Buscar

Modelo de Circular para Comunicação Interna

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Conhecimentos Específicos 11 
nome. Por uma questão de destaque, o destinatário pode vir 
todo em letras maiúsculas, mas não é obrigatório. 
MAGNÍFICO SR. SUB-REITOR DE GRADUAÇÃO DA 
UNINERJ 
 
b) TEXTO: cerca de 7 linhas abaixo do destinatário. Na 
datilografia, espaço 2; em digitação, espaço 1,5. 
NOME E IDENTIFICAÇÃO: Informações necessárias 
completas (nacionalidade, estado civil, endereço, identidade, 
CPF, etc.). 
EXPOSIÇÃO: descreve-se o que se está requerendo, com 
toda clareza possível. 
JUSTIFICATIVA: as razões pelas quais está requerendo. 
Pode-se citar leis, ou indicar documentos que comprovem. 
 
c) FECHO: cerca de 3 linhas abaixo do texto. Pode ocupar 
uma ou duas linhas. Não é obrigatório. 
Termos em que pede deferimento. 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
d) Data: cerca de 2 linhas do fecho (se houver), ou do texto. 
Deve ser completa. Rio de Janeiro, 12 de abril de 2002. 
 
e) ASSINATURA: cerca de 2 linhas da data. Não se coloca 
nome, pois os dados já constam no texto, nem há necessidade 
de linha. 
 
Circular 
 
Quando, em sua empresa, você deseja dirigir-se a muitas 
pessoas ao mesmo tempo, para transmitir avisos, ordens ou 
instruções, deve optar por comunicar-se através de uma 
circular. 
Na verdade, a circular pode seguir o modelo de uma carta, 
ofício ou manifesto, o que a caracteriza é conter um assunto de 
interesse geral. Muitas vezes, a circular é utilizada 
internamente nas empresas, com a finalidade de facilitar a 
comunicação entre diversas seções e departamentos. Muitas 
empresas, hoje em dia, têm preferido não destacar a ementa 
(assunto). Assim, veja bem o modelo adotado na sua empresa. 
A linguagem utilizada em uma circular deve ser simples e 
direta para não dar margem a outras interpretações. Todos 
devem entender claramente o que está escrito. 
 
Modelo de Circular: 
 
 
 
Questões 
 
01. (UFCG - Auxiliar em Administração - UFCG) Com 
relação às correspondências é correto afirmar que: 
(A) Ofício é um tipo de correspondência externa. 
(B) Ofício é um tipo de correspondência interna. 
(C) Circular é um tipo de correspondência externa. 
(D) Correspondência Oficial é um tipo de correspondência 
que trata de assuntos de interesse pessoal de servidores 
públicos. 
(E) Correspondência Particular trata de interesse 
específico das atividades de uma instituição. 
 
 
6 http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/duvida1.php 
02. (CRO/GO - Assistente Administrativo - Quadrix) No 
vasto campo da ciência da informação, um dos aspectos que 
mais tem preocupado os profissionais da área é, sem dúvida, o 
estabelecimento de uma terminologia específica, capaz de 
atender a programas racionais de intercâmbio, disseminação 
e recuperação da informação. O Conselho Nacional de 
Arquivos (CONARQ), órgão vinculado ao Arquivo Nacional, 
criou uma Comissão Especial de Terminologia Arquivística 
Brasileira. Os termos geralmente adotados pela comunidade 
arquivística brasileira consideram que _________________ é uma 
comunicação escrita, recebida (passiva) ou expedida (ativa), 
apresentada sob várias formas (cartas, cartões-postais, ofícios, 
memorandos, bilhetes, telegramas), podendo ser interna ou 
externa, oficial ou particular, ostensiva ou sigilosa. 
 
Assinale a alternativa que preenche a lacuna corretamente. 
(A) correspondência 
(B) legado 
(C) dossiê 
(D) catálogo 
(E) processo 
 
03. (Petrobras - Técnico de Administração e Controle 
Júnior - CESGRANRIO) A variedade de documentos recebidos 
por uma instituição pública ou privada é muito grande, 
exigindo, por parte do arquivista, atenção no momento de sua 
identificação e classificação. Dentro do gênero dos 
documentos escritos, a correspondência merece destaque 
especial, pois várias ações administrativas são desencadeadas 
a partir dela. A correspondência, de acordo com sua 
procedência e destino, pode ser classificada em 
(A) pessoal e particular. 
(B) externa e interna. 
(C) confidencial e secreta. 
(D) fechada e aberta. 
(E) oficial e especial. 
 
Gabarito 
 
01. A / 02. A / 03. B 
 
 
 
Contabilidade6 é a ciência que tem por objetivo o estudo 
das variações quantitativas e qualitativas ocorridas 
no Patrimônio, no qual se traduz ao conjunto de bens, direitos 
e obrigações das entidades. 
Através dele é fornecido o máximo de informações uteis 
para as tomadas de decisões, tanto dentro quanto fora da 
Noções de Contabilidade: 
Contabilidade- Conceito, 
objetivo, objeto, usuários, 
Patrimônio, Situações 
Liquidas Patrimoniais, 
Sistema de Informação e 
Registro da Contabilidade, 
Lançamentos Contábeis, 
Livros Contábeis, Avaliação de 
Estoques, principais 
demonstrativos contábeis, 
Plano de Contas, Balancete, 
Balanço Patrimonial 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Conhecimentos Específicos 12 
empresa, estudando, interpretando, registrando e controlando 
o Patrimônio. 
Todas as movimentações existentes no patrimônio de uma 
entidade são registradas pela Contabilidade, que resume os 
fatos em forma de relatórios e entrega-os aos interessados em 
saber como está indo a situação da empresa. É através destes 
relatórios que são analisados os resultados alcançados e a 
partir daí são tomadas decisões em relação aos 
acontecimentos futuros. Sendo assim, a contabilidade é a 
responsável pela escrituração (registro em livros próprios) e 
apuração destes resultados e é só através dela que há 
condições para se apurar o lucro ou prejuízo em determinado 
período. 
Posto isso, apresentaremos a seguir um resumo sobre a 
Contabilidade Geral e suas principais ferramentas. 
 
Livros Contábeis 
 
Atualmente, com a utilização do Sistema Público de 
Escrituração Digital (Sped), e da Escrituração Contábil Digital 
(ECD), também conhecida como Sped Contábil, há livros 
contábeis em forma digital (para as empresas obrigadas ao 
Sped Contábil) e livros contábeis em forma não digital 
(impresso em papel). 
Os livros contábeis obrigatório em forma não digital, como 
o Livro Diário e o Livro Razão, devem possuir as seguintes 
formalidades extrínsecas: 
- Devem ser encadernados; 
- As suas folhas devem ser numeradas sequencialmente; 
- Devem conter termo de abertura e termo de 
encerramento assinados pelo titular ou representante legal da 
entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente 
habilitado no Conselho Regional de Contabilidade. 
 
Os livros contábeis obrigatórios em forma digital, como o 
Livro Diário e o Livro Razão, devem possuir as seguintes 
formalidades extrínsecas: 
- Devem ser assinados digitalmente pela entidade e pelo 
profissional da contabilidade regularmente habilitado; 
- Devem ser autenticados no registro público competente 
(exemplo: Juntas Comerciais). 
 
No caso de escrituração contábil digital (ECD), não há a 
necessidade de impressão e encadernação dos livros. Contudo, 
o arquivo magnético autenticado pelo registro público 
competente deve ser mantido pela entidade. 
 
Livro Diário 
No Livro Diário devem ser registradas, em ordem 
cronológica rigorosa, com individualização, clareza e 
referência ao documento comprobatório do lançamento, todas 
as operações ocorridas na entidade e quaisquer outros fatos 
que provoquem variação patrimoniais. 
As principais características do livro Diário são: 
obrigatório (exigido pelo Código Civil); principal (registra 
todos os fatos contábeis); comum (para todas as empresas) e 
cronológico (fatos contábeis registrados em ordem 
cronológica). 
As demonstrações contábeis devem ser transcritas no 
Livro Diário, completando-se com as assinaturas do titular ou 
de representante legal da entidade e do profissional da 
contabilidade legalmente habilitado. 
 
Livro Razão 
O Livro Razão registra, também, todos os fatos, só que 
dando ênfase às contas que compõem o patrimônio. É esse 
livro que permite conhecer a movimentação de débito e 
 
7 https://blog.sage.com.br/livros-contabeis-o-que-sao-e-para-que-servem-2/ 
crédito de cada elemento que compõe o patrimônio da 
empresa 
 
De acordo com o CódigoCivil: 
- A escrituração será feita em idioma e moeda corrente 
nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, 
mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, 
borrões, rasuras emendas ou transportes para as margens 
(art. 1.183 do Código Civil); 
- Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais 
que não excedam o período de 30 dias, relativamente a contas 
cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede 
do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares 
regulamente autenticados, para registro individualizado, e 
conservados os documentos que permitam a sua perfeita 
verificação (art. 1.184, § 1º, do Código Civil). 
 
Livro Caixa7 
Esse é opcional para as empresas, com exceção daquelas 
tributadas pelo Simples Nacional. Mesmo para as companhias 
não obrigadas, porém, o livro caixa pode ser uma boa e útil 
ferramenta de negócio, principalmente na gestão do fluxo de 
caixa. 
Isso porque ele registra entradas e saídas de forma 
simples, em ordem cronológica e sem a consideração de 
partidas ou débito e crédito. Pelas informações que abrange, 
da forma como as organiza, ele pode ser usado como auxiliar 
para o livro diário. 
Para os empreendimentos obrigados, o livro caixa deve ser 
elaborado com os termos de abertura e encerramento 
munidos das mesmas informações, assinaturas e autenticação 
referentes ao livro diário. 
 
Livros Auxiliares 
Livro Inventário: tem a finalidade de registrar os bens de 
consumo, as mercadorias, as matérias-primas e outros 
materiais que se achem estocados nas datas em que forem 
levantados os balanços. 
No Livro de Inventário deverão ser arrolados, com 
especificações que facilitem sua identificação, as mercadorias, 
os produtos manufaturados, as matérias-primas, os produtos 
em fabricação e os bens em almoxarifado existentes na data do 
balanço patrimonial levantado ao fim da cada período de 
apuração (Lei 154/47, artigo 2°, § 2°, e Lei 6.404/1976, artigo 
183, inciso II, e 8.541/1992, artigo 3°). 
 
