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APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 11 nome. Por uma questão de destaque, o destinatário pode vir todo em letras maiúsculas, mas não é obrigatório. MAGNÍFICO SR. SUB-REITOR DE GRADUAÇÃO DA UNINERJ b) TEXTO: cerca de 7 linhas abaixo do destinatário. Na datilografia, espaço 2; em digitação, espaço 1,5. NOME E IDENTIFICAÇÃO: Informações necessárias completas (nacionalidade, estado civil, endereço, identidade, CPF, etc.). EXPOSIÇÃO: descreve-se o que se está requerendo, com toda clareza possível. JUSTIFICATIVA: as razões pelas quais está requerendo. Pode-se citar leis, ou indicar documentos que comprovem. c) FECHO: cerca de 3 linhas abaixo do texto. Pode ocupar uma ou duas linhas. Não é obrigatório. Termos em que pede deferimento. Nesses termos, pede deferimento. d) Data: cerca de 2 linhas do fecho (se houver), ou do texto. Deve ser completa. Rio de Janeiro, 12 de abril de 2002. e) ASSINATURA: cerca de 2 linhas da data. Não se coloca nome, pois os dados já constam no texto, nem há necessidade de linha. Circular Quando, em sua empresa, você deseja dirigir-se a muitas pessoas ao mesmo tempo, para transmitir avisos, ordens ou instruções, deve optar por comunicar-se através de uma circular. Na verdade, a circular pode seguir o modelo de uma carta, ofício ou manifesto, o que a caracteriza é conter um assunto de interesse geral. Muitas vezes, a circular é utilizada internamente nas empresas, com a finalidade de facilitar a comunicação entre diversas seções e departamentos. Muitas empresas, hoje em dia, têm preferido não destacar a ementa (assunto). Assim, veja bem o modelo adotado na sua empresa. A linguagem utilizada em uma circular deve ser simples e direta para não dar margem a outras interpretações. Todos devem entender claramente o que está escrito. Modelo de Circular: Questões 01. (UFCG - Auxiliar em Administração - UFCG) Com relação às correspondências é correto afirmar que: (A) Ofício é um tipo de correspondência externa. (B) Ofício é um tipo de correspondência interna. (C) Circular é um tipo de correspondência externa. (D) Correspondência Oficial é um tipo de correspondência que trata de assuntos de interesse pessoal de servidores públicos. (E) Correspondência Particular trata de interesse específico das atividades de uma instituição. 6 http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/duvida1.php 02. (CRO/GO - Assistente Administrativo - Quadrix) No vasto campo da ciência da informação, um dos aspectos que mais tem preocupado os profissionais da área é, sem dúvida, o estabelecimento de uma terminologia específica, capaz de atender a programas racionais de intercâmbio, disseminação e recuperação da informação. O Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), órgão vinculado ao Arquivo Nacional, criou uma Comissão Especial de Terminologia Arquivística Brasileira. Os termos geralmente adotados pela comunidade arquivística brasileira consideram que _________________ é uma comunicação escrita, recebida (passiva) ou expedida (ativa), apresentada sob várias formas (cartas, cartões-postais, ofícios, memorandos, bilhetes, telegramas), podendo ser interna ou externa, oficial ou particular, ostensiva ou sigilosa. Assinale a alternativa que preenche a lacuna corretamente. (A) correspondência (B) legado (C) dossiê (D) catálogo (E) processo 03. (Petrobras - Técnico de Administração e Controle Júnior - CESGRANRIO) A variedade de documentos recebidos por uma instituição pública ou privada é muito grande, exigindo, por parte do arquivista, atenção no momento de sua identificação e classificação. Dentro do gênero dos documentos escritos, a correspondência merece destaque especial, pois várias ações administrativas são desencadeadas a partir dela. A correspondência, de acordo com sua procedência e destino, pode ser classificada em (A) pessoal e particular. (B) externa e interna. (C) confidencial e secreta. (D) fechada e aberta. (E) oficial e especial. Gabarito 01. A / 02. A / 03. B Contabilidade6 é a ciência que tem por objetivo o estudo das variações quantitativas e qualitativas ocorridas no Patrimônio, no qual se traduz ao conjunto de bens, direitos e obrigações das entidades. Através dele é fornecido o máximo de informações uteis para as tomadas de decisões, tanto dentro quanto fora da Noções de Contabilidade: Contabilidade- Conceito, objetivo, objeto, usuários, Patrimônio, Situações Liquidas Patrimoniais, Sistema de Informação e Registro da Contabilidade, Lançamentos Contábeis, Livros Contábeis, Avaliação de Estoques, principais demonstrativos contábeis, Plano de Contas, Balancete, Balanço Patrimonial APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 12 empresa, estudando, interpretando, registrando e controlando o Patrimônio. Todas as movimentações existentes no patrimônio de uma entidade são registradas pela Contabilidade, que resume os fatos em forma de relatórios e entrega-os aos interessados em saber como está indo a situação da empresa. É através destes relatórios que são analisados os resultados alcançados e a partir daí são tomadas decisões em relação aos acontecimentos futuros. Sendo assim, a contabilidade é a responsável pela escrituração (registro em livros próprios) e apuração destes resultados e é só através dela que há condições para se apurar o lucro ou prejuízo em determinado período. Posto isso, apresentaremos a seguir um resumo sobre a Contabilidade Geral e suas principais ferramentas. Livros Contábeis Atualmente, com a utilização do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), e da Escrituração Contábil Digital (ECD), também conhecida como Sped Contábil, há livros contábeis em forma digital (para as empresas obrigadas ao Sped Contábil) e livros contábeis em forma não digital (impresso em papel). Os livros contábeis obrigatório em forma não digital, como o Livro Diário e o Livro Razão, devem possuir as seguintes formalidades extrínsecas: - Devem ser encadernados; - As suas folhas devem ser numeradas sequencialmente; - Devem conter termo de abertura e termo de encerramento assinados pelo titular ou representante legal da entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado no Conselho Regional de Contabilidade. Os livros contábeis obrigatórios em forma digital, como o Livro Diário e o Livro Razão, devem possuir as seguintes formalidades extrínsecas: - Devem ser assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado; - Devem ser autenticados no registro público competente (exemplo: Juntas Comerciais). No caso de escrituração contábil digital (ECD), não há a necessidade de impressão e encadernação dos livros. Contudo, o arquivo magnético autenticado pelo registro público competente deve ser mantido pela entidade. Livro Diário No Livro Diário devem ser registradas, em ordem cronológica rigorosa, com individualização, clareza e referência ao documento comprobatório do lançamento, todas as operações ocorridas na entidade e quaisquer outros fatos que provoquem variação patrimoniais. As principais características do livro Diário são: obrigatório (exigido pelo Código Civil); principal (registra todos os fatos contábeis); comum (para todas as empresas) e cronológico (fatos contábeis registrados em ordem cronológica). As demonstrações contábeis devem ser transcritas no Livro Diário, completando-se com as assinaturas do titular ou de representante legal da entidade e do profissional da contabilidade legalmente habilitado. Livro Razão O Livro Razão registra, também, todos os fatos, só que dando ênfase às contas que compõem o patrimônio. É esse livro que permite conhecer a movimentação de débito e 7 https://blog.sage.com.br/livros-contabeis-o-que-sao-e-para-que-servem-2/ crédito de cada elemento que compõe o patrimônio da empresa De acordo com o CódigoCivil: - A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras emendas ou transportes para as margens (art. 1.183 do Código Civil); - Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de 30 dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regulamente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação (art. 1.184, § 1º, do Código Civil). Livro Caixa7 Esse é opcional para as empresas, com exceção daquelas tributadas pelo Simples Nacional. Mesmo para as companhias não obrigadas, porém, o livro caixa pode ser uma boa e útil ferramenta de negócio, principalmente na gestão do fluxo de caixa. Isso porque ele registra entradas e saídas de forma simples, em ordem cronológica e sem a consideração de partidas ou débito e crédito. Pelas informações que abrange, da forma como as organiza, ele pode ser usado como auxiliar para o livro diário. Para os empreendimentos obrigados, o livro caixa deve ser elaborado com os termos de abertura e encerramento munidos das mesmas informações, assinaturas e autenticação referentes ao livro diário. Livros Auxiliares Livro Inventário: tem a finalidade de registrar os bens de consumo, as mercadorias, as matérias-primas e outros materiais que se achem estocados nas datas em que forem levantados os balanços. No Livro de Inventário deverão ser arrolados, com especificações que facilitem sua identificação, as mercadorias, os produtos manufaturados, as matérias-primas, os produtos em fabricação e os bens em almoxarifado existentes na data do balanço patrimonial levantado ao fim da cada período de apuração (Lei 154/47, artigo 2°, § 2°, e Lei 6.404/1976, artigo 183, inciso II, e 8.541/1992, artigo 3°). Livro Registro de Duplicatas: foi estabelecido pelo artigo 19 da Lei 5.474/1968, sendo