Buscar

JORNALISMO E REDES SOCIAIS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

JORNALISMO E REDES SOCIAIS: Os espaços e a credibilidade na
informação de interesse público1
Ana Luiza Lima dos Santos2
Everton Antunes Benevides Filho3
Guilherme Martins de Morais4
Maria Teresa Pauleto do Prado5
Sofia Santiago de Castro6
RESUMO
O seguinte trabalho busca analisar a credibilidade na informação de interesse público
referente ao jornalismo praticado nas redes sociais. Para fins de convencimento, busca-se
discorrer sobre a temática trazendo, como referência, os autores que destacam o presente
assunto: Aguiar (2008), Thompson (1988), Citrangulo (2013), Recuero (2009), Quadros
(2008), entre outros. O objetivo é, nessa acepção, atentar-se sobre as transformações ocorridas
no jornalismo com o advento das novas configurações tecnológicas. Para isso, o presente
trabalho busca, ainda, traçar uma linha do tempo sobre o avanço da tecnologia, discorrendo a
moldagem dos veículos de comunicação no ambiente virtual. Além disso, ressalta a existência
de ferramentas que visam garantir a credibilidade jornalística nas redes sociais e sobre como o
espaço virtual contribui para a polarização de conteúdos. Através de referenciais teóricos,
busca-se discorrer sobre o comportamento do jornal A Folha de São Paulo nesse meio, além
de trazer uma análise da produção “O Dilema das Redes”, de modo a trazer, como resultado
final, a reflexão sobre a credibilidade jornalística nas redes sociais.
1. INTRODUÇÃO
Dados os processos de formação e a evolução da imprensa ao longo da história, é
perceptível que a maneira pela qual se organizam as formas de veiculação das notícias sofre
mudanças relevantes desde sua origem. Os primeiros indícios de uma imprensa de caráter
noticioso surgem após o advento da impressão, associada ao alemão Johannes Gutenberg, que
desenvolveu uma máquina capaz de reproduzir escritos e produções de caráter literário. Em
retrospecto ao invento de Gutenberg, soma-se a transição da Idade Média para a Idade
Moderna, cujos princípios influenciaram na disseminação de informação. Segundo Thompson
6 Acadêmica do Curso de Jornalismo da FIC/UFG. E-mail: sofiasantiago@discente.ufg.br
5 Acadêmica do Curso de Jornalismo da FIC/UFG. E-mail: pauleto@discente.ufg.br
4 Acadêmica do Curso de Jornalismo da FIC/UFG. E-mail: guilermeguilherme@discente.ufg.br
3 Acadêmica do Curso de Jornalismo da FIC/UFG. E-mail: evertonfilho@discente.ufg.br
2 Acadêmica do Curso de Jornalismo da FIC/UFG. E-mail: ana.luiza23@discente.ufg.br
1 Paper acadêmico apresentado à disciplina de Introdução ao Jornalismo do Curso de Jornalismo da Faculdade de
Informação (FIC) e Comunicação da Universidade Federal de Goiás (UFG), sob orientação do professor Ricardo
Pavan.
mailto:sofiasantiago@discente.ufg.br
mailto:pauleto@discente.ufg.br
mailto:guilermeguilherme@discente.ufg.br
mailto:evertonfilho@discente.ufg.br
mailto:ana.luiza23@discente.ufg.br
2
(1988), a criação da imprensa significou a disseminação de notícias e informação em escalas
sem precedentes. Essa produção concretizou a gênese da mídia impressa.
Sob viés contemporâneo, e consoante ao passado, são notórias as mudanças pelas
quais passa a maneira de noticiar e repercutir acontecimentos por parte das redações. O uso
dos computadores que atualmente parece tão banal, há muito foi tido como novidade e mais
nova ferramenta de auxílio à prática jornalística (CITRANGULO, 2013). De acordo com
Citrangulo (2013), os computadores, inicialmente, foram desenvolvidos para fins de produção
armamentista. No entanto, somente a partir da década de 70, surge a preocupação de adaptá-lo
às necessidades cotidianas por meio da criação desta tecnologia em modelos mais compactos.
Hoje, é incontestável a necessidade social de uso dos computadores, seja em atividades de
lazer, seja no exercício laboral.