Livro Registro de Duplicatas: foi estabelecido pelo artigo 
19 da Lei 5.474/1968, sendo obrigatório para o vendedor que 
efetuar vendas com prazo de pagamento igual ou superior a 30 
(trinta) dias. 
No Registro de Duplicatas serão escrituradas, 
cronologicamente, todas as duplicatas emitidas, com o número 
de ordem, data e valor das faturas originárias e data de sua 
expedição; nome e domicílio do comprador; anotações das 
reformas; prorrogações e outras circunstâncias necessárias. 
 
Livro de Entrada de Mercadorias: destina-se ao registo, 
em ordem cronológica, das mercadorias adquiridas e 
recebidas pelas empresas. 
Nele também são registradas as entradas de bens de 
qualquer espécie, inclusive os que se destinam a uso ou 
consumo. 
 
Livro de Saída de Mercadorias: onde se registram-se, em 
ordem cronológica, as vendas de mercadorias ou de produtos, 
bem como toda e qualquer saída, inclusive de bens móveis da 
empresa. 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Conhecimentos Específicos 13 
Livro de Registro de Prestação de Serviços: esse livro é 
obrigatório perante o fisco municipal, podendo ser utilizado 
como auxiliar do Diário, pois nele registram-se todas as 
operações de serviços, individualizando as respectivas Notas 
Fiscais em ordem cronológica. 
 
Regras Gerais8: independentemente de os livros 
contábeis serem opcionais ou obrigatórios, observando as 
diretrizes que citamos acima, algumas resoluções devem ser 
seguidas sempre. Elas asseguram a idoneidade de registros e 
de cada livro, dando a certeza de que não houve e nem haverá 
adulteração de lançamentos e garantindo a padronização das 
emissões. Nenhum livro pode conter rasuras ou qualquer tipo 
de adição ou alteração de dados após a emissão do sistema de 
gestão contábil. Além de sempre respeitarem a ordem 
cronológica e de alguns serem abertos e encerrados por 
termos, os documentos-base da escrituração devem ser 
idôneos de acordo com as leis fiscais. Todas essas normas 
certificam o atendimento dos livros contábeis às resoluções 
legais de exatidão e boa-fé da escrituração. Além disso, 
também garantem a eles a qualidade de serem instrumentos 
úteis à gestão empresarial. 
 
Lançamentos Contábeis 
 
Lançamento contábil9 é a forma como a Contabilidade 
registra os fatos que afetam (ou que possam vir a afetar) o 
patrimônio da empresa. 
A estrutura do lançamento tem por alicerce o secular 
método das "partidas dobradas", segundo o qual todo débito 
corresponde a um crédito de mesmo valor, ou seja: em todo 
lançamento contábil são utilizadas no mínimo duas contas - 
uma para débito, outra para crédito do mesmo valor. 
Dissemos "no mínimo" porque há inúmeros casos em que 
o lançamento contém, por exemplo, uma conta a débito e duas 
a crédito. 
Mas, nesse caso, a soma das duas contas creditadas será 
sempre exatamente igual ao valor lançado na conta debitada. 
O método das partidas dobradas é a razão pela qual, na 
Contabilidade, a soma de todos os valores debitados é sempre 
igual à soma de todos os valores creditados. 
E é também por isso que, no Balanço Patrimonial, o total 
do Ativo é sempre igual ao total do Passivo. 
No dia-a-dia das empresas ocorrem operações10 simples 
(como o pagamento de uma conta de consumo de energia 
elétrica no prazo) e outras bem mais complexas, que envolvem 
lançamentos mais sofisticados (por exemplo: pagamento, com 
juros, de duplicata, parte em dinheiro e parte mediante 
emissão de cheque). 
Para registrar qualquer fato contábil existem quatro 
fórmulas (ou modalidades) de lançamentos, a saber: 
1ª fórmula: caracteriza-se pela simplicidade. Requer uma 
conta devedora e uma conta credora e pode ser assim 
representada (pagamento de duplicata de fornecedor, no 
prazo) 
2ª fórmula: modalidade de lançamento de complexidade 
intermediária, que requer uma conta devedora e duas ou mais 
contas credoras. 
3ª fórmula: igualmente de complexidade intermediária, 
esta fórmula requer duas ou mais contas devedoras e apenas 
uma credora. 
4ª fórmula: menos usual e mais complexa do que as 
anteriores, requer duas ou mais contas devedoras e duas ou 
mais contas credoras 
 
 
 
8 Idem 2. 
9 http://www.iob.com.br/noticiadb.asp?area=contabil&noticia=37114 
10 http://teoriascontabeis.blogspot.com.br/2009/09/o-lancamento-contabil-
e-forma-como.html 
Débito e Crédito11 
As palavras Débito e Crédito, na linguagem contábil, têm 
significados muito diferentes daqueles da linguagem 
cotidiana. 
É errado associar o débito e o crédito da contabilidade, 
com “subtração” e “adição” do financeiro. O correto é associá-
los aos termos Destino e Origem, respectivamente, pois: 
- Debitar: significa anotar na coluna do Débito de uma 
conta, para aumentar o seu valor (se a conta representa um 
Bem ou um Direito), ou para diminuir seu valor (se a conta 
representa uma obrigação). 
- Creditar: significa registrar uma importância na coluna 
de Crédito de uma conta, para aumentar seu valor (se a conta 
representa uma obrigação), ou para diminuir seu valor (se a 
conta representa um Bem ou Direito). 
 
Há duas formas de os lançamentos contábeis serem feitos: 
1ª 
D – Estoques 
C – Bancos 
 
2ª 
Estoques 
á Bancos 
 
No primeiro caso, "D" e "C" significam débito e crédito, 
respectivamente. Já no segundo caso, o "a" sinaliza crédito, 
sem a necessidade de colocar a letra "D" antes da conta 
Estoque. Tem-se por mais usada a primeira opção. 
Débito é a aplicação de recurso, enquanto Crédito é a 
origem do recurso aplicado. Ou seja, quando um contador faz 
um lançamento a débito em uma conta, significa que o 
dinheiro, o bem ou o serviço destina-se àquela conta. Agora, 
quando ele faz um lançamento a crédito em uma conta, 
significa que o dinheiro, o bem ou o serviço teve origem 
naquela conta. 
 
Por exemplo: Uma empresa comprou um terreno do valor 
de $80.000,00. Para pagar à vista, foi usado o dinheiro 
disponível no caixa da empresa. Lançamos o registro destas 
duas contas da seguinte forma: 
D- Imóveis (O terreno teve destinona conta em questão, 
já que faz parte dos imóveis da empresa.) 
C- Caixa (O lançamento teve origem na conta Caixa, já que 
foi pago à vista com o dinheiro da empresa.) 
 
Se uma conta recebe algo ou assume o compromisso de 
entregar algo, é debitada. Se uma conta entrega algo ou 
adquire o direito de receber algo, é creditada. 
 
CONTAS NATUREZ
A 
AUMENTO
S 
DIMINUIÇÕE
S 
Ativo Devedora D C 
Passivo Credora C D 
Despesa Devedora D C 
Receita Credora C D 
Patrimôni
o Líquido 
Credora C D 
 
Correção de Lançamentos12 
A escrituração feita nos livros contábeis não deve conter 
intervalos em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas 
ou transportes para as margens. 
11 http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/deb_cred.php 
12 http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/erros_escrit.php 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Conhecimentos Específicos 14 
Entretanto, ao desenvolver suas atividades profissionais, o 
ser humano pode cometer enganos durante o processo de 
escrituração. Estes erros podem ocorrer de diversas formas: 
- Lançamento de valor incorreto; 
- Borrões ou rasuras na escrituração; 
- Espaço em branco; 
- Lançamentos em duplicidade de valor; 
- Inversão das contas; 
- Erro na redação de histórico; 
- Etc. 
 
Quando os erros acontecem, eles devem ser declarados na 
escrituração mediante retificação através de estorno, 
lançamento retificativo, lançamento complementar, 
lançamento de transferência ou ressalva (por profissional 
qualificado). 
 
Estor: é utilizado quando ocorre duplicidade de um 
mesmo lançamento contábil (quando o contabilista faz o 
mesmo lançamento duas vezes) ou por erro de lançamento da 
conta debitada ou da conta creditada na escrituração das 
entidades, fazendo um lançamento inverso àquele feito 
erroneamente, anulando-o totalmente. 
A correção, no caso de duplicidade, é simples. Deve-se 
efetuar apenas o estorno do lançamento feito a mais. Se o caso 
for erro de lançamento, estornamos conforme o exemplo a 
seguir. 
 
Exemplo: A empresa Alfa adquiriu uma mesa para 
escritório do fornecedor ModelOffice no valor de $4.000,00 e a 
pagará a prazo. 
 
Lançamento efetuado: 
D- Máquinas e equipamentos - $4.000,00 
C- Banco - $4.000,00 
H.: Vlr referente aquisição de mesa p/ escritório, conforme 
NF nº589 do Fornecedor Model Office. 
 
Estorno total: 
D- Banco - $4.000,00 
C- Máquinas e equipamentos - $4.000,00 
H.: Vlr referente estorno do lançamento feito em 
xx/xx/20x1, referente compra de uma mesa para escritório. 
 
Lançamento correto: 
D- Móveis e utensílios - $4.000,00 
C- Fornecedores - $4.000,00 
H.: Vlr referente compra de mesa para escritório, conforme 
NF nº589 do Fornecedor Model Office. 
 
Lançamento Retificativo: serve para retificar as contas 
lançadas erradamente e para estornar parte do lançamento, 
corrigindo registros feitos por importância maior. No caso de 
o valor ser lançado maior do que é, a correção pode ser feita 
estornando todo o lançamento e depois fazendo o lançamento 
no valor correto, ou então estornando apenas a diferença dos 
valores. 
 
Exemplo: A empresa Alfa adquiriu um veículo do 
fornecedor AutoCar no valor de $60.000,00 à vista em 
dinheiro. 
 
Lançamento efetuado: 
D- Veículos - $80.000,00 
C- Caixa - $80.000,00 
H.: Vlr referente compra de veículo, conforme NF nº290 do 
Fornecedor AutoCar. 
 
Estorno da diferença: 
D- Caixa - $20.000,00 
C- Veículos - $20.000,00 
H.: Vlr referente estorno de parte do lançamento lançado à 
maior no dia xx/xx/20x1, referente compra de veículo, 
conforme NF nº290 do Fornecedor AutoCar. 
 
Lançamento Complementar: serve para complementar 
um lançamento feito de importância menor. No caso de o 
valor ser lançado menor do que é, a correção pode ser feita 
através do estorno total e posterior lançamento correto, ou 
do lançamento complementar apenas da diferença do valor 
lançado para o que de fato é correto. 
 
Exemplo: A empresa Alfa adquiriu um veículo do 
fornecedor AutoCar no valor de $60.000,00 à vista em 
dinheiro. 
 