obrigatório para o vendedor que efetuar vendas com prazo de pagamento igual ou superior a 30 (trinta) dias. No Registro de Duplicatas serão escrituradas, cronologicamente, todas as duplicatas emitidas, com o número de ordem, data e valor das faturas originárias e data de sua expedição; nome e domicílio do comprador; anotações das reformas; prorrogações e outras circunstâncias necessárias. Livro de Entrada de Mercadorias: destina-se ao registo, em ordem cronológica, das mercadorias adquiridas e recebidas pelas empresas. Nele também são registradas as entradas de bens de qualquer espécie, inclusive os que se destinam a uso ou consumo. Livro de Saída de Mercadorias: onde se registram-se, em ordem cronológica, as vendas de mercadorias ou de produtos, bem como toda e qualquer saída, inclusive de bens móveis da empresa. APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 13 Livro de Registro de Prestação de Serviços: esse livro é obrigatório perante o fisco municipal, podendo ser utilizado como auxiliar do Diário, pois nele registram-se todas as operações de serviços, individualizando as respectivas Notas Fiscais em ordem cronológica. Regras Gerais8: independentemente de os livros contábeis serem opcionais ou obrigatórios, observando as diretrizes que citamos acima, algumas resoluções devem ser seguidas sempre. Elas asseguram a idoneidade de registros e de cada livro, dando a certeza de que não houve e nem haverá adulteração de lançamentos e garantindo a padronização das emissões. Nenhum livro pode conter rasuras ou qualquer tipo de adição ou alteração de dados após a emissão do sistema de gestão contábil. Além de sempre respeitarem a ordem cronológica e de alguns serem abertos e encerrados por termos, os documentos-base da escrituração devem ser idôneos de acordo com as leis fiscais. Todas essas normas certificam o atendimento dos livros contábeis às resoluções legais de exatidão e boa-fé da escrituração. Além disso, também garantem a eles a qualidade de serem instrumentos úteis à gestão empresarial. Lançamentos Contábeis Lançamento contábil9 é a forma como a Contabilidade registra os fatos que afetam (ou que possam vir a afetar) o patrimônio da empresa. A estrutura do lançamento tem por alicerce o secular método das "partidas dobradas", segundo o qual todo débito corresponde a um crédito de mesmo valor, ou seja: em todo lançamento contábil são utilizadas no mínimo duas contas - uma para débito, outra para crédito do mesmo valor. Dissemos "no mínimo" porque há inúmeros casos em que o lançamento contém, por exemplo, uma conta a débito e duas a crédito. Mas, nesse caso, a soma das duas contas creditadas será sempre exatamente igual ao valor lançado na conta debitada. O método das partidas dobradas é a razão pela qual, na Contabilidade, a soma de todos os valores debitados é sempre igual à soma de todos os valores creditados. E é também por isso que, no Balanço Patrimonial, o total do Ativo é sempre igual ao total do Passivo. No dia-a-dia das empresas ocorrem operações10 simples (como o pagamento de uma conta de consumo de energia elétrica no prazo) e outras bem mais complexas, que envolvem lançamentos mais sofisticados (por exemplo: pagamento, com juros, de duplicata, parte em dinheiro e parte mediante emissão de cheque). Para registrar qualquer fato contábil existem quatro fórmulas (ou modalidades) de lançamentos, a saber: 1ª fórmula: caracteriza-se pela simplicidade. Requer uma conta devedora e uma conta credora e pode ser assim representada (pagamento de duplicata de fornecedor, no prazo) 2ª fórmula: modalidade de lançamento de complexidade intermediária, que requer uma conta devedora e duas ou mais contas credoras. 3ª fórmula: igualmente de complexidade intermediária, esta fórmula requer duas ou mais contas devedoras e apenas uma credora. 4ª fórmula: menos usual e mais complexa do que as anteriores, requer duas ou mais contas devedoras e duas ou mais contas credoras 8 Idem 2. 9 http://www.iob.com.br/noticiadb.asp?area=contabil¬icia=37114 10 http://teoriascontabeis.blogspot.com.br/2009/09/o-lancamento-contabil- e-forma-como.html Débito e Crédito11 As palavras Débito e Crédito, na linguagem contábil, têm significados muito diferentes daqueles da linguagem cotidiana. É errado associar o débito e o crédito da contabilidade, com “subtração” e “adição” do financeiro. O correto é associá- los aos termos Destino e Origem, respectivamente, pois: - Debitar: significa anotar na coluna do Débito de uma conta, para aumentar o seu valor (se a conta representa um Bem ou um Direito), ou para diminuir seu valor (se a conta representa uma obrigação). - Creditar: significa registrar uma importância na coluna de Crédito de uma conta, para aumentar seu valor (se a conta representa uma obrigação), ou para diminuir seu valor (se a conta representa um Bem ou Direito). Há duas formas de os lançamentos contábeis serem feitos: 1ª D – Estoques C – Bancos 2ª Estoques á Bancos No primeiro caso, "D" e "C" significam débito e crédito, respectivamente. Já no segundo caso, o "a" sinaliza crédito, sem a necessidade de colocar a letra "D" antes da conta Estoque. Tem-se por mais usada a primeira opção. Débito é a aplicação de recurso, enquanto Crédito é a origem do recurso aplicado. Ou seja, quando um contador faz um lançamento a débito em uma conta, significa que o dinheiro, o bem ou o serviço destina-se àquela conta. Agora, quando ele faz um lançamento a crédito em uma conta, significa que o dinheiro, o bem ou o serviço teve origem naquela conta. Por exemplo: Uma empresa comprou um terreno do valor de $80.000,00. Para pagar à vista, foi usado o dinheiro disponível no caixa da empresa. Lançamos o registro destas duas contas da seguinte forma: D- Imóveis (O terreno teve destinona conta em questão, já que faz parte dos imóveis da empresa.) C- Caixa (O lançamento teve origem na conta Caixa, já que foi pago à vista com o dinheiro da empresa.) Se uma conta recebe algo ou assume o compromisso de entregar algo, é debitada. Se uma conta entrega algo ou adquire o direito de receber algo, é creditada. CONTAS NATUREZ A AUMENTO S DIMINUIÇÕE S Ativo Devedora D C Passivo Credora C D Despesa Devedora D C Receita Credora C D Patrimôni o Líquido Credora C D Correção de Lançamentos12 A escrituração feita nos livros contábeis não deve conter intervalos em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens. 11 http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/deb_cred.php 12 http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/erros_escrit.php APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 14 Entretanto, ao desenvolver suas atividades profissionais, o ser humano pode cometer enganos durante o processo de escrituração. Estes erros podem ocorrer de diversas formas: - Lançamento de valor incorreto; - Borrões ou rasuras na escrituração; - Espaço em branco; - Lançamentos em duplicidade de valor; - Inversão das contas; - Erro na redação de histórico; - Etc. Quando os erros acontecem, eles devem ser declarados na escrituração mediante retificação através de estorno, lançamento retificativo, lançamento complementar, lançamento de transferência ou ressalva (por profissional qualificado). Estor: é utilizado quando ocorre duplicidade de um mesmo lançamento contábil (quando o contabilista faz o mesmo lançamento duas vezes) ou por erro de lançamento da conta debitada ou da conta creditada na escrituração das entidades, fazendo um lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o totalmente. A correção, no caso de duplicidade, é simples. Deve-se efetuar apenas o estorno do lançamento feito a mais. Se o caso for erro de lançamento, estornamos conforme o exemplo a seguir. Exemplo: A empresa Alfa adquiriu uma mesa para escritório do fornecedor ModelOffice no valor de $4.000,00 e a pagará a prazo. Lançamento efetuado: D- Máquinas e equipamentos - $4.000,00 C- Banco - $4.000,00 H.: Vlr referente aquisição de mesa p/ escritório, conforme NF nº589 do Fornecedor Model Office. Estorno total: D- Banco - $4.000,00 C- Máquinas e equipamentos - $4.000,00 H.: Vlr referente estorno do lançamento feito em xx/xx/20x1, referente compra de uma mesa para escritório. Lançamento correto: D- Móveis e utensílios - $4.000,00 C- Fornecedores - $4.000,00 H.: Vlr referente compra de mesa para escritório, conforme NF nº589 do Fornecedor Model Office. Lançamento Retificativo: serve para retificar as contas lançadas erradamente e para estornar parte do lançamento, corrigindo registros feitos por importância maior. No caso de o valor ser lançado maior do que é, a correção pode ser feita estornando todo o lançamento e depois fazendo o lançamento no valor correto, ou então estornando apenas a diferença dos valores. Exemplo: A empresa Alfa adquiriu um veículo do fornecedor AutoCar no valor de $60.000,00 à vista em dinheiro. Lançamento efetuado: D- Veículos - $80.000,00 C- Caixa - $80.000,00 H.: Vlr referente compra de veículo, conforme NF nº290 do Fornecedor AutoCar. Estorno da diferença: D- Caixa - $20.000,00 C- Veículos - $20.000,00 H.: Vlr referente estorno de parte do lançamento lançado à maior no dia xx/xx/20x1, referente compra de veículo, conforme NF nº290 do Fornecedor AutoCar. Lançamento Complementar: serve para complementar um lançamento feito de importância menor. No caso de o valor ser lançado menor do que é, a correção pode ser feita através do estorno total e posterior lançamento correto, ou do lançamento complementar apenas da diferença do valor lançado para o que de fato é correto. Exemplo: A empresa Alfa