Ademais, com a invenção da internet, também de cunho militar, por meio do projeto
Advanced Research Projects Agency (ARPA), obtém-se os primeiros meios de
intercomunicação e compartilhamento de dados em “redes”, não obstante, o seu uso fosse
restrito para fins de defesa, conforme aponta Citrangulo (2013). Com a criação do World
Wide Web (WWW), inaugura-se o caráter de acesso à informação. A internet, tal qual a
conhecemos hoje, dotada de interatividade, aproximação e extensa conectividade, é
denominada Web 2.0: “ hoje a web chamada de 2.0 permite aos usuários, através de suas
ferramentas, conversarem instantaneamente, compartilharem conteúdos, buscarem por
informações, entretenimento e contato social.” (CITRANGULO, 2013, p. 26-27).
Diante desse contexto de mudanças históricas na conformação e papel do jornalismo,
este trabalho busca analisar as mudanças que o advento da Web 2.0 e, concomitantemente, os
desenvolvimentos das mídias e redes sociais implicaram na produção jornalística. Busca-se
avaliar as conformações do jornalismo no contexto das redes sociais e suas análises de
estruturação midiática, o grau de credibilidade e respaldo que o público consumidor das
notícias nas redes lhe conferem, estratégias para checagem de informações nas mídias e as
polarizações que o espaço virtual proporciona aos internautas. A fim de evidenciar as
principais consequências que as relações contemporâneas – via espaços virtuais – e a
repercussão de ideias e sentidos ao público em geral interferiram no papel e desempenho do
jornalismo, tal qual se conhecia.
2. MOLDAGEM DOS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO AO PERFIL DAS REDES.
Nas últimas décadas a sociedade tem acompanhado de forma analítica a forma como o
jornalismo vem se adequando às mídias e redes sociais. A indústria de notícias tem optado por
3
mudanças no âmbito das redes sociais, nesse sentido a comunicação se molda como um
dispositivo de construção social (AGUIAR, 2008). Frente às mudanças, a disposição e
domínio de informações se constrói por novos canais, permitindo maior acesso e contato entre
os internautas. Dessa maneira, redes como o Facebook, Twitter, Instagram e TikTok estão se
tornando um ambiente propício não apenas à interação entre os usuários, mas também um
espaço amplo para a circulação e consumo de notícias.
Segundo o Instituto Verificador de Comunicação (IVC), quando são comparados os
dados do final de 2020 com o início de 2021, os exemplares de jornais impressos e digitais
apresentaram uma queda de 1,4%7. A Folha de São Paulo apresentou uma tiragem média de
354.958 exemplares. Nesse contexto, torna-se mais perceptível a análise de dados em torno da
presença de um jornal, com notoriedade e relevância no país e na estratégia desse veículo para
ampliar a difusão e circulação de suas notícias.
O site da Folha de São Paulo8 destaca como alguns dos seus princípios o
compromisso com o leitor, a ética e a defesa da liberdade de expressão. Nesses pontos, a
tentativa de uso por meio das redes supracitadas anteriormente, retomam a ideia de que o
jornal tem se adaptado constantemente de acordo com o interesse e perfil dos usuários,
abandonando a ideia inicial de utilizar esse meio apenas como gerador automático de tráfego
para o site do jornal.
Atualmente a Folha de São Paulo ampliou suas possibilidades de conexão e
capacidade de circulação de informações ao entrar para o TikTok (com a pretensão de alcançar
o público jovem). Essa mudança recente serve como exemplo das transformações nas práticas
jornalísticas com o advento das tecnologias e principalmente da inovação das redes sociais. A
reprodução de conteúdo e estratégia (principalmente em adotar a figura do ombudsman9)
utilizada pela Folha revela a fidelização que o jornal apresenta com a conquista de seus
seguidores, o alcance visível entre informação, interação e a atração de novos públicos para a
disseminação de notícias. Para Recuero (2009: 25) "rede social é gente, é troca social. Os nós
da rede representam cada indivíduo e suas conexões, os laços sociais que compõem os
grupos". Sendo assim, é mais notável reconhecer a ampliação de novas possibilidades na
difusão das informações por meio dessas conexões que as redesoferecem.
9 Função que equivale à ouvidoria — responsável pelo diálogo entre empresas e clientes. Está presente em
diversos tipos de empresas, principalmente nos ramos de comunicação, como jornais e revistas.