Lançamento efetuado: 
D- Veículos - $6.000,00 
C- Caixa - $6.000,00 
H.: Vlr referente compra de veículo, conforme NF nº290 do 
Fornecedor AutoCar. 
 
Lançamento complementar: 
D- Veículos - $54.000,00 
C- Caixa - $54.000,00 
H.: Vlr referente complemento da importância lançada à 
menor no dia xx/xx/20x1, referente compra de veículo, 
conforme NF nº290 do Fornecedor AutoCar. 
 
Lançamento de Transferência: regulariza o lançamento 
da conta debitada ou creditada indevidamente, através da 
transposição do valor para a conta adequada. 
– Transferência: é o lançamento que promove a 
regularização da conta indevidamente debitada ou creditada, 
através da transposição do valor para a conta adequada; 
 
Exemplo: A empresa Alfa adquiriu uma mesa para 
escritório do fornecedor Model Office no valor de $4.000,00 e 
a pagará a prazo. 
 
Lançamento efetuado: 
D- Máquinas e equipamentos - $4.000,00 
C- Fornecedores - $4.000,00 
H.: Vlr referente aquisição de mesa p/ escritório, conforme 
NF nº589 do Fornecedor Model Office. 
 
Lançamento de transferência: 
D- Móveis e utensílios - $4.000,00 
C- Máquinas e equipamentos - $4.000,00 
H.: Vlr referente transferência da importância lançada 
erroneamente no dia xx/xx/20x1, em conta de Máquinas e 
equipamentos. 
 
Ressalva: quando se tratar de um erro de redação 
observado antes mesmo do encerramento do respectivo 
lançamento, a retificação ocorre no próprio histórico. Ou seja, 
se o erro for verificado antes de se terminar de redigir o 
histórico do lançamento, basta se utilizar de alguma 
expressão do tipo: "digo", "isto é", "ou melhor", "aliás", "em 
tempo", etc. Vejamos um exemplo: 
 
D – Veículos R$20.000,00 
C – Caixa R$ 20.000,00 
H.: Referente à compra de um computador, digo, de um 
automóvel conforme nota fiscal nº 00053. 
 
Nos casos de borrões, rasuras, lacunas, saltos de linhas ou 
de páginas, a ressalva deve ser assinada por profissional 
registrado no CRC (Conselho Regional de Contabilidade). Os 
borrões, falhas de impressão e outros erros que comprometam 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Conhecimentos Específicos 15 
a autenticidade do Livro Diário, poderão ser sanados através 
de declaração, assinada pelo contador, tornando sem efeito 
aquela folha e refazendo, a seguir, os lançamentos ali contidos. 
 
Omissão de lançamentos: a omissão se dá por 
esquecimento. Ex.: Na época apropriada, o contabilista deixou 
de efetuar o registro de um fato, por um motivo qualquer. 
Passado algum tempo, ele verificou a omissão. Neste caso, a 
correção é simples. Basta efetuar o registro do fato no dia em 
que se verificou a omissão, mencionando, no histórico, a data 
de sua efetiva ocorrência e o motivo do atraso. 
Quando a omissão implicar falta de recolhimento de 
impostos, a empresa deverá providenciar os devidos 
recolhimentos, espontaneamente, acrescidos dos encargos 
correspondentes. 
 
Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido 
 
Ativo13 
O Ativo faz parte das Contas Patrimoniais e compreende o 
conjunto de Bens e Direitos da organização (entidade, 
empresa), possuindo valores econômicos e podendo ser 
convertido em dinheiro (proporcionando ganho para a 
empresa). 
É a parte positiva da posição patrimonial e identifica onde 
os recursos foram aplicados. Representa os benefícios 
presentes e futuros para a empresa. 
As contas do Ativo são classificadas em ordem 
decrescente do grau de liquidez (de acordo com a rapidez 
com que podem ser convertidas em dinheiro). 
É um recurso controlado pela entidade como resultado de 
eventos passados e do qual se espera que resultem, no futuro, 
benefícios econômicos para a entidade. Ou seja, deve ser 
compreendido como o conjunto de recursos financeiros e 
econômicos que são administrados de forma a gerarem mais 
recursos financeiros e econômicos. A finalidade de uma 
empresa é o lucro, e o Ativo é a aplicação de bens e direitos de 
modo a produzir lucro. 
Para que algo possa ser considerado um ativo, é necessário 
que ele cumpra quatro requisitos: constituir bem oudireito 
para a empresa, ser de propriedade, posse ou controle da 
sociedade, ser mensurável monetariamente e trazer benefícios 
(ou expectativa de benefícios) para a empresa. O dinheiro é o 
ativo por excelência, pois é o meio de troca da economia e sua 
liquidez é plena. 
As contas deste grupo não se encerram com a apuração do 
resultado do exercício e podem ser debitadas ou creditadas, 
sendo o saldo sempre devedor (com exceção das Contas 
redutoras do ativo). 
O Ativo se divide em duas partes: Ativo Circulante e Ativo 
Não Circulante. 
 
a) Ativo Circulante: agrupa dinheiro e tudo o que será 
transformado em dinheiro rapidamente. São contas que estão 
constantemente em giro, movimento e circulação. 
Neste grupo são registrados os bens e direitos que a 
empresa consegue realizar (transformar) em dinheiro até o 
final do exercício seguinte, ou seja, no curto prazo. 
Abaixo algumas contas do Ativo Circulante: 
- Disponibilidades: compreendem valores existentes em 
Caixa e Bancos, assim como as aplicações de curtíssimo prazo 
e liquidez absoluta. Significa o que está disponível para a 
empresa, podendo ser utilizado a qualquer momento e para 
qualquer fim. As contas deste grupo estão a todo instante 
sendo movimentadas (entra e sai dinheiro). 
- Créditos: são direitos que a empresa tem a receber, como 
por exemplo Duplicatas a Receber, Títulos a Receber, entre 
outros recebíveis. 
 
13 http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/BP_ativo8.php 
- Estoque: são as mercadorias para serem revendidas que 
a empresa possui. Essa conta registra o valor dos estoques na 
data do fechamento do balanço, como por exemplo Estoque de 
Produtos Acabados, Estoque de Mercadorias para Revenda, 
entre outros. 
- Outros Créditos: são as contas a receber que não se 
enquadram nos grupos anteriores, sendo contas de curto 
prazo, assim como as demais do Ativo Circulante, como por 
exemplo, Impostos a Recuperar, Adiantamentos a 
Funcionários, entre outras. 
 
b) Ativo não Circulante: são registrados os direitos que 
serão realizados (transformados em dinheiro) após o final do 
exercício seguinte (longo prazo), assim como os bens de uso 
(veículos, máquinas, etc.) e de renda da empresa (aluguéis, 
imóveis para vendas, etc.). 
Ou seja, no Não Circulante são incluídos todos os bens de 
natureza duradoura destinados ao funcionamento normal da 
sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos 
exercidos com essa finalidade. Algumas das contas do Ativo 
não Circulante: 
- Realizável a Longo Prazo: são classificados neste grupo as 
contas de bens e direitos da empresa cujas realizações se 
darão no longo prazo (após o término do exercício seguinte). 
Também estão inseridas neste grupo as contas de direitos sem 
prazo de vencimento. Ou seja, quando não se determina o 
prazo de vencimento do direito, em contabilidade, entende-se 
como de longo prazo. São contas de natureza devedora, assim 
como as do Ativo Circulante, como por exemplo Aplicações 
Financeiras de Longo Prazo, Duplicatas a Receber de Longo 
Prazo, entre outras. 
- Investimentos: no grupo Investimentos são classificadas 
as participações e aplicações financeiras de caráter 
permanente, com o objetivo de gerar rendimentos para a 
empresa de forma que esses bens e direitos não sejam 
destinados à manutenção das atividades normais da 
companhia, como por exemplo Obras de Arte, Ouro, 
Participações Societárias, entre outras. 
- Imobilizado: no Imobilizado são classificados os bens e 
direitos de natureza permanente que serão utilizados para a 
manutenção das atividades normais da empresa, servindo a 
sua estrutura. A empresa não pretende vender os seus bens e 
direitos, ou seja, não há intenção de transformá-los em 
dinheiro. Caracterizam-se por se apresentarem na forma 
tangível (bens corpóreos), como por exemplo Imóveis, 
Máquinas e Equipamentos, Veículos, entre outros. 
- Intangível: são Intangíveis os bens que não podem ser 
tocados ou vistos, já que são incorpóreos (não tem corpo). Eles 
possuem valor econômico mas carecem de substância física 
(material), tendo o valor patrimonial nos direitos de 
propriedade imaterial que são conferidos a seus possuidores, 
como por exemplo Softwares, Marcas e Patentes, Licenças, 
Direitos Autorais, entre outros. 
 
Passivo14 
O Passivo faz parte das Contas Patrimoniais e compreende 
as obrigações da organização, entidade ou empresa para com 
terceiros, por sua natureza e por sua expressão monetária. 
É a parte negativa do Patrimônio e identifica a origem dos 
recursos aplicados. As contas representam os recursos de 
terceiros que foram usados e são classificadas segundo 
a ordem decrescente de exigibilidade (são classificadas de 
acordo com o seu vencimento, através do curto e longo prazo). 
Ou seja, o Passivo se classifica de acordo com o prazo de 
realização das obrigações. 
As contas do Passivo podem ser debitadas ou creditadas, 
mas o seu saldo será sempre credor, com exceção das contas 
14 http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/BP_passivo.php 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Conhecimentos Específicos 16 
redutoras do Passivo. Essas contas não se encerram com a 
apuração do resultado do exercício. 
O Passivo compreende as origens de recursos 
representados pelas obrigações para com terceiros, 
resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua 
liquidação. 
Já o passivo, simplificadamente, evidencia toda a obrigação 
(dívida) que a empresa tem com terceiros, por exemplo: contas 
a pagar, fornecedores de matéria-prima à prazo, impostos a 
pagar, financiamentos, empréstimos, etc. 
O Passivo é uma obrigação exigível, isto é, no momento em 
que a dívida vencer, será exigida (reclamada) a liquidação da 
mesma. Por isso é mais adequado chamá-lo Passivo Exigível. 
 
a) Passivo Circulante: neste grupo, classificam-se as 
contas que representam obrigações da empresa para com 
terceiros no curso do exercício seguinte. Ex.: Salários a Pagar, 
Fornecedores, Impostos a Pagar, Empréstimos Bancários, etc. 
São as obrigações (dívidas) exigíveis que deverão ser 
pagas até o fim do exercício seguinte. Neste grupo são 
escrituradas as obrigações da entidade, inclusive 
financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-
circulante, quando se vencerem no exercício seguinte. No caso 
de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do 
exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo. 
 