adquiriu um veículo do fornecedor AutoCar no valor de $60.000,00 à vista em dinheiro. Lançamento efetuado: D- Veículos - $6.000,00 C- Caixa - $6.000,00 H.: Vlr referente compra de veículo, conforme NF nº290 do Fornecedor AutoCar. Lançamento complementar: D- Veículos - $54.000,00 C- Caixa - $54.000,00 H.: Vlr referente complemento da importância lançada à menor no dia xx/xx/20x1, referente compra de veículo, conforme NF nº290 do Fornecedor AutoCar. Lançamento de Transferência: regulariza o lançamento da conta debitada ou creditada indevidamente, através da transposição do valor para a conta adequada. – Transferência: é o lançamento que promove a regularização da conta indevidamente debitada ou creditada, através da transposição do valor para a conta adequada; Exemplo: A empresa Alfa adquiriu uma mesa para escritório do fornecedor Model Office no valor de $4.000,00 e a pagará a prazo. Lançamento efetuado: D- Máquinas e equipamentos - $4.000,00 C- Fornecedores - $4.000,00 H.: Vlr referente aquisição de mesa p/ escritório, conforme NF nº589 do Fornecedor Model Office. Lançamento de transferência: D- Móveis e utensílios - $4.000,00 C- Máquinas e equipamentos - $4.000,00 H.: Vlr referente transferência da importância lançada erroneamente no dia xx/xx/20x1, em conta de Máquinas e equipamentos. Ressalva: quando se tratar de um erro de redação observado antes mesmo do encerramento do respectivo lançamento, a retificação ocorre no próprio histórico. Ou seja, se o erro for verificado antes de se terminar de redigir o histórico do lançamento, basta se utilizar de alguma expressão do tipo: "digo", "isto é", "ou melhor", "aliás", "em tempo", etc. Vejamos um exemplo: D – Veículos R$20.000,00 C – Caixa R$ 20.000,00 H.: Referente à compra de um computador, digo, de um automóvel conforme nota fiscal nº 00053. Nos casos de borrões, rasuras, lacunas, saltos de linhas ou de páginas, a ressalva deve ser assinada por profissional registrado no CRC (Conselho Regional de Contabilidade). Os borrões, falhas de impressão e outros erros que comprometam APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 15 a autenticidade do Livro Diário, poderão ser sanados através de declaração, assinada pelo contador, tornando sem efeito aquela folha e refazendo, a seguir, os lançamentos ali contidos. Omissão de lançamentos: a omissão se dá por esquecimento. Ex.: Na época apropriada, o contabilista deixou de efetuar o registro de um fato, por um motivo qualquer. Passado algum tempo, ele verificou a omissão. Neste caso, a correção é simples. Basta efetuar o registro do fato no dia em que se verificou a omissão, mencionando, no histórico, a data de sua efetiva ocorrência e o motivo do atraso. Quando a omissão implicar falta de recolhimento de impostos, a empresa deverá providenciar os devidos recolhimentos, espontaneamente, acrescidos dos encargos correspondentes. Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido Ativo13 O Ativo faz parte das Contas Patrimoniais e compreende o conjunto de Bens e Direitos da organização (entidade, empresa), possuindo valores econômicos e podendo ser convertido em dinheiro (proporcionando ganho para a empresa). É a parte positiva da posição patrimonial e identifica onde os recursos foram aplicados. Representa os benefícios presentes e futuros para a empresa. As contas do Ativo são classificadas em ordem decrescente do grau de liquidez (de acordo com a rapidez com que podem ser convertidas em dinheiro). É um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem, no futuro, benefícios econômicos para a entidade. Ou seja, deve ser compreendido como o conjunto de recursos financeiros e econômicos que são administrados de forma a gerarem mais recursos financeiros e econômicos. A finalidade de uma empresa é o lucro, e o Ativo é a aplicação de bens e direitos de modo a produzir lucro. Para que algo possa ser considerado um ativo, é necessário que ele cumpra quatro requisitos: constituir bem oudireito para a empresa, ser de propriedade, posse ou controle da sociedade, ser mensurável monetariamente e trazer benefícios (ou expectativa de benefícios) para a empresa. O dinheiro é o ativo por excelência, pois é o meio de troca da economia e sua liquidez é plena. As contas deste grupo não se encerram com a apuração do resultado do exercício e podem ser debitadas ou creditadas, sendo o saldo sempre devedor (com exceção das Contas redutoras do ativo). O Ativo se divide em duas partes: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. a) Ativo Circulante: agrupa dinheiro e tudo o que será transformado em dinheiro rapidamente. São contas que estão constantemente em giro, movimento e circulação. Neste grupo são registrados os bens e direitos que a empresa consegue realizar (transformar) em dinheiro até o final do exercício seguinte, ou seja, no curto prazo. Abaixo algumas contas do Ativo Circulante: - Disponibilidades: compreendem valores existentes em Caixa e Bancos, assim como as aplicações de curtíssimo prazo e liquidez absoluta. Significa o que está disponível para a empresa, podendo ser utilizado a qualquer momento e para qualquer fim. As contas deste grupo estão a todo instante sendo movimentadas (entra e sai dinheiro). - Créditos: são direitos que a empresa tem a receber, como por exemplo Duplicatas a Receber, Títulos a Receber, entre outros recebíveis. 13 http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/BP_ativo8.php - Estoque: são as mercadorias para serem revendidas que a empresa possui. Essa conta registra o valor dos estoques na data do fechamento do balanço, como por exemplo Estoque de Produtos Acabados, Estoque de Mercadorias para Revenda, entre outros. - Outros Créditos: são as contas a receber que não se enquadram nos grupos anteriores, sendo contas de curto prazo, assim como as demais do Ativo Circulante, como por exemplo, Impostos a Recuperar, Adiantamentos a Funcionários, entre outras. b) Ativo não Circulante: são registrados os direitos que serão realizados (transformados em dinheiro) após o final do exercício seguinte (longo prazo), assim como os bens de uso (veículos, máquinas, etc.) e de renda da empresa (aluguéis, imóveis para vendas, etc.). Ou seja, no Não Circulante são incluídos todos os bens de natureza duradoura destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. Algumas das contas do Ativo não Circulante: - Realizável a Longo Prazo: são classificados neste grupo as contas de bens e direitos da empresa cujas realizações se darão no longo prazo (após o término do exercício seguinte). Também estão inseridas neste grupo as contas de direitos sem prazo de vencimento. Ou seja, quando não se determina o prazo de vencimento do direito, em contabilidade, entende-se como de longo prazo. São contas de natureza devedora, assim como as do Ativo Circulante, como por exemplo Aplicações Financeiras de Longo Prazo, Duplicatas a Receber de Longo Prazo, entre outras. - Investimentos: no grupo Investimentos são classificadas as participações e aplicações financeiras de caráter permanente, com o objetivo de gerar rendimentos para a empresa de forma que esses bens e direitos não sejam destinados à manutenção das atividades normais da companhia, como por exemplo Obras de Arte, Ouro, Participações Societárias, entre outras. - Imobilizado: no Imobilizado são classificados os bens e direitos de natureza permanente que serão utilizados para a manutenção das atividades normais da empresa, servindo a sua estrutura. A empresa não pretende vender os seus bens e direitos, ou seja, não há intenção de transformá-los em dinheiro. Caracterizam-se por se apresentarem na forma tangível (bens corpóreos), como por exemplo Imóveis, Máquinas e Equipamentos, Veículos, entre outros. - Intangível: são Intangíveis os bens que não podem ser tocados ou vistos, já que são incorpóreos (não tem corpo). Eles possuem valor econômico mas carecem de substância física (material), tendo o valor patrimonial nos direitos de propriedade imaterial que são conferidos a seus possuidores, como por exemplo Softwares, Marcas e Patentes, Licenças, Direitos Autorais, entre outros. Passivo14 O Passivo faz parte das Contas Patrimoniais e compreende as obrigações da organização, entidade ou empresa para com terceiros, por sua natureza e por sua expressão monetária. É a parte negativa do Patrimônio e identifica a origem dos recursos aplicados. As contas representam os recursos de terceiros que foram usados e são classificadas segundo a ordem decrescente de exigibilidade (são classificadas de acordo com o seu vencimento, através do curto e longo prazo). Ou seja, o Passivo se classifica de acordo com o prazo de realização das obrigações. As contas do Passivo podem ser debitadas ou creditadas, mas o seu saldo será sempre credor, com exceção das contas 14 http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/BP_passivo.php APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 16 redutoras do Passivo. Essas contas não se encerram com a apuração do resultado do exercício. O Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação. Já o passivo, simplificadamente, evidencia toda a obrigação (dívida) que a empresa tem com terceiros, por exemplo: contas a pagar, fornecedores de matéria-prima à prazo, impostos a pagar, financiamentos, empréstimos, etc. O Passivo é uma obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívida vencer, será exigida (reclamada) a liquidação da mesma. Por isso é mais adequado chamá-lo Passivo Exigível. a) Passivo Circulante: neste grupo, classificam-se as contas que representam obrigações da empresa para com terceiros no curso do exercício seguinte. Ex.: Salários a Pagar, Fornecedores, Impostos a Pagar, Empréstimos Bancários, etc. São as obrigações (dívidas) exigíveis que deverão ser pagas até o fim do exercício seguinte. Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não- circulante, quando se vencerem no exercício seguinte. No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo. a) Passivo não Circulante: neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem após o exercício seguinte. No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo, como por exemplo Fornecedores, Obrigações Trabalhistas, Empréstimos e Financiamentos, Obrigações Tributárias, entre outras. b) Exigível a Longo Prazo: são escriturados as obrigações a longo prazo, como por exemplo, Fornecedores a longo prazo, Financiamentos a longo prazo, entre outros Patrimônio Líquido15 O Patrimônio Líquido é formado pelo grupo de contas que registra o valor contábil pertencente aos acionistas ou quotistas. A partir de 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, para as sociedades por ações, a divisão do patrimônio líquido será realizada da seguinte maneira: Capital Social: o capital social representa os valores recebidos pela empresa, em forma de subscrição ou por ela gerados. A integralização do capital poderá ser feita por meio de moeda corrente ou bens e direitos. Reservas de Capital: a reserva de capital abrange as seguintes subcontas: - Reserva de Correção Monetária do Capital Realizado; - Reserva de Ágio na Emissão de Ações; - Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias; - Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição; - Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures; (excluída desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007); - Reserva de Doações e Subvenções para Investimento; (excluídadesde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007); - Até 31.12.2007, a Reserva de Incentivo Fiscal. A partir de 01.01.2008, respectiva reserva passa a fazer parte do grupo de Reservas de Lucros. Ajustes de Avaliação Patrimonial: é o resultado do valor da avaliação dos bens em relação ao seu valor justo. O valor 15 http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/pl.htm 16 IBRACON (NPC 27) justo é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, por duas partes dispostas a isso e independentes entre si Reservas de Lucros: as reservas de lucros são constituídas pelos lucros obtidos pela empresa, retidos com finalidade específica. Os lucros retidos com finalidade específica e classificados nesta conta são transferidos da conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados". Ações em Tesouraria: as ações ou quotas adquiridas pela companhia ou sociedade limitada serão registradas em conta específica redutora do Patrimônio Líquido, intitulada "ações ou quotas em tesouraria" Prejuízos Acumulados: os lucros ou prejuízos representam resultados acumulados obtidos, que foram retidos sem finalidade específica (quando lucros) ou estão à espera de absorção futura (quando prejuízos). Demonstrações Contábeis As Demonstrações Contábeis são uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões.16 Apresentaremos abaixo as Demonstrações do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício. Balanço Patrimonial17 O Balanço Patrimonial, dentre todas as demonstrações contábeis é uma das mais importantes para desvendar e evidenciar, quantitativa e qualitativamente o patrimônio, haja vista, todas as informações que são reveladas e as decisões estratégicas que eventualmente são tomadas. Contudo, trata- se de uma informação estática e que pode ser modificada no dia seguinte de sua divulgação. A legislação preconiza a elaboração e fechamento do balanço patrimonial no último dia do exercício, entretanto, para atender a legislação fiscal ou até mesmo terceiros, instituição financeira, o balanço patrimonial poderá ser elaborado mensalmente ou semestralmente. Quando, em circunstâncias excepcionais, a data do exercício social de uma entidade mudar e as demonstrações contábeis forem apresentadas por uma período mais longo ou mais curto que um ano, deve-se divulgar, além do período abrangido pelas demonstrações contábeis, as seguintes informações: - Razão para um período diferente de um ano; - E o fato de que os valores comparativos entre os períodos apresentados para as demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa (ou das origens e aplicações de recursos), bem com as notas explicativas relacionadas a essas demonstrações, não são comparáveis. A legislação determina que, no balanço, as contas sejam classificadas segundo os elementos do patrimônio que registram, agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da entidade. O balanço patrimonial é composto e representado graficamente pelos seguintes grupos-contas: - Ativo: que compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade, capazes de 17 RODRIGUES, Adenir Ortiz; PROENÇA, André Eduardo de; BUSCH, Cleber Marcel; GARCIA, Edino Ribeiro; TODA, William Haruo – Planejamento Contábil e Reorganização Societária – 2ª ed. São Paulo: IOB, 2013 APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 17 gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos; - Passivo: que compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para sua liquidação; - Patrimônio Líquido: que compreende os recursos próprios da Entidade, e seu valor é a diferença positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo. Exemplo de Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Passivo Exigível a Longo Prazo Investimentos PATRIMÔNIO LIQUIDO Imobilizado Capital Social Intangível Reserva de Capital Ajuste de Avaliação Patrimonial Reserva de Lucros Ações em Tesouraria Prejuízos Acumulados DICA: O Balanço Patrimonial e sua estrutura está discriminado na Lei das S.A. - Lei 6404/76 Artigo 178 SEÇÃO III Demonstração do Resultado do Exercício18 É na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) que aparecerão todas as contas de Receitas e Despesas do período, que são contas transitórias, ou seja, ao final do período de apuração estarão com seus saldos zerados. A DRE tem por objetivo evidenciar a situação econômica da entidade em um determinado período por meio da apuração do resultado do exercício (lucro ou prejuízo) Além disso, a DRE é uma demonstração dedutiva e dinâmica, mostrando o cálculo do resultado do exercício, enquanto o Balanço Patrimonial é uma é uma demonstração estática, pois mostra a situação patrimonial em um dado momento. Portando, a demonstração do resultado destina-se a evidenciar a composição do resultado formado em determinado período de operações da entidade. De acordo com o pronunciamento CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis, aprovado pela Resolução CPF nº 1.185/2009, alterado pela Resolução CFC nº 1.376/2011, a demonstração do resultado do período deve, no mínimo, indicar as seguintes rubricas, obedecidas também as determinações legais. - Receitas; - Custos dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos; - Lucro bruto; - Despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais; - Parcela dos resultados da empresa investidas reconhecidas por meio do método de equivalência patrimonial (ganho de equivalência patrimonial e perda de equivalência patrimonial); - Resultado antes das receitas e despesas financeiras; - Despesas e receitas financeiras; - Resultados antes dos tributos sobre o lucro; - Despesa com tributo sobre o lucro; - Resultado líquido das operações continuadas; - Valor líquido dos seguintes itens: 18 MORAES, Júnior, José Jayme – Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada e Análise das Demonstrações Contábeis – 5ª ed – Rio de Janeiro – Impetus : 2016 Resultado líquido após tributos das operações descontinuadas; Resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas de vendas ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativo à disposição para venda que constituem a unidade operacional descontinuada; Resultado líquido do exercício. DICA: o resultado do período é o total das receitas deduzido das despesas, exceto os itens reconhecidos como outros resultados abrangentes ao patrimônio líquido. Operação descontinuada corresponde ao componente da entidade que foi baixado ou está classificado como mantido para venda e: - Representa uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; - É parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; - É uma controlada adquirida exclusivamente com objetivo de revenda. Ou seja, são ativos imobilizados que a empresa de uma linha separada de negócios ou área geográfica de operações que ficaram obsoletos ou descontinuados e foram colocados à venda ou um investimento em controlada adquirido com o objetivo de revenda. Receita operacional bruta: é a somatória de todas as vendas ou serviços que foram efetuados e que tenham sido faturados, ou seja, que tenham gerado a emissão de umanota fiscal em determinado período, obedecendo ao princípio da competência. Dedução da receita bruta: são representadas pelas contas de devolução (vendas canceladas), abatimentos, descontos comerciais e impostos incidentes sobre venda de produtos ou serviços. Para efeito de análise, as receitas não são demonstradas de forma líquida, ou seja, registram-se as receitas na forma bruta e, em separado, suas respectivas deduções. Devolução ou vendas canceladas: correspondem à anulação de valores registrados como receita, decorrentes do cancelamento de