8 Disponível em: https://www.folha.uol.com.br/
7Disponível em:
https://www.poder360.com.br/midia/circulacao-impressa-de-grandes-jornais-cai-12-nos-5-primeiros-meses-do-a
no/ . Acesso em: 3 nov. 2021
https://www.folha.uol.com.br/
https://www.poder360.com.br/midia/circulacao-impressa-de-grandes-jornais-cai-12-nos-5-primeiros-meses-do-ano/
https://www.poder360.com.br/midia/circulacao-impressa-de-grandes-jornais-cai-12-nos-5-primeiros-meses-do-ano/
4
Ao analisar os posts feitos em outubro de 2021, a incidência de notícias dadas
principalmente no Twitter e Instagram revelam que a Folha, em meio a influência de seus
consumidores diários, mantém também notícias que vão de acordo com seus editoriais. Nos
meses de setembro e outubro de 2021 postagens relacionadas a política, cultura e meio
ambiente estão presentes com mais frequência no site e nas redes sociais. Da mesma maneira,
a reprodução de seus conteúdos seguem a mesma linhagem no Facebook ao retomarem as
postagens este ano, após uma pausa dada em 2018. A linha das notícias em destaque entre as
redes apresentam-se de modo semelhante, na maior parte eles mostram preferência por
polêmicas e notícias envolvendo a notoriedade dos indivíduos que estão em destaque, o que
serve como uma das artimanhas das quais a Folha de São Paulo faz uso.
Se tratando de um jornal com relevância nacional e confiança dos leitores, a Folha tem
apresentado maior facilidade e eficácia nas estratégias de uso dessas redes sociais. Há mais
critérios e particularidades no uso de cada rede e do público que ela visa alcançar. A análise
realizada leva à discussões atreladas ao papel do jornalista frente a um futuro que vem se
construindo conforme o avanço das tecnologias e provocam reflexões, não apenas quanto ao
papel de jornais como a Folha, mas também em como esses veículos têm traçado estratégias
para tornar esse ambiente mais democrático e acessível para todos dentro da sua função
principal de informar os indivíduos dentro da sociedade.
3. A CREDIBILIDADE DAS REDES SOCIAIS COMO FONTE DE INFORMAÇÃO
O exercício do jornalismo já sofreu várias mudanças ao longo da história e a maior
delas foi o advento das redes sociais no seu campo de trabalho. Uma pesquisa realizada pelo
Pew Internet & American Life Project revelou que, em 2010, a internet superou os jornais
tradicionais como fonte primária de notícias para os norte-americanos, com destaque para
mídias sociais e feeds de notícias como importantes ferramentas para os usuários da rede.
Recuero (2009), define três relações que as redes sociais contribuem para o processo de
produção de notícia jornalística, são elas: a) como fontes produtoras de informação; b) como
filtros de informações c) espaços de reverberação dessas informações (RECUERO, 2009, p.
7).
A primeira é a contribuição das redes sociais como fontes para o jornalismo. A
internet é uma fonte inesgotável de informações, o que não quer dizer que sejam todas
confiáveis. A apuração do jornalista ao usar as mídias como fonte deve ser cuidadosa e
criteriosa. O produto jornalístico não pode ser apenas uma cópia do que está sendo difundido
nas redes, pois “Agora, com um computador em casa conectado à rede, uma pessoa é capaz de
5
se tornar produtora de informação sem capacitação e sem passar por um ‘filtro’ editorial
identificado pelo leitor.” (RIGHETTI; QUADROS, 2008, p. 6). Nesse contexto, o grande
volume de informações pode ser um problema para jornalistas e a credibilidade das fontes
também é posta em dúvida.
Na visão de Gillmor (2004), com a chegada da internet e a disponibilização de
ferramentas de publicação a história passa a ser escrita por aqueles que previamente faziam
parte da audiência: “A tecnologia deu-nos um kit de ferramentas para comunicação que
permite a qualquer um tornar-se um jornalista a baixo custo e, na teoria, com alcance global.
Nada disto teria sido possível no passado”. Esse fator aliado a não obrigatoriedade do diploma
para o exercício do jornalismo torna as redes sociais um local nem sempre genuíno para se
informar. Como explicado anteriormente, notícias com mais visibilidade nas redes
envolvendo personalidades que estão em destaque, normalmente veiculadas em páginas de
“fofoca” (Figura 1), possuem mais seguidores do que páginas de veículos jornalísticos
consolidados no mercado (Figura 2).
Figura 1- Instagram @gossipdodia Figura 2- Instagram @folhadespaulo
Fonte: Captura de tela da página do Gossip do Dia no
Instagram. Disponível em:
https://www.instagram.com/gossipdodia/ . Acesso
em: 4 nov. 2021
Fonte: Captura de tela da página do Gossip do Dia no
Instagram. Disponível em:
https://www.instagram.com/folhadespaulo/ . Acesso
em: 4 nov. 2021
Com a adequação das redes à vida cotidiana, a disseminação de notícias acontece de
forma espontânea. Os aparelhos móveis conectados em mobilidade, funcionando por redes
digitais e sem fio, além de capturar as informações, permitem a sua publicação em tempo real
e em ambientes de circulação ampla (LEMOS, 2004; BRIGGS, 2013; CANAVILHAS, 2014).