a) Passivo não Circulante: neste grupo são escrituradas 
as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para 
aquisição de direitos do ativo não-circulante, quando se 
vencerem após o exercício seguinte. No caso de o ciclo 
operacional da empresa ter duração maior que a do exercício 
social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo, como por 
exemplo Fornecedores, Obrigações Trabalhistas, 
Empréstimos e Financiamentos, Obrigações Tributárias, entre 
outras. 
 
b) Exigível a Longo Prazo: são escriturados as obrigações 
a longo prazo, como por exemplo, Fornecedores a longo prazo, 
Financiamentos a longo prazo, entre outros 
 
Patrimônio Líquido15 
O Patrimônio Líquido é formado pelo grupo de contas que 
registra o valor contábil pertencente aos acionistas ou 
quotistas. 
A partir de 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, para 
as sociedades por ações, a divisão do patrimônio líquido será 
realizada da seguinte maneira: 
Capital Social: o capital social representa os valores 
recebidos pela empresa, em forma de subscrição ou por ela 
gerados. A integralização do capital poderá ser feita por meio 
de moeda corrente ou bens e direitos. 
Reservas de Capital: a reserva de capital abrange as 
seguintes subcontas: 
- Reserva de Correção Monetária do Capital Realizado; 
- Reserva de Ágio na Emissão de Ações; 
- Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias; 
- Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição; 
- Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures; (excluída 
desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007); 
- Reserva de Doações e Subvenções para Investimento; 
(excluídadesde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007); 
- Até 31.12.2007, a Reserva de Incentivo Fiscal. A partir de 
01.01.2008, respectiva reserva passa a fazer parte do grupo de 
Reservas de Lucros. 
 
Ajustes de Avaliação Patrimonial: é o resultado do valor 
da avaliação dos bens em relação ao seu valor justo. O valor 
 
15 http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/pl.htm 
16 IBRACON (NPC 27) 
justo é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado, ou um 
passivo liquidado, por duas partes dispostas a isso e 
independentes entre si 
Reservas de Lucros: as reservas de lucros são 
constituídas pelos lucros obtidos pela empresa, retidos com 
finalidade específica. Os lucros retidos com finalidade 
específica e classificados nesta conta são transferidos da conta 
de "Lucros ou Prejuízos Acumulados". 
Ações em Tesouraria: as ações ou quotas adquiridas pela 
companhia ou sociedade limitada serão registradas em conta 
específica redutora do Patrimônio Líquido, intitulada "ações 
ou quotas em tesouraria" 
Prejuízos Acumulados: os lucros ou prejuízos 
representam resultados acumulados obtidos, que foram 
retidos sem finalidade específica (quando lucros) ou estão à 
espera de absorção futura (quando prejuízos). 
 
Demonstrações Contábeis 
 
 As Demonstrações Contábeis são uma representação 
monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em 
determinada data e das transações realizadas por uma 
entidade no período findo nessa data. O objetivo das 
demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações 
sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo 
financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla 
variedade de usuários na tomada de decisões.16 
Apresentaremos abaixo as Demonstrações do Balanço 
Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício. 
 
Balanço Patrimonial17 
O Balanço Patrimonial, dentre todas as demonstrações 
contábeis é uma das mais importantes para desvendar e 
evidenciar, quantitativa e qualitativamente o patrimônio, haja 
vista, todas as informações que são reveladas e as decisões 
estratégicas que eventualmente são tomadas. Contudo, trata-
se de uma informação estática e que pode ser modificada no 
dia seguinte de sua divulgação. 
A legislação preconiza a elaboração e fechamento do 
balanço patrimonial no último dia do exercício, entretanto, 
para atender a legislação fiscal ou até mesmo terceiros, 
instituição financeira, o balanço patrimonial poderá ser 
elaborado mensalmente ou semestralmente. 
Quando, em circunstâncias excepcionais, a data do 
exercício social de uma entidade mudar e as demonstrações 
contábeis forem apresentadas por uma período mais longo ou 
mais curto que um ano, deve-se divulgar, além do período 
abrangido pelas demonstrações contábeis, as seguintes 
informações: 
- Razão para um período diferente de um ano; 
- E o fato de que os valores comparativos entre os períodos 
apresentados para as demonstrações do resultado, das 
mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa (ou das 
origens e aplicações de recursos), bem com as notas 
explicativas relacionadas a essas demonstrações, não são 
comparáveis. 
 
A legislação determina que, no balanço, as contas sejam 
classificadas segundo os elementos do patrimônio que 
registram, agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a 
análise da situação financeira da entidade. 
 
O balanço patrimonial é composto e representado 
graficamente pelos seguintes grupos-contas: 
- Ativo: que compreende os bens, os direitos e as demais 
aplicações de recursos controlados pela entidade, capazes de 
17 RODRIGUES, Adenir Ortiz; PROENÇA, André Eduardo de; BUSCH, Cleber 
Marcel; GARCIA, Edino Ribeiro; TODA, William Haruo – Planejamento Contábil e 
Reorganização Societária – 2ª ed. São Paulo: IOB, 2013 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Conhecimentos Específicos 17 
gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos 
ocorridos; 
- Passivo: que compreende as origens de recursos 
representados pelas obrigações para com terceiros, 
resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para sua 
liquidação; 
- Patrimônio Líquido: que compreende os recursos 
próprios da Entidade, e seu valor é a diferença positiva entre o 
valor do Ativo e o valor do Passivo. 
 
Exemplo de Balanço Patrimonial 
ATIVO PASSIVO 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
Realizável a Longo Prazo Passivo Exigível a Longo 
Prazo 
Investimentos PATRIMÔNIO LIQUIDO 
Imobilizado Capital Social 
Intangível Reserva de Capital 
 Ajuste de Avaliação 
Patrimonial 
 Reserva de Lucros 
 Ações em Tesouraria 
 Prejuízos Acumulados 
 
DICA: O Balanço Patrimonial e sua estrutura está 
discriminado na Lei das S.A. - Lei 6404/76 Artigo 178 SEÇÃO 
III 
 
Demonstração do Resultado do Exercício18 
É na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) que 
aparecerão todas as contas de Receitas e Despesas do período, 
que são contas transitórias, ou seja, ao final do período de 
apuração estarão com seus saldos zerados. 
A DRE tem por objetivo evidenciar a situação econômica 
da entidade em um determinado período por meio da 
apuração do resultado do exercício (lucro ou prejuízo) 
Além disso, a DRE é uma demonstração dedutiva e 
dinâmica, mostrando o cálculo do resultado do exercício, 
enquanto o Balanço Patrimonial é uma é uma demonstração 
estática, pois mostra a situação patrimonial em um dado 
momento. 
Portando, a demonstração do resultado destina-se a 
evidenciar a composição do resultado formado em 
determinado período de operações da entidade. 
De acordo com o pronunciamento CPC 26 (R1) – 
Apresentação das Demonstrações Contábeis, aprovado pela 
Resolução CPF nº 1.185/2009, alterado pela Resolução CFC nº 
1.376/2011, a demonstração do resultado do período deve, no 
mínimo, indicar as seguintes rubricas, obedecidas também as 
determinações legais. 
- Receitas; 
- Custos dos produtos, das mercadorias ou dos serviços 
vendidos; 
- Lucro bruto; 
- Despesas com vendas, gerais, administrativas e outras 
despesas e receitas operacionais; 
- Parcela dos resultados da empresa investidas 
reconhecidas por meio do método de equivalência patrimonial 
(ganho de equivalência patrimonial e perda de equivalência 
patrimonial); 
- Resultado antes das receitas e despesas financeiras; 
- Despesas e receitas financeiras; 
- Resultados antes dos tributos sobre o lucro; 
- Despesa com tributo sobre o lucro; 
- Resultado líquido das operações continuadas; 
- Valor líquido dos seguintes itens: 
 
18 MORAES, Júnior, José Jayme – Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada 
e Análise das Demonstrações Contábeis – 5ª ed – Rio de Janeiro – Impetus : 2016 
Resultado líquido após tributos das operações 
descontinuadas; 
Resultado após os tributos decorrente da mensuração ao 
valor justo menos despesas de vendas ou na baixa dos ativos 
ou do grupo de ativo à disposição para venda que constituem 
a unidade operacional descontinuada; 
Resultado líquido do exercício. 
 
DICA: o resultado do período é o total das receitas 
deduzido das despesas, exceto os itens reconhecidos como 
outros resultados abrangentes ao patrimônio líquido. 
Operação descontinuada corresponde ao componente da 
entidade que foi baixado ou está classificado como mantido 
para venda e: 
- Representa uma importante linha separada de negócios 
ou área geográfica de operações; 
- É parte integrante de um único plano coordenado para 
venda de uma importante linha separada de negócios ou área 
geográfica de operações; 
- É uma controlada adquirida exclusivamente com objetivo 
de revenda. 
 
Ou seja, são ativos imobilizados que a empresa de uma 
linha separada de negócios ou área geográfica de operações 
que ficaram obsoletos ou descontinuados e foram colocados à 
venda ou um investimento em controlada adquirido com o 
objetivo de revenda. 
 
Receita operacional bruta: é a somatória de todas as 
vendas ou serviços que foram efetuados e que tenham sido 
faturados, ou seja, que tenham gerado a emissão de umanota 
fiscal em determinado período, obedecendo ao princípio da 
competência. 
 
Dedução da receita bruta: são representadas pelas 
contas de devolução (vendas canceladas), abatimentos, 
descontos comerciais e impostos incidentes sobre venda de 
produtos ou serviços. Para efeito de análise, as receitas não são 
demonstradas de forma líquida, ou seja, registram-se as 
receitas na forma bruta e, em separado, suas respectivas 
deduções. 
 
Devolução ou vendas canceladas: correspondem à 
anulação de valores registrados como receita, decorrentes do 
cancelamento de vendas, devoluções totais ou parciais, 
quebras ou avarias na mercadoria vendida, pela não 
concretização da entrega dos produtos ou pela má qualidade 
na prestação de serviços. 
 
Abatimentos: também conhecidos como descontos 
incondicionais, são concedidos aos clientes quando, após a 
entrega do produto, este apresenta defeitos de qualidade, 
caracterizados por quebras ou avarias, por exemplo. Esses 
descontos não podem ser confundidos com descontos 
financeiros, nem tampouco com descontos de preço de venda 
(promoções). 
 