vendas, devoluções totais ou parciais, quebras ou avarias na mercadoria vendida, pela não concretização da entrega dos produtos ou pela má qualidade na prestação de serviços. Abatimentos: também conhecidos como descontos incondicionais, são concedidos aos clientes quando, após a entrega do produto, este apresenta defeitos de qualidade, caracterizados por quebras ou avarias, por exemplo. Esses descontos não podem ser confundidos com descontos financeiros, nem tampouco com descontos de preço de venda (promoções). Impostos incidentes sobre vendas de produtos e prestação de serviços: também serão deduzidos da receita bruta, pois são os que guardam proporcionalidade com o preço da venda efetuada ou do serviço prestado. São exemplos de impostos incidentes sobre o faturamento: IPI: Imposto sobre produtos Industrializados (União); PIS: Programa de Integração Social (União); COFINS: Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (União); APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 18 ICMS: Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal, de Comunicação e Energia Elétrica (Estado); ISSQN: Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (Município). Receita operacional líquida: constitui a base de cálculo para a análise das receitas efetivamente realizadas pela empresa em determinado período. Evidencia o valor da venda líquida de bens e serviços, oriundos da atividade da empresa, subtraindo as deduções incidentes sobre a receita bruta (faturamento). Custos: os custos a serem atribuídos como CMV, CSP ou CPV no exercício devem ser correspondentes às receitas de vendas dos produtos e serviços reconhecidos como tal no mesmo período, obedecendo ao princípio da competência. Cálculo do Custo da Mercadoria Vendida – CMV CMV= EI + C – EF Onde: CMV = Custo das Mercadorias Vendidas EI = Estoque Inicial C = Compras EF = Estoque Final (inventário final) Cálculo do Custo do Serviço Prestado (CSP) CSP = Sin + (MO + GDS + GIS) – Sfi Onde: CSV = Custo dos Serviços Vendidos Sin = Saldo Inicial dos Serviços em Andamento MO = Mão de Obra Direta aplicada nos serviços vendidos GDS = Gastos Diretos (locação de equipamentos, subcontratações, etc.) aplicados nos serviços vendidos GIS = Gastos Indiretos (luz, mão de obra indireta, depreciações de equipamentos, etc.) aplicados nos serviços vendidos Sfi = Saldo Final dos Serviços em Andamento Cálculo do Custo do Produto Vendido – (CPV) CPV = EI + (In + MO + GGF) – EF Onde: CPV = Custo dos Produtos Vendidos EI = Estoque Inicial In = Insumos (matérias primas, materiais de embalagem e outros materiais) aplicados nos produtos vendidos MO = Mão de Obra Direta aplicada nos produtos vendidos GGF = Gastos Gerais de Fabricação (aluguéis, energia, depreciações, mão de obra indireta, etc.) aplicada nos produtos vendidos EF = Estoque Final (inventário final) Lucro bruto ou resultado bruto: de acordo com o artigo 187, item II, da Lei nº 6.404/76, deve ser computado na DRE o custo das mercadorias e serviços vendidos ou prestados no exercício, que deduzido das receitas correspondentes, gera o Lucro Bruto. Despesas operacionais: segundo a Lei das S.A. – Lei 6.404/76, as despesas operacionais correspondem ao esforço financeiro necessário para que a empresa possa funcionar, ou seja, financiar suas atividades de vendas, produção e prestação de serviços. Constituem as despesas pagas ou incorridas no período (princípio da competência). Não estão relacionadas a elas aquelas alocadas na fabricação de produtos ou na prestação dos serviços, pois estas compõem os custos das mercadorias ou dos serviços. Despesas de Vendas: têm a função de registrar as despesas com a comercialização dos produtos, mercadorias ou serviços para atender aos objetivos da empresa. São alguns exemplos de despesas com vendas: - Despesas com pessoal de vendas; - Marketing; - Distribuição; - Administrativo interno de vendas; - Comissões sobre vendas; - Propaganda e publicidade; - Garantia de produtos; - Despesas com estimativas de perdas com duplicatas derivadas de vendas a prazo (provisão para devedores duvidosos), etc. Despesas administrativas: representam os gastos pagos ou incorridos necessários para arcar com despesas para a gestão ou direção da empresa. Sua função é registrar, em cada conta específica, as despesas com a administração do negócio para atender aos objetivos da empresa. Dentre as despesas administrativas mais comuns, temos; - Honorários da administração; - Salários e encargos do pessoal administrativo; - Despesas legais e judiciais; - Material de escritório; - Depreciação de móveis e utensílios; - Seguro do escritório; - Energia elétrica; - Telefone, etc. Resultados financeiros líquidos: o art. 187 da Lei das S.A. – Lei nº 6.404/76 define como despesas operacionais as despesas financeiras deduzidas das receitas, ou seja, as receitas financeiras deverão ser compensadas das despesas financeiras. (=) Resultados Financeiros Líquidos (+) Receitas Financeiras (-) Despesas Financeiras Receitas Financeiras: são receitas geradas em função de: - Descontos obtidos - Juros recebidos - Rendimentos de aplicações financeiras (fundos de investimentos, por exemplo). Despesas Financeiras: são caracterizadas por serem despesas decorrentes da necessidade de Capital de Giro ou do financiamento do Ativo: - Juros pagos; - Descontos concedidos; - Despesas bancárias (IOF, manutenção da conta corrente, dentre outras, por exemplo) Outras Receitas e Despesas Operacionais: são as chamadas atividades acessórias do objetivo social da empresa. Compõem-se de itens que não são provenientes da atividade fim da empresa, tais como: - Participação nos resultados de coligadas e controladas pelo método de equivalência patrimonial; - Dividendos e rendimentos de outros investimentos; - Amortização de ágio ou deságio de investimentos; - Vendas diversas que não correspondem à atividade fim da empresa (venda de sucatas). APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 19 Resultado operacional antes do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) - lucro ou prejuízo: o resultado obtido até este ponto na DRE constitui base de cálculo da Provisão para Imposto de Renda e da Provisão para Contribuição Social. Caso o resultado obtido seja negativo, caracterizando prejuízo em sua movimentação, não haverá incidência de IR e CSLL. Para o cálculo do imposto de renda a pagar, que deverá ser recolhido pela empresa, a base de cálculo (lucro tributável) é denominada Lucro Real, que será obtido mediante a escrituração do livro fiscal denominado LALUR - Livro de apuração do Lucro Real. Nesse livro, registram-se os ajustes necessários (adições e exclusões ou compensações) de acordo com a legislação vigente. Participações e Contribuições: após a apuração do "Resultado depois do IR e CSLL", deve-se calcular e deduzir outras participações do resultado, tais como dos empregados, administradores e de assistência ou previdência do empregado. Essas participações normalmente estão previstas no estatuto da empresa. Resultado líquido do exercício (lucro ou prejuízo): o Resultado Líquido corresponde ao resultado final do exercício"à disposição" dos proprietários (sócios ou acionistas) que, apoiados em determinações legais e estatutárias, determinam a forma como será feita a sua distribuição. O saldo remanescente integrará o Patrimônio Líquido da empresa nas contas Reservas de Lucros - caso ocorra lucro - e Prejuízos Acumulados - caso ocorra prejuízo. Exemplo de DRE RECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas de Produtos Vendas de Mercadorias Prestação de Serviços (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Devoluções de Vendas Abatimentos Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (-) CUSTOS DAS VENDAS Custo dos Produtos Vendidos Custo das Mercadorias Custo dos Serviços Prestados (=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO (-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Com Vendas Despesas Administrativas (-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS Despesas Financeiras (-) Receitas Financeiras Variações Monetárias e Cambiais Passivas (-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas OUTRAS RECEITAS E DESPESAS Resultado da Equivalência Patrimonial Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante (-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante (=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO (-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro (=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES (-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Questões 01. (TRE/BA - Técnico Judiciário - CESPE) No que se refere à escrituração, o lançamento que consiste na regularização da conta indevidamente debitada ou creditada com a transposição do registro para a conta adequada é denominado (A) transferência. (B) estorno. (C) retificação. (D) complementação. (E) ressalva. 02. (UFPA - Técnico em Contabilidade - UFPA) Enquanto procedimento básico em contabilidade, o registro contábil a débito de uma conta indica Aumento de valor em se tratando de contas de ativo e diminuição de valor em caso de contas de passivo. Diminuição de valor no caso de contas de ativo e aumento de valor em caso de contas de passivo. Aumento de valor no caso de registro de receitas e diminuição de valor no caso de registro de despesas. Variação positiva em caso de contas de patrimônio líquido. Aumento de valor em caso de contas que indiquem exigibilidades. 