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Lei de Execução Penal - Princípios, Objetivo e Sujeitos

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LEI DE EXECUÇÃO PENAL
-LEI DE EXECUÇÃO PENAL (7210/84)
1) PRINCÍPIOS:
1- HUMANIDADE: veda o estabelecimento de penas de caráter perpétuo, de banimento, cruéis, de trabalhos forçados e de morte (salvo em caso de guerra declarada);
2- PROPORCIONALIDADE: a pena deve ser proporcional ao crime praticado, ou seja, deve haver equilíbrio entre a infração e a sanção;
3- LEGALIDADE: significa que nenhum comportamento pode ser considerado crime e nenhuma pena pode ser aplicada sem que uma lei anterior a sua prática assim estabeleça;
4- INTRANSCENDÊNCIA OU PERSONALIDADE: a pena atinge o infrator da lei em sua pessoa. Portanto, somente poderá ser dirigida ao autor da infração penal, não podendo ultrapassá-lo;
5- INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA: previsão no art. 5º, XLVI, da CF/1988.
2) OBJETIVO: visa efetivar a sentença penal condenatória ou absolutória imprópria, se aplicando também, excepcionalmente, aos presos provisórios oriundos de prisões cautelares
3) NATUREZA JURIDICA DA EXECUÇÃO PENAL
Prevalece o entendimento que a execução penal tem natureza jurídica mista, se desenvolvendo tanto no plano administrativo como no plano jurisdicional.
4) SUJEITOS DA EXECUÇÃO PENAL
• Sujeito ativo: o sujeito ativo da execução penal é o Estado. A execução da pena é monopólio estatal, independentemente da natureza da ação penal que gerou (pública ou privada). 
• Sujeito passivo: o sujeito passivo é aquele a quem é imposta a pena ou aplicada medida de segurança. Conforme se compreende do art. 2º, parágrafo único, da LEP, o executado pode ser tanto o preso definitivo quanto o provisório
5) CLASSIFICAÇÃO DO CONDENADO E DO INTERNADO
-Antecedentes: será analisada a vida pregressa do condenado, verificando-se os processos criminais que já respondeu, com destaque a sua eventual condição de reincidente;
-Personalidade: trata-se de uma análise genérica das características do condenado, principalmente no que tange seu caráter e tendências;
 
*Classificação feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório*
(A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais do serviço social)
EXAME CRIMINOLÓGICO
Condenados ao Regime Fechado e eventualmente, no semiaberto.
Tem por objetivo a obtenção dos elementos necessários para classificar e individualizar a pena.
O exame criminológico será obrigatório ao condenado à pena privativa de liberdade no regime fechado e facultativo aos regimes semiaberto e aberto.
súmula 439 do STJ: “Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada”.
5.1 IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO
- Crime doloso praticado com violência de natureza grave contra pessoa;
-Crime Hediondo. (OBRIGATÓRIO)
A técnica utilizada para extração de DNA deve ser adequada e indolor. SERÁ ARMAZENADA EM BANCO DE DADOS SIGI.
Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético.
6- ASSISTÊNCIA 
-Dever do ESTADO;
-A assistência será conferida aos presos definitivos e provisórios, internados (aqueles condenados a medida de segurança) e aos egressos (aqueles liberados do cumprimento da pena de forma definitiva pelo prazo de 1 ano a contar da saída do estabelecimento e o liberado condicional, durante o período de prova)
-
Segundo o art. 11 da LEP as espécies de assistência são:
 • assistência material (alimentação, vestuário, instalações higiênicas); 
• assistência à saúde (atendimento médico, farmacêutico, odontológico),
 • assistência jurídica (prestadas a presos sem recursos financeiros, defensoria pub.);
 • assistência educacional (instrução escolar, formação profissional- ensino de 1º grau será obrigatório);
• assistência social (amparar o preso e o internado e prepará-los para o retorno a liberdade);
• assistência religiosa.
• assistência ao egresso: consiste: 	Comment by Vitoria Campos: O preso em livramento condicional ,no período de prova, pode receber os benefícios
-na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade;
- na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses. Esse prazo poderá ser prorrogado uma única vez, comprovado, por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego.
7- TRABALHO
7.1 INTRODUÇÃO 
Trabalho é a atividade desempenhada pelos presos ou internados dentro ou fora do estabelecimento prisional, sujeita à remuneração;
Dever social e condição de dignidade humana;
Finalidade educativa e produtiva;
*o trabalho, devidamente remunerado, é obrigatório ao preso na medida de sua aptidão e capacidade. Tal obrigatoriedade, entretanto, não se confunde com trabalho forçado, que é constitucionalmente vedado (art. 5º, XLVII, c, da CF). Isso significa que se o condenado recusar-se à sua execução, não poderá ser constrangido a tanto, porém tal conduta implicará cometimento de falta grave (arts. 39, V, e 50, VI, da LEP) sujeitando-o às sanções disciplinares previstas em lei. Ressalva existe com relação ao condenado por crime político que, nos termos do art. 200 da LEP, não está obrigado a trabalhar*
NÃO é regido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho); vinculo de direito público;	Comment by Vitoria Campos: Não é indenizado por acidente de trabalho!
NÃO poderá ser inferior a 3/4 (três quartos) do salário mínimo;
Descontos: 
• indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por outros meios;
 • assistência à família;
 • pequenas despesas pessoais; 
• ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores.
*As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas*
RESTANTE DA REMUNERAÇÃO SERA DEPOSITADA EM CADERNETA DE POUPANÇA.
7.2- TRABALHO INTERNO
Aquele prestado nas dependências do estabelecimento prisional;
O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e capacidade;
· Preso Provisório: NÃO é obrigatório; quando ocorrer, só poderá ser realizado dentro do estabelecimento penal;
· Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões de turismo;
· Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua idade;
· Jornada de Trabalho: 
- Mínimo de 6horas;
-Máximo de 8horas;
-Descanso: domingos e feriados
· Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos designados para os serviços de conservação e manutenção do estabelecimento penal;
· O trabalho poderá ser gerenciado por fundação ou empresa pública, com autonomia administrativa, e terá por objetivo a formação profissional do condenado.
7.3 TRABALHO EXTERNO
Aquele realizado fora do estabelecimento prisional.
· Preso em Regime Fechado: Trabalho externo somente em serviços ou obras públicas realizadas por órgãos da administração direta ou indireta, ou entidades privadas;
-O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de empregados na obra;	Comment by Vitoria Campos: PRESO EM REGIME SEMIABERTO TAMBEM PODE EXERCER TRABALHO EXTERNO,NÃO APLICANDO NECESSARIAMENTE AS HIPOTESES DO PRESO EM REGIME FECHADO.