Impostos incidentes sobre vendas de produtos e 
prestação de serviços: também serão deduzidos da receita 
bruta, pois são os que guardam proporcionalidade com o preço 
da venda efetuada ou do serviço prestado. São exemplos de 
impostos incidentes sobre o faturamento: 
IPI: Imposto sobre produtos Industrializados (União); 
PIS: Programa de Integração Social (União); 
COFINS: Contribuição para Financiamento da Seguridade 
Social (União); 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Conhecimentos Específicos 18 
ICMS: Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte 
Interestadual e Intermunicipal, de Comunicação e Energia 
Elétrica (Estado); 
ISSQN: Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza 
(Município). 
 
Receita operacional líquida: constitui a base de cálculo 
para a análise das receitas efetivamente realizadas pela 
empresa em determinado período. Evidencia o valor da venda 
líquida de bens e serviços, oriundos da atividade da empresa, 
subtraindo as deduções incidentes sobre a receita bruta 
(faturamento). 
 
Custos: os custos a serem atribuídos como CMV, CSP ou 
CPV no exercício devem ser correspondentes às receitas de 
vendas dos produtos e serviços reconhecidos como tal no 
mesmo período, obedecendo ao princípio da competência. 
 
Cálculo do Custo da Mercadoria Vendida – CMV 
 
CMV= EI + C – EF 
 
Onde: 
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas 
EI = Estoque Inicial 
C = Compras 
EF = Estoque Final (inventário final) 
 
Cálculo do Custo do Serviço Prestado (CSP) 
 
CSP = Sin + (MO + GDS + GIS) – Sfi 
 
Onde: 
CSV = Custo dos Serviços Vendidos 
Sin = Saldo Inicial dos Serviços em Andamento 
MO = Mão de Obra Direta aplicada nos serviços vendidos 
GDS = Gastos Diretos (locação de equipamentos, 
subcontratações, etc.) aplicados nos serviços vendidos 
GIS = Gastos Indiretos (luz, mão de obra indireta, 
depreciações de equipamentos, etc.) aplicados nos serviços 
vendidos 
Sfi = Saldo Final dos Serviços em Andamento 
 
Cálculo do Custo do Produto Vendido – (CPV) 
 
CPV = EI + (In + MO + GGF) – EF 
 
Onde: 
CPV = Custo dos Produtos Vendidos 
EI = Estoque Inicial 
In = Insumos (matérias primas, materiais de embalagem e 
outros materiais) aplicados nos produtos vendidos 
MO = Mão de Obra Direta aplicada nos produtos vendidos 
GGF = Gastos Gerais de Fabricação (aluguéis, energia, 
depreciações, mão de obra indireta, etc.) aplicada nos 
produtos vendidos 
EF = Estoque Final (inventário final) 
 
Lucro bruto ou resultado bruto: de acordo com o artigo 
187, item II, da Lei nº 6.404/76, deve ser computado na DRE o 
custo das mercadorias e serviços vendidos ou prestados no 
exercício, que deduzido das receitas correspondentes, gera o 
Lucro Bruto. 
 
Despesas operacionais: segundo a Lei das S.A. – Lei 
6.404/76, as despesas operacionais correspondem ao esforço 
financeiro necessário para que a empresa possa funcionar, ou 
seja, financiar suas atividades de vendas, produção e prestação 
de serviços. Constituem as despesas pagas ou incorridas no 
período (princípio da competência). Não estão relacionadas a 
elas aquelas alocadas na fabricação de produtos ou na 
prestação dos serviços, pois estas compõem os custos das 
mercadorias ou dos serviços. 
 
Despesas de Vendas: têm a função de registrar as 
despesas com a comercialização dos produtos, mercadorias ou 
serviços para atender aos objetivos da empresa. 
São alguns exemplos de despesas com vendas: 
- Despesas com pessoal de vendas; 
- Marketing; 
- Distribuição; 
- Administrativo interno de vendas; 
- Comissões sobre vendas; 
- Propaganda e publicidade; 
- Garantia de produtos; 
- Despesas com estimativas de perdas com duplicatas 
derivadas de vendas a prazo (provisão para devedores 
duvidosos), etc. 
 
Despesas administrativas: representam os gastos pagos 
ou incorridos necessários para arcar com despesas para a 
gestão ou direção da empresa. Sua função é registrar, em cada 
conta específica, as despesas com a administração do negócio 
para atender aos objetivos da empresa. 
Dentre as despesas administrativas mais comuns, temos; 
- Honorários da administração; 
- Salários e encargos do pessoal administrativo; 
- Despesas legais e judiciais; 
- Material de escritório; 
- Depreciação de móveis e utensílios; 
- Seguro do escritório; 
- Energia elétrica; 
- Telefone, etc. 
 
Resultados financeiros líquidos: o art. 187 da Lei das S.A. 
– Lei nº 6.404/76 define como despesas operacionais as 
despesas financeiras deduzidas das receitas, ou seja, as 
receitas financeiras deverão ser compensadas das despesas 
financeiras. 
(=) Resultados Financeiros Líquidos 
(+) Receitas Financeiras 
(-) Despesas Financeiras 
 
Receitas Financeiras: são receitas geradas em função de: 
- Descontos obtidos 
- Juros recebidos 
- Rendimentos de aplicações financeiras (fundos de 
investimentos, por exemplo). 
 
Despesas Financeiras: são caracterizadas por serem 
despesas decorrentes da necessidade de Capital de Giro ou do 
financiamento do Ativo: 
- Juros pagos; 
- Descontos concedidos; 
- Despesas bancárias (IOF, manutenção da conta corrente, 
dentre outras, por exemplo) 
 
Outras Receitas e Despesas Operacionais: são as 
chamadas atividades acessórias do objetivo social da empresa. 
Compõem-se de itens que não são provenientes da atividade 
fim da empresa, tais como: 
- Participação nos resultados de coligadas e controladas 
pelo método de equivalência patrimonial; 
- Dividendos e rendimentos de outros investimentos; 
- Amortização de ágio ou deságio de investimentos; 
- Vendas diversas que não correspondem à atividade fim 
da empresa (venda de sucatas). 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Conhecimentos Específicos 19 
Resultado operacional antes do Imposto de Renda (IR) 
e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) - lucro 
ou prejuízo: o resultado obtido até este ponto na DRE 
constitui base de cálculo da Provisão para Imposto de Renda e 
da Provisão para Contribuição Social. Caso o resultado obtido 
seja negativo, caracterizando prejuízo em sua movimentação, 
não haverá incidência de IR e CSLL. 
Para o cálculo do imposto de renda a pagar, que deverá ser 
recolhido pela empresa, a base de cálculo (lucro tributável) é 
denominada Lucro Real, que será obtido mediante a 
escrituração do livro fiscal denominado LALUR - Livro de 
apuração do Lucro Real. Nesse livro, registram-se os ajustes 
necessários (adições e exclusões ou compensações) de acordo 
com a legislação vigente. 
 
Participações e Contribuições: após a apuração do 
"Resultado depois do IR e CSLL", deve-se calcular e deduzir 
outras participações do resultado, tais como dos empregados, 
administradores e de assistência ou previdência do 
empregado. Essas participações normalmente estão previstas 
no estatuto da empresa. 
 
Resultado líquido do exercício (lucro ou prejuízo): o 
Resultado Líquido corresponde ao resultado final do exercício"à disposição" dos proprietários (sócios ou acionistas) que, 
apoiados em determinações legais e estatutárias, determinam 
a forma como será feita a sua distribuição. O saldo 
remanescente integrará o Patrimônio Líquido da empresa nas 
contas Reservas de Lucros - caso ocorra lucro - e Prejuízos 
Acumulados - caso ocorra prejuízo. 
 
Exemplo de DRE 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
Vendas de Produtos 
Vendas de Mercadorias 
Prestação de Serviços 
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 
Devoluções de Vendas 
Abatimentos 
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas 
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
(-) CUSTOS DAS VENDAS 
Custo dos Produtos Vendidos 
Custo das Mercadorias 
Custo dos Serviços Prestados 
(=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 
Despesas Com Vendas 
Despesas Administrativas 
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS 
Despesas Financeiras 
(-) Receitas Financeiras 
Variações Monetárias e Cambiais Passivas 
(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas 
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS 
Resultado da Equivalência Patrimonial 
Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante 
(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não 
Circulante 
(=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE 
RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO 
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social 
Sobre o Lucro 
(=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 
(-) Debêntures, Empregados, Participações de 
Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de 
Assistência e Previdência para Empregados 
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
 
Questões 
 
01. (TRE/BA - Técnico Judiciário - CESPE) No que se 
refere à escrituração, o lançamento que consiste na 
regularização da conta indevidamente debitada ou creditada 
com a transposição do registro para a conta adequada é 
denominado 
(A) transferência. 
(B) estorno. 
(C) retificação. 
(D) complementação. 
(E) ressalva. 
 
02. (UFPA - Técnico em Contabilidade - UFPA) 
Enquanto procedimento básico em contabilidade, o registro 
contábil a débito de uma conta indica 
Aumento de valor em se tratando de contas de ativo e 
diminuição de valor em caso de contas de passivo. 
Diminuição de valor no caso de contas de ativo e aumento 
de valor em caso de contas de passivo. 
 Aumento de valor no caso de registro de receitas e 
diminuição de valor no caso de registro de despesas. 
Variação positiva em caso de contas de patrimônio 
líquido. 
Aumento de valor em caso de contas que indiquem 
exigibilidades. 
 
03. (Câmara de Boa Vista das Missões/RS - Contabilista 
do Legislativo Municipal - IOPLAN) Determinado contador, 
enquanto efetuava um lançamento no livro diário, escreveu 
erroneamente o número da nota fiscal. Tal fato foi por ele 
percebido de imediato. Nesse caso, é correto afirmar que o 
contador deverá: 
(A) Realizar um lançamento de estorno. 
(B) Fazer uma transferência numérica da nota fiscal. 
(C) Estabelecer uma ressalva, caso não concluído o 
lançamento. 
(D) Estabelecer uma complementação. 
 
04. (TRT 10° Região - Analista Judiciário - CESPE) O 
balanço patrimonial e o de resultado econômico devem ser 
lançados no livro razão. Ambos têm de ser assinados por 
técnico em ciências contábeis legalmente habilitado e pelo 
empresário ou sociedade empresária. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
05. (TRE/BA - Técnico Judiciário - CESPE) A pessoa 
jurídica tributada com base no lucro real deverá manter o livro 
razão ou fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta 
ou subconta, os lançamentos efetuados no livro diário. Com 
relação ao livro razão, assinale a opção correta. 
(A) É obrigatória a escrituração do livro razão por 
qualquer pessoa jurídica. 
(B) A escrituração do livro razão deverá ser 
individualizada, obedecendo-se à ordem cronológica das 
operações. 
(C) O livro razão, com escrituração sintética, é auxiliar do 
livro diário. 
(D) São dispensados no livro razão os termos de abertura 
e de encerramento. 
(E) As entidades comerciais que adotem escrituração 
completa estão obrigadas a autenticar o livro razão. 
 