03. (Câmara de Boa Vista das Missões/RS - Contabilista do Legislativo Municipal - IOPLAN) Determinado contador, enquanto efetuava um lançamento no livro diário, escreveu erroneamente o número da nota fiscal. Tal fato foi por ele percebido de imediato. Nesse caso, é correto afirmar que o contador deverá: (A) Realizar um lançamento de estorno. (B) Fazer uma transferência numérica da nota fiscal. (C) Estabelecer uma ressalva, caso não concluído o lançamento. (D) Estabelecer uma complementação. 04. (TRT 10° Região - Analista Judiciário - CESPE) O balanço patrimonial e o de resultado econômico devem ser lançados no livro razão. Ambos têm de ser assinados por técnico em ciências contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária. ( ) Certo ( ) Errado 05. (TRE/BA - Técnico Judiciário - CESPE) A pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá manter o livro razão ou fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no livro diário. Com relação ao livro razão, assinale a opção correta. (A) É obrigatória a escrituração do livro razão por qualquer pessoa jurídica. (B) A escrituração do livro razão deverá ser individualizada, obedecendo-se à ordem cronológica das operações. (C) O livro razão, com escrituração sintética, é auxiliar do livro diário. (D) São dispensados no livro razão os termos de abertura e de encerramento. (E) As entidades comerciais que adotem escrituração completa estão obrigadas a autenticar o livro razão. Gabarito 01.A / 02.A / 03.C / 04.Errado / 05.B APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 20 PATRIMÔNIO – COMPONENTES, EQUAÇÃO E SITUAÇÃO19 O patrimônio é formado pelos bens direitos e obrigações de uma pessoa jurídica ou física, ou seja, para a contabilidade o patrimônio tem sentido amplo: por um lado, significa o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa; por outro lado, inclui as obrigações a serem pagas. Componentes Patrimoniais Os componentes do Patrimônio são os Bens, os Direitos e as Obrigações. Os bens podem ser: Tangíveis – têm forma física e são palpáveis Intangíveis – bens incorpóreos, isto é, não palpáveis não constituídos de matéria: as marcas e patentes por exemplo. Imóveis – são aqueles vinculados ao solo, que não podem ser retirados sem destruição ou danos: edifícios, construções árvores etc. Móveis – são aqueles que podem ser removidos por si próprios ou por outras pessoas: animais, máquinas, equipamentos, estoques de mercadorias etc. Vamos admitir que você tivesse de avaliar seu lar, sua casa. Seria fácil somar o valor dos eletrodomésticos, dos utensílios, dos móveis... dos bens tangíveis, enfim. Entretanto, algo muito precioso, talvez o mais importante, você não pode avaliar monetariamente: o amor, a comunhão entre os membros de sua família. Estes são os bens intangíveis. Direitos O ‘Direito’ é melhor definido como algo a exigir de terceiros. Em relação a uma empresa, o seu direito a receber mais comum é resultado das suas vendas a prazo, ou seja, quando ela vende mercadorias a outras empresas, governos, as pessoas, e o comprador não efetua o pagamento no ato, mas se compromete a fazê-lo numa data futura. A expressão ‘a Receber’ é uma característica presente nas contas patrimoniais de Direito da Empresa, como por exemplo Duplicatas a Receber. Obrigações As Obrigações são o contrário dos Direitos, ou seja, são as dívidas com terceiros, o termo Obrigação está relacionada justamente com a obrigação de realizar o pagamento. A expressão ‘a Pagar’ é uma característica presente nas contas patrimoniais de Obrigação da Empresa, como por exemplo Duplicatas a Pagar. Na contabilidade, o lado esquerdo do quadro, BENS + DIREITOS, é chamado de ATIVO e o lado direito, OBRIGAÇÕES, é chamado de PASSIVO. Como veremos, a diferença entre os valores totais do ATIVO e do PASSIVO, como a que se pode calcular no exemplo abaixo, é conhecida como SITUAÇÃO LÍQUIDA ou PATRIMONIO LÍQUIDO – PL. Ativo Passivo Bens + Direitos Valor Obrigações Exigíveis Valor Bens xxxxxx Obrigações xxxxxxx Direitos xxxxxx 19 FAHL; C, A. MARION; C, J. Contabilidade Financeira. 2ª Edição. Valinhos: anhanguera Publicações Ltda, 2013. 280p. Ativo ATIVO é o conjunto de bens e direitos à disposição das empresas ou, dito de outra maneira, é conjunto de bens e direitos sobre os quais a empresa tem CONTROLE. As DUPLICATAS A RECEBER, os TÍTULOS A RECEBER etc. são DIREITOS DE PROPRIEDADE da empresa; por isso, pertencem ao ATIVO. De maneira geral, um item do ativo é registrado pelo seu preço de aquisição ou fabricação, ou seja, pelo CUSTO HISTÓRICO ou VALOR ORIGINAL. Passivo O PASSIVO corresponde às obrigações exigíveis da empresa, isto é, as dívidas que serão cobradas, reclamadas pelos seus credores (terceiros) a partir da data de seu vencimento. Patrimônio Líquido ou Situação Líquida Da soma dos bens e dos direitos, subtraem-se as obrigações, cujo resultado é a RIQUEZA LÍQUIDA, ou seja, a parte que sobra do PATRIMÔNIO para a pessoa ou para a empresa. Esse sobra do PATRIMÔNIO é denominada PATRIMÔNIO LÍQUIDO – PL, ou SITUAÇÃO LIQUIDA. Dessa maneira, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO é a medida eficiente da verdade riqueza, e sua equação pode ser ilustrada conforme abaixo: Patrimônio x Capital Como vimos o Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações. Já o Capitalé o conjunto de recursos que estão à disposição da empresa, por parte de terceiros ou pelos proprietários. O Capital representa uma constituição diria de valores. No início da organização, na maiorias das constituições, é utilizado como investimento inicial efetuado pelos sócios, possibilitando a funcionalidade dos negócios da organização e esse capital faturamento sendo correspondido como o patrimônio. Equação Fundamental do Patrimônio e Situação Líquida PATRIMÔNIO LÍQUIDO = BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES Ou simplesmente, PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO – PASSIVO Observe que há situações em que o PATRIMÔNIO é grande, mas as obrigações superam os bens e os direitos; nesse caso, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO É NEGATIVO, isto é, NÃO HÁ RIQUEZA, a situação da empresa é péssima, como no exemplo abaixo, com dados que mostram um PATRIMÔNIO de parte para a CIA. TIJUCA: Cia. Tijuca.........................(Em milhares de reais) Ativo Passivo Bens 650 Obrigações 980 Direitos 250 Patrimônio Líquido (80) No entanto, apesar do porte do PATRIMÔNIO, neste exemplo a RIQUEZA LÍQUIDA É NEGATIVA: PL = ATIVO (BENS + DIREITOS) – PASSIVO EXIGÍVEL (OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS) (80) = 900 - 980 APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 21 Em outras situações, ainda que positivo, o PL de uma empresa é pouco significativo em relação ao seu PATRIMÔNIO. Por exemplo: Cia. Tijuca.....................(Em milhares de reais) Ativo Passivo Bens 1.830 Obrigações 4.500 Direitos 2.800 Patrimônio Líquido 130 A análise dos dados mostra que se a Cia. Tijuca recebesse todos os seus direitos e vendesse todos os seus bens, daria para pagar a dívida mas sobraria um montante irrelevante. PL = ATIVO (BENS + DIREITOS) – PASSIVO EXIGÍVEL (OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS) 130 = 4.630 – 4.500 No entanto, é um dado fundamental que o PATRIMÔNIO LÍQUIDO, os R$ 130 mil da Cia. Tijuca, significa exatamente quanto os seus proprietários (donos, sócios) nela investiram. Toda empresa necessita de uma quantia inicial de recursos (normalmente dinheiro) para efetuar suas primeiras aquisições, seus primeiros pagamentos e outras obrigações. Os proprietários, então aplicam suas poupanças pessoais com o objetivo de proporcionar à empresa os meios necessários ao início do negócio. Essa quantia inicial concedida pelos proprietários denomina-se, contabilmente, CAPITAL SOCIAL. Este capital poderá a qualquer momento ser aumentado. Por exemplo, a Cia. Beta, constituída por dois sócios, inicialmente contabiliza um CAPITAL SOCAIL (correspondente aos investimentos dos sócios) de R$ 500 mil. Com estes recursos, a Cia. Beta compra um prédio para sua sede e compra ainda R$ 200 mil de mercadorias, a prazo, para pagar em 60 dias. A contabilidade mostrará a seguinte situação: Cia. Beta........................(Em milhares de reais) Ativo Passivo Mercadoria 200 Fornecedores 200 Prédio 500 Capital Social 500 PL = ATIVO (BENS + DIREITOS) – PASSIVO EXIGÍVEL (OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS) 500 = 700 – 200 Outras Situações Patrimoniais 1 – ATIVO = PATRIMONIO LÍQUIDO. Esta equação retrata a melhor situação para as empresas pois não há nenhuma obrigação com terceiros e o seu PASSIVO é igual a zero. Na prática, dificilmente encontraremos empresas nesta situação. 2 – ATIVO = PASSIVO. Nesta situação, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO é igual a zero; a empresa não tem recursos próprios (CAPITAL PRÓPRIO). Considerando que, legalmente, todas as empresas têm CAPITAL SOCIAL, presume-se que esta situação é difícil de ocorrer. 3 – ATIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO = PASSIVO. Nesta situação, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO é deficitário; os PREJUÍZOS tornaram o PATRIMÔNIO LÍQUIDO negativo. Num jargão popular, dizemos, nessa situação, que a empresa está com seu PASSIVO A DESCOBERTO. 4 - PATRIMO LÍQUIDO = PASSIVO. Nesta situação, o ATIVO é igual a zero, existem somente OBRIGAÇÕES. Uma situação impossível, pois se há ORIGENS tem de haver APLICAÇÕES. 