- Direção do estabelecimento prisional é o responsável pela autorização;
Requisitos para trabalho externo:
- Requisito Objetivo: Cumprimento mínimo de 1/6 da pena;
-Requisito Subjetivo: Aptidão, disciplina e responsabilidade do preso.	Comment by Vitoria Campos: PRESO EM REGIME SEMIABERTO: SUMULA 40: PARA OBTENÇÃO DE SAIDA TEMPORARIA E TRABALHO EXTERNO,CONSIDERA-SE O TEMPO DE CUMPRIMENTO DA PENA NO REGIME FECHADO.
* Deve ser assegurado o trabalho externoaos condenados por crimes hediondos*
Revogação do Trabalho Externo:
-Pratica de crime;
-Prática de falta grave:
-Comportamento contrario aos requisitos de cautelas contra a fuga e em favor da disciplina;
8- DEVERES,DIREITOS E DISCIPLINA
8.1) DEVERES
• comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
• obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se; 
• urbanidade e respeito no trato com os demais condenados; 
• conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina;
• execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
• submissão à sanção disciplinar imposta; 
• indenização à vitima ou aos seus sucessores;
• indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho; 
• higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; 
• conservação dos objetos de uso pessoal.
 
Os deveres também devem ser observados pelos presos provisórios.
 
8.2) DIREITOS
O art. 40 da LEP, em harmonia com o art. 5º, XLIX, da CF/88, assegura aos presos (definitivos e provisórios) o respeito à integridade física e moral. Essa proteção ainda é trazida em outros dispositivos constitucionais, a exemplo da proibição da tortura.
Súmula Vinculante 11, segundo a qual “só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.
• alimentação suficiente e vestuário; 
• atribuição de trabalho e sua remuneração;
 • previdência social; 
• constituição de pecúlio; 
• proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação; 
• exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; 
• assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; 
• proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
 • entrevista pessoal e reservada com o advogado; 
• visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
 • chamamento nominal; 
• igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena; 
• audiência especial com o diretor do estabelecimento;
 • representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; 
• contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
 • atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade judiciária competente.
· DIREITOS QUE PODERÃO SER SUSPENSOS OU RESTRINGIDOS: 
-Proporcionalidade na distribuição do tempo para trabalho, o descanso e a recreação;
- Visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
-Contato com o mundo exterior.
8.3) DISCIPLINA
Colaboração com a ordem;
Obediência às determinações das autoridades e seus agentes;
Desempenho do trabalho.
*estão sujeitos à disciplina o condenado à pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos e o preso provisório. *
*não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar*
*As disposições referentes à disciplina não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do condenado. Por esse motivo, são vedadas as sanções coletivas e o emprego de cela escura.*
*o poder disciplinar, na execução da pena privativa de liberdade, será exercido pela autoridade administrativa. Já na execução das penas restritivas de direitos, o poder disciplinar será exercido pela autoridade administrativa a que estiver sujeito o condenado.*
8.3.2) FALTAS DISCIPLINARES
Prazo prescricional: 3 ANOS	Comment by Vitoria Campos: o Supremo Tribunal Federal (Informativo 745): “Se o Estado demorar muito tempo para punir o condenado que praticou uma falta disciplinar, haverá a prescrição da infração disciplinar. Não existe lei federal prevendo de quanto será esse prazo prescricional. Por essa razão, a jurisprudência aplica, por analogia, o menor prazo prescricional existente no Código Penal, qual seja, o de 3 anos, previsto no art. 109, VI, do CP. Assim, se entre o dia da infração disciplinar e a data de sua apreciação tiver transcorrido prazo superior a 3 anos, a prescrição restará configurada”.
Somente o Juiz da Execução poderá decidir sobre a sanção correspondente à prática da falta grave. Vale ressaltar que, caberá a autoridade administrativa a representação ao Juiz da Execução e este analisará o fato;
Decidiu o STJ: “Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar, no âmbito da execução penal, é imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado”
STJ, Súmula n. 534: A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração. 
STJ, Súmula n. 535: A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto. 
STJ, Súmula n. 441: A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional.
Comete falta grave o condenado à pena privativa de LIBERDADE que:	Comment by Vitoria Campos: ROL TAXATIVO	Comment by Vitoria Campos: Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar (art. 127 LEP)
 • incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; 
• fugir; 
• possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; 
•provocar acidente de trabalho; 
• descumprir, no regime aberto, as condições impostas; 
• inobservar os deveres previstos nos incisos II (obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se) e V (execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas), do artigo 39; 
• tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.
 • recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético. (Incluído pela Lei n. 13.964/2019 – pacote anticrime).
Faltas graves no cumprimento de penas RESTRITIVAS de direitos. São elas: 
• descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
 • retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta; 
• inobservar os deveres previstos nos incisos II (obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se) e V (execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas), do artigo 39;
• pratica de crime doloso.	Comment by Vitoria Campos: STJ, Súmula n. 526: O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como crime doloso no cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal instaurado para apuração do fato.
8.3.3) RDD (Regime Disciplinar Diferenciado)
Quando a pratica de crime doloso ocasionar subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado.
Lei n. 13.964/2019 (pacote anticrime) também estabeleceu que o RDD será aplicado aos presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros:
 • que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade; 
• sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de falta grave
-CARACTERISTICAS:
• duração máxima de até 2 (dois)anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie; (Incluído pela Lei n. 13.964/2019 – pacote anticrime).	Comment by Vitoria Campos:  regime disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o preso: • continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de origem ou da sociedade; ou • mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados do tratamento penitenciário.
• recolhimento em cela individual; (Incluído pela Lei n. 13.964/2019 – pacote anticrime)
 • visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de terceiro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas; (Incluído pela Lei n. 13.964/2019 – pacote anticrime).
 • direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso; (Incluído pela Lei n. 13.964/2019 – pacote anticrime). 
• entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial em contrário; (Incluído pela Lei n. 13.964/2019 – pacote anticrime). 
• fiscalização do conteúdo da correspondência; (Incluído pela Lei n. 13.964/2019 – pacote anticrime). 
• participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a participação do defensor no mesmo ambiente do preso. (Incluído pela Lei n. 13.964/2019 – pacote anticrime
Caso existam indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional federal. (Incluído pela Lei n. 13.964/2019 – pacote anticrime);
Caberá ao Diretor do estabelecimento prisional ou outra autoridade administrativa o requerimento de inclusão de preso no RDD;
Em regra, apresentado o pedido de inclusão do preso no regime, deverão se manifestar o Ministério Público e a defesa, EXCETO a inclusão preventiva do preso no RDD, isto é, sem a previa oitiva do Ministério Publico e da Defesa.	Comment by Vitoria Campos: Esse isolamento preventivo terá o prazo máximo de 10 (dez) dias e dependerá de despacho do juiz competente.
8.3.4) Sanções Disciplinares, Aplicação das Sanções, Recompensas e Procedimento Disciplinar
Em harmonia com os princípios da legalidade e anterioridade, as  sanções disciplinares estão previstas no art. 53 da LEP em rol taxativo. 
Dispõe o citado dispositivo que constituem sanções disciplinares: 
• advertência verbal;	Comment by Vitoria Campos: A aplicação das sanções de advertência verbal, repreensão, suspensão ou restrição de direitos e isolamento em cela individual, compete ao diretor do estabelecimento prisional, exigindo-se, sempre ato motivado. 
 • repreensão;
 • suspensão ou restrição de direitos; 
• isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam alojamento coletivo; e 	Comment by Vitoria Campos: A sanção de isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a 30 (trinta) dias, ressalvada a hipótese do RDD.O isolamento será sempre comunicado ao Juiz da execução.
• inclusão no regime disciplinar diferenciado (RDD).	Comment by Vitoria Campos: A inclusão no regime disciplinar diferenciado – RDD, condiciona-se à decisão fundamentada do juiz competente (art. 54 da LEP).
A aplicação das sanções deve ser precedida de prévio procedimento administrativo disciplinar em que seja assegurado ao preso o direito de defesa.	Comment by Vitoria Campos: STJ, Súmula n. 533: Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado
*RECOMPENSAS*
• o elogio;
 • a concessão de regalias. 
Ademais, a  legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a forma de concessão de regalias.
9- ORGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL
A LEP estabelece como órgãos da execução penal: 	Comment by Vitoria Campos: Esses órgãos possuem atribuições diferentes e não conflitantes entre si, sendo extremamente relevantes para o controle e fiscalização da execução penal e para o fortalecimento do propósito da LEP de ressocialização do condenado e de apoio ao egresso.
• Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária; 	Comment by Vitoria Campos: Órgão colegiado, com sede na capital do Brasil (Brasília), e subordinado ao Ministério da JustiçaCOMPOSIÇÃO:13 (treze) membros designados através de ato do Ministério da Justiça, dentre professores e profissionais da área do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem como por representantes da comunidade e dos Ministérios da área social. O mandato dos membros do Conselho terá duração de 2 (dois) anos, renovando-se 1/3 (um terço) a cada ano.COMPETENCIA:• propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito, administração da Justiça Criminal e execução das penas e das medidas de segurança; • contribuir na elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo as metas e prioridades da política criminal e penitenciária; • promover a avaliação periódica do sistema criminal para a sua adequação às necessidades do País; • estimular e promover a pesquisa criminológica; • elaborar programa nacional penitenciário de formação e aperfeiçoamento do servidor; • estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de estabelecimentos penais e casas de albergados; • estabelecer os critérios para a elaboração da estatística criminal; • inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, bem assim informar-se, mediante relatórios do Conselho Penitenciário, requisições, visitas ou outros meios, acerca do desenvolvimento da execução penal nos Estados, Territórios e Distrito Federal, propondo às autoridades dela incumbida as medidas necessárias ao seu aprimoramento;• representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para instauração de sindicância ou procedimento administrativo, em caso de violação das normas referentes à execução penal; • representar à autoridade competente para a interdição, no todo ou em parte, de estabelecimento penal
• Juízo da Execução; 	Comment by Vitoria Campos: A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei local de organização judiciária e, na sua ausência, ao da sentença.O art. 66 da LEP, em rol exemplificativo (numerus apertus), determina as competências do juiz da execução. São elas: • aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado; • declarar extinta a punibilidade; • decidir sobre: soma ou unificação de penas; progressão ou regressão nos regimes; detração e remição da pena; suspensão condicional da pena; livramento condicional; incidentes da execução; • autorizar saídas temporárias; • determinar: forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e fiscalizar sua execução; conversão da pena restritiva de direitos e de multa em privativa de liberdade; conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos; aplicação da medida de segurança, bem como a substituição da pena por medida de segurança; revogação da medida de segurança; desinternação e o restabelecimento da situação anterior; cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca; remoção do condenado para estabelecimento penal federal; • zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança; • inspecionar,mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apuração de responsabilidade; • interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver funcionando em condições inadequadas ou com infringência aos dispositivos da LEP; • compor e instalar o Conselho da Comunidade; • emitir anualmente atestado de pena a cumprir.STF Súmula n. 611: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna.STJ Súmula n. 521: A legitimidade para a execução fiscal de multa pendente de pagamento imposta em sentença condenatória é exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública
• Ministério Público;	Comment by Vitoria Campos: Ministério Público fiscalizará a execução da pena e da medida de segurança oficiando no processo executivo e nos incidentes da execução.Na esteira de consolidada jurisprudência, a ausência de manifestação do Ministério Público em todas as fases referentes à execução da pena é causa de nulidade absolutaIncumbe ao Ministério Público: • fiscalizar a regularidade formal das guias de recolhimento e de internamento; • requerer: todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo; instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução; aplicação de medida de segurança, bem como a substituição da pena por medida de segurança; revogação da medida de segurança; conversão de penas, a progressão ou regressão nos regimes e a revogação da suspensão condicional da pena e do livramento condicional; a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior; • interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária, durante a execução.O órgão do Ministério Público visitará mensalmente os estabelecimentos penais, registrando a sua presença em livro próprio.
 • Conselho Penitenciário; 	Comment by Vitoria Campos: É órgão consultivo, pois lhe compete opinar, mediante pareceres, nas situações que lhe são enviadas à análise e fiscalizador, pois lhe cabe zelar pela observância dos direitos e interesses dos apenados.MANDATO DE 4 ANOSO Conselho Penitenciário será integrado por membros nomeados pelo Governador do Estado, do Distrito Federal e dos Territórios, dentre professores e profissionais da área do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem como por representantes da comunidade.Incumbe ao Conselho Penitenciário: • emitir parecer sobre indulto e comutação de pena, exceto o pedido de indulto com base no estado de saúde do preso(indulto humanitário); • inspecionar os estabelecimentos e serviços penais; • apresentar, no 1º (primeiro) trimestre de cada ano, ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, relatório dos trabalhos efetuados no exercício anterior; • supervisionar os patronatos, bem como a assistência aos egressos.