Gabarito 
 
01.A / 02.A / 03.C / 04.Errado / 05.B 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Conhecimentos Específicos 20 
PATRIMÔNIO – COMPONENTES, EQUAÇÃO E 
SITUAÇÃO19 
 
O patrimônio é formado pelos bens direitos e obrigações 
de uma pessoa jurídica ou física, ou seja, para a contabilidade 
o patrimônio tem sentido amplo: por um lado, significa o 
conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou 
empresa; por outro lado, inclui as obrigações a serem pagas. 
 
Componentes Patrimoniais 
 
Os componentes do Patrimônio são os Bens, os Direitos e 
as Obrigações. Os bens podem ser: 
Tangíveis – têm forma física e são palpáveis 
Intangíveis – bens incorpóreos, isto é, não palpáveis não 
constituídos de matéria: as marcas e patentes por exemplo. 
Imóveis – são aqueles vinculados ao solo, que não podem 
ser retirados sem destruição ou danos: edifícios, construções 
árvores etc. 
Móveis – são aqueles que podem ser removidos por si 
próprios ou por outras pessoas: animais, máquinas, 
equipamentos, estoques de mercadorias etc. 
 
Vamos admitir que você tivesse de avaliar seu lar, sua casa. 
Seria fácil somar o valor dos eletrodomésticos, dos utensílios, 
dos móveis... dos bens tangíveis, enfim. Entretanto, algo muito 
precioso, talvez o mais importante, você não pode avaliar 
monetariamente: o amor, a comunhão entre os membros de 
sua família. Estes são os bens intangíveis. 
 
Direitos 
O ‘Direito’ é melhor definido como algo a exigir de 
terceiros. 
Em relação a uma empresa, o seu direito a receber mais 
comum é resultado das suas vendas a prazo, ou seja, quando 
ela vende mercadorias a outras empresas, governos, as 
pessoas, e o comprador não efetua o pagamento no ato, mas se 
compromete a fazê-lo numa data futura. 
A expressão ‘a Receber’ é uma característica presente nas 
contas patrimoniais de Direito da Empresa, como por exemplo 
Duplicatas a Receber. 
 
Obrigações 
As Obrigações são o contrário dos Direitos, ou seja, são as 
dívidas com terceiros, o termo Obrigação está relacionada 
justamente com a obrigação de realizar o pagamento. 
A expressão ‘a Pagar’ é uma característica presente nas 
contas patrimoniais de Obrigação da Empresa, como por 
exemplo Duplicatas a Pagar. 
 
Na contabilidade, o lado esquerdo do quadro, BENS + 
DIREITOS, é chamado de ATIVO e o lado direito, OBRIGAÇÕES, 
é chamado de PASSIVO. 
Como veremos, a diferença entre os valores totais do 
ATIVO e do PASSIVO, como a que se pode calcular no exemplo 
abaixo, é conhecida como SITUAÇÃO LÍQUIDA ou 
PATRIMONIO LÍQUIDO – PL. 
 
Ativo Passivo 
Bens + Direitos Valor Obrigações 
Exigíveis 
Valor 
Bens xxxxxx Obrigações xxxxxxx 
Direitos xxxxxx 
 
 
 
 
 
19 FAHL; C, A. MARION; C, J. Contabilidade Financeira. 2ª Edição. Valinhos: 
anhanguera Publicações Ltda, 2013. 280p. 
Ativo 
ATIVO é o conjunto de bens e direitos à disposição das 
empresas ou, dito de outra maneira, é conjunto de bens e 
direitos sobre os quais a empresa tem CONTROLE. 
As DUPLICATAS A RECEBER, os TÍTULOS A RECEBER etc. 
são DIREITOS DE PROPRIEDADE da empresa; por isso, 
pertencem ao ATIVO. 
De maneira geral, um item do ativo é registrado pelo seu 
preço de aquisição ou fabricação, ou seja, pelo CUSTO 
HISTÓRICO ou VALOR ORIGINAL. 
 
Passivo 
O PASSIVO corresponde às obrigações exigíveis da 
empresa, isto é, as dívidas que serão cobradas, reclamadas 
pelos seus credores (terceiros) a partir da data de seu 
vencimento. 
 
Patrimônio Líquido ou Situação Líquida 
Da soma dos bens e dos direitos, subtraem-se as 
obrigações, cujo resultado é a RIQUEZA LÍQUIDA, ou seja, a 
parte que sobra do PATRIMÔNIO para a pessoa ou para a 
empresa. 
Esse sobra do PATRIMÔNIO é denominada PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO – PL, ou SITUAÇÃO LIQUIDA. 
Dessa maneira, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO é a medida 
eficiente da verdade riqueza, e sua equação pode ser ilustrada 
conforme abaixo: 
 
Patrimônio x Capital 
Como vimos o Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e 
obrigações. Já o Capitalé o conjunto de recursos que estão à 
disposição da empresa, por parte de terceiros ou pelos 
proprietários. 
O Capital representa uma constituição diria de valores. No 
início da organização, na maiorias das constituições, é 
utilizado como investimento inicial efetuado pelos sócios, 
possibilitando a funcionalidade dos negócios da organização e 
esse capital faturamento sendo correspondido como o 
patrimônio. 
 
Equação Fundamental do Patrimônio e Situação 
Líquida 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = BENS + DIREITOS – 
OBRIGAÇÕES Ou simplesmente, PATRIMÔNIO LÍQUIDO = 
ATIVO – PASSIVO 
 
Observe que há situações em que o PATRIMÔNIO é grande, 
mas as obrigações superam os bens e os direitos; nesse caso, o 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO É NEGATIVO, isto é, NÃO HÁ RIQUEZA, 
a situação da empresa é péssima, como no exemplo abaixo, 
com dados que mostram um PATRIMÔNIO de parte para a CIA. 
TIJUCA: 
 
Cia. Tijuca.........................(Em milhares de reais) 
Ativo Passivo 
Bens 650 Obrigações 980 
Direitos 250 Patrimônio 
Líquido 
(80) 
 
No entanto, apesar do porte do PATRIMÔNIO, neste 
exemplo a RIQUEZA LÍQUIDA É NEGATIVA: 
 
PL = ATIVO (BENS + DIREITOS) – PASSIVO EXIGÍVEL 
(OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS) 
(80) = 900 - 980 
 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Conhecimentos Específicos 21 
Em outras situações, ainda que positivo, o PL de uma 
empresa é pouco significativo em relação ao seu PATRIMÔNIO. 
Por exemplo: 
 
Cia. Tijuca.....................(Em milhares de reais) 
Ativo Passivo 
Bens 1.830 Obrigações 4.500 
Direitos 2.800 Patrimônio 
Líquido 
130 
 
A análise dos dados mostra que se a Cia. Tijuca recebesse 
todos os seus direitos e vendesse todos os seus bens, daria 
para pagar a dívida mas sobraria um montante irrelevante. 
 
PL = ATIVO (BENS + DIREITOS) – PASSIVO EXIGÍVEL 
(OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS) 
130 = 4.630 – 4.500 
 
No entanto, é um dado fundamental que o PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO, os R$ 130 mil da Cia. Tijuca, significa exatamente 
quanto os seus proprietários (donos, sócios) nela investiram. 
Toda empresa necessita de uma quantia inicial de recursos 
(normalmente dinheiro) para efetuar suas primeiras 
aquisições, seus primeiros pagamentos e outras obrigações. 
Os proprietários, então aplicam suas poupanças pessoais 
com o objetivo de proporcionar à empresa os meios 
necessários ao início do negócio. 
Essa quantia inicial concedida pelos proprietários 
denomina-se, contabilmente, CAPITAL SOCIAL. Este capital 
poderá a qualquer momento ser aumentado. 
Por exemplo, a Cia. Beta, constituída por dois sócios, 
inicialmente contabiliza um CAPITAL SOCAIL 
(correspondente aos investimentos dos sócios) de R$ 500 mil. 
Com estes recursos, a Cia. Beta compra um prédio para sua 
sede e compra ainda R$ 200 mil de mercadorias, a prazo, para 
pagar em 60 dias. 
A contabilidade mostrará a seguinte situação: 
 
Cia. Beta........................(Em milhares de reais) 
Ativo Passivo 
Mercadoria 200 Fornecedores 200 
Prédio 500 Capital Social 500 
 
PL = ATIVO (BENS + DIREITOS) – PASSIVO EXIGÍVEL 
(OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS) 
500 = 700 – 200 
 
Outras Situações Patrimoniais 
 
1 – ATIVO = PATRIMONIO LÍQUIDO. Esta equação retrata 
a melhor situação para as empresas pois não há nenhuma 
obrigação com terceiros e o seu PASSIVO é igual a zero. Na 
prática, dificilmente encontraremos empresas nesta situação. 
 
2 – ATIVO = PASSIVO. Nesta situação, o PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO é igual a zero; a empresa não tem recursos próprios 
(CAPITAL PRÓPRIO). Considerando que, legalmente, todas as 
empresas têm CAPITAL SOCIAL, presume-se que esta situação 
é difícil de ocorrer. 
 
3 – ATIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO = PASSIVO. Nesta 
situação, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO é deficitário; os PREJUÍZOS 
tornaram o PATRIMÔNIO LÍQUIDO negativo. Num jargão 
popular, dizemos, nessa situação, que a empresa está com seu 
PASSIVO A DESCOBERTO. 
 
4 - PATRIMO LÍQUIDO = PASSIVO. Nesta situação, o 
ATIVO é igual a zero, existem somente OBRIGAÇÕES. Uma 
situação impossível, pois se há ORIGENS tem de haver 
APLICAÇÕES. 
5 – ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Esta 
situação é chamada EQUAÇÃO DO EQUILÍBRIO PATRIMONIAL 
e é nesta situação que se encontra a maioria das empresas. 
 