5 – ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Esta situação é chamada EQUAÇÃO DO EQUILÍBRIO PATRIMONIAL e é nesta situação que se encontra a maioria das empresas. Representação Gráfica – Estrutura Como o ATIVO e PASSIVO consistem o PATRIMÔNIO (BENS DIREITOS e OBRIGAÇÕES), a seguinte REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO é conhecido como BALANÇO PATRIMONIAL: Balanço Patrimonial ATIVO (APLICAÇÕES) PASSIVO (ORIGENS) ------------------ -------- XXXXX -------------------------- XXXXX ------------------ -------- XXXXX PATRIMÕNIO LÍQUIDO (ORIGENS) ------------------ -------- XXXXX -------------------------- XXXXX Total XXXXX Total XXXXX Capital - Definição dos Vários Termos Empregado em Contabilidade De maneira geral, o termo CAPITAL significa “recursos” e pode ser adjetivado de várias maneiras, dependendo como se configura: Capital Próprio – são os recursos (financeiros ou materiais) dos proprietários (sócios ou acionistas) aplicados na empresa. Capital de Terceiros – são os recursos (financeiros ou materiais) de outras pessoas, estranhas à empresa (física ou jurídicas), aplicados na empresa. Capital Nominal ou Capital Declarado – contabilmente, são os recursos que os proprietários investem inicialmente na empresa. Capital subscrito – são os recursos que os sócios (ou acionistas) se comprometem a investir na empresa (aquilo que foi assinado, comprometido). Este compromisso surge no papel, no contrato social (no BOLETIM DE SUBSCRIÇÃO) assinado pelos sócios (ou acionistas). Capital Integralizado ou Capital Realizado – quando os sócios (ou acionistas) cumprem o contrato firmado (no ato da subscrição), fornecendo dinheiro ou outros bens à empresa, ou seja realizam o capital. Capital a Integralizar ou Capital a Realizar – é a parte (ou parcela) do capital comprometido (subscrito) ainda não realizado, ou seja, os sócios (ou acionistas) ainda não entregaram os bens prometidos para a empresa. Capital Autorizado – limite previsto em estatuto para futuras subscrições de capital sem que haja a necessidade de alteração estatutária, para as empresas cujo capital é constituído por ações (sociedades por ações, impropriamente chamadas de sociedades anônimas). Capital Total à Disposição da Empresa – é a soma do CAPITAL próprio com o CAPITAL DE TERCEIROS. Também conhecido como RECURSOS TOTAIS. Capital Aplicado – corresponde ao ATIVO TOTAL. É o LADO ESQUERDO DO BALANÇO (as APLICAÇÕES dos recursos). Capital Imobilizado – corresponde ao ATIVO PERMANENTE IMOBILIZADO. São os recursos destinados a manter a atividade operacional da empresa. Capital Fixo – corresponde ao ATIVO PERMANENTE TOTAL (que não se destina a venda). São os recursos investidos para garantir a atividade operacional, portanto, não sujeitos a movimentações frequentes, como a compra de mercadorias para revenda etc. APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 22 Questões (IPEM/RO – Contador – FUNCAB) Partindo da denominada equação contábil básica, pode-se concluir que: (A) O Patrimônio Líquido poderá ser positivo ou negativo, mas nunca será nulo. (B) O Ativo não poderá ser menor do que o Passivo. (C) O Ativo nunca será menor que o Patrimônio Líquido. (D) O Patrimônio Líquido é sempre superior ao Passivo. (E) O Passivo poderá ser negativo. (UFU/MG – Contador – UFU/MG) Assinale a equação patrimonial representativa de passivo a descoberto. (A) Ativo = Passivo + Patrimônio Liquido (B) Ativo = Passivo (C) Patrimônio Líquido = Ativo (D) Passivo = Ativo + Patrimônio Liquido (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO) Sabendo-se que A = Ativo; P = Passivo e PL = Patrimônio Líquido, na equação patrimonial, ocorrerá situação patrimonial nula quando (A) A + P = PL. (B) A + PL = P. (C) A = P. (D) A = PL. (E) A = P + PL. Gabarito 01. C / 02. D / 03. C ESTOQUES CONTÁBIL20 Os estoques representam um dos ativos mais importantes da empresa e, por isso, a sua corretadeterminação no início e no fim do período contábil é essencial para apuração do lucro líquido do exercício. Itens Integrantes dos Estoques A contabilização das compras de itens dos estoques deve ocorrer no momento da transmissão do direito de propriedade dos mesmos. Assim, para determinar se os itens integram ou não a conta de estoques, deve-se ter em conta o direito de sua propriedade, e não a sua posse física. Os estoques estão representados basicamente por: mercadorias para revenda, produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas, almoxarifado, importações em andamento e adiantamentos a fornecedores de estoques, observando-se que serão também considerados: a) os itens existentes fisicamente em estoques, excluindo- se aqueles que estão fisicamente na empresa, mas não são de propriedade da empresa, tais como aqueles recebidos em consignação, para conserto, etc. b) os itens adquiridos, mas que estão em trânsito, (compras em trânsito) para as instalações da empresa, com cláusula FOB no ponto de embarque, na data do balanço; c) os itens de propriedade da empresa que estão em poder de terceiros para conserto, consignação, beneficiamento ou armazenamento; d) itens em trânsito para um cliente com cláusula FOB no destino; Por outro lado, não devem ser incluídos na conta estoque, na data do balanço: 20 Manual de Contabilidade. Disponível em: https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad =rja&uact=8&ved=0CB0QFjAAahUKEwjgqr7l4PvGAhXGmYAKHU22AGQ&url=htt p%3A%2F%2Fwww.ccontabeis.com.br%2FTrabalho%2FManual%2520de%252 a) as compras em trânsito, quando as condições são de sua entrega na fábrica ou em outro lugar designado pela empresa (FOB-destino); b) as mercadorias recebidas de terceiros em consignação, depósito, etc.; c) os materiais comprados, mas sujeitos a aprovação, que somente serão integrados ao estoque após a aprovação. Classificação Contábil dos Estoques O termo "estoque" refere-se a todos os bens tangíveis mantidos para venda ou uso próprio no curso ordinário de negócio, bens em processo de produção para venda ou para uso próprio ou que se destinam ao consumo na produção de mercadorias para venda ou uso próprio. Seguindo o conceito de liquidez, o subgrupo estoques classifica-se no Circulante, após o subgrupo Outros Créditos. Todavia, poderão haver casos de empresas que tenham estoques cuja realização ultrapasse o exercício seguinte, assim deve haver a reclassificação dos estoques para o Realizável a Longo Prazo, em conta à parte. -Produtos Acabados: Nessa conta são registrados os produtos terminados e oriundos da própria fabricação da empresa, disponível para venda, podendo ser estocados na fábrica, depósitos de terceiros ou filiais. Essa conta é debitada pela transferência da conta produtos em elaboração e creditada por ocasião das vendas ou transferências para outro estabelecimento da empresa. -Mercadorias Para Revenda: Representa os produtos adquiridos de terceiros para revenda, acabados e que não sofrem nenhum processo de transformação na empresa. -Matérias-Primas: Engloba todos os materiais a serem utilizados ou transformados no processo produtivo. -Material de Embalagem: Abriga os itens de estoque que se destinam à embalagem ou acondicionamento dos produtos para venda. -Manutenção e Suprimento: Nessa conta são registrados os valores relativos aos estoques de peças para manutenção de máquinas, equipamentos, edifícios, etc., que serão utilizados em consertos. No caso de troca de peças mediante baixa da peça anterior, o valor das peças será agregado ao imobilizado e não apropriado como despesas. -Importação em Andamento: Serão registrados nessa conta os custos incorridos relativos às importações em andamento de matérias-primas ou itens destinados ao estoque. - Almoxarifado e Bens de Consumo Eventual: Nessa conta são registrados itens de estoque de consumo geral, tais como: material de escritório, produtos de higiene, produtos para alimentação dos funcionários, etc. É comum as empresas lançarem tais valores como despesas no momento da compra, mantendo à parte, um controle quantitativo, uma vez que tais itens, na maioria das vezes, representam uma quantidade muito grande de itens, mas de pequeno valor, não afetando os resultados. Poderá ser registrado diretamente como custo de produção a aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor não exceda a 5% (cinco por cento) do custo total dos produtos vendidos no exercício social anterior. 