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CASO CONCRETO PRATICA CONSTITUCIONAL

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTIDO POLÍTICO BETA, agremiação política, com representação no 
Congresso Nacional, inscrito no CNPJ sob nº XX, com sede na XX , neste ato 
representado por seu presidente, nacionalidade, estado civil, profissão, porta dor da 
cédula de identidade nº, inscrito no CPF sob o n° 4321 , com endereço na XX, 
vem , por seu advogado infra assinado, onde recebe intimações, conforme art.106, 
I do CPC, propor: 
 
 
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO 
FUNDAMENTAL COM PEDIDO LIMINAR 
 
 
 Pelo rito especial, da Lei Orgânica do Município Alfa, pelos argumentos de fato e de 
direito a seguir expostos: 
 
 
DOS FATOS 
 
 O Prefeito do Município Alfa, preocupado com a adequada conduta no seu 
mandato, procura o presidente nacional do s eu partido político Beta, o qual possui 
representação no Congresso Nacional, e informa que a Lei Orgânica do Município 
Alfa, publicada em 30 de maio de 1985, estabelece, no seu art.11, diversas condutas 
como crime de responsabilidade do Prefeito, entre elas o não atendimento, ainda que 
justificado, a pedido de informações da Câmara Municipal, inclusive com previsão de 
afastamento imediato do Prefeito a partir da abertura do processo político. 
 Informou, também, que a mesma Lei Orgânica, em seu art.12, contém previsão 
que define a competência de processamento e julgamento do Prefeito pelo 
cometimento de crimes comuns perante Justiça Estadual de primeira instância. Por 
fim, informou que, em razão de disputa política local, houve recente representação 
oferecida por Vereadores da oposição com o objetivo de instaurar processo de 
apuração de crime de responsabilidade com fundamento no referido art.11 da Lei 
Orgânica, a qual poderá ser analisada a qualquer momento. O impetrante, após o 
devido trâmite interno estabelecido no seu estatuto, conclui que a norma municipal 
está em dissonância com a CRFB/88 decidindo adotar providência judicial em relação 
ao tema. 
 
DO DIREITO 
 
Com legitimidade amparada no art.102, §1° da CRFB/88, a saber: Art.102. 
Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: (...) 
§1° A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta 
Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. Assim, 
a presente ADPF funda-se no texto constitucional mencionado, e, ainda, na previsão 
do artigo 1º, § único e inciso I da Lei nº 9.882/99: Art.1º A arguição prevista no §1º 
do art.102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, 
e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do 
Poder Público. 
Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento de preceito 
fundamental: 
I- quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei 
ou o normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição. 
A presente ação, nos termos do art.103, VIII da CRFB/88, ampara a legitimação ativa 
para seu ajuizamento, recaindo sobre os que têm direito de propor a Ação Direta de 
Inconstitucionalidade, constantes no rol do referido artigo. 
 É sabido que o texto do art.2° d a CRFB/88 garante a independência e 
harmonia entre os Poderes, princípio este não respeitado pelo Legislativo do 
município Alfa. Não sendo admitida, ainda, a violação do art. 22,I, da CRFB/88, que 
confirma a competência privativa por parte da União para legislar sobre direito civil, 
comercial, penal processual, eleitoral, agrário marítimo, aeronáutico, espacial e do 
trabalho, tendo em vista que a matéria discutida ser de direito penal, ocorrendo então 
violação de princípio federativo. É sabido, conforme o que prescreve o art. 29, X da 
CRFB/88, o julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça, em acordo com o 
texto da Súmula Vinculante 46 do STF que rege: “A definição dos crimes de 
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e 
julgamento são de competência legislativa privativa da União ”. 
Neste sentido observamos o julgado: “Conforme disposto na Súmula Vinculante 
46, a definição dos crimes de responsabilidade e das respectivas normas de processo 
e julgamento é de competência legislativa privativa da União. No que concerne ao 
regime pertinente aos Prefeitos Municipais, a referida competência foi exercida com a 
edição do Decreto-Lei 201/1967.13. No caso concreto, a decisão reclamada 
reconheceu que o diploma normativo adotado para o julgamento da parte 
reclamante foi o Regimento Interno da Câmara Municipal. A Câmara Municipal prestou 
informações no mesmo sentido. O parâmetro normativo utilizado, portanto, é 
incontroverso. 14. A Súmula Vinculante 46, originada da Súmula 722/STF (aprovada 
em 26.11.2003), não se presta a servir como fundamento para toda e qualquer 
alegação de ofensa às normas federais que definem os crimes de responsabilidade e 
as respectivas regras de processo e julgamento. No entanto, trata-se de caso em 
que expressamente se admite a utilização de parâmetro normativo diverso do 
Decreto-Lei 201/1967. 
 
DA LIMINAR 
O periculum in mora faz-se presente, visto que foi violado o princípio da 
separação dos poderes, amparado no art.2° da Carta Magna, a violação à 
competência legislativa privativa da União, a parada pelo art.22, inciso I, da CRFB/88 
e Súmula Vinculante 46/STF, bem como violação ao art.29, inciso X, CRFB/88, que 
dispõe sobre os municípios e s obre as respectivas leis orgânicas, as quais devem 
observar os preceitos constitucionais, especialmente garantindo aos Prefeitos a 
prerrogativa de foro perante o Tribunal de Justiça em crimes comuns. Ainda se 
observa a necessidade de sustar a eficácia da norma impugnada, requerendo 
suspensão do trâmite da representação por crime de responsabilidade oferecida em 
desfavor do Prefeito do Munícipio Alfa, o que demonstra inequivocamente o fumus 
boni iuris. 
 Assim, presentes os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in 
mora, é cabível e necessária a concessão da liminar. 
 
 
DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto requer: 
 a) Que seja deferida medida liminar para que seja suspenso o 
procedimento de representação apresentado; 
 b) Seja notificado dos órgãos e autoridades competentes pelo ato de 
violação dos preceitos arguidos; 
c)Seja julgado procedente o pedido para reconhecer a violação dos 
preceitos arguidos tomando as medidas cabíveis diante das violações apresentadas. 
 d)Seja notificado do Advogado Geral da União para manifestação sobre 
o deferimento liminar, de acordo com o art.5°, §2°, da Lei 9.882/99; 
e) Seja intimado o Procurador Geral da República para manifestação, 
conforme previsão no art.7°, §único, da Lei 9.882/99; 
 
 
DAS PROVAS 
 
 Segue em anexo a prova documental, ainda que por direito pretende-se provar 
o alegado por todos os meios de prova admitidos. 
 
 
Nesses termos, 
Pede deferimento 
JESSICA A DE PAULA FEITOSA 
201803173068

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