Representação Gráfica – Estrutura 
 
Como o ATIVO e PASSIVO consistem o PATRIMÔNIO 
(BENS DIREITOS e OBRIGAÇÕES), a seguinte 
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO é conhecido 
como BALANÇO PATRIMONIAL: 
 
Balanço Patrimonial 
ATIVO (APLICAÇÕES) PASSIVO (ORIGENS) 
------------------
-------- 
XXXXX -------------------------- XXXXX 
------------------
-------- 
XXXXX PATRIMÕNIO LÍQUIDO 
(ORIGENS) 
------------------
-------- 
XXXXX -------------------------- XXXXX 
Total XXXXX Total XXXXX 
 
Capital - Definição dos Vários Termos Empregado em 
Contabilidade 
De maneira geral, o termo CAPITAL significa “recursos” e 
pode ser adjetivado de várias maneiras, dependendo como se 
configura: 
Capital Próprio – são os recursos (financeiros ou 
materiais) dos proprietários (sócios ou acionistas) aplicados 
na empresa. 
Capital de Terceiros – são os recursos (financeiros ou 
materiais) de outras pessoas, estranhas à empresa (física ou 
jurídicas), aplicados na empresa. 
Capital Nominal ou Capital Declarado – contabilmente, 
são os recursos que os proprietários investem inicialmente na 
empresa. 
Capital subscrito – são os recursos que os sócios (ou 
acionistas) se comprometem a investir na empresa (aquilo que 
foi assinado, comprometido). 
Este compromisso surge no papel, no contrato social (no 
BOLETIM DE SUBSCRIÇÃO) assinado pelos sócios (ou 
acionistas). 
Capital Integralizado ou Capital Realizado – quando os 
sócios (ou acionistas) cumprem o contrato firmado (no ato da 
subscrição), fornecendo dinheiro ou outros bens à empresa, ou 
seja realizam o capital. 
Capital a Integralizar ou Capital a Realizar – é a parte 
(ou parcela) do capital comprometido (subscrito) ainda não 
realizado, ou seja, os sócios (ou acionistas) ainda não 
entregaram os bens prometidos para a empresa. 
Capital Autorizado – limite previsto em estatuto para 
futuras subscrições de capital sem que haja a necessidade de 
alteração estatutária, para as empresas cujo capital é 
constituído por ações (sociedades por ações, impropriamente 
chamadas de sociedades anônimas). 
Capital Total à Disposição da Empresa – é a soma do 
CAPITAL próprio com o CAPITAL DE TERCEIROS. 
Também conhecido como RECURSOS TOTAIS. 
Capital Aplicado – corresponde ao ATIVO TOTAL. É o 
LADO ESQUERDO DO BALANÇO (as APLICAÇÕES dos 
recursos). 
Capital Imobilizado – corresponde ao ATIVO 
PERMANENTE IMOBILIZADO. 
São os recursos destinados a manter a atividade 
operacional da empresa. 
Capital Fixo – corresponde ao ATIVO PERMANENTE 
TOTAL (que não se destina a venda). 
São os recursos investidos para garantir a atividade 
operacional, portanto, não sujeitos a movimentações 
frequentes, como a compra de mercadorias para revenda etc. 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Conhecimentos Específicos 22 
Questões 
 
(IPEM/RO – Contador – FUNCAB) Partindo da 
denominada equação contábil básica, pode-se concluir que: 
(A) O Patrimônio Líquido poderá ser positivo ou negativo, 
mas nunca será nulo. 
(B) O Ativo não poderá ser menor do que o Passivo. 
(C) O Ativo nunca será menor que o Patrimônio Líquido. 
(D) O Patrimônio Líquido é sempre superior ao Passivo. 
(E) O Passivo poderá ser negativo. 
 
(UFU/MG – Contador – UFU/MG) Assinale a equação 
patrimonial representativa de passivo a descoberto. 
(A) Ativo = Passivo + Patrimônio Liquido 
(B) Ativo = Passivo 
(C) Patrimônio Líquido = Ativo 
(D) Passivo = Ativo + Patrimônio Liquido 
 
(BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO) 
Sabendo-se que A = Ativo; P = Passivo e PL = Patrimônio 
Líquido, na equação patrimonial, ocorrerá situação 
patrimonial nula quando 
(A) A + P = PL. 
(B) A + PL = P. 
(C) A = P. 
(D) A = PL. 
(E) A = P + PL. 
 
Gabarito 
 
01. C / 02. D / 03. C 
 
ESTOQUES CONTÁBIL20 
 
Os estoques representam um dos ativos mais importantes 
da empresa e, por isso, a sua corretadeterminação no início e 
no fim do período contábil é essencial para apuração do lucro 
líquido do exercício. 
 
Itens Integrantes dos Estoques 
 
A contabilização das compras de itens dos estoques deve 
ocorrer no momento da transmissão do direito de propriedade 
dos mesmos. Assim, para determinar se os itens integram ou 
não a conta de estoques, deve-se ter em conta o direito de sua 
propriedade, e não a sua posse física. 
Os estoques estão representados basicamente por: 
mercadorias para revenda, produtos acabados, produtos em 
elaboração, matérias-primas, almoxarifado, importações em 
andamento e adiantamentos a fornecedores de estoques, 
observando-se que serão também considerados: 
a) os itens existentes fisicamente em estoques, excluindo-
se aqueles que estão fisicamente na empresa, mas não são de 
propriedade da empresa, tais como aqueles recebidos em 
consignação, para conserto, etc. 
b) os itens adquiridos, mas que estão em trânsito, 
(compras em trânsito) para as instalações da empresa, com 
cláusula FOB no ponto de embarque, na data do balanço; 
c) os itens de propriedade da empresa que estão em poder 
de terceiros para conserto, consignação, beneficiamento ou 
armazenamento; 
d) itens em trânsito para um cliente com cláusula FOB no 
destino; 
Por outro lado, não devem ser incluídos na conta estoque, 
na data do balanço: 
 
20 Manual de Contabilidade. Disponível em: 
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad
=rja&uact=8&ved=0CB0QFjAAahUKEwjgqr7l4PvGAhXGmYAKHU22AGQ&url=htt
p%3A%2F%2Fwww.ccontabeis.com.br%2FTrabalho%2FManual%2520de%252
a) as compras em trânsito, quando as condições são de sua 
entrega na fábrica ou em outro lugar designado pela empresa 
(FOB-destino); 
b) as mercadorias recebidas de terceiros em consignação, 
depósito, etc.; 
c) os materiais comprados, mas sujeitos a aprovação, que 
somente serão integrados ao estoque após a aprovação. 
 
Classificação Contábil dos Estoques 
 
O termo "estoque" refere-se a todos os bens tangíveis 
mantidos para venda ou uso próprio no curso ordinário de 
negócio, bens em processo de produção para venda ou para 
uso próprio ou que se destinam ao consumo na produção de 
mercadorias para venda ou uso próprio. 
Seguindo o conceito de liquidez, o subgrupo estoques 
classifica-se no Circulante, após o subgrupo Outros Créditos. 
Todavia, poderão haver casos de empresas que tenham 
estoques cuja realização ultrapasse o exercício seguinte, assim 
deve haver a reclassificação dos estoques para o Realizável a 
Longo Prazo, em conta à parte. 
 
-Produtos Acabados: Nessa conta são registrados os 
produtos terminados e oriundos da própria fabricação da 
empresa, disponível para venda, podendo ser estocados na 
fábrica, depósitos de terceiros ou filiais. 
Essa conta é debitada pela transferência da conta produtos 
em elaboração e creditada por ocasião das vendas ou 
transferências para outro estabelecimento da empresa. 
 
-Mercadorias Para Revenda: Representa os produtos 
adquiridos de terceiros para revenda, acabados e que não 
sofrem nenhum processo de transformação na empresa. 
 
-Matérias-Primas: Engloba todos os materiais a serem 
utilizados ou transformados no processo produtivo. 
 
-Material de Embalagem: Abriga os itens de estoque que 
se destinam à embalagem ou acondicionamento dos produtos 
para venda. 
 
-Manutenção e Suprimento: Nessa conta são registrados 
os valores relativos aos estoques de peças para manutenção de 
máquinas, equipamentos, edifícios, etc., que serão utilizados 
em consertos. No caso de troca de peças mediante baixa da 
peça anterior, o valor das peças será agregado ao imobilizado 
e não apropriado como despesas. 
 
-Importação em Andamento: Serão registrados nessa 
conta os custos incorridos relativos às importações em 
andamento de matérias-primas ou itens destinados ao 
estoque. 
 
- Almoxarifado e Bens de Consumo Eventual: Nessa 
conta são registrados itens de estoque de consumo geral, tais 
como: material de escritório, produtos de higiene, produtos 
para alimentação dos funcionários, etc. 
É comum as empresas lançarem tais valores como 
despesas no momento da compra, mantendo à parte, um 
controle quantitativo, uma vez que tais itens, na maioria das 
vezes, representam uma quantidade muito grande de itens, 
mas de pequeno valor, não afetando os resultados. 
Poderá ser registrado diretamente como custo de 
produção a aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor 
não exceda a 5% (cinco por cento) do custo total dos produtos 
vendidos no exercício social anterior. 
0Contabilidade_Parte_I.doc&ei=oV-
2VaDWBMazggTN7IKgBg&usg=AFQjCNG9Eqgc_ZQmnyt-ZBUqkzJMA-
Yl4A&sig2=EBDzx8HkqZbhlxsack1aSw&bvm=bv.98717601,d.eXY. 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Conhecimentos Específicos 23 
Bens de consumo eventual são aqueles de uso imprevisível 
ou de frequência irregular ou esporádica no processo 
produtivo, tais como (PN CST nº 70/79): 
a) materiais destinados a restaurar a integridade ou a 
apresentação de produtos danificados; 
b) materiais e produtos químicos para testes; 
c) produtos químicos e outros materiais para remoção de 
impurezas de recipientes utilizados no processo produtivo; 
d) embalagens especiais utilizadas, por exemplo, para 
atender determinadas necessidades de transporte; 
e) produtos para retificar deficiências reveladas pelas 
matérias-primas ou produtos intermediários; 
f) materiais destinados ao reparo de defeitos ocorridos 
durante a produção; 
g) produtos a serem utilizados em serviço especial de 
manutenção. 
 
-Adiantamento a Fornecedores: Os adiantamentos 
efetuados a fornecedores de matéria-prima ou produto para 
revenda são registrados nessa conta; a baixa será efetuada por 
ocasião do efetivo recebimento, registrando-se o custo total na 
correspondente conta do estoque, e caso haja saldo a pagar, na 
conta fornecedores, no passivo circulante. 
 
-Provisão Para Ajuste do Estoque ao Valor de Mercado: 
O custo de aquisição ou produção dos bens existentes na data 
do balanço deverá ser ajustado ao valor de mercado, mediante 
a constituição de uma provisão, quando este for menor, que 
será classificada como conta redutora do subgrupo estoques. 
Para constituição da provisão é necessário que se 
especifique, item por item, os bens que, comprovadamente, 
estejam com preço de mercado inferior ao seu custo. 
Segundo o artigo 183 da Lei das Sociedades por Ações (Lei 
nº 6.404/76), considera-se valor de mercado: 
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o 
preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no 
mercado; e 
b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido 
de realização mediante venda no mercado, deduzidos os 
impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a 
margem de lucro. 
 