• Departamentos Penitenciários; 	Comment by Vitoria Campos: Subordinado ao Ministério da Justiça/Órgão executivo da Politica Penitenciaria Nacional e de apoio administrativo e financeiro do CNPCP;São atribuições do Depen: • acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em todo o Território Nacional; • inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços penais; • assistir tecnicamente as Unidades Federativas na implementação dos princípios e regras estabelecidos na LEP; • colaborar com as Unidades Federativas mediante convênios, na implantação de estabelecimentos e serviços penais; • colaborar com as Unidades Federativas para a realização de cursos de formação de pessoal penitenciário e de ensino profissionalizante do condenado e do internado;• estabelecer, mediante convênios com as unidades federativas, o cadastro nacional das vagas existentes em estabelecimentos locais destinadas ao cumprimento de penas privativas de liberdade aplicadas pela justiça de outra unidade federativa, em especial para presos sujeitos a regime disciplinar; • acompanhar a execução da pena das mulheres beneficiadas pela progressão especial de que trata o § 3º do art. 112 da LEP, monitorando sua integração social e a ocorrência de reincidência, específica ou não, mediante a realização de avaliações periódicas e de estatísticas criminais. (Incluído pela Lei 13.769/18)Incumbem também ao Depen a coordenação e supervisão dos estabelecimentos penais e de internamento federais.DIREÇÃO E PESSOAL DOS ESTABELCIMENTOS PENAIS-Requisitos:• ser portador de diploma de nível superior de Direito, ou Psicologia, ou Ciências Sociais, ou Pedagogia, ou Serviços Sociais; • possuir experiência administrativa na área; • ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o desempenho da função.
• Patronato; 	Comment by Vitoria Campos: Apenado em regime aberto;Pode ser públicos ou particulares (instituições privadas que auxiliam o Poder Judiciário);Incumbe também ao Patronato: • orientar os condenados à pena restritiva de direitos; • fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de serviço à comunidade e de limitação de fim de semana; • colaborar na fiscalização do cumprimento das condições da suspensão e do livramento condicional.
• Conselho da comunidade; e 	Comment by Vitoria Campos: Haverá 1 em cada Comarca;-Composição:1 rep. De associação comercial ou industrial;1 advogado indicado pela seção da OAB;1 Defensor publico indicado pelo DPG;1 Assistente Social.-Competências:• visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos penais existentes na comarca; • entrevistar presos; • apresentar relatórios mensais ao Juiz da execução e ao Conselho Penitenciário; • diligenciar a obtenção de recursos materiais e humanos para melhor assistência ao preso ou internado, em harmonia com a direção do estabelecimento.
• Defensoria Pública.	Comment by Vitoria Campos: Defesa dos necessitados em todos os graus e instancias, de forma individual e coletiva.No âmbito da execução penal, incumbe à Defensoria Pública: • requerer: as providências ao desenvolvimento do processo executivo; a aplicação aos casos julgados de lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado; a declaração de extinção da punibilidade; a unificação de penas; a detração e remição da pena; a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução; a aplicação de medida de segurança e sua revogação, bem como a substituição da pena por medida de segurança; a conversão de penas, a progressão nos regimes, a suspensão condicional da pena, o livramento condicional, a comutação de pena e o indulto; a autorização de saídas temporárias; a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior; o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca; a remoção do condenado a estabelecimento penal federal; • requerer a emissão anual do atestado de pena a cumprir; • interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária ou administrativa durante a execução; • representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para instauração de sindicância ou procedimento administrativo em caso de violação das normas referentes à execução penal; • visitar os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento, e requerer, quando for o caso, a apuração de responsabilidade; • requerer à autoridade competente a interdição, no todo ou em parte, de estabelecimento penal.
10- ESTABELECIMENTOS PENAIS 	Comment by Vitoria Campos: o mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar estabelecimentos de destinação diversa, desde que, devidamente isolados
• Penitenciária: Destinado aos condenados à pena de reclusão, quando cumprida em regime fechado. 
• Colônia Agrícola, Industrial ou similar: Destinada aos condenados à pena de reclusão ou detenção, em regime semiaberto.
 • Casa do Albergado: Destinada aos condenados que cumprem pena de prisão em regime aberto e para os condenados pena restritiva de direitos de limitação de fim de semana. 
• Centro de observação: Destinado à realização de exames gerais e criminológicos. 
• Hospital de custódia e tratamento psiquiátrico: Destinado aos indivíduos acometidosde perturbação da saúde mental; e 
• Cadeia pública: Destinada aos presos provisórios (prisão preventiva e prisão temporária).
10.1 PENITENCIÁRIA 
Destinada ao condenado à pena de reclusão em regime fechado.	Comment by Vitoria Campos: art 87,LEP
Condenado deve ser alojado em cela individual, que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório.
• salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana; 
• área mínima de 6m² (seis metros quadrados).
Penitenciária destinada à mulher apenada será dotada de seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a criança desamparada cuja responsável estiver presa.
10.2 COLÔNIA AGRÍCOLA,INDUSTRIAL OU SIMILAR
Destinado ao preso em regime semiaberto;	Comment by Vitoria Campos: poderá ser alojado em compartimento coletivo
STF Súmula Vinculante n. 56: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS.	Comment by Vitoria Campos: I – saída antecipada de outro sentenciado no regime com falta de vagas, abrindo-se assim, vagas para os reeducandos que acabaram de progredir; II – liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado que sai antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por falta grave; III – cumprimento de penas restritivas de direitos e/ou estudo aos sentenciados em regime aberto
10.3 CASA DO ALBERGADO	Comment by Vitoria Campos: O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
Pena Privativa de Liberdade em Regime Aberto;
Pena Restritiva de Direitos de Limitação de Fim de Semana.
10.4 CENTRO DE OBSERVAÇÃO	Comment by Vitoria Campos: O Centro de Observação será instalado em unidade autônoma ou em anexo a estabelecimento penal (art. 97 LEP).
Local onde serão realizados os exames criminológicos;
Os exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação, na falta do Centro de Observação.
10.5 HOSPITAL DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO
Destinados aos INIMPUTAVEIS e SEMI-IMPUTAVEIS.	Comment by Vitoria Campos: ART.26 CP
Todos os internados devem ser submetidos a exame psiquiátrico, a fim de que lhe seja atestada a efetiva condição mental (art. 100 da LEP).
