 e T4 na forma de mono-iodo e di-iodo tirosina. É uma substância altamente PAS- positiva devido à grande quantidade de carboidratos. As células foliculares sintetizam a proteína da tireoglobulina, captam o iodo circulante no sangue através de uma proteína cotransportadora presente na membrana basolateral (NIS), oxidam as moléculas de iodo e as enviam ao lúmen do folículo por um transportador de ânions. Assim, ocorre a iodação das moléculas de tireoglobulina. Os hormônios T3 e T4 possuem funções como aumento do metabolismo de carboidratos, efeitos na frequência cardíaca e respiratória, crescimentocorporal e desevolvimento do sistema nervoso. Associadas às células foliculares estão as células parafoliculares ou células C, responsáveis por sintetizar o hormônio calcitonina, responsável por reduzir o nível de cálcio no plasma inibindo a reabsorção de cálcio dos ossos. Corte de tireoide (4X) Cápsula de tecido conjuntivo frouxo Septos emitidos pela cápsula conjuntiva Vaso penetrando o órgão através da trabécula Corte de tireoide (4X) Artéria de maior calibre penetrando a cápsula conjuntiva Corte de tireoide (31X) Epitélio simples cúbico Folículo tireoidiano Acúmulo de coloide Corte de tireoide (40X) Células foliculares cúbicas ou colunares baixas, com núcleo ovoide e citoplasma claro → Se localizam na face posterior da tireoide, próximas ao timo → Normalmente se apresentam em pares, um aderido a cada lóbulo da tireoide → Possui a função de produzir o paratormônio, com ação contrária à calcitonina tireóidea → Assim como a tireoide, possuem uma cápsula conjuntiva que emite septos para o parênquima, contínuas com as fibras reticulares do estroma O parênquima é constituído por dois tipos principais de célula: as células principais, responsáveis pela síntese do paratormônio, e as células oxífilas, cuja função é desconhecida, mas acredita-se que possam ser células principais envelhecidas. Corte de tireoide (40X) Células parafoliculares possuem núcleos mais amplos e se localizam entre os folículos – são de difícil identificação. Corte de paratireoide (1.7X) Cápsula de tecido conjuntivo – as trabéculas emitidas NÃO FORMAM LÓBULOS no órgão. Parênquima extremamente celularizado Penetração de tecido adiposo Há ainda as células claras, cuja função também não é bem conhecida. Possuem citoplasma menor e menos corado que as células oxífilas, e acredita que sejam células oxífilas que ainda não acumularam mitocôndrias o suficiente. Corte de paratireoide (40X) As células principais possuem núcleo vesicular e bem corado, com citoplasma levemente acidófilo Corte de paratireoide (32X) As células oxífilas possuem citoplasma amplo e acidófilo, com núcleo mais centralizado e limites bem definidos A acidofilia do citoplasma se deve ao grande número de mitocôndrias. Corte de paratireoide (40X) Células claras → Se localizam no polo superior dos rins → São essenciais para a manutenção da homeostase do organismo → Possuem também uma cápsula de tecido conjuntivo, porém denso → Possuem um sistema de vascularização especial com arteríolas curtas, que formam uma rede de capilares que penetra a zona cortical, e arteríolas longas, que penetram diretamente a zona medular. Essas redes desembocam na veia medular, de maior calibre, que faz a retirada de sangue do órgão. O sangue que chega pelas arteríolas curtas também penetra a medula até atingir a veia medular → O parênquima adrenal é repartido em duas zonas: a zona cortical, dividida ainda em zonas glomerulosa, fasciculada e reticulada; e a zona medular. Essas camadas possuem origens embrionárias distintas. O córtex possui origem mesodérmica e a medula possui origem neuroectodérmica. → Córtex A zona glomerulosa fica logo abaixo da cápsula conjuntiva e é formada por células piramidais ou colunares, organizadas em cordões envolvidos por capilares sanguíneos. Possuem a função de sintetizar aldosterona, hormônio mineralocorticóide que aumenta a absorção de sódio e diminui a absorção de potássio nos túbulos contorcidos distais dos rins, aumentando a pressão sanguínea. A secreção de aldosterona é regulada por angiotensina II e ACTH, liberado pela hipófise. Corte de adrenal (1.3X) Medula Córtex Cápsula de tecido conjuntivo denso