Para fins fiscais, esta provisão passou a ser indedutível 
para efeito de apuração do lucro real a partir de 01.01.96 (Lei 
nº 9.249/95, art. 13, I). 
 
-Provisão Para Perdas em Estoques: As quebras e 
perdas conhecidas em estoques ou calculados por estimativa, 
relativas a estoques obsoletos ou que se perdem ou evaporam 
no processo produtivo, podem ser ajustadas mediante a 
constituição da provisão para perdas em estoques, classificada 
com redutora do subgrupo estoques, tendo como 
contrapartida uma conta de despesa no resultado, não 
dedutível para efeitos fiscais. 
 
Critérios de Avaliação dos Estoques 
 
Para elaboração de balanços e apuração de resultados são 
necessários o levantamento e a avaliação dos estoques de 
mercadorias para revenda, matérias-primas, materiais de 
embalagem, produtos acabados e produtos em elaboração da 
pessoa jurídica. 
De acordo com o item II do artigo 183 da Lei das S/A, "os 
direitos que tiverem por objeto mercadoria e produtos do 
comércio da companhia, assim como matéria-prima, produtos 
em fabricação e bens em almoxarifado, serão avaliados pelo 
custo de aquisição ou produção, deduzido da provisão para 
ajustá-lo ao valor de mercado quando este for inferior". 
A apuraçãoe determinação dos custos dos estoques é um 
dos aspectos mais complexos da área contábil, não só pelo fato 
de ser um ativo significativo, mas pelo reflexo que produz na 
apuração dos resultados. 
 
Composição do Custo de Aquisição 
 
O custo de mercadorias para revenda, assim como o das 
matérias-primas e outros bens de produção compreende, além 
do valor pago ao fornecedor, o valor correspondente ao 
transporte (fretes) e seguro e dos tributos devidos na 
aquisição ou na importação, excluídos os impostos 
recuperáveis através de crédito na escrita fiscal. 
As mercadorias ou bens importados têm seu custo 
avaliado por todos os valores dispendidos até a data da 
entrada no estabelecimento importador, tais como taxas 
bancárias, gastos com desembaraço aduaneiro, honorários de 
despachante, etc. 
 
Apuração do Custo 
 
Como regra geral, a pessoa jurídica deverá promover ao 
final de cada exercício, o levantamento e avaliação dos 
estoques, adotando-se os seguintes critérios, conforme o caso: 
a) pelo custo médio ponderado; ou 
b) pelo custo dos bens adquiridos ou produzidos mais 
recentemente (PEPS - primeiro a entrar, primeiro a sair); 
c) pelo preço de venda, subtraída a margem de lucro; 
d) pelo custo da última mercadoria que entrou - UEPS - 
último a entrar, primeiro a sair. 
 
Observe-se que não é permitida, pela legislação do Imposto 
de Renda, a avaliação dos estoques pelo método UEPS - último 
a entrar, primeiro a sair. 
 
I - Custo Médio Ponderado 
Este sistema consiste em avaliar o estoque pelo custo 
médio de aquisição, apurado em cada entrada de mercadorias 
ou matéria-prima, ponderado pelas quantidades adicionadas e 
pelas anteriormente existentes. 
Demonstramos, na ficha de estoque, abaixo, o método de 
avaliação pelo custo médio: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Conhecimentos Específicos 24 
Data Histórico ENTRADAS SAÍDAS SALDO 
Quant Custo 
Histórico R$ 
Total R$ Quant Custo 
Médio 
R$ 
Total R$ Quant Custo 
Médio 
R$ 
Total R$ 
05.06 Compra 20 50.00 1.000,00 - - - 20 50,00 1.000,00 
12.06 Compra 20 55,00 1.100,00 - - - 40 52,50 2.100,00 
18.06 Venda - - - 10 52,50 525,00 30 52,50 1.575,00 
28.06 Compra 20 100,00 2.000,00 - - - 50 71,50 3.575,00 
30.06 Venda - - - 30 71,50 2.145,00 20 71,50 1.430,00 
 Totais 60 - 4.100,00 40 - 2.670,00 20 71,50 1.430,00 
 
De acordo com o PN CST nº 06/79, o Fisco admite que as saídas sejam registradas unicamente no final do mês, desde que avaliadas 
ao preço médio, sem considerar a baixa para fins de cálculo daquele custo médio. 
Assim, com base nos dados da ficha de estoque anterior, teremos: 
 
Data Histórico ENTRADAS SAÍDAS SALDOS 
Quant. Custo 
Unitário 
R$ 
Total R$ Quant. Custo 
Unitário 
R$ 
Total R$ Quant. Custo 
Unitário 
R$ 
Total R$ 
05.06 Compra 20 50,00 1.000,00 - - - 20 50,00 1.000,00 
12.06 Compra 20 55,00 1.100,00 - - - 40 52,50 2.100,00 
28.06 Compra 20 100,00 2.000,00 - - - 60 68,34 4.100,00 
30.06 Vendas no 
Mês 
- - - 40 68,34 2.733,60 20 68,34 1.366,40 
 Totais 60 4.100,00 40 2.733,60 20 68,34 1.366,40 
 
II - PEPS - Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair 
Por este método, as saídas do estoque são avaliadas pelos respectivos custos de aquisição, pela ordem de entrada, resultando que 
o estoque ficará sempre avaliado aos custos das aquisições mais recentes (últimas compras). 
Neste caso, a ficha de estoque mostraria os seguintes valores: 
 
Data Histórico ENTRADAS SAÍDAS SALDO 
Quant. Custo 
Unitário 
R$ 
Total R$ Quant. Custo 
Unitário 
R$ 
Total 
R$ 
Quant. Custo 
Unitário 
R$ 
Total 
R$ 
05.06 Compra 20 50,00 1.000,00 - - - 20 50,00 1.000,00 
12.06 Compra 20 55,00 1.100,00 - - - 20 
20 
______ 
40 
50,00 
55,00 
1.000,00 
1.100,00 
________ 
2.100,00 
18.06 Venda 10 50,00 500,00 10 
20 
____ 
30 
50,00 
55,00 
500,00 
1.100,00 
________ 
1.600,00 
28.06 Compra 20 100,00 2.000,00 10 
20 
20 
_____ 
50 
50,00 
55,00 
100,00 
500,00 
1.100,00 
2.000,00 
_______ 
3.600,00 
30.06 Venda 10 
20 
____ 
30 
50,00 
55,00 
500,00 
1.100,00 
_______ 
1.600,00 
 
20 
 
100,00 
 
2.000,00 
 
III - Preço de Venda, Subtraída a Margem de Lucro 
Admite-se, ainda, que se proceda a avaliação dos estoques de mercadorias a preço de venda, subtraída a margem de lucro, embora 
entendemos não ser o melhor critério, mas é também aceito pela legislação fiscal. 
Tendo em vista que a margem de lucro corresponde à diferença entre o preço de venda e o custo de aquisição ou produção dos 
bens, não pode o contribuinte atribuir uma margem de lucro qualquer para avaliação dos estoques, uma vez que tal procedimento 
pode implicar numa superavaliação ou subavaliação dos valores e, consequentemente, na majoração dos resultados ficando sujeito a 
possíveis questionamentos fiscais. 
IV - Quadro Comparativo das Avaliações Apresentadas 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Conhecimentos Específicos 25 
De conformidade com os critérios de avaliação de estoque apresentados e uma receita líquida de vendas de R$ 10.000,00, podemos 
fazer as seguintes comparações: 
 
 CUSTO MÉDIO PONDERADO 
 SAÍDAS REGISTRADAS 
DIARIAMENTE 
SAÍDAS REGISTRADAS NO 
FINAL DO MÊS 
PEPS 
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 10.000,00 10.000,00 10.000,00 
(-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 2.670,00 2.733,60 2.100,00 
(=) LUCRO BRUTO 7.330,00 7.266,40 7.900,00 
ESTOQUE FINAL 1.430,00 1.366,40 2.000,00 
 
Registro Permanente de Estoques 
 
No caso de controle permanente de estoques, deverão ser observados os seguintes procedimentos: 
 
I - Critérios a Observar 
O registro permanente de estoques pode ser feito em livros, fichas ou em formulários contínuos emitidos por processamento de 
dados, sendo que os modelos são de livre escolha da empresa e cujos saldos serão transpostos para o livro Registro de Inventário. 
Os registros deverão ser feitos em ordem cronológica, sendo aberta uma ficha para cada espécie de bem a controlar. 
O custo das mercadorias vendidas ou das matérias-primas utilizadas na produção deverá corresponder ao total dos valores 
lançados durante o período na coluna "saídas". 
a) Devoluções 
Ocorrendo devoluções, tanto de compras como de vendas efetuadas, deverão ser adotados os seguintes procedimentos: 
- no caso de devolução de compras, serão registradas na ficha de estoque na coluna "entradas" de forma negativa (entre 
parênteses), pelo mesmo valor lançado por ocasião da aquisição; 
- no caso de devolução de vendas, serão registrados na ficha de estoque na coluna "saídas", também de forma negativa, pelo mesmo 
valor da saída correspondente. 
Observe-se que o lançamento da devolução implica em ajuste do custo médio, uma vez que este fato altera o saldo físico e monetário 
do estoque. 
Os gastos relativos às devoluções de compras ou vendas, tais como fretes, seguro, etc., serão tratados como despesas operacionais, 
não sendo agregados ao custo. 
b) Contagem Física para Ajuste dos Saldos 
A empresa que possuir registro permanente de estoques só estará obrigada a ajustar os saldos contábeis, pelo confronto com a 
contagem física, ao final do exercício. 
 
Empresa que não mantém registro permanente de estoques: 
A pessoa jurídica que não possuir registro permanente de estoques deverá promover, ao final de cada exercício, o levantamento 
físico dos seus estoques, sendo que os estoques encontrados serão avaliados pelo preço praticado nas compras mais recentes, 
constantes das notas fiscais de aquisição, excluídos os impostos quando recuperáveis (IPI/ICMS). 
 
I - Custo das Mercadorias Vendidas - CMV 
A apuração do custo das mercadorias vendidas está diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois representa a baixa 
efetuada nas contas dos estoques por vendas realizadas no período. 
Quando o controle de estoques é feito mediante contagem física, o custo das mercadorias vendidas ou das matérias-primas 
utilizadas no processo de produção é obtido através da seguinte operação: 
CMV = EI + C - EF (custo das mercadorias vendidas

Continue navegando