0Contabilidade_Parte_I.doc&ei=oV- 2VaDWBMazggTN7IKgBg&usg=AFQjCNG9Eqgc_ZQmnyt-ZBUqkzJMA- Yl4A&sig2=EBDzx8HkqZbhlxsack1aSw&bvm=bv.98717601,d.eXY. APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 23 Bens de consumo eventual são aqueles de uso imprevisível ou de frequência irregular ou esporádica no processo produtivo, tais como (PN CST nº 70/79): a) materiais destinados a restaurar a integridade ou a apresentação de produtos danificados; b) materiais e produtos químicos para testes; c) produtos químicos e outros materiais para remoção de impurezas de recipientes utilizados no processo produtivo; d) embalagens especiais utilizadas, por exemplo, para atender determinadas necessidades de transporte; e) produtos para retificar deficiências reveladas pelas matérias-primas ou produtos intermediários; f) materiais destinados ao reparo de defeitos ocorridos durante a produção; g) produtos a serem utilizados em serviço especial de manutenção. -Adiantamento a Fornecedores: Os adiantamentos efetuados a fornecedores de matéria-prima ou produto para revenda são registrados nessa conta; a baixa será efetuada por ocasião do efetivo recebimento, registrando-se o custo total na correspondente conta do estoque, e caso haja saldo a pagar, na conta fornecedores, no passivo circulante. -Provisão Para Ajuste do Estoque ao Valor de Mercado: O custo de aquisição ou produção dos bens existentes na data do balanço deverá ser ajustado ao valor de mercado, mediante a constituição de uma provisão, quando este for menor, que será classificada como conta redutora do subgrupo estoques. Para constituição da provisão é necessário que se especifique, item por item, os bens que, comprovadamente, estejam com preço de mercado inferior ao seu custo. Segundo o artigo 183 da Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76), considera-se valor de mercado: a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado; e b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro. Para fins fiscais, esta provisão passou a ser indedutível para efeito de apuração do lucro real a partir de 01.01.96 (Lei nº 9.249/95, art. 13, I). -Provisão Para Perdas em Estoques: As quebras e perdas conhecidas em estoques ou calculados por estimativa, relativas a estoques obsoletos ou que se perdem ou evaporam no processo produtivo, podem ser ajustadas mediante a constituição da provisão para perdas em estoques, classificada com redutora do subgrupo estoques, tendo como contrapartida uma conta de despesa no resultado, não dedutível para efeitos fiscais. Critérios de Avaliação dos Estoques Para elaboração de balanços e apuração de resultados são necessários o levantamento e a avaliação dos estoques de mercadorias para revenda, matérias-primas, materiais de embalagem, produtos acabados e produtos em elaboração da pessoa jurídica. De acordo com o item II do artigo 183 da Lei das S/A, "os direitos que tiverem por objeto mercadoria e produtos do comércio da companhia, assim como matéria-prima, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, serão avaliados pelo custo de aquisição ou produção, deduzido da provisão para ajustá-lo ao valor de mercado quando este for inferior". A apuraçãoe determinação dos custos dos estoques é um dos aspectos mais complexos da área contábil, não só pelo fato de ser um ativo significativo, mas pelo reflexo que produz na apuração dos resultados. Composição do Custo de Aquisição O custo de mercadorias para revenda, assim como o das matérias-primas e outros bens de produção compreende, além do valor pago ao fornecedor, o valor correspondente ao transporte (fretes) e seguro e dos tributos devidos na aquisição ou na importação, excluídos os impostos recuperáveis através de crédito na escrita fiscal. As mercadorias ou bens importados têm seu custo avaliado por todos os valores dispendidos até a data da entrada no estabelecimento importador, tais como taxas bancárias, gastos com desembaraço aduaneiro, honorários de despachante, etc. Apuração do Custo Como regra geral, a pessoa jurídica deverá promover ao final de cada exercício, o levantamento e avaliação dos estoques, adotando-se os seguintes critérios, conforme o caso: a) pelo custo médio ponderado; ou b) pelo custo dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente (PEPS - primeiro a entrar, primeiro a sair); c) pelo preço de venda, subtraída a margem de lucro; d) pelo custo da última mercadoria que entrou - UEPS - último a entrar, primeiro a sair. Observe-se que não é permitida, pela legislação do Imposto de Renda, a avaliação dos estoques pelo método UEPS - último a entrar, primeiro a sair. I - Custo Médio Ponderado Este sistema consiste em avaliar o estoque pelo custo médio de aquisição, apurado em cada entrada de mercadorias ou matéria-prima, ponderado pelas quantidades adicionadas e pelas anteriormente existentes. Demonstramos, na ficha de estoque, abaixo, o método de avaliação pelo custo médio: APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 24 Data Histórico ENTRADAS SAÍDAS SALDO Quant Custo Histórico R$ Total R$ Quant Custo Médio R$ Total R$ Quant Custo Médio R$ Total R$ 05.06 Compra 20 50.00 1.000,00 - - - 20 50,00 1.000,00 12.06 Compra 20 55,00 1.100,00 - - - 40 52,50 2.100,00 18.06 Venda - - - 10 52,50 525,00 30 52,50 1.575,00 28.06 Compra 20 100,00 2.000,00 - - - 50 71,50 3.575,00 30.06 Venda - - - 30 71,50 2.145,00 20 71,50 1.430,00 Totais 60 - 4.100,00 40 - 2.670,00 20 71,50 1.430,00 De acordo com o PN CST nº 06/79, o Fisco admite que as saídas sejam registradas unicamente no final do mês, desde que avaliadas ao preço médio, sem considerar a baixa para fins de cálculo daquele custo médio. Assim, com base nos dados da ficha de estoque anterior, teremos: Data Histórico ENTRADAS SAÍDAS SALDOS Quant. Custo Unitário R$ Total R$ Quant. Custo Unitário R$ Total R$ Quant. Custo Unitário R$ Total R$ 05.06 Compra 20 50,00 1.000,00 - - - 20 50,00 1.000,00 12.06 Compra 20 55,00 1.100,00 - - - 40 52,50 2.100,00 28.06 Compra 20 100,00 2.000,00 - - - 60 68,34 4.100,00 30.06 Vendas no Mês - - - 40 68,34 2.733,60 20 68,34 1.366,40 Totais 60 4.100,00 40 2.733,60 20 68,34 1.366,40 II - PEPS - Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair Por este método, as saídas do estoque são avaliadas pelos respectivos custos de aquisição, pela ordem de entrada, resultando que o estoque ficará sempre avaliado aos custos das aquisições mais recentes (últimas compras). Neste caso, a ficha de estoque mostraria os seguintes valores: Data Histórico ENTRADAS SAÍDAS SALDO Quant. Custo Unitário R$ Total R$ Quant. Custo Unitário R$ Total R$ Quant. Custo Unitário R$ Total R$ 05.06 Compra 20 50,00 1.000,00 - - - 20 50,00 1.000,00 12.06 Compra 20 55,00 1.100,00 - - - 20 20 ______ 40 50,00 55,00 1.000,00 1.100,00 ________ 2.100,00 18.06 Venda 10 50,00 500,00 10 20 ____ 30 50,00 55,00 500,00 1.100,00 ________ 1.600,00 28.06 Compra 20 100,00 2.000,00 10 20 20 _____ 50 50,00 55,00 100,00 500,00 1.100,00 2.000,00 _______ 3.600,00 30.06 Venda 10 20 ____ 30 50,00 55,00 500,00 1.100,00 _______ 1.600,00 20 100,00 2.000,00 III - Preço de Venda, Subtraída a Margem de Lucro Admite-se, ainda, que se proceda a avaliação dos estoques de mercadorias a preço de venda, subtraída a margem de lucro, embora entendemos não ser o melhor critério, mas é também aceito pela legislação fiscal. Tendo em vista que a margem de lucro corresponde à diferença entre o preço de venda e o custo de aquisição ou produção dos bens, não pode o contribuinte atribuir uma margem de lucro qualquer para avaliação dos estoques, uma vez que tal procedimento pode implicar numa superavaliação ou subavaliação dos valores e, consequentemente, na majoração dos resultados ficando sujeito a possíveis questionamentos fiscais. IV - Quadro Comparativo das Avaliações Apresentadas APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 25 De conformidade com os critérios de avaliação de estoque apresentados e uma receita líquida de vendas de R$ 10.000,00, podemos fazer as seguintes comparações: CUSTO MÉDIO PONDERADO SAÍDAS REGISTRADAS DIARIAMENTE SAÍDAS REGISTRADAS NO FINAL DO MÊS PEPS RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 10.000,00 10.000,00 10.000,00 (-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 2.670,00 2.733,60 2.100,00 (=) LUCRO BRUTO 7.330,00 7.266,40 7.900,00 ESTOQUE FINAL 1.430,00 1.366,40 2.000,00 Registro Permanente de Estoques No caso de controle permanente de estoques, deverão ser observados os seguintes procedimentos: I - Critérios a Observar O registro permanente de estoques pode ser feito em livros, fichas ou em formulários contínuos emitidos por processamento de dados, sendo que os modelos são de livre escolha da empresa e cujos saldos serão transpostos para o livro Registro de Inventário. Os registros deverão ser feitos em ordem cronológica, sendo aberta uma ficha para cada espécie de bem a controlar. O custo das mercadorias vendidas ou das matérias-primas utilizadas na produção deverá corresponder ao total dos valores lançados durante o período na coluna "saídas". a) Devoluções Ocorrendo devoluções, tanto de compras como de vendas efetuadas, deverão ser adotados os seguintes procedimentos: - no caso de devolução de compras, serão registradas na ficha de estoque na coluna "entradas" de forma negativa (entre parênteses), pelo mesmo valor lançado por ocasião da aquisição; - no caso de devolução de vendas, serão registrados na ficha de estoque na coluna "saídas", também de forma negativa, pelo mesmo valor da saída correspondente. Observe-se que o lançamento da devolução implica em ajuste do custo médio, uma vez que este fato altera o saldo físico e monetário do estoque. Os gastos relativos às devoluções de compras ou vendas, tais como fretes, seguro, etc., serão tratados como despesas operacionais, não sendo agregados ao custo. b) Contagem Física para Ajuste dos Saldos A empresa que possuir registro permanente de estoques só estará obrigada a ajustar os saldos contábeis, pelo confronto com a contagem física, ao final do exercício. Empresa que não mantém registro permanente de estoques: A pessoa jurídica que não possuir registro permanente de estoques deverá promover, ao final de cada exercício, o levantamento físico dos seus estoques, sendo que os estoques encontrados serão avaliados pelo preço praticado nas compras mais recentes, constantes das notas fiscais de aquisição, excluídos os impostos quando recuperáveis (IPI/ICMS). I - Custo das Mercadorias Vendidas - CMV A apuração do custo das mercadorias vendidas está diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por vendas realizadas no período. Quando o controle de estoques é feito mediante contagem física, o custo das mercadorias vendidas ou das matérias-primas utilizadas no processo de produção é obtido através da seguinte operação: CMV = EI + C - EF (custo das mercadorias vendidas
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