10.6 CADEIA PÚBLICA
Presos Provisórios;	Comment by Vitoria Campos: preso provisório é aquele que se encontra sob prisão preventiva ou prisão temporária
cada comarca terá, pelo menos 1 (uma) cadeia pública a fim de resguardar o interesse da Administração da Justiça Criminal e a permanência do preso em local próximo ao seu meio social e familiar. 
Ademais, a Cadeia Pública será instalada próximo de centro urbano, observando-se na construção as exigências mínimas referidas no artigo 88 e seu parágrafo único da LEP (salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana e área mínima de 6m²).
11- PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
Após a fase de instrução, com a prolação da sentença penal condenatória forma-se o título executivo judicial;
Transitando em julgado a sentença que aplicar pena privativa de liberdade, se o réu estiver ou vier a ser preso, o Juiz expedirá a guia de recolhimento, dando-se, assim, início à execução da pena.	Comment by Vitoria Campos: • nome do condenado; • qualificação civil e número do registro geral no órgão oficial de identificação; • inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória, bem como certidão do trânsito em julgado; • informação sobre os antecedentes e o grau de instrução; • data da terminação da pena; • outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado tratamento penitenciário.
11.1- Regimes de Cumprimento da Pena Privativa de Liberdade	Comment by Vitoria Campos: a determinação do regime inicial de cumprimento da pena será feita observando, a culpabilidade, os antecedentes, à conduta social e à personalidade do agente, os motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como o comportamento da vítima.
	Regimes de Cumprimento da Pena Privativa de Liberdade
	REGIME FECHADO
	REGIME SEMIABERTO
	REGIME ABERTO
	A pena é executada em estabelecimento de segurança máxima ou média.
	A pena é executada em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar.
	A pena é executada em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
-Condenado a pena superior a 8 (oito) anos: Deverá começar a cumpri-la em regime fechado. 
− Condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito): Poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto. 
− Condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos: Poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
LEP: Segundo seu art. 110, o Juiz, na sentença, estabelecerá o regime no qual o condenado iniciará o cumprimento da pena privativa de liberdade.
STF Súmula n. 719: A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea. 
STF Súmula n. 718: A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada. 
STJ Súmula n. 440: Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito.
STJ Súmula n. 269: É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais.
11.2 Progressão de Regime
11.2.1 Regras gerais:
A progressão do regime prisional fundamenta-se na necessidade de individualização da execução e tem por fim assegurar que a pena privativa de liberdade a que submetido o condenado alcançará efetivamente seu objetivo, que é o de reinserção na sociedade. Nesse viés, o benefício poderá ser deferido quando o apenado revelar condições de adaptar-se ao regime menos rigoroso.
Mudanças com pacote anticrime:	Comment by Vitoria Campos: • Não será considerado como hediondo ou equiparado, para os fins da progressão de regime, o crime de tráfico de drogas privilegiado (tráfico cometido por agente primário, de bons antecedentes, e que não se dedica a atividades criminosas nem integra organização criminosa). • O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em que o reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescent
• 16% (dezesseis por cento) da pena: Se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; 
• 20% (vinte por cento) da pena: Se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; 
• 25% (vinte e cinco por cento) da pena: Se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;
 • 30% (trinta por cento) da pena: Se o apenado for reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça; 
• 40% (quarenta por cento) da pena: Se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário; 
• 50% (cinquenta por cento) da pena: Se o apenado for: condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o livramento condicional; condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
• 60% (sessenta por cento) da pena: Se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado; 
• 70% (setenta por cento) da pena: Se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparadocom resultado morte, vedado o livramento condicional.
O apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. Ademais, a decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes.
11.2.1 Progressão de Regime da Mulher Gestante ou que For Mãe ou Responsável por Crianças ou Pessoas com Deficiência
REQUISITOS:	Comment by Vitoria Campos: O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do benefício de progressão de regime da mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência.
• não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; 
• não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; 
• ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; 
• ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento; 
• não ter integrado organização criminosa.
11.3 Progressão de Regime do Condenado por Crime contra a Administração Pública
O Código Penal traz uma regra específica para progressão de regime dos condenados por crime contra a Administração Pública. Segundo o art. 33, § 4º, do Código Penal que a progressão está condicionada à reparação do dano causado ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. Trata-se de requisito específico, exigido por lei, além dos previstos na LEP.
11.4 Progressão Per Saltum	Comment by Vitoria Campos: STJ Súmula n. 491: É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional.
A progressão por saltos seria aquela em que o apenado é transferido diretamente do regime fechado (mais rigoroso) para o aberto (menos rigoroso). Isso não pode ocorrer! Nesse caso seria obrigatória a passagem do apenado pelo regime semiaberto (regime intermediário).
11.5 Progressão para o Regime Aberto
O ingresso do condenado em regime aberto supõe a aceitação de seu programa e das condições impostas pelo Juiz, somente podendo ingressar no regime o condenado que: 
• estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente; 	Comment by Vitoria Campos: Poderão ser dispensadas do trabalho no regime aberto: o condenado maior de 70 (setenta) anos; o condenado acometido de doença grave; a condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; a condenada gestante.
• apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime.
De acordo com o art. 115 da LEP, o Juiz pode estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das seguintes condições gerais e obrigatórias: 
• permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga; 
• sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados; 
• não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial; 
• comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando for determinado.
Ademais, o Juiz poderá modificar as condições estabelecidas, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da autoridade administrativa ou do condenado, desde que as circunstâncias assim o recomendem. De acordo com a LEP, somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se tratar de:
 • condenado maior de 70 (setenta) anos; 
• condenado acometido de doença grave; 
• condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; 
• condenada gestante.
11.6 Regressão de Regime
Em sentido amplo, pode-se dizer que a causa determinante da regressão consiste na ausência de mérito do apenado para prosseguir usufruindo as benesses concernentes ao regime prisional mais brando. Supõe-se, enfim, sua inadaptação ao regime semiaberto ou aberto, impondo-se transferência para regime mais rigoroso em razão de indicativos de que não se encontra ele respondendo positivamente à execução penal.
o art. 118 da LEP estabelece que a execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: 
• praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; 
• sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime em que se encontra.
12- AUTORIZAÇÃO DE SAÍDA
Classificam-se em: Permissões de saída e saídas temporárias.	Comment by Vitoria Campos: são medidas de caráter humanitário e constituem notáveis fatores para atenuar o rigor da execução contínua da pena de prisão.
12.1- Permissão de Saída	Comment by Vitoria Campos: A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o preso.	Comment by Vitoria Campos: a permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração necessária à finalidade da saída (art. 121, LEP).
Condenados que cumprem pena em regime fechado ou semiaberto e os presos provisórios.
Mediante escolta, quando ocorrer:
• falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão;
 • necessidade de tratamento médico.
DIRETOR DO ESTABELECIMENTO CONCEDE
	Comment by Vitoria Campos: não terá direito à saída temporária o condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo com resultado morte.
12.2- Saída Temporária	Comment by Vitoria Campos: Ao contrário das permissões de saída, as saídas temporárias não se condicionam à escolta do preso, contudo, a ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução
Condenados em regime semiaberto.
Tem como objetivo possibilitar o retorno gradual do preso ao convívio com a sociedade, facilitando sua ressocialização.
Autorização sem vigilância direta ocorre:
• visita à família; 
• frequência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do Juízo da Execução; 
• participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.
Será concedida por ato motivado do juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a administração penitenciária. Sobre a regra entende o STJ: 
STJ, SÚMULA 520: O benefício de saída temporária no âmbito da execução penal é ato jurisdicional insuscetível de delegação à autoridade administrativa do estabelecimento prisional.
REQUISITOS:
• comportamento adequado; 
• cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o condenado for primário, e 1/4 (um quarto), se reincidente;
 • compatibilidade do benefício com os objetivos da pena.
STJ, SÚMULA 40: Para obtenção dos benefícios de saída temporária e trabalho externo, considera-se o tempo de cumprimento da pena no regime fechado.
	
Prazo Saída Temporária
	
ATÉ 7 DIAS
-Pode ser renovada 4x durante o ano.
- Intervalo mínimo de 45 dias entre as saídas.
Ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao beneficiário as seguintes condições, entre outras que entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a situação pessoal do condenado: 
• fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser encontrado durante o gozo do benefício; 
• recolhimento à residência visitada, no período noturno; 
• proibição de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres.
As hipóteses de revogação são:
 Autorizam a revogação da saída temporária as seguintes hipóteses: 
• o condenado praticar fato definido como crime doloso; 
• o condenado for punido por falta grave;
• o condenado desatender as condições impostas na autorização; 
• o condenado revelar baixo grau de aproveitamento do curso.	Comment by Vitoria Campos: 
13- REMIÇÃO DA PENA	Comment by Vitoria Campos: Os condenados que cumprem pena em regime aberto ou semiabertoe o que usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova.	Comment by Vitoria Campos: STJ: É possível a remição do tempo de trabalho realizado antes do início da execução da pena, desde que em data posterior a prática do delito. STJ: O reeducando tem direito à remição de sua pena pela atividade musical realizada em coral. STJ: O reeducando tem direito à remição de sua pena pela atividade musical realizada em coral. STJ: É possível a remição de pena com base no trabalho exercido durante o período e que o apenado esteve preso em sua residência (prisão domiciliar). STJ: Ficando comprovado que o reeducando efetivamente exerceu o trabalho artesanal, ele tem direito à remição. STJ: Segundo o art. 33 da LEP, a jornada diária de trabalho do apenado deve ser de, no mínimo, 6 horas e, no máximo, 8 horas. Apesar disso, se um condenado, por determinação da direção do presídio, trabalha 4 horas diárias (menos do que prevê a Lei), este período deverá ser computado para fins de remição de pena. STJ: A remição de pana pelo estudo deve ocorrer independentemente de a atividade estudantil ser desenvolvida em dia não útil. STJ: A atividade de leitura pode ser considerada para fins de remição de parte do tempo de execução da pena
Permite ao sentenciado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto reduzir o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade, em razão do trabalho ou estudo.	Comment by Vitoria Campos: as horas diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem.	Comment by Vitoria Campos: Estabelece o art. 126, § 7º, da LEP, que a remição se aplica à prisão cautelar. Logo, se o apenado trabalhou ou estudou no período em que esteve provisoriamente preso, tem direito ao benefício.
A remição deverá ser declarada pelo juiz da execução (art. 66, III, c, da LEP). Para tanto, impõe-se a prévia oitiva do Ministério Público e da defesa (art. 126 § 8º, LEP).
A proporção de abatimento da pena é estabelecida na LEP, observando-se a seguinte regra: 	Comment by Vitoria Campos: O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição.
• 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; 
• 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho.
Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar.
A autoridade administrativa encaminhará mensalmente ao juízo da execução cópia do registro de todos os condenados que estejam trabalhando ou estudando, com informação dos dias de trabalho ou das horas de frequência escolar ou de atividades de ensino de cada um deles.
13.1 Remição pelo Trabalho
Pena em regime fechado ou semiaberto.
1 (um) dia de pena a cada 3 (três dias) de trabalho.
Somente podem ser considerados os dias efetivamente trabalhados, excluindo-se os dias de descanso obrigatório
LEP não diferencia se o trabalho é interno ou externo.	Comment by Vitoria Campos: STJ, Súmula 562: É possível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o condenado, em regime fechado ou semiaberto, desempenha atividade laborativa, ainda que extramuros
13.2 Remição pelo Estudo
Regime fechado ou semiaberto ou aqueles que cumprem pena em regime aberto ou que usufruem de liberdade condicional.
1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar, divididas em no mínimo 3 (três dias)
As atividades de estudo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos cursos frequentados.
O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente do sistema de educação.
14- LIVRAMENTO CONDICIONAL
É a antecipação da liberdade antes do término do cumprimento da pena privativa de liberdade, mediante a observância das condições estabelecidas na lei. Ademais, a competência para deliberar sobre a concessão do livramento condicional é do juízo da execução (art. 66, III, e, da LEP).
14.1 Requisitos do LC
• Condenação a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos; 
• Cumprimento de mais de 1/3 (um terço) da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; 
• Cumprimento de mais de 1/2 (metade) da pena se o condenado for reincidente em crime doloso;	Comment by Vitoria Campos: Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir.
• Comprovado: bom comportamento durante a execução da pena; não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses; bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto;	Comment by Vitoria Campos: Súmula n. 441 do STJ: “A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional
• Tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; • Cumpridos mais de 2/3 (dois terços) da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza.
14.2 Condições do Livramento Condicional
Esse tempo remanescente de pena corresponde ao chamado período de prova, lapso temporal no qual deverá o liberado observar determinas condições fixadas pelo juiz ao conceder o benefício, sob pena de sua revogação.
As condições estabelecidas pelo Juízo da Execução penal terão duas naturezas: obrigatórias e facultativas.
a) Condições obrigatórias: Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações seguintes: 
• obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho; 
• comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação;
 • não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem prévia autorização deste. 
b) Condições facultativas: Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre outras obrigações, as seguintes:
 • não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade incumbida da observação cautelar e de proteção; 
 • recolher-se à habitação em hora fixada; 
 • não frequentar determinados lugares.
Aceitando as condições, será entregue ao liberado, além do saldo de seu pecúlio e do que lhe pertencer, uma caderneta, que exibirá à autoridade judiciária ou administrativa, sempre que lhe for exigida. 
Essa caderneta conterá: 	Comment by Vitoria Campos: Vale ressaltar que, na falta de caderneta, será entregue ao liberado um salvo-conduto, em que constem as condições do livramento, podendo substituir-se a ficha de identificação ou o seu retrato pela descrição dos sinais que possam identificá-lo
• a identificação do liberado; 
• as normas do livramento condicional previstas na LEP;
 • as condições impostas para o livramento.
14.3 Causas de Revogação do LC	Comment by Vitoria Campos: A revogação será decretada a requerimento do Ministério Público, mediante representação do Conselho Penitenciário, ou, de ofício, pelo Juiz, ouvido o liberado.	Comment by Vitoria Campos: O livramento condicional poderá ser revogado a qualquer tempo, bastando que ocorram as situações previstas nos arts. 86 e 87 do Código Penal.
• Obrigatórias: revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível: por crime cometido durante a vigência do benefício ou por crime anterior. 
• Facultativa: o juiz poderá revogaro livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade.
15- MONITORAÇÃO ELETRÔNICA
Monitoração eletrônica é o mecanismo utilizado para a vigilância do condenado, que consiste em determinar sua localização, para fins de fiscalização do cumprimento de decisões judiciais e como medida alternativa à segregação da liberdade de locomoção. 
De acordo com o art. 146-B da LEP, o juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica quando:
 • autorizar a saída temporária no regime semiaberto; 
 • determinar a prisão domiciliar.
CUIDADOS!!!!
• receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica, responder aos seus contatos e cumprir suas orientações
; • abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o faça.
A violação desses deveres poderá acarretar, a critério do juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa: 
• a regressão do regime; 
• a revogação da autorização de saída temporária; 
• a revogação da prisão domiciliar; 
• advertência, por escrito, para todos os casos em que o juiz da execução decida não aplicar alguma das medidas acima. 
Já o art. 146-D da LEP traz as hipóteses em que a monitoração eletrônica poderá ser revogada. São elas: 
• quando se tornar desnecessária ou inadequada;
 • se o acusado ou condenado violar os deveres a que estiver sujeito durante a sua vigência ou cometer falta grave.
16- PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
(PENAS ALTERNATIVAS)
	
PRESTAÇÃO PECUNIARIA
	PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
	
PERDA DE BENS E VALORES
	
LIMITAÇÃO DO FIM DE SEMANA
	
INTERDIÇÃO TEMPORARIA DE DIREITOS
	
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO À COMUNIDADE OU A ENTIDADES PUBLICAS 
16.1 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE
Caberá ao Juiz da execução: 
• designar a entidade ou programa comunitário ou estatal, devidamente credenciado ou convencionado, junto ao qual o condenado deverá trabalhar gratuitamente, de acordo com as suas aptidões;
 • determinar a intimação do condenado, cientificando-o da entidade, dias e horário em que deverá cumprir a pena; 
• alterar a forma de execução, a fim de ajustá-la às modificações ocorridas na jornada de trabalho.
O trabalho terá a duração de 8 (oito) horas semanais e será realizado aos sábados, domingos e feriados, ou em dias úteis, de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho, nos horários estabelecidos pelo Juiz.
16.2 INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS
• Proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo;	Comment by Vitoria Campos: a autoridade deverá, em 24 (vinte e quatro) horas, contadas do recebimento do ofício, baixar ato, a partir do qual a execução terá seu início
 • Proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público;	Comment by Vitoria Campos: o Juízo da execução determinará a apreensão dos documentos, que autorizam o exercício do direito interditado
 • Suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo; 
• Proibição de frequentar determinados lugares;
 • Proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame públicos.
17- SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA
A suspensão condicional da pena é o instituto que permite ao réu condenado a pena privativa de liberdade não ser submetido a sua execução, desde que atendidos os requisitos legais. Conforme se infere do Código Penal, na suspensão condicional da pena, o condenado não iniciará o cumprimento de pena, e ficará em liberdade durante o período de prova, que em regra será de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e, excepcionalmente de 4 (quatro) a 6 (seis) anos.
18- PENA DE MULTA
Em síntese, a pena de multa consiste no pagamento de determinado valor em dinheiro em favor do Fundo Penitenciário Nacional.	Comment by Vitoria Campos: A execução da pena de multa será suspensa quando sobrevier ao condenado doença mental. Com intuito de fazer com que a pena seja devidamente cumprida, o art. 169 estabelece que até o término do prazo, poderá o condenado requerer ao Juiz o pagamento da multa em prestações mensais, iguais e sucessivas.
De acordo com o art. 164 da LEP, extraída certidão da sentença condenatória com trânsito em julgado, que valerá como título executivo judicial, o Ministério Público requererá, em autos apartados, a citação do condenado para, no prazo de 10 (dez) dias, pagar o valor da multa ou nomear bens à penhora.
Quando a pena de multa for aplicada cumulativamente com pena privativa da liberdade, enquanto esta estiver sendo executada, poderá aquela ser cobrada mediante desconto na remuneração do condenado.
19- EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
A providência de caráter terapêutico, aplicável a indivíduos inimputáveis ou semi-imputáveis portadores de periculosidade, visando prevenir a prática de novas infrações penais.	Comment by Vitoria Campos: De acordo com o art. 171 da LEP, transitada em julgado a decisão que aplicar medida de segurança, será ordenada pelo juiz da sentença a expedição de guia para a execução. Essa guia é indispensável e sem a sua expedição pela autoridade judiciária ninguém será internado em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou submetido a tratamento ambulatorial (art. 172 da LEP).
A guia de internamento ou de tratamento ambulatorial, extraída pelo escrivão, que a rubricará em todas as folhas e a subscreverá com o Juiz, será remetida à autoridade administrativa incumbida da execução e conterá:
 • a qualificação do agente e o número do registro geral do órgão oficial de identificação;
 • o inteiro teor da denúncia e da sentença que tiver aplicado a medida de segurança, bem como a certidão do trânsito em julgado;
• a data em que terminará o prazo mínimo de internação, ou do tratamento ambulatorial; 
• outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado tratamento ou internamento.
Ao Ministério Público será dada ciência da guia de recolhimento e de sujeição a tratamento. Ademais, a guia será retificada sempre que sobrevier modificações quanto ao prazo de execução.
19.2- CESSAÇÃO DA PERICULOSIDADE	Comment by Vitoria Campos: De acordo com o art. 176 da LEP, em qualquer tempo, ainda no decorrer do prazo mínimo de duração da medida de segurança, poderá o Juiz da execução, diante de requerimento fundamentado do Ministério Público ou do interessado, seu procurador ou defensor, ordenar o exame para que se verifique a cessação da periculosidade.
A cessação da periculosidade será averiguada no fim do prazo mínimo de duração da medida de segurança, pelo exame das condições pessoais do agente, observando-se o seguinte: 
• a autoridade administrativa, até 1 (um) mês antes de expirar o prazo de duração mínima da medida, remeterá ao Juiz minucioso relatório que o habilite a resolver sobre a revogação ou permanência da medida; 
• o relatório será instruído com o laudo psiquiátrico; 
• juntado aos autos o relatório ou realizadas as diligências, serão ouvidos, sucessivamente, o Ministério Público e o curador ou defensor, no prazo de 3 (três) dias para cada um; 
• o Juiz nomeará curador ou defensor para o agente que não o tiver; 
• o Juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, poderá determinar novas diligências, ainda que expirado o prazo de duração mínima da medida de segurança; 
• ouvidas as partes ou realizadas as diligências a que se refere o inciso anterior, o Juiz proferirá a sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias.
20- INCIDENTES DE EXECUÇÃO
São as questões jurídicas que ocorrem no curso do processo de execução criminal, exigentes de pronunciamento judicial, as quais podem acarretar a alteração do curso da execução, a redução ou até mesmo a extinção da pena ou da medida de segurança. A LEP contempla as seguintes modalidades de incidentes: conversões, excesso ou desvio, anistia e indulto.
20.1- CONVERSÕES
Por conversão entende-se,no âmbito da execução criminal, a substituição incidental de uma pena ou medida de segurança por outra, podendo essa transformação ser favorável ou prejudicial ao sentenciado	Comment by Vitoria Campos: Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental ou perturbação da saúde mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da autoridade administrativa, poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança
. A pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser convertida em restritiva de direitos, desde que:
 • o condenado a esteja cumprindo em regime aberto;
 • tenha sido cumprido pelo menos 1/4 (um quarto) da pena; 
• os antecedentes e a personalidade do condenado indiquem ser a conversão recomendável.
20.2 EXCESSO OU DESVIO
De acordo com o art. 185 da LEP, haverá excesso ou desvio de execução sempre que algum ato for praticado além dos limites fixados na sentença, em normas legais ou regulamentares. Podem suscitar o incidente de excesso ou desvio de execução: 
• o Ministério Público; 
• o Conselho Penitenciário; 
• o sentenciado;
 • qualquer dos demais órgãos da execução penal.
20.2 ANISITIA E INDULTO.
A anistia é ato político, cuja concessão é atribuída ao Congresso Nacional. É cabível a qualquer tempo, possui caráter de generalidade e se dirige a fatos. 	Comment by Vitoria Campos: De acordo com o art. 187 da LEP, concedida a anistia, o Juiz, de ofício, a requerimento do interessado ou do Ministério Público, por proposta da autoridade administrativa ou do Conselho Penitenciário, declarará extinta a punibilidade.
O indulto é concedido pelo Presidente da República por meio de Decreto Presidencial, que inclusive poderá delegar essa atribuição aos Ministros de Estado, ao Procurador Geral da República e ao Advogado Geral da União. 	Comment by Vitoria Campos: o indulto individual poderá ser provocado por petição do condenado, por iniciativa do Ministério Público, do Conselho Penitenciário, ou da autoridade administrativa.
21- PROCEDIMENTO JUDICIAL
O procedimento correspondente às situações previstas na LEP será judicial, desenvolvendo-se perante o Juízo da execução.	Comment by Vitoria Campos: Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo
Súmula n. 700 do STF: É de cinco dias o prazo para interposição de agravo contra decisão do juiz da execução penal.
22- ANOTAÇÕES DE QUESTÕES
1) A LEP determina que não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política;
2) No caso de falta grave, o juiz pode revogar até 1/3 do tempo remido ;
3) Remição por trabalho só cabe para quem está no regime fechado ou semiaberto. Para o regime aberto, é até possível a remição por estudo, não por trabalho;
4)  O preso que estiver impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos, continua a ser beneficiado com a remição;
5) A lei não faz restrição alguma em relação a qual foi o crime cometido para que seja possível a remição. Então, vale para todos. Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. Art. 128. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos;
6) A regressão do regime dá-se pela prática de fato definido como crime doloso ou falta grave; ou quando o réu sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime;
7) A MONITORAÇÃO ELETRÔNICA pode ser utilizada na autorização da saída temporária no regime semiaberto ou quando for determinada a prisão domiciliar. Art. 146-B;
8) Há excesso ou desvio de execução sempre que algum ato for praticado além dos limites fixados na sentença, em normas legais ou regulamentares;
9) O condenado por crime político não está obrigado ao trabalho. Art. 202.
10) É vedado a sanção coletiva, sempre haverá a individualização da pena!
11) Somente em faltas GRAVES o diretor representará ao juiz. 
12) Fugir NÃO é crime,apenas cometimento de falta grave,mas caso seja empregada com violencia,sera crime. (Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva,
usando de violência contra a pessoa)
13) 
Quadro esquemáticos sobre as duas prisões domiciliares:
LEP /7.210/84
 regime ABERTO “regime aberto em residência particular” quando:
Possuir idade superior a 70 anos;
For acometido de doença grave;
Possuir filho menor ou deficiente físico ou mental;
A condenada for gestante.
CPP / Del 3.689 /41
Maior de 80 anos;
Extremamente debilitado por motivo de doença grave;
Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos de idade ou com deficiência;
Gestante;
Mulher com filho de até 12 anos incompletos;
Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 anos de idade incompletos.
	patronato -----> cuida dos soltos
conselho da comunidade -----> cuida dos presos
conselho penitenciário -------> órgão consultivo e fiscalizador

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