Esse panorama favorece um cenário de consumo equivocado da informação, visto que um
estudo desenvolvido por cientistas da Universidade de Columbia e do French National
Institute constataram que 59% dos usuários da internet compartilham links nas redes sociais
sem ler seus conteúdos antes.
As redes sociais têm investido em mecanismos que impedem o compartilhamento
“cego”. As conhecidas Fact-Check servem para incentivar o leitor a ler e conferir a
veracidade do conteúdo antes de compartilhá-lo. No Twitter, antes de dar um Retweet em
alguma notícia, a plataforma também pergunta se o usuário não tem interesse em ler a mesma
https://www.instagram.com/gossipdodia/
https://www.instagram.com/gossipdodia/
6
antes. Já no Instagram, surgem advertências ao compartilhar algumas publicações que podem
conter inverdades. Esses mecanismos foram reforçados com a pandemia da Covid-19, a fim
de frear o avanço da desinformação e restabelecer a credibilidade das redes sociais.
4. POLARIZAÇÃO DE CONTEÚDOS E SEU EFEITO NO PÚBLICO
Aliado ao contexto das redes sociais como fonte de conhecimento, soma-se o uso dos
algoritmos nas mídias para seleção e direcionamento de conteúdo ao público,contribuindo,
então, para a polarização de informações. Entretanto, essa forma de disseminação de
informação é prejudicial para os consumidores de notícias, pois as plataformas buscam
entregar somente conteúdos que encaixam com o seu perfil, dificultando, então, a sua busca
para além do seu nicho. “Fazendo paralelo com os jornais de papel, é como se as mulheres
recebessem em casa apenas o suplemente feminino, as crianças o infantil e os homens o
caderno de esportes. Reforçando estereótipos, preconceitos e bolhas digitais.” (VIEIRA,
2017).
O documentário O Dilema das Redes (2020) traz relatos de profissionais que já
trabalharam em grandes empresas de redes sociais. Ao decorrer do programa os entrevistados
contam como funcionam os algoritmos: eles criam um perfil seu, monitoram tudo o que você
vê e quanto tempo passa em cada aplicativo e publicação e, com base nisso, eles filtram as
informações para que chegue na sua timeline10 aquilo que você mais costuma consumir (O
DILEMA DAS REDES, 2020). Por mais atraente que seja a ideia de visualização seletiva e
adaptada às preferências do internauta, essa maneira de apreensão de conteúdos na Internet é
prejudicial para a pluralidade de informação. O receptor irá ficar preso em uma “bolha” e
“essas bolhas tendem a isolar os atores dentro de grupos onde apenas alguns tipos de
informação circulam, criando uma percepção falsa de esfera pública (onde "todos" falam) e de
opinião pública (onde a "maioria" concorda).” (RECUERO; ZAGO; SOARES, 2017)
Segundo o relatório de julho de 2021produzido por We are Social em parceria com
Hootsuite, 83% dos entrevistados usam as mídias sociais para se informar e a rede social mais
utilizada para tal função é o Facebook, com porcentagem de 44% dos usuários que
responderam o relatório11.
Entretanto a plataforma a qual a maioria das pessoas usam como fonte de informação,
o Facebook, mudou, em 2018, o algoritmo da plataforma. “Vocês vão ver menos conteúdo
11 Dados disponíveis em: https://www.slideshare.net/DataReportal/digital-2021-july-global-statshot-report-v02 .
Acesso em: 4 nov. 2021
10 Linha do tempo, na qual aparecem postagens nas redes sociais.
https://www.slideshare.net/DataReportal/digital-2021-july-global-statshot-report-v02
7
público como postagens de negócios, marcas e mídia", diz Mark Zuckerberg em seu
comunicado oficial. Em decorrência disso, a timeline da rede é preenchida – em sua maioria –
por publicações de pessoas do seu ciclo social, essas últimas as quais compartilham
informações voltadas somente para um caminho – devido a polarização de conteúdo –,
fomentando, então, uma cadeia de alienação, onde acabam por ver sempre do mesmo viés.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho foi motivado em razão da relação direta entre as redes sociais e a
prática jornalística, com enfoque na credibilidade que esses espaços oferecem. Ao trazer uma
linha do tempo da chegada da tecnologia, houve a contextualização com o assunto abordado,
dando ênfase ao uso cotidiano das redes sociais, que foram alinhadas diretamente ao
jornalismo.