Corte de adrenal (15X) Cápsula de tecido conjuntivo denso Vaso sanguíneo aferente Corte de adrenal (40X) Corte transversal de nervos A zona fasciculada é formada por células poliédricas organizadas em cordões retos e perpendiculares à superfície do órgão. Os cordões são entremeados por capilares sanguíneos. As células também são chamadas espongiócitos, pelas gotículas de lipídeos presentes no citoplasma que lhes dão aspecto esponjoso. Estes são responsáveis pela secreção de glicocorticoides, em especial o cortisol, regulado pelo ACTH hipofisário, que possui várias ações no organismo: regulação do metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas; diminuição da síntese proteica e aumento da quantidade de Corte de adrenal (27X) – Zona glomerulosa Cordão de células colunares 40X Células com núcleo centralizado e citoplasma claro, repleto de retículo endoplasmático liso Corte de adrenal (20X) – Zona glomerulosa Capilares sinusoides aminoácidos no sangue; estímulo da gliconeogênese no fígado; liberação de ácidos graxos e glicerol; além de atuar como agente anti-inflamatório e imunossupressor. A zona reticulada possui células dispostas em cordões irregulares que formam uma rede anastomosada. As células são menores em comparação às outras camadas e contêm grânulos de lipofuscina, que constituem sinais de lesão por radicais livres e peroxidação lipídica. Essa zona é responsável pela secreção de glicocorticoides, andrógenos e, em menor grau, mineralocorticoides. Sua liberação também é estimulada pelo ACTH hipofisário. Corte de adrenal (12X) – Zona fasciculada Cordões retos e regulares Visualização das gotas lipídicas 40X Corte de adrenal (10X) – Zona reticulada Portanto, o córtex adrenal possui a seguinte divisão: Corte de adrenal (40X) – Zona reticulada Células de menor tamanho e citoplasma mais fortemente acidófilo Grânulos de lipofuscina derivados do metabolismo celular e processos autofágicos Corte de adrenal (5.2X) – Córtex Zona glomerulosa Zona fasciculada Zona reticulada → Medula O estroma medular da suprarrenal, assim como as demais glândulas, é sustentado por fibras reticulares. Seu parênquima é originado no neuroectoderma. A medula adrenal é formada por células poliédricas organizadas em cordões ou aglomerados arredondados, posicionados entre capilares e vênulas inervadas por fibras pré-ganglionares, que liberam acetilcolina sob estímulo do sistema nervoso simpático. Após a liberação da acetilcolina, essas células liberam norepinefrina e epinefrina, substâncias conhecidas como catecolaminas. As principais células parenquimais, os cromafins, são neurônios pós-ganglionares simpáticos modificados, responsáveis por secretar as catecolaminas. Corte de adrenal (4X) – Córtex Zona glomerulosa Zona fasciculada Zona reticulada Corte de adrenal (35X) – Medula Os cromafins são células cuja coloração levemente prateada possui aspecto distinto. → As ilhotas pancreáticas ou ilhotas de Langerhans são estruturas pancreáticas que secretam os hormônios insulina (reduz o nível de glicose no sangue) e glucagon (aumenta o nível de glicose no sangue), principalmente O parênquima dessas ilhotas constitui células de citoplasma mais claro que a porção exócrina do pâncreas, circuladas por capilares fenestrados. As células β são das ilhotas são responsáveis por produzir a insulina, enquanto as células α sintetizam o glucagon. Há, ainda, as células Δ, que secretam somatostatina, e as células PP, que secretam polipeptídeos pancreáticos. Ambas são muito menos frequentes que as primeiras. Corte de adrenal (40X) – Medula As células ganglionares simpáticas são menos frequentes, com citoplasma e núcleo maiores que os cromafins. Corte de adrenal (4X) Veias medulares Corte de pâncreas (20X) Ilhota de Langerhans Capilares fenestrados Células de citoplasma claro e núcleo arredondado Corte de pâncreas (20X) – Aldeído fucsina A coloração de aldeído- fucsina marca a insulina nas células β em roxo escuro, explicitando-as.Corte de pâncreas (20X) – Coloração de Gomori A coloração de Gomori cora as células β em azul e as células α em róseo, não distinguindo, entretanto, as demais células da ilhota Células β Células α
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