O primeiro tópico apresentado no trabalho foi a análise do jornal Folha de São Paulo.
Levando em consideração as mudanças que o periódico teve para se adequar ao contexto das
mídias sociais na atualidade. Como a ocupação de espaços nas redes junto com a criação de
conteúdos interativos, mas, ainda assim, seguindo a linha editorial do jornal.
Ao citar a ideologia abordada por Gillmor (2004), houve a reflexão sobre a
importância do jornalista no oferecimento da informação. Percebe-se que as redes sociais
contribuem para a circulação de produções amadoras de informação, diminuindo a
credibilidade das mídias. Contudo, são perceptíveis as ferramentas utilizadas pelas redes para
averiguar as notícias compartilhadas.
Por fim, ao enfatizar o uso dos algoritmos tecnológicos, o trabalho busca criticar a
existência de nichos informacionais, que oferecem ao consumidor apenas as informações que
ele costuma consumir. Com isso, torna-se a criar um público leigo no que se diz respeito à
democratização da informação atrelada à construção da sua credibilidade.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, L. Entretenimento: valor-notícia fundamental. Estudos em Jornalismo e Mídia.
Florianópolis, v.5, n.1,p.12-23 junho/,2008 .Disponível em:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/article/view/1984-6924.2008v5n1p13. Acesso
em 03 de novembro de 2021.
BRIGGS, Mark. Journalism next. 2ª Ed. EUA: SAGE, 2013. 31 p.
CANAVILHAS, João; SATUF, Ivan. Jornalismo em transição. In: FIDALGO, António;
CANAVILHAS, João (Org.). Comunicação digital. Covilhã: Livros Labcom, 2014, p. 33-58.
https://periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/article/view/1984-6924.2008v5n1p13
8
CITRANGULO, Naira Gabry. Jornalismo e Redes Sociais: Como os jornalistas se utilizam
dessa ferramenta no trabalho diário nas redações.Orientador: GUERRA, Márcio. 2013. 95.
Bacharelado - Comunicação Social, Faculdade de Comunicação Social, UFJF, Juiz de Fora,
2013, p. 21-50.
GILLMOR, D. (2004) – We the Media - Grassroots Journalism by the People, for the People
[online]. Disponível em: http://www.authorama.com/we-the-media-1.html Acesso em: 3 nov.
2021.
LEMOS, André. Cibercultura e Mobilidade. Revista Razón y Palabra. Out-Nov, 2004
O DILEMA das redes - Jeff Orlowski - Davis Coombe - Estados Unidos: Netflix, 2020.
RECUERO, R. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Editora Sulina, 2009. 190 p.
RECUERO, Raquel; ZAGO, Gabriela; SOARES, Felipe. Mídia social e filtros-bolha nas
conversações políticas no twitter. Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em
Comunicação. 2017. 27 p.
RIGHETTI, Sabine; QUADROS, Ruy. Inovação tecnológica, formação de competências e
diversificação no mercado da comunicação: a introdução da internet em dois grupos
brasileiros de mídia impressa. In: INTERCOM, 2007, Santos. Anais eletrônicos. Santos:
UNISANTOS, UNISANTA, UNIMONTE, 2007. Acesso em: 3 nov. 2021.
THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. 5. ed. Trad.
Wagner de Oliveira Brandão. Petrópolis: Vozes, 1998, p. 47-76
VIEIRA, Agostinho. Como as redes sociais estão afetando o compromisso social do
jornalismo. 9 out. 2017. In: Comunique-se portal em Leitor-articulista. Disponível em:
https://portal.comunique-se.com.br/como-as-redes-sociais-estao-afetando-o-compromisso-soc
ial-do-jornalismo/ . Acesso em: 4 nov. 2021.
ZUCKERBERG, Mark. Menlo Park, 11 jan. 2018. Facebook: Mark Zuckerberg. Disponível
em: https://www.facebook.com/zuck/posts/10104413015393571 . Acesso em: 4 nov. 2021.
https://portal.comunique-se.com.br/como-as-redes-sociais-estao-afetando-o-compromisso-social-do-jornalismo/
https://portal.comunique-se.com.br/como-as-redes-sociais-estao-afetando-o-compromisso-social-do-jornalismo/
https://www.facebook.com/zuck/posts/10104413015